DayBook - Db3 Teutônia

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19.11.14 By Giovanni Leonardo


APRESENTAÇÃO Salve Galera ! “TEUTÔNIA” - Esse nome impõe respeito. Eu precisava fazer essa edição especial da Bold Daybook – Teutônia, porque esse evento é um dos mais importantes do país e também porque esse ano algumas categorias que não faziam parte oficial do mesmo ( Street Sled e Dirt Surf ) estão tentando se firmar como tal ou seja estão fazendo história. Como não fui pessoalmente para Teutônia, pedi a colaboração de alguns amigos que fiz no FaceBook, que de pronto me ajudaram enviando algumas fotos que tiraram no local e ainda colaboraram com as suas experiências como atleta também, como foi o caso do Cesar Lugnani que foi para competir mas se acidentou no começo do evento e teve que deixar para o próximo ano a busca por uma medalha, com isso nós ganhamos uma bela narrativa de como é competir em Teutônia e belas fotos que ele tirou. Assim como também, o atleta Leonardo Miranda que a muito desejava participar desse evento e pode concretizar o seu sonho e como ele disse “ Difícil vai ser esperar até 2015 para andar lá de novo “. Como vocês sabem a Bold Daybook procura ser 90% visual, portanto a colaboração de fotógrafos é fundamental. Conseguir passar através de fotos as emoções de um evento como o de Teutônia não é para qualquer um. É preciso ter muita paciência, sensibilidade e coragem para ficar na beira da pista tentando tirar a melhor foto com os atletas passando por você a mais de 130Km/h e ainda com o sol marcando presença. Pois essas qualidades nossos amigos fotógrafos Giovanni Leonardo e Ricardo Almeida demonstraram ter de sobra nas belíssimas fotos que cederam para que essa edição acontecesse. Para vocês que não foram para Teutônia, como eu, só nos resta nos deliciarmos com as belíssimas fotos dessa edição e esperar por 2015. Um Grande Abraço.


Fotógrafos e Atletas Colaboradores

Giovanni Leonardo ....................................................................... 04 a 19 Dellaretti Cesar Lugnani .............................................................................. 21 a 35 Ricardo Almeida ........................................................................... 37 a 51 Leonardo Henrique ...................................................................... 53 a 62 Miranda

ÍNDICE


Sou Giovanni L. Dellaretti, fotógrafo e administrador. Para aliviar o meu stress do dia a dia eu pratico Downhill nos finais de semana e saio com a alma lavada. “E é claro, você tem que ficar esperto pois qualquer deslize pode te comprometer”


















Cesar Lugnani “...Como foi entrar para a história do Downhill Mundial ? Essa é a pergunta que me faço ainda... E faço aos meus amigos e colegas que fazem parte dessa conquista...” Quinta-feira Dia de muita empolgação, todo mundo animado... A viagem foi tranquila na estrada e muita bagunça dentro do busão.....Hauhaua Show de bola !!!


Sexta-feira Dia de treinos... E é aqui que começo a falar de Teutônia, chega a dar medo este nome, mas fomos lá para isso. O drop é perfeito...ele é muito, mas muito rápido mesmo. Nunca senti uma aceleração dessa na minha vida


Já logo na saída onde é mais lento, chega a ter uma subidinha, ignorada pelo sled, que segue acelerando até chegar na curva a mais de 80km/h.


Saindo em um tobogã lindo...mais de 800 metros de “ queda livre”, num asfalto todo judiado e desnivelado. É um pé na bunda sem fim. Chegando fácil aos 130 km/h.


Uma pena, na última largada antes do encerramento do treino, na curva fiz uma escolha infeliz de traçado em relação as rodas que estava usando e saí de frente no meio da curva. Engoli de uma só vez, sem água, uns vinte fenos. Depois de alguns segundos, tudo bem novamente, porém minha mão estava muito inchada e meu pé também.


Sábado Com suspeita de fratura e ainda sem poder firmar a mão no sled, decidi não arriscar chegar lá na curva novamente sem condições de pilotar o sled. Afinal é Teutônia e se eu me arrebentasse a Izela de A. Ayres Lugnani não me perdoaria. A partir daí, ao invés de ficar chorando as pitangas, resolvi curtir o evento. Começaram as tomadas de tempo e fui para a curva tirar fotos. Realmente, a hora que passou o primeiro sled pela curva... Eu vi que as pessoas tem certa razão de nos acharem loucos, é muito rápido, dá medo de ver... KKKK.


Desci lá para o radar na hora do almoço, pois a expectativa era grande. A velocidade mais alta registrada em Teutônia por um sled foi de 136 Km/h, pelo Bruno Fernandes de Oliveira. Houve uma confusão sobre os 146 Km/h, mas não tivemos a oportunidade de usar o GPS para fazer o registro. O registro feito a 143 e não 146 é do Leo Adriano Borton, que é atleta de Street Luge. Porém o rapaz que tirou a foto do registro disse que era do Sled e por isso a confusão. Quando eu recebi a foto do repórter da Argentina, vi que era o Leo e que a velocidade era 143. Mas temos registrado e comprovado o momento mais importante do Street Sled na história da categoria Downhill. Ele, Street Sled, se tornou a única categoria no mundo a fazer uma etapa mundial mais rápida que o Street Luge. O autor dessa proeza foi o Alexandre Clayton Ruiz com o tempo de 1m16s250. Parabéns Alexandre, e a todos os outros atletas. Essa notícia incomodou muita gente, porém para nós a noite foi de festa, Show do Ronni e os Colonos. Tinha também uma moça que cantou no The Voice.... Mas quando o Ronni começou a contar os clássicos de sua infância a festa começou de verdade... KKK.


Domingo É chegado o grande dia, já que estou de fora... O negócio é ir trabalhando o psicológico da moçada no ônibus... Coisa simples...lembrando dos tombos e dos três cemitérios que tem na ladeira... Só coisa positiva... Manja... Energia...KKK


Porém foi só começar as baterias para o clima ficar tenso... Na parte da manhã, fui para a curva tirar mais fotos. Muitos acidentes, alguns fortes, outros mais engraçados do que assustador, altas fotos.


Parte da tarde desci novamente para perto da linha de chegada. A euforia de todos que estavam assistindo era contagiante... Eu já estava nervoso, era dada a largada lá na igreja e saía o som no alto falante. Era o minuto mais demorado do mundo... Eu, em silêncio para tirar as fotos ia percebendo quando o pega era acirrado, os gritos começavam lá na curva e vinham descendo, aumentando o volume até que os atletas passavam por mim voando, com certeza bem próximo do máximo de velocidade.



Como eu estava sentado no feno para ter uma vis達o melhor, para tirar as fotos dava para sentir o deslocamento do ar nas pernas... Era impressionante. Foram bons pegas... as pessoas foram a loucura com as finais.



Pra variar mais uma final alucinante no sled decidida por um capacete de diferença. O campeão foi o Alexandre Clayton Ruiz e o vice foi o Bruno Fernandes. Em terceiro ficou Diego Campos Gasparelo, em quarto Wagner Beleski, em quinto Alex Palermo, em sexto Ewerton Machado, em sétimo Leonardo Miranda e em oitavo Roberval Boese. As demais colocações foram para os amigos Marcos Roberto, Ronni, Everton Bagestan Correa, Adilson Rodrigues, Wanderley Jesus, Cesar Fiorotto que foram lá e representaram, botaram pra baixo na ladeira mais rápida do mundo. Quero lembrar e agradecer os suportes dos amigos e familiares dos atletas, esposas e filhos.

É muito legal o ambiente... é muito bom rever pessoas que conheci no Chile em Patagual, novamente na cena Mundial do Downhill. Ano que vem tem mais... E eu estarei lá...Acelerando...




Ricardo Almeida, conhecido por suas fotografias de espetáculos, é um fotógrafo paulista radicado em Porto Alegre. Suas fotos revelam com precisão e sensibilidade a energia e emoção transmitidas pelas companhias do teatro gaúcho, grupos musicais e bandas nacionais e internacionais, sendo muito respeitado no seu campo de atuação. Recentemente o fotógrafo estendeu seu foco aos esportes como balonismo, natação, air racing e skate, trazendo seu olhar singular sob o aspecto humanístico e de espetáculo que estes esportes oferecem. Seu olhar detalhista capta com poesia nuances imperceptíveis a um primeiro olhar, revelando detalhes que frequentemente passam desapercebidos aos olhos dos expectadores.

















“ A primeira vez que ouvi falar em Teutônia foi a cerca de seis anos e desde então sonhava em andar lá, ouvia várias histórias sobre a beleza do lugar, sobre a inclinação da pista, o asfalto ruim, a velocidade insana no tobogã e claro, a história da igreja na largada e o cemitério no fim da pista” Leonardo H. Miranda


Esse ano surgiu a oportunidade de os Street Sleds competirem lá e eu não poderia ficar de fora. Além de ser a estreia dos Sleds em Teutônia, também seria a minha estreia na Equipe Jiré ao Lado do Diego Gasparelo, que se tornaria com o terceiro lugar alcançado, o primeiro Campeão Brasileiro de Street Sled e do meu primo Ewerton Machado, outro cara que andou muito.

Leonardo H. Miranda




Posso dizer agora que todos os problemas tĂŠcnicos que tivemos durante todo o fim de semana ficam em segundo plano diante do que ĂŠ competir em TeutĂ´nia.


Descer aquela ladeira procurando o melhor traçado, desviando dos remendos no asfalto, escolhendo o ponto de frenagem correto na entrada da curva e sentir o corpo levantar do Sled a mais de 130Km/h no último bump do tobogã, são sensações inexplicáveis, de chegar no fim da ladeira com lágrimas nos olhos.


Esse sentimento, bem como o fato de nossa categoria ter feito história como a primeira a andar mais rápido que os Street Luges em uma Competição Oficial não serão esquecidos jamais.


Compartilhar essa aventura com meus amigos de esporte tornou tudo um pouco mais fĂĄcil, foi muito bom andar junto com esses Caras! Duro vai ser esperar atĂŠ 2015 para andar lĂĄ outra vez.

Leonardo Henrique Miranda


Diego Campos Gasparelo Ewerton Machado Leonardo H. Miranda

Wagner Beleski Everton Bagestan Correa





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