Rockafeller
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magazine
Ficha Técnica Dire c ç ã o V anessa Oliveira Miguel Cardoso
Edit or e s Miguel Card o s o V anessa Oliv e i r a
E D ITORIAL
Grafi s m o
A Rockafeller Magazine foi criada a pensar no movimento Rock’N’Roll em Portugal.
Miguel Card o s o
Edit or F ot o g r a fi a Miguel Card o s o
Cola b o r a d o r e s C o ncertos Osca r Gome s ( P o r t o ) A na Calado ( C o i m b r a ) A ndré Joaqu i m ( L i s b o a ) T iago Sério ( L i s b o a ) V anessa Oliv e i r a ( A l g a r v e )
Cola b o r a d o r e s Fo t ografia D aniela Sous a Mariza Seita S asha T
Con t a c t o g eral@rocka f e l l e r m a g . c o m
Neste e nos próximos números, divulgaremos um pouco sobre este movimento que parece esquecido por muitos, mas que está cada vez a ganhar mais adeptos, será um revival dos anos 50? Ou será simplesmente a implementação de uma nova geração de Rockers? A ver vamos! A Rockafeller, trará a vocês alguns artigos variados que de uma maneira ou de outra, estão ligados a este movimento, música, tattoos, pin up’s entre outros. Visto que ate à presente data, não encontrámos nada que nos pudesse dar essas informações num só, sentimos a necessidade de criar este projecto, para que todos possam usufruir sem ter de saltar de site em site. Contamos com a tua colaboração no crescimento deste projecto pioneiro em Portugal. A equipa Rockafeller Magazine
Í N DICE 04# Dr. Frankenstein Entrevista a André Joaquim
10# Dicas Mongorhead Livros e Goodies
14# World Photo
Fotografia Nacional e Internacional
22 # Pin-Up Article Artigo sobre as pin-up
26# Rock’N’Roll
Sugestões Nocturnas
rockafellermag.com 03
Música
ELES ESTÃO DE VOLTA!!!
texto e fotografia por Miguel Cardoso
Dr. Frankenstein, estão de regresso aos discos com o lançamento do seu mais recente álbum, “in 4 Dimensions”. Com uma formação também ela renovada, à excepção do seu mentor André Joaquim, os restantes membros (Duarte Vicente na bateria, Luís Sales no orgão e Luís Furtado no baixo) também não deixam os seus créditos por mãos alheias, tendo demonstrado que estão aptos para “seguir” as ideias musicais do seu “mestre”. Neste novo registo, a banda lançou ideias novas e passadas, mas, que nem por isso deixam de fazer parte das já diferenciadas sonoridades Garage Surf a que nos habituaram. É um facto, que existe um tema ou outro, que se destaca mais do som habitual produzido em albuns anteriores, mas, na minha opinião, acho o álbum bem estruturado, as músicas têm consistência, remonta-nos até a algumas cenas de filmes, e cinematograficamente falando, á Tarantino. Dr. Frankenstein têm começo assumido em 1994, mas para nos contar um pouco de como tudo começou, entrevista-mos André Joaquim, da qual temos o prazer de partilhar com vocês.
Rockafeller Mag. - Quando e porquê começam os Dr. Frankenstein? André Joaquim - Os Dr. Frankenstein surgem em 94, na altura eu tinha saído dos Capitão Fantasma, ao qual me juntei em 92 para fazer os concertos do Hu Ua Ua. A minha banda “teenager”, os Tennessee King Cat, também já não tocava. Foi então o passo natural, para ter uma banda onde pudesse essencialmente tocar. 04
RM - Quais as influências que te levaram a criar a banda? AJ - Na altura ouvíamos muito os The Cramps, Psychobilly (Meteors, Guana Batz, Frantic Flintstones), os primeiros discos dos Rolling Stones, Beatles e as colectâneas que importávamos da Norton Records ou que comprávamos na (já extinta) Torpedo e Palladium. Muito rockabilly/garage/surf, tudo o que aparecia era “devorado”, nem tínhamos a noção estilística do que era isto ou aquilo. Gostávamos de rock’n’roll! RM - Depois de algum tempo ausentes, vocês aparecem de novo na cena do R’N’R em Portugal, queres nos contar o porquê desta ausência? AJ - Em 2005/2006 depois da edição do 3º disco “Crime Scenes”, acho que houve um certo cansaço, e uma certa interrogação do que poderiam ser os Dr. Frankenstein no futuro. Aliado a isto, era o facto de estar a trabalhar com os Texabilly Rockets, Capitão Fantasma e Phantom Vision, o que fez com que os Dr. Frankenstein passassem a 2º plano. Apesar de tudo, só em 2008 depois do concerto no Maxime, o projecto ficou assumidamente em hibernação, mas até lá, ainda fizemos 6 músicas para o programa 3 pistas da Antena 3 (duas das quais foram usadas em Televisão, outras na colectânea “Rockin in Portugal” do Toki), rebuscámos e remasterizámos as Cursed Tapes (parcialmente) que saíram através da You Are Not Stealing Records dos Stealing Orchestra, e remisturámos o Plutunium Love EP para uma curta metragem que acabou por não sair (Vampiro salvo erro).
RM - Este álbum trás uma lufada de novas sonoridades ao vosso som, queres comentar? AJ - Não sei se existe uma nova sonoridade neste novo disco, existe sim, um reavivar de influências que tínhamos no início, e que entretanto se desvaneceram na tendência dominante do Surf Rock. Tanto o El Matador como o 666 Days são músicas com 15 anos mais ou menos, o Hot Rod já o tocávamos em 99. As influências estavam lá, mas estes temas só agora estavam prontos a ser gravados, em retrospectiva, possivelmente este poderia ter sido o nosso primeiro disco. RM - Iremos ter Dr. Frankenstein para o futuro? Já existem ideias novas? AJ - Para já vamos continuar a promover o “in 4 Dimensions” , até porque temos concertos marcados. Ideias para novo disco também existem, mas um passo de cada vez! 05
A sala Tejo do Pavilhão Atlântico acolheu uma vez mais o Tattoo & Rock Fest nos passados dias 17,18 e 19 de Setembro, evento esse, que já vai na sua 6ª edição. E claro como o nome indica, não poderiam faltar os concertos de Rock, entre eles os Dr. Frankenstein,(das quais publicamos algumas fotos) Dixie Boys, Carbilly e Country Dust.
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Foi no passado dia 16 de Outubro, que o IN LIVE CAFE, situado na Moita, recebeu os Dr. Frankenstein para mais um concerto de promoção ao seu novo álbum. A Rockafeller esteve lá, e apesar de terem estado algumas pessoas, não foram as suficientes para encher por completo o espaço do IN LIVE, a pouca interacção do público não foi motivo para que o concerto deixa-se de ser bastante energético, como de resto já nos tem habituado este quarteto. A primeira parte deste acontecimento, ficou a cargo dos Kings of Disaster, que fazem assim a sua primeira aparição em palco. Banda que demonstrou um som com algumas influências de Psychobilly, Rockabilly e até um pouco de Hardcore, mas que nem por isso deixaram de animar o público presente.
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Os Kings of Disaster, têm como lider e vocalista, o já bem conhecido no mundo das tatuagens, Fontinha, acompanhado por Hugo Bravo no contra-baixo, também ele tatuador, na bateria Bruno Quintino e finalmente na guitarra Mário Aires. Esperamos que esta banda continue a dar cartas no movimento Rock’n’Roll em Portugal, e prometemos que num próximo número os possamos entrevistar e saber um pouco mais sobre como tudo começou. Foi uma noite agradável em que deu para rever alguns amigos, e ouvir bom som. Houve algumas falhas técnicas na cabine de som, mas falhas essas, alheias a quem deu o seu contributo na mesa de mistura, os dj’s Wildcat Shaker e Bop a Go Go .
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DICAS MONGORHEAD
RUA DA ALEGRIA, nº 32/34 1250-007 LISBOA TEL : 213 476 090 MONGORHEAD@NETCABO.PT
por Tiago Sério
CREEPY VOLUME 1 ...Juntem as estacas,os vossos machados cobertos de sangue e todos os esqueletos e monstros que têm debaixo da cama. Estão prestes a entrar no palco mais aterrador da história dos comics! Jim Warren transformou o mundo no principio dos anos 60 com a sua formidável revista CREEPY. Com artistas tão fenomenais como Joe Orlando, Alex Toth, Wallace Wood, Frank Frazetta entre outros, elevaram os clássicos modernos de horror a um patamar inimaginável. Durante os 20 anos que se seguiram, nenhuma outra publicação fez mais por este género de literatura que a CREEPY. Agora a DARK HORSE rescuscita em versão de luxo toda esta série. Este é o seu primeiro volume que compila a CREEPY do número 1 ao 5. Verdadeiramente de ler e gritar por mais..... CREEPY Vol.1,1-5 Dark Horse Archives
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Famous Monster Movie Art of BASIL GOGOS É a celebração de uma carreira daquele que é mundialmente conhecido pelo mestre da “Monster Movie art”. Para muitos fans de filmes clássicos de terror o nome Basil Gogos é tão familiar como o do próprio Boris Karloff, Bela Lugosi ou Vincent Price. As pinturas e retratos de Gogos são tão icónicos como as suas “vítimas”. Esta retrospectiva reproduz cuidadosamente e em alta definição gráfica, muitos dos seus quadros mais conhecidos assim como alguns desenhos de míticas criaturas, actores clássicos e contemporaneos nunca dantes vistos em nenhuma outra publicação. De Frankenstein, Dracula, Monstro da Lagoa Negra, King Kong e até mesmo passando por Star Wars.... vejam o trabalho de um génio louco. Inesquécivel....mesmo! “Famous Monster Movie Art of Basil Gogos” Introdução por Rob Zombie Vanguard Productions
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WORLD PHOTO
Aleksandra “Sasha T.” Torbina Moscovo - Russia 14
Aleksandra “Sasha T.” Torbina Moscovo - Russia 15
Daniela Sousa Porto - Portugal 16
Daniela Sousa Porto - Portugal 17
Mariza Seita Lisboa - Portugal 18
Mariza Seita Lisboa - Portugal 19
Mighell Cardozo Lisboa - Portugal 20
Mighell Cardozo Lisboa - Portugal 21
Pin-Up Article Artigo sobre o aparecimento das Pin-Up
A pin-up tal como a conhecemos hoje, é radicalmente diferente das suas humildes origens, que datam ao início do século 20, época em que a sexualidade era tanto escrutinada como reprimida. Por exemplo, uma mulher que mostrase o tornozelo era considerado arriscado, e, a palavra “sexo” nunca teria sido utilizada publicamente. Mas como as pessoas sempre encontraram uma maneira de contornar as mais rigorosas regras, o desejo de imagens de natureza erótica fora superado pelo nascimento de retratar mulheres escassamente vestidas, como uma forma de arte. Como a arte dessas imagens fora considerada aceitável pela sociedade da época, os primeiros desenhos e ilustrações terão sido consideradas as raízes do género pin-up, usando-se então imagens das rotinas de striptease e burlesco como ponto de partida. Durante a década de 1920, a sociedade começa a opor-se contra a repressão das décadas anteriores, com danças energéticas, festas, moda e saias de retalhos onde já se mostrava mais perna do que nunca. em cima: Anita Page 1910 /20 em baixo: Louise Brooks 1910 /20
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Enquanto isso, um novo género de publicações nudistas haverão surgido ligando novamente sexo e humor, utilizando desenhos para ilustrar histórias e piadas. Foi a partir dessas publicações, que o que nós pensamos como pin-up arte começou a evoluir durante o início dos anos 30. Artistas como George Petty e Alberto Vargas, criaram meninas de calendário que rapidamente adornavam as paredes de garagens e oficinas. Além disso, a revista Esquire inicialmente publicada nesta década, era regularmente criada com pin-up arte e ilustrações de muitos artistas diferentes. No entanto, foi a década de 1940 e a Segunda Guerra Mundial que realmente viram a arte pin-up explodir no fenómeno que conhecemos hoje. Não havia um militar que não tivesse uma pintura da sua estrela de cinema favorita, (Rita Hayworth, Bettie Grable entre outras) na porta do armário, para que se pudessem lembrar de casa durante as longas horas passadas longe da família e entes queridos. Acrescentado a isso, as meninas eram pintadas nos aviões militares a fim de trazer-lhes boa sorte nas suas numerosas missões e era fácil ver que a arte pinup tinha encontrado um pé na sociedade. Durante o final de 1950 e início de 1960 as pin-up começaram a surgir na forma de fotografia, bem como a arte já tradicional. Revistas como a Playboy, publicavam fotografias misturando o estilo pin-up com artigos bem escritos e estilos de vida, a resposta foi enorme.
em cima: ilustrações de Alberto Vargas em baixo: Betty Grable 23
Nessa altura, diversas modelos e artistas começaram a sofrer mutações pin-up, todas elas em géneros diferentes como o fetiche e o bondage. Embora, algumas dessas imagens fossem consideradas muito mais escuras em estilo do que as dos artistas pin-up do inicio, ainda eram invariavelmente feitas com um sentido de provocar o divertimento e a inocência que caracterizava o género pin-up. Durante a década de 1960, a Playboy e outras revistas, ganharam uma enorme circulação nas imagens do estilo pin-up na psique do mainstream americano. Com o aparecimento do vídeo, a exigência por material adulto começou a avançar para uma imaginação muito mais lasciva e gráficos que descreviam todos os tipos de actos sexuais, parecia que a inocência lúdica da pin-up clássica fora perdida para sempre. No entanto, durante a década de 1980, novos artistas como Dave Stevens, mantiveram o género original e com a chegada da Internet no final dos anos 90, tornou-se logo evidente que o interesse pela arte clássica e fotografia pin-up era ainda muito viva. Nos últimos anos, tem havido um verdadeiro renascimento do interesse em integrar o género com a nova arte, arte essa, vinda de artistas contemporâneos como Olivia e muitas das modelos originais pin-up Playboy, usando a Internet para vender os seus clássicos (impressões e imagens). A partir dessa altura, uma nova geração de modelos pin-up Internet surgiu, e embora muitos deles transitassem para outros géneros, pelo menos parte do seu estilo da era clássica ficou. Tudo somado, parece estranho que algo tão moderno como a Internet, tenha ajudado a garantir que o género pin-up clássico continue connosco por muito tempo. Felizmente, parece que pelo menos algumas pessoas ainda apreciam a beleza e a tease do género pin-up clássico, sobre o material mais forte e mais explícito que agora é tão livremente disponível. 24
em cima: Marilyn Monroe ao meio: Bettie Page em baixo: ilustração de Bettie Page por Dave Stevens
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Rock’n’Roll
Sugestões nocturnas
No r t e : : Nov 5 Dixie Boys EL GRECCO Aveiro, PORTUGAL Nov 6 Dixie Boys Pede Salsa Bar S.João da Madeira, PORTUGAL Nov 12 Davila 666 (Porto Rico) + Dj El Cisco Loco Armazém do Chá Porto, PORTUGAL Nov 13 Thee Vicars(Uk) Armazém do Chá Porto, PORTUGAL Nov 13 Dixie Boys Hot Five Jazz & Blues Club Porto, PORTUGAL Nov 17 UP JUMPED THE DEVIL com Oscar Gomes (Dj S et) PHERRUGEM Porto, PORTUGAL
Nov 20 The Mean Devils + Dj’s Ze Pedro (Xutos & Pon tapes) Vs Dj Ignition Armazém do Chá Porto, P ORTUGAL Nov 27 Los Explosivos (Mex) & A Boy Named Sue Armazém do Chá Porto, P ORTUGAL Nov 30 Caballo Trípode(Esp), Black Bombaim & Club Ga rage Armazém do Chá Porto, P ORTUGAL Dez 03 Dixie Boys Rock Café Coimbra, P ORTUGAL Dez 11 Dixie Boys Hot Five Jazz & Blues Club Porto, P ORTUGAL
Cen t r o : : Nov 05 Mean Devils DANAU Baleal, Peniche, PORTUGAL Nov 06 Mean Devils ARTKAFE Setúbal, PORTUGAL Nov 12 Mean Devils BACALHOEIRO Lisboa, PORTUGAL
Sul : : Nov 13 Mean Devils, Thee Chargers BAFO DE BACO Loulé, PORTUGAL Dez 04 Dr. Frankenstein BAFO DE BACO Loulé, PORTUGAL
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Nov 19 Texabilly Rockets A Sala Cacém, Sintra, PORTUGAL Nov 27 Dixie Boys Hells Angels MC Southside Lisboa ,PORTUGAL
ESPAÇO RESERVADO A FLYERS DE FESTAS. ESTAMOS ABERTOS A PROPOSTAS.
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