Agricultura Publicação mensal dirigida aos agricultores de Garuva
Novembro 2013 Edição 01
Página 2 Safra de Arroz Conab vai comprar quase 120 mil t de arroz de estados do Sul do país
Página 8 MERCADO FINANCEIRO Preço de mercado incentiva aumento do plantio do trigo em SC Página 4 SECA EM SC Governo anuncia medidas de ajuda a agricultores que sofrem com a seca Página 3 LAVOURAS AFETADAS Chuvas afetaram lavouras do Vale do Itajaí em agosto e setembro. Página 6 Festas Populares Dia do Gaúcho é comemorado com festa e reverências em SC Página 3 Produtoras rurais preparam refeições com alimentos sem agrotóxicos
Página 5 Preço do milho supervalorizado dificulta criação de galinha caipira
Página 7 Governo anuncia medidas de ajuda a agricultores que sofrem com a seca
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Editorial Editorial da Primeira Edição
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ma boa alternativa para alimentar o gado leiteiro durante a estiagem tem gerado interesse entre os criadores: a produção de mini-fardos de capim pré-secado. É uma forma simples e eficiente de armazenar alimento para o rebanho. Norberto Sebastiani é um exemplo de criador de gado que conseguiu bons resultados com este tipo de forragem. Ele produz leite em um sítio de 29 hectares, em Itapetininga, no interior de São Paulo. O rebanho de 120 cabeças tem 48 vacas em lactação. Além de pastar nos piquetes, os animais recebem ração e sal mineral no cocho. O problema é que nos meses mais secos do ano, o pasto fica fraco na região. Uma vaca em produção precisa comer aproximadamente 50 quilos de volumoso por dia. “Normalmente, se não tem chuva, você só consegue atingir 5%, 10% dessa necessidade”, afirma o criador. Para enfrentar esse problema, Norberto montou um manejo de armazenagem de alimento. Ele faz um pouco de silagem de milho e mantém algumas áreas de capineiras irrigadas, capins que pode ser servidos no cocho. Outra alternativa que vem dando certo é a elaboração dos fardos de pré-secado. A ideia central é aproveitar todo o capim que sobra nos meses mais chuvosos do ano e formar um estoque de qualidade para alimentar a vacada no período mais seco. A produção começa com a colheita dos capins. O serviço é normalmente realizado em áreas de capineira, cultivada com aveia. A colheita nos piquetes do gado é mais rara, mas pode até ocorrer nos meses de abundância de pasto. “Nós temos um ensiladeira para colher capim, que já colhe picado. Para fazer o pré-secado, nós já usamos de todas as variedades: braquiaria, aveia, monbassa, capim elefante, napiê. Todos esses capins servem para fazer”, relata o criador. Saindo do campo, o produto é levado para um galpão, onde começa a pré-secagem. Isso acontece porque no momento da colheita, os capins têm teor de umidade superior a 70% e, para ser armazenado em sacos, o ideal é que o material esteja com teor de umidade próximo a 60%. Para garantir uma desidratação homogênea, um funcionário do sítio revira o volumoso a cada duas horas. A pré-secagem à sombra leva apenas dois ou três dias, dependendo do clima e do tipo do capim.
EXPEDIENTE
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Agricultura
Baixas temperaturas beneficiam produção de uva Frio intenso dos últimos dias no RS anima os produtores de uva.
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emperaturas próximas de zero deixaram os campos cobertos de gelo em várias partes do estado. A geada foi intensa em Passo Fundo e Erechim, no norte do Rio Grande do Sul. Na Serra houve muita neblina. As baixas temperaturas para muitos não são bem-vindas, mas para as uvas o cenário é excelente! Sem folhas e frutos, esta é a época de armazenar energia. O produtor Ricardo Pagno tem sete hectares de plantação de uva no interior de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. Ele está animado com o frio e se as baixas temperaturas continuarem até o final de agosto, a produção de 120 mil quilos poderá aumentar. “Para conseguir uma boa brotação na primavera, a uva tem que atingir 500 horas de frio abaixo de 7º graus no período de inverno”, explica. Temperaturas próximas de zero deixaram os campos cobertos de gelo em várias partes do
estado. A geada foi intensa em Passo Fundo e Erechim, no norte do Rio Grande do Sul. Na Serra houve muita neblina. As baixas temperaturas para muitos não são bem-vindas, mas para as uvas o cenário é excelente! Sem folhas e frutos, esta é a época de armazenar energia. O produtor Ricardo Pagno tem sete hectares de plantação de uva no interior de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. Ele está animado com o frio e se as baixas temperaturas continuarem até o final de agosto, a produção de 120 mil quilos poderá aumentar. “Para conseguir uma boa brotação na primavera, a uva tem que atingir 500 horas de frio abaixo de 7º graus no período de inverno”, explica. Sem folhas e frutos, esta é a época de armazenar energia. O produtor Ricardo Pagno tem sete hectares de plantação de uva no interior de Flores da Cunha, na .
Preço de mercado incentiva aumento do plantio de arroz Clima está favorável para o desenvolvimento da cultura. Miguel de Barros decidiu aumentar a área plantada com trigo este ano, arrendou mais 40 hectares. Ao todo são 250 destinados à cultura e o produtor diz que só não plantou uma quantidade maior, porque segundo ele, falta semente de qualidade no mercado. O estado de São Paulo é responsável por apenas 2% da produção de trigo do país, mas nos últimos anos, os agricultores vêm investindo na cultura. Na região de Itapetininga, a estimativa é que sejam colhidas 10 mil toneladas do grão, 30% a mais do que em 2012. No geral, a área plantada com trigo diminuiu no estado de São Paulo, mas em Itapetininga, onde o milho safrinha não vai bem, a cultura surge como uma boa opção de segunda safra. Celso Ventura também decidiu aumentar a área plantada, de 130 para 350 hectares. O ano passado, ele teve lucro
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Agricultura
Capim pré-secado é alternativa para alimentar o gado durante a estiagem
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ma boa alternativa para alimentar o gado leiteiro durante a estiagem tem gerado interesse entre os criadores: a produção de mini-fardos de capim pré-secado. É uma forma simples e eficiente de armazenar alimento para o rebanho. Norberto Sebastiani é um exemplo de criador de gado que conseguiu bons resultados com este tipo de forragem. Ele produz leite em um sítio de 29 hectares, em Itapetininga, no interior de São Paulo. O rebanho de 120 cabeças tem 48 vacas em lactação. Além de pastar nos piquetes, os animais recebem ração e sal mineral no cocho. O problema é que nos meses mais secos do ano, o pasto fica fraco na região. Uma vaca em produção precisa comer aproximadamente 50 quilos de volumoso por dia. “Normalmente, se não tem chuva, você só consegue atingir 5%, 10% dessa necessidade”, afirma o criador. Para enfrentar esse problema, Norberto montou um manejo de armazenagem de alimento. Ele faz um pouco de silagem de milho e mantém algumas áreas de capineiras irrigadas, capins que pode ser servidos no cocho.
OUTRA ALTERNATIVA
Outra alternativa que vem dando certo é a elaboração dos fardos de pré-secado. A ideia central é aproveitar todo o capim que sobra nos meses mais chuvosos do ano e formar um estoque de qualidade para alimentar a vacada no período mais seco.
A produção começa com a colheita dos capins. O serviço é normalmente realizado em áreas de capineira, cultivada com aveia. A colheita nos piquetes do gado é mais rara, mas pode até ocorrer nos meses de abundância de pasto. “Nós temos um ensiladeira para colher capim, que já colhe picado. Para fazer o pré-secado, nós já usamos de todas as variedades: braquiaria, aveia, monbassa, capim elefante, napiê. Todos esses capins servem para fazer”, relata o criador.
SAINDO DO CAMPO
Saindo do campo, o produto é levado para um galpão, onde começa a pré-secagem. Isso acontece porque no momento da colheita, os capins têm teor de umidade superior a 70% e, para ser armazenado em sacos, o ideal é que o material esteja com teor de umidade próximo a 60%. Para garantir uma desidratação homogênea, um funcionário do sítio revira o volumoso a cada duas horas. A pré-secagem à sombra leva apenas dois ou três dias, dependendo do clima e do tipo do capim. Porém, o mesmo trabalho pode ser feito a céu aberto, o que reduz o tempo de secagem para um período de cinco e sete horas. Norberto prefere fazer tudo no galpão para evitar chuva e porque acha mais prático. Pouco antes de ensacar, os funcionários do sítio pulverizam um produto especial para esse tipo de forragem: o inoculante biológico. Ele contém bactérias vivas que ajudam a conservar o capim. “Ele vai manter o capim
Preço do milho supervalorizado dificulta criação de galinha caipira No sítio de Ondina de Oliveira, a criação de galinha caipira é feita de uma maneira bem simples e em parceria com vizinha, Erasmina de Almeida. Na propriedade que fica em Itapetininga, São Paulo, as criadoras mantém cerca de 250 aves, um pouco é para o consumo próprio e o restante para ajudar na renda das famílias. Nos últimos meses, a situação tem sido complicada para manter a pequena criação por causa da alta no preço do milho. Para não se desfazer das galinhas, as produtoras contam que estão substituindo a ração por verduras e legumes.
por mais tempo, inibindo o crescimento de fungos no capim e o desenvolvimento de bactérias indesejáveis”, explica Norberto. O produto é vendido na forma de pó, que deve ser diluído em água. A dosagem para aplicação e o preço variam de acordo com o fabricante.
EQUIPAMENTOS DE PEQUENO PORTE
No sítio de Norberto, a produção dos fardinhos é toda baseada em um equipamento de pequeno porte, que não é vendido pronto no mercado: uma prensa hidráulica adaptada. O capim é colocado em um molde de metal, que contém um saco plástico. Depois, o funcionário empurra o molde para baixo da prensa, que começa a compactação. No final, é só abrir a lateral do molde, retirar o produto e fechar bem o saco com uma fita plástica. O custo de produção de uma tonelada de capim pré-secado fica em torno de R$ 140. É um pouco mais caro do que a silagem de milho, por exemplo, mas, segundo Norberto, esse tipo de forragem vale a pena pela qualidade final do produto: “Eu estou trabalhando com um produto que tem + proteína, eu consigo armazenar capim com até 16% de proteína versus uma silagem de milho que tem 8% de proteína. Economizo depois na ração”. Com todo esse processo e cuidado na alimentação, o rebanho do sítio de Norberto consegue manter o mesmo ritmo de produção em tempos de estiagem: cerca de 20 litros de leite por vaca, a cada dia.
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Governo anuncia medidas Programa recolhe de ajuda a agricultores embalagens de agrotóxicos que sofrem com a seca no RS e em SC Programa itinerante funciona em mais de 50 municípios.
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul receberão R$ 30 milhões cada. Verba será destinada a investimentos em projetos de prevenção á estiagem. O anúncio das medidas foi feito no Palácio do Planalto. O pacote foi criado depois de cinco dias de reuniões com os governadores dos três estados do Sul e com representantes de vários ministérios. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul receberão R$ 30 milhões. Serão disponibilizados R$ 10 milhões para cada estado para investimentos em projetos de prevenção á estiagem. Quem tem dívidas de crédito rural com vencimento entre janeiro e junho deste ano poderá prorrogar a data para 31 de julho. As cooperativas terão à disposição uma linha de crédito de R$ 200 milhões para refinanciar as dívidas de produtores rurais dos municípios em situação de emergência. O governo disponibilizou um bilhão de reais para a agricultura familiar para o pagamento do seguro agrícola. Os técnicos da Emater começaram a fazer vistorias nas propriedades das cidades atingidas pela estiagem. “A notificação da perda provoca uma vistoria na unidade produtiva rural que vai averiguar quanto por cento da safra foi perdida. Sabemos que há uma diferença de calendário e que a safra de milho já está com o calendário mais avançado e a de soja vem em seguida. Não dá para fechar números nesse momento”, explica Afonso Florence, ministro do Desenvolvimento Agrário. O governo também criou um centro de monitoramento integrado para a seca do Sul, que é formado pelos três estados e pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Integração e da Agricultura e pela Agência Nacional de Águas. O grupo irá identificar as necessidades de abastecimento na região e atuar na elaboração de projetos para enfrentar a estiagem. “De forma que possamos desenvolver esses trabalhos, acelerarmos as obras das barragens, priorizarmos as questões de ações do governo do estado para que tenhamos um número de açudes de que precisa, para que possamos definir os poços artesianos que as propriedades rurais exigem e tenhamos sempre um estado preparado para ações como essas”, esclarece Mendes Ribeiro, ministro da Agricultura.
Sindicato do Tabaco e Associação dos Fumicultores organizam. Mesmo já usadas, elas representam perigo, por isso, a cada safra o agricultor Milton Breunig repete o ritual para lavar as embalagens de agrotóxicos. Ele usa luvas, botas, máscara, equipamento de proteção completo. A lavagem deve ser feita três vezes e, depois de eliminar os resíduos, é hora de inutilizar as embalagens. Para o agricultor, a segurança vem sempre em primeiro lugar. Desde 2002, uma lei obriga os agricultores a devolverem as embalagens tríplice lavadas de agrotóxicos ao comércio, mas no Sul do país, um programa facilita essa tarefa: um caminhão percorre o interior para recolher os recipientes. O programa é destinado aos produtores de tabaco, mas as embalagens usadas em outras culturas também são recolhidas. Quem entrega os recipientes ganha recibos para serem apresentados aos órgãos de fiscalização ambiental, assim, é possível comprovar que a propriedade está livre de contaminação por resíduos químicos. A coleta nas propriedades é feita uma vez por ano. O programa começou em 2000, dois anos antes de entrar em vigor a lei federal que obriga a devolução de embalagens. O recolhimento vai até o dia 23 de maio em mais de 2600 localidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Produtores de milho e feijão apostam no cultivo de soja em lavouras de SP
A valorização da soja tem estimulado o investimento de agricultores de estados que pouco se dedicavam ao cultivo da cultura. O grão está avançando sobre áreas que eram destinadas ao milho e ao feijão em São Paulo. A região de Itapetininga registrou crescimento expressivo do produto. A colheita nos 50 hectares de soja da propriedade do agricultor Nelson Nunes, em Itapetininga, está prevista para o final do mês de fevereiro. O preço do grão deve ser satisfatório
apesar do aumento dos custos de produção, como pulverização por causa da lagarta da maçã. Segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral (Cati) de Itapetininga, a área do agricultor é apenas uma do sudoeste paulista a se destacar no plantio de soja deste ano. Um dos motivos do sucesso da cultura pela região é a diminuição do cultivo de outras culturas como milho e feijão. A região de Itapetininga compreende 14 municípios. Oitos deles plantam
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Preço de mercado incentiva plantio do trigo no PR Clima está favorável para o desenvolvimento da cultura
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iguel de Barros decidiu aumentar a área plantada com trigo este ano, arrendou mais 40 hectares. Ao todo são 250 destinados à cultura e o produtor diz que só não plantou uma quantidade maior, porque segundo ele, falta semente de qualidade no mercado. O estado de São Paulo é responsável por apenas 2% da produção de trigo do país, mas nos últimos anos, os agricultores vêm investindo na cultura. Na região de Itapetininga, a estimativa é que sejam colhidas 10 mil toneladas
do grão, 30% a mais do que em 2012. No geral, a área plantada com trigo diminuiu no estado de São Paulo, mas em Itapetininga, onde o milho safrinha não vai bem, a cultura surge como uma boa opção de segunda safra. Celso Ventura também decidiu aumentar a área plantada, de 130 para 350 hectares. O ano passado, ele teve lucro com a produção e em 2013 a expectativa é ainda maior. “Vamos tentar manter a produção igual a do ano passado, esperamos que seja bom”, diz. O ano passado, ele teve lucro.
Preço baixo e perdas com enchentes desanimam arrozeiros de SC O agricultor Eloir Minatto, que tem plantações no município de Nova Veneza, em Santa Catarina, e no Rio Grande do Sul, disse que nos últimos anos está difícil manter as lavouras.
O problema está no preço do arroz. O custo de produção só aumenta e o valor da saca de 50 quilos fica cada vez menor. Em 2004, a saca chegou a ser vendida a R$ 42. Hoje, o preço está em torno de
R$ 23 Hoje, o preço O Brasil, que produz 13 milhões de toneladas por ano e tem demanda de 10 milhões de toneladas, é auto-suficiente, mas, mesmo assim, importa grãos de países do Mer-
Agricultura Muitos agricultores aproveitam o tempo bom para investir.
Venda de máquinas agrícolas cresce 25% em um ano no país
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odinei Cherobin comprou um trator novo em junho. Depois do plantio do trigo, a máquina agora é usada para semear o milho. “Máquina nova, tecnologia mais avançada, o trabalho fica mais fácil de fazer”, diz. Nos primeiros nove meses de 2013, as vendas de máquinas agrícolas cresceram 25% em comparação com o ano passado. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Só em setembro foram comercializadas mais de 7,3 mil máquinas no país. Diferente da seca
de 2012, que freou a busca dos agricultores do norte gaúcho por novos equipamentos, o tempo bom deste ano, com chuva e sol na medida, garantiu mais lucro para as famílias e com isso a possibilidade de novos investimentos em maquinário. Em uma concessionária de Erechim, a 370 quilômetros de Porto Alegre.
O setor vive um momento de euforia cosul Hoje, o preço. As chuvas afetaram as lavouras do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, nos meses de agosto e setembro. O agricultor Paulo Lamim teve que refazer o plantio e gastará
para reconstruir calhas e taludes, investimento que deve chegar a R$ 40 mil. “Eu vou esperar até dezembro. Se der para colocar o trator, eu coloco. Caso contrário, eu vou colher o que dá e
depois eu faço de novo”, planeja. As perdas na lavoura chegaram a 40%. Os prejuízos para os produtores de arroz do Vale do Itajaí passam de R$ 350 mil. Hoje, o preço.
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Produtores dos estados do RS e de SC serão beneficiados O motivo é o resultado devastador da seca nas lavouras
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Conab amplia venda direta de milho a produtores do Sul do país
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medida da CONAB é para ajudar cooperativas e produtores que usam o milho na alimentação de aves, suínos e bovinos. Por causa da seca, o produto se tornou escasso no mercado e o preço subiu. O Governo Federal aumentou a quantidade de milho nos postos de venda da Conab por um valor mais em conta: R$ 21 a saca de 60 quilos. Para cada produtor, a cota máxima passou de seis para 27 toneladas por mês. Já para as cooperativas, a quantidade de milho subiu de seis mil para 27 mil toneladas por mês. A compra pode ser feita diretamente nas superintendências regionais da Conab no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Com a venda direta, também chamada de venda balcão, a Conab vai disponibilizar 200 mil toneladas de milho para os dois estados. Hoje, o preço de mercado da saca está em torno de R$ 30. A medida da CONAB é para ajudar cooperativas e produtores que usam o milho na alimentação de aves, suínos e bovinos. Por causa da seca, o produto se tornou escasso no mercado e o preço subiu. O Governo Federal aumentou a quantidade de milho nos postos de venda da Conab por um valor mais em
conta: R$ 21 a saca de 60 quilos. Para cada produtor, a cota máxima passou de seis para 27 toneladas por mês. Já para as cooperativas, a quantidade de milho subiu de seis mil para 27 mil toneladas por mês. A compra pode ser feita diretamente nas superintendências regionais da Conab no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Com a venda direta, também chamada de venda balcão, a Conab vai disponibilizar 200 mil toneladas de milho para os dois estados. Hoje, o preço de mercado da saca está em torno de R$ 30. A medida da CONAB é para ajudar cooperativas e produtores que usam o milho na alimentação de aves, suínos e bovinos. Por causa da seca, o produto se tornou escasso no mercado e o preço subiu. O Governo Federal aumentou a quantidade de milho nos postos de venda da Conab por um valor mais em conta: R$ 21 a saca de 60 quilos. A medida da CONAB é para ajudar cooperativas e produtores que usam o milho na alimentação de aves, suínos e bovinos. A medida da CONAB é para ajudar cooperativas e produtores que usam o milho na alimentação de aves, suínos e bovinos. Por causa da seca, o produto se tornou escasso no mercado e o preço subiu. O Governo Federal aumentou a quantidade de milho nos postos de venda da Conab por um valor mais em conta: R$ 21 a saca de 60 quilos. Para cada produtor, a cota máxima passou de seis para 27 toneladas por mês. Já para as cooperativas, a quantidade de milho.
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Capim pré-secado é alternativa para alimentar o gado durante a estiagem
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ma boa alternativa para alimentar o gado leiteiro durante a estiagem tem gerado interesse entre os criadores: a produção de mini-fardos de capim pré-secado. É uma forma simples e eficiente de armazenar alimento para
Paulo. O rebanho de 120 cabeças tem 48 vacas em lactação. Além de pastar nos piquetes, os animais recebem ração e sal mineral no cocho. O problema é que nos meses mais secos do ano, o pasto fica fraco na região. Uma vaca em
blema, Norberto montou um manejo de armazenagem de alimento. Ele faz um pouco de silagem de milho e mantém algumas áreas de capineiras irrigadas, capins que pode ser servidos no cocho. Outra alternativa que vem dando certo é a ela-
o rebanho. Norberto Sebastiani é um exemplo de criador de gado que conseguiu bons resultados com este tipo de forragem. Ele produz leite em um sítio de 29 hectares, em Itapetininga, no interior de São
produção precisa comer aproximadamente 50 quilos de volumoso por dia. “Normalmente, se não tem chuva, você só consegue atingir 5%, 10% dessa necessidade”, afirma o criador. Para enfrentar esse pro-
boração dos fardos de pré-secado. A ideia central é aproveitar todo o capim que sobra nos meses mais chuvosos do ano e formar um estoque de qualidade para alimentar a vacada no período mais seco.
Técnica simples e eficiente armazena alimento para o rebanho.
A produção começa com a colheita dos capins. O serviço é normalmente realizado em áreas de capineira, cultivada com aveia. A colheita nos piquetes do gado é mais rara, mas pode até ocorrer nos meses de abundância de pasto. “Nós temos um ensiladeira para colher capim, que já colhe picado. Para fazer o pré-secado, nós já usamos de todas as variedades: braquiaria, aveia, monbassa, capim elefante, napiê. Todos esses capins servem para fazer”, relata o criador. Saindo do campo, o produto é levado para um galpão, onde começa a pré-secagem. Isso acontece porque no momento da colheita, os capins têm teor de umidade superior a 70% e, para ser armazenado em sacos, o ideal é que o material esteja com teor de umidade próximo a 60%. Para garantir uma desidratação homogênea, um funcionário do sítio revira o volumoso a cada duas horas. A pré-secagem à sombra leva apenas dois ou três dias,
Objetivo é aproveitar o capim que sobra nos meses mais chuvosos do ano.
dependendo do clima e do tipo do capim. Porém, o mesmo trabalho pode ser feito a céu aberto, o que reduz o tempo de secagem para um período de cinco e sete horas. Norberto prefere fazer tudo no galpão para evitar chuva e porque acha mais prático. Pouco antes de ensacar, os funcionários do sítio pulverizam um produto especial para esse tipo de forragem: o inoculante biológico. Ele contém bactérias vivas que ajudam a conservar o capim. “Ele vai manter o capim por mais tempo, inibindo o crescimento
de fungos no capim e o desenvolvimento de bactérias indesejáveis”, explica Norberto. O produto é vendido na forma de pó, que deve ser diluído em água. A dosagem para aplicação e o preço variam de acordo com o fabricante. No sítio de Norberto, a produção dos fardinhos é toda baseada em um equipamento de pequeno porte, que não é vendido pronto no mercado: uma prensa hidráulica adaptada. O capim é colocado em um molde de metal, que contém um saco plástico.
E alimentar o gado na carência do capim na lavoura.
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Agricultores do RS começam a receber dinheiro do Bolsa Estiagem
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seca que atingiu o Rio Grande do Sul castigou a pequena propriedade de Lorene Weippert, que fica em Erechim, norte do estado. O sustento da família vem da plantação de milho e soja, mas a falta de chuva causou perdas na safra de 90%. Parte das dívidas foi paga com o seguro da lavoura, mas o dinheiro não foi suficiente. Agora, ela conta com os R$ 400 que vai receber do Bolsa Estiagem, programa do Governo Federal.
Eles foram afetados e perderam a safra por causa da estiagem
Recurso será utilizado para alimentar as famílias e os animais
O recurso começou a ser pago, mas o prazo para pedir o benefício vai até outubro. A orientação é para que os agricultores procurem os sindicatos dos municípios. Para ter direito ao auxílio, os produtores precisam ter renda familiar de até dois salários mínimos por mês e morar em um dos municípios que tiveram o decreto de situação de emergência reconhecido pelo Governo Federal. O pagamento é feito em cinco parcelas de R$
80. Quem já se cadastrou e teve o benefício liberado, mas ainda não recebeu o cartão, pode procurar uma agência da Caixa Econômica Federal para retirar o dinheiro, basta apresentar a carteira de identidade. mas ainda não recebeu o cartão, pode procurar uma agência da Caixa.
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Página 4 SECA EM SC Governo anuncia medidas de ajuda a agricultores que sofrem com a seca
Página 3 LAVOURAS AFETADAS Chuvas afetaram lavouras do Vale do Itajaí em agosto e setembro.
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