Prantos nos pratos

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Prantos nos pratos


O livro, Prantos nos Pratos e uma idéia de Rodolfo Alves, talvez um poeta, talvez alguém na vida. Os poemas que seguem neste livro, são todos sem títulos, mas todos foram escritos com o mesmo sentimento, amor, é, amor... aquele sentimento que te enche, te esvazia, te deixa feliz, triste, te transforma em uma pessoa bipolar, ou não. Agradeço as meus amigos, que sempre me ajudaram, como Daniel C., Mateus R., Danilo C., Aline O., inúmeras pessoas, que sempre curtiram uma boa poesia, sempre gostaram de arte, seja qual for...


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Tanto pranto, Estou vestido, Tão você, Meu coração está resumido.

Que resumo mais chato, Saber que você, E seu amor são tão ingratos.


Talvez eu me esqueça, De não esquecer, Como o dia esquece, De anoitecer,

Mas que no fim, anoitece, E assim, Mais um dia vou dormir, Sem você.


De gota, Em gota, [...] JĂĄ estou cheio, De vocĂŞ!


Que lastima, Estar lascado, O peito retalhado, E a cabeça sã.

Mas quem em sã consciência Daria-lhe todo amor, A ponto de ebulição, A todo vapor?


Que as violetas, Me segurem, Se n達o vou bater-lhe com todas, As flores que um dia guardei pra ti.


O meu carnaval, E tรฃo chato,

Sem seus lรกbios para danรงar, Sem seu corpo para amar,

Por que tudo seu fim?


Que os tiros que dei, Pelo nariz, Seja a cura, Daquela cicatriz.

E naquelas noites, Que te matei, Que ninguĂŠm descubra, Pois nelas eu menti.


Que os infernos, Se esfriem,

Que os ventos, Assobiem.

S贸 para provar, Que o inferno, E aquele que te deseja.


Que tua boca, fale somente, quando tocar na minha, s贸 quero ouvir a voz, dos teus beijos.


A janela, Aberta,

O pássaro, Voando,

E meu coração Pulsando,

E nesse ciclo, Eu vou te amando.


Que eu minta, Para ti, Para eles,

Que todos saibam só uma verdade, Que te amei, Enquanto você teve vontade.

Mas ainda te amo, Será que sua vontade, Acabou?


Que o silencio me grite, Com toda força, Aquela bem calma, Que faz um alvoroço, Na alma.

Que sua voz me acalme, E queime meu coração, Aquele que bate, Bate, Na solidão.


Trancado, O peito alado. Está.

Onde voar, Se onde eu fico, É onde você está.

Mas se eu vôo, Tão longe, Mas tão longe, E para tão perto de você.


Que os bares, Contem um pouco, Daquela dor, Daquele amor, Que os copos de lรก, Contem um pouco, Dos detalhes do seu corpo,

Aquele corpo que tanto beijei.


Um barato, Um trago de cigarro, Nisso vou me perdendo, E tentando perder vocĂŞ.

Mas quando eu me perco, E quando te encontro, Logo vivo assim, Nesses cantos.

Que um dia te esqueci.


Que naqueles caminhões, Esteja o caminho para seu coração,

Por que, São somente eles, Que me mostram, Toda direção.

Mas que rota longa, Que estrada longa, Que vida longa, Que não consigo terminar, E já não sei se poderei, Te amar, Outra vez.


Que um moinho, Seja necessĂĄrio, Que o vinho, Seja sempre solicitado,

Nessa cirurgia, TĂŁo dolorosa, Nessa mesa do bar.


Talvez por amor, Seja necessรกrio o pecado, E todo o dia peco, O Padre,

Peco por ter amado, Tanto aquela mulher. Que se fez, Vento, E soprou para outro quintal.


Tão desnecessário, E o sentido, Se te amo, E por você vivo.

Tão ingrato, E o retrato, Que te mostra,

Talvez isso seja desnecessário, E o que é realmente necessário, E o amar. O mar, O luar, Tudo com a r no final, Por que sei, Que isso compartilho com você.


Conheci um cara, Que morreu de pouco, A pouco, Por amar tanto.


Que eu, enlouqueça de amor, e volte à sanidade, com o sabor de teu beijo.


Meu coração, Não passa de um refém,

Um refém de livre espontânea vontade, E de vontade ele entende, Por que ele sempre se rende, Quando você sorri.


-Eu n達o andava bem, logo parei, parado pude pensar, que aquilo era um mal-estar, um mal-estar de amar.


Entrelinhas, Estou enrolado,

Talvez um nó, Em mim, jaz atado,

Talvez, talvez, talvez, Eu pare, e parado,

Eu pense, que isso Já não vale a pena,

Mas a pena, e tão leve, Que dura a vida toda


Na minha família, Tem um índice de infarto, E de você estou farto, E antes que o in, Se junte com o farto, Eu parto, Para não morrer de você


Veja bem, Meu bem, Abarquei alguém, Para me aliviar, Veja bem, E veja que isso vai além, Do que já fiz para te amar.

Veja bem meu bem, Os prantos por te amar, Chegaram ao fim.


Mas esse alguém, Não é alguém assim, A ponto de por um fim,

Ela não passa de alguém, Que se chama saudade.


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