Rockafeller 01

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Rockafeller

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magazine

CAPITテグ FANTASMA MONGORHEAD LEGENDARY WORLD PHOTO LA BELLE BOMBSHELL ON STAGE CAFE RACER ARTICLE



Ficha Técnica Dire cçã o Vanessa Oliveira Miguel Cardoso

E d it or e s Mig uel Ca rdoso V anessa Ol i v e i ra

Gr afismo Mig uel Ca rdoso

E d it or F o to gr a f i a

A Rockafeller, queria desde já agradecer a todos, os elogios, opiniões e críticas que nos tem chegado, pois só assim poderemos crescer e continuar com este projecto. Para que a cada novo número possamos vos oferecer mais e melhor informação.

Mig uel Ca rdoso

C o la b o r a d o r e s D aniela Sousa A n a Pach e c o T iago Sér i o

C o la b o r a d o r e s Fo t o g r a f i a S arah “Zai ri a” Cayson P ifPaf

C o n t ac to g eral@roc kafe l l e rm ag. c o m

ÍNDICE MA S A T N A F ITÃO E BRUTO P A C 4 0 VISTA A JORG ENTRE AD E H R O G N MO TS S A C I D 10 S, LIVROS, T-SHIR GOODIE Y R A D N E G 14- LSEOBRE JOHNNY CASH ARTIGO OTO NACIONAL H P D L R R O AL E INTE 24- RW N IO C A N FIA FOTOG A HELL S B M O B LE RGAS L E B A L 30 TA A SARA VA ENTREVIS

E G A T S N O 40- RAFIA DE CONCERTOS FOTOG CLE I T R A R E AC S CAFE RACER R E F A C EA 45 SOBRE OS HISTÓRIA

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ENTREVISTA A JORGE BRUTO Quando se fala em Capitão Fantasma, a maioria das pessoas associa sempre a banda aos míticos temas “Hu-Uá-Uá” ou “Rock das Caveiras”, mas nem só desses dois temas considerados os mais comerciais vive Capitão Fantasma, aliás, esses temas muitas vezes só são tocados quando o público pede e a banda assim entende que deve tocar, pois sendo sem dúvida aquilo que nós temos de mais próximo com Meteors em Portugal, nem são esses temas que nos leva a pensar isso mesmo. Rockafeller Magazine - Jorge como surgiu a ideia de os capitão fantasma aparecerem? Estamos a falar dos inícios dos anos 90 certo?

Jorge Bruto - Os Capitão Fantasma, aparecem em 88, com o fim dos Emilio e a Tribo do Rum, foi para nós a sequência lógica, o Pinela passou do baixo para a guitarra, a Nazaré, passou dos coros para o baixo, arranjámos outro baterista (o Manolo, na altura ex vocalista dos Crise Total), eu continuei a cantar e a escrever as letras. Portanto, não foi tanto como surgiu a idéia, mas mais uma continuação de um esforço para fazer Rock’n’Roll. RM - Já lá vão mais de 20 anos desde que vocês começaram a tocar, como tem sido esse percurso desde então? JB - São de facto mais de 20 anos a tocar, como se pode imaginar, tem sido um percurso acidentado, é difícil fazer aqui um resumo de tudo, mas vou tentar, primeiro, as festas da cidade em Lisboa, em 1990, com 15 concertos num mês, num camião da câmara, o que nos deu visibilidade e o convite pela Polygram para gravar um disco, que sai em 92, “Hu-uáuá”, disco esse que foi um sussesso de vendas e que permitiu que na tourné de 93/94, déssemos mais de 40 concertos por todo o País. A seguir em 96 gravámos os “Contos do

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Imaginário e do Bizarro”, que foi um flop comercial, mais tar de gravámos um tributo aos “Meteors” e uns anos depois um tributo aos “Misfits”, em 2007 gravámos o “Viva Cadáver” e em 2008 o “CF 720”. pelo meio foram entrando e saíndo vários músicos, o que criou sempre uma certa instabilidade na banda, da formação de 88, só fiquei eu, de resto só o meu melhor amigo e companheiro de luta, Tiago Sério, na bateria, que me acompanha desde 1990. Pode-se dizer que os Capitão Fantasma, não têem tido um percurso fácil.

RM - Vocês ja tocaram um pouco por todo o país, inclusive recentemente tocaram em espanha, sentes que há mais pessoas fora do movimento rock’n’roll a gostar da vossa música e a assistir aos vossos concertos? JB - Tal como dizes, temos tocado um pouco por todo o País e também em Espanha, a percepção que temos, é que nos nossos espectáculos, encontramos pessoas de várias tribos urbanas ligadas ao rock, os Capitão Fantasma, agradam cada vez mais a um público mais vasto. RM - Brevemente vocês vão voltar a tocar em Lisboa, coisa que a nosso ver deveria de acontecer mais vezes, como explicas a vossa ausência sempre prolongada da cidade que vos viu crescer? JB - Vamos tocar no dia 4 de Fevereiro em Lisboa no Berlim, a razão que nos leva a tocar tão poucas vezes, não só em Lisboa como noutras cidades, é uma mistura de duas coisas, a primeira, é a convicção que o público tem de estar esfomeado, o que não acontece se estivermos sempre a tocar, a segunda, é que somos nós a fazer o nosso agenciamento e não temos a capacidade de divulgação que tem uma agência, assim sendo, a cidade que nos viu crescer, acaba por secalhar mais prejudicada, exactamente por ser a cidade que nos viu crescer e por sentir mais a nossa falta.

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RM - Não foi á muito tempo que ouvimos falar de uma remasterização do “Contos do imaginário e do bizarro”, essa ideia ainda está de alguma forma em vias de acontecer? JB - A remasterização dos “Contos” continua a ser uma ideia, a ver vamos quando vai acontecer, até porque os direitos de edição não são nossos. RM - Que podemos esperar no futuro de Capitão Fantasma, estará um novo álbum nos vossos hoizontes nos próximos tempos? JB - Está ainda no segredo dos Deuses, posso no entanto adiantar, que já há temas novos (provavelmente iremos tocar algum, ou alguns, ao vivo, no dia 4). Saudações aos fiéis. Capitão Fantasma.

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DICAS MONGORHEAD POR TIAGO SÉRIO

DEATH LIVES Argumento de John Wagner Arte por Brian Bolland, Greg Staples e Kevin O´Neill Edita: 2000 AD O seu nome é JUDGE DEATH e aos seus olhos toda a vida é crime....punível com pena capital! Querem melhor introdução que esta? Junto com os irmãos fear, death e mortis, este “super-fiend” do mundo dos mortos a acabar com toda a vida na Mega-City One de uma vez por todas. Judge Death é o mais temivel inimigo de Judge Dredd. Esta graphic novel contém vários clássicos tirados das páginas da 2000 AD incluíndo a primeira aparição de JUDGE DEATH. ....para quem não está tão familiarizado é importante referir que a 2000 AD é uma editora inglesa responsável por nos dar a conhecer personagens como Judge Dredd, ABC Warriors; Slaine, Nemesis the warlock e autores como Simon Bisley; Brian Bolland, Kevin O´Neill e outros gigantes ingleses, muitos deles agora tb extremamente importantes no mundo da banda desenhada norteamericana.

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RUA DA ALEGRIA, nº 32 / 34 1250-007 LISBOA TEL : 213 476 090 MONGORHEAD@NETCABO.PT

REBEL por Pepe Moreno Re-Edição pela IDW. Nova Iorque, 2002.Bem-vindos a um futuro...mas que futuro? Após uma longa, mortífera e devastadora guerra civil, a sociedade deixou de existir tal como a conhecemos. Não há super-herois, não há superpoderes nem tão pouco vigilantes ou policiamento que garantam o mínimo de segurança. As coisas tornaram-se simples demais.Tudo é letal. Nada de telemóveis, internet, 112, nada. Cada um entregue a si próprio. Para se sobreviver são precisas duas coisas, armas e “rodas” è a lei da selva ao expoente máximo .É cru e perigoso e está tudo fora de controle...e para alguns isso é puro divertimento. Excelente re-edição de um clássico dos anos 80 agora pela mão da IDW. Para fãs de Mad Max, Blade Runner e outras coisas que tais...


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Preรงos sob consulta



1932 - 2003


Poderíamos estar a falar de J.R. À Força Aérea não agradecemos Cash, não fosse a Força Aérea mais nada, mas prezamos tamAmericana preponderante na bém os programas de countryrecusa de soldados com iniciais. De modo a servir a pátria decide então ser “John”, e agora estamos a falar de Johnny Cash, um ex-soldado que vendeu mais de 90 milhões de discos. Apesar de ter um background familiar que lhe incutiu a prática musical como meio de celebração religiosa, num pano de fundo associado à ruralidade do Arkansas, à pobreza e ao trabalho árduo do cultivo de campos de algodão subsidiados pela política de Roosevelt, temos muito a agradecer ao ímpeto americano de servir a

blues das estações de rádio de Memphis que Johnny Cash muito se esforçava para sintonizar. Dispensado com honras de sargento em 1954, Cash abandona a operação especial de intercepção de transmissões do Exército Soviético na Alemanha, e retorna ao Texas. Um mês depois dá o nó com a sua prometida Vivian pátria. Foi aí que compôs as suas Liberto em San Antonio, e asprimeiras músicas, tendo inclusi- senta finalmente em Memphis. vamente formado a sua primeira banda, The Landsberg Barbarians .

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Apoiado pelo seu irmão Ray Cash, Este mostra-se relutante com a funcionário da Chevrolet , Cash ini- influência marcadamente gospel cia actividade no comércio de ferra- das composições de Cash, no entanto acaba por ser conquistado pelo boom-chika-boom dos Tennessee Two , bem como pelas novas composições frenéticas e voz cavernosa de barítono do próprio Cash. Em 1955, Johnny Cash and the Tennessee Two lançam o primeiro single pela Sun “Cry, Cry, Cry”/”Hey Porter”, que salta directamente para #14 da Billboard Country Chart . Na mesmo altura conseguem um #4 com o “So Doggone Lonesome”/”Folsom Prison Blues”, e é no ano seguinte com o terceiro single que conquistam o primeiro #1 com “I Walk the Line”, que se manteve intocável mentas, enquanto estuda locução na tabela durante 6 semanas. de rádio na Keegan School of Broadcasting , investindo na possibilidade de ingressar futuramente no mundo da indústria musical. Nesta altura dá-se o encontro com o companheiro mecânico e guitarrista Luther Perkins e o baixista Marshall Grant, mais conhecidos posteriormente como os Tennessee Two . Num momento em que a Sun Records desenvolve esforços para promover os singles de Elvis Presley, Cash decide abordar Sam Phillips.

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É na sequência deste reconhe- Way”, este último mais um crosscimento que Johnny Cash and over escrito por Jack Clement. the Tennesse Two ingressam no Neste mesmo ano os TennesGrand Ole Opry (1956), um pal- see Two tornam-se os Tennessee Three , com a introdução de um dos primeiros bateristas da música country , W. S. Holland. Elvis abandona a Sun , Sam Phillps concentra-se na promoção de Jerry Lee Lewis, e tendo em conta os sucessos constantes nas tabelas de country e até pop , Cash reconhece que a editora já não reúne condições para acompanhar a evolução do reconhecimento de que está a ser alvo. Em 1958 assina pela Columbia . “Don’t Take Your Guns to Town”, o primeiro single lançado sob a co mundialmente preconizado como o berço da música country , tendo nele pisado as maiores estrelas do género desde 1925. As consequências da aparição neste palco com broadcasting nas principais estações de rádio logo se fizeram notar nas tabelas de vendas, sendo que em 1957 é lançado o primeiro LP da história da Sun , “Johnny Cash with His Hot and Blue Guitar”. Logo no ano seguinte gra- alçada desta editora, arrebata vam dois dos maiores hits tanto de imediato o #1 da Billboard das tabelas country como pop , Country Chart , tendo implicado “Ballad of a Teenage Queen” e “Guess Things Happen That

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a Johnny Cash uma aparição no Ed Sullivan Show na CBS . Nesta altura Cash abandona o Grand Ole Opry e move-se com paragem na Califórnia, onde em 1961 encontra June Carter. Segue em tournée com The Carter Family e The Statler Brothers .

Num cenário de constante actividade musical, o colapso do seu primeiro casamento, e de frenética actividade criativa, o abuso de álcool, anfetaminas e barbitúricos torna-se uma constante. No entanto Cash continua a fac-

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turar hits . “Ring of Fire”, mais um crossover pop/country , escrito por June Carter e Merle Kilgor. Nesta altura frequenta a Greenwich Village , o que se repercutiu numa influência marcada da cena folk em algumas composições posteriores, como o tema “Understand Your Man”. Em 1964 apresenta-se ao lado de Bob Dylan no Newport Folk Festival . Aqui tor-

nam-se mais evidentes as consequências do consumo de drogas, nomeadamente na composição de discos conceptuais como “The Ballads of the True West” (1965), um álbum experimental onde Cash explora a spoken-word , e “Bitter Tears” (1964), uma denúncia da injustiça em forma de tributo às tribos nativas americanas,todo ele escrito em lágrimas de apache. “Ballad of Ira Hayes” é o single


deste disco que arrebata mais um #3 nas tabelas de country . Em 1965 mais um LP, “Orange Blossom Special”, com mais um hit crossover que dá o nome ao disco onde está bem patente a proximidade formal com Bob Dylan, que se reflectiu mais tar-

de nas conhecidas Nashville Sessions (1969). Apesar de Johnny Cash ter sido uma das primeiras estrelas dos anos 50, à semelhança dos seus companheiros da Sun , Carl Perkins, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley, todo o reconhecimento do músico dáse na década de 60, tendo sido considerado o responsável pela popularização da música country e western , bem como pelo sucesso alcançado junto da audiência mainstream . Johnny Cash é um nome consensual, um músico de fronteiras, quase como que um elemento unificador dos vários quadrantes da música americana, desde o country ao rockabilly ,

folk, rock and roll, blues, gospel . Este sucesso na década de 60 desenrola-se numa espiral de criatividade frenética, consumo de drogas e comportamento errante. Detido por sete vezes, nunca passou mais do que uma noite na prisão, criando assim uma imagem romântica de fora-da-lei. Para além de ter sido detido por roubar flores em propriedade alheia, os crimes de Cash tinham basicamente a ver com posse de estupefacientes, tendo sido detido em El Paso pela brigada de narcóticos em 1965. Como de-

voto Cristão que era, Cash exemplifica não só na música como no seu comportamento, as contradições do povo Americano e da humanidade em geral. Se por um lado se pauta pela rebeldia e chega a apelidar-se de “o maior

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pecador de todos”, por outro canta temas de arrependimento, culpa e redenção, chegando a procurar uma vida de ascetismo. Em 1967, no auge da sua deterioração, Cash grava “Jackson”, um dueto com June Carter e arrebata um Grammy. É no ano seguinte que decide libertar-se do consumo de drogas, após uma epifania espiritual na Nickajack Cave , que quase o levou ao suicídio. Como bom cristão que é, sentiu Deus no

liberta do consumo dois anos depois, com o nascimento do seu filho com June, John Carter Cash, apesar de posteriormente ter voltado ao consumo de anfetaminas. Em 1968 Luther Perkins morre e é substituído por Bob Wooten. No mesmo ano é lançado “Johnny Cash at Folsom Prison”, um álbum que revitaliza e internacionaliza definitivamente a sua carreira. O clássico “Folsom Prison Blues” rende mais um hit country/pop . No ano seguinte, e na sequência da sua simpatia pelo conceito de redenção e das suas famosas actuações pelas prisões, mais um álbum “Johnny Cash at San Quentin”, que soma outro crossover “A Boy Named Sue”. Em 1969 arrebata mais um hit com o “Dad-

seu coração e abraçou uma experiência de renascimento. June, Maybelle, e Ezra Carter apoiaram todo o período de reabilitação, e é nesta altura (1968) que Cash propõe casamento a June Carter durante um concerto no London Gardens em Ontario, e dão o nó uma semana depois no Kentucky. Todos os acontec- dy Sang Bass” de Carl Perkins e imentos sugerem que Cash se estreia o seu próprio programa na ABC, The Johnny Cash Show , com uma actuação representa-

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tiva da influência recíproca coun- 1985 junta-se a Waylon Jennings, try-folk /rural-urbana entre Bob Dylan e Cash, outrora vizinhos em Woodstock. Os The Statler Brothers eram residentes, sendo que foram vários os notáveis que pisaram aquele palco, desde Carl Perkins a Gordon Lightfoot, Kris Kristofferson, Waylon Jennings, Joni Mitchell, Neil Young, Louis Armstrong, Ray Charles. Nos anos 70, Cash revela o auge da sua conWillie Nelson e Kris Kristofferson para gravar e tocar sob o nome Highwaymen . Obtiveram dois hits com “The Highwaymen” e “Desperadoes Waiting for a Train”. No ano seguinte regressa aos estúdios da Sun em Memphis, onde se reúne com os antigos colegas Carl Perkins, Jerry Lee Lewis e Roy Orbison, para gravar e consciência social com os hits “What tribuir para a criação do álbum is Truth” e “Man in Black”, onde “Class of ’55” com o tema “I explora o conceito de “luto”, pelas Will Rock and Roll With You”. Deinjustiças contra as tribos Nati- pois de 28 anos na Columbia , em vas Americanas, pela pobreza e 1987 Cash assina pela Mercury . tragédia, pelos prisioneiros, e víti- Foi uma relação de curta duração mas da dependência de drogas. É e não muito bem sucedida. É nos nesta altura que a sua populari- anos 90 que a sua carreira redade decai, sendo que em 1976 juvenesce e encontra aclamação obtém o seu último hit pop “One junto da audiência mainstream , Piece at a Time”, e no mesmo ano apesar de ser aqui que se verigrava “There Ain’t no Good Chain fica o momento mais infeliz da Gangs” com Waylon Jennings, sua carreira, quando se junta que se classifica nos primeiros lugares da tabela de country . Em

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aos U2, para gravar o tema “The Wanderer” no álbum “Zooropa”. Em 1993 é convidado por Rick Rubin e assina pela American Re-

cordings . Rubin procede de imediato ao aproveitamento comercial do ícone da música country , e faz uma selecção de temas actuais e congruentes com as especificidades da editora, que Cash intepreta no álbum “American Recordings” (1994). Temos covers de Tom Waits, Nick Lowe, Leonard Cohen e até Glenn Danzig. No ano seguinte volta a tocar e gravar com os Highwaymen , e grava também o álbum “Unchained” com

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Tom Petty & the Heartbreakers. Apesar dos problemas de saúde que entretanto se verificaram, Cash continua a tocar com June e o filho de ambos, John Carter Cash. Os álbuns “American III: Solitary Man”(2000) e “American IV: The Man Comes Around” (2002) revelam a decadência e a vitimização pela doença, em contraste com as duas primeiras edições da série American . Continua com as

covers e, influenciado por Rubin, demonstra apreço por artistas como Nick Cave, Neil Diamond, Depeche Mode, The Beatles, The Eagles, Nine Inch Nails. “Hurt” é o tema que sintetiza o olhar sombrio de Cash sobre um passado de arrependimento. E é com sucesso nas tabelas de vendas que Cash


nos abandona a 12 de Setembro de 2003, completamente redimido de todos os pecados, tendo em conta o legado que nos deixou.

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WORLD PHOTO

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Bad Santa Modelos: Quincy Laine & Santa Fotógrafo: Sarah “Zairia” Cayson, Kitty Kat Pinup Estados Unidos


AHOY! Modelo: Chelsea Dawn Fotógrafo: Sarah “Zairia” Cayson, Kitty Kat Pinup Estados Unidos

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WORLD PHOTO

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Call Me Modelo: Brie Johnson Fotógrafo: Sarah “Zairia” Cayson, Kitty Kat Pinup Estados Unidos


US Kitty Modelo: Raccoon Fotógrafo: Sarah “Zairia” Cayson, Kitty Kat Pinup Estados Unidos

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WORLD PHOTO

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Carlaa Modelo: Karolina Fot贸grafo: PifPaf Pol贸nia


Hellvis Modelo: Michal Fot贸grafo: PifPaf Pol贸nia

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LA BELLE BOMBSHELL POR DANIELA SOUSA FOTOS: MIGHELL ESPAÇO: GERALDINE


QUERES SER UMA PIN UP? O regresso ao passado está patente a cada esquina quer seja na moda, na decoração ou música…E o La Belle Bombshell proporciona essa viagem através de workshops para o público feminino apaixonado pela moda e beleza dos tempos da velha Hollywood, do vaudeville e do burlesco. A Rockafeller Magazine esteve à conversa com Sara Vargas, uma das formadoras dos workshops para que possamos conhecer o La Belle Bombshell.

Rockafeller Magazine: Na introdução já revelamos um pouco da La Belle Bombshell, mas concretamente o que é, e quem está por detrás destes workshops? La Belle Bombshell: Os workshops La Belle Bombshell são workshops que se destinam a todas as mulheres apaixonadas pelo vintage e ou que se interessem de certa forma pela cultura retro da estética e da moda das décadas de 1940 e 1950. Temos duas vertentes: o workshop de introdução ao Burlesco e o Pin Up Studio. No workshop de Burlesco falamos daquelas que, na nossa opinião, devem ser as grandes referências do universo do Burlesco – as referências clássicas, as grandes divas como a Lily St Cyr, a Tempest Storm ou a Gipsy Rose Lee. Ensinamos a fazer os próprios pasties e a fazer o tasseltwirling (fazer girar as tassels dos pasties) e alguns passos característicos como os bumps & grinds. Ensinamos também como adicionar algum glamour ao despir certas peças de roupa seja uma luva, seja uma meia ou um soutien. No Pin Up Studio falamos dos diferentes

tipos de pin up e nas técnicas de pose que eram utilizadas nessas décadas. Ensinamos alguns truques de maquilhagem de palco e que produtos usar para ficar com um look vintage e alguns penteados e acessórios a usar. Tudo isto culmina numa sessão fotográfica com look retro e com o styling feito por nós. Tudo isto é sempre feito com uma contextualização histórica e com a adição de pequenos fait divers que explicam algumas necessidades ou opções estéticas. Como por exemplo porque é que se usavam determinados penteados numa década e não noutra ou porque é que a determinada altura se usam lenços na cabeça, etc… Por detrás do La Belle Bombshell estão três pessoas – Sara Vargas (Señorita Scarlett) e Agata (Veronique di Vine) – ambas do Cais Sodré Cabaret! e o fotógrafo e amigo Alípio Padilha que nos acompanha desde o início do CSC.

RM: As formadoras, perdoem-me o termo, são membros do Cais Sodré Cabaret!, suspeito que muitas espectadoras dos vossos shows devem fazer perguntas de como faziam isto ou aquilo com o cabelo por ex. . Veio daí a inspiração para a criação destes workshops ou a motivação foi outra? LBB: Sim foi sem dúvida o Cais Sodré Cabaret! que despoletou o interesse de criarmos o La Belle Bombshell e que o motivou. Ao longo destes três anos, várias pessoas e por diversas vezes, manifestaram o interesse de aprender algumas coisas connosco. Inicialmente nunca me senti segura e com àvontade

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para o fazer num contexto de workshop. Estaria mais confortável em falar informalmente e emprestar uns vídeos de burlesco antigos cheios de notas e apontamentos. No fundo foi nesta base que se iniciou o Cais Sodré Cabaret!, de uma partilha muito grande de conhecimentos de toda uma estética, arte, cinema e música destas décadas em específico. Os workshops foram motivados por uma certa maturidade das ideias, por um interesse crescente das pessoas e pela experiência e à vontade da Ágata nesta matéria do ensinar, pois ela é professora de dança e tem um know how muito maior de como se estrutura uma aula, por exemplo.

RM: A cionam

viagem consiste

que em

proporquê?

LBB: Uma viagem ao glamour das décadas de 1940 e 1950, aos estereótipos de beleza dessas décadas das movie stars de Hollywood e das pin ups das revistas da época. A uma feminilidade e a um glamour que se perdeu com os tempos e que tem vindo a ressurgir nos últimos tempos na cultura mainstream. E à beleza e sensualidade do Burlesco norte americano da época. RM.: Que tipo de mulher procura os vossos workshops? Se é que se pode falar de um tipo, sem parecer, aparentemente, um tanto ou quanto ofensivo (devem haver curiosas outras mais fãs e outras que adora-

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vam

ser

bailarinas

como

vocês).

LBB: Penso que o nosso workshop é vocacionado para todas as mulheres. No fundo qualquer mulher que se queira sentir feminina e bem consigo própria, porque com o burlesco ensina-se que a sensualidade está presente em todas as mulheres e é apenas uma questão de se explorar esse lado mais feminino. Uma ideia que queremos desconstruir é a de que este workshop se destina apenas a quem quer seguir uma carreira de burlesco ou cabaret. Este workshop serve para qualquer mulher explorar a sua feminilidade e o poder imenso que possui enquanto ser sensual. Pode ser uma visão um bocadinho feminista mas nem sequer é uma questão de aprender a fazer vintage striptease para o namorado(a) (mas também, e porque não?) é mais no

sentido de se sentir bem consigo própria e com o poder e á vontade que adquire em se sentir bem consigo mesma. Eu diria que tendencialmente mulheres mais velhas e com outro nível de segurança irão preferir o workshop de burlesco e mulheres mais novas preferem o pin up studio. No entanto temos observado interesse de mulheres de diferentes idades.


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RM: Qu a l a sensaç ão c om q ue fi c a m qu a n d o um workshop t e rmi na ? De ve ser q ualq uer coi s a… p ri nc i p a l me n t e v er as transfo r m a çõ e s: o ant es e o depoi s . LBB: É mu i to b om q uando pe r c e b e m o s qu e o nosso t rab alho f oi a p re c i a d o p elas out ras pess oas . É uma se n sação muit o grat i f i c a n te . É ta m b ém, na minha opi n ião , mu i to b om assist ir a c om o p or ve ze s a q uilo q ue à part i da te m u m a r dat ado e desint e re s sa n te p a r a a maior part e das pe s so a s p o d e ganhar um nov o b ri l ho e i nte r e sse q uando se olha m as c o i s as d e u m a nov a perspect i va. O no sso p r imeiro workshop f oi rea l m e n te u ma grande experi ê nc i a – ti ve mo s a sort e de apa nhar u m c o n j u n to de mulheres mui t o i n te r essa n te s e c om diferent es m oti va ç õ e s e conhec iment os sob re o retr o – ma s t odas elas fab ulos as . Cr i o u -se u ma c umplicidade t al a o l o n go d a s duas t ardes q u e s e c r i a r am l a ço s de amizade e a i nda h oj e va mo s mant endo o c ontac t o. RM: J á a go r a, c omo encaram e s t a “ m o d a d o vi n t age”, das pin ups , de h ave r u m bo om do est ilo rocka b i l l y , e t c … vi sto qu e o v osso mundo roda e m to r n o d o v int age, do pas s ado p or a ssi m d i zer. Ac ham q ue há um a raz ã o e sp e cífic a para t al fac t o? LBB: Pa r a já, ac ho q ue t odo e qu a l qu e r int eresse é s e m p re be m vi n do, porq ue no f undo

t udo t e m um m ot e pe l o qu a l a s pe s s oas gi ram – a m ús i ca . A in d a q ue i ni c i al m e nt e s e j a a es tétic a q ue at rai , ou a m oda, ou a c o o l ne s s da c oi s a…é s e m pre p ela m ú s ic a q ue as pe s s oas f i c am lig a d a s a um a c e rt a s ub c ul t ura . P o r qu e para as q ue não f i c am não p a s s o u de um a m oda. E m e s m o qu e a s s i m s e j a, f i c o f e l i z por as m iú d a s novas ac hare m de re pe n te m a is pi ada às c urvi nhas da M a r ilyn ou de um a B e t t i e Page d o qu e à m ag re z a e x t re m a q ue hoj e em d ia vi g ora, e i re m por um a l i n h a m a is f e m i ni na e c om m ai s c l as s e qu e é o q ue c arac t e ri z a e s t as d éc a d a s . Um a c oi s a b oa, por e x e m p lo f o i o i nt e re s s e de al gum as das p es s o a s q ue f i z e ram o pri m e i ro w o r k s h o p pe l a m ús i c a q ue us ám os n a s c ore og raf i as ou q ue e s t ava a to c a r e nq uant o s e f az i am os pe n tea d o s por e x e m pl o… ou have r i n ter es s e e m s ab e r q uando vai ha v er u m a f e s t a ou um c onc e rt o do g én er o . Ac ho m ui t o e rrado q ue s e a d o p te um a at i t ude e l i t i s t a e s nob p er a n te as pe s s oas q ue q ue re m co n h ec er um pouc o m ai s , e ac ho q u e é u m erro no qual se cai frequentemente. Pe ns o q ue é t ri s t e a c ul tu r a r o c k n rol l por c á e s t ar t ão f ec h a d a e não s e apoi are m m ai s os p r o j ect os c om uns e q ue t e nt e m p r ec is a m e nt e al argar um pouc o m a is a c e na. Ac ho de pri m e nt e e d es c o nc e rt ant e o q ue ac ont e c e u p o r exe m pl o ao G re at S hak i n F ev er o u a o Roc k a L i s b on – não s e p er c ebe,

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temos um país com óptimas condições para se fazerem bons festivais, mas temos este triste defeito de olhar sempre de lado e com desconfiança para quem vai tendo iniciativa de fazer coisas. Vou regularmente a festivais na Europa e vejo por exemplo que a cena na Rússia está a crescer – vão grandes grupos de amigos aos festivais, participam em todos os concursos e apoiam-se. Apoiam as suas bandas que lá vão tocar. Nós por cá no Portugal dos pequenitos, o mínimo que poderíamos ter feito ainda era apoiar um festival que estava a crescer e consolidar-se e graças ao qual tivemos o grande prazer de ter por cá nomes como o da Wanda Jackson. As pessoas ou não aparecem e ficam a queixar-se depois que nada acontece ou então adoptam esta postura snob e elitista. Não se percebe. Eu digo sempre: seja bemvindo quem vier por bem.

Esta última hipótese já esteve mais longe de acontecer pois estamos de momento em contacto com um sítio interessado em Coimbra. Vamos também em breve lançar as Pin Up Gifts,que são um pin up studio mais simplificado e que é uma prenda original para oferecer agora no Natal.

RM: Para finalizar, a LLBW tem projectos para o futuro que possam partilhar?

(Estes são os nossos parceiros fixos – o Ás de Espadas, Cupcakes Bazaar e a Besame Cosmetics – sem eles teria sido tudo mais difícil inicialmente. O design e logo (em construção) é da responsabilidade da Mariana Lima Balas, uma grande amiga) .

LBB: A ideia é consolidar os workshops e ir também aprendendo com a experiência e melhorando. E estamos super receptivos a propostas e ideias. Gostaríamos de vir a explorar mais algumas variantes do nosso workshop que ainda não tivemos oportunidade como por exemplo o Les Girls (festas privadas e em casa) ou o La Belle Bombshell will Travel (deslocação a outras cidades do país).

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O custo do La Belle Bombshell completo (burlesco + pin up studio) é de 80euros. Individual é de 50euros. Cada workshop tem a duração de 6h com a oferta de um guia do workshop (com o que foi abordado), uma impressão A4 da melhor fotografia, as melhores fotos em alta resolução, um lanche oferecido pela Cupcakes Bazaar (as primeiras meninas a fazerem cupcakes em Portugal ao contrário do que por aí se diz) e 10% de compras na loja vintage Ás de Espadas e apoio em alguma maquilhagem pela marca retro californiana Besame Cosmetics.

Mais informações no nosso site www. wix.com/labellebombshell/workshops ou na página do facebook.


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ON STAGE TEXABILLY ROCKETS @ A SALA - CACÉM

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CAFE RACER ARTICLE

Um Cafe Racer, originalmente pronunciado “caff” (como em Kaff) racer, é um tipo de mota, bem como um tipo de motociclista. Ambos os significados têm as suas raízes no grupo de contracultura dos anos 60 British Rockers, ou os Ton-up boys, embora fossem também comuns em Itália, Alemanha e outros países europeus. Em Itália, o termo refere-se às motas específicas que foram e são usadas para curtas viagens de velocidade acentuada a partir de um café para outro. Rockers eram uma jovem e rebelde contracultura do rock que queria uma rápida, personalizada e distintiva moto para viajar entre cafés ao longo das artérias nas auto-estradas recém-construídas e em torno de cidades britânicas. O objectivo de muitos deveria ser capaz de atingir 100 milhas por hora (chamado simplesmente de “the ton”) ao longo de um percurso onde o piloto sairia de um café, acelerando até um ponto pré-determinado e voltar para o café antes de uma única música ser tocada na jukebox, chamada de corrida recorde. Eles são recordados como sendo especialmente apreciadores da música Rockabilly sendo que a sua imagem está inserida na cultura rockabilly de hoje.

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Um exemplo clássico disso foi a corrida do mítico Ace Cafe na estrada Circular Norte do noroeste de Londres para a junção Hanger Lane como era então é agora o mais famoso Hanger Lane Gyratory System - e viceversa. O objectivo era voltar ao Ace Cafe antes da música na jukebox ter terminado. Dado que algumas das canções de Eddie Cochran, que estavam em voga naquela época eram menos de dois minutos de duração, os pilotos tinham de fazer a viagem de três milhas em altíssima velocidade. Uma Cafe Racer é uma mota modificada para a velocidade e boa movimentação ao invés de conforto. As Cafe Racer normalmente modificadas ao estilo contemporâneo das roadracers Grand Prix, têm um tanque de combustível alongado e de pequeno porte, montado para trás e assento fino. Um guiador estreito, que permite ao motociclista se moldar “empranchar” para reduzir a resistência do vento e oferecer melhor controle quando nesta postura. Estes são referidos como “clipons” (duas barras que se aparafusam diretamente a cada um dos tubos do garfo) ou “clubmans” (barras que se ligam ao local de estoque de montagem, mas a cair para baixo e para a frente).A ergonomia resultantes das barras e o assento para trás muitas vezes chamado de “rearsets”, ou controle traseiro de pés e pé, eram novamente modificações típicas das corridas de motos da época. Semi-carenagens ou carenagens completas bem ao estilo das corridas, às vezes eram montadas nos garfos ou quadro. As motos tinham uma aparência crua, utilitárias e reduzidas, enquanto os motores foram ajustados para as velocidades máximas. Essas motos eram estreitas e leves para serem ágeis nas estradas. As motos mais emblemáticas e que atingiram o seu auge foram as Norton Featherbed e Triumph Bonneville com um motor chamado “The Triton”. Usando o mais comum, e mais rápido motor de corrida, combinado com o melhor quadro dos seus dias, o quadro Featherbed pela Norton Motorcycles. Aqueles com menos dinheiro poderiam optar por um “Tribsa” - o mecanismo da Triumph num quadro de BSA.

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Uma Cafe Racer, tem muito em comum com as choppers ou as bobbers da cena da altura nos EUA, e ambas têm as suas raízes com pós veteranos de guerra. Os pilotos rejeitavam as motos orientadas para transporte, removendo peças consideradas desnecessárias. Enquanto a americana GIs levaria a Harley Davidson a uma construção fora de qualquer coisa desnecessária para melhorar o desempenho, veteranos europeus tomaram medidas semelhantes com as suas motos. Ambas optaram por fazer as suas motos de fábrica mais rápidas e leves, embora a diferença entre a natureza dos Estados Unidos e os sistemas de estrada Europeu levaram a poucas diferenças nos resultados. Enquanto que os americanos favoreceram um estilo low heavy cruiser das suas motos para o conforto em linha recta, os europeus preferiram uma moto maior, mais ágil e mais adequada para as estradas mais sinuosas das suas nações. Na Grã-Bretanha, muitas estradas podiam ser rastreadas de origem romana e estradas mais antigas ainda feitas de terra batida. Até aos finais de 1950 não haviam estradas nacionais e autoestradas, as estradas ‘A’ eram(são) estradas melhores em que a sua superfície é mais ampla e com várias faixas de rodagem nas localidades ou entre áreas urbanas, mas podem ser apenas duas faixas de rodagem não divididas em áreas de menor tráfego. É de recordar, que também fora um estilo nascido em grande parte na pobreza da Europa pós-guerra, combatendo assim os excessos da Harley Davidson, sendo mais frequentes modelos personalizados. O estilo Cafe Racer evoluiu ao longo dos tempos devido à sua popularidade. Em meados dos anos 70, motos japonesas tinham ultrapassado as motos britânicos no mercado, e a aparência original nos grandes prémios de motos de corrida tinha mudado. Os depósitos de gasolina em alumínio usado nas corridas em sua maioria feitos à mão, e frequentemente não pintados da década de 1960, tinham evoluído para formas mais quadradas, estreitas, e em fibra de vidro. Cada vez mais, três e quatro cilindros Honda e Kawasaki seriam a base para as conversões Cafe Racer. Em 1977, um número de fabricantes tinha tomado conhecimento do boom das Cafe Racer e foram produzindo Cafe Racers de fábrica, mais notavelmente a Harley Davidson XLCR [2], os modelos de SuperSport da Ducati e Z1R Kawasaki. Em 1979, a Suzuki apostava na GS1000S ao estilo Cafe Racer.

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As primeiras conversões, elevaram-se a uma quase completa reformulação das Cafe Racer por pilotos dos meados da década de 70, começou tudo com a modificação das motos de fábrica no chamado “Cafe Racers”, passando simplesmente por equipá-las com barras clubman e uma pequena “bolha” carenagem em volta do farol. Alguns fabricantes europeus, incluindo a Aspes, Benelli, BMW, Bultaco e Derbi produziam variantes de fábrica “Cafe” das suas motos padrão, sem quaisquer modificações feitas para torná-las mais rápidas ou mais poderosas. O estilo Cafe Racer, tornou-se apenas numa moto com a finalidade funcional de simplesmente ter sido feita menos confortável e para andar, essa tendência rapidamente diminuiu em popularidade. Pouco tempo depois, a maioria das novas motos desportivas começaram a apresentar uma carroçaria integrante de fábrica, negando a necessidade ou a capacidade de adaptar uma carenagem de Cafe na pós-venda. O termo Cafe Racer, ainda hoje é usado para descrever motos de um determinado estilo, e, alguns motociclistas ainda usam esse termo na Self-Description. Digno de mencionar aqui é que uma subestrutura nova evoluiu toda desde o auge dos Rockers. Os pilotos de ”Cafe”, era um termo que existia na década de 1950 e 1960, para identificar os motociclistas de estrada, mas é usado ainda hoje, para descrever motociclistas que escolhem britânicas, alemãs, italianas ou até mesmo japonesas ao estilo classic/vintage desde os anos 50 à década de 1970 como a sua moto de escolha, sobre outros estilos de motos. Estes pilotos de Cafe não seguem a subcultura de moda/música dos Rockers, velho ou novo, mas vestindo uma aparência mais moderna e confortável com apenas uma pitada de semelhanças do estilo dos “antigos” Rockers. Comum nas suas vestes, eram as calças de ganga Levi’s, casacos em cabedal, botas ou sapatos, capacetes modernos. Estes pilotos de Cafe, tiveram influências do Greaser norte-americano, Rocker britânico e motociclistas modernos que criaram um estilo próprio mediante todos os outros. O estilo Cafe Racer clássico fez um retorno recentemente, graças em grande parte ao aumento do interesse em motos vintage e de manter esse espirito bem vivo nas novas gerações de motociclistas. Os Baby boomers foram os responsáveis por um aumento nas vendas de motos no final dos anos 60 e 70, e muitos desta geração agora encontram-se com tempo e disponibilidade financeira para recriar as motos que tinham — ou desejaram ter — nos seus anos de juventude. Uma nova geração de moto designers e construtores têem recriado o estilo como uma alternativa fresca à cena chopper personalizada.

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Agradecimentos: Ana Pacheco, Daniela Sousa, André Joaquim, Jorge Bruto, Sara Vargas, Ágata, Eduardo, Liz, Geraldine, Ana Maria, The Kritters, Ruy Smith, Óscar Gomes, Barbearia Lusitana, PifPaf, Sarah “Zairia” Cayson, Tiago Sério, Mongorhead, Texabilly Rockets, Capitão Fantasma, Pedro Silva (ilustração de Johnny Cash), June “kitty” Carter, Duarte Vicente, Dave Gomes e a todos os amigos e família que tornam possivel a continuação deste projecto. Um muito obrigado a todos vós. No próximo número, teremos mais novidades. Fiquem atentos e já sabem, continuem a ROCKAR.

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