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01/07/2013
O Universo do Cinema Trash Deixe um comentário Por Andressa Ricco O cinema trash é algo tão antigo quanto o próprio cinema. Quando surgiram as primeiras câmeras de filmagem, os cineastas de quintal fizeram os primeiros vídeos trash e os exibia em matinês para demonstrar seu talento. O diretor goiano de filmes trash e um dos fundadores da VAGALUME FILMES Rodrigo Assis, faz filmes trash há oito anos e diz sempre ter gostado de cinema. Em entrevista para o Cinema com Pequi, Rodrigo conta como foi sua primeira experiência com esse estilo de fazer cinema e como produz suas obras.
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Andressa Ricco: Como o cinema trash surgiu na sua vida? Rodrigo Assis: Sempre gostei de filmes, isso não se pode discutir. No ano de 2005, quando foi realizada a segunda mostra trash de filmes, vi a oportunidade de participar com algum filme. Foi quando eu e mais quatro amigos nos juntamos para fazer um filme; queríamos fazer algo que representasse nossa terra, daí pensamos, é claro, no Pequi. O primeiro filme que produzimos foi “O Pequi”, de baixíssimo orçamento, todo o material foi pego emprestado com alguém, a fita era usada, (risos). Foi nessa época que resolvemos fundar o grupo independente de filmes VAGALUME FILMES, mas depois deste primeiro filme ficou somente eu produzindo os próximos filmes.
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Andressa Ricco: Como são feitos os filmes? Seleção de elenco, técnicos, filmagens, verba etc.
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ARQUIVOS Rodrigo Assis: Todos os meus filmes são feitos com amigos que têm interesse em participar sem ganhar dinheiro algum, buscamos nos divertir nas produções. Isso para que todos participem também com muito bom humor e dispostos a fazer as bizarrices que o filme exige. Sempre deixamos pronta a “preparação de elenco”, que é uma caixa cheia de refrigerante e cerveja e com isso, os atores ficam mais à vontade para realizar altas cenas audaciosas, (risos). Todos os filmes que fiz foram dirigidos, roteirizados, editados, sonorizados e produzidos por mim. Aprendi a editar os meus filmes, criar trilhas sonoras e produzir para poder realizar todos eles, assim poderia ter um controle mais fácil sobre o filme e também, como faço sem grana, não posso contratar ninguém para realizar essas partes técnicas. Todos que se envolvem nos projetos participam porque querem, sentem-se à vontade de colocar seu lado ator nas películas. Muitos dos filmes que fiz, os roteiros acabaram sendo alterados durante as gravações, pois eles entram no clima do filme e acabam contribuindo com a criação do filme.
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#mostragoias #mostragoias #clipping Andressa Ricco: Vc já participou de festivais? Quais? Rodrigo Assis: Já participei de alguns festivais como o Goiânia Mostra Curtas, Festcine e o primeiro festival Internacional de Stop Motion, em 2011, com a animação In(Cômodo). Andressa Ricco: Algum filme já foi premiado? Rodrigo Assis: Recebi alguns prêmios, no Festcine ganhei dois prêmios com os Filmes “Pequi Zero”, primeiro lugar, e “Ataque”, segundo lugar. Na mostra Cambury de filmes ganhei também dois outros prêmios, um pelo filme “In(Cômodo)”, segundo lugar, e pelo filme “O Pequi”, terceiro lugar.
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Andressa Ricco: Como vc definiria seu estilo? Rodrigo Assis: Muitos falam que faço filmes trash, outros dizem que são filmes independentes, não sei, apenas gosto de fazer filmes e me divertir com eles. Este processo de criação e realização me levou a ser reconhecido assim, não me importo, até gosto. Estou fazendo algo que curto muito, que me divirto e posso contribuir para o cinema goiano de alguma forma. Se faço filmes trash? Faço. Se faço filmes independentes? Faço. Não me importo como sou rotulado ou como me defino, só acredito que estou fazendo algo que me divirto e posso colocar na tela o que eu quero. Mas no fundo gosto de saber que as pessoas me veem como fazedor de filmes trash! (risos) Andressa Ricco: Onde vc busca inspiração para os temas? Rodrigo Assis: As histórias e inspirações são baseados em diversos filmes que assisto, mas também na colaboração de amigos que sempre me procuram na rua e falam: “cara, pensei em uma ideia ótima para seus filmes, e se você fizesse isso….”. Todos que me encontraram querem contribuir com algo, mas para os títulos dos filmes sempre penso em algum filme que me marcou ou que marcou o cinema de alguma forma. Podemos usar como exemplo o título do segundo filme da minha saga do pequi, que se chama “Pequi Zero”, coloquei este título baseado em um filme que curto muito, que se chama Cubo Zero. Um outro filme meu chamase “Pequi, A Aniquilação”, sempre tem algum filme com vingança que colocam este título. Meu próximo filme que estou em fase de edição, por exemplo, se chamara “Pequi Revelations”, pois agora será a quinta parte da saga do filme em que vamos descobrir toda a verdade, (risos).
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Sou estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás. Interessada por qualquer tipo de manifestação cultural e artística.
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