TFC Roberta Gurian

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PATRIMÔNIO À MESA R O B E R T A

G U R I A N

P E S S O A



ROBERTA GURIAN PESSOA

PATRIMÔNIO À MESA

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo

RIBEIRÃO PRETO 2016



BANCA EXAMINADORA:

RODRIGO SARTORI JABUR Orientador

ANA MIRANDA Examinadora



AGRADECIMENTOS:

E

ste trabalho é dedicado, ao meu vô, que já não está mais conosco, mas que sempre me apoiou e me ajudou; a minha mãe, Rita, que sempre esteve comigo, me ajudando nos trabalhos, principalmentes nas maquetes, que ela detestava mas estava sempre ali pro que eu precisava, e que ainda aguentou meu mau-humor sobre tal;ao meus ex patrões, que sempre me ajudaram, nas plotagens, no conhecimento, nos trabalhos, que sempre tiverem comigo nessa etapa da minha vida; e, principalmente, ao meu orientador, Rodrigo, que me ajudou bastante na composição deste caderno final e chegar até aqui.



RESUMO:

Esse trabalho representará uma inovação, através de uma Escola-Restaurante inexistente na cidade, transformando o Palacete, atualmente, inutilizado, em uma atração para toda a população de Batatais e região, agregando valor econômico e cultural. Localizada no centro da cidade, ao lado da Igreja Matriz, de esquina, o Palacete tem muito valor histórico e deixa saudades pra quem já frequentou e curiosidade em quem nunca viu aberto. A revitalização do Palacete será constituida da conservação e restauração do mesmo, juntamente com o resgate do valor histórico do edíficio, fazendo com que além das atrações da Escola-Restaurante, desperta a curiosidade e "saudade" de toda a população batataense, abrindo para a visitação um antigo edifício, em que muitas pessoas frequentavam quando era a Casa da Cultura de Batatais. Portanto, o edifício não sofrerá grandes alterações e receberá um anexo, e juntos atenderão todos os requisitos da proposta e todas as necessidades básicas da acessibilidade.

ABSTRACT:

This work represents an innovation through a school-Restaurant nonexistent in the city, transforming the mansion currently unusable in an attraction for the entire population of Batatais and region, adding economic and cultural value. Located in the city center, next to the Church, corner, the mansion has much historical value and leaves longing for those who have attended and curiosity in those who never saw it open. The revitalization of the Palace is composed of conservation and restoration of the same, along with the rescue of the historical value of the building itself, making Arthouse School-Restaurant, arouses curiosity and longing of all batataense population, opening to the visitation one old building, where many people attended when it was the home of Batatais culture. Therefore, the building will not undergo major changes and receive an attachment, and together they meet all the requirements of the proposal and all the basic requirements of accessibility.


SUMÁRIO:

10


INTRODUÇÃO: 13 13 14 14

OBJETIVO JUSTIFICATIVA RESTAURAÇÃO PROJETO

ANÁLISE PROJETUAL: 52 53 54 55

HISTÓRIA: 17 17 17 19 19

PALACETE E SEUS USOS ANTERIORES Residência Cônego Joaquim Alves Diocese - Palácio Episcopal Palacete Monsenhor Joaquim Alves Residência da Família Casa da Cultura de Batatais

20 26

LINHA DO TEMPO DA CIDADE Mancha Urbana

LEVANTAMENTO DE DADOS: 30 31 32 34 35 36 37

MAPA DE MACROZONEAMENTO Lei Municipal n° 2877 ÁREA CENTRAL MAPAS DO CENTRO Mapa Altimétrico Mapa do Uso do Solo Mapa de Gabarito Mapa de Ocupação do Solo

38 40 41 42 44

MAPA DE PATRIMÔNIO LOCALIZAÇÃO E ENTORNO DIMENSIONAMENTO PLANTAS ORIGINAIS E FACHADAS LEGISLAÇÃO

44 44 44 45

DEFINIÇÕES PRELIMINARES Padrões de Construção Métodos Regulamentação Características Físicas

48

PROGRAMA DE NECESSIDADES Setorização Compartimentações Mobiliários, Instalações e Equipamentos População e Fluxo

49

DIRETRIZES PROJETUAIS

PROJETOS DE REFERÊNCIA Museu do Pão - Ilópolis Senac Pinacoteca Escola Gastronomia Águas de São Pedro

ORGANIZAÇÃO ESPACIAL: 57

COTAS Áreas

58 59 60

PLANTAS Pavimento Térreo Pavimento Superior Pavimento Inferior

61 62 63 64

CIRCULAÇÃO PLANTAS LAYOUT Pavimento Térreo Pavimento Superior Pavimento Inferior

65 65 66 67 68 69 70

PLANO DE MASSAS CROQUIS COBERTURA IMPLANTAÇÃO CORTES FACHADAS VISTAS (3D)

73

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS: 75

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INTRODUÇÃO:

12


OBJETIVO: O presente projeto tem por objetivo agregar valor econômico e cultural, tanto para o objeto de estudo, o antigo Palacete Monsenhor Joaquim Alves, quanto para a região onde estáa situado. A revitalização do Palacete, terá a finalidade de conservação e restauração com o resgate do valor histórico do edifício, propondo uma atividade que servirá de atrativo para a população de Batatais e região, gerando novas dinâmicas econômicas no local onde o palacete está inserido. O Palacete receberá a intervenção para uma Escola de Gastronomia e Restaurante, adaptando-a às necessidades básicas e não alterando suas características históricas. E propor um anexo para a instalação das cozinhas, que precisam de um amplo espaço e lugar próprio com todas as intalações necessárias, e um auditório, que necessariamente, precisa de um espaço para eventos e palestras dadas pela escola. Foto 01

JUSTIFICATIVA: Na cidade de Batatais possui uma tradicional festa italiana, chamada Festival Gastronômico e Cultural Di San Gennaro ocorrida na primeira quinzena de setembro, no entorno da praça do Santuário Senhor Bom Jesus da Cana Verde - Igreja Matriz - com vários shows italianos, exposições de carros antigos, exposições de artes e artesanatos e a mais típica comida italiana regada a bons vinhos, reunindo um público de aproximadamente 80.000 pessoas, sendo em sua maioria turistas, inclusive de outros estados brasileiros. Juntamente com essa festa e a inexistência de escolas especializadas em Gastronomia, esse trabalho propõe a implantação desta, como continuidade a esse festival, e para o surgimento de novos empregos nesta área de aprendizado e culinária, beneficiando toda a população batataense e região, como já é tradicional a vinda de turistas de todo o Brasil, e a formação em gastronomia. Portanto, a ideia principal do trabalho é propor à cidade uma Escola de Gastronomia e um Restaurante num edifício abandonado a mais de 10 anos, mas que é um marco pra cidade, e se localiza bem do lado da Igreja Matriz, obtendo essa relação da futura escola e restaurante com a festa italiana. Essa escola e restaurante propõe uma ligação direta com os alunos da escola, que podem desenvolver e servir seus alimentos no restaurante, funcionando no período diurno e noturno, trazendo movimento noturno para o centro da cidade que é reduzido nesse período. Academicamente, este trabalho vai mostrar a importância de uma revitalização, mudando completamente seus usos antigos, o cuidado e todas as suas etapas para a adaptação e adequação do seu novo uso.

Foto 02

Foto 03 Fotos 1, 2 e 3 - Festival Gastronômico e Cultural Di San Gennaro de Batatais. Fonte: Acervo Digital de Batatais

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RESTAURAÇÃO: Como dizia Brandi (2004, p.25) a “restauração é qualquer intervenção voltada a dar novamente eficiência a um produto da atividade humana”, portanto ao se tratar de um edifício tombado pelo Comphac – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, que protege o patrimônio histórico da cidade. - a revitalização do palacete deve haver todo um cuidado para dar uma nova vida ao edifício, não prejudicando nenhum traço da passagem do edifício no tempo, devendo-se manter a sua essência. Portanto Brandi (2004, p. 33) fiz que a restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico e sem cancelar nenhum traço da passagem da obra de arte o tempo. O palacete passará por diversas alterações e modificações, porém mantendo seus traços ecléticos, sua fachada e seu interior, portanto será criado um anexo ao lado do edifício, no qual antigamente era uma agência bancária e hoje se encontra inutilizada para a adaptação dos espaços maiores do programa, como a cozinha industrial, auditório e o próprio restaurante, devido a sua ausência de cômodos grandes para este tipo de acomodação.

Foto 04

PROJETO: Para a instalação da Escola é preciso harmonia e integração dos espaços buscando eficiência e segurança para todos. Exige flexibilidade e modularidade, uma posição específica dos equipamentos e mobiliários devido ao fluxo dos produtos e das pessoas para evitar a contaminação dos alimentos, e facilitando a supervisão e integração. (Monteiro, 2009) Para esta instalação há fatores que influenciam como o número de alunos, os tipos de instalações como gás, eletricidade, água e esgoto, o dinheiro que vai ser investido para tal, a localização do edifício em relação ao entorno e principalmente, a legislação a ser seguida e poder ser executada corretamente. (Monteiro, 2009)

Foto 05

Foto 06 Fotos 4 e 5 - Museu do Pão em Ilópolis - Projeto de Referência - contraste entre o velho restaurado e o novo anexo. Fonte: Google Foto 6 - Cozinha Industrial. Fonte: Google

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HISTÓRIA: 16


PALACETE E SEUS USOS ANTERIORES RESIDÊNCIA CÔNEGO JOAQUIM ALVES: Antes da construção do Palacete do Monsenhor Joaquim Alves Ferreira, havia a casa constituída com blocos de adobes que pertencia ao seu tio, Cônego Joaquim Alves Ferreira (Antigo Largo da Matriz). Ele pertencia a uma das mais antigas e poderosas famílias de Batatais, onde morou nesta casa até sua morte em 01.12.1898. (DUTRA, 1993, p.44). Sistema Construtivo: • Paredes externas de adobes; • Estrutura em madeira aparente; • Cobertura em telhas capa e canal; • Janelas em quadros retos, encimadas por estreitas vergas; • Única porta de entrada – bandeira em arco, envidraçada; • Base da fachada principal – óculos e bossagens. A demolição desta ocorreu em 1928 para a construção do Palacete do seu sobrinho Monsenhor, porém partes foi reaproveitada para tal. Localização: • Esquina do Largo da Matriz (Pça. Côn. Joaquim Alves) com a Rua das Palmeiras (Rua Monsenhor Alves). “Não é fotografia da arquitetura consolidada, mas é a imagem de um processo, no preciso momento da derrocada do passado e da construção do futuro.” (DUTRA, 1993)

Foto 07 Fotos 7 - Primeiro Palacete do Monsenhor. Fonte: Acervo Digital de Batatais

DIOCESE - PALÁCIO EPISCOPAL (não consolidado): A intenção do Monsenhor – pároco da cidade - era que o palacete fosse uma nova diocese, um desmembramento da Diocese de Ribeirão Preto, no qual Batatais disputava com Franca. O Monsenhor dizia “... cuja vida apostólica em Batatais vai ser coroada com a construção do majestoso templo, futura catedral.” Porém em 28.07.1929 Franca foi escolhida, e a Tribuna de Batataes lamentouse “A cidade de Batataes possui condições para ser sede do novo bispado: a Igreja, em construção, é um verdadeiro monumento. Além do necessário patrimônio, dispomos de prédio digno para o Palácio Episcopal. O que nos falta, então, para a escolha de Batataes para a sede do bispado?” (DUTRA, 1993, p.418) Tornando assim a casa do Monsenhor e sua família.

PALACETE MONSENHOR JOAQUIM ALVES: Projeto elaborado pelo arquiteto Júlio E. Latini em 1926. Juntamente com a Igreja Matriz, inseri-se no período do ecletismo, inspirado no renascimento italiano, feita com recursos próprios do Monsenhor pelas fazendas de café da família. Como a residência possui diversas aberturas, ela rompe com a muralidade e favorece a dissolução volumétrica pela ação luminosa, inspirando-se na arquitetura renascentista veneziana. (DUTRA, 1993, p.400) O engenheiro Carlos Zamboni e o construtor João Zarattini foram contratados pelo Monsenhor para a execução do projeto e deveriam seguir a risca. Porém, Zamboni fez algumas alterações como o frontão em arco abatido pelo frontão triangular e repetição da balaustrada das arcadas superiores no pavimento térreo e algumas alterações nos ornamentos. (DUTRA, 1993, p.401) Sendo construída em 2 anos 1928/1930. O edifício possui dois pavimentos e o porão, onde seu volume se dispõe em “L”, entretanto inicialmente era pra ser em “U” porém a ala direita não foi executada por razões financeiras. A fachada foi realizada na disposição de diferentes vãos e ornamentos que procuram destacar os elementos centrais dos arranjos em tríades. • Na fachada lateral, a porção central é destacada por um ressalto e coroada por um frontão triangular à frente do ático, fazendo do térreo, um vão retangular rodeado por janelas em arco pleno e no segundo andar, invertendo a ordem; • A entrada do edifício teve maior destaque, tendo a mesma disposição porém há duplas colunas dóricas à frente de duas pilastras ladeando a porta sob a sacada com dupla coluna jônica onde há a porta do segundo pavimento; • O arco pleno central é destacado pelo apoio das pilastras jônicas.

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Portanto as fachadas do edifício foram compostas por elementos de tradição clássica obedecendo as ordens dórica no térreo e jônica no segundo pavimento, isolando as aberturas. (DUTRA, 1993, p.407) Há um equilíbrio entre a verticalização do edifício e os fortes horizontais representados pelas linhas das balaustradas, entablamentos e platibanda que esconde os telhados e a iluminação zenital. Além de Latini, Zamboni e Zarattini, trabalharam outros dois italianos, o pintor Orestes Colombari e o serralheiro Attilio Ziviani, e possivelmente o estucador de São Paulo Romeu Fazoni. Foi inaugurado em 22.04.1930, com a visita do Bispo D. Alberto J. Gonçalves. (DUTRA, 1993, 417) Foto 10

O Túnel do Monsenhor (curiosidade): Conta-se até hoje que o Monsenhor Joaquim Alves também construiu uma passagem subterrânea ligando sua casa ao templo. Diz-se que tal passagem era usada pelo sacerdote para levar, até a sua residência, as beatas que visitavam a igreja. Um artifício para proteger a moral do celibato, mas também promotor da luxúria secreta. Todos procuram o túnel até hoje sem, porém, jamais o terem encontrado. (PAIVA, 2013) Foto 11

Foto 12

Foto 08

Foto 09 Foto 8 e 9 - Foto restaurada do Palacete e foto do Monsenhor Joaquim Alves Ferreira. Fonte: Acervo Digital de Batatais

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Foto 13 Foto 14 Foto 10 - Projeto de Júlio E. Latini - frontão arredondado que tinha se pensado primeiramente. Fonte: Maria Stella Dutra, 1993 Foto 11 - Palacete atualmente - frontão triangular e contraste de linha de balaustres na horizontal com a verticalização das aberturas. Fonte: Google Maps Foto 12 - Telhado e iluminação zenital. Fonte: Maria Stella Dutra, 1993 Foto 13 e 14 - Túnel do Monsenhor, a foto 15 mostra a entrada do Palacete e a 16 a entrada da Igreja


RESIDÊNCIA DA FAMÍLIA: Monsenhor Joaquim Alves Ferreira viveu na sua residência até sua morte em 1946, passando o palacete para as mãos de seu irmão Crisanto Alves Ferreira que residiu até sua morte em 1980. E depois para Dr. Vicente de Paula Alves Ferreira. (Jornal “A Tribuna de Batatais” publicação de 18.01.1997)

CASA DA CULTURA DE BATATAIS: Em 1982 o palacete – proprietário Dr. Vicente de Paula Alves Ferreira - passou pelo processo de restauração para abrigar a Casa da Cultura, de autoria do artista plástico e arquiteto Roberto Bergamo, e concluídas em 1984. ¹ A partir de 1988 por iniciativa do prefeito Dr. Geraldo Marinheiro o edificio passa a abrigar a Casa da Cultura, onde se instala o Departamento de Cultura, onde abriga: ¹ • Biblioteca Pública Municipal “Dr. Altino Arantes”; • Museu Histórico e Pedagogo “Dr. Washington Luis”; • Casa do Musico “Major Joaquim Antão Fernandes”; • Escola Municipal das Artes; • Sala de Vídeo “Dr. Geraldo Marinheiro”; • Museu de Arte Sacra “Monsenhor Joaquim Alves Ferreira”; • Sala de “José Olympo”; • Galeria “Cândido Portinari”; • Movimento “Pró Memória”; • Departamento de Turismo. ¹ - Jornal “A Tribuna de Batatais” publicação de 18.01.1997

Foto 15

Foto 16

A Casa da Cultura de Batatais ficou instalada no Palacete de 1988 até 2004, sendo este abandonado desde então, e mudou-se para a Antiga Estação Ferroviária da cidade. Atualmente o proprietário do Palacete é uma família que reside em Orlândia. (sem muitas informações sobre a tal)

Foto 17 Foto 15, 16 e 17 - Casa da Cultura de Batatais - com seu museu e aulas nas várias salas de aulas da Casa. Fonte: Museu Histórico e Pedagógico Washington Luis

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LINHA DO TEMPO DA CIDADE ATÉ 1872: Como era de costume na época, a cidade crescia em torno da Igreja Matriz. Cada época da cidade, deixa uma história nela, uma marca registrando os passos que a cidade dá ao longo do tempo, através de desenhos ou sistemas construtivos. Como disse Paiva (2013, p.23) "A forma de uma cidade é sempre a forma de um tempo da cidade." Na primeira metade do século XIX, uma grande gleba de terras foi doada ao Bom Jesus da Cana Verde - padroeiro da cidade -, fundando assim o núcleo central habitado, nomeando assim de Largo da Matriz, um vilarejo do sertão. (DUTRA, 1993, p.25) Nota-se uma padronização do traçado ortogonal, com ruas retilíneas e uniformes de terra batida com os edifícios construídos nos limites do terreno, porém as moradias desobedeceram à legislação, dando origem a quadras de diferentes tamanhos, havendo assim uma influência portuguesa, concluindo um traçado regular do sítio. Em outras regiões as construções eram de taipa-de-pilão. Porém na cidade estudada era aliado a ela a madeira, e os fechamentos de adobes e pau-a-pique.(PAIVA, 2013)

Foto 18

Foto 19 Foto 18 - Antigo Largo da Matriz no século XIX. Fonte: Museu Histórico e Pedagógico Washington Luis Foto 19 - Igreja Matriz em 1859, localizada no centro e coração da cidade, com 2 torres e paredes grossas feitas em adobe com uma fachada simples e simétrica. Fonte: Acervo Digital de Batatais

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ATÉ 1890: Com o aumento do consumo do café, conseqüentemente, da alta produção desta, houve um grande investimento dos fazendeiros e do próprio Estado. A partir disso, há um grande aumento da população na região, principalmente imigrantes italianos. Em 25.10.1886 há a grande inauguração da "Estação Batataes" com a presença do Imperador D. Pedro II e sua esposa D. Theresa Christina. Com a imigração italiana, iniciou-se às primeiras iniciativas industriais, comerciais e de serviço. Movimentando o fluxo de café e trazendo novos produtos importados, trouxe também melhorias para cidade. Venho o abandono da técnica antiga de construção e a adoção do tijolo de barro cozido adotado como material fundamental, que foi produzido na própria cidade. Portanto houve um grande crescimento das edificações na cidade dentro de sete anos, uma duplicação do número de edificações na cidade. (PAIVA, 2013) Em 1880 inicia-se na cidade um novo processo de reocupação e renomeação gradativa dos lugares de memória coletiva dos tempos de ocupação mineira, e a tendência à alinhar as construções no sentido de definir a autonomia dos espaços privados. E a Igreja Matriz passa por alterações e adoção de elementos neogóticos, como a grande rosácea na entrada. (PAIVA, 2013)

Foto 20

Foto 21 Foto 20 - Estação Mogiana Batataes. Fonte: Museu Histórico e Pedagógico Washington Luis Foto 21 - Largo da Matriz em 1890. Fonte: Museu Histórico e Pedagógico Washington Luis

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ATÉ 1935: Marcada pela crise da monocultura cafeeira e imprensa local, Washington Luis encomendou a diversidade agrícola, com a implantação da borracha e entre outros: • 1903 - iluminação à gás; • 1904 - implantação de novas escolas; • 1905 - início da construção do Hospital da Santa Casa de Misericórdia e ajardinamento do Largo da Matriz; • 1906 - iluminação elétrica; • 1907 - construção do Coreto do Largo da Matriz; • 1911 - momento de modernização da tradição clássica com a aplicação da art nouveau em alguns edifícios; • 1921 - adoção de elementos formais associados à formas e manufatura industrial; • 1926 - projeto do Palacete do Monsenhor Joaquim Alves elaborado por Júlio E. Latini; • 1928 - início da construção deste Palacete e da reforma da Igreja Matriz também realizada através de Latini com a adição da torre do relógio e da cúpula; • 1930 - inauguração do Palacete com a visita do Bispo D. Alberto J. Gonçalves. Além de tudo isso, houve u marco na revitalização urbanística da cidade, com melhoramentos, novos equipamentos urbanos e modernização, gerando um embelezamento da cidade. (PAIVA, 2013) Adoção de uma linguagem moderna e industrial, com planos e geometrização, e a adoção de chapas e perfis metálicos.

Foto 22

Foto 23 Foto 22 - Ajardinamento do Largo da Matriz por Jorge Sandrim em 1933. Fonte: Acervo Digital de Batatais Foto 23 - Igreja Matriz em 1902. Fonte: Acervo Digital de Batatais

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ATÉ 1957: As principais forças atuantes são ênfase cultural na modernidade e no progresso, o estímulo a industrialização local e a adoção da art nouveau. Os novos elementos formais da época estão ligados ao fascínio pelas máquinas e aos incentivos municipais e jornalísticos à industrialização da cidade. Com a inauguração do Theatro Santa Helena, em 1928, trouxe sofisticação e elegância para os vestuários da época, fazendo com que o jornalismo viesse a publicar. Trazendo exposições de pintura, modernos meios de transporte como automóveis circulando juntamente com trolleys e carroças, também aviões e seus aviadores em 1922. Como dizia Dutra (1933, p.423) "A fascinação exercida pelas máquinas e pelos progressos técnicos alcançados na época é indescritível." Com o declínio do café e a crise de 1929, as grandes fazendas da zona rural dividem-se em pequenas e médias propriedades aumentando o êxodo rural. (PAIVA, 2013)

Foto 24

Foto 25 Foto 24 - Praça da Matriz em 1939 e 1940. Fonte: Acervo Digital de Batatais Foto 25 - Trolley de manutenção e trabalhadores da Cia Mogiana do século XX. Fonte: Acervo Digital de Batatais

Foto 26 Foto 26 - Inauguração do Theatro Santa Helena. Fonte: Acervo Digital de Batatais

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ATÉ 1975: • Com a crise cafeeira aumenta o êxodo rural nas décadas de 50,60 e 70, adotando essa mão de obra nas pequenas industrializações na área metalúrgica e o início da cana de açúcar; • Desenvolvimento das rodovias e o crescimento do número de automóveis e do trânsito urbano, gerando obras de infra estrutura utilizando o concreto armado; • Canalização dos córregos criando grandes avenidas; • Processo de ocupação das várzeas redesenhando a geografia física; • A partir de 1940 e 1950 surgem edificações de influência art deco ou pronto-modernistas e edifícios com excesso de ornamentação ecletista; • Época de prestígio aos clubes, criando assim a A.B.R. Operária; • Com a verticalização em alta no país devido ao aumento da densidade populacional, em Batatais surge o primeiro edifício com 10 pavimentos no centro da cidade, sendo no térreo comércio e serviço eo restante habitação; • Em 1970 a Estação Mogiana é desativada e surge os investimentos em habitação populacional criando os chamados Conjuntos Habitacionais implantados pelo Banco Nacional de Habitação (BNH); • Inauguração do Terminal Rodoviário.

Foto 27

Foto 28 Foto 27 - "Edifício Batatais", primeiro edifício na cidade, localizado no centro. Fonte: Acervo Digital de Batatais Foto 28 - Clube A.B.R. Operária. Fonte: Acervo Digital de Batatais

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ATÉ 2003: Em 1980 a monocultura da cana de açúcar se instala na região, trazendo bóias-frias da região nordestina e mineira procurando por serviços e passam a trabalhar no corte de cana, inaugurando assim a Usina Batatais em 1981. Em 1986 a BNH - Banco Nacional de Habitação - entra em extinção, surgindo assim a Caixa Econômica Federal como principal agente financeiro de recursos, responsabilizando pela região político habitacional como o Programa Minha Casa Minha Vida - financiamento dos empreendimentos habitacionais -. (PAIVA, 2013) A região central passa por alterações dos seus usos originais, substituindo o uso residencial por serviços e comércios, ocorrendo diversas reformas e até mesmo demolições inteiras, como o Palacete que foi utilizado como Casa da Cultura da cidade em 1988 até 2004, e ocorre também a substituição do calçamento em paralelepípedo em rua asfaltada. Porém com o processo de canalização que vinha acontecendo com os anos na atual Avenida 14 de Março, Dr. Oswaldo Scatena e Washington Luis, sofreram enchentes, inundando residências e estabelecimentos comerciais, que acontecem até os tempos atuais. Nas décadas de 80 e 90 é quando a cidade de Batatais ganha o título de Estância Túristica, devido ao jardim na Praça da Matriz feito por Jorge Sandrim - levando o título de "Cidade dos mais Belos Jardins" - e as telas do Portinari "instaladas" na Igreja Matriz. E a cidade, conforme os anos, vem crescendo "incontrolavelmente" com seus novos loteamentos.

Foto 29

Foto 30

Foto 31

Foto 32 Foto 29 e 30 - Palacete Ordini - Rua Celso Garcia com Praça Con. Joaquim Alves - atual Montreal Magazine. Fonte: Acervo Digital de Batatais e foto autora, 2016 Foto 31 e 32 - Rua Santos Dumont com Ladeira Dr. Mesquita - atual Lojas Cem. Fonte: Acervo Digital de Batatais e foto da autora 2016

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até 1890

26

até 1935

até 1872

MANCHA URBANA:


27

até 2003

até 1957

até 1975



LEVANTAMENTO DE DADOS: 29


MAPA DE MACROZONEAMENTO DE BATATAIS:

LAGO ARTIFICIAL

MATRIZ

E 9D

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LH

JU

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E MARÇ

O

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FEBEM

CACHOEIRA

Fonte: Mapa alterado pela autora através do Departamento de Obras e Planejamento da cidade.

30


LEI MUNICIPAL N° 2877 – 3058/2006: Capítulo II – Da Zona Especial de Interesse Cultural e Turístico – ZEICT Art. 40: A zona Especial de Interesse Cultural e Turístico é área de interesse histórico, paisagístico, ambiental, arquitetônico, turístico ou cultural. Art. 41: O Poder Executivo Municipal, na elaboração do Plano Integrado de Valorização das áreas citadas no artigo anterior, deverá respeitar as diretrizes estabelecidas nesta Lei, cujo objetivo é resguardar os espaços históricos de valor arquitetônico, artístico, cultural e turístico, de modo a incrementar a atividade econômica, principalmente o comércio e serviços, devendo ainda: I – Definir os padrões e modelos construtivos, em conjunto com o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Cultural, de forma a evitar a descaracterização paisagística desta região; II – Requalificar os edifícios e entorno, afim de tornar a área de abrangência desta zona especial uma área de atrativo ao turismo. LEGENDA: Macrozona de Destinação Urbana ZEIS 1 - Zona Especial de Interesse Social 1 "Bando de Terras" ZEIS 2 - Zona Especial de Interesse Social 2 "Objetos de Regulamentação Fundiária Macrozona de Destinação Urbana e Adensamento Controlado - média restrição Macrozona de Destinação Urbana e Adensamento Controlado - alta restrição ZEICT - Zona Especial de Interesse Cultural e Turístico Macrozona de Interesse Especial ZEICT - Zona Especial de Interesse Cultural e Turístico Macrozona de Interesse Ecônomico Área de Interesse Ambiental Área de estudo

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ÁREA CENTRAL DE BATATAIS:

Foto 33 - Centro de Batatais, Avenidas principais e Área de estudo. Fonte: Imagem fornecida pelo Departamento de Obras e elaborada pela autora

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Foto 38 Foto 35 Foto 34 - Rua Coronel Joaquim Rosa com a Rua Leandro Cavalcanti - anos 70. Fonte: Acervo Digital de Batatais Foto 35 - Rua Celso Garcia com a Rua Carlos Gomes - anos 70. Fonte: Acervo Digital de Batatais

Foto 39 Foto 37 - Vista da Escola Estadual Dr. Washington Luis e Associação Batataense de Ensino (Escola ABE). Fonte: Acervo Digital de Batatais Foto 38 - Vista da Igreja Matriz. Fonte: Acervo Digital de Batatais Foto 39 - Vista da Igreja Matriz ao fundo, na Rua Marechal Teodoro. Fonte: Roberta Gurian, 2013 Foto 36 Foto 36 - Cidade de Batatais destacando o centro da cidade. Fonte: Google Maps

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MAPAS DO CENTRO DE BATATAIS:

MAPA ALTIMÉTRICO DA ÁREA CENTRAL: Área com a cota mais baixa do centro - 832m acima do nível do mar - se encontra próxima ao Lago Artificial da cidade, em frente a rodoviária e a mais alta - 878m acima do nível do mar - próxima ao Estádio Dr. Oswaldo Scatena, atrás da praça na Rua Coronel Manoel Gustavino, e o palacete se encontra nas cotas 870 e 871m acima do nível do mar.

839 m

Fonte: Mapa elaborado pela autora através do mapa inicial doado pelo Departamento de Obras e Planejamento da cidade.

833m 834m 835m 836m 838m 837m

839m 840m 841m 843m 844m 842m 845m 846m 847m 853m 854m 852m 855m 856m 857m 858m 859m 860m 861m 862m 863m

878m 879 m

877m

876m

874m 875m

873m

872m

MAPA ALTIMÉTRICO DA ÁREA CENTRAL DE BATATAIS

34

870m 871m 869m

864m 865 m 866m 867m 868m

848m 849m 850m 851m

832m


MAPA DE USO DO SOLO DA ÁREA CENTRAL:

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RODOVIÁRIA

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Fonte: Mapa elaborado pela autora através do mapa inicial doado pelo Departamento de Obras e Planejamento da cidade.

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VIGILÂNCIA SANIT.

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A área central é constituída de uso bem variado, onde se tem uma variedade de escolas de diversos graus e tipos e instituições municipais. Tem-se a predominância de uso residencial abaixo do eixo da Igreja Matriz, e a cima predomina-se o uso comercial e de serviços, principalmente na rua principal de comércio da cidade, a Rua Coronel Joaquim Rosa e a Rua Leandro Cavalcanti.

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LEGENDA: COMERCIAL RESIDENCIAL SERVIÇOS INDUSTRIAL SEM USO ÁREA VERDE RELIGIOSO OBJETO DE ESTUDO INSTITUCIONAL ESCOLAS: A 1° Grau B 2° Grau C 3° Grau D Música E Idiomas

USO DO SOLO DA ÁREA CENTRAL DE BATATAIS

F Auto Escola G Informática

SAÚDE: 1 Santa Casa 2 UBS 3 Ambulatório

35


MAPA DE GABARITO DA ÁREA CENTRAL:

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Predominantemente de gabarito baixo, com 1 e 2 pavimentos, o centro da cidade respeita o contexto urbano devido à Igreja Matriz, que possui uma legislação em que o coeficiente de aproveitamento não pode passar de 4,0 por causa da paisagem urbana. Porém tem-se os 2 únicos edifícios com 10 pavimentos da cidade, um ao lado da praça da Igreja Matriz e o outro próximo a A.B.R. Operária que de certa forma contribuem para a paisagem urbana da cidade.

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Fonte: Mapa elaborado pela autora através do mapa inicial doado pelo Departamento de Obras e Planejamento da cidade.

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LEGENDA: 01 E 02 pavimentos 03 a 05 pavimentos 09 pavimentos Áreas Verdes Objeto de Estudo

GABARITO DA ÁREA CENTRAL DE BATATAIS

36

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MAPA DE OCUPAÇÃO DO SOLO DA ÁREA CENTRAL: Por ser a área central da cidade, onde iniciou-se o crescimento desta, é uma área densamente ocupada, com poucas áreas vazias e espaços verdes.

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Fonte: Mapa elaborado pela autora através do mapa inicial doado pelo Departamento de Obras e Planejamento da cidade.

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LEGENDA: Áreas Edificadas Objeto de Estudo

OCUPAÇÃO DO SOLO DA ÁREA CENTRAL DE BATATAIS

37


MAPA DE PATRIMÔNIO DA ÁREA CENTRAL:

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Principais edifícios históricos de Batatais, cada um com sua história ao longo do tempo da cidade. "Uma história é uma narração, verdadeira ou falsa, com base na 'realidade histórica' ou puramente imaginária - pode ser uma narração histórica ou uma fábula." (Le Goff, 1990, p.13)

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Fonte: Mapa elaborado pela autora através do mapa inicial doado pelo Departamento de Obras e Planejamento da cidade.

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LEGENDA: Edifícios históricos Edifícios alterados Edifícios demolidos Áreas Verdes Objeto de Estudo

MAPA DE EDIFÍCIOS HISTÓRICOS DE BATATAIS

38

10 - "Edifício Batatais"


06 - Antiga Indústria Jafet e atual unidades de comércio 01 - Santa Casa de Misericórida de Batatais

13 - Residência Família da Sra. Stela Marina

07 - Residência Família Crivelente

14 - Residência do Sr. José Martins de Barros

02 - A.B.R. Operária 08 - Residência Família do Sr. Anselmo Testa

15 - Residência Cap. Cândido Alves Ferreira

03 - Câmara Municipal de Batatais

04 - Residência do Sr. Zito Sibim

05

-

Antiga

CPFL e atual Semeando

Escola

09 - Residência Família Menezes

11 - Palacete Ordini e atual Montreal Magazine

12 - Residência Sr. Zezinho e atual Escola de Idiomas "Wizard"

16 - Residência do Sr. Otacílio Jardim

17 - Fórum Cadeia - Escola Sesi - atual Centro Cultural

39


LOCALIZAÇÃO E ENTORNO:

3

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5

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Praça Cônego

Rua Mons. Joaquim Alves

Rua Barão de Cotegipe

Foto 40

Joaquim Alves

Avenida dos Andradas

Foto 41 Foto 40 - Localização do Centro da Cidade. Fonte: Imagem doada pelo Departamento de Obras e Planejamento da cidade Foto 41 - Localização do Palacete. Fonte: Imagem doada pelo Departamento de Obras e Planejamento da cidade e elaborada pela autora

40

Foto 42 Foto 42 - Localização do Palacete e entorno. Fonte: Imagem feita pela autora

1 - Palacete Monsenhor Joaquim Alves - Casa da Cultura sem uso - edifício estudado


DIMENSIONAMENTO: • Terreno com formato retangular numa superfície plana, na cota de nível 871 metros em relação ao nível do mar • Terreno com solo seco • Área do terreno de 1010,88m² • Área construída de 1618m² em 3 pavimentos.

Pça. Cônego Joaquim Alves

43,20

Rua Mosehor Joaquuim Alves

2 - Banco do Brasil - sem uso - futuro anexo ao edifício

3 - Antiga residência do Dr. Altino Arantes - escola de artesanato

N 4 - Central Comercial José Osmar Xavier 23,40

5 - Antiga residência do Sr. José Martins de Barros

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PLANTAS ORIGINAIS E FACHADAS: banho +6,80

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43 FACHADA PRINCIPAL


LEGISLAÇÃO: A Lei Municipal n° 2877 – 3058/2006 e a Lei n° 3301 – 3482/2014 de Uso e Ocupação do Solo diz: Área Central localizada na Macrozona de Interesse Especial – MZ4 -, na Zona Especial de Interesse Cultural e Turístico – ZEICT -, área de interesse histórico, paisagístico, ambiental, arquitetônico, turístico e cultural. Tem como objetivo resguardar os espaços históricos de valor arquitetônico, artístico, cultural e turístico, de modo a incrementar à atividade econômica da cidade: •definindo padrões e modelos construtivos em conjunto com o COMPHAC – Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Cultural – de forma a evitar a descaracterização paisagística; •Requalificando os edifícios e entorno, a fim de tornar a área de abrangência desta zona especial uma área de atrativo ao turismo. Art 3° - VII – “promover a proteção dos bens de interesse histórico, artístico, arquitetônico e cultural do Município.” Na MZ4 exige: •Densidade = 200 hab/ha •Taxa de ocupação = 80% •Taxa de permeabilidade = 05% •Coeficiente de Aproveitamento = 2 * •Lote Mínimo = 250m² •Gabarito Máximo = 12m •Testada mínima = 10m * O coeficiente de aproveitamento não pode exceder o índice de 4,0 devido à Igreja Matriz.

DEFINIÇÕES PRELIMINARES

PADRÕES DE CONSTRUÇÃO: De acordo com as plantas do Palacete observamos que há uma complexidade na articulação dos espaços internos, provenientes da última década do século XIX como os cômodos da recepção na frontaria, a sala de jantar voltada para o quintal e a cozinha aos fundos. (DUTRA, 1993). As plantas foram organizadas de forma que no lugar dos corredores existam pequenos halls que articulam os espaços internos. Segundo Dutra (1993), as construções do palacete e da igreja matriz trouxeram mão de obra especializada e um grande momento de modernização e renovação urbana para a arquitetura local da época.

MÉTODOS: • utilização adequada das normas e regulamentações para atender toda a população, inclusive os portadores de necessidades especiais e idosos; • utilização adequada dos órgãos públicos, principalmente do Departamento de Turismo e Cultural da cidade; • incentivo a participação de toda a população, poder público, iniciativa privada, comunidade e outros, principalmente os envolvidos em patrimônio histórico e cultural.

REGULAMENTAÇÃO: • fiscalização adequada da construção e intervenção ao patrimônio; • respeito às diretrizes de preservação, restauração e conservação do patrimônio; • respeito às leis municipais exigidas para adaptação da proposta no palacete; • manutenção da calçada que se encontra deteriorada para a melhor circulação da população.

44


CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:

Esquadrias: algumas janelas e portas em arco pleno e de madeira; outras com traçados retos de madeira; a porta principal de madeira envidraçada com detalhamento de ferro; e as janelas de venezianas de madeira; e algumas em metal e vidro.

Paredes e elementos de fechamento: alvenaria de tijolo.

Alturas de pé direito: Porão - 2,90m

Térreo - 4,50m

2° pav. - 5,00m Foto 47

Foto 48

Foto 49

Foto 43 Foto 44 Fotos 43 e 44 - Paredes todas detalhadas. Fonte: Acervo Digital de Batatais

Foto 50 Foto 51 Fotos 47 à 51 - Janelas e portas do Palacete. Fonte: Acervo Digital de Batatais

Circulação: através de duas escadas, uma principal e uma de "serviço".

Vidros: na capela possui um vitral e a claraboia na sala vista nos dois pavimentos.

Foto 45 Fotos 45 e 46 - Escada principal. Fonte: Acervo Digital de Batatais

Foto 46 Foto 53 Foto 52 - Vitral da capela. Fonte: Acervo Digital de Batatais Foto 53 - Vitral na claraboia, feito por Conrado Sorgenicht e mede 4,00 x 2,50 metros. Fonte: Acervo Digital de Batatais

45


Coberturas e acessórios: como possui uma claraboia há uma iluminação zenital no telhado, telha francesa com inclinação de 30%, telha de zinco com inclinação de 30% sob a iluminação da claraboia e lajes das sacadas.

Louças: cerâmicas na cor branca, importadas da Inglaterra; fechaduras e torneiras de aço inox.

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COBERTURA PRAÇA CÔNEGO JOAQUIM ALVES

Foto 54 Foto 54 - Iluminação zenital. Fonte: Maria Stella Dutra, 1993 Foto 55 - Cobertura. Fonte: Elaborada pela autora

Foto 55

Revestimento e pintura: nas áreas molhadas ladrilhos hidráulicos, nos quartos papéis de parede desenhados e pinturas em tom de rosa e azul (vide imagens das esquadrias) e pisos todos desenhados e assoalhos de madeira e o revestimento exterior direto no concreto.

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Foto 60 Foto 61 Fotos 56 e 57 - Pisos detalhados. Fonte: Acervo Digital de Batatais Fotos 58 e 59 - Papéis de parede detalhados. Fonte: Acervo Digital de Batatais Fotos 60 e 61 - Revestimento exterior direto no concreto Fonte: Acervo Digital de Batatais

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Foto 62 Foto 63 Fotos 62 e 63 - Banheiras, vasos sanitários e pias em cerâmica branca. Fonte: Acervo Digital de Batatais

Acabamentos e arremates: na fachada principal nota-se duas colunas dóricas duplas no térreo e duas colunas jônicas duplas no segundo pavimento, frontão triangular, ático, balaustres e no interior também possui colunas e balaustres.

Foto 64 Foto 65 Foto 66 Foto 64 - Interior com colunas e balaustres do segundo pavimento. Fonte: Acervo Digital de Batatais Fotos 65 e 66 - Colunas e balaustres da fachada, assim como o frontão na entrada. Fonte: Acervo Digital de Batatais

Adornos: além de toda a fachada ser notavelmente rica em ornamentação, seu interior também, nos quartos principalmente, próximo ao forro, inclusive nos lustres.

Foto 67 Foto 68 Foto 69 Foto 67 - Ornamento da parede. Fonte: Acervo Digital de Batatais Fotos 68 e 69 - Lustres com seus ornamentos. Fonte: Acervo Digital de Batatais


Vegetação: topearias existentes na época em que o palacete era residência e Casa da Cultura.

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Foto 73 Foto 74 Fotos 70 à 74 - Topiarias na época da Casa da Cultura. Fonte: Acervo Digital de Batatais e Museu Histórico e Pedagógico Washington Luis

Varanda: Frederico Augusto Oliveira Castro diz ”Frequentei muito na minha infância/adolescência quando pertencia ao Major Crhysanto Alves Ferreira, irmão do Monsenhor. Nesse viveiro à esquerda era mantido pelo Major um Gavião Carcará e nós, crianças, inocentes, mas instigadas pelo "capetinha", capturávamos e jogávamos lá dentro pobres rolinhas e pardais que eram prontamente devorados pelo feroz predador.”

Capela: possuía uma capela logo na entrada da residência, com mármore e estátuas de anjinhos, inclusive com entrada exclusiva de onde saiam algumas procissões, e alguns quadros espalhados pelo palacete.

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Foto 76 Foto 77 Foto 79 Fotos 76 e 77 - Altar da Capela do Palacete. Fonte: Acervo Digital de Batatais Fotos 78 e 79 - Quadros espalhados pelo Palacete. Fonte: Acervo Digital de Batatais e Museu Histórico e Pedagógico Washington Luis

Mobiliário: feito de madeira de era brasileira, Jacarandá, mandadas para França onde eram entalhadas e montadas.

Foto 80 Foto 81 Fotos 80 e 81 - Estantes da biblioteca. Fonte: Museu Histórico e Pedagógico Washington Luis

Igreja Santa Cecília: de propriedade do Monsenhor, e nos fundos do palacete, tinha grandes realizações inclusive bailes. Depois de alguns anos fora demolida.

Foto 75 Foto 75 - Varanda na época do Palacete do Monsenhor Joaquim Alves. Fonte: Acervo Digital de Batatais

OBS: Não foi possível a visita ao edifício porque o edifício é particular e os proprietários moram em outra cidade e não se tem contato.

Foto 82 Foto 83 Foto 84 Fotos 82 à 84 - Igreja nos seus ultimos anos e o baile realizado no salão. Fonte: Museu Histórico e Pedagógico Washington Luis

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PROGRAMA DE NECESSIDADES: SETORIZAÇÃO: Uma Escola de Gastronomia e Restaurante precisa de requisitos para atender a população, portanto será dividido em setores: • Setor administrativo: abriga as funções administrativas, apoio aos funcionários - diretores, secretários, coordenadores, recepcionistas, inclusive os faxineiros, zelador, garçons, etc. - e professores; • Setor pedagógico: abriga todas as funções voltadas para atividades de ensino, com professores de graduação, da área técnica e especializados na cozinha; • Setor público: espaços destinados ao público em geral, como os clientes e alunos.

COMPARTIMENTAÇÕES: Por se tratar de uma Escola de Gastronomia, serão oferecidos Cursos Técnicos em Bebidas – vinhos e cervejas -, Cozinha – regiões brasileiras, inclusive a italiana devido a Festa de San Gennaro de Batatais - e Confeitaria – bolos, doces, chocolates. Nos setores teremos: • Setor administrativo: recepção/ sala de espera, secretaria, coordenação pedagógica e diretoria, almoxarifado; • Setor pedagógico: salas de aulas, biblioteca, cozinha demonstrativa, cozinha e bar pedagógico, cozinha de confeitaria, cozinha de finalização, adega, laboratório de informática, sala dos professores, auditório, frigorífico, área de lavagem e depósito de utensílios; • Setor público: lanchonete bar, restaurante, sanitários e vestiários.

POPULAÇÃO E FLUXO: • Setor Administrativo: 4 funcionários - 1 diretor, 1 secretário geral, 1 secretário financeiro e 1 coordenador; • Setor Pedagógico: 6 professores – 5 professores para cursos técnicos, 1 para coordenação + em média 50 alunos; • Setor Público: 12 funcionários – 4 faxineiros, 1 zelador, 3 responsáveis pela cantina, 3 garçons e 1 bibliotecária + em média 40 clientes no restaurante. Totalizando um fluxo de 112 pessoas na Escola de Gastronomia e Restaurante.

RECEPÇÃO

PEDAGÓG.

PÚBLICO

ADMINIST.

SALAS DE AULA

LANCHONETE

SECRETARIA

BIBLIOTECA

RESTAURANTE

DIRETORIA

COZ.FINALIZ.

BAR

COORDENAÇÃO

COZ.DEMONST

SALA DE CONV.

SALA DE PROF.

COZ.PEDAGÓG.

SANITÁRIOS

ALMOXARIFADO

FRIGORÍFICO

VESTIÁRIOS

DIRETORIA

SECRETARIA

PROFES.

COORDEN.

ALUNOS

SERV.GERAIS FAXINEIROS ZELADOR GARÇONS BIBLIOTECÁRIA RESP.CANTINA

MOBILIÁRIOS, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS: No geral precisa-se de: cadeiras, mesas, estantes, bancadas, fogões industriais, geladeiras, freezers, armários, pias, vasos sanitários e chuveiros Para as instalações e equipamentos deverão ter as medidas próprias e uma boa distribuição para poder ter uma circulação aceitável e cuidados anti-explosivos com as instalações elétricas para os fogões.

PROPRIET.

GERENTE

GARÇONS

CAIXA CLIENTES

Fonte: Elaborada pela autora.

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COZINH. AUXILIAR COZ.

BAR GARÇONS

FAXINEIRO


DIRETRIZES PROJETUAIS: • Viabilizar um novo uso interno para o edifício, tornando seus espaços mais flexíveis através da remoção de algumas paredes internas se necessário; • Reforçar estruturalmente o edifício para que a remoção das paredes não prejudique sua estrutura, colocando placas metálicas nas aberturas feitas para passagem; • Manter as características originais externas do edifício, através de um trabalho de restauração e tratamento de suas patologias; • Locar um elevador hidraúlico no "meio" da escada principal do edifício, para torna-lo acessível a pessoas com necessidades físicas e não atrapalhar nas fachadas; • Alterar a instalação dos banheiros existentes, transformando-os em sanitários acessíveis aos seus usuários, ou se necessários adaptar cômodos para a instalação destes; • Manter as esquadrias e vitrais originais restaurando-as para preservar as características do Palacete; • Criar um anexo e integrá-lo ao Palacete, de forma a não permitir um conflito arquitetônico e estético, e dar toda a atenção ao Palacete, caracterizando assim um contraste entre os dois, o Palacete cheio de aberturas e mais alto, e o anexo "fechado" e mais baixo; • Uso de concreto armado na estrutura do edifício, por se tratar de material com mão de obra disponível na cidade; • Inserir o edifício no espaço de aprendizado, cultura e entretenimento no Centro de Batatais, resgatando sua história e valor cultural; • Na passagem entre o Palacete e o anexo, será colocado passarelas metálicas, para dar leveza ao projeto; • Todo o anexo e o deck será elevado 1m do chão para se igualar ao Palacete, tendo uma melhor circulação; • Para se ter acesso ao Palacete, o portador de necessidades especiais terá que entrar pelo anexo, primeiramente, através de uma rampa; • Telhado verde e horta escolar visibilizando a sustentabilidade.

49



ÁNALISE PROJETUAL: 51


PROJETOS DE REFERÊNCIAS: MUSEU DO PÃO - ILÓPOLIS: A escolha desse projeto como referência, se deu por ser um conjunto em que foi restaurado e adaptado para a panificação, no qual o moinho é um elemento histórico, portanto um marco na história da cidade, que sofreu alteração do seu uso original porém com uma nova história, tornando assim um lugar onde já havia uma história se tornar um museu com uma linguagem diferente e um uso moderno, dando uma nova vida ao antigo moinho. Localizada no centro de Ilópolis, foi construída em 1917 e depois restaurada para abrigar o conjunto arquitetônico constituído pelo Museu do Pão - onde conhece-se a história do pão nas mais diferentes raças e religiões desde o início - se dá por: oficina de panificação – cursos na área de farináceos -; bodega – apreciação de iguarias feitas na oficina -; moinho Colognese – mostra o processo de transformação do grão em farinha com equipamentos originais -. Em 1930 foi construído pelas famílias Tomasini e Baú através de uma sociedade de irmão, que foi desfeita e passada para vários outros proprietários até chegar na família Colognese, no qual José Ernesto Colognese assume integralmente a propriedade em 1982. Em 2005 o projeto de restauração para abrigar o Museu do Pão é iniciado com patrocínio da Nestlé Brasil, apoio da Prefeitura de Ilópolis, IPHN e Universidade de Caxias do Sul, através da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio Grande do Sul e é inaugurada em 2008. • Bodega do Moinho: O antigo depósito de grãos do Moinho foi transformado numa acolhedora bodega, que oferece produtos da oficina de panificação e de toda a região, sendo um ponto de encontro para os moradores e visitantes; • Museu do Pão: abriga uma pequena coleção de objetos utilizados pelos imigrantes italianos do Vale do Taquari, mostrando a trajetória da produção do alimento “do grão ao prato”. Uma linha do tempo resume a presença do pão na história da humanidade. No pequeno auditório documentários, filmes e palestras discutam temas ligados ao pão e à imigração italiana, entre outros; • Oficina de Panificação: formação e capacitação de jovens para o exercício da nobre profissão da Arte Branca, com diversos tipos de cursos de panificação e confeitaria para crianças, jovens universitários e moradores da região.

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Foto 85

Museu e Auditório Moinho e bodega Oficina e salas de aula Córrego Fotos 85 - Planta do Museu do Pão. Fonte: Site Museu do Pao

Foto 86

Foto 88 Fotos 86 - Desenho do Museu do Pão. Fonte: Site Museu do Pao Fotos 87 - Cozinha do Museu do Pão. Fonte: Site Museu do Pao Fotos 88 - Museu do Museu do Pão. Fonte: Site Museu do Pao Fotos 89 - Moinho do Museu do Pão. Fonte: Site Museu do Pao

Foto 87

Foto 89


SENAC - RIBEIRÃO PRETO: Esse edifício foi escolhido por ter o SENAC Ribeirão Preto próximo à Batatais, e ser uma escola conhecida no Brasil inteiro e possuir uma vasta formação em Gastronomia. Além de promover eventos nesta área. A história do SENAC é ligada à evolução da educação profissional do Brasil, com sua trajetória de 70 anos dedicadas à formação para o trabalho no setor de comércio de bens, serviços e turismo com eventos, programas, capacitação e cursos em diversas modalidades: • Em 1946 surge o SENAC SP; • 1947 surge o SENAC RP; • 1972 com a iniciação da informática surge os primeiros cursos de preparação de salgados, embora antes já tenha algo com a culinária vinculada ao turismo; • 1979 tem início o Restaurante-Escola em São Paulo; • 1994 criação do Projeto Memória com o objetivo de resgatar, salvaguardar e disseminar documentos da história da instituição, com a conservação e tratamento de arquivos, assim sendo o atual Centro de Memória SENAC SP e Projeto Patrimônio Histórico SENAC SP; • 2000 surge o curso de nível superior em Tecnologia em Gastronomia; • Em 2010 teve a realização da Semana Mesa SP, o maior evento gastronômico da América Latina com parceria entre o SENAC SP e a revista Prazeres da Mesa; • 2012 ocorreu o lançamento de novos cursos, entre eles o de pós graduação em Cozinha Brasileira; • Esse ano, 2016, o SENAC completa 70 anos, instalados em mais de 40 municípios com 60 unidades. O SENAC está sempre buscando expansão e modernização da rede e de novas unidades, já sendo previstas para os próximos anos. Na área gastronômica o SENAC oferece os seguintes cursos: • Graduação: Gastronomia e Nutrição; • Pós Graduação – Especialização: Cozinha avançada, Cozinha brasileira, Gastronomia – história e cultura, Gestão de Negócios em Serviços de Alimentação; • Pós Graduação à distancia: Gestão de Segurança de Alimentos; • Extensão Universitária/ Cursos livres: Bebidas, Serviços e Gestão, Confeitaria, Cozinha – diferentes países -, Nutrição e Panificação; • Cursos técnicos: Confeitaria, Cozinha e Nutrição e Dietética.

Foto 90

Foto 91

Foto 92

Foto 93

Fotos 90 - Pátio onde é realizado os eventos. Fonte: SENAC-RP Fotos 91 - Auditório. Fonte: SENAC-RP Fotos 92 - Cozinha demonstrativa. Fonte: SENAC-RP Fotos 93 e 94 - Cozinha Pedagógica. Fonte: SENAC-RP

Foto 94

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PINACOTECA - SÃO PAULO: A princípio o edifício velho e imponente localizado no centro estava abandonado, perdido no centro da cidade, assim como o palacete estudado. E foi restaurado para abrigar a Pinacoteca, havendo assim, visivelmente, um contraste entre o velho e o novo para a adaptalo, servindo como referência para a instalação da escola no velho palacete e do futuro anexo novo. A Pinacoteca do Estado, localizado no bairro da Luz, é um museu de artes visuais, com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade, pertencente à Secretaria de Estado da Cultura. Fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, é o museu de arte mais antigo da cidade, no qual marca a cidade com seu estilo neoclássico em alvenaria de tijolos e vigas de ferro. Está instalada no antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, projetado no final do século XIX pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, que sofreu uma ampla reforma com projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, no final da década de 1990, juntamente com os arquitetos Eduardo coloneloli e Welliton Torres: • Previu a instalação de um elevador, a construção de novos sanitários, laboratórios de restauro e biblioteca e a atualização da rede elétrica. • Os pátios internos e o octógono central receberam claraboias de vidros laminados que aumentaram os espaços de exposições e favoreceram a iluminação natural, facilitando a visualização das mais de nove mil obras que fazem parte do acervo do museu. • Também foi criado um eixo de circulação, permitindo alterar o acesso principal da Avenida Tiradentes para a Praça da Luz. Com cerca de 500 mil visitantes por ano, o espaço recebe exposições temporárias e mostras de longa duração. Tem um Programa de Associados, o Amigos da Pinacoteca, para incentivar as pessoas a participar do museu. Ele contempla benefícios como acesso livre, conforme a categoria escolhida, participação em cursos e viagens de conhecimento. Qualquer pessoa física pode ser Amigo da Pinacoteca.

Foto 95

Foto 96

Foto 97

Foto 98

Foto 99 Fotos 95 - Fachada da Pinacoteca. Fonte: Google Imagens Fotos 96 - Escada Helicoidal de serviço da Pinacoteca. Fonte: Google Imagens Fotos 97 - Teto de vidro depois da reforma. Fonte: Google Imagens Fotos 98 - Passarela metálica da Pinacoteca. Fonte: Google Imagens Fotos 99 - Interior da Pinacoteca, mostrando o contraste dos tijolos aparentes e da parede lisa branca. Fonte: Google Imagens

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ESCOLA DE GASTRONOMIA - ÁGUAS DE SÃO PEDRO: Abriga parte da escola de gastronomia do hotel-escola do SENAC, na cidade Águas De São Pedro. Houve a intervenção do edifício com a intenção de integrar e harmonizar o conjunto. É um conjunto formado por construções de épocas anteriores e autores distintos: • pavimento inferior: a população local consome à preços reduzidos devido a própria produção nas aulas práticas.

Foto 100

• pavimento superior: ênfase a exaustão, por causa dos grandes dutos e coifas usados na instalação das cozinhas

• circulação: feita externamente, através de escadas laterais de concreto, com uma praça como ponto de encontro A face nascente é protegida por brises e os caixilhos são altos que impede a visão dos alunos e por proteção. E a estrutura é de pilares de concreto aparente. E estrutura de cobertura metálica.

Fotos 100 - Cozinha do SENAC. Fonte: Google Imagens Fotos 101 - Pátio. Fonte: Google Imagens

Foto 101

55


ORGANIZAÇÃO ESPACIAL: 56


COTAS: O Palacete foi mantido com todos os comôdos na mesma medida original, só algumas paredes que precisaram ser "cortadas" para fazer aberturas para melhorar a circulação e algumas portas fechadas para melhor adaptação de sanitários. Portanto, as áreas dos comôdos do Palacete são as mesmas, e as do anexo foi pensado seguindo medidas necessárias para a instalação de espaços como as cozinhas, auditório e sanitários, mas seguindo as "linhas" do Palacete.

ÁREAS:

]

Pavimento térreo (Palacete): Recepção/ Secretaria: 18,00m² Hall: 10,57m² Recepção/ Caixa: 18,00m² Convivência: 16,05m² + 22,61m² + 15,60m² + 17,75m² + 25,46m² Bar e café: 31,50m² Banheiros: 2,66m² + 3,01m² Sanitários: 12,51m² + 12,51m² Biblioteca: 9,50m² + 12,25m² Circulação: 10,72m² + 15,21m² + 8,92m² + 36,10m² Total: 298,93m² Pavimento térreo (Anexo): Hall: 39,04m² Coz. Demonstrativa: 78,27m² Coz. Panificadora e Conf.: 24,44m² Coz. Experimental: 24,44m² Estoque: 13,86m² + 13,86m² Camara Fria: 13,86m² Frigorifíco: 13,86m² Circulação: 30,85m² Total: 252,48m²

]

Segundo Pavimento (Palacete): Salas de aula: 17,75m² + 17,75m² + 31,50m² Sala de enologia: 22,61m² Sala de informática: 17,75m² + 12,51m² Coordenação/ Diretoria: 15,21m² Almoxarifado: 12,51m² Banheiro: 5,63m² Biblioteca: 15,01m² + 8,49m² Circulação: 8,92m² + 15,21m² + 10,72m² + 35,95m² Total: 247,52m² Segundo Pavimento (Anexo): Auditório: 76,32m² Sanitários: 24,91m² + 24,20m² Circulação: 42,00m² + 15,90m² Total: 183,33m² Pavimento inferior: Adega: 27,30m² Depósito: 21,66m² + 12,25m² Banheiro: 3,01m² Circulação: 8,92m² Total: 73,14m²

Total: 430,85m²

]

Total: 73,14m²

Total do Projeto: 1055,40m²

Total: 551,41m²

57


PLANTAS:

2

DEPÓSITO DE LIXO 0,00

A

5

4,70

1,08

BIBLIOTECA

FRIGORIFICO

4,70

9,60

JARDIM CONVIVÊNCIA

10,65

COZINHA EXPERIMENTAL

4,50

HALL RECEPÇ. CAIXA

RECEPÇ. SECRET.

1,08

1,50

4,00

6

4

2,00

0,00

4

2,00

12,80

4,05

B

1,20

7,00

JARDIM 0,00

2

1,08

13,70

4,50

2,35

HALL

0,00

1,20

1,45

4,00 1,08

1,75

CONVIVÊNCIA 8,10

2,80

1,35

1,35

ESTACIONAMENTO

4,70

1,85

3

1,35

2,85

1,08

7,35

2,45

1,85

8

3,00

CONVIVÊNCIA

8,20

5,95

CONVIVÊNCIA

1,65

1

5,35

1,45

0,30 1,45

5,20

BANH.

3,80 1,55

C

4,70

1,08

2,05

1,55

7

1,75

4,50

COZINHA DEMONSTRATIVA

3,80 8,85

3,90

1,08

1,30

2,75

2,75

C

3,90

4,55

COZINHA PANIFIC./ CONFET.

0,00

1,08

CIRCULAÇÃO

D 5,20

1,15

CIRCULAÇÃO BAR E CAFÉ

SANITÁRIOS

2,95

1,08

4,00

1,08

ESTOQUE

1,08

7,00

CONVIVÊNCIA

4,70

0,30

3,90 3,90

4,55 3,90

43,20

D

7,95

1,80

1,70

2,95

2,10

d

SANITÁRIOS

ESTOQUE

B 10,15

1,50

2,75

4,55

4,70

2,05

CIRCULAÇÃO 5,25

1,40

0,00

CIRCULAÇÃO

s

9

BANH. 2,15

1,08

CAMARA FRIA

2,95

HORTA

DECK DE MADEIRA

1,08

10,30

BIBLIOTECA

1,85

3,80

5,70

2

4,00

2,95

1,35

0,30

5,70 2,15

6,70

0,00

45°

3,00 0,36

0,36

1

A

8,00 0,00

PAVIMENTO TÉRREO PROPOSTA DE USO

Esc.: 1:200

58

4,00

46,81

3

1


A 6,50

BIBLIOTECA

2,15

3,95

10,80

2

d

s

4,55

D

1,70

12,30

5,80

1,50 5,80

1,50

ALMOXARIFADO

TERRAÇO JARDIM

B

CIRCULAÇÃO 5,25

2,75

1,40

15

3,95

1,50

BIBLIOTECA

3,80

8,75

5,80

5,80

12

5,00

13

4,70

D

SANITÁRIOS fem.

3,90

SANITÁRIOS masc.

1,45

7,20

14

3,00

CIRCULAÇÃO 5,80

14,00

4,70

4

2,00

SALAS DE AULA

CIRCUL.

3,90

2,35

SALAS DE AULA

5,80

4,25

3,90

B

0,70

4,55

8,10

4,55

1,75

8,75

1,50

3

10

1,85

1,45

1,55 3,80

1

5,80

11

5,80

C

0,30 1,45

CIRCULAÇÃO

5,95

5,95

SALAS DE ENOLOG.

5,80

2,05

1,45

1,75

1,55

AUDITÓRIO

5,30

4,50

BANH.

1,35

3,90

C

2,75

CIRCULAÇÃO

4,55

8,20

2,85

2,75

2,75

5,80

SALA INFORMÁTICA

1,65

SALAS DE AULA

3,90

CIRCULAÇÃO

4,55

5,15

3,90

CIRCULAÇÃO

10,60

0,70

COORDENAÇÃO/ DIRETORIA

7,00

SALA INFORMÁTICA

3,90

3,90

4,10

5,80

A PAVIMENTO SUPERIOR PROPOSTA DE USO

Esc.: 1:200

59


A

2,15

5,70 DEPÓSITO

3,80

5,70

DEPÓSITO

2

5,25

1,40

CIRCULAÇÃO16

BANH. 2,15

-1,52

1,70

D ADEGA -1,52

7,00

D

3,90

A PAVIMENTO INFERIOR PROPOSTA DE USO

Esc.: 1:200

60


A Escola-Restaurate é composta por: • uma escada principal no Palacete; • uma escada secundária, exclusiva para a biblioteca e adega no Palacete; • um elevador hidraúlico no Palacete; • um elevador hidraúlico no anexo; • uma rampa principal locada no anexo; • duas passarelas metálicas ligando o Palacete e o anexo.

]

1 - entrada principal pelas "secretarias" 2 - entrada secundária pelo "restaurante" 3 - entrada acessível para PNE 4 - entrada acessando os dois edifícios 5 - entrada de carga e descarga 6 - elevador acessível ao anexo todo 7 - entrada escada principal 8 - entrada elevador hidraúlico do Palacete 9 - entrada escada secundária 10 - entrada/saída escada principal 11 - entrada/saída elevador hidraúlico 12 - entrada do Palacete pela passarela 13 - entrada do Anexo pela passarela 14 - entrada do Anexo pelo elevador 15 - entrada/saída escada secundária 16 - entrada escada secundária

pavimento térreo

Como o Palacete é elevado, o anexo foi planejado de forma a ficar no mesmo nível, portanto a grande dificuldade foi a acessibilidade para os portadores de necessidades especiais, então, manteve-se as escadas das duas entradas frontais, e no anexo locou-se uma rampa na entrada frontal direto da rua, e um elevador na lateral direto do estacionamento. A rampa "encosta" no Palacete e dá ao "visitante" a possibilidade de entrar no Palacete, através de uma abertura embaixo da escada, ou no anexo, numa mesma abertura. No Palacete locou-se um elevador hidraulico no "meio" da escada, para melhor circulação, exclusiva deste. Na rua lateral tem-se a entrada de carga e descarga, que será exclusiva para este uso, para manter o controle dos "visitantes" na área frontal da Escola-Restaurante. A ligação do Palacete com o anexo, será feita por uma passarela metálica na parte posterior, no qual não "atrapalha" as fachadas, e dá leveza aos edifícios, sendo uma no pavimento térreo e outra no segundo pavimento, ambas no mesmo alinhamento.

LEGENDA DAS PLANTAS:

] -

2° pav.

CIRCULAÇÃO:

pav. inferior

1 - entrada de carros no estacionamento 2 - entrada de carga e descarga, exclusiva

Passagem entre o Palacete e o Anexo

1 - escada principal do Palacete 2 - escada secundária, exclusiva para a biblioteca e a adega do Palacete 3 - elevador hidraúlico no "meio" da escada do Palacete 4 - elevador hidraúlico do Anexo

Janelas dos banheiros à 2,10m do piso Janelas internas das cozinhas à 1,10m do piso Janelas externas das cozinhas do piso ao teto Parede de vidro da cozinha demonstrativa

61


PLANTAS LAYOUT: DEPÓSITO DE LIXO

d

s

PAVIMENTO TÉRREO PROPOSTA DE USO

Esc.: 1:200

62


d

s

PAVIMENTO SUPERIOR PROPOSTA DE USO

Esc.: 1:200

63


PAVIMENTO INFERIOR PROPOSTA DE USO

Esc.: 1:200

64


B I B L I O T .B A R RESTAURANT.R EC E P. CIRC. ADEGA

CIRCULAÇÃO

REST. RECEP.

C O Z I N H A SNA M EN T O

CIR.

S A L A E N O L . A UL A S SALA INFORM.

C OOR D . DIRET. S A L A AULAS

AUDITÓRIO

SANIT.

E S T O Q . E F R I G .E S T A C I O

CIRC.

B I B L I O T .S A L A

C I R C .C I R C .

PLANO DE MASSAS:

DEPÓS. CROQUIS:

Foto 102 - Croqui do anexo. Fonte: elabora pela autora

Foto 102

65


Foto 105

Foto 106 Foto 105 - Croqui da abertura com a chapa metálica. Fonte: elabora pela autora Foto 106 - Textura do aço corten. Fonte: Google

Foto 103 Foto 103 - Croqui do detalhamento da passarela. Fonte: elabora pela autora

COBERTURA: Como o anexo é uma "caixa fechada" a cobertura também não fica de fora, com uma estrutura metálica e telha fibrocimento tendo assim com uma inclinação baixa, e platibandas em volta do anexo inteiro para esconder o telhado e ficar parecido com o Palacete que também "esconde" o telhado de telha francesa. Para cobrir as passarelas e a rampa na entrada foi pensado numa cobertura de vidro, para dar leveza ao projeto, juntamente com a estrutura metálica do "piso". No deck de madeira, as mesas possuem guarda-sol para proteção dos usuários, quando necessários.

Foto 104 Foto 104 - Croqui do detalhamento da junção do deck e da passarela, e o vidro "tampando" a escada no deck. Fonte: elabora pela autora

66


RUA MONSENHOR JOAQUIM ALVES

IMPLANTAÇÃO:

PRAÇA CÔNEGO JOAQUIM ALVES

IMPLANTAÇÃO

Esc.: 1:200

67


68 2,18

2,90

4,50 1,50

1,00

3,00

5,00

CORTE BB

CORTE DD

Esc.: 1:200 1,50

CORTE BB 1,10

4,50 1,50

2,20

1,10

4,50

1,50

1,10

3,00

2,10

3,00 4,50 1,50

2,201,10

1,10

1,10 4,50

3,00

3,00

2,10

1,10

1,10

0,36

2,90

2,18

0,72

CORTE AA

1,10

1,00

4,50

1,0

0,90

Esc.: 1:200

2,50

0,36

0,72

4,50

2,90

2,18

1,50

1,00

0,90

1,50

1,00

4,50

1,00

5,00

1,00

5,00

CORTES:

PASSEIO

PASSEIO

CORTE AA

Esc.: 1:200

1,00

2,50 1,00

2,50

CORTE CC Esc.: 1:200

CORTE CC


RUA MONSENHOR J. ALVES

FACHADAS:

PRAÇA CÔN. JOAQUIM ALVES

FACHADA FRONTAL ESC 1:200

FACHADA FRONTAL ESC 1:200

FACHADA LATERAL ESC 1:200

69


VISTAS (3D):

Foto 107

Foto 108

70

Foto 107 - 3D da lateral esquerda do Palacete, da Rua Monsenhor Joaquim Alves. Fonte: Kaue Paiva, 2013 Foto 108 - 3D da esquina do Palacete. Fonte: Kaue Paiva, 2013 Foto 109 - 3D da lateral direita do Palacete. Fonte: Kaue Paiva, 2013

Foto 109


Foto 110

Foto 111

Foto 112 Foto 110 - 3D da parte frontal, visando o jardim e a vista lateral do anexo. Fonte: Elaborada pela autora Foto 111 - 3D da parte posterior, visando a horta, a laje impermeabilizada e a lateral esquerda do anexo. Fonte: Elaborada pela autora Foto 112 - 3D da parte posterior, visando o deck e as passarelas entre os edifĂ­cios. Fonte: Elaborado pela autora

71



CONCLUSÃO:

Com este trabalho, obtive um maior conhecimento sobre a minha cidade, Batatais, e sobre o Palacete Mosenhor Joaquim Alves, que sempre me despertou curiosidade, e ao mesmo tempo tristeza ao ver esta grandiosidade abandonada por tantos anos bem no centro da cidade. Na prefeitura, eles não tem informações sobre o Palacete, nem plantas, nada. Precisei recorrer à pessoas que tinham feito trabalhos sobre esse edifício para me ajudar, e recorri a Biblioteca da cidade, que continham fotos do interior, já que não pude entrar, e de festividades e acontecimentos ocorridos na época, para formar toda a linha histórica da cidade e do Palacete. Portando, houve uma grande dificuldade na busca de informações.

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REFERÊNCIAS: 74


FERNANDES, J.M.M. Revista Batatais – A cidade dos mais belos jardins. Batatais: ed. Noovhaamerica. 2005 DUTRA, M.S.T.F. A arquitetura de Batatais – 1880 a 1930. 1993. 471.f. Trabalho de Mestrado em História da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1993 PAIVA, K.F. Arquiteturas, usos e espaços públicos: proposições para uma pequena cidade – Batatais SP. 2013. 209.f. Trabalho de Graduação em Arquitetura e Urbanismo e Design da UFU, Uberlândia, 2013 SENAC-SP <http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?newsID=0> Acesso em 03 de abril de 2016 ILÓPOLIS <http://www.ilopolis-rs.com.br/site/pagina.php?id=15> Acesso em 03 de abril de 2016 ULISSES JESUS <https://ulissesjesus.wordpress.com/2014/06/20/pinacoteca-de-sao-paulo/> Acesso em 22 de abril de 2016 SLIDESHARE <http://pt.slideshare.net/guestbabaf1/referencias> Acesso em 28 de abril de 2016 Le Goff, J. História e Memória. Steoria e Memória Giulio Einaudi Editora, 1990. Araujo, E. Pinacoteca do Estado de São Paulo: um restauro em ação. Editora Gráficos Burti, 2002.

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