POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 2 O CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA 2.1 FUNDAMENTOS 2.2 O AMBIENTE NACIONAL 2.3 O AMBIENTE INTERNACIONAL 3 CONCEPÇÃO POLÍTICA DE DEFESA 4 OBJETIVOS NACIONAIS DE DEFESA 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
29 31 32 35 35 35 41 43 44 45 62
7 11 11 12 16 20 24 27
5
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA 1 INTRODUÇÃO 2 CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA DE DEFESA 3 FUNDAMENTOS 3.1 PODER NACIONAL 3.2 CAPACIDADES NACIONAIS DE DEFESA 3.3 BASE INDUSTRIAL DE DEFESA 3.4 RECURSOS HUMANOS 3.5 AÇÕES DE DIPLOMACIA 3.6 SETOR DE DEFESA 4 ESTRATÉGIAS E AÇÕES ESTRATÉGICAS DE DEFESA
74
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
GLOSSÁRIO
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
Tereza Sobreira
em acelerado processo de avanço, o País vem
naturais e de potencial tecnológico e industrial
do planeta. Dotado de ampla gama de recursos
pulosos e coloca-se entre as maiores economias
territorial, estando entre os dez países mais po-
te mundial, sendo o quinto maior em extensão
O Brasil tem um papel de destaque no ambien-
de Defesa (OND), a Estratégia orienta todos os
sua defesa e estabelece os Objetivos Nacionais
os pressupostos básicos do País em relação à
fesa (END). Assim, enquanto a PND apresenta
a primeira edição da Estratégia Nacional de De-
ções. Cabe ressaltar que em 2008 foi publicada
Lei Complementar (LC) nº 97/1999 e suas altera-
no contexto de revisões quadrienais, conforme a
minada de Política Nacional de Defesa (PND), já
1.INTRODUÇÃO
obtendo uma crescente projeção internacional e
segmentos do Estado brasileiro quanto às me-
A PND é o documento condicionante de
objetivos estabelecidos.
didas a serem implementadas para se atingir os
pode envolver-se em eventuais conflitos de inte-
O Brasil privilegia a paz e defende o diálogo
resses com atores de diversas naturezas.
e as negociações para a solução das controvér-
riamente para ameaças externas, estabelece
mais alto nível para o planejamento de ações
sias entre os Estados. Os eventos que marcam a
objetivos para o preparo e o emprego de todas
destinadas à defesa do País. Voltada priorita-
Não obstante, é essencial que o Brasil dedi-
as expressões do Poder Nacional, em prol da
sua história atestam tal postura e fundamentam
que contínua atenção à sua defesa, haja vista a
o seu posicionamento nas relações externas.
condição sistemática de instabilidade dos rela-
Defesa Nacional.
esforços de toda a sociedade brasileira no senti-
gurou como a primeira iniciativa para orientar os
Política de Defesa Nacional (PDN), que se confi-
Com esse objetivo, foi aprovada, em 1996, a
ção e da cooperação com outras atividades que
capacidades. Trata, subsidiariamente, da intera-
melhor aproveitar suas potencialidades e suas
Nacional intervenientes com o tema, visando a
as iniciativas de todas as expressões do Poder
a defesa da Pátria, a PND busca harmonizar
A partir da análise das realidades que afetam
cionamentos entre os países e a emergência de
do de reunir capacidades em nível nacional, a fim
visem a maximizar a capacidade da Defesa Na-
novas ameaças no cenário internacional.
de desenvolver as condições para garantir a so-
atingir seus objetivos, a despeito de quaisquer
cional, de forma a garantir ao Estado brasileiro
ameaças à sua soberania e interesses nacionais.
berania do País, sua integridade e a consecução
A referida Política foi atualizada em 2005, e,
dos objetivos nacionais.
após sua revisão em 2012, passou a ser deno-
7
equipamentos das Forças Armadas e à qualifica-
dos os segmentos do País, à modernização dos
ao desenvolvimento das potencialidades de to-
estudos e as medidas referentes às ameaças,
que se consolida no longo prazo, pois abarca os
de sua estrutura de Defesa, processo complexo
tivo, o Brasil vem aperfeiçoando a concepção
Desde a primeira versão desse marco norma-
dade brasileira.
com as de outros órgãos do Estado e da socie-
se articulem as ações do Ministério da Defesa
levantes. A complexidade do tema demanda que
rítimas (LCM) de interesse e outros aspectos re-
jurisdicionais, suas Linhas de Comunicação Ma-
rial, seus espaços aéreos e exterior, suas águas
situação socioeconômica, sua extensão territo-
ra, as políticas setoriais do País, bem como sua
que a presente Política é alicerçada. Por isso, a
É justamente na evolução desses contextos
ção do seu capital humano, além da discussão
PND passou por mais um processo de atualiza-
de conceitos, doutrinas, diretrizes e procedimentos de preparo e emprego da expressão militar
vas circunstâncias nacional e internacional.
ção, visando a promover sua adequação às no-
do Poder Nacional. Esse processo leva em conta os Objetivos Fundamentais e os da política externa brasilei-
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
9
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Exército Brasileiro/Divulgação
2.O CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
2.1.1. Coordenada pelo Ministério da Defesa,
cício dos direitos e deveres constitucionais.
natureza, e a garantia aos cidadãos do exer-
2.1.FUNDAMENTOS
a PND articula-se com as demais políticas na-
os objetivos nacionais, o qual se manifesta em
dade que tem a Nação para alcançar e manter
Poder Nacional, compreendido como a capaci-
ços do Estado brasileiro para consolidar o seu
e para o aprimoramento de todos os recursos
a manutenção das potencialidades nacionais
po em que contribui para o aproveitamento e
das capacidades instaladas, ao mesmo tem-
desenvolvimento, na medida em que depende
2.1.4. A defesa do País é indissociável de seu
cionais, com o propósito de integrar os esfor-
cinco expressões: a política, a econômica, a
ção da soberania e da integridade territorial,
como a condição que permite a preserva-
cepção de Segurança Nacional, entendida
2.1.3. Portanto, a PND contribui com a per-
temente externas, potenciais ou manifestas.
ses nacionais contra ameaças preponderan-
Território Nacional, da soberania e dos interes-
ênfase na expressão militar, para a defesa do
atitudes, medidas e ações do Estado, com
Nacional, conceituada como o conjunto de
alcançados com vistas a assegurar a Defesa
a Antártica.
Sul, os países da costa ocidental africana e
leiro, que inclui a América do Sul, o Atlântico
resse prioritário o entorno estratégico brasi-
esfera global, estabelece como área de inte-
2.1.6. Nesse sentido, sem desconsiderar a
esforço de articulação diplomático-militar.
rios internacionais, o que requer permanente
ção de sua inserção em processos decisó-
do País no concerto das Nações e a amplia-
do Estado brasileiro, assim como a projeção
cionais que regem as relações internacionais
2.1.5. A PND observa os princípios constitu-
de que dispõe o Estado brasileiro.
psicossocial, a militar e a científico-tecnológica.
a realização dos interesses nacionais, a des-
2.1.2. A PND expressa os objetivos a serem
peito de pressões e ameaças de qualquer
11
bém prioriza o relacionamento com os países
política e econômica no mundo, o Brasil tam-
2.1.7. Em função de sua representatividade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
dades culturais com o Brasil, a Comunidade
2.1.8. Em face dos laços históricos e afini-
trimônio, bem como para ter a liberdade de
2.2.4. Para proteger o seu povo e o seu pa-
tos das Forças Armadas e a falta de regularidade
insuficiências e obsolescências de equipamen-
área de Defesa, de modo a mitigar as eventuais
de desenvolvimento nacional de interesse da
nas aquisições de PRODE. Tais desdobramen-
perseguir seus legítimos interesses, o Brasil
tos, entre outros benefícios, incrementariam a
merece especial atenção aos esforços de
frontar com antagonismos que venham a pôr
geração de empregos qualificados na BID, a
detentores de maiores capacidades tecnológi-
em risco seus objetivos nacionais. O eventu-
absorção de tecnologias avançadas e a gera-
deve considerar a possibilidade de se de-
al enfrentamento desses antagonismos deve
ção de oportunidades de exportação.
cooperação no campo da Defesa.
e o incremento de ações de interesse para fins
ocorrer de forma soberana, consoante os
cas, buscando-se o estreitamento de relações de aumento da nossa capacidade de Defesa.
princípios e fundamentos constitucionais e
sentatividade nas decisões, em especial, em
cenário internacional, obtendo maior repre-
Brasil almeje inserir-se cada vez mais no
2.2.2. Nesse contexto, espera-se que o
Branco, patrono da diplomacia brasileira.
Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio
sem ser forte", conforme defendido por José
ma que “nenhum Estado pode ser pacífico
papel relevante na interação estatal, de for-
tra que as relações de força desempenham
internacionais. A história, contudo, demons-
se baseie em valores, instituições e normas
países e defende um mundo cuja governança
promove a convivência harmônica entre os
2.2.1. O Brasil, por sua tradição, valoriza e
tantes do nosso continente. O ambiente de
que atuar em outros campos de batalha dis-
águas jurisdicionais brasileiras, além de ter
dessas duas guerras, sofrendo ataques nas
viam que o Brasil seria instado a participar
consolidadas. Não imaginavam e nem pre-
so País, cujas fronteiras estavam há muito
da Nação não percebiam ameaças ao nos-
flitos mundiais, a população e os dirigentes
mesmo nos períodos dos dois grandes con-
nacionais. Aliás, a História comprova que,
do nas questões de segurança e de defesa
e mutante, ainda que o País tenha evoluí-
ameaças, tendo em vista seu caráter difuso
ternos, tem a percepção desvanecida das
após longo período livre de conflitos ex-
2.2.3. A população brasileira, por sua vez,
do a Base Industrial de Defesa (BID).
gica das Forças Armadas e, assim, fortalecen-
na busca pela redução da defasagem tecnoló-
programas de desenvolvimento de tecnologias
Produtos de Defesa (PRODE), estimulando os
tária de investimentos voltados à aquisição de
Defesa devem garantir a estabilidade orçamen-
2.2.6. Os recursos orçamentários destinados à
o fortalecimento da Defesa Nacional.
piciando o efetivo desenvolvimento do País e
forma a superar os gargalos existentes, pro-
(transporte, energia, comunicação etc.), de
cação do capital humano e em infraestrutura
Ciência, Tecnologia e Inovação, em qualifi-
mentos e eficiência em Saúde, Educação,
2.2.5. O Brasil deve buscar mais investi-
gera vazios demográficos e baixos níveis de
específicas, notadamente próximas ao litoral,
nal e das atividades econômicas em regiões
2.2.10. No Brasil, a concentração populacio-
de fronteira, à Amazônia e ao Atlântico Sul.
co e econômico, deve-se dar prioridade à faixa
regiões onde se concentram os poderes políti-
co, solar, eólico e fóssil, dentre outros.
veitamento do seu potencial nuclear, hidrelétri-
das tecnologias necessárias para o pleno apro-
sua matriz energética e obter a autossuficiência
dições de diversificar sua matriz de transporte,
senvolvimento, é vital para o País possuir con-
cente demanda imposta pelo processo de de-
2.2.O AMBIENTE NACIONAL
fóruns de alcance regional e global. Por outro
falta de percepção de ameaças reinante no
2.2.8. Para assegurar o atendimento à cres-
lado, as atenções externas tenderão a voltar-
Brasil, naquelas ocasiões, não permitiu uma
as normas do Direito Internacional.
-se para o País, de sorte que sua ascensão
adequada prontidão dos aparatos militares.
com nações mais avançadas no campo tecno-
permitir melhores condições de cooperação
2.2.7. O porte da economia nacional poderá
e Defesa nacionais.
tanto, para a própria concepção da Segurança
para a integração e coesão nacionais e, por-
interior do País que representam um desafio
13
lógico, ou mesmo o aproveitamento de projetos
atividades econômicas em algumas regiões no
2.2.9. Do ponto de vista da Defesa, além das
no contexto global requer ações no sentido de garantir a sua soberania.
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
gração com as demais regiões do País, contri-
Estado, com vistas à sua defesa e à sua inte-
dade que abriga, exigem a efetiva presença do
potencial hidroenergético e a valiosa biodiversi-
região, bem como seus recursos minerais, seu
mográfica e as dificuldades de mobilidade na
Amazônia brasileira, sua baixa densidade de-
2.2.11. A enorme extensão territorial da
medida em que incorpora elevado potencial
brasileira e de vital relevância para o País, na
de área comparável à Amazônia territorial
denominada Amazônia Azul®, ecossistema
estratégica do Atlântico Sul, o qual acolhe a
marítimo e pela incontestável importância
so litoral, pela magnitude do seu comércio
tima brasileira é respaldada pelo seu exten-
2.2.14. Por sua vez, a natural vocação marí-
lidade requer constante vigilância, atuação
transnacional, de forma que sua permeabi-
das atividades ilícitas que assumem natureza
mesmo tempo em que por elas são perpetra-
e aproximando o País de seus vizinhos, ao
as, mercadorias e bens, integrando regiões
desenvolvimento da atividade aeroespacial
o dos países vizinhos, bem como o contínuo
brasileiro e sua permanente articulação com
espaço exterior, o controle do espaço aéreo
portância para a Defesa Nacional. O uso do
cial caracteriza-se como de fundamental im-
continental e marítima, o ambiente aeroespa-
2.2.15. Da mesma forma que as dimensões
maiores reservas de petróleo e gás do Brasil.
de recursos vivos e não vivos, entre estes, as
buindo para o desenvolvimento nacional. 2.2.12. As fronteiras demandam atenção, na
coordenada entre os órgãos de defesa e os
são essenciais para resguardar a soberania
medida em que por elas transitam pesso-
de segurança pública e estreita cooperação
o acesso a pontos estratégicos do território,
ção territorial, permitindo o desenvolvimento,
mente para a unidade nacional e a integra-
infraestrutura adequada contribui decisiva-
de interesse nacional.
ções, de gerenciamento e de comunicações
tir o funcionamento dos sistemas de informa-
cibernético brasileiro, essenciais para garan-
atenção a segurança e a defesa do espaço
2.2.16. Adicionalmente, requerem especial
e os interesses nacionais.
com os países limítrofes.
além da tempestiva mobilização e o oportuno
2.2.13. Neste contexto, a existência de uma
apoio logístico para a Defesa Nacional.
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
Exército Brasileiro/Cabo Estevam
Tal cenário poderá ensejar a ocorrência de
mundo já cioso da escassez desses ativos.
reservas de recursos naturais, em um
lindeiros ao Atlântico Sul detêm significativas
visando, entre outros, ao desenvolvimento
mútua e a execução de projetos de defesa,
promover
os países Sul-americanos, o que poderá
para o incremento da cooperação entre
convergência
contribuem
2.3.4. Além disso, percebe-se o aumento de
conflitos nos quais prevaleça o uso da força
tecnológico e industrial, além de estratégias
interesses
confrontos e de rivalidades entre Estados,
ou o seu respaldo para a imposição de
para a solução de problemas comuns.
de
2.3.1. Ao contrário do que se anunciava tanto em nível global quanto regional, o que
sanções políticas e econômicas. Potências
2.3. O AMBIENTE INTERNACIONAL
no pós-Guerra Fria, quando a distensão repercute na expansão dos gastos militares
externas têm incrementado sua presença
2.3.5. A expansão mundial das atividades
Unidas como Zona de Paz e Cooperação
declarado pela Assembleia Geral das Nações
do Sul, de modo que o Brasil poderá ver-
ocorrência de conflitos armados na América
não se pode desconsiderar a possibilidade da
2.3.10. Porém, sob o ponto de vista da Defesa,
confiança
mundial e a globalização reduziram os níveis de defesa e na elevação do nível de tensão
crescimentos
do Atlântico Sul (ZOPACAS), percebe-se o
se motivado a contribuir para a solução de
da
de confrontação e ampliaram a prosperidade entre os Estados.
humanas,
crescimento de ilícitos transnacionais, pesca
eventuais controvérsias regionais ou mesmo
consolidação
econômica em um contexto de redução
econômico e populacional, tem resultado na
predatória, crimes ambientais e a presença
para defender seus interesses.
a
do Estado, nos últimos anos tem crescido
ampliação da demanda por recursos naturais.
de países que dela não fazem parte e que,
e influência nessas áreas. No Atlântico Sul,
Dessa forma, não se pode negligenciar a
no entanto, possuem interesses na região.
o espectro do conflito estratégico militar entre as maiores potências e ressurgido a
intensificação de disputas por áreas marítimas,
dos
2.3.2. No entanto, persiste um nível de
pelo domínio espacial e por fontes de água
2.3.11. A demanda por ajuda humanitária e
decorrente
interdependência econômica mundial que
competição pela supremacia global.
países
Assim, as expressões do Poder Nacional
por operações de paz tende a acentuar-se,
que
de
doce, de alimentos, de recursos minerais, de
devem estar adequadamente capacitadas
modo
serão instados a empregar, cada vez mais,
biodiversidade e de energia. Tais questões
para fazerem valer os interesses nacionais.
de
os instrumentos diplomático e econômico,
poderão levar a ingerências em assuntos
incrementar sua participação nesses tipos de
controvérsias,
favorece a busca por soluções negociadas
seja no contexto bilateral ou articulados no
internos ou a controvérsias por interesses sobre
missão. Além do aumento de sua influência
de sorte que o País poderá ser estimulado a
ou
2.3.8. O Brasil possui um território de
política em nível global, a participação em
internacionais
âmbito
espaços sujeitos à soberania dos Estados,
cerca de 8.5 milhões de km², uma área
organismos
intergovernamentais, por intermédio dos quais
configurando possíveis quadros de conflito.
operações internacionais permitirá ao Brasil
de
serão levadas a termo negociações e sanções.
Azul®
Amazônia
oceânica
denominada
com 5,7 milhões de km², um litoral com demandas
por
crescentes
estreitar laços de cooperação por intermédio
As
2.3.6.
das
internacional,
aproximadamente 7.500 km de extensão
participantes das missões, bem como ampliar
configuração
social
e, ainda, mais de 17.000 km de fronteira
sua projeção no concerto internacional.
A
2.3.3.
desenvolvimento
terrestre e limites com: Uruguai, Argentina,
de
de
agências poderão impactar as relações entre os
Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela,
e
inclusive
17
com
sistemas
de
caracterizada por assimetrias de poder,
Estados, de forma a gerarem exigências
Guiana e Suriname, além da Guiana Francesa
a
e
gera tensões e instabilidades que somadas
internas indissociáveis das ações afirmativas
relação
Armadas
a conflitos de caráter étnico e religioso
da soberania nacional e a não ingerência nos
de
indesejados,
gerenciamento
2.3.12.
acessos
Em
informações,
Forças
contribuem para o surgimento de grupos
(Departamento Ultramarino da França).
e
insurgentes e de organizações terroristas
assuntos e interesses nacionais.
comunicações, tornar-se-ão mais frequentes
econômico
ou criminosas que tendem a incrementar a
os
guerra irregular e a possibilidade do uso de 2.3.9.
período
sem conflitos armados na região e a
o 2.3.7. Por outro lado, a América do Sul, o
regional, Atlântico Sul, a Antártica e os países africanos
âmbito
artefatos nucleares, biológicos, químicos,
No
radiológicos ou explosivos.
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
papel
próprio processo de conhecimento, e na exercendo
eventuais bloqueios do fluxo de informações seguirão
modernização autóctone de suas capacidades produtivas
o
de interesse nacional, capazes de expor para secundário no cenário mundial, sem agregar
vitais
ou benefícios às suas populações.
atividades
funcionamento das instituições do País. No
paralisar
campo militar, esses acessos poderão afetar, ou mesmo inviabilizar, operações militares, 2.3.15. Impactos provocados por mudanças poderão
climáticas
pandemias
em face da dificuldade ou da impossibilidade acarretar graves consequências ambientais,
por
de se exercerem as ações de Comando,
função
pelas
e de produção entre os países, muito em
torná-los alvo de ações hostis o que poderá
diplomáticas e empresas brasileiras poderiam
países onde haja cidadãos, representações
2.3.16. Instabilidades políticas e sociais em
pronta resposta do Estado.
sociais, econômicas e políticas, exigindo
ou
Controle e Inteligência. 2.3.13. Há uma tendência mundial de
novas tecnologias e pelos investimentos
exigir a atuação das Forças Armadas, a fim
aumento das desigualdades tecnológicas
em inovação. As tecnologias disruptivas
de assegurar os interesses do Estado e a
desempenhado
acentuarão as assimetrias na área da Defesa,
integridade física e psicológica dos nacionais.
papel
influenciando o equilíbrio de poder regional e
do
mundial e subvertendo tradicionais conceitos
internacional, é imprescindível para o Brasil
ambiente
manter-se apto a exercer plenamente sua
do
2.3.14. Os países que investem em inovação e
soberania e sua capacidade de dissuasão.
contexto
produzem tecnologias disruptivas aumentarão
Essa condição demanda ações alinhadas e
Nesse
o seu nível de desenvolvimento e bem-estar
indivisíveis de todos os setores governamentais.
2.3.17.
da população, enquanto que aqueles que
e lógicas da geopolítica.
absorvem tecnologias sem investir em seu
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
Agência Força Aérea/Sgt. Johnson
Exército Brasileiro/Sgt Mache
tratados e acordos internacionais e sempre
compromissos assumidos em convenções,
vando o direito ao desenvolvimento e ao uso
Não-Proliferação de Armas Nucleares, ressal-
e nucleares, nos termos do Tratado sobre a
X. participar de organismos internacionais,
XIV. repudiar qualquer intervenção na sobera-
dessas tecnologias para fins pacíficos; e
respeitando os princípios constitucionais; III. promover a participação da mobilização
Diplomacia e Defesa – devem ser explorados
hostis. Esses três pilares – Desenvolvimento,
para a dissuasão ou o enfrentamento de ações
Industrial de Defesa (BID) e a autonomia tec-
e/ou dual, visando ao fortalecimento da Base
aplicados a produtos de defesa de uso militar
Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação
V. priorizar os investimentos em Saúde,
XIII. apoiar as iniciativas para a eliminação to-
nutenção como patrimônio da humanidade;
a preservação do meio ambiente e sua ma-
mente para fins de pesquisa científica, com
XII. defender a exploração da Antártica so-
colaborativa de todos os cidadãos.
senvolvimento de uma cultura participativa e
sileira nos assuntos de defesa, para o de-
estimular o fundamental envolvimento
com maior ou menor profundidade conforme o nológica do País;
tal de armas químicas, biológicas, radiológicas
XV.
ditames do ordenamento jurídico internacional.
nesse sentido seja realizada de acordo com os
nia dos Estados e defender que qualquer ação
XI. participar de operações internacionais,
projetando cada vez mais o País no concerto
IV. buscar a manutenção do Atlântico Sul
nacional em prol da Defesa Nacional;
3. CONCEPÇÃO POLÍTICA DE DEFESA A paz e a estabilidade nas relações internacionais requerem ações integradas e coorde-
como zona de paz e cooperação;
das Nações;
a redução das deficiências estruturais das na-
nadas nas esferas do Desenvolvimento, para ções; da Diplomacia, para a conjugação dos
visando a contribuir para a estabilidade mun-
caso concreto, a fim de garantir a Segurança e
VI. promover a proteção da Amazônia brasi-
interesses conflitantes de países; e da Defesa,
a Defesa nacionais.
leira e sua maior integração com as demais
VII. defender o uso sustentável dos recur-
cooperação no âmbito internacional e a in-
VIII. sem prejuízo da dissuasão, privilegiar a
nacionais, visando à legitimidade e ao res-
IX. atuar sob a égide de organismos inter-
21
de todos os segmentos da sociedade bra-
ponderantemente voltada contra ameaças exregiões do País;
dial e o bem-estar dos povos;
ternas e considerando os aspectos constantes
Portanto, sendo a Defesa uma atividade pre-
dos ambientes nacional e internacional, o Bra-
sos ambientais, respeitando a soberania dos
sil concebe sua Defesa Nacional segundo os seguintes pressupostos, além dos princípios já
motivadas, preparadas e equipadas, a fim
tegração com os países sul-americanos, vi-
Estados;
previstos na Constituição Federal:
de serem capazes de cumprir suas missões
sando a encontrar soluções integradas para
I. manter as Forças Armadas adequadamente
constitucionais, e de prover a adequada
para o Setor de Defesa, adequada ao pleno
paldo jurídico internacional, conforme os
questões de interesses comuns ou afins;
capacidade de dissuasão;
cumprimento de suas missões constitucionais e
II. buscar a regularidade orçamentária-financeira
à continuidade dos projetos de Defesa;
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
Marinha do Brasil/Divulgação POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
Segurança nas águas feita pela Marinha do Brasil
23
serem alcançadas e mantidas permanentemente
devem ser interpretados como as condições a
dos os Objetivos Nacionais de Defesa, os quais
como da Concepção Política, são estabeleci-
internacional e nacional e suas projeções, bem
Em decorrência da análise dos ambientes
e da doutrina de emprego das Forças, de
de contínuo aperfeiçoamento das técnicas
entre outros. Leva em conta a necessidade
como transporte, energia e comunicação,
o suporte das infraestruturas críticas, tais
a devida regularidade e continuidade, e com
a estatura político-estratégica do Brasil, com
de recursos orçamentários condizentes com
recursos e os interesses nacionais situa-
V. Salvaguardar as pessoas, os bens, os
direitos e deveres constitucionais.
rantindo aos cidadãos o pleno exercício dos
fundamentais e comuns à toda a Nação, ga-
do povo brasileiro, assim como dos objetivos
dos valores, das tradições e dos costumes
Trata da preservação da identidade nacional,
nacionais.
IV. Preservar a coesão e a unidade
Segurança e Defesa.
comuns e pela cooperação em assuntos de
comunidade mundial, na busca de confian-
complementada pelas relações com toda a
no âmbito dos organismos internacionais,
canismos de resolução de controvérsias
Refere-se à participação do Brasil nos me-
internacionais.
gional e para a paz e a segurança
VII. Contribuir para a estabilidade re-
4. OBJETIVOS NACIONAIS DE DEFESA
pela nação brasileira no âmbito de Defesa. forma singular e conjunta, com foco na in-
Estado, sobre o conjunto das instituições,
exercer a última instância da autoridade do
de fazer valer os interesses nacionais e de
Trata-se de assegurar a condição inalienável
cional e a integridade territorial.
I. Garantir a soberania, o patrimônio na-
dades da profissão militar, permanentemente
recursos humanos adequados às peculiari-
das atribuições cometidas; e a dotação de
em quantidade compatível com a magnitude
logias modernas e equipamentos eficientes e
das Forças Armadas, empregando-se tecno-
teroperabilidade; o adequado aparelhamento
também pelo patrimônio, pelos ativos eco-
de acordos internacionais, de modo a zelar
tivos, privados ou públicos; e o cumprimento
do o respeito aos direitos individuais ou cole-
rança aos brasileiros no exterior, asseguran-
Significa proporcionar condições de segu-
dos no exterior.
rações internacionais e na cooperação com
ganismos e fóruns internacionais, em ope-
incrementar a participação do Brasil em or-
Caracteriza-se pelas ações no sentido de
processos decisórios internacionais.
concerto das Nações e sua inserção em
VIII. Incrementar a projeção do Brasil no
ça mútua, pela colaboração nos interesses
São Objetivos Nacionais de Defesa:
bens nacionais, direitos e obrigações, bem
Refere-se a proporcionar às Forças Armadas
tucionais das Forças Armadas.
para o cumprimento das missões consti-
II. Assegurar a capacidade de Defesa
teresse do País. Refere-se, adicionalmente, à
nações detentoras de conhecimentos de in-
Defesa, bem como o intercâmbio com outras
tones, sobretudo as mais críticas na área de
car o desenvolvimento de tecnologias autóc-
Significa manter e estimular a pesquisa e bus-
discussões afetas ao tema e culminando com
mentando-se a participação dos cidadãos nas
assuntos relacionados à defesa do País, incre-
sociedade brasileira sobre a importância dos
Trata-se de aumentar a percepção de toda a
Nacional.
dade brasileira nos assuntos de Defesa
VI. Ampliar o envolvimento da socie-
outros países, visando a auferir maior influên-
nômicos e recursos nacionais existentes fora
as capacidades necessárias para realizar a
qualificação do capital humano, assim como
a geração de uma sólida cultura de Defesa.
cia nas decisões em questões globais.
vigilância, o controle e a defesa do território,
ao desenvolvimento da BID e de produtos de
do Brasil, de acordo com o ordenamento ju-
das águas jurisdicionais e dos espaços aéreo
emprego dual (civil e militar), além da gera-
25
rídico internacional.
qualificados, preparados e motivados. III. Promover a autonomia tecnológica e
como a estabilidade da ordem jurídica, o acesso e a mobilidade em todo o Território
e exterior brasileiros e prover a segurança das
ção de empregos e renda.
Nacional.
linhas de comunicação marítimas de interes-
produtiva na área de defesa.
se, por meio da dotação do setor de defesa
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1. A interação com a sociedade brasileira e, em especial, a articulação dos setores da Administração Pública Federal são essenciais para o sucesso na consecução dos objetivos estabelecidos nesta Política e para o emprego mais racional das capacidades e potencialidades do País. Da mesma forma, as medidas implementadas pelo Setor de Defesa no sentido da consecução dos Objetivos Nacionais de Defesa deverão observar e atender, no que for cabível, às interações com as políticas setoriais dos demais
objetivos
estabelecidos
nes-
órgãos da Administração Pública Federal. Os
ta Política direcionarão a formulação da
5.2. Estratégia Nacional de Defesa, documento que estabelece as ações para a consecução daqueles objetivos.
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA
SAAB Saab
Apresentação do primeiro F-39 Gripen brasileiro, em Linköping, na Suécia.
27
ESTRATÉGIA
NACIONAL DE DEFESA
Agência Força Aérea/Sgt. Batista
Cerimônia de troca da bandeira em Brasília
da solução pacífica dos conflitos. Essa vocação
tucionais da não intervenção, da defesa da paz e
tre outros fundamentos, pelos princípios consti-
O Brasil rege suas relações internacionais, en-
de Defesa (OND), que devem ser permanente-
(PND), a qual estabelece os Objetivos Nacionais
de mais alto nível a Política Nacional de Defesa
Defesa Nacionais, que têm como documento
ordenar as ações relacionadas à Segurança e
1.INTRODUÇÃO
para a convivência harmônica com outros países
mente perseguidos pelo Brasil.
imprevisíveis. Dessa forma, conforme defendido
táveis e possuem desdobramentos, por vezes,
que as relações internacionais se mantêm ins-
Por outro lado, o contexto atual demonstra
sárias para efetivamente dotar o Estado da capa-
País nas questões de Defesa e as ações neces-
É, portanto, o vínculo entre o posicionamento do
das para que esses objetivos sejam alcançados.
quanto às medidas que devem ser implementa-
vez, orienta os segmentos do Estado brasileiro
A Estratégia Nacional de Defesa (END), por sua
é parte da identidade nacional e constitui valor a
por José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão
ser conservado pelo povo brasileiro.
do Rio Branco, o Brasil tem a consciência de que
cidade para atender seus interesses.
Fundamentada na PND, a END define, de for-
“nenhum Estado pode ser pacífico sem ser for-
estar estruturada a defesa do País, assim como
sa da Pátria. Trata das bases sobre as quais deve
ma clara e objetiva, as estratégias que deverão
te", de modo que o crescente desenvolvimento
Assim, a sociedade brasileira vem tomando
indica as articulações que deverão ser conduzi-
nortear a sociedade brasileira nas ações de defe-
maior consciência da sua responsabilidade na
das, no âmbito de todas as instâncias dos três
do País deve ser acompanhado pelo adequado
preservação da soberania do País e da impor-
Poderes e a interação entre os diversos escalões
preparo de sua defesa.
tância de dotá-lo de uma visão estratégica que o
condutores dessas ações com os segmentos
não governamentais do País.
capacite a garantir a consecução de suas legíti-
O Estado, como provedor da segurança da
mas aspirações.
população brasileira, é o responsável por co-
31
veis ao restabelecimento da paz.
interesses nacionais, impondo condições favorá-
e com um mínimo de danos à integridade e aos
à decisão do conflito no prazo mais curto possível
pregado o Poder Nacional necessário, com vistas
e a fim de repelir uma eventual agressão, será em-
No contexto de um plano mais amplo de defesa,
tamente à realização de ações de caráter militar.
crise ou conflito, o País tenha que se limitar estri-
se sentido, dissuadir não implica que, em caso de
nal e nos compromissos firmados pelo País. Nes-
tuição Federal, nos preceitos do direito internacio-
ameaças, observando o estabelecido na Consti-
capacidade de dissuasão para inibir eventuais
em tempo de paz ou de crise, está pautada na
A concepção estratégica de defesa do País,
cução do desejado grau de segurança do Brasil.
A Defesa Nacional é essencial para a conse-
natureza político-estratégica, o Estado brasileiro
No gerenciamento de crises internacionais de
de paz, de acordo com os interesses nacionais.
crescentes em ações humanitárias e em missões
tre os povos; e desempenhar responsabilidades
misso com a defesa da paz e a cooperação en-
cia no concerto mundial; reafirmar seu compro-
projetar poder, objetivando ampliar a sua influên-
do Brasil. Dessa forma, o País deve ser capaz de
e as prioridades da política externa e de defesa
cias do momento, deverão seguir os princípios
Essas participações, observadas as circunstân-
Unidas (ONU) ou de organismos multilaterais.
Paz, sob a égide da Organização das Nações
demandas de participação em Operações de
deve estar preparado para atender às possíveis
tribuição para a paz mundial. Em consequência,
vos, continuará a ser convidado a dar sua con-
álogo e da convivência harmoniosa entre os po-
O Brasil, por sua tradição de defensor do di-
tico Sul continuarão a ser vitais para o desen-
das linhas de comunicação marítimas do Atlân-
e explotação da Amazônia Azul® e a utilização
a defesa dos interesses nacionais. A exploração
meira postura estratégica a ser considerada para
prioridade do País. A dissuasão deve ser a pri-
subsolo marinho sob jurisdição brasileira é uma
sos naturais existentes nas águas, no leito e no
estratégico para o Brasil. A proteção dos recur-
O Atlântico Sul é uma área de interesse geo-
litar de potências extra regionais no Atlântico Sul.
e minimizando a possibilidade de interferência mi-
aumentando sua influência no entorno estratégico
solidação do Brasil como ator regional relevante,
do Atlântico Sul (ZOPACAS) contribuirá para a con-
O fortalecimento da Zona de Paz e Cooperação
volvimento mútuo das capacidades tecnológicas.
colaborativa, de modo a proporcionar um desen-
ses industriais de defesa dos países de maneira
pode contribuir para o desenvolvimento das ba-
entre as Forças Armadas dos países da região, e
do Brasil, fomenta a confiança e transparência
A integração regional contribui para a defesa
jurisdicionais brasileiras; do seu território; e do
exercer vigilância, controle e defesa: das águas
integração com os demais países amazônicos.
prescindível o fortalecimento da cooperação e da
locais. Para a ampliação dessa segurança, é im-
entidades exógenas influenciem as comunidades
militar e a efetiva ação do Estado, evitando que
gurança e soberania, intensificando a presença
o incremento das capacidades de prover se-
a ser vitais para a integração nacional, exigindo
da Amazônia, de forma sustentável, continuarão
ploração e o desenvolvimento socioeconômico
dos interesses nacionais naquela região. A ex-
tura estratégica a ser considerada para a defesa
para o País. A dissuasão deve ser a primeira pos-
cial energético, no território brasileiro é prioridade
dos recursos minerais, hídricos, além do poten-
co para o Brasil. A proteção da biodiversidade,
também é uma área de interesse geoestratégi-
manutenção como patrimônio da humanidade.
fica, com a preservação do meio ambiente e sua
daquele continente para fins de pesquisa cientí-
da Região Antártica, defendendo a exploração
O Ministério da Defesa, demais ministérios
A Defesa Nacional, portanto, contribui com
poderá ser demandado a empregar todas as ex-
volvimento do Brasil, exigindo a intensificação
seu espaço aéreo, aí incluídas as áreas conti-
envolvidos e as Forças Armadas deverão incre-
a Segurança Nacional e atua em consonância
pressões do Poder Nacional, de diferentes formas,
das capacidades de prover Segurança Marítima.
nental e marítima. Deve, ainda, manter a segu-
externa e do ordenamento jurídico internacional,
com a política brasileira, ao preparar o País para
ressalvando o repúdio a qualquer intervenção na
Para o incremento dessa segurança, é importan-
rança das linhas de comunicação marítimas e
mentar o apoio necessário à participação brasi-
o emprego do Poder Nacional, especialmente a
soberania dos Estados. Excepcionalmente, em
te a ampliação de um ambiente de cooperação
das linhas de navegação aérea, especialmente
o Brasil poderá participar de arranjos de defesa
sua Expressão Militar, garantindo a capacidade
conflitos, de forma coerente com sua história e os
com países lindeiros do Atlântico Sul, principal-
2.CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA DE DEFESA
de dissuasão, visando à preservação da sobe-
cenários vislumbrados, observados os dispositi-
mente por meio de suas Marinhas.
leira nos processos de decisão sobre o destino
rania, da integridade territorial e dos interesses
vos constitucionais e legais, bem como os inte-
coletiva e de operações internacionais, visando
nacionais, no País ou no exterior, conforme vão
resses do País e os princípios básicos da política
contribuir para a estabilidade mundial.
se esgotando as possibilidades de negociações
33
O País deve dispor de meios capazes de
A Amazônia, assim como o Atlântico Sul,
e, consequentemente, de soluções pacíficas.
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
no Atlântico Sul, buscando mantê-lo como zona
conflito. Em consonância com a busca da paz
tanto em tempo de paz, quanto em situação de
garantir nível adequado de segurança do País,
à defesa tem como fundamento a obrigação de
A atuação do Estado brasileiro com relação
litar Obrigatório é a garantia de participação dos
recursos humanos qualificados. Já o Serviço Mi-
são pressupostos essenciais para a obtenção de
Nesse sentido, os investimentos em capacitação
materiais disponíveis em prol da Defesa Nacional.
rapidamente seus recursos humanos e meios
de. De vontades, por ser este um elemento im-
voltada para o alcance de determinada finalida-
jugação interdependente de vontades e meios,
O Poder Nacional apresenta-se como a con-
que a Nação esteja preparada para evoluir, rapi-
de desenvolvimento do País.
propiciem as condições necessárias ao processo
preparo depende de políticas e estratégias que
ção do potencial em poder. A eficiência de tal
3.FUNDAMENTOS
e da segurança internacionais, o País é signacidadãos como instrumento da mobilização para
prescindível à sua manifestação, tornando-o um
damente, da situação de paz ou de crise para a
O Brasil deve estar em condições de ampliar
mentários e financeiros para o Setor de Defesa.
tário do Tratado de Não-Proliferação de Armas afirmar a unidade nacional e contribuir para o de-
fenômeno essencialmente humano, individual ou
de paz e cooperação.
Nucleares e apoia as iniciativas para a eliminasenvolvimento da mentalidade de defesa no seio
coletivo; de meios, por refletir as possibilidades e
os meios humanos e materiais das Forças Arma-
ver a capacidade de mobilização e a manuten-
Nesse contexto, torna-se importante desenvol-
pressão militar, na defesa dos seus interesses.
gará o Poder Nacional, com ênfase na sua ex-
No caso de agressão externa, o País empre-
capacitação da Base Industrial de Defesa (BID),
trial e ao meio acadêmico, de forma sinérgica. A
das mediante estímulo e fomento ao setor indus-
sob domínio nacional. Tais tecnologias são obti-
de defesa seja apoiado em tecnologias críticas
que o atendimento às necessidades de produtos
do poder existente, seja por meio da transforma-
cê-lo, seja pela manutenção ou aperfeiçoamento
atividades executadas com o objetivo de fortale-
do Poder Nacional consiste de um conjunto de
Nacional de Defesa. Nesse sentido, o preparo
para conquistar e manter os objetivos da Política
derando os meios, os óbices e os fins a atingir,
torno de capacidades.
guinte, buscar estruturar os meios de defesa em
Nacional às novas circunstâncias e, por conse-
tar a configuração das expressões do Poder
cional e internacional, torna-se essencial adap-
pressupostos da Mobilização Nacional.
situação de conflito armado. O País deverá, por-
das, que é o conceito de Elasticidade, um dos
3.1 PODER NACIONAL
ção total dessas armas por parte dos países que da sociedade brasileira.
Os setores governamental e industrial e o
A Estratégia Nacional de Defesa resume-se
No contexto da Defesa Nacional, é necessário
as possuem, ressalvando o desenvolvimento e o
meio acadêmico, voltados para a ciência, tecno-
em preparar e aplicar o Poder Nacional, consi-
ção de Forças Armadas modernas, integradas
incluído o domínio de tecnologias de uso dual,
tanto, estar habilitado a aumentar celeremente
uso dessa tecnologia para fins pacíficos. Apoia,
logia e inovação (CT&I), devem ser priorizados e
e balanceadas, operando de forma conjunta e
é fundamental para alcançar o abastecimen-
limitações das pessoas que o constituem e dos
também, iniciativas para a eliminação de outras
integrados de modo a contribuir para assegurar
adequadamente desdobradas no território na-
to de produtos de defesa visando à autonomia
recursos de que dispõe.
armas de destruição em massa.
cional, em condições de pronto emprego, bem
tecnológica do País. As oportunidades de evo-
mento da estrutura de comando, controle e mo-
O País deverá buscar o constante aperfeiçoa-
instituições da área de CT&I e da absorção de
relacionadas ao incremento da interação com
lução tecnológica da BID estarão diretamente
Nacional. Elas são implementadas por intermé-
por diferentes parcelas das expressões do Poder
São consideradas CND aquelas compostas
Dissuasão, Coordenação e Controle, Gestão da In-
Nacionais de Defesa: Proteção, Pronta-resposta,
Em face da análise dos atuais cenários, na-
como ampliar a infraestrutura nacional de apoio
nitoramento e dos sistemas de inteligência dos
conhecimentos dos países com reconhecido de-
dio da participação coordenada e sinérgica de
3.2 CAPACIDADES NACIONAIS DE DEFESA (CND)
a essas ações.
órgãos envolvidos na Defesa Nacional. Dessa
senvolvimento tecnológico.
órgãos governamentais e, quando pertinente, de
lização e Desenvolvimento Tecnológico de Defesa.
formação, Logística, Mobilidade Estratégica, Mobi-
35
entes privados orientados para a defesa e para a
Assim, destacam-se dentre as Capacidades
segurança em seu sentido mais amplo.
forma, é prioritário assegurar a continuidade e a previsibilidade na alocação de recursos orça-
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Sustenta-se nas condições que possui a Nação
propósito desestimular possíveis agressões.
ações hostis contra a soberania e os legítimos
Intimamente relacionada à Capacidade de Pro-
interesses do Brasil. A capacidade de dissua-
mos o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro
crise ou encerrar, de forma célere, uma contenda
são, que consiste não só na disponibilidade e
A Capacidade de Proteção do território e da
já deflagrada, evitando o engajamento do País em
prontidão de meios militares adequados, como
de congregar e aplicar sua Capacidade de Prote-
A Capacidade de Proteção, além de voltar-
um conflito armado prolongado.
também da capacitação do seu pessoal, é uma
teção está a Capacidade de Pronta-resposta,
-se para o território nacional, deverá considerar
A Capacidade de Dissuasão, por sua vez,
ferramenta da diplomacia.
(SISDABRA), o Sistema Nacional de Proteção e
importa dotar a Nação da capacidade de resposta os interesses brasileiros no exterior, com o pro-
configura-se como fator essencial para a Segu-
população brasileira exprime o mais relevante ob-
em situações excepcionais, preservando-se o funpósito de assegurar a observância dos direitos
rança Nacional, na medida em que tem como
ção e de Pronta-resposta, no caso de eventuais
cionamento normal das funções vitais do Estado. individuais ou coletivos, privados ou públicos,
que inclui diversos elementos do Poder Nacional.
Reforçar a Capacidade de Proteção requer a e o cumprimento de acordos internacionais, de
Defesa Civil (SINPDEC) e o Sistema de Proteção
adequação e estruturação dos sistemas de vigimodo a zelar também pelo patrimônio, pelos ati-
jetivo nacional, o de garantir a soberania, o patri-
lância nas áreas de interesse e de controle sobre vos econômicos e pelos recursos nacionais exis-
Visa prevenir o agravamento de uma situação de
o território nacional, as Águas Jurisdicionais Bra-
tentes fora do Brasil, de acordo com o arcabou-
de Amazônia (SIPAM).
sileiras, o espaço aéreo sobrejacente e espaço ço jurídico internacional.
mônio nacional e a integridade territorial. Assim,
exterior, o espaço cibernético e outras áreas de
dos conhecimentos necessários ao processo de-
visa garantir a obtenção, a produção e a difusão
A Capacidade de Gestão da Informação
nio e a integridade do tráfego de informações.
tâncias, a coordenação entre os diversos órgãos
37
governamentais e tem como fundamento o domí-
tem como objetivo permitir, em quaisquer circuns-
A Capacidade de Coordenação e Controle
Marinha do Brasil/Divulgação
interesse. Como exemplos de suas estruturas te-
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Agência Força Aérea/Cb V. Santos
Por sua vez, a Capacidade de Mobilidade
a logística militar com o propósito de preparar a
lítico-estratégica e, no nível militar, complementa
emprego dos recursos e serviços colocados à
Mobilização Nacional e à capacidade do pronto
timamente associada ao grau de independência
Estratégica refere-se à condição de que dispõe
sua disposição.
tecnológica e logística do País, à capacidade de
Inteligência aos tomadores de decisão, em todos
expressão militar para a passagem da estrutu-
capacidades de que dispõe o País (infraestrutu-
ações estratégicas, no campo da Defesa Nacio-
os níveis. Essa capacidade proporciona condia infraestrutura logística de transporte do País,
ra de paz para a estrutura de guerra, para fazer
ras, instaladas e potenciais, e capital humano),
interoperabilidade necessária ao atendimento do
ções para a ação preventiva do poder público de capacidade multimodal e de meios de trans-
frente a uma situação de emergência decorrente
devendo ser dada especial atenção ao preparo
cisório e a coordenação e controle dos meios de
e contribui para a eficácia dos meios operativos porte, que permitam às Forças Armadas deslo-
da iminência de concretização ou efetivação de
dessas capacidades, visando ao seu emprego
nal, para fazer frente a uma situação de crise po-
das Forças Armadas. car-se, rapidamente, para a área de emprego, no
uma hipótese de emprego das Forças Armadas.
interesse da Defesa Nacional.
A Capacidade Logística para a Defesa território nacional ou no exterior, quando assim
Tem como seu principal alicerce o Sistema Na-
que dispõe a Nação, proporcionando o acesso à
Nacional baseia-se na Logística Militar e suas impuser a defesa dos interesses nacionais.
sete funções logísticas (Engenharia, Manuten-
dos vários setores nacionais capacitados nas
sarial), criando o envolvimento direto e indireto
tegração dos diversos modais, de sorte que pos-
tes adequada e que privilegie a interação e a in-
que o Brasil disponha de estrutura de transpor-
Tal condição requer, entre outros aspectos,
pelas necessidades da Mobilização Nacional nas
a forma de direções setoriais que responderão
central o Ministério da Defesa e estrutura-se sob
Lei nº 11.631/2007, o qual possui como órgão
cional de Mobilização (SINAMOB), criado pela
pretendidos.
que o “fator tempo” é crítico para os resultados
de forma célere, eficiente e eficaz, considerando
A mobilização deverá considerar todas as
ações sistematizadas (logística militar e empre-
ção, Recursos Humanos, Salvamento, Saúde,
sam atuar de forma complementar.
mônica, é coordenado pelo Sistema Logístico de
cional complementa a logística nacional, com o
A Capacidade de Mobilização no nível na-
segurança e inteligência, de defesa civil, científi-
áreas política, econômica, social, psicológica, de
médio de ações integradas empreendidas pelo
(PRODE) e Sistemas de Defesa (SD), por inter-
to e/ou modernização de Produtos de Defesa
lógico de Defesa proporciona o desenvolvimen-
A Capacidade de Desenvolvimento Tecno-
Suprimentos e Transporte), que, de forma harDefesa (SisLogD), mantendo as logísticas milita-
co-tecnológica e militar, por intermédio de sub-
Estado, indústria e meio acadêmico, de forma
propósito de capacitar o Poder Nacional a realizar
sinérgica, buscando a atualização e a indepen-
dência tecnológica.
sistemas na administração federal, dentre eles o
A Expressão Militar do Poder Nacional está in-
39
Sistema de Mobilização Militar (SISMOMIL).
res, específicas de cada Força Singular, com a
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Exército Brasileiro/Divulgação
Jorge Cardoso
Entrega do centésimo blindado Guarani na IVECO
mercantil e da falta de regularidade nas demandas
presas nacionais contra os riscos do imediatismo
3.3 BASE INDUSTRIAL DE DEFESA (BID)
O Setor de Defesa deverá estimular, no seu
novas tecnologias. Também deverá ser levada em
estatais por produtos de defesa, sem prejudicar a
conta a competitividade da BID, visando a incre-
âmbito de atuação, o desenvolvimento das po-
Assim, a defesa e o desenvolvimento do País
mentos na exportação de bens, serviços e tec-
competição no mercado e o desenvolvimento de
são naturalmente interdependentes, na medida
nologias militares e as suas possíveis adaptações
tencialidades industriais do País, de sorte a incre-
em que este se configura como fator preponde-
mentar o Poder Nacional.
rante para dotar os meios, humanos e de infraes-
para emprego no segmento civil.
fesa esteja de acordo com as mais avançadas
mesmo tempo, é imperioso que o aparato de de-
forma, promover maior regularidade às deman-
a incrementar sua escala de produção e, dessa
pecial com relação ao mercado externo, de forma
dições de aumentar sua competitividade, em es-
Tais regimes deverão proporcionar à BID con-
trutura, de que a Nação necessita para suportar
práticas e tecnologias, o que requer a condição
das de produtos, quer sejam exclusivamente de
um eventual emprego da expressão militar. Ao
de desenvolvimento científico e tecnológico na-
no País, pesquisas, projetos, desenvolvimento,
das, civis e militares, que realizem ou conduzam,
pelo conjunto de organizações estatais e priva-
gativas decorrentes de seu comprometimento
condição não configure privilégios, mas prerro-
pertinentes instrumentos legais, de sorte que tal
estabelecidos pelo Estado, de acordo com os
deve ser a observância pela BID de requisitos
A contrapartida para tais regimes especiais
defesa, quer sejam de aplicação dual.
cional no estado da arte.
Nesse contexto, a defesa do Brasil exige o
industrialização, produção, reparo, conservação,
permanente fortalecimento de sua BID, formada
revisão, conversão, modernização ou manuten-
com o preparo do Poder Nacional.
mento dos Objetivos Nacionais de Defesa. Assim,
tratégicos, com o propósito de permitir o atendi-
devem estar subordinados aos imperativos es-
promover o desenvolvimento científico e tecnoló-
investir em defesa significa garantir a soberania,
tos que também serão úteis ao setor civil. Assim,
pregos diretos e indiretos e desenvolve produ-
econômico do país, na medida em que gera em-
Fomentar a BID é incentivar o crescimento
ção de produtos de defesa.
importa que a rede de desenvolvimento, produ-
Em relação aos aspectos comerciais, estes
ção e comercialização esteja submetida a regimes
gico e estimular o crescimento do País.
Considerando o contexto da globalização nas
legal, regulatório e tributário especiais, de forma
a proporcionar maior nível de segurança às em-
41
rias estratégicas com outros países deve ser uma
áreas comercial e industrial, a busca por parceconfiança aos potenciais compradores.
de defesa nacionais tendem a proporcionar maior
entre pesquisa e produção, sem que se perca
sos, assim como privilegie a construção de elos
seja, sua utilidade como fonte de inspiração e de
mas também por sua fecundidade tecnológica, ou
vados, com o propósito de alcançar e consolidar
diversos órgãos governamentais e de entes pri-
prioridade, que demanda ação coordenada de
BID, de tal sorte que a cadeia de produção seja
lidade e de aprimoramento das capacitações da
para garantir condições mínimas de sustentabi-
O Estado deve utilizar seu poder de compra
tecnologia avançada das três Forças Singulares.
alizados de forma conjunta pelas instituições de
projetos de pesquisa sejam, prioritariamente, re-
Para atingir tal condição, é necessário que os
cada Força. Igualmente, a Política de Obtenção
guardando-se, no entanto, as peculiaridades de
dos equipamentos das Forças Armadas, res-
desejadas comunalidade e interoperabilidade
cionais. A Estratégia considera, portanto, que
fortalecimento das capacitações autônomas na-
Tais parcerias deverão ter como premissa o
tes dos bens e serviços.
nacional sobre a autoridade de direitos e paten-
ferência de tecnologias, mantendo a soberania
e de serviços, incentivando a aquisição e a trans-
giando-se a aproximação da produção científica
formação em ciências básica e aplicada, privile-
a importância de se implementar uma política de
quanto da formação de recursos humanos. Daí
mento da infraestrutura de ciência e tecnologia,
ramento ocorre em função, tanto do desenvolvi-
cas nacionais no campo da defesa, o seu aprimo-
No que se refere às competências tecnológi-
somente pelo seu potencial de emprego imediato,
cas, e deverão ser selecionados e avaliados não
pósitos específicos, seja sob outras formas jurídi-
sonalidade própria, seja como empresas de pro-
Esses projetos poderão ser organizados com per-
do-se, para cada um deles, um polo integrador.
ça devem ter seus esforços integrados, definin-
nacionais em produtos de defesa.
desenvolvimento das capacitações tecnológicas
obtenção, a prevalência do compromisso com o
sos orçamentários e garantir, nas decisões de
tério, visando racionalizar o emprego de recur-
de Produtos de Defesa deverá observar esse cri-
Ademais, tais projetos deverão considerar as
a capacidade de desenvolver e fabricar produtos relativamente independente da política de expor-
Projetos de interesse comum a mais de uma For-
capacitação para iniciativas análogas.
de defesa, minimizando-se a dependência da imtação e de comercialização de produtos duais.
contato com os avanços em ciências básicas.
portação de componentes críticos, de produtos
parte substancial do desenvolvimento, da produ-
cialistas civis na área de Defesa, deverá ser in-
De modo a estimular o surgimento de espe-
3.4 RECURSOS HUMANOS
com as atividades relativas ao desenvolvimento
No que se refere aos recursos humanos,
Resguardados os interesses de segurança do
tecnológico da BID.
ção e da manutenção seja realizada no Brasil. O componente estatal da BID deverá, em prin-
Estado quanto ao acesso a informações, devem
crementado o envolvimento da sociedade bra-
cípio, projetar e produzir o que o setor privado não pode fazê-lo de forma rentável no curto e no mé-
deverá ser mantida uma reserva qualificada e
correlatas, além de trabalhos de forma conjunta
ser estimuladas iniciativas conjuntas entre orga-
em projetos de desenvolvimento e de interesse
dio prazos. Dessa forma, o Estado buscará atuar
ter obrigatório do Serviço Militar, por ser uma
do setor de defesa, como também na criação de
sileira nos assuntos dessa área, por meio de
das condições para que se possa mobilizar a
em condições de ser convocada para atuar em
Nesse contexto, o Setor de Defesa deverá
população brasileira em defesa da soberania
uma carreira de especialistas nessa área.
nizações de pesquisa das Forças Armadas, insti-
realizar o acompanhamento de pesquisas avan-
nacional, além de servir como instrumento de
pregado de acordo com critérios estabelecidos
no teto tecnológico, em estreito vínculo com os
A busca por novos mercados é um dos maiores
çadas em tecnologias de defesa nos institutos
integração, de coesão e de afirmação da uni-
no âmbito das Forças Singulares, em função das
aulas, palestras, seminários, cursos e atividades
desafios para a Base Industrial de Defesa e fator
das Forças Armadas ou em outras organizações
dade nacional, independentemente de classes
características e necessidades funcionais e profis-
prol da defesa da Pátria, quando necessário.
relevante para o seu desenvolvimento e sustenta-
a elas subordinadas ou associadas, visando, so-
sociais, uma vez que gera oportunidades de
sionais de cada uma delas. Entretanto, deverá ser
tuições acadêmicas nacionais e empresas priva-
ção. Nesse escopo, a atuação do Estado constitui
bretudo, à atuação sinérgica de tais iniciativas.
aprimoramento pessoal e profissional e incen-
centros avançados de pesquisa das Forças Arma-
importante agente facilitador, na medida em que a
Busca-se, com isso, uma integração que evite
tiva o exercício da cidadania.
Nesse contexto, deverá ser mantido o cará-
política externa praticada pelo Brasil, bem como
duplicidade de esforços, que compartilhe qua-
das brasileiras.
o suporte estatal a financiamentos de programas,
dros e ideias e que racionalize o uso dos recur-
das e das instituições acadêmicas brasileiras.
projetos de pesquisa, desenvolvimento, produ-
43
O Serviço Militar Obrigatório deverá ser em-
ção, aquisições e comercialização de produtos
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
A composição dos efetivos deverá, pois, estar
qualificados e motivados para bem servir à Pátria.
preparados para o mercado de trabalho, e militares
dadãos comprometidos com o País e mais bem
sionalizante, de modo a entregar à sociedade ci-
observado seu caráter educativo, social e profis-
brasileira, e deverá, portanto, manter seu acesso
ter universal, exprime o conjunto da sociedade
cada Força. A carreira militar, dado o seu cará-
e o atendimento das necessidades funcionais de
equilibrar a necessidade de formação de reservas
tar de carreira e o do militar temporário, visando
buscar-se o equilíbrio entre o ingresso do mili-
da expressão militar do Poder Nacional.
leira é responsável pelo preparo e pelo emprego
pelo Exército Brasileiro e pela Força Aérea Brasi-
da Defesa e integrado pela Marinha do Brasil,
de Defesa Nacional, constituído pelo Ministério
O Setor de Defesa, componente do Sistema
tes, da lei e da ordem.
constitucionais e, por iniciativa de qualquer des-
nam à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
do Presidente da República, as quais se desti-
3.6 SETOR DE DEFESA
em consonância com a política de emprego rafacultado a todas as classes sociais.
Defesa atua de maneira a contribuir para as
Em tempos de paz ou de crise, o Setor de
turação dos meios de defesa do País, de acordo
de capacidades, em consonância com a estru-
truturas organizacionais e operacionais em torno
as Forças Armadas devem conceber suas es-
Para cumprir sua destinação constitucional,
cional dos recursos humanos, sendo imperativo
ações de diplomacia empreendidas pelo País,
ção do Poder Nacional em toda a sua plenitude,
mento do País, condição essencial para a gera-
para a expressão militar. Portanto, o desenvolvi-
para as ações, tanto para a diplomacia, quanto
As capacidades nacionais configuram suporte
repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação
dos; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos;
povos; não intervenção; igualdade entre os Esta-
cia dos direitos humanos; autodeterminação dos
tuição Federal: independência nacional; prevalên-
princípios estabelecidos no Artigo 4º da Consti-
deverá contar com o apoio do Estado para: a
conflitos, a Expressão Militar do Poder Nacional
defesa dos interesses do Brasil nos tempos de
tempos de paz e para estar preparada para a
Desse modo, para respaldar a diplomacia nos
sua plenitude.
setor do Estado brasileiro que aplica a força em
voltadas ao preparo e ao emprego.
a definição de processos e de responsabilidades,
modo a permitir o planejamento, a estruturação e
des deverão ser integradas e consolidadas, de
viabilizar o seu eventual emprego. Tais capacida-
quais deverão dispor as Forças Armadas para
3.5 AÇÕES DE DIPLOMACIA
com as características de cada Força Singular.
constitui peça fundamental para a efetiva dissu-
entre os povos para o progresso da humanidade;
regularidade e continuidade na alocação dos re-
Das Capacidades Nacionais de Defesa, de-
por outro lado, em caso de conflito armado, é o
asão contra eventuais ameaças à Defesa e à Se-
e concessão de asilo político.
fundamentais para o êxito da Estratégia Nacional
o diálogo e a cooperação com outros países são
de eventuais diferenças de percepções. Portanto,
to recíproco entre nações e permite a conciliação
A atividade diplomática estimula o conhecimen-
expressão militar do Poder Nacional. Essa diplo-
solução de contenciosos que se materializa na
suasão, antecedem ao emprego da força na
diplomáticas, apoiadas na Capacidade de Dis-
sob a perspectiva da Defesa Nacional, as ações
No contexto da política externa do Brasil, e
estrangeiros; incrementar os programas de finan-
dependência em relação a produtos de defesa
das Forças Armadas; minorar o elevado grau de
de Defesa; substituir os equipamentos obsoletos
países com adequado desenvolvimento do Setor
patamar compatível com a média adotada por
cursos orçamentários de defesa, buscando-se o
derar, contudo, a possibilidade dos seus empre-
características e potencialidades, sem desconsi-
delas, por intermédio do uso sinérgico de suas
crementando-se as capacidades de cada uma
racionalizando-se meios de toda ordem e in-
dialmente, o emprego conjunto das Forças,
mados modernos, deve-se considerar, primor-
Em face das peculiaridades dos conflitos ar-
correm as Capacidades Militares de Defesa, das
gurança Nacionais.
de Defesa, por serem poderosos instrumentos de
ciamento para as empresas nacionais fornece-
gos de modo singular.
macia visa atuar por intermédio da observância
doras de produtos de defesa, impulsionando-as
dos princípios estabelecidos no Artigo 4º da Car-
Em um ambiente internacional cada vez mais
ta Magna, sobretudo no que se refere à solução
nos mercados interno e externo.
prevenção e de resolução de conflitos. complexo e de uma crescente interdependência
pacífica das controvérsias.
cia ganha cada vez maior importância no encami-
ciarem das empregadas pela Defesa, ambas
Apesar de as ações diplomáticas se diferen-
quia e na disciplina, sob a autoridade suprema
tes e regulares, organizadas com base na hierar-
Armadas como instituições nacionais permanen-
A Constituição Federal conceitua as Forças
cidade de pronta-resposta a qualquer ameaça ou
de outras áreas de interesse, bem como a capa-
do território, das águas jurisdicionais brasileiras e
de monitoramento e controle do espaço aéreo,
Necessário é, pois, desenvolver as atividades
entre as nações em diversos domínios, a diplomanhamento das grandes questões globais. No caso
possuem o mesmo objetivo em sua essência.
45
do Brasil, a atividade diplomática orienta-se pelos
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
vez mais, as Forças possam operar em rede, in-
agressão. Tais atividades demandam que, cada terior e, dessa forma, contribuir com os objetivos
para salvaguardar os interesses brasileiros no ex-
atender a compromissos assumidos pelo País ou
linhas de comunicação marítimas onde houver
também ser capaz de manter a segurança nas
comprometido. Para tal, o Poder Naval deverá
internacional com os quais o Brasil tenha se
dam a presença estatal nos termos do direito
valores, em função da missão, possibilitando a
ganizar grupamentos operativos de diferentes
bem como multinacionais.
ticipar de operações singulares ou conjuntas,
A flexibilidade significa a capacidade de or-
crementando-se o intercâmbio de informações, da política externa exercida pelo Brasil.
mente, à região de interesse, de acordo com a tegradas e priorizadas pelo Ministério da Defesa.
ser levantadas em conjunto e consolidadas, in-
ções será efetuado por meio das tarefas bási-
O cumprimento desse conjunto de atribui-
estrategicamente posicionados e pela incorpora-
disponibilidade de pontos de apoio logístico fixo
favorecidas pela liberdade de navegação, pela
As Capacidades Militares de Defesa deverão
o que, dadas as dimensões das áreas conside-
capacidade de mobilidade estratégica. A essas capacidades somam-se as capacidades
cas do Poder Naval: controle de área marítima;
ção de apoio logístico móvel às forças em opera-
radas, exigirá a aptidão de se chegar, oportuna-
Adicionalmente às atribuições constitucionais, militares das Forças Singulares, para atender às
negação do uso do mar; projeção de poder
paço, deverá integrar o repertório de práticas e
monitoramento do mar, inclusive a partir do es-
desde o apoio às ações de Diplomacia até as
Poder Naval em um largo espectro de atividades,
ção, proporciona ao Poder Nacional empregar o
A exploração destas características navais,
as três Forças deverão ter condições de atuar, suas atribuições subsidiárias e às especificida-
sobre terra; e contribuição para a dissuasão. O
graduação no seu emprego.
de forma singular ou conjunta, em operações indes de cada uma delas.
interesses nacionais.
ternacionais, quer de caráter expedicionário, de operações de paz ou de ajuda humanitária, para
capacitações operacionais.
Os conjuntos de Capacidades Militares de
da capacidade de defesa, permitindo o atendi-
o incremento da interoperabilidade entre elas e
A mobilidade representa a capacidade de
de versatilidade e de flexibilidade.
ticas intrínsecas de mobilidade, de permanência,
marítimas, os arquipélagos e as ilhas oceânicas
bilitação para defender as infraestruturas críticas
terão por foco incrementar a segurança e a ha-
3.6.1 Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa
Defesa serão sistematizados e dimensionados
mento às necessidades específicas das Forças e
deslocar-se prontamente e a grandes distâncias,
As capacidades para controlar áreas maríti-
Operações de Guerra.
na Política e na Estratégia Militares de Defesa
contribuindo para a racionalização das atividades
mantendo elevado nível de prontidão, ou seja,
O Poder Naval deve explorar suas caracterís-
e, por fim, refletidos no Plano de Articulação e
de planejamento estratégico.
plará, além da articulação do Setor de Defesa no
des será, em princípio, de responsabilidade de
à obtenção de ambos os conjuntos de capacida-
Por sua vez, a execução dos projetos visando
rar, continuamente, com independência e por
A permanência indica a capacidade de ope-
mas de comércio.
prontamente a qualquer ameaça às vias maríti-
ver interesses nacionais, assim como responder
nas águas jurisdicionais brasileiras ou onde hou-
mas, negar o uso do mar e projetar o Poder Naval
Equipamentos de Defesa (PAED), o qual contemterritório nacional, o delineamento dos equipa-
longos períodos, em áreas distantes e de gran-
em condições de emprego imediato.
mentos necessários ao cumprimento das atribui-
cada Força Singular.
para a defesa da Pátria; para a garantia dos po-
rar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir
A Marinha do Brasil tem como missão prepa-
cias de atos ilícitos no mar (como exemplo, a
Brasileiras (AJB). A intensificação das ocorrên-
representem ameaça nas Águas Jurisdicionais
de detectar, identificar e neutralizar ações que
O Poder Naval deve dispor de meios capazes
tico e eletromagnético, além de poderem par-
aéreo, submarino, superfície, terrestre, ciberné-
ou defensivamente, contra alvos nos ambientes
cenários, as capacidades de operar, ofensiva
tes níveis de prontidão exigidos pelos vários
ampla gama de tarefas. Isto inclui os diferen-
litar, mantendo a aptidão para executar uma
A versatilidade permite alterar a postura mi-
naval de uso múltiplo.
ximidades da foz do rio Amazonas, um complexo
marinos e aos estudos para estabelecer, nas pro-
continuidade à instalação de sua base de sub-
do rio Amazonas. Dessa forma, a Marinha dará
vai de Santos a Vitória e a área em torno da foz
pecial, do ponto de vista da Defesa: a faixa que
Duas áreas do litoral merecem atenção es-
ções das Forças Armadas. Tal processo favorece
deres constitucionais e, por iniciativa de qualquer
pirataria, tráfico de drogas e de pessoas, pesca
des dimensões.
destes, da lei e da ordem; para o cumprimento
ilegal, crimes ambientais, dentre outros) deman-
3.6.2 Marinha do Brasil
das atribuições subsidiárias previstas em lei; e
47
A Marinha estruturar-se-á, por etapas, como
para o apoio à política externa.
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Marinha do Brasil/Divulgação,
49
também de navios aeródromos. Contribuirá para a
ção à obtenção daqueles de propósitos múltiplos e
grande porte, deverá ser dispensada especial aten-
Naval em áreas de interesse. Dentre os navios de
necessários ao provimento da mobilidade da Força
tar também com navios de apoio logístico móvel,
o litoral e os principais rios brasileiros. Deverá con-
com navios de menor porte, dedicados a patrulhar
permanecer por longo tempo em alto mar, quanto
navios de grande porte, capazes de operar e de
A Força Naval de superfície contará tanto com
tos na Política Naval.
lidade). Isso permitirá atingir os objetivos descri-
(mobilidade, permanência, versatilidade e flexibi-
das características intrínsecas do Poder Naval
de superfície, submarino, anfíbio e aéreo, dotada
uma Força balanceada entre os componentes
cia, constitui-se em parcela do Conjugado Anfí-
de caráter anfíbio e expedicionário por excelên-
Ribeirinhas. O Corpo de Fuzileiros Navais, força
o controle das margens durante as Operações
vias fluviais, serão fundamentais para assegurar
configure cenário estratégico de interesse. Nas
apoio à política externa em qualquer região que
nais de paz, em operações humanitárias e em
para a participação em operações internacio-
ras, além de instalações navais e portuárias, e
ilhas oceânicas em águas jurisdicionais brasilei-
sencial para a defesa dos arquipélagos e das
tadas. A existência de tais meios é também es-
de emprego de magnitude e permanência limi-
em operações de guerra naval, em atividades
nente condição de pronto emprego para atuar
ainda, meios de Fuzileiros Navais, em perma-
ção de poder, a Marinha do Brasil possuirá,
Para assegurar sua capacidade de proje-
cesso de transformação, na busca de novas ca-
Tal estado de prontidão decorre do contínuo pro-
racionais terrestres, conjuntas e interagências.
preparada para o cumprimento de missões ope-
em adequado estado de prontidão, estruturada e
constitucional por meio da manutenção da Força
Concebe o cumprimento de sua destinação
para a defesa antiaérea no território nacional.
ra terrestre e contribuir para a defesa do litoral e
concentrações de forças hostis junto à frontei-
outras capacidades, ter condições de neutralizar
social. Para isso, a Força Terrestre deverá, entre
com o desenvolvimento nacional e o bem-estar
guardando os interesses nacionais e cooperando
poderes constitucionais, da lei e da ordem, salva-
buir para a garantia da soberania nacional, dos
O Exército Brasileiro tem como missão contri-
rar na ação, pelo prazo que se fizer necessário,
A sustentabilidade permite a uma força du-
cionais, quando for o caso.
ou por intermédio da mobilização de meios adi-
ou supressão de estruturas, com oportunidade,
mite variar o poder de combate pelo acréscimo
ras de comando e controle e de logística, lhe per-
que, dispondo uma força de adequadas estrutu-
conceito de elasticidade.
A modularidade está diretamente relacionada ao
ras adaptáveis para cada situação de emprego.
capacidades, viabilizando a adoção de estrutu-
pliem seu poder de combate ou lhe agreguem
tura básica mínima, receber módulos que am-
combate a condição de, a partir de uma estru-
3.6.3 Exército Brasileiro
operação da Força Naval, a capacidade da Força
pacidades, sob a orientação das características
mantendo suas capacidades operativas e resis-
que lhes possibilitem atuar em rede com as ou-
de submarinos e de seus sistemas de armas, e
autonomia nas tecnologias inerentes à operação
A Marinha diligenciará para que o Brasil ganhe
propulsão nuclear e de propulsão convencional.
na de envergadura, composta de submarinos de
mar, o Brasil contará com Força Naval submari-
Para assegurar a tarefa de negação do uso do
este ambiente operacional, como os navios-pa-
Para tal, deverá empregar meios adequados a
rio Amazonas e a do sistema Paraguai-Paraná.
mente, nas duas grandes bacias fluviais, a do
sua presença nas vias navegáveis, principal-
belonaves de alto mar. A Força deverá adensar
dade funcional que orientarão a construção das
acordo com os mesmos requisitos de versatili-
oceânicas, litorâneas e fluviais, concebidas de
vios e embarcações de transporte e de patrulha
os meios serão empregados, em qualquer faixa
tes que determinam a seleção e a forma como
um rápido ajuste às mudanças nas condicionan-
A adaptabilidade, por seu turno, possibilita
Grandes Comandos.
logístico, desde as frações elementares até os
truturas temporárias, com o adequado suporte
reorganizar os elementos de combate em es-
da, faculta um número maior de opções para
estruturas com mínima rigidez preestabeleci-
A flexibilidade, característica decorrente de
com prioridade inicial para o emprego dos meios
na capacidade nacional de Mobilidade Estratégica,
brigadas leves, mecanizadas e blindadas, apoiada
mobilidade de seus meios, em especial de suas
na Amazônia.
lização com a estratégia da presença, sobretudo
características, mas deverá buscar a compatibi-
entanto, não será orientado somente por essas
A elasticidade, por sua vez, é a característica
A modularidade confere a um elemento de
e não guerra.
do espectro do conflito, nas situações de guerra
Aérea de operar em conjunto com a Aviação Naval,
bio da Marinha do Brasil.
doutrinárias de flexibilidade, adaptabilidade, mo-
para garantir o controle do espaço aéreo na área
dularidade, elasticidade e sustentabilidade.
tras forças navais, terrestres e aéreas. A Força
trulha e navios-transporte, dotados de meios
A Marinha deverá contar, também, com na-
deverá buscar o domínio das tecnologias de
aéreos necessários.
de interesse e no grau desejado.
operação de sistemas remotamente operados e/
51
A capacidade de se fazer presente se dará pela
O processo de transformação do Exército, no
tentes às oscilações do combate.
ou autônomos para emprego naval (aéreos, de superfície e submarinos).
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Exército Brasileiro/Divulgação
53
ções de Garantia da Lei e da Ordem e colaborará
to atuará de forma episódica e pontual em opera-
Decorrente da estratégia da presença, o Exérci-
inviolabilidade do território nacional.
a superioridade decisiva no combate, mantendo a
de concentrar as forças necessárias para garantir
as demais Forças Singulares, deve ter capacidade
um dispositivo de expectativa e em conjunto com
das Forças coirmãs. Assim, o Exército, partindo de
missões atribuídas pelo Estado.
são desejado, ou para seu emprego efetivo nas
operacional, compatíveis com o grau de dissua-
restre, mantendo-a em patamares de relevância
evolução tecnológica e doutrinária da Força Ter-
forma mais adequada de permitir a necessária
Exército Brasileiro. Sua continuidade constitui a
do processo de transformação em curso no
tratégicos, uma vez que agem como indutores
Papel fundamental exercem os projetos es-
que a Força Aérea buscará o domínio científico-tec-
relacionada ao binômio ciência-tecnologia, de sorte
tares do Poder Aeroespacial está intrinsecamente
A eficiência operacional das Capacidades Mili-
-resposta e velocidade.
e versatilidade, mobilidade, penetração, pronta-
terísticas da Força Aérea: alcance, flexibilidade
deverão estar associadas às intrínsecas carac-
gística, proteção da força e interoperabilidade
perioridade nas informações, sustentação lo-
aéreos e espaciais, comando e controle, su-
ca sob responsabilidade do Brasil, realizado em
brejacente ao território nacional e à área oceâni-
serviço de busca e resgate no espaço aéreo so-
à Força Aérea o controle do espaço aéreo e o
corrência de acordos internacionais, compete
espacial e o controle de espaço aéreo. Em de-
ções cometidas à Força Aérea: a defesa aero-
mas computacionais.
o nível de segurança e de defesa dos seus siste-
nético. Deve, portanto, manter em elevado grau
de ajuda humanitária ou demais operações, para
ça Expedicionária, quer para operações de paz,
de de projeção de poder, constituindo uma For-
O Exército deverá, também, ter a capacida-
em proveito do desenvolvimento do País.
obras de engenharia em todo o território nacional,
tegrada de Estruturas Críticas e da execução de
de fronteira. Participará, ademais, da proteção in-
das fronteiras e da capacidade de atuar na nega-
lidade, da atividade de monitoramento e controle
Exército atuam por meio do incremento da mobi-
tema de Defesa Cibernética e a Mecanização do
e Foguetes, o Sistema de Defesa Antiaérea, o Sis-
to de Fronteira – SISFRON, o Sistema de Mísseis
Singulares. O Sistema Integrado de Monitoramen-
de dissuasão, em conjunto com as demais Forças
guns colaboram diretamente para a capacidade
Dos sistemas indutores da transformação, al-
pendência externa.
com vistas a eliminar, progressivamente, a de-
Comunicação, Computação e Inteligência (C4I),
fabricação de sistemas de Comando, Controle,
suficiência em projetos de desenvolvimento e na
gradores, com o objetivo de conquistar a autos-
ção e a ampliação de polos tecnológicos inte-
Nesse contexto, tornam-se imperiosas a cria-
impostos pelas características da guerra moderna.
nológico que lhe possibilite responder aos desafios
responsável pelas ações de defesa propriamente
tucional da Força Aérea. Enquanto o SISDABRA é
plementares no cumprimento da missão consti-
configuram elementos interdependentes e com-
do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Ambos
Brasileiro (SISDABRA) e o Sistema de Controle
aéreo nacional: o Sistema de Defesa Aeroespacial
-chave para o exercício da soberania do espaço
conjunto com a Marinha do Brasil.
Importa considerar o caráter dual das atribui-
com os órgãos de Segurança Pública nas ações
atender compromissos assumidos sob a égide
ção de acesso indesejado a áreas ou a sistemas
contra ilícitos transnacionais perpetrados na faixa
de organismos internacionais ou para salvaguar-
estratégicos de interesse da Defesa Nacional.
manter a soberania no espaço aéreo e integrar
nal, a Força Aérea Brasileira tem como missão
Decorrente de sua destinação constitucio-
Brasileira, observando-se a doutrina e funda-
torno das Capacidades Militares da Força Aérea
rania no espaço aéreo deverá estar orientada em
A arquitetura operacional para manter a sobe-
gação e monitoramento do espaço.
cação, meteorologia, observação da terra, nave-
para a sociedade brasileira nas áreas de comuni-
Forças Armadas e, simultaneamente, benefícios
a estrutura aeroespacial para as operações das
junto com a Agência Espacial Brasileira, proverá
a coordenação da Força Aérea Brasileira em con-
O Setor Espacial do interesse da Defesa, sob
adequado controle do espaço aéreo.
gilância do espaço aéreo, simultaneamente a um
as sucessivas e complementares camadas de vi-
mas permite utilizar, de forma eficiente e racional,
Voo. A atuação sinérgica e integrada desses siste-
aéreo e o exercício das atividades de Proteção ao
ditas, compete ao SISCEAB o controle do espaço
Nesse contexto, são dois os componentes-
dar interesses brasileiros no exterior.
o território nacional com vistas à defesa da Pá-
mentada nos princípios próprios para o emprego
3.6.4 Força Aérea Brasileira
tria. Coopera, subsidiariamente, com setores
do Poder Aeroespacial. tégica de poder, superioridade nos ambientes
As Capacidades Militares de projeção estra-
trole e das Estruturas Críticas do País, principal-
de proteção dos Sistemas de Comando e Con-
imprescindível se faz utilizar-se das capacidades
como uma organização altamente tecnológica,
Considerando que a Força Aérea se configura
operações singulares, conjuntas ou combinadas.
realização de quaisquer missões no ambiente de
der Aeroespacial. Cumprirá papel imprescindível à
bui significativamente para o fortalecimento do Po-
pois que, por sua capacidade operacional, contri-
relevante pilar no contexto da Defesa Nacional,
55
mente daquelas que envolvam o espaço ciber-
A Força Aérea Brasileira será mantida como um
relacionados ao desenvolvimento nacional e à Defesa Civil na forma determinada pelo Presidente da República.
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Agência Força Aérea/Sgt. Batista
KC-390, aeronave de transporte da Força Aérea Brasileira
57
parcerias com outros países ou com
requerem estreita coordenação e integração de
nuclear para fins pacíficos;
a) aprimorar o desenvolvimento da tecnologia
meio, inclusive, da diversificação da matriz
de garantir a segurança energética, por
empresas estrangeiras, com o propósito diversos atores e áreas do conhecimento. Dessa
No Setor Nuclear busca-se:
Três setores tecnológicos são essenciais para forma, atribui-se à Marinha a responsabilidade
3.6.5 Setores estratégicos
a Defesa Nacional: o nuclear, o cibernético e o es-
nuclear, a completa nacionalização e o
parcerias;
de uso pacífico, inclusive por meio de
nuclear em amplo espectro de atividades
d) aumentar a capacidade de usar a energia
energética nacional;
pacial. Portanto, são considerados estratégicos e
desenvolvimento em escala industrial do ciclo
ao
No Setor Nuclear, o Brasil é um dos países
do combustível nuclear, inclusive a conversão
respeito
mais atuantes na causa da não proliferação de
diz
b)
senvolvimento e defesa e entre o civil e o militar. armas atômicas. Sem renunciar ao domínio da
e seu enriquecimento, e da tecnologia de
que
pelo Setor Nuclear, ao Exército pelo Setor Ciber-
programa do submarino com propulsão
Importa, nesse contexto, a capacitação do País tecnologia nuclear, optou por empregá-la para
construção de reatores nucleares;
no
devem ser fortalecidos. Como decorrência de sua nético e à Força Aérea pelo Setor Espacial.
como um todo, bem como conferir ao Poder Nafins pacíficos, decisão consubstanciada no
concluir,
própria natureza, transcendem à divisão entre de-
cional condições de adaptar-se às circunstâncias e texto constitucional e referendada pela adesão
defesa nuclear; e
e) incrementar a capacidade de prover a
Esses setores estratégicos apresentam eleva-
c) aprimorar as tecnologias e capacitações
de servir-se do potencial de emprego que abrigam.
do País ao Tratado de Não Proliferação de Ar-
f) incrementar a capacidade de prover as
da complexidade, de forma que, ao mesmo tem-
defesas química e radiológica derivadas da
nacionais com vistas a qualificar o País a
atividade nuclear.
mas Nucleares (TNP).
projetar e construir reatores de pesquisa,
ainda que desenvolvidas por meio de
Submarino Tapajó e CisneBranco
59
reatores de teste e termelétricas nucleares,
po em que demandam liderança centralizada,
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Aldo Falleiros
trutura do Sistema Militar de Defesa Cibernética
Críticas. Será necessário, portanto, concluir a es-
Estado, com ênfase na proteção das Estruturas
gurança Cibernética, em todas as instâncias do
ça da Informação e das Comunicações e a Se-
integrada, com segurança.
roperabilidade e a capacidade de atuar de forma
Forças Armadas, de modo a assegurar sua inte-
logias de comunicações entre as unidades das
dual. Incluirão, como parte prioritária, as tecno-
tinar-se-ão ao mais amplo espectro de emprego
No Setor Cibernético, as capacitações des-
as parcerias estratégicas e o intercâmbio com as
nalmente, é importante que sejam intensificados
e privado e a Base Industrial de Defesa. Adicio-
nidade acadêmica nacional, os setores público
colaborativa entre o Setor de Defesa e a comu-
Para tanto, deverá ser fortalecida a atuação
e internacional.
volvendo a comunidade acadêmica doméstica
Segurança Cibernética no âmbito nacional, en-
to do Setor de Defesa e que contribuam com a
execução das atividades Cibernéticas no âmbi-
tecnologias que permitam o planejamento e a
o desenvolvimento e a inovação, com foco nas
Dessa forma, busca-se fomentar a pesquisa,
plataformas espaciais (satélites), buscando o
ao projeto, à fabricação e à integração de
b) incrementar as competências associadas
da terra, vigilância, meteorologia e navegação;
com finalidades de comunicações, observação
permitam fazer uso de plataformas espaciais
res de satélites e tecnologias associadas que
a) desenvolver soluções para veículos lançado-
Defesa, tem as seguintes atribuições:
lógico e da interação com a Base Industrial de
termédio de todo o complexo científico-tecno-
junto com a Agência Espacial Brasileira, por in-
No Setor Espacial, a Força Aérea, em con-
propiciar o seu uso em aplicações para a so-
científicos internacionais. Além disso, deverão
também, a participação brasileira em programas
belecer condições favoráveis ao intercâmbio de
críticas de interesse do País, bem como esta-
camente o desenvolvimento de tecnologias
rantir o acesso a dados e viabilizar economi-
Os esforços no setor espacial buscarão ga-
conhecimento científico e tecnológico.
ciais, com vistas a acelerar a aquisição de
volvimento e de operação de sistemas espa-
áreas de concepção, de projeto, de desen-
d) promover a cooperação internacional nas
Essa condição implica aprimorar a Seguran-
com seu marco legal, suas normas afins, bem Forças Armadas de outros países.
logia, observação da terra, navegação e moni-
ciedade nas áreas de comunicações, meteoro-
pessoal, instrumentação e dados, assegurando,
como desenvolver o seu preparo e o emprego,
atendimento das demandas da Defesa e dos
atividades espaciais.
comercial de serviços e produtos associados às
toramento do espaço, bem como a exploração
demais órgãos governamentais;
c) buscar soluções inovadoras para as tele-
61
Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC)
comunicações entre os segmentos espacial e terrestre; e
Thales Alenia Space (TAS)
em todos os níveis.
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Exército Brasileiro/Divulgação
e
as
atividades
de
do presente marco normativo, o Brasil orienta
Com base nas considerações constantes que deverão ser implementadas no sentido da
Defesa (AED), que visam orientar as medidas
Defesa são incorporadas Ações Estratégicas de
rar e consolidar os fatores que conferem ao País
Essa Estratégia significa desenvolver, aprimo-
Segurança Nacional.
de Aerolevantamento em apoio à defesa e à
Aprimorar
AED-7
coordenação
Geoinformação, Cartografia, Meteorologia e a
AED-5 Fortalecer o Sistema Brasileiro de
Aprimorar
Inteligência. AED-6
e prioriza suas iniciativas na área de defesa no Uma ED pode contribuir para mais de um Obje-
consecução dos Objetivos Nacionais de Defesa.
AED-10 Desenvolver as capacidades de mo-
4. ESTRATÉGIAS E AÇÕES ESTRATÉGICAS DE DEFESA
cooperação do Setor de Defesa, internamente
seu nível mais amplo, segundo as Estratégias de
condições para desestimular qualquer ação hostil
nitorar e controlar o espaço aéreo, o espaço
e no nível interministerial.
Defesa (ED), diretamente alinhadas aos Objetivos tivo Nacional de Defesa, o mesmo ocorrendo com
contra sua soberania, seus interesses, anseios e
ED-2 Fortalecimento da capacidade de dissuasão
Nacionais de Defesa estabelecidos na Política
as AED em relação às Estratégias. Nesse caso,
aspirações.
fender e de explorar o espaço cibernético.
AED-11 Incrementar as capacidades de de-
nais brasileiras e outras áreas de interesse.
cibernético, o território, as águas jurisdicio-
aéreo nacional.
águas jurisdicionais brasileiras e do espaço
Nacional de Defesa.
podem ser de naturezas idênticas ou distintas.
Complementarmente, a cada Estratégia de
AED-8 Dotar o País de Forças Armadas mo-
tado de permanente prontidão, capazes de
dernas, bem equipadas, adestradas e em es-
desencorajar ameaças e agressões.
OND I - GARANTIR A SOBERANIA, O PATRIMÔNIO NACIONAL E A INTEGRIDADE TERRITORIAL
de
AED-12
AED-14 Buscar a destinação de recursos or-
capacidade
Mobilização Nacional.
çamentários e financeiros capazes de aten-
a
AED-9 Demonstrar a capacidade de se con-
Visa possibilitar ao Setor de Defesa melhores
der as necessidades de articulação e equi-
Incrementar
trapor à concentração de forças hostis nas
Significa incrementar todo tipo de meios de
ED-1 Fortalecimento do Poder Nacional
proximidades das fronteiras, dos limites das
e
e
geração
distribuição de energia elétrica; transporte;
água;
produção e distribuição de combustíveis; e
de
que dispõe a Nação (infraestruturas, instaladas e
comunicações, entre outros.
distribuição
potenciais, e capital humano), assim como aper-
condições de planejar o emprego dos recursos or-
pamento para as Forças Armadas, por meio
ED-3 Regularidade orçamentária
feiçoar os procedimentos de emprego dos recur-
çamentários, e, dessa forma, racionalizar o seu uso,
da Lei Orçamentária Anual, no patamar de
sos utilizados na aplicação das expressões do
tornando os gastos em defesa mais eficientes. Adi-
2% do PIB.
de defesa (nuclear, cibernético e espacial).
AED-3 Aprimorar o Sistema Nacional de
cionalmente, busca compatibilizar o orçamento de
Poder Nacional, com ênfase na expressão militar.
AED-4 Coordenar com os diversos órgãos
defesa à envergadura do País no cenário mundial.
da
Mobilização.
o
AED-1 Desenvolver os setores estratégicos setoriais
tratamento
Pública
atendimento dos requisitos de infraestruturas captação,
Administração
AED-2 Contribuir para o incremento do de
lidade orçamentária para o Setor de Defesa.
AED-13 Buscar a regularidade e a previsibi-
de interesse da defesa.
sistemas
63
nível de segurança das Estruturas Críticas de
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Significa o compromisso do poder público no setores governamentais nas áreas estratégi-
AED-16 Intensificar a presença de diversos
atender as necessidades de articulação e
orçamentários e financeiros capazes de
AED-14 Buscar a destinação de recursos
de 2% do PIB.
meio da Lei Orçamentária Anual, no patamar
equipamento para as Forças Armadas, por
ED-4 Incremento da presença do Estado em todas as regiões do País
sentido de se fazer presente, inclusive nas áreas
ED-5 Dimensionamento do Setor de Defesa
cas de baixa densidade demográfica.
AED-23 Dar prosseguimento aos projetos
menos favorecidas do País, para atender necesAED-17 Intensificar a contribuição de diversos
sidades básicas da população, promovendo a integração e a cidadania e consolidando a iden-
Forças Armadas para atuar em operações
AED-24 Incrementar as capacidades das
estratégicos das Forças Armadas.
o cumprimento das correspondentes missões
interagências.
Armadas, com vistas à sua capacitação para
constitucionais, precípuas e subsidiárias. Consi-
Forças Armadas para contribuir na preven-
AED-25 Incrementar as capacidades das
distribuição das organizações e unidades pelo
dera os aspectos físicos, que compreendem a
Amazônica com as demais regiões do País.
Refere-se à estrutura, operacional e admi-
Militar
nistrativa, do Ministério da Defesa e das Forças
Serviço
setores governamentais para a proteção, o deo
senvolvimento e a maior integração da região Aperfeiçoar
tidade nacional. AED-15 Obrigatório.
OND II - ASSEGURAR A CAPACIDADE DE DEFESA PARA O CUMPRIMENTO DAS MISSÕES CONSTITUCIONAIS DAS FORÇAS ARMADAS
território nacional e a dotação dos equipamentos
potenciais, e capital humano), assim como aper-
que dispõe a Nação (infraestruturas, instaladas e
Significa incrementar todo tipo de meios de
pamento para as Forças Armadas, por meio
der as necessidades de articulação e equi-
çamentários e financeiros capazes de aten-
AED-14 Buscar a destinação de recursos or-
tre as Forças Armadas em benefício e garan-
AED-19 Aprimorar a integração logística en-
torno de capacidades.
AED-18 Estruturar as Forças Armadas em
Defesa Civil, na prevenção, mitigação, pre-
contribuir com os órgãos de Proteção e
Forças Armadas em sua autodefesa e para
ção e no enfrentamento às redes criminosas
que aparelham as Forças Armadas.
feiçoar os procedimentos de emprego dos recur-
da Lei Orçamentária Anual, no patamar de
tia da interoperabilidade.
ED-1 Fortalecimento do Poder Nacional
sos utilizados na aplicação das expressões do
2% do PIB.
tos adversos de natureza biológica, química,
paração, resposta e recuperação, em even-
AED-26 Incrementar as capacidades das
transnacionais.
Poder Nacional, com ênfase na expressão militar.
radiológica ou nuclear.
pamentos que privilegiem o conceito de le-
AED-27 Dotar as Forças Armadas de equi-
mento e a fabricação nacionais.
65
talidade seletiva, estimulando o desenvolvi-
e de itens de suprimento necessários ao cum-
Forças Armadas para emprego conjunto.
AED-22 Incrementar as capacidades das
com ênfase na interoperabilidade.
AED-21 Articular as três Forças Singulares,
primento de sua missão constitucional.
da por meio da disponibilidade de seus meios
AED-20 Dotar as Forças Armadas de recursos
Visa possibilitar ao Setor de Defesa me-
ED-3 Regularidade orçamentária
adequados a uma pronta resposta, materializa-
a
AED-13 Buscar a regularidade e a previsibi-
e
lidade orçamentária para o Setor de Defesa.
País no cenário mundial. regularidade
AED-13
a
cursos orçamentários, e, dessa forma, raciona-
previsibilidade orçamentária para o Setor de
Buscar
lizar o seu uso, tornando os gastos em defesa
Defesa.
lhores condições de planejar o emprego dos re-
mais eficientes. Adicionalmente, busca compatibilizar o orçamento de defesa à envergadura do
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
dições de expandir a capacidade de comba-
AED-35 Preparar e manter reservas em con-
triais pertencentes ou vinculadas às Forças
capacitação técnica das instalações indus-
AED-37 Aperfeiçoar o gerenciamento e a
truturas necessárias por meio da mobilização
subsistemas de mobilização.
mobilização nos órgãos responsáveis pelos
AED-38 Fomentar a criação de núcleos de
Armadas.
te das Forças Armadas.
de pessoal, material, serviços e instalações,
preparados.
AED-29 Manter os efetivos adequadamente
ED-6 Capacitação e dotação de recursos humanos Trata da composição dos efetivos do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, segundo as AED-30 Buscar a criação da carreira civil de
para complementar a logística nacional.
AED-36 Catalogar as capacidades de infraes-
Humanos, visando à maior eficiência de seu emdefesa.
mais modernas práticas de Gestão de Recursos prego e à racionalização do pessoal do Setor de
reira civil de defesa.
AED-31 Valorizar a profissão militar e a car-
Defesa, militar e civil. Considera o equilíbrio na utilização de militares de carreira e recursos hu-
OND III - PROMOVER A AUTONOMIA TECNOLÓGICA E PRODUTIVA NA ÁREA DE DEFESA
de Operações Conjuntas (IDOC) da Escola
AED-33 Consolidar o Instituto de Doutrina
feiçoar os procedimentos de emprego dos recur-
potenciais, e capital humano), assim como aper-
que dispõe a Nação (infraestruturas, instaladas e
Significa incrementar todo tipo de meios de
pamento para as Forças Armadas, por meio
der as necessidades de articulação e equi-
çamentários e financeiros capazes de aten-
AED-14 Buscar a destinação de recursos or-
ED-1 FORTALECIMENTO DO PODER NACIONAL
Superior de Guerra como padronizador do
Social dos Militares das Forças Armadas.
AED-32 Garantir o Sistema de Proteção
manos alternativos (quadros temporários, profissionais terceirizados e contratação de serviços). Adicionalmente, leva em conta o adequado preparo dos efetivos, mantidos em elevado esta-
ensino da doutrina e incentivador da pesqui-
da Lei Orçamentária Anual, no patamar de
do motivacional e de comprometimento com os
AED-28 Adequar a composição dos efetivos
2% do PIB.
objetivos de suas correspondentes organizações.
do Setor de Defesa, com base em uma políti-
sa sobre operações conjuntas.
sos utilizados na aplicação das expressões do
dade às atividades de financiamento, pesquisa,
Trata de proporcionar condições de estabili-
orçamentária para o Setor de Defesa.
AED-13 Buscar a regularidade e a previsibilidade
ED-8 PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DA CADEIA PRODUTIVA DA BASE INDUSTRIAL DE DEFESA
lidade orçamentária para o Setor de Defesa.
AED-13 Buscar a regularidade e a previsibi-
Poder Nacional, com ênfase na expressão militar.
ca de racionalização dos recursos humanos.
setoriais da Administração Pública o aten-
ED-7 Desenvolvimento da capacidade de mobilização nacional Trata-se do preparo das infraestruturas insta-
dimento dos requisitos de infraestrutura de
Militar
interesse da defesa. Serviço
ladas, do capital humano e do desenvolvimento
o
e aproveitamento dos potenciais de que dispõe o País para um eventual emprego da expressão mi-
Aperfeiçoar
AED-14 Buscar a destinação de recursos
AED-15
orçamentários e financeiros capazes de
Obrigatório.
tos de defesa brasileiros e de dar condições de
atender as necessidades de articulação e
litar do Poder Nacional, quer em ações de defesa,
AED-34 Fortalecer o sentimento coletivo, o
sustentabilidade à cadeia produtiva, ainda que
equipamento para as Forças Armadas, por
quer em ações subsidiárias interagências ou não. AED-3 Aprimorar o Sistema Nacional de
patriotismo e a adesão da sociedade brasi-
submetida a regimes legal, regulatório e tributá-
desenvolvimento, produção e venda de produMobilização.
rio especiais.
67
leira aos esforços de Defesa do país. AED-4 Coordenar com os diversos órgãos
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
AED-53 Promover o desenvolvimento de sis-
atividades relativas ao desenvolvimento de
aproximação da produção científica com as
aprimoramento dos instrumentos de gestão e
tecnológico da Base Industrial de Defesa e ao
análises estratégicas, ao desenvolvimento
temas espaciais.
AED-54 Estimular o estabelecimento de par-
aperfeiçoamento de doutrinas operacionais.
AED-44 Estender as prerrogativas da Base
cerias e intercâmbios na área de pesquisa de
AED-57 Promover a integração do Setor de
meio da Lei Orçamentária Anual, no patamar
tecnologias de interesse da defesa.
Defesa nas áreas de metrologia, normaliza-
Industrial de Defesa para os produtos ou
AED-55 Utilizar encomendas tecnológicas
ção e de certificação de produtos, serviços
de 2% do PIB.
para promover o aumento do conteúdo tec-
sistemas destinados à segurança pública.
AED-46 Promover o aumento de conteúdo
nológico nacional dos produtos de defesa.
Aprimorar
os
regimes
legal,
a
coordenação
industrial
obtenção
dos
e
de
AED-45 Promover as exportações da Base
local nos produtos da Base Industrial de
AED-39 Estimular projetos de interesse
AED-40 Defesa.
a
comercial,
Estimular
da defesa que empreguem produtos e
regulatório e tributário especiais para a Base
AED-47
Industrial de Defesa.
Industrial de Defesa.
compensação
tecnologias duais.
AED-41 Estabelecer um mecanismo legal
tecnológica nas aquisições do exterior. Promover
nentes à Base Industrial de Defesa.
menos favorecidas do País, para atender neces-
sentido de se fazer presente, inclusive nas áreas
Significa o compromisso do poder público no
cas de baixa densidade demográfica.
setores governamentais nas áreas estratégi-
AED-16 Intensificar a presença de diversos
ED-4 INCREMENTO DA PRESENÇA DO ESTADO EM TODAS AS REGIÕES DO PAÍS
OND IV - PRESERVAR A COESÃO E A UNIDADE NACIONAIS
cias básica e aplicada, privilegiando-se a
e Sistemas de Defesa (PRODE/SD), concer-
de financiamento plurianual que garanta o
AED-48
AED-56 Promover a formação em ciên-
atendimento do Plano de Articulação e de Equipamento de Defesa (PAED) e contribua para o fomento da Base Industrial de Defesa.
serviços e Sistemas de Defesa (PRODE/SD),
processos de certificação de produtos, AED-42 Privilegiar aquisições governamentais
concernentes à Base Industrial de Defesa. de
conjuntas de interesse da defesa. mecanismos
AED-17 Intensificar a contribuição de diversos
os
sidades básicas da população, promovendo a
Aprimorar
Amazônica com as demais regiões do País.
senvolvimento e a maior integração da região
AED-43
Militar
setores governamentais para a proteção, o de-
Serviço
integração e a cidadania e consolidando a iden-
o
financiamento para a Base Industrial de Defesa.
Aperfeiçoar
visem à promoção da cidadania e do senti-
programas educacionais e desportivos, que
ED-10 ADOÇÃO DE MEDIDAS EDUCATIVAS E DESPORTIVAS
Obrigatório.
AED-15
tidade nacional.
da tríade Governo / Academia / Empresa.
AED-50 Aprimorar o modelo de integração
ED- 9 FORTALECIMENTO DA ÁREA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE DEFESA Visa ao desenvolvimento e à solidez da área de CT&I em assuntos de defesa, promovendo a absorção, por parte da cadeia produtiva, de co-
Trata-se da adoção de medidas educativas e
mento de patriotismo.
AED-51 Promover o desenvolvimento da
desportivas, no sentido da construção de uma
nhecimentos indispensáveis à redução gradativa
cultura que valorize a cidadania, o patriotismo e
tecnologia nuclear. AED-52 Promover o desenvolvimento da
da dependência de tecnologia externa. AED-49 Promover o desenvolvimento de
o civismo.
social voltadas para a identidade nacional.
69
AED-59 Intensificar as ações de comunicação
tecnologia cibernética.
AED-58 Contribuir para a ampliação de
tecnologias críticas para a defesa.
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
subsidiárias das Forças Armadas, em coope-
A presente estratégia refere-se às atribuições
áreas de segurança nas instâncias dos três
Pública responsáveis pelas correspondentes
entre os diversos órgãos da Administração
AED-61 Promover a interação e a cooperação
amizade, ao conhecimento mútuo e ao desen-
da confiança, ao estreitamento dos laços de
res estrangeiros, visando ao fortalecimento
o Setor de Defesa brasileiro e os congêne-
Refere-se às atividades mantidas entre
o Setor de Defesa de outros países.
AED-67 Incrementar o relacionamento com
ED-12 EMPREGO DE AÇÕES DIPLOMÁTICAS RELACIONADAS À DEFESA
ração com as diversas agências e instituições Poderes, aprimorando os processos de co-
ED-11 CONTRIBUIÇÃO PARA A ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS
públicas nas instâncias dos três Poderes, empeordenação afins.
outros países.
estatais e não estatais e com a sociedade de
nhadas na manutenção do bem-estar da popu-
AED-68 Incrementar as ações de presença
naval em apoio às ações de diplomacia.
OND VII - CONTRIBUIR PARA A ESTABILIDADE REGIONAL E PARA A PAZ E A SEGURANÇA INTERNACIONAIS
mento do Setor de Defesa com demais órgãos
Considera, adicionalmente, o relaciona-
e cooperação.
volvimento de um ambiente de camaradagem
lação e na conservação do nível de segurança no seu sentido amplo. AED-60 Capacitar as Forças Armadas para cooperar com os órgãos públicos.
OND V - SALVAGUARDAR AS PESSOAS, OS BENS, OS RECURSOS E OS INTERESSES NACIONAIS, SITUADOS NO EXTERIOR
visando ao estreitamento dos laços de amizade,
de Defesa brasileiro e os congêneres estrangeiros,
Refere-se às atividades mantidas entre o Setor
operação em áreas de interesse de defesa.
arranjos multilaterais, e de iniciativas de co-
ções internacionais, unilateralmente ou em
AED-81 Intensificar a realização de opera-
ED-16 PROMOÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
AED-64 Incrementar a participação das
ao conhecimento mútuo e ao desenvolvimento de
ED-2 FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE DISSUASÃO
Forças Armadas em exercícios operacionais
Esta Estratégia significa desenvolver, aprimo-
com outros países.
AED-83 Incrementar a participação brasi-
tilaterais e em mecanismos inter-regionais.
AED-82 Intensificar a atuação em foros mul-
rar e consolidar os fatores que conferem ao País
um ambiente de camaradagem e cooperação.
condições para desestimular qualquer ação hostil contra sua soberania, seus interesses, anseios
AED-79 Intensificar as medidas de fomento da
AED-65 Promover o adestramento, a atualização tecnológica dos meios materiais e
e aspirações. para
confiança mútua e da segurança internacionais.
capacidades
doutrinária dos recursos humanos, para a
Desenvolver
AED-62
leira nas decisões sobre o destino da região
participação das Forças Armadas em opera-
Antártica.
preservar nacionais em situação de risco e
AED-80 Intensificar a realização de interoutros países.
71
câmbios e acordos na área de defesa com
ções internacionais.
marítimas onde houver interesses nacionais.
ter a segurança das linhas de comunicação
AED-66 Desenvolver capacidades de man-
resguardar bens, recursos e interesses brasileiros, no exterior, inclusive linhas de comunicação marítimas. AED-63 Incrementar a capacidade expedicionária, com foco na presteza e na permanência.
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
Refere-se às atividades mantidas entre o Setor
arranjos plurilaterais, e de iniciativas de co-
ções internacionais, unilateralmente ou em
AED-81 Intensificar a realização de opera-
ED-16 PROMOÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
de Defesa brasileiro e os congêneres estrangeiros,
operação em áreas de interesse de defesa.
ED-17 ATUAÇÃO EM ORGANISMOS INTERNACIONAIS
visando ao estreitamento dos laços de amizade,
das
Forças Armadas para desempenharem res-
ao conhecimento mútuo e ao desenvolvimento de
capacidades
ponsabilidades crescentes em operações
Desenvolver
zações internacionais e da participação das Forinternacionais, sob mandato de organismos
AED-84
ças Armadas e de contingentes policiais em mis-
Trata da atuação do Brasil em foros e organi-
sões humanitárias e de operações de paz sob o
tilaterais e em mecanismos inter-regionais.
AED-82 Intensificar a atuação em foros mul-
um ambiente de camaradagem e cooperação.
AED-79 Intensificar as medidas de fomento da
multilaterais. AED-85 Aperfeiçoar o adestramento de civis
mandato de organismos multilaterais. AED-82 Intensificar a atuação em foros multi-
AED-83 Incrementar a participação brasi-
leira nas decisões sobre o destino da região
confiança mútua e da segurança internacionais.
Antártica.
e militares para participação em operações
AED-80 Intensificar a realização de intercâmpaíses.
bios e acordos na área de defesa com outros
laterais e em mecanismos inter-regionais. internacionais.
22OND VIII - INCREMENTAR A PROJEÇÃO DO BRASIL NO CONCERTO DAS NAÇÕES E SUA INSERÇÃO EM PROCESSOS DECISÓRIOS INTERNACIONAIS
ED-18 ATUAÇÃO COM BASE NO MULTILATERALISMO
Forças Armadas para desempenharem res-
das
ponsabilidades crescentes em operações
capacidades
consonância com o posicionamento político do
internacionais, sob mandato de organismos
Desenvolver
Brasil, no sentido de defender o princípio do
multilaterais.
AED-84
sistemas de captação, tratamento e distri-
multilateralismo nas relações internacionais, nas
ED-1 FORTALECIMENTO DO PODER NACIONAL Significa incrementar todo tipo de meios de
buição de água; geração e distribuição de
operações internacionais e nas ações de coope-
Refere-se à atuação do Setor de Defesa em que dispõe a Nação (infraestruturas, instaladas e
energia elétrica; transporte; produção e dis-
AED-86 Intensificar a atuação do Setor de
tribuição de combustíveis; e comunicações,
Defesa em organismos internacionais.
potenciais, e capital humano), assim como aper-
geiros, de modo a ampliar a participação dos pa-
feiçoar os procedimentos de emprego dos recur-
íses na discussão de temas de interesse global,
ração com outros países e organismos estran-
conferindo às decisões maior legitimidade.
entre outros. AED-3 Aprimorar o Sistema Nacional de
pedicionária, com foco na presteza e na
73
Mobilização.
sos utilizados na aplicação das expressões do Poder Nacional, com ênfase na expressão militar. AED-1 Desenvolver os setores estratégicos
permanência.
AED-63 Incrementar a capacidade exAED-2 Contribuir para o incremento do ní-
de defesa (nuclear, cibernético e espacial).
vel de segurança das Estruturas Críticas de
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
ao leito do mar, solo e subsolo marinhos conti-
ende a superfície do mar, águas sobrejacentes
vil, pública ou privada, nacional ou internacional.
podendo ser governamental ou não, militar ou ci-
normativos que tem competências específicas,
de, fundamentada em instrumentos legais e/ou
AGÊNCIA - Organização, instituição ou entida-
guerra e não guerra.
faixa do espectro do conflito, nas situações de
como os meios serão empregados, em qualquer
cionantes que determinam a seleção e a forma
bilita um rápido ajuste às mudanças nas condi-
ADAPTABILIDADE - Característica que possi-
e respaldar a preservação dos interesses nacio-
que o País dispõe para gerar efeito dissuasório
CAPACIDADE DE DEFESA - Capacidade de
integridade do tráfego de informações.
mentais e tem como fundamento o domínio e a
coordenação entre os diversos órgãos governa-
jetivo permitir, em quaisquer circunstâncias, a
CONTROLE - capacidade que tem como ob-
CAPACIDADE
Sistema de Defesa - SD, no País.
sativação de Produto de Defesa - PRODE ou
versão, modernização ou manutenção ou de-
produção, reparo, conservação, revisão, con-
projetos,
industrialização,
privado que realizem ou conduzam pesquisas,
sua estrutura principal.
Sistema Brasileiro de Inteligência – SISBIN é a
e de Defesa Nacional, em todos os escalões. O
responsáveis pelas áreas de Segurança Pública
à Inteligência aos tomadores de decisão e aos
que dispõe a Nação, proporcionando o acesso
rios à coordenação e ao controle dos meios de
dução e a difusão dos conhecimentos necessá-
capacidade que visa garantir a obtenção, a pro-
CAPACIDADE DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO -
interesses do Brasil.
ações hostis contra a soberania e os legítimos
e de Pronta-resposta, no caso de eventuais
gregar e aplicar sua Capacidade de Proteção
se nas condições que possui a Nação de con-
to desestimular possíveis agressões. Sustenta-
Nacional, na medida em que tem como propósi-
-se como fator essencial para a Segurança
CAPACIDADE DE DISSUASÃO - configura-
presarial), criando o envolvimento direto e in-
ações sistematizadas (logística militar e em-
das funções vitais do Estado.
nais, preservando-se o funcionamento normal
pacidade de resposta em situações excepcio-
territorial. Assim, importa dotar a Nação da ca-
soberania, o patrimônio nacional e a integridade
mais relevante objetivo nacional, o de garantir a
CAPACIDADE DE PROTEÇÃO - exprime o
meios das expressões do Poder Nacional, em
capacidade de empregar, em prazo oportuno,
CAPACIDADE DE PRONTA-RESPOSTA - é a
cados à sua disposição.
pronto emprego dos recursos e serviços colo-
de de Mobilização Nacional e da capacidade do
cia tecnológica e logística do País, da capacida-
intimamente associada ao grau de independên-
GLOSSÁRIO
dos na extensão atlântica que se projeta a par-
nais, compatível com sua estatura político-es-
CAPACIDADE DE MOBILIDADE ESTRATÉGICA
direto dos vários setores nacionais capacita-
de multimodal, e aos meios de transporte, de
Saúde, Suprimentos e Transporte).
Manutenção, Recursos Humanos, Salvamento,
dos nas sete funções logísticas (Engenharia,
COORDENAÇÃO
CAPACIDADE LOGÍSTICA - para a Defesa
permitir às Forças Armadas deslocar-se, rapi-
Nacional, baseia-se na Logística Militar e suas
damente, para a área de emprego, no território
DE
desenvolvimento,
tir do litoral até o limite exterior da Plataforma
tratégica e com as atribuições de defesa do ter-
- é a condição de que dispõe a infraestrutura
resposta à ameaça aos interesses nacionais.
Continental brasileira. Ela deve ser interpretada
ritório, das águas jurisdicionais, da plataforma
logística de transporte do País, com capacidaCAPACIDADE
E
sob quatro vertentes: econômica, científica, am-
continental e do espaço aéreo brasileiros.
TECNOLÓGICO DE DEFESA - é capacidade de
AMAZÔNIA AZUL® - É a região que compre-
biental e de soberania. ATLÂNTICO SUL – é a região delimitada geo-
nacional ou no exterior, quando assim impuser
DESENVOLVIMENTO
estrategicamente ao Norte pelo paralelo 16N;
proporcionar desenvolvimento e/ou moderniza-
a defesa dos interesses nacionais.
DE
ao Sul pelo Continente Antártico; a Leste pelo
ção de Produtos de Defesa (PRODE) e Sistemas
meio acadêmico, de forma sinérgica, buscando
gradas empreendidas pelo Estado, indústria e
cácia do emprego da expressão militar que está
dade que tem como objetivo incrementar a efi-
CAPACIDADE DE MOBILIZAÇÃO - é a capaci-
denada e sinérgica de órgãos governamentais
mentadas por intermédio da participação coor-
das expressões do Poder Nacional. São imple-
são aquelas compostas por diferentes parcelas
CAPACIDADES NACIONAIS DE DEFESA -
litoral africano e a Oeste pela América do Sul. BASE INDUSTRIAL DE DEFESA (BID) - ór-
a atualização e a interdependência tecnológica.
de Defesa (SD), por intermédio de ações integãos e entidades da administração pública
75
direta e indireta e pessoas jurídicas de direito
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA E ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
sentido mais amplo.
tados para a defesa e para a segurança em seu
e, quando pertinente, de entes privados oriensive militares, tem por finalidade desaconselhar
termédio de meios de qualquer natureza, inclu-
DISSUASÃO - Atitude estratégica que, por in-
nima rigidez preestabelecida, faculta um núme-
Característica decorrente de estruturas com mí-
tos adequados à operação a ser realizada. 4
emprego, em cada caso, de táticas e armamen-
OPERAÇÃO COMBINADA - Operação empre-
pontos de apoio.
às suas linhas de comunicação marítimas e aos
neutralização de suas forças navais, do ataque
Armadas Multinacionais, sob a responsabilida-
ou desviar adversários, reais ou potenciais, de
de de um comando único.
endida por elementos ponderáveis de Forças
o adequado suporte logístico, desde as frações
OPERAÇÃO CONJUNTA - Operação que en-
ro maior de opções para reorganizar os elemen-
elementares até os Grandes Comandos.
volve o emprego coordenado de elementos de
possíveis ou presumíveis propósitos bélicos. O
INTEROPERABILIDADE - Capacidade de for-
mais de uma Força Armada, mediante a consti-
COMUNALIDADE - significa, num processo de
ças militares nacionais ou aliadas operarem em
tuição de um Comando Conjunto.
tos de combate em estruturas temporárias, com
do e controle e de logística, lhe permite variar o
conjunto, efetivamente, de acordo com a estru-
mesmo que DETERRÊNCIA.
poder de combate pelo acréscimo ou supres-
tura de comando estabelecida, na execução de
padronização, um nível em que as partes do
CONFLITO ARMADO - Recurso utilizado por são de estruturas, com oportunidade, ou por
ELASTICIDADE - Característica que, dispondo
grupos politicamente organizados que empre-
intermédio da mobilização de meios adicionais,
conjunto utilizam a mesma doutrina, os mesmos
gam a violência armada para solucionar contro-
uma missão de natureza estratégica ou tática,
ENTORNO ESTRATÉGICO - Área de interesse
temas, unidades ou forças intercambiarem ser-
instrução, sendo, ainda, a capacidade dos sis-
de combate ou logística, em adestramento ou
interoperabilidade das Forças, contribuindo
da informação. Ela propicia condições para a
a necessidade de operarem no contexto da era
uma concepção que remete às Forças Armadas
OPERAÇÕES EM REDE - A operação em rede é
procedimentos e os mesmos equipamentos.
vérsias ou impor sua vontade a outrem. Pode quando for o caso.
cia-se do conceito de guerra apenas na pers-
prioritário para o Brasil, que inclui a América do
viços ou informações ou aceitá-los de outros
uma força de adequadas estruturas de coman-
estar condicionado ou não aos preceitos das
pectiva jurídica, segundo a qual a guerra entre
Sul, o Atlântico Sul, os países da costa ociden-
sistemas, unidades ou forças e, também, de
FLEXIBILIDADE - 1 Característica de que deve
de um ambiente de compartilhamento da cons-
Controle. Caracteriza-se pelo estabelecimento
normas internacionais. Nesse sentido, diferen-
Estados, de acordo com leis internacionais,
tal africana e a Antártica.
CONTROLE DE ÁREA MARÍTIMA - Controle
dispor uma força militar, de modo a organizar-
MODULARIDADE - Divisão de um sistema em
ciência situacional, de modo a contribuir para
para a construção, a manutenção e a difusão
condiciona-se a determinados requisitos.
que visa garantir certo grau de utilização, ain-
-se para o cumprimento de uma missão espe-
componentes, denominados módulos, que são
a obtenção da Superioridade de Informação e
da consciência situacional no espaço de bata-
da que temporário, de áreas marítimas limita-
cífica, para atender tanto às diferentes fases
nomeados separadamente, possuem caracte-
da iniciativa, mesmo que os meios empregados
empregar esses serviços ou informações, sem
das, estacionárias ou móveis, exercido na in-
de um plano ou ordem de operações, quanto
rísticas internas comuns e podem ser operados
Nacional, da soberania e dos interesses nacio-
na expressão militar, para a defesa do Território
des, medidas e ações do Estado, com ênfase
DEFESA NACIONAL – é o conjunto de atitu-
uma gama variada de tipos de missões, com o
utilizando unidades aéreas para a realização de
adaptar, rapidamente, às variações da situação,
res, em função da missão. 3 Capacidade de se
zar grupamentos operativos de diferentes valo-
ou missão recebida. 2 Capacidade de organi-
ção deste controle por meio da destruição ou
de área marítima pelo inimigo, ou a explora-
te em dificultar o estabelecimento do controle
- Tarefa básica do Poder Naval que consis-
NEGAÇÃO DO USO DO MAR AO INIMIGO
ços para a consecução de objetivos ou propósitos
nalidade de conciliar interesses e coordenar esfor-
envolve as Forças Armadas e agências com a fi-
OPERAÇÕES INTERAGÊNCIAS - Operação que
estejam dispersos geograficamente.
lha e o aprimoramento do Ciclo de Comando e
tensidade adequada à execução de atividades
de se adaptar às variações de situação que se
de forma independente em relação aos demais.
o comprometimento de suas funcionalidades.
específicas.
possam apresentar, no desenrolar do combate
nais contra ameaças preponderantemente ex-
77
ternas, potenciais ou manifestas.
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA E ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
sos e a divergência de soluções com eficiência,
tando a duplicidade de ações, dispersão de recur-
convergentes que atendam ao bem comum, evi-
em terra; e salvaguardar a vida humana ou res-
uso de uma área capturada; apoiar operações
de uma campanha terrestre; negar ao inimigo o
guerra naval ou aérea, ou para propiciar o início
SEGURANÇA NACIONAL - É a condição que
gatar pessoas e materiais de interesse.
eficácia, efetividade e menores custos. OPERAÇÃO SINGULAR - Operação desenvol-
a Nação para alcançar e manter os objetivos
PODER NACIONAL - É a capacidade que tem
exercício dos direitos e deveres constitucionais.
qualquer natureza, e a garantia aos cidadãos do
cionais, a despeito de pressões e ameaças de
dade territorial, a realização dos interesses na-
permite a preservação da soberania e da integri-
nacionais, o qual se manifesta em cinco expres-
vida por apenas uma das Forças Armadas.
sões: a política, a econômica, a psicossocial, a
(SisLogD) - É um sistema conceitual, atuando
DEFESA
como um agente catalizador de disponibiliza-
DE
PROJEÇÃO DE PODER NAVAL - Significa a
ção de informações gerenciais de interesse da
LOGÍSTICA
transposição da influência do Poder Naval so-
Logística de Defesa, seja no âmbito dos ór-
DE
bre áreas de interesse, sejam elas terrestres ou
gãos da Administração Central do Ministério da
SISTEMA
marítimas, abrangendo um amplo espectro de
Defesa, seja no âmbito das Forças Armadas. O
militar e a científico-tecnológica
atividades, que incluem, desde a presença de
PROJEÇÃO DE PODER SOBRE TERRA -
Nacional, em situação de paz ou de guerra.
quado e contínuo à Expressão Militar do Poder
SisLogD irá proporcionar um apoio logístico ade-
forças até a realização de operações navais.
Quando referenciada ao Poder Naval, indica
naval; e as operações anfíbias. Nessa tarefa,
cluir: o bombardeio naval; o bombardeio aero-
amplo espectro de atividades, que podem in-
operativas e resistentes às oscilações do combate.
se fizer necessário, mantendo suas capacidades
mite a uma força durar na ação, pelo prazo que
SUSTENTABILIDADE - Característica que per-
uma de suas tarefas básicas, que abrange um
também, estão enquadrados os ataques a terra com mísseis, a partir de unidades navais e aeronavais. Pode ter um ou mais dos seguintes propósitos: reduzir o poder inimigo, pela destruição ou neutralização de objetivos importantes; conquistar área estratégica para a conduta da
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA E ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
79
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA