Documento da Aparecida

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Documento de Aparecida Encontros de Estudo Introduç ã o: O Documento de APARECIDA indica caminhos por onde a Igreja da América Latina e do Caribe deverá caminhar nos próximos dez anos. A ação evangelizadora, para ser eficaz precisa ser pensa­ da, planejada. O Documento têm TRES grandes partes que seguem o método VER-JULGAR-AGIR. O grande PROTAGONISTA (aquele que toma a iniciativa) da ação evangelizadora é Deus mesmo: Deus age na sua Igreja. Ao mes­ mo tempo, o SUJEITO (aquele que evangeliza) da ação evangeliza­ dora é a comunidade eclesial. É importante não considerar Aparecida como um livro de re­ ceitas prontas de como devemos, pastoralmente agir. O documento oferece-nos pistas de ação e valores de fé para um bom planejamen­ to pastoral:  Pistas que nos ajudam a VER a nossa realidade;  Que nos ajudam a DESCOBRIR e DISCERNIR, para o hoje de nossa história, os valores que nos devem conduzir na ação pastoral;  Pistas concretas para pensarmos as grandes ME­ TAS de nossa ação. O próprio documento, fazendo referência às palavras de Ben­ to XVI, lembra que seu objetivo é “ser luz e alento para um rico trabalho pastoral e evangelizador nos anos vindouros”.

N° 548: Aparecida quer despertar, em primeiro lugar, um ESPIRITO MISSIONARIO, isto através de comunidades eclesiais e de batizados que sejam “discípulos-missionários”. N° 99: Nossas paróquias devem ser “comunidade de comuni­ dades evangelizadas e evangelizadoras”. Para tanto, é fundamen­ tal, na Igreja, o testemunho de comunhão, concretizado num cami­ nho de pastoral orgânica capaz de ser resposta consciente e eficaz às necessidades do mundo de hoje (n° 371). Outro aspecto forte do documento é o caminho formativo do discípulo-missionário. Aparecida insiste na importância do seguimen­ to, cujo ponto de partida é o encontro com Cristo, que se prolonga na conversão, no discipulado, na vida de comunhão e na missão.

I. A VID A DE NO S S O S POVO S HOJ E = VE R O Primeiro capítulo : (Discípulos-Missionários): N° 28: A missão do discípulo missionário é EVANGELIZAR. Essa missão deve ser realizada com um espírito de alegria, a “ale­ gria de sermos discípulos do Senhor e de termos sido enviados com o tesouro do Evangelho”. Para Aparecida a vida cristã “não é uma carga, mas um dom”.  N° 29: A “alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela violência e pelo ódio”.  N° 30: “Como discípulos e missionários, queremos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo”. “Como cristãos somos portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras”.


O que é evangelizar

347 = “A Igreja é missionária por natureza, porque tem sua origem na missão do Filho e do Espírito Santo, segundo o desígnio do Pai” (AG 2). 361 = O Reino do Pai é o Reino da vida. O conteúdo fundamental da missão de Cristo é a oferta de vida plena para todos. 386 = A missão específica da Igreja é comunicar a vida de Jesus Cristo a todas as pessoas. Como? Pelos três serviços essenciais: o serviço da Palavra, o serviço dos sacramentos e o serviço da carida­ de. 543 = A autêntica evangelização assume plenamente a radicalidade do amor cristão que se concretiza no seguimento do Cristo da Cruz. A evangelização que coloca a Redenção no centro é capaz de purifi­ car as estruturas da sociedade violenta e gerar novas estruturas. 30 = Jesus Cristo anuncia a boa notícia do Reino aos pobres (cf. Lc 4, 14-21), aos pecadores e aos injustos (cf. Mt 9,13). Nós anuncia­ mos aos nossos povos que Deus nos ama e sua existência, portanto, não é uma ameaça para o homem, mas exatamente sua salvação. 31 = A Igreja deve cumprir sua missão evangelizadora seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes (Mt 9,35-36). O Senhor se fez servidor e obediente até a morte na cruz (cf. Fl 2,8); sendo rico escolheu ser pobre por nós (cf. 2Cor 8,9); o discípu­ lo aprende dele a lição de ser pobre seguindo o Cristo pobre (cf. Lc 6,20; 9,58); anuncia o Evangelho da paz sem bolsa e sem alforje, sem pôr sua confiança no dinheiro e no poder deste mundo (cf. Lc 10,4 ss). Na generosidade dos evangelizadores manifesta-se a generosidade de Deus; na gratuidade dos apóstolos aparece a gratuidade do Evangelho.

32 = No rosto de Jesus morto e ressuscitado, o olhar de fé do evangelizador vê o rosto humilhado do homem sofredor, mas “ansio­ so pela realização de sua dignidade pessoal e da fraternidade entre todos”. EVANGELIZAR É ESTAR A SERVIÇO DE TODOS OS SERES HUMANOS, FILHOS E FILHAS DE DEUS! 331 (EN 19) = A missão primária da Igreja é anunciar o Evangelho de maneira tal que garanta a relação entre a fé e a vida tanto na pessoa individual como no contexto sócio-cultural em que as pessoas vivem, atuam e se relacionam entre si. Paulo VI: “Mediante a força do Evangelho, a Igreja procura transformar os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensa­ mento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade que estão em contraste com a Palavra de Deus e o desígnio da salva­ ção” (EN 19). Missionar é transformar. 546 = Bento XVI afirma que “dessa conscientização nasce a vonta­ de de transformar também as estruturas injustas para estabelecer o respeito pela dignidade do homem, criado à imagem e semelhança de Deus”. A Igreja não tem a missão de se envolver com uma luta política, “mas também não pode nem deve ficar à margem da luta pela justiça” (SC 89). 384 = Observação importante é que a Igreja não considera sua ex­ clusividade a missão de promover “a vida em abundância”. A Igreja deve unir-se à caridade das outras instituições empenhadas em or­ ganizar estruturas justas a nível nacional e internacional. 98 = Os mártires da missão a favor da justiça para os pobres são os muitos que deram a própria vida em testemunho do compromisso missionário. “São os nossos santos ainda não canonizados”.

Evangelizar para mudar as estruturas


92 = O DA reafirma a condenação “da força dominadora das estru­ turas de pecado manifestas na sociedade moderna” já abordada em Puebla e Santo Domingo (DP 281, 452; SD 243). 95 = O serviço pastoral à vida plena dos povos indígenas exige que anunciemos Cristo e a boa notícia do Reino, denunciemos as situa­ ções de pecado, as estruturas de morte, a violência e as injustiças internas e externas e fomentemos o diálogo intercultural, inter-reli­ gioso e ecumênico. 112 = Diante das estruturas de morte, Jesus quer vencê-las e substituí-las pela vida plena para todos. 384 = Para que nossos povos tenham vida nEle, Cristo leva-nos a as­ sumir evangelicamente as tarefas prioritárias que contribuem para a dignificação do ser humano e a trabalhar com outros cidadãos e ins­ tituições para o bem do ser humano e a criar novas estruturas mais justas (destaque no DI). 501 = O DA chama atenção para a evangelização dos “construtores da sociedade” pelo seguinte: se muitas das estruturas atuais geram pobreza é também por causa da falta de fidelidade ao Evangelho de muitos cristãos empenhados na vida social, política, financeira. 537 = Sem estruturas justas não é possível uma ordem justa na so­ ciedade. Refere-se também com clareza à necessidade de mudança das estruturas. É preciso criar uma “imaginação da caridade” para haver soluções eficazes. 538 = Para novas estruturas, homens e mulheres novos, principal­ mente os discípulos missionários. 539 = A reconstrução da pessoa e de seus vínculos de pertença e convivência neutralizam o processo de desintegração e atomização sociais. 100e = O DA faz um paralelo entre injustiças nas estruturas da Igreja como a falta de padres e desigual distribuição dos que exis­ tem; falta de solidariedade na distribuição e comunhão dos bens; falta de pessoas ou de empenho e formação para as ações pastorais...

(DI 4) – A Missa Dominical é fator de renovação das estruturas so­ ciais injustas em estruturas sociais justas. Os valores da comunida­ de de fé e a convivência fraterna no Domingo são sementes de novas estruturas.

O Discípulo-Missionário:

N° 23: Deus nos amou primeiro... O Espírito vivificador foi derramado em nossos corações... Ele nos fortalece em nosso cami­ nho de discípulos e missionários. N° 33: Como discípulos, devemos discernir os sinais dos tem­ pos, à luz do Espírito Santo, colocando-nos a serviço do Reino... para que todos tenham vida e “a tenham em plenitude” (Jo 10,10). Ver também: N° 95; N° 101;N° 121;N° 125; NN° 127; 129; 134; 144; 153; 156; 160; 164; 170; 172; 177; etc. ...

O 2° capítulo: “Olhar dos discípulos missionários sobre a rea­ lidade”: Oferece-nos uma leitura da realidade latino-americana e ca­ ribenha. Constatam-se grandes mudanças, de alcance global, e que atingem a nossa sociedade. N° 45 : Vivemos uma situação sócio-cultural dominada pelo mercado. N° 51: fortemente marcada pelo consumismo. Este consu­ mismo afeta diretamente as novas gerações em suas aspirações pes­ soais profundas. Isso gera individualismo, desperta mundos imaginá­ rios de liberdade e de igualdade. Vivemos uma globalização fortemente econômica e que privi­ legia o lucro, muitas vezes em detrimento da pessoa humana. Como


Igreja, devemos lutar sempre pela solidariedade, fraternidade, jus­ tiça e paz... N° 99: Aparecida aponta também algumas LUZES da nossa vida eclesial a) O conhecimento da Palavra e o amor por ela; b) A renovação da liturgia; c) A estima pelos sacerdotes; d) A dedicação dos nossos missionários; e) A renovação da pastoral paroquial; f) A valorização da Doutrina social da Igreja; g) A diversificação da organização pastoral... N° 100: Porém, a nossa vida eclesial é também marcada por algumas sombras: a) A Igreja não cresceu no ritmo do crescimento da população; b) Indícios de espiritualidades e eclesiologias contrá­ rias ao Vaticano II; c) Fraco acompanhamento dos leigos na sua atuação na sociedade; d) Linguagens pastorais pouco significativas; e) Número insuficiente de sacerdotes; f) Perda do sentido do transcendente; g) Não fácil diálogo ecumênico e inter-religioso; h) Católicos que se afastam do evangelho.

A opção preferencial pelos pobres é missão evangelizadora

390 = A opção preferencial pelos pobres é sinal de fidelidade ao Evangelho e fidelidade à missão evangelizadora, quando nos empe­ nhamos a proclamar a verdade sobre o ser humano e sobre a digni­ dade de toda pessoa humana.

391 = A opção preferencial pelos pobres é uma das peculiaridades da fisionomia da Igreja latino-americana e caribenha. Ela se inclui na ampla preocupação da Igreja pela dignidade humana. “Converter-se ao Evangelho, para o cristão que vive na América, sig­ nifica revisar todos os ambientes e dimensões de sua vida, especial­ mente tudo o que pertence à ordem social e à obtenção do bem co­ mum” (EAm 27). 392 = “A opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica do Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com a sua pobreza” (DI 3). 393 = Por estar implícita na fé cristológica, esta opção fez os bispos latino-americanos repetir para confirmar “Santo Domingo”: “Os ros­ tos sofredores dos pobres são rostos sofredores de Cristo” (SD 178). Tudo o que tiver relação com Cristo tem relação com os pobres, e tudo o que está relacionado com os pobres clama por Jesus Cristo (cf. Mt 25,40). Os rostos dos novos excluídos estão no DA, números 402, 407 a 430. 394 = O serviço da caridade para os pobres “é um campo de ativida­ de que caracteriza de maneira decisiva a vida cristã, o estilo eclesial e a programação pastoral” (NMI 49). 395 = A Igreja é convocada a ser “advogada da justiça e defensora dos pobres” diante das “intoleráveis desigualdades sociais e econô­ micas” que “clamam ao céu” (EAm 56a). Por isso, há que proclamar sua Doutrina Social e alertar os profis­ sionais católicos que trabalham nos governos. 396 = Hoje queremos ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres feita nas Conferências anteriores (Medellín 14,4-11; DP 1134-1165; SD 178-181). ...ser companheira de caminho de nossos ir­ mãos mais pobres, inclusive até o martírio. Ser preferencial signifi­


ca que deve atravessar todas as nossas estruturas e prioridades pastorais. 397 = É necessária uma atitude permanente que se manifeste em opções e gestos concretos (DCE 28.31) e evite toda atitude pater­ nalista. É procurar a transformação da situação deles a partir deles próprios. 398 = Só nos aproximando dos pobres, por amizade fraterna, pode­ remos apreciar profundamente: os valores dos pobres de hoje, seus legítimos desejos e seu modo próprio de viver a fé. A partir de nossa experiência cristã, compartilhamos com os pobres a defesa de seus direitos e eles se tornam sujeitos da evangelização e da sua própria promoção humana integral. 399 = Assumindo com nova força a opção preferencial pelos pobres, manifestamos que todo processo evangelizador envolve a promoção humana e a autêntica libertação “sem a qual não é possível uma or­ dem justa na sociedade” (DA 146; DI 3). A promoção humana não pode reduzir-se a aspectos particulares: “Deve ser integral, isto é, promover todos os homens e o homem todo” (GS 76) A partir da vida nova em Cristo, a pessoa do pobre se transforma de tal modo que “a faz sujeito de seu próprio desenvolvimento” (PP 15). Para a Igreja, estes três serviços (tria múnera) são a expressão ir­ renunciável de sua própria essência: o serviço da caridade, o anúncio da Palavra e a celebração dos sacramentos (DCE 25). 409 = A opção preferencial pelos pobres nos impulsiona, como discí­ pulos e missionários de Jesus, a procurar caminhos novos e criativos a fim de responder a também novas causas e novos efeitos da po­ breza: violência na família, crianças que fogem para a rua... 98 = O DA afirma que a Igreja Latino-Americana tem seus mártires: “Mostra-me teus mártires e eu aceitarei tua fé” (dito antigo).

II. A vida de Cristo nos Discípulos e Missio­ nários = JULGAR LOS:

A segunda parte do documento possui QUATRO CAPITU­

O terceiro capítulo: “Alegria de ser discípulos-missionários para anunciar o Evangelho de Jesus”. Todo discípulo missionário é convidado a anunciar a Boa-Nova:  nn. 104-105: Da dignidade humana  nn. 106-113: Da vida  nn. 114-119: Da família  nn. 120-124: Da atividade humana  nn. 125-126: Do destino universal dos bens, e da ecologia.

O Quarto Capítulo: “A vocação dos discípulos-missio­ nários à santidade”. nn. 129-135: A BASE da experiência de ser discípulo missio­ nário de Jesus está no seguimento. nn. 136-142: No SEGUIMENTO, todo discípulo missionário é convidado a se tornar parecido com o Mestre, a tal ponto que o sim dado para seguir Jesus comprometa a liberdade do discípulo (n. 136).

O Quinto Capítulo: “A comunhão dos discípulos-mis­ sionários na Igreja”.


O discípulo missionário, que segue Jesus, é chamado a viver em comunhão. n. 156: PERTENCER a uma comunidade faz parte do nosso ser cristãos. Os lugares de comunhão:  A Diocese, vista como comunidade missionária;  A Paróquia, como espaço de iniciação cristã, de educação e celebração da fé;  As CEBs = comunidades que formam discípulos mis­ sionários comprometidos;  As Conferências Episcopais. Quem são os discípulos-missionários?  Os Bispos são discípulos missionários de Je­ sus Sacerdote (n. 186);  Os padres como discípulos missionários de Jesus Bom Pastor (n. 191);  Os diáconos como discípulos missionários de Jesus Servidor (n. 205);  Os leigos e a leigas como discípulos missio­ nários de Jesus Luz do Mundo (n. 209);  Os consagrados como discípulos missioná­ rios de Jesus Testemunha do Pai (n. 216). Segundo do documento de Aparecida, toda a comunidade cristã deve ser capaz de oferecer, a todos que dela fazem parte, experiência religiosa, vivência comunitária, formação bíblico-doutri­ nal e missão. A RENOVAÇÃO DA PARÓQUIA E A CONVERSÃO PASTORAL

A motivação para a renovação da paróquia: 11 = A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latinoamericanas e mundiais. Confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho.

Isso é a missão dos discípulos missionários: protagonizar uma vida nova para a América Latina. 12 = Para resistir aos embates de nosso tempo, não têm mais vez uma fé católica reduzida a um elenco de normas e proibições, à prá­ tica de devoções fragmentadas, a adesões seletivas e parciais das verdades da fé, a uma participação ocasional em alguns sacramentos, a mera repetição de princípios doutrinais, a moralismos brandos ou crispados que não convertem a vida dos batizados. Nossa maior ameaça é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas, na verdade, a fé vai-se desgastando e degenerando em mes­ quinhez. É preciso reconhecer que não se começa a ser cristão por uma deci­ são ética ou uma grande idéia, mas pelo encontro com um aconteci­ mento, com uma Pessoa, que dá novo horizonte para a vida e, com isso, uma orientação decisiva (cf. as fontes citadas sob 8, 9 e 10 ao pé da página). 13 = Jesus Cristo mostra-se na América Latina como novidade de vida e missão. Isso requer, a partir da identidade católica, uma evangelização muito mais missionária, em diálogo com todos os cris­ tãos e a serviço de todos os homens. Nossos povos estão diante da escolha entre caminhos que conduzem à vida e outros que conduzem à morte (cf. Dt 30,15). 14 = O que nos define não são as circunstâncias dramáticas da vida nem os desafios da sociedade ou as tarefas que devemos empreen­ der, mas, acima de tudo, o que nos define é o amor recebido do Pai graças a Jesus Cristo pela unção do Espírito Santo. Essa é a nossa prioridade fundamental: a Igreja mostrar sua capacidade de formar discípulos missionários que se tornem instrumentos do Espírito de Deus na Igreja e no mundo.


ESTE É O MELHOR SERVIÇO – O SEU SERVIÇO! – QUE A IGREJA DEVE OFERECER ÀS PESSOAS E ÀS NAÇÕES (cf. EN 1). A vocação missionária é para fora da Igreja. 15 = “Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e dá tudo” (Ben­ to XVI no início de seu pontificado, 24/4/2005). 16 = Com o mesmo Espírito que animou as quatro Conferências ante­ riores, a V CELAM (pastores de hoje) quer dar novo impulso à evan­ gelização. 18 = Iluminados pela luz de Cristo Ressuscitado, podemos e quere­ mos olhar o mundo, a história, os nossos povos e cada um de seus ha­ bitantes. 99e = Já existe renovação pastoral de paróquias as quais, mediante métodos de nova evangelização, se transformaram em comunidades de comunidades evangelizadas e missionárias. 201 = É fora de dúvida que a renovação da paróquia exige atitudes novas dos párocos e dos sacerdotes que estão a serviço dela: au­ tênticos discípulos e ardorosos missionários.

A Pastoral Urbana é critério e urgência de renovação da paróquia 509 = As grandes cidades são laboratórios da cultura contemporâ­ nea complexa e plural. 510 = A cidade procura harmonizar a necessidade do desenvolvimen­ to com o desenvolvimento das necessidades, fracassando freqüente­ mente. 511 = No mundo urbano acontecem complexas transformações só­ cio-econômicas, culturais, políticas e religiosas que causam impacto em todas as dimensões da vida, incluindo os bairros periféricos e as cidades satélites. 512 = Na cidade convivem diferentes categorias sociais tais como as elites econômicas, sociais e políticas, a classe com seus dife­

rentes níveis, e a grande multidão dos pobres. Nela coexistem binô­ mios que a desafiam: tradição-modernidade, globalidade-particulari­ dade, inclusão-exclusão, personalização-despersonalização, lingua­ gem secular-linguagem religiosa, homogeneidade-pluralidade, cultura urbana-pluriculturalismo. 513 = A Igreja já se serviu do ambiente da cidade para se fixar em paróquias que a propagaram. Diante, porém, da nova realidade da ci­ dade, novas experiências se realizam na Igreja, tais como a renova­ ção das paróquias, novos ministérios, novas comunidades. 514 = A fé ensina que Deus vive na cidade. As sombras não impe­ dem, antes incentivam a busca do Deus da vida. As cidades são luga­ res de liberdade e de oportunidades. A pessoa humana é chamada a ir ao encontro do outro, conviver com o diferente, aceitá-lo e ser aceito por ele. 515 = A cidade é símbolo do projeto de Deus, tanto que a Bíblia usa expressões como “Cidade Santa” ou “Nova Jerusalém” para se refe­ rir ao novo de Deus. 516 = Na cidade, a Igreja está a serviço de: A) realização dessa “Ci­ dade Santa” mediante a proclamação e a vivência da Palavra, a cele­ bração da Liturgia, a comunhão fraterna e o serviço especialmente aos mais pobres e aos que mais sofrem; B) e agindo como fermento vai transformando em Cristo, a cidade atual. 517 = O DA propõe e recomenda uma nova pastoral urbana (517 a-k) que: e) Transforme as paróquias cada vez mais em comunidades de comu­ nidades. k) Procure fazer a Igreja presente: A) na cidade por meio de novas paróquias e capelas, comunidades cristãs e centros de pastoral, B) nas novas concentrações humanas que crescem aceleradamente nas periferias urbanas por causa das migrações internas e situações de exclusão.


518 = Para transformar a cidade é urgente que os agentes de pasto­ ral, enquanto discípulos e missionários, se esforcem para desenvo­ lver (a – o): a) - Um estilo pastoral adequado à realidade urbana, especialmente quanto à linguagem, às estruturas, às práticas pastorais e aos horá­ rios. b) - Um plano de pastoral orgânico e articulado que se integre num projeto comum de paróquias, comunidades, movimentos e institui­ ções com o objetivo de chegar ao conjunto da cidade. c) - Reunir as unidades menores da paróquia em setores, para um serviço mais eficaz. j) - Marcar presença nos centros de decisões da cidade: nas estru­ turas administrativas, nas organizações comunitárias, profissionais e de todo tipo de associação para zelar pelo bem comum e promover os valores do Reino. 519 = Importa uma renovada pastoral rural para que enriqueça a própria cultura e as relações comunitárias e sociais. Para assim evi­ tar o êxodo rural.

A “conversão pastoral” para a renovação das comunidades:

365 = A conversão pastoral consiste em entrar decididamente, com todas as forças, no processo de renovação missionária e de abando­ nar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé. Esta firme decisão missionária deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais de dioceses, paróquias, comuni­ dades religiosas, movimentos e de qualquer instituição da Igreja. Nenhuma comunidade pode isentar-se dessa conversão pastoral. 366 = A conversão pastoral passa pela necessária conversão pessoal que consiste em submeter tudo ao serviço da instauração do Reino da vida.

Todas as pessoas e cada pessoa são convocadas para assumir atitude de permanente conversão pastoral. A conversão pastoral implica para todos em escutar com atenção e discernir “o que o Espírito está dizendo às Igrejas (Ap 2,29) atra­ vés dos sinais dos tempos em que Deus se manifesta”. 368 = A conversão dos pastores do povo leva a viver e a promover a espiritualidade de comunhão e de participação. A conversão pastoral exige que as comunidades eclesiais sejam co­ munidades de discípulos missionários reunidos ao redor de Cristo. Daí nascerem as atitudes características da comunidade cristã: abertura, diálogo, disponibilidade, co-responsabilidade e participa­ ção efetiva de todos.

A nossa urgência pastoral é: o testemunho de comunhão eclesial e de santidade.

367 = A pastoral da Igreja se processa no contexto histórico sóciocultural concreto. As mudanças no contexto são desafios pastorais para a missão evangelizadora. Daí nasce a necessidade da renovação eclesial que implica em reformas espirituais, pastorais e também institucionais. A fidelidade à missão transparece na atenção e aceitação a tais de­ safios que devem ser entendidos como provocações do próprio Es­ pírito. 369 = O modelo paradigmático dessa renovação comunitária são as primeiras comunidades cristãs de Jerusalém (cf. At 2,42-47). A criatividade dessas comunidades está no fato de que elas souberam buscar novas formas para evangelizar de acordo com as culturas e as circunstâncias. Hoje, a fonte de motivação é a eclesiologia de comunhão do Vatica­ no II. 370 = A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além da pastoral de mera manutenção para a pastoral decididamente missionária.


371 = O projeto pastoral da Diocese deve ser o incentivo disso. Nunca esquecer de que os leigos devem participar do discernimento, da tomada de decisões, do planejamento e da execução (ChL 51). To­ dos se mantenham atentos às exigências da realidade sempre mutá­ vel. 372 = Por causa da extensão de nossas paróquias é aconselhável a setorização em unidades territoriais menores. Dar atenção ao fenômeno do nosso tempo, o surgimento de voluntá­ rios com vocação missionária. Para a Igreja, aceitá-los e aproveitálos não pode apenas se tornar uma estratégia para expandir o servi­ ço missionário, mas dar oportunidade ao desenvolvimento de uma vocação. REFORÇAR QUATRO EIXOS 226 =Em nossa Igreja temos que reforçar quatro eixos: a experiên­ cia religiosa, a vivência comunitária, a formação bíblico-doutrinal e o compromisso missionário de toda a comunidade.

A força renovadora das comunidades eclesiais de base

178 = A experiência pastoral de algumas Igrejas da América Latina demonstra que as CEBs têm sido escolas que têm ajudado a formar cristãos comprometidos com sua fé, discípulos e missionários do Se­ nhor, como testemunhas pela entrega generosa, até derramar o san­ gue (cf. a experiência descrita em Atos 2,-42-47). Medellín reconheceu nelas a célula inicial de estruturação eclesial, foco de fé e evangelização (cf. DM 15). Puebla constatou que elas permitiram ao povo chegar ao conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso social em nome do Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da fé dos adultos (DP 629). 179 = As CEBs têm a Palavra de Deus como fonte de sua espirituali­ dade e a orientação de seus pastores como guia que assegura a co­ munhão eclesial. Demonstram seu compromisso evangelizador e mis­

sionário entre os mais simples e afastados, e são expressão visível da opção preferencial pelos pobres. As CEBs são fonte e semente de variados serviços e ministérios a favor da vida na sociedade e na Igreja. Em comunhão com o bispo e o projeto de pastoral diocesano, são sinal da vitalidade da Igreja particular. Atuando assim, podem contribuir para revitalizar a paróquia, fazen­ do dela uma comunidade de comunidades. 180 = As comunidades e outros grupos eclesiais darão fruto na me­ dida em que a Eucaristia for o centro de sua vida e a Palavra de Deus for o farol de seu caminho e de sua atuação na Igreja de Cris­ to. 307 = Nos últimos tempos cresce a espiritualidade de comunhão na formação de pequenas comunidades que se tornam um meio privile­ giado para a nova evangelização. 308 = São lugares de experiência cristã e evangelização que, em meio à situação cultural que nos afeta, secularizada e hostil à Igre­ ja, se fazem muito mais necessários. 309 = É necessário que elas firmem sua espiritualidade na comunhão com a Igreja local e particularmente com a comunidade paroquial. 310 = É necessário reanimar o processo de formação dessas peque­ nas comunidades, pois elas conseguirão chegar aos afastados, aos in­ diferentes e aos que mantêm descontentamento ou ressentimentos com relação à Igreja.

O Sexto Capítulo: “O caminho da formação dos discípulos missionários”. A Espiritualidade trinitária do encontro pessoal com Cristo (240-275)

240 – Uma autêntica experiência de encontro com Jesus Cristo deve estabelecer-se sobre o sólido fundamento da Trindade como DeusAmor.


241 – Depois da criação do mundo e do homem, a comunicação do Espírito Santo é uma nova criação que renova a vida das criaturas no amor. 242 - No encontro de fé com o fato inaudito da Encarnação de Je­ sus Cristo, podemos ver, ouvir, contemplar e tocar a Palavra de Vida; experimentamos que o próprio Deus nos busca e se deixa encontrar pela humanidade.

O Encontro com Cristo: 243 – Os Evangelhos apresentam o início do cristianismo e da vida cristã de cada pessoa no encontro de fé com a pessoa de Jesus. É por causa desse encontro que entra um sujeito novo na história: o discípulo de Cristo. O discípulo de Cristo testemunha Cristo porque vive na prática o novo estilo de vida proposto pelo Mestre. 244 – É a natureza do cristianismo: reconhecer a pessoa de Jesus e segui-lo.

Lugares do encontro com Cristo:

246 – O encontro com Cristo realiza-se na fé recebida e vivida na Igreja. 247 – O encontro com Jesus Cristo e seu mistério dá-se na Palavra de Deus e na Tradição da Igreja. 248 – A Palavra deve ser reconhecida com dom do Pai destinado ao encontro do leitor com Cristo. A Palavra é caminho de “autêntica conversão e de renovada comunhão e solidariedade” (EAm 12). 249 – Entre as formas de aproximação da Escritura é muito útil a “Lectio Divina” ou leitura orante da Bíblia. 250 – O encontro com Cristo acontece de modo admirável na Litur­ gia. 251 – A Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Cristo. Em cada Eucaristia o cristão celebra o mistério pascal de Jesus atualizando-o. A Eucaristia fortalece a identidade do dis­ cípulo.

252 – A renovada Pastoral do Domingo vai incentivar o povo a “viver segundo o Domingo”, testemunhando o novo de Deus para o povo de Deus. 253 – O texto lamenta as 70% de comunidades católicas que não têm Missa aos Domingos. Incentiva para que se reze pelas vocações... 254 – No sacramento da reconciliação, o cristão encontra Cristo no dom do perdão. 255 – Na oração pessoal e comunitária, o discípulo cultiva profunda relação de amizade com Cristo e seu compromisso com o projeto do Pai. 256 – Jesus está presente na comunidade viva de fé e no amor fraterno. Ele está em todos os discípulos que procuram fazer sua a existência de Jesus, e viver a sua própria vida escondida na vida de Cristo (cf. Cl 3,3). Jesus está naqueles que:  dão testemunho de luta pela justiça, pela paz e pelo bem co­ mum,  que chegam a entregar a própria vida em todos os aconteci­ mentos da vida de nossos povos,  que nos convidam a procurar um mundo mais justo e mais fraterno, em toda realidade humana.

O processo de formação dos discípulos missionários (276-285)

276 = Para os batizados serem discípulos e missionários no novo con­ texto sócio-cultural da América Latina, é necessária decidida opção por sua formação. 277 = O caminho da formação do seguidor de Jesus lança raízes na natureza dinâmica da pessoa de Cristo e no convite pessoal que Je­ sus faz a cada pessoa.


278 = O processo de formação compreende cinco etapas fundamen­ tais que se completam e se alimentam entre si durante o caminho da formação.  O encontro com Jesus Cristo. O querigma não é só uma eta­ pa, mas o fio condutor do processo que culmina na maturida­ de do discípulo de Jesus.  A conversão. É a primeira resposta de quem aceitou o chama­ do.  O discipulado. É o amadurecimento constante no conhecimen­ to, no amor, e no seguimento de Jesus Mestre; o aprofunda­ mento do mistério da pessoa de Cristo, de seu exemplo, de sua doutrina.  A comunhão. Não pode existir vida cristã fora da comunida­ de: o discípulo vive a vida da comunidade com os irmãos.  A missão. É conseqüência. O discípulo sente necessidade de compartilhar com outras pessoas a sua experiência e sua ad­ miração por Jesus Cristo.

A comunhão da comunidade - ou a comunhão eclesial - é a união de todos no compromisso com a missão da Igreja/Co­ munidade (DA 163;202; ChL 32).

Critérios gerais para a formação: 279 = A formação integral, querigmática e permanente. 280 = A formação deve estar atenta a dimensões diversas que deve­ rão integrar-se harmoniosamente ao longo de todo o processo de formação: a dimensão humana, comunitária, espiritual, intelectual e pastoral-missionária. Seguem os detalhes por letras: a, b, c, d. 281 = A formação deve respeitar os processos pessoais e os ritmos comunitários, contínuos e graduais. 282 = A formação contempla o acompanhamento dos discípulos de acordo com a sua peculiar vocação e com o ministério a que tenha sido chamado.

283 = A formação dos leigos deve levar em conta sua especial voca­ ção para atuar como discípulo e missionário no mundo, na perspectiva do diálogo e da transformação da sociedade. 284 = A formação na espiritualidade da ação missionária baseia-se na docilidade ao impulso do Espírito e na sua força de mobilizar as pessoas e transfigurar a existência. 285 = Em vista da própria atuação do Espírito que impregna cada vo­ cação na sua especificidade, a formação estará atenta ao modo con­ creto e diferente de viver a espiritualidade como, por exemplo, os presbíteros, pais de família e tantas outras vocações.

III. A Vida de Jesu s Cristo para nos s o s Povo s = AGI R O Sétimo Capítulo: “A missão dos discípulos a serviço da vida plena”. 

A missão do discípulo é comunicar e promover a vida (n. 360). Nossas comunidades devem não so­ mente favorecer e levar a uma conversão pessoal, mas também caminhar na linha de uma conversão pastoral, capaz de renová-las missionariamente (n. 365).

O Oitavo Capítulo: “O Reino de Deus e a promoção da dig­ nidade humana”. n. 391ss = devemos buscar sempre mais a justiça social e pra­ ticarmos a caridade cristã, lutando pela dignidade humana e assu­ mindo a opção preferencial pelos pobres e excluídos. Os rostos sofridos do continente: migrantes, enfermos, de­ pendentes de drogas, detidos nas prisões, etc...


O Nono Capítulo: “Família, pessoas e vida”. Dicas pastorais concretas para diversos temas: n. 432 ss = matrimônio e família; 442 ss = adolescentes e jovens; 438 ss = crianças; 447 ss = o bem estar dos idosos; 451 ss = a questão da dignidade e participação das mulheres na sociedade e na Igreja. 459 ss = a responsabilidade do homem e pai de família na so­ ciedade e na vida eclesial; 464 ss = a questão dda cultura da vida; 470 ss = o cuidado com o meio ambiente.

O Décimo Capítulo: “Nossos povos e cultura” Encontramos aqui, dicas pastorais concretas para alguns te­ mas relacionados à cultura: nn. 481ss = educação como bem público; nn. 484ss = pastoral da comunicação social; nn. 491ss = novos areópagos e centros de decisão: cultura, experiência científica, relações internacionais, etc. nn. 501ss = discípulos e missionários na vida pública; nn. 509ss = pastoral urbana; nn. 520ss = serviço da unidade e fraternidade entre os povos; nn.n529ss = integração dos povos indígenas e afro-america­ nos; nn. 534ss = caminhos de reconciliação e solidariedade. Conclusão: Foi o Espírito de Deus que conduziu a Assembléia, suave, mas firmemente, para a meta (547).

O Documento se propõe a despertar um grande impulso mis­ sionário, um novo Pentecostes. Para realizar tal objetivo o documento recorda a possibilida­ de de realizarmos uma grande missão continental (n. 551).

MARIA - DISCIPULA E MISSIONÁRIA

A Virgem Maria no Documento de Aparecida (266-272)  266 – Maria é a primeira discípula interlocutora do Pai no mistério do projeto de Deus revelado em Jesus Cristo.  Como mãe de Cristo e, depois, dos discípulos, viveu sua pere­ grinação da fé em busca constante do projeto do Pai.  267 - Nela se realiza a esperança dos pobres pela encarnação de Cristo e o desejo da salvação.  Sempre presente com os discípulos que recebeu como mãe e acompanhou em todos os momentos concretos da execução do projeto do Pai em Jesus e na comunidade.  Em Maria encontramo-nos com Cristo, com o Pai e com o Espí­ rito Santo, e da mesma forma com os irmãos.  268 – Maria, Mãe da Igreja, além de modelo e paradigma da humanidade, é artífice de comunhão.  A visão mariana como figura de mãe rejeita a figura de algu­ ma igreja funcional ou burocrática.  269 – Maria é missionária, continuadora da missão de Cristo e formadora de missionários.  Os devotos, principalmente dos santuários marianos, sentem que ela lhes pertence e a sentem como mãe e irmã.  270 – Hoje, quando nosso continente reflete em torno do discípulo missionário, Maria refulge como imagem acabada e fidelíssima do seguimento de Jesus Cristo.  Ela “dirige” a escola de Maria para aprendermos a seguir a Cristo.  271 – Ela ensina o primado da escuta da Palavra de Deus na vida do discípulo e missionário.


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Maria interiorizou a Palavra e a fez sua referência constante de vida. 272 – É exemplo das virtudes do discípulo, tais como: aten­ ção, serviço, entrega, gratuidade, amor aos pobres, partilha, solidariedade. Ela dá o exemplo da dimensão materna de nossas comunida­ des, acolhedoras, “casa e escola de comunhão” (NMI 50).

A Virgem Maria Nossa Senhora de Guadalupe Padroeira da Amé­ rica Latina Reflexão em torno dos símbolos da aparição de Guadalupe. Maria apresentou-se grávida e pobre.  apresentou-se grávida: usava o símbolo da gravidez das mulheres indígenas, uma faixa preta;  a gravidez, além do compromisso com a maternidade do Menino Jesus, é o símbolo do compromisso de Ma­ ria grávida do projeto de Deus que seu menino vinha para executar;  apresentou-se pobre: vestida com roupas próprias das mulheres indígenas.

Maria apareceu ao índio Juan Diego  Nunca deve faltar o índio São João Diego nas imagens e de­

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mais representações de Guadalupe (Festa litúrgica é 11 de dezembro): porque ele é participante essencial no episódio de Guadalupe como interlocutor e mensageiro de Maria; porque ele representa toda a classe pobre que é a destinatá­ ria da mensagem de Guadalupe; sem ele, a mensagem fica sem destinatários. Palavras da Virgem a Juan Diego

“Filhinho meu, o mais pequeno, não te aflijas por nada. Acaso não estás no meu colo? Não estou aqui, eu que sou tua mãe?”


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