Revista robert jailson

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Sumário Copas do Mundo que Brasil ganhou. ............................................................................................ 4 1)

Em 1958 Brasil marca sua primeira conquista. ..................................................................... 5

2)

Garrincha vira 'Rei' e dá à seleção brasileira o título da Copa do Mundo. ........................... 7

3)

Seleção brasileira dá show e ganha a taça Jules Rimet em definitivo. ................................. 9

4)

Com Romário inspirado, seleção brasileira ganha seu primeiro título sem Pelé................ 11

5)

Seleção se recupera, vence a desconfiança e dá a volta por cima ..................................... 13


Copas do Mundo que Brasil ganhou.

O Brasil é a seleção que mais ganhou Copas do Mundo de futebol. Foram cinco conquistas: 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. A seleção brasileira também foi a primeira tricampeã mundial, com a conquista da Copa do Mundo de 1970, façanha essa que deu a posse definitiva da Taça Jules Rimet, primeiro troféu dos campeões mundiais.

Após a conquista definitiva da Taça Jules Rimet com o tricampeonato brasileiro em 1970, ela foi substituída pela Taça Fifa, que o Brasil ganhou em 1994 e 2002. Ao contrário da Jules Rimet, a Taça Fifa não ficará em definitivo com nenhuma seleção independente de quantas Copas do Mundo ela ganhe.


1) Em 1958 Brasil marca sua primeira conquista. A edição de 1958 da Copa do Mundo FIFA marcou a sexta participação da Seleção Brasileira de Futebol nessa competição. Era o único país a participar de todas as edições do torneio da FIFA, fato que persiste até hoje. O Brasil chegava pela segunda vez em uma final e enfrentaria a anfitriã, Suécia. A seleção brasileira obteria seu primeiro título mundial Após "calar" o Maracanã em 1950 e decepcionar na Copa seguinte, o Brasil chegou à Suécia com um elenco promissor, que mesclava craques experientes e jovens talentos. Nesse último grupo estava Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, então com 17 anos, e Garrincha, o "gênio das pernas tortas".

No gol, o time tinha a segurança de Gilmar dos Santos Neves. A defesa contava com os craques Djalma Santos e Nílton Santos, enquanto no meio-campo a categoria ficava com Didi. Mesmo assim, a seleção brasileira teve dificuldades para chegar até a semifinal.

A equipe estreou contra a Áustria, conhecida pela solidez de sua defesa. Depois de um início equilibrado, o Brasil venceu bem por 3 a 0, gols de Mazzola (2) e Nilton Santos. Na rodada seguinte, o duelo foi contra a Inglaterra e, apesar de jogar melhor do que na primeira partida, a equipe brasileira não passou de um 0 a 0 - o primeiro na história das Copas.

Para o terceiro jogo, contra a União Soviética, o técnico Vicente Feola fez duas alterações. Recuperado de contusão, Pelé entrou no lugar de Mazzola. A outra substituição - entrada de Garrincha na vaga de Joel - só foi decidida na véspera do jogo, em um treino secreto.


Como o doutor Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação, foi consultar a opinião dos atletas mais experientes como Bellini, Nílton Santos e Didi, surgiu a lenda de que eles teriam liderado uma "rebelião" para obrigar Feola a escalar os dois jovens craques.

As mudanças deram certo. O Brasil deu um baile nos soviéticos e venceu "só" por 2 a 0, com dois gols de Vavá. Garrincha jogou tanto que esgotou os adjetivos da imprensa internacional - "assombro", "mercurial", entre outros. Classificado para as quartas de final, o time tinha encontrado sua formação ideal.

A retranca de País de Gales quase conseguiu segurar o ataque brasileiro, mas uma jogada genial de Pelé dentro da área garantiu a vitória por 1 a 0 e a vaga na semifinal. A partir daí, o que se viu foi um verdadeiro show de gols e jogadas de efeito que encantaram o mundo.

A França tinha uma das melhores equipes e o artilheiro da Copa, Just Fontaine. Mesmo assim, só conseguiu oferecer resistência nos primeiros minutos. Vavá fez 1 a 0, mas Fontaine empatou em seguida. Antes do intervalo, Didi recolocou o Brasil em vantagem. Na segunda etapa, Pelé desencantou, fez três gols e definiu a vitória (5 a 2).

Na final contra a Suécia, dona da casa, com Vavá e Pelé inspirados, os brasileiros aplicaram uma goleada de 5 a 2. Até os torcedores suecos se renderam ao talento da seleção e aplaudiram de pé os campeões mundiais. Na cerimônia de encerramento, o capitão Bellini, a pedido da legião de fotógrafos que tentava registrar o momento, levantou o troféu para o alto, gesto que passou a ser repetido por todos os campeões.


2) Garrincha vira 'Rei' e dá à seleção brasileira o título da Copa do Mundo. Com a contusão de Pelé no segundo jogo da primeira fase, o Brasil dependeu de outro craque para levantar pela segunda vez o troféu de campeão mundial: Mané Garrincha. Com dribles desconcertantes, irreverência, cruzamentos precisos e chutes poderosos, o "gênio das pernas tortas" encantou os chilenos e foi considerado o melhor jogador do torneio.

Apesar de contar com uma verdadeira legião de craques, a seleção brasileira não fugiu à regra da primeira fase da Copa: o equilíbrio - nenhuma equipe conseguiu obter 100% de aproveitamento. Ainda com Pelé em campo, o Brasil estreou com uma vitória magra (2 a 0) sobre a modesta equipe do México.

Em seguida, empatou sem gols com a Tchecoslováquia no jogo em que perdeu seu principal jogador - aos 28min do primeiro tempo, Pelé arriscou um chute de fora da área, deu um grito e foi ao chão. Um estiramento o tirou do resto da competição. O trono estava vago. A terceira partida foi uma das mais nervosas e difíceis para os campeões. Precisando ao menos de um empate para seguir na Copa, a seleção brasileira saiu atrás da Espanha e só alcançou a virada graças a duas "mãozinhas" do árbitro chileno Sergio Bustamante.

Primeiro, ele não marcou pênalti claro de Nílton Santos em Collar - esperto, o lateral deu um passo para fora da área após cometer a falta e enganou o juiz. Na sequência do lance,


Peiró acertou uma bela bicicleta. Mas Bustamante anulou o que seria o segundo gol espanhol marcando jogo perigoso.

Depois de muito tentar, o Brasil chegou ao empate aos 27min. Zagallo fez jogada de linha de fundo e cruzou para Amarildo completar. O resultado eliminava a Espanha, que se mandou para o ataque. Aproveitando os espaços que surgiram, Garrincha finalmente começou a brilhar. Ele passou por três marcadores e cruzou para Amarildo decretar a vitória por 2 a 1.

O show de Garrincha continuou nas quartas de final, diante dos ingleses. Ele fez dois gols - o primeiro deles de cabeça, algo raro na carreira do ponta - e iniciou a jogada do outro, marcado por Vavá. A dupla funcionou de novo diante do anfitrião Chile na semifinal - dois de Garrincha, dois de Vavá e goleada por 4 a 2. Quando o lugar na final já estava assegurado, Garrincha perdeu a cabeça. Deu um chute no lateral Eladio Rojas, que estava caído, e foi expulso. Teoricamente, ele teria que cumprir suspensão automática e estaria fora da final. Mas o árbitro peruano Arturo Yamazaki não relatou o episódio na súmula, o bandeira uruguaio Esteban Marino "sumiu", e Garrincha foi absolvido por falta de provas. Com o Mané no time, o Brasil enfrentou a Tchecoslováquia, única equipe que não havia vencido na Copa, na decisão. Masopust inaugurou o placar para os tchecos aos 15min do primeiro tempo. Os brasileiros empataram dois minutos depois, com Amarildo. No segundo tempo, Zito e Vavá viraram o jogo e transformaram o país no terceiro bicampeão mundial de futebol da história.


3) Seleção brasileira dá show e ganha a taça Jules Rimet em definitivo. A marchinha "a taça do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa..." poucas vezes fez tanto sentido como em 1970. A equipe não era perfeita, mas parecia. Não só pelos belíssimos gols marcados no torneio (e foram 19 em seis jogos), mas também pelas vitórias elásticas, principalmente nos jogos finais do campeonato no México.

A seleção brasileira era uma verdadeira máquina. Contava com craques como Rivellino, Tostão, Gérson, Clodoaldo, Carlos Alberto e Jairzinho, além do maior de todos: Pelé. Já nas eliminatórias, o time dava mostras de sua genialidade - ganhou todos os seis jogos, marcando 23 gols e sofrendo apenas dois.

Nem mesmo a troca de técnico (por pressão da ditadura militar, João Saldanha foi substituído por Zagallo depois que a equipe obteve a classificação) atrapalhou o bom momento da seleção, que continuou arrasadora na primeira fase da Copa do Mundo: vitórias sobre Tchecoslováquia (4 a 1), Inglaterra (1 a 0) e Romênia (3 a 2).

O duelo contra os ingleses, então atuais campeões mundiais, foi um dos momentos mais marcantes do torneio. O jogo estava 0 a 0 e muito equilibrado quando Pelé acertou uma cabeçada letal no canto direito. Quando os brasileiros já comemoravam, o goleiro Gordon Banks fez aquela que ficou conhecida como a "maior defesa de todos os tempos".


O massacre brasileiro continuou na fase de "mata-mata". Nas quartas de final, os peruanos - comandados pelo brasileiro Didi - foram as vítimas, goleados por 4 a 2.

Na semifinal, o Brasil bateu o Uruguai por 3 a 1 e vingou a derrota na final de 1950. Mas o jogo ficou conhecido pelo gol que Pelé não marcou. Sem tocar na bola, ele deu um drible de corpo no goleiro Mazurkiewicz e tocou para o gol vazio. Caprichosamente, a bola passou a poucos centímetros da trave direita.

A final contra a Itália, que valia a posse definitiva da taça Jules Rimet, teve dois tempos distintos. O primeiro terminou empatado, com Pelé abrindo o placar de cabeça e Boninsegna empatando para os italianos. No segundo, porém, o Brasil sobrou em campo e, com gols de Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto, selou a goleada por 4 a 1.

Pela primeira vez na história, o Brasil foi campeão vencendo todos os seus jogos - foram seis vitórias em seis jogos, 19 gols a favor e sete contra -, uma campanha irretocável que culminou com a conquista do tri.


4) Com Romário inspirado, seleção brasileira ganha seu primeiro título sem Pelé

Mesmo sem o brilho de outras equipes, a seleção brasileira soube impor seu jogo e superar as adversidades. Com um esquema tático preparado para proteger a defesa, o Brasil foi o time que menos gols sofreu durante a Copa - foram três, um contra a Suécia, na primeira fase, e dois contra a Holanda, nas quartas de final.

Mérito do treinador Carlos Alberto Parreira, que não sucumbiu às críticas e manteve a sua filosofia de jogo. Muito bem orientados e adaptados ao esquema, o meia defensivo Mauro Silva e o zagueiro Márcio Santos se destacaram na competição, garantindo a solidez da zaga brasileira.

Outro meia defensivo, o capitão Dunga, calou os críticos, liderou o time dentro do campo com muita garra e, como recompensa, ergueu a taça. De jogador símbolo de um futebol feio e perdedor, passou a capitão do tetracampeonato, figura incontestável no meio-campo da seleção brasileira.

Quem também calou os críticos foi o lateral-esquerdo Branco. Veterano, ele entrou no time no lugar de Leonardo, suspenso do Mundial depois de ter dado uma cotovelada em Tab Ramos, durante jogo contra os Estados Unidos. E foi justamente em uma magistral cobraça de falta de Branco que o Brasil venceu o seu jogo mais difícil na campanha do tetracampeonato, contra a Holanda, nas quartas de final.


No ataque, a pouca criatividade do meio-campo foi compensada pela genialidade do atacante Romário. Ele personificou a força ofensiva do futebol brasileiro. O Baixinho fez cinco gols no Mundial, entre eles um de cabeça no meio da gigante defesa sueca nas semifinais do torneio.

Quando não marcou, Romário contou com a ajuda do parceiro Bebeto, que apareceu em momentos decisivos, como na difícil vitória sobre os Estados Unidos, nas oitavas de final.

Pouco exigido durante todo o Mundial, o goleiro Taffarel mostrou competência e sorte de campeão quando o Brasil precisou dele. Defendeu a cobrança de Massaro e viu Baresi e Baggio chutarem por cima na decisão por pênaltis contra a Itália.

Combinando organização e talento e mesclando disciplina tática à arte de Romário, a seleção brasileira acabou com a agonia da torcida, que já durava 24 anos. Conquistou seu primeiro título mundial sem Pelé e recuperou o prestígio da camisa verde e amarela.


5) Seleção se recupera, vence a desconfiança e dá a volta por cima

Depois de quatro anos conturbados, em que perdeu a hegemonia do futebol mundial para a França e colecionou vexames - o maior deles a derrota para Honduras na Copa América -, a seleção brasileira se recuperou em grande estilo na Copa do Mundo de 2002. Desacreditada por torcedores e críticos, a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari deu a volta por cima e conquistou o pentacampeonato para o Brasil, com direito a recordes e feitos marcantes.

A seleção levou o caneco com a melhor campanha de todos os tempos, encerrando o torneio com sete vitórias em sete jogos disputados. Outras três seleções, entre elas o Brasil de 1970, já haviam sido campeãs com 100% de aproveitamento, mas nenhuma delas entrou tantas vezes em campo para chegar à conquista.

Dono de um ataque letal (18 gols), comandado por alguns dos melhores jogadores do mundo na época - o trio de "Erres" formado por Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho -, o time brasileiro construiu aos poucos uma sólida defesa, que sofreu apenas quatro gols - somente um deles nos "mata-matas". Essa combinação rendeu ao Brasil o melhor saldo de gols de um campeão na história das Copas (14).

O maior responsável por esse balanço positivo foi o atacante Ronaldo, que passara os dois anos anteriores praticamente sem jogar, recuperando-se de duas sérias contusões


no joelho. Com a confiança do treinador, o Fenômeno só não marcou no duelo contra a Inglaterra e decidiu a final contra a Alemanha, anotando os dois gols da partida.

No total, Ronaldo balançou as redes oito vezes. O último a conseguir tantos gols em uma mesma edição de Mundial havia sido o alemão Gerd Müller, autor de dez em 1970. Desde a Copa de 1974, na Argentina, nenhum jogador superava a barreira dos seis gols. Além disso, Ronaldo (que marcara quatro em 1998) se igualou a Pelé em número de gols feitos no torneio, com 12.

Em campo, o time não chegou a ser brilhante como em ocasiões anteriores. Em pelo menos duas oportunidades, contra Turquia (na primeira fase) e Bélgica (nas oitavas), contou com uma providencial ajuda da arbitragem para vencer seus adversários. Mas mesmo nos momentos mais difíceis demonstrou segurança e tranquilidade, como ao sair perdendo o duelo contra a Inglaterra pelas quartas de final.

Na decisão, não se intimidou diante da poderosa Alemanha, recordista de participações em finais ao lado do Brasil (sete cada). No primeiro encontro entre os dois países de melhor retrospecto histórico na competição, a qualidade técnica dos brasileiros fez a diferença. Em dois lances de Ronaldo e Rivaldo, a seleção fez 2 a 0 e garantiu o penta.






A prenda a viver, pois foi com eles que aprende alutar na vida sĂł os melhores vencem a vida, foi brincando que aprendi viver entĂŁo vĂĄ seja alegre e conte para todos da minha jornada: ass.: o melhor jogado do mundo` Pele.


Fim



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