Requalificação da EAPIC

Page 1

REQUALIFICAÇÃO DO RECINTO DE EXPOSIÇÕES

RODRIGO CESAR CHICONI RA 610189



UNIFEOB Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos Curso de Arquitetura e Urbanismo

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

Trabalho apresentado como requisito da disciplina Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo, ao Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, sob a orientação do Prof. Msc. José Edwalto de Lima Junior.

São João da Boa Vista - SP 2018



DEDICATÓRIA

À minha esposa Luciene Rodrigues da Silva Chiconi que, ao longo do curso foi uma excelente companheira, me apoiando e sendo paciente nos momentos em que eu não conseguia estar presente no convívio familiar.



AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus lhos João Emanuel Chiconi, José Augusto Chiconi e Maria Fernanda Chiconi, que, no decorrer do curso me deram forças para seguir rme e nunca desistir. Foram pacientes esperando para ter o papai de volta quando o curso chegasse ao m. Agradeço aos meus pais Dona Olímpia e Senhor Roberto que me ensinaram a nunca desistir e a lutar para ter um futuro melhor. Me apoiaram desde o início desta etapa da minha vida. Sou grato aos professores que, direta ou indiretamente, me ajudaram e apoiaram para que eu concluísse esse projeto. Agradeço especialmente ao meu orientador MSc. José Edwalto Junior, que me apoiou e passou seus conhecimentos para me ajudar a concluir este trabalho. E, por último e não menos importante, agradeço aos meus amigos que, durante madrugadas intermináveis de trabalhos acadêmicos, me foram úteis para a conclusão deste curso.



“Acredito que as coisas podem ser feitas de outras maneiras e que vale a pena tentar.� (Zaha Hadid)


RESUMO Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo, que tem em sua estrutura análises, estudos e propostas para a requalicação do Recinto de Exposições “José Ruy de Lima Azevedo” em São João da Boa Vista – SP. Atualmente o local é destinado exclusivamente à realização de eventos festivos do calendário municipal, os quais equivalem, em média, 15 dias do ano. No restante, o espaço ca praticamente sem uso, havendo esporadicamente leilões e algumas exposições. Após haver um maior entendimento referente ao assunto, algumas propostas foram apresentadas a m de requalicar a área em questão - com mudanças, melhorias e com a nalidade de que, após a sua reestruturação, o recinto seja um local atrativo, funcional e que traga benefícios ao município e aos seus frequentadores.

Palavras – chaves: Requalificação, lazer, Recinto de Exposições.


ABSTRACT Graduation Final Course of Architecture and Urbanism, which has in its structure analyzes, studies and proposals for the requalication of the Exhibition Venue "José Ruy de Lima Azevedo" in São João da Boa Vista - SP. Currently the place is exclusively for the celebration of events of the municipal calendar, which are equivalent to 15 days of the year. In the rest, the space is practically unused, there are sporadically auctions and some exhibitions. After a better understanding on the subject, some proposals were presented in order to requalify the area in question - with changes, improvements and in order that, after its restructuring, the site is an attractive, functional and benecial place to the municipality and its people.

Keywords: Requalification, recreation, Exhibition Center.


SUMÁRIO - APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO PROBLEMÁTICA OBJETIVO AMBIENTAL ECONÔMICO SOCIAL

METODOLOGIA

- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA HISTÓRIA DO LOCAL LOCALIZAÇÃO

JOSÉ RUY DE LIMA AZEVEDO LINHA DO TEMPO

CULTURA BRASILEIRA CULTURA SERTANEJA LEI ROUANET CULTURA E TRADIÇÃO DO RODEIO RELAÇÃO ENTRE FESTAS E AGRONEGÓCIO ATUAL CENÁRIO DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA AGRONEGÓCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO AGRONEGÓCIO EM SÃO JOÃO DA BOA VISTA ATUAL CENÁRIO AGROPECUÁRIO NO MUNICÍPIO

TURISMO NO AGRONEGÓCIO FESTAS DE RODEIOS E SHOWS

15 16 17 17 18 18 18

18

19 20 20

21 21

22 23 23 24 25 26 27 28 28

29 30


SUMÁRIO - ESTUDOS DE CASO PARQUE DO PEÃO DE BARRETOS PARTIDO ARQUITETÔNICO ARQUITETO: OSCAR NIEMEYER DADOS BÁSICOS CONTEXTO LOCALIZAÇÃO INCIDÊNCIA DOS VENTOS INCIDÊNCIA SOLAR PROGRAMA DE NECESSIDADES CONCLUSÃO

POLO DE EVENTOS POETA RONALDO CUNHA LIMA PARTIDO ARQUITETÔNICO ARQUITETO: CARLOS ALBERTO DE ALMEIDA DADOS BÁSICOS CONTEXTO LOCALIZAÇÃO INCIDÊNCIA DOS VENTOS INCIDÊNCIA SOLAR PROGRAMA DE NECESSIDADES CONCLUSÃO

EXPOINGÁ ARQUITETO: JOSÉ AUGUSTO BELUCCI DADOS BÁSICOS CONTEXTO LOCALIZAÇÃO INCIDÊNCIA DOS VENTOS INCIDÊNCIA SOLAR PROGRAMA DE NECESSIDADES CONCLUSÃO

31 33 33 33 33 33 34 34 34 35 36

37 37 37 37 37 38 38 38 39 39

40 40 40 40 41 41 41 41 41


SUMÁRIO - LOCALIZAÇÃO - ENTORNO E TERRENO ESCOLHA DO LOCAL LOCALIZAÇÃO FUNCIONALIDADE ATUAL DO LOCAL LIMITES DO RECINTO VIAS INTERNAS SETORIZAÇÃO EXISTENTE TOPOGRAFIA

ANÁLISE DO ENTORNO MAPA DO SISTEMA VIÁRIO LOCAL MAPA DE OCUPAÇÃO E USO DO SOLO MAPA DE GABARITO

PROPOSTA

- DESENVOLVIMENTO DO PROJETO PARTIDO E CONCEITO REFERÊNCIAS ESCOLA VILELA CONTEXTO BODEGAS PROTOS CONTEXTO

PROPOSTAS DE DISPOSIÇÃO DO TERRENO PROGRAMA DE NECESSIDADES PLANO DE MASSAS E SETORIZAÇÃO MATERIAIS MLC PISO-INTERTRAVADO TIJOLO DE BARRO SISTEMA BEMO-ROOF

43 44 44 45 46 46 47 50

51 51 51 52

52

53 54 55 55 55 56 56

57 58 59 61 61 63 63 64


SUMÁRIO - PROJETO

65

ESTÁBULOS - PLANTA E ELEVAÇÕES ESTÁBULOS - CORTES E ESTRUTURA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO - PLANTA E ELEVAÇÕES PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO - CORTES E ESTRUTURA ARENA - ELEVAÇÕES ARENA - CORTES E PLANTA PAVILHÃO - ELEVAÇÕES PAVILHÃO - CORTES E PLANTA ESCOLA - ELEVAÇÕES ESCOLA - CORTES E PLANTA

65 66 67 68 69 70 71 72 73 74

CONCLUSÃO

75

- BIBLIOGRAFIA - ANEXOS


APRESENTAÇÃO


Há 45 anos, pela primeira vez, acontecia em São João da Boa Vista - SP a EAPIC - Exposição Agropecuária Industrial e Comercial - “a festa country mais completa do Brasil”, segundo o site do evento. Porém, o Recinto de Exposições local onde a mesma está inserida - possui uma história antiga, onde teve início em 1941, devido a necessidade de ser estabelecido um local xo para exposições de animais na cidade, já que desde 1890 as mesmas eram realizadas em quermesses nas fazendas da região e até mesmo ao entorno das igrejas durante a realização das missas. A mais popular delas, era a quermesse na fazenda Matão, da qual foi considerada o embrião da primeira exposição regional de animais, que ocorreu somente em 1941, com a inauguração do Recinto de Exposições. “As exposições regionais serviam como eliminatória para a participação na Exposição Nacional do Parque da Água Branca em São Paulo, por isso o evento passou a exercer grande inuência no mundo agropecuário.” (LUIZ GUSTAVO GASPARINO - http://medium.com)

Apenas no ano de 1984 o local foi batizado com o nome do sanjoanense José Ruy de Lima Azevedo - criador de gado leiteiro e apaixonado pelo cavalo da raça manga-larga – e com o passar dos anos conquistou importância no cenário agropecuário nacional com a realização da EAPIC. Atualmente o Recinto de Exposições é de grande relevância no cenário cultural e econômico do município, pois abrange eventos importantes e de destaques na região: exposições de animais, torneios de cavalos, a tradicional festa de aniversário da cidade, encontros de carros antigos e motociclistas. Entretanto, é como se o espaço tivesse parado no tempo, pois com o passar dos anos a cidade evoluiu e se modernizou, porém o recinto não: inaugurado em 1941 e ampliado em 1943, sua infraestrutura ainda está edicada e organizada nos moldes da década de sua fundação. Na edição de 2015 da EAPIC, segundo informações do site da Associação Comercial e Empresarial de São João da Boa Vista, passaram pelo recinto cerca de 100 mil pessoas (número semelhante estimado ao da população total da cidade); com um número expressivo como esse, pode-se observar a importância de um evento desse porte, sobretudo para o fortalecimento econômico local.

INTRODUÇÃO

Pessoas com inuência na região, juntamente com a imprensa, trabalharam para a concretização da instalação do evento nesse espaço. “Em meados de janeiro de 1941, a imprensa de São João da Boa Vista, no interior do Estado de São Paulo, passou a discutir a possibilidade de ocorrer em solo sanjoanense a primeira Exposição Regional de Animais. Naquela época, esteve na cidade o Dr. Alfeu Réveilleau, inspetor das exposições do Departamento de indústria animal, que vericou o terreno que a Prefeitura Municipal havia oferecido à realização da Exposição, e deu o seu parecer favorável para à organização do evento na cidade, sendo apoiado pelo Dr. Paulo de Lima Corrêa, superintendente do mesmo Departamento, faltando apenas a autorização do Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Major José Levi Sobrinho, que todos tinham como certa, pois o titular da pasta conhecia perfeitamente a região, então conhecida como Média Mogiana, e Sabia qual a importância do município e a sua situação privilegiada” . (ZARA e BENETTI, 2013, p. 31) 16


PROBLEMÁTICA

Nos dias atuais, vários quesitos contribuem para a impossibilidade da realização plena das festividades no local: infraestrutura inadequada, estacionamentos adaptados, acessos inadequados para o correto uxo de pessoas etc. Tais problemas estruturais contribuem para que a festa permaneça em um nível mediano frente às maiores do Brasil. São João da Boa Vista carece de locais públicos atrativos e que instiguem o permanecimento da população nele. Outro problema encontrado pelo autor é que, embora o recinto seja público, não possui infraestrutura adequada para a frequentação e usufruto da população. São João da Boa Vista não possui um local propício para o lazer de seus cidadãos e, em contrapartida, poucas datas são destinadas para a realização de eventos no local; tendo – se em mente que o papel social do recinto é entreter e servir à população, o mesmo não está ocorrendo.

OBJETIVO

A proposta inicial é explorar a área do Recinto de Exposições Municipal de maneira mais eciente e funcional; promover espaços convidativos e pensados no lazer, na relação interpessoal e também no estreitamento da relação entre classes sociais distintas, onde o interesse em comum na cultura sertaneja possibilite e incentive o estreitamento da relação entre pessoas com realidades tão desiguais. Com esses objetivos traçados, a denominação mais adequada à proposta é “requalicação”, que segundo o dicionário Aurélio tem como signicado: “1 - Tornar a qualicar; qualicar de novo.” Quando tal termo é ampliado para o âmbito urbanístico, de acordo com a autora da tese de mestrado: “REQUALIFICAÇÃO URBANA” Ana Maria Ribeiro Silva, a denição é apresentada de uma forma mais abrangente: “... a requalicação urbana visa a melhoria da qualidade de ambiente e de vida nas cidades, e envolve a articulação e integração de diversos componentes como, por exemplo, a habitação, a cultura, a coesão social e a mobilidade.” (SILVA, 2011, p.5)

O termo acima citado se refere ao contexto urbanístico, mas quando a dimensão da área de intervenção é analisada 65.000m², assim como as propostas mencionadas, tal expressão se encaixa perfeitamente. 19


AMBIENTAL São João da Boa Vista concentra a maioria dos eventos culturais no centro da cidade por não possuir um espaço adequado. Dentre as propostas desse trabalho, está a migração dessas festividades para o Recinto de Exposições, diminuindo assim, durante os eventos, o intenso uxo de veículos no centro da cidade, que normalmente já possui grande tráfego de veículos. A quantidade de acumulo de lixo após os eventos, a degradação das praças centrais, e os ruídos proporcionados por essas festividades também são fatores importantes que foram levados em consideração para a elaboração da proposta do projeto. O papel social do recinto é entreter e servir à população, porém isso não está ocorrendo.

ECONÔMICO Podemos observar a importância que a festa da EAPIC tem na economia da cidade quando analisamos os números apresentados pelo diretor da Associação Comercial e Empresarial de São João da Boa Vista, Antônio Baesso Junior, onde arma que a EAPIC no ano de 2015 movimentou R$ 3 milhões na economia da cidade em apenas um mês, e durante o período que antecedeu o evento, juntamente com os dias da realização do mesmo, o comércio teve suas vendas elevadas em até 100%. Com uma inuência tão grande na economia local, é inaceitável que um espaço que comporte tal evento, não receba o devido valor e investimento.

SOCIAL A carência de espaços culturais e de lazer na cidade vem complementar a necessidade de um local onde haja interação, permanência e o desfruto do mesmo, local este, onde a diversidade social e cultural poderá ser incentivada de diversas maneiras, seja através da dança, da música, da gastronomia, pontos de encontro e etc. Um local para que várias faixas etárias e classes sociais distintas possam usufruir de diversos entretenimentos e interagirem entre si, agregando dessa forma, valores sociais aos sanjoanenses.

METODOLOGIA Como metodologia a ser aplicada terá o próprio uso do plano de trabalho e leitura de livros com temas voltados as festas de Rodeio e também será aplicado estudos de livros sobre Recinto de Exposições para uma compreensão maior sobre a cultura brasileira, sites e revistas com conteúdo voltados à parque de exposições, também serão utilizados. Após a primeira parte concretizada, acontecerá um levantamento in loco para o diagnóstico de toda a infraestrutura e também da parte decitária que envolve o Recinto, o estudo de circunvizinhança com pesquisa e vericação dos levantamentos de dados serão elaborados, posteriormente uma análise fotográca do local deverá ser organizada, dando sequência as etapas a serem seguidas será feito estudos da topograa do Recinto. Os estudos de casos do Parque do Peão de Barretos na cidade de Barretos-SP e do Polo de eventos Poeta Ronaldo Cunha Lima que se localiza na cidade de Campina Grande-PB, juntamente com a Expoingá que é realizada no município de MaringáPR, serão explorados para o embasamento desse trabalho, já que são recintos onde acontecem as maiores e mais relevantes festas do cenário cultural nacional. Será feita uma pesquisa com a população da cidade para o entendimento da relação entre moradores e o recinto.

18


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


HISTÓRIA DO LOCAL Desde 1890 acontecia na cidade de São João da Boa Vista a comercialização e exposição de animais, entretanto de forma rústica e sem infraestrutura. Eram realizadas em quermesses nas fazendas da região e também próximo às igrejas. Com o passar dos anos houve a necessidade de um local que comportasse esse tipo comércio, para que houvesse um conforto maior de seus participantes.

Durante a elaboração deste trabalho foram utilizados livros, reportagens, artigos que possuem a temática urbanística, do mundo do agronegócio e em particular livros que relatam a história do Recinto de Exposições de São João da Boa Vista, com a importância de adquirir embasamento e fortalecer a estrutura deste estudo.

LOCALIZAÇÃO

“Em meados de janeiro de 1941, a imprensa de São João da Boa Vista, no interior do Estado de São Paulo, passou a discutir a possibilidade de ocorrer em solo sanjoanense a primeira Exposição Regional de Animais.” (ZARA e BENEDETTI, 2013, p. 31).

SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SP

Com o passar dos anos a possibilidade da realização da Exposição Regional de Animais em solo sanjoanense era tão real que, em 28 de maio de 1941 foi inaugurado o Campo da Aviação do Aeroclube da cidade de São João da Boa Vista, e nas dependências do Campo havia estrutura suciente para a realização da Exposição. O planejamento para que houvesse duas inaugurações na mesma data foi tão perfeito que naquela mesma tarde os animais já puderam ser expostos na tão aguardada Exposição.

FIGURA 01: Localização do Recinto de Exposições no estado de São Paulo - SP Fonte: www.saojoao.sp.gov.br

O Recinto passou por diversas transformações com o decorrer dos anos, alternando entre Campo da Aviação e Recinto de Exposições de Animais, mas posteriormente, com a proibição de pousos e decolagens devido ao perigo de acidente com os aviões, o Recinto cou destinado somente à realização de exposições e festividades. FIGURA 02: Exposição de animais em fazenda da cidade. Fonte: Desconhecida. https://medium.com/@revistaatua

20


LINHA DO TEMPO 1912 1929 Conclusão do ginásio em São Paulo - SP

1931 Retorno a São João da Boa Vista e controle da fazenda de seu pai.

1949 Fundação do Sindicato Rural e atuação como vicepresidente do mesmo

1960 Posse como prefeito de São João da Boa Vista.

1971 Trombose cerebral de grandes proporções.

1984

Nascimento em São João da Boa Vista - SP

1930 Compra dos primeiros cavalos manga larga.

1941 Participação na inauguração do Recinto de Exposições.

1959 Nomeado a presidente do sindicato Rural.

1964 Título de Cidadão Benemérito

1983 Falecimento

O Recinto de Exposições passou a se chamar “Recinto de Exposições José Ruy de Lima Azevedo”, em sua homenagem.

“O Recito de Exposições, onde foram realizadas dezenas de festas agropecuárias, é o palco da Eapic e leva o nome de José Ruy de Lima Azevedo, desde 1984. Nascido em 11 de agosto de 1912, o ilustre sanjoanense foi homenageado (in memorian), na abertura ocial da 39ª Eapic, quando completaria 100 anos.” (ZARA e BENETTI, 2013, p. 73.) 21

JOSÉ RUY DE LIMA AZEVEDO Durante as realizações das exposições, um personagem se destacou por sua coragem e força de vontade para que evento se tornasse mais grandioso com o passar dos anos. José Ruy foi um cidadão sanjoanense que muito contribuiu para a realização da EAPIC, grande apaixonado pelo cavalo da raça Manga Larga, colaborou também para o crescimento da cidade de São João da Boa Vista com uma única passagem pela prefeitura. José Ruy nasceu em 11 de agosto de 1912 e em 1929 concluiu o ginásio no colégio São Bento em São Paulo. No ano de 1930 comprou seus primeiros cavalos da raça manga larga, raça essa que era apaixonado. Aos 19 anos retornou para São João da Boa Vista e assumiu o comando da fazenda de seu pai. José Ruy também atuou na inauguração do Recinto de Exposições em 1941 e na região ele incentivava outros criadores de cavalos manga larga a também exporem seus animais. Em 1949 fundou o Sindicato Rural do qual atuou como vice-presidente. Em 1959 passou a presidir o sindicato e ganhou notoriedade na região, sendo convidado a se candidatar a deputado federal. Nesse mesmo ano disputou eleição para prefeitura de São João e foi eleito, tendo como vice o Dr. Octávio da Silva Bastos. Seu mandato durou de 1960 até 1963. Em 1964 recebeu o título de Cidadão benemérito (indivíduo que tem mérito para receber louvores e recompensas). Aos 59 anos (1971) sofreu uma trombose cerebral de grandes proporções e faleceu aos 71 anos (1983). Após seu falecimento, em 1984, o Recinto recebeu seu nome: “Recinto de Exposições José Ruy de Lima Azevedo”. Quando consultamos a opinião dos moradores mais antigos, notamos que José Ruy foi muito querido e seu mandato é visto como um dos melhores até hoje: “Ele era muito amigo do Carvalho Pinto, governador de São Paulo. O que o Zé pedia, o Carvalho Pinto atendia. Ele asfaltou a Avenida Dona Gertrudes. O Zé Ruy não foi brinquedo, não. E um homem inatacável, ele vivia na fazenda, nunca se meteu em nada, então não tinha nada para falar dele. Ele aproveitou e fez o que tinha que fazer. Foi esse o melhor prefeito que São João já teve”. ( José Rezende Lopes – Jornal O Município http://www.omunicipio.jor.br)

Com o passar do tempo, aquela que era apenas uma pequena Exposição Regional de Animais, fez parcerias com indústria, comércio, bancos e produtores regionais para então se transformar na tão conhecida Exposição Agropecuária Industrial e Comercial de São João da Boa Vista - EAPIC.


CULTURA BRASILEIRA De acordo com o antropólogo Darcy Ribeiro no livro O Povo Brasiliero:

“A sociedade e a cultura brasileiras são conformadas como variantes da versão lusitana da tradição civilizatória européia ocidental, diferenciadas por coloridos herdados dos índios americanos e dos negros africanos. O Brasil emerge, assim, como um renovo mutante, remarcado de características próprias, mas atado genesicamente à matriz portuguesa, cujas potencialidades insuspeitadas de ser e de crescer só aqui se realizariam plenamente. ”(O Povo Brasileiro, Darcy Ribeiro, p.16)

FIGURA 03: Diversidade Cultural Brasileira Fonte: http://www.amar.art.br/public_html/um-projetonacional-para-a-cultura-brasileira/

A cultura brasileira é amplamente expressada em inúmeros aspectos, as festas do folclore, carnaval e festa de São João são alguns exemplos de eventos que difundem e enaltecem a cultura nacional, seja realizada no Norte ou Sul do país, terá a mesma relevância por ter o objetivo de entreter e fortalecer as raízes culturais do povo brasileiro, e para que toda essa diversão seja desfrutada nas extensões do território nacional, existe o Ministério da Cultura que dá todo o suporte para que tudo aconteça.

O Rodeio não era enquadrado no contexto de manifestação cultural, mas no ano de 2016 foi sancionada a lei que elevava o rodeio e vaquejada à manifestações artístico-culturais, passando assim a fazer parte do conjunto de atividades culturais que são amparadas por lei.

A partir do ano de 2016, festas agropecuárias que contavam com o rodeio como sendo um dos atrativos, passaram a ter o direito de receberem recursos da Lei de Incentivo à cultura, denominada “Lei Rouanet”.

LEI Nº 13.364, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2016 Eleva o Rodeio, a Vaquejada, bem como as respectivas expressões artístico-culturais, à condição de manifestação cultural nacional e de patrimônio cultural imaterial.

Art. 1o Esta Lei eleva o Rodeio, a Vaquejada, bem como as respectivas expressões artístico-culturais, à condição de manifestações da cultura nacional e de patrimônio cultural imaterial. Art. 2o O Rodeio, a Vaquejada, bem como as respectivas expressões artístico-culturais, passam a ser considerados manifestações da cultura nacional.

LEI Nº 8.313, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1991 Restabelece princípios da Lei nº 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura - PRONAC e dá outras Providências.

Art. 25. Os projetos a serem apresentados por pessoas físicas ou pessoas jurídicas, de natureza cultural para ns de incentivo, objetivarão desenvolver as formas de expressão, os modos de criar e fazer, os processos de preservação e proteção do patrimônio cultural brasileiro, e os estudos e métodos de interpretação da realidade cultural, bem como contribuir para propiciar meios, à população em geral, que permitam o conhecimento dos bens de valores artísticos e culturais, compreendendo, entre outros, os seguintes segmentos: VII - patrimônio cultural, inclusive histórico, arquitetônico, arqueológico, bibliotecas, museus, arquivos e demais acervos 22


CULTURA SERTANEJA O Brasil passou a ser um país essencialmente agrário depois do período extrativista. Porém, essa situação se inverteu principalmente depois do ciclo do café, quando as indústrias começaram a se instalar no Sudeste e as regiões metropolitanas começaram a ser formadas. Com isso, o êxodo rural se intensicou, e a gura do sertanejo, ou caipira, ganhou traços caricaturais. No sertão, a mistura de raças deu-se mais entre brancos e índios. O jesuíta, o vaqueiro e o bandeirante foram os primeiros habitantes brancos que migraram para a região, mas normalmente, na visão dos habitantes das cidades, a população que vive no sertão é desleixada, sem informação e introvertida. Com o conto “Urupês” de 1918, do livro de Monteiro Lobato, a imagem negativa do sertanejo ou caboclo, se intensicou com o personagem “O Jeca Tatu”. Jeca representa toda a miséria e atraso económico do país da época, e o descaso do governo em relação ao Brasil rural, pois como arma Monteiro Lobato: “Jeca Tatu não é assim, ele está assim”, percebe-se através do texto que Jeca é uma vítima do descaso do governo. Essa gura do sertanejo gerou obras no cinema e na literatura, e sua caricatura passou a ser utilizada em piadas e mesmo nas histórias infantis, como o personagem Chico Bento, criado pelo quadrinista Maurício de Sousa.

23

FIGURA 04: Imagem negativa do caipira sertanejo representado pelo personagem Jeca Tatu. Fonte: Almanaque do Biotônico, 1935. p. 4 ( ilustração de J. U. Campos)

Há alguns anos, porém, a gura do caipira tem sido valorizada. Pode-se observar esse fenômeno no sucesso conseguido pelos cantores de música sertaneja, que cantam as belezas da zona rural e da vida na fazenda (embora os mais modernos tenham deixado de lado os temas da vida na roça, para se dedicar às baladas de amor). A inuência do sertão também pode ser observada no vestuário e nos costumes dos jovens. A recente moda country, importada dos Estados Unidos e adaptada à realidade brasileira, é sensação entre os jovens desse meio. Estimuladas por essa moda, as festas de rodeio ganharam terreno: antes eram restritas às comunidades rurais, mas elas se modernizaram e hoje atraem também o público urbano.

LEI ROUANET Uma das alternativas para viabilizar a fomentação da cultura no território nacional é a Lei Rouanet. Muito procurada por prossionais da área da cultura, a lei oferece dispositivos com o objetivo de captação de recursos para a produção, concepção e manutenção de eventos culturais. Essa lei permite que entidades ligadas ao cenário cultural usufruam desta alternativa. A lei foi criada para ter um incentivo maior na área da cultura, e leva o nome do secretário da cultura desde 1991, Sérgio Paulo Rouanet, que foi um dos grandes incentivadores da lei. A denominação “Rouanet” é utilizada popularmente, mas é uma lei de incentivo scal que busca fornecer benefícios para quem investe em uma determinada área da cultura. Para adquirir o apoio da lei, primeiramente é necessário apresentar um projeto para o Ministério da Cultura e, posteriormente, o projeto será avaliado por uma comissão técnica que fará uma análise comparando o orçamento com a dimensão do projeto, em seguida o interessado irá para a etapa de arrecadação. Existem três mecanismos para a captação desses recursos, e cada um tem suas exigências. Segundo o site do Ministério da Cultura um dos métodos sugeridos é via FNC que é o Fundo Nacional da Cultura, este fundo tem a função de apoiar projetos culturais em todo território nacional, do qual utiliza o orçamento da união e outras fontes, como por exemplo, 3% do valor bruto arrecadado pela loteria federal.


CULTURA E TRADIÇÃO DO RODEIO Outro meio de se obter esse patrocínio seria via Ficart que é o Fundo de Investimento Cultural e Artístico. É um fundo que a captação é direta no mercado, justamente criado para o apoio de projetos culturais com elevação da possibilidade econômica que prevê lucro ao investidor, e a última alternativa para se utilizar dos mecanismos via lei Rouanet é o Incentivo Fiscal, que viabiliza o alcance de recursos utilizando a dedução direta do imposto de renda de pessoas físicas ou jurídicas que desejam doar ou patrocinar projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura. Com a disponibilidade desses três instrumentos de arrecadação, há mais possibilidades de êxito no volume de recursos designados para o estimulo da disseminação cultural, de acordo o Ministério da Cultura. A estratégia de se utilizar recursos da lei Rouanet com o objetivo de se obter receita para a execução de um projeto cultural, se enquadra dentro da proposta por esse trabalho apresentado, segundo o IBGE, São João da Boa Vista ocupa o 96º lugar no ranking dos maiores PIBs do Estado de São Paulo, dentro de um contexto de 345 municípios. A cidade se mostra economicamente ativa, tornando um terreno próspero para localizar patrocinadores em potencial. Um exemplo de excelente aplicação da lei Rouanet, foi a realização do campeonato de montarias realizado em 2012 pela empresa RedBull. O evento seguiu todos os tramites do mecanismo escolhido para a captação de recursos, e pôde realizar o evento com a receita obtida, deste modo conclui-se que a lei Rouanet foi de suma importância para a organização e realização deste evento de rodeio.

A prática do rodeio teve início em solo americano, e posteriormente chegou ao Brasil, sempre com sua maior atuação e incidência na zona rural, onde a prática de lidar com animais é mais apreciada. Inicialmente o Rodeio era só passatempo entre os peões nos intervalos das comitivas e posteriormente se tornou mais conhecido e ganhou vários admiradores desse gênero de esporte. Esse tipo de evento atrai muitos visitantes que gostam de se entreter com a diversidade de opções que o mesmo proporciona. “O rodeio surgiu nas fazendas, como atividade de exibição e disputa entre os trabalhadores depois da lida. Foi assim no Oeste americano, em 1867, com os caubóis, que passavam o tempo livre brincando de montaria e laço. Foi assim também em Barretos, no interior de São Paulo, cuja atividade econômica principal é a agropecuária. O primeiro registro de rodeios na cidade é de 1955. Enquanto o gado era levado das fazendas para os frigorícos, os peões competiam entre si “para sair da rotina”, conta Flávio Silva Filho, do grupo Os Independentes. No começo, as competições eram realizadas em circos improvisados, e o cutiano era a prova da moda. Só nos anos 80 é que a coisa pegou fogo. Regras e estilos foram copiados do rodeio americano e descobriu-se um lão comercial. Caipira virou country, peão virou caubói” (AGUERRE e LUCÍRIO, 2016).

A festa de rodeio no Brasil é um espetáculo que encanta muitas pessoas. Seu atrativo principal é o Rodeio Completo com diversas modalidades para entreter e diversos setores em que o visitante pode passar momentos de lazer. “Promotores de provas em rodeios pelo Brasil acreditam em crescimento neste ano. Dirigentes dessas empresas negociam com patrocinadores e representantes de locais que podem ser sedes de etapas da temporada e garantir a mistura de atividade agropecuária, esporte e entretenimento que movimenta milhões país afora. ” SALOMÃO, 2016).

A junção entre cultura, lazer, comércio, agropecuária e sociedade contribui para que a Festa de Rodeio cresça anualmente em todo território nacional. 24


RELAÇÃO ENTRE FESTAS E AGRONEGÓCIO Durante anos festas de rodeio e agronegócio fazem parcerias, inclusive o local aonde o rodeio é realizado é o mesmo em que são expostos produtos derivados do agronegócio, o que fortalece um ao outro. Ao retornarmos ao passado, nas fazendas onde se praticava a agricultura familiar, observamos como tudo se modicou e se atualizou. Houve a necessidade de expor os produtos colhidos, fabricados, manufaturados que até então eram consumidos dentro da propriedade rural. Segundo Callado, para vender esses produtos precisaria expô-los em um local onde atingiriam o público alvo, como isso surgiu a proposta de apresentá-los em festas de peão onde o grande público tem mais aceitação de produtos vindo do campo.

Pulando para o cenário contemporâneo, com a quantidade de empresas ligadas ao agronegócio e ofertando produtos como carros, caminhonetes, tratores, máquinas, implementos agrícolas, insumos, roupas, acessórios para cavalos dentre outros. Segundo Callado, houve a necessidade de escoamento desses produtos. Segundo os autores do livro MARKETING & AGROBUSINESS Megido e Xavier, uma das formas de promover suas marcas e ter aumento signicativo nas vendas, dentre todas as estratégias de marketing, a principal foi participar das festas ligadas ao agronegócio. Dessa forma, passou a ser cada vez mais comum as empresas exporem e comercializarem seus produtos em eventos desse tipo, alavancando assim suas vendas.

“O ambiente econômico e social no qual o agronegócio está inserido tem se tornado cada vez mais complexo e diversicado. O que anteriormente era entendido como exploração econômica de propriedades rurais isoladas é parte de um amplo espectro de interrelações de interdependências produtivas, tecnológicas e mercadológicas” (CALLADO, 2011 p. 11).

FIGURA 05: Divulgação de festas Agropecuárias juntamente aos Rodeios.

25


ATUAL CENÁRIO DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA Segundo o site do IBGE, a agropecuária possui grande relevância no contexto nacional. Ela abastece toda a nação e também é grande fonte de mão de obra. Apesar de seu foco ser o mercado interno, possui desenvolvimento signicativo no comércio internacional, o que tem contribuído positivamente com o resultado da balança comercial.

Conforme o coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, o aumento da produtividade agrícola tem sido a forma mais segura de suprir as necessidades crescentes de alimentos em todo o mundo

RENDIMENTO DA AGROPECUÁRIA NO MUNDO 2006 e 2010

De acordo com o Ministério da Agricultura, houve uma pesquisa do Departament o de Agricultura dos Estados Unidos que apontou a agropecuária nacional como uma das que apresenta maior ritmo de crescimento no mundo. A pesquisa mostrou que entre 2006 e 2010, o rendimento da agropecuária aumentou 4,28% ao ano no Brasil. Ainda de acordo com a pesquisa, o país é seguido pela China (3,25%), Chile (3,08%), Japão (2,86%), Argentina (2,7%), Indonésia (2,62%), Estados Unidos (1,93%) e México (1,46%).

GRÁFICO 01: Rendimento da Agropecuária no Mundo (2006 e 2010) Fonte: Própria

“Ao longo dos últimos 50 anos, o crescimento da produtividade permitiu ofertas mais abundantes de alimentos a preços mais baratos”, assinala Gasques. “No Brasil, isso pode ser vericado pela redução dos preços reais de grãos relevantes na alimentação humana, como, por exemplo, arroz, milho, soja e trigo.” (JOSÉ GARCIA GASQUES - Portal Brasil, com informações do Ministério da Agricultura.)

26


AGRONEGÓCIO NO ESTADO DE SÃO PAULO Em uma reportagem do Jornal O Estado de S. Paulo em maio de 2017, pôde-se observar que a produção primária, isto é, aquela ligada diretamente à produção animal e vegetal, foi a principal responsável pelo bom desempenho do agronegócio no Estado de São Paulo “Com crescimento estimado em 19,7%, o chamado segmento primário – que inclui o trabalho “dentro da porteira da fazenda”, como dizem os especialistas – estimulou todos os demais segmentos do agronegócio, que, no resultado acumulado, cresceu 7,4% em 2016.” (Jornal O Estado de S. Paulo – 15 maio de 2017)

Esses dados, englobam todo o ano de 2016 e é de responsabilidade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo. A pesquisa mostra que dois itens dos quais o Estado de São Paulo é líder da produção nacional – açúcar e laranja, que registraram, respectivamente, aumentos de mais 45% e de mais de 35% no valor da produção –, foram os que mais impulsionaram o agronegócio paulista.

27

A Reportagem ainda arma que:

“... o setor industrial cresceu 5,9%, sobretudo por causa das indústrias de café, óleo de soja, açúcar e etanol. Das indústrias cujo desempenho é acompanhado de perto pela pesquisa da Fiesp e do Cepea, a açucareira foi a que mais cresceu no ano passado, estimulada tanto pelo aumento da produção como pela recuperação dos preços. No caso do etanol, a queda da produção foi mais do que contrabalançada pelo aumento dos preços reais.”


AGROPECUÁRIA EM SÃO JOÃO DA BOA VISTA

BILHÕES

VALOR DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

São João da Boa Vista, desde sua formação, tem em sua base a agropecuária. Segundo o site da Prefeitura, o principal idealizador do perl econômico de São João da Boa Vista foi o Cônego João Ramalho, de nacionalidade portuguesa e que chegou ao Brasil no ano de 1800. Foi o ele quem projetou a localidade de São João da Boa Vista, depois de um contato com o lavrador Antônio Machado, que doou o terreno para o nascimento da cidade. O projeto de João Ramalho era irradiar o progresso para toda a região a partir de São João da Boa Vista, explorando atividades agropecuárias, industriais e rurais como monjolos, moinhos, engenhos de serra e de cana-de-açúcar. A partir do início dessas atividades, outras proliferaram, dando origem ao comércio local para a venda dos produtos que eram produzidos nas lavouras. A lavoura sempre foi um setor de grande êxito no município pela fertilidade do solo, abundância de água e clima ameno. Por essas características, o núcleo foi se desenvolvendo como centro de atividades, para suprir as diversas necessidades da vida civil e a comercialização dos produtos originários da região. (Fonte: Prof. João Batista Scannapieco). Durante a elaboração deste trabalho foram utilizados livros, reportagens, artigos que possuem a temática urbanística, do mundo do agronegócio e em particular livros que relatam a história do Recinto de Exposições de São João da Boa Vista, com a importância de adquirir embasamento e fortalecer a estrutura deste estudo.

GRÁFICO 02: Valor da Produção Agropecuária. Fonte: Própria

ATUAL CENÁRIO AGROPECUÁRIO NO MUNICÍPIO São João da Boa Vista teve o maior valor de produção do Estado de São Paulo em 2016, de acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com 3.810, 00 bilhões de receita. A cidade também apresentou maior Valor de Produção Agropecuária (VPA) por região em 2015, registrando um valor total de R$ 2.946,80 bilhões, superior aos R$ 2.360,17 bilhões constatados em 2014. O índice permite constatar a evolução das diversas atividades agropecuárias e a distribuição de renda no Estado. Na região, o VPA da cana-de-açúcar teve a parcela mais signicativa, com R$ 563,35 milhões, seguida pelo café beneciado, com R$ 437,75 milhões; batata, com R$ 366,76; e carnes de frango e bovina, que representaram R$ 352,72 e R$ 248,98 milhões, respectivamente. Os demais produtos totalizaram R$ 977,24 milhões. A laranja, presente entre os cinco produtos de maior VPA na edição anterior do estudo, deu lugar à carne bovina nesta edição. Barretos, que liderou o ranking no levantamento anterior referente ao Valor Bruto de Produção da agropecuária no estado, caiu para a segunda posição, com VPA de R$ 2.915,83 bilhões do valor total de R$ 63 bilhões registrado em todo o Estado em 2015. O jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP, arma que em 2017 a liderança voltou a ser de Barretos, conforme estimativas do Instituto de Economia Agrícola, ao somar R$ 3,83 bilhões de receitas agropecuárias. Em segundo lugar, vem São João da Boa Vista, com R$ 3,47 bilhões de receitas O Valor Bruto da Produção do estado somou R$ 76,2 bilhões em 2017. Esses dados proveem da produção e de preços das cadeias de produtos animal e vegetal de 50 produtos selecionados.

28


AGROPECUÁRIA EM SÃO JOÃO DA BOA VISTA TURISMO NO AGRONEGÓCIO Quando se fala de turismo, envolve-se toda uma cadeia São João da Boa Vista, desde sua formação, tem em sua base a produtiva de modo geral. A cidade de Ribeirão Preto - SP recebe a agropecuária. maior feira agrícola do Brasil e a terceira maior do mundo no segmento de tecnologia agrícola (AGRISHOW), os números são de Sãoo João da Boa Vista teve maior valor de Segundo da Prefeitura, o principal idealizador Visitação, lazero site ou trabalho é o que um evento no setor do perl impressionar: evento movimenta R$o500 milhões na produção região do Estado de São Paulo em 2016, de acordo com a Secretaria econômico de São Joãopara da Boa foi o que Cônego João Ramalho, de metropolitana de Ribeirão com o setor hoteleiro, comércio de modo de agronegócio proporciona asVista pessoas o frequentam. e Abastecimento do que Estado São Paulo. A cidade nacionalidade portuguesa e quedechegou aoque Brasil no ano de 1800. geral eAgricultura Visitantes que chegam de excursões, carro ou se hospedem empregos gerados, é um evento vemdesempre a agregar apresentou maior Valor de Produção Agropecuária (VPA) Foi o ele quem projetou localidade de Sãopara Joãoo da Boa Vista, muito na economia da cidade com toda essa movimentação de por nas cidades onde se realizam os aeventos contribuem turismo região de 2015, um valor totalcitar de R$ 2.946,80 bilhões, depois de um contato com o lavrador Antôniode Machado, que edoou o turistas no agronegócio, proporcionando geração emprego do Brasil e deregistrando outros 70 países. Pode-se que Ribeirão aosdas R$maiores 2.360,17festas bilhões em 2014. O índice terreno para nascimento da cidade. O projeto de João Ramalho movimentação naoeconomia local. O turismo no agronegócio é Preto superior sedia uma de constatados rodeio do Estado de São permite constatar a evolução das diversas atividades era irradiar o progresso para toda a região a partir São João bastante lucrativo, em cidades que sediam festas comdeeventos deda Boa Paulo, alimentando assim cada vez mais a economia local em vários e a distribuição de renda no Estado. Na região, o Vista,nacional explorando atividades agropecuárias, industriais relevância ligados ao agronegócio os números são fortese erurais setoresagropecuárias com o seguimento do Agronegócio. VPA da cana-de-açúcar teve a parcela mais signicativa, com R$ como monjolos, moinhos, engenhos serra e de cana-de-açúcar. A signicativos. A cidade de Barretos – SPde tem toda sua economia “Quem também festejou os números e a recuperação 563,35 milhões, seguida pelo café beneciado, com R$ 437,75 doe fortalecida início dessas atividades, outrasdaproliferaram, local partir alterada nos dias de realização “Festa do Peãodando da feira foi o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira. milhões; batata, com 366,76; envolve e carnes dea cidade frangoe emprega e bovina, Segundo ele,R$ a Agrishow toda 25 que origem ao comércio local para a venda dos produtos que eram de Barretos”. representaram 352,72 edesde R$ 248,98 milhões, respectivamente. milR$ pessoas, sua montagem. Maurilio Biagi, Os produzidos nas lavouras. A lavoura sempre foi um setor de grande “Estima-se que na região, a Festa do Peão de presidente de honra da Agrishow, acrescentou que o A evento demais produtos totalizaram R$ 977,24 milhões. laranja, êxito no município pela fertilidade do solo, de água e Boiadeiro de Barretos movimente cercaabundância de R$ 200 milhões movimenta R$ 500 milhões na região metropolitana de presente entre os cinco produtos de maior VPA na edição anterior clima ameno. Por essas o evento núcleo foi se na economia - comcaracterísticas, os negócios diretos no e no Ribeirão. Maurilio também fez questão de citar que a do estudo, deu lugar à carne bovina nesta edição. desenvolvendo comoda centro de atividades, para suprir as diversas aumento demanda na rede hoteleira e imobiliária, produção agrícola do Brasil alimenta atualmente não Barretos, que liderou oderanking nomais levantamento supermercados, souvenires, entredos outros – necessidadesrestaurantes, da vida civil e a comercialização produtos apenas os 220 milhões brasileiros, 1 bilhão e meioanterior de impactando cidades vizinhas em um raio de até 200 referente ao Valor Bruto de Produção da agropecuária no estado, pessoas no mundo. ” (PORTAL AGRISHOW, 2018). originários da região. (Fonte: Prof. João Batista Scannapieco). quilômetros. Para se ter uma ideia da grandiosidade e do caiu para a segunda posição, com VPA de R$ 2.915,83 bilhões do Durante a elaboração deste trabalho foram utilizados livros, impacto econômico do evento no setor turístico, os valor total de R$ 63 bilhões registrado em todo o Estado em 2015. reportagens, visitantes artigos que possuem a temática urbanística, do chegam a desembolsar aproximadamente R$ mundo 1 O jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e do agronegócio e em livrosnasque relatam a história do milhão, emparticular itens temáticos Lojas Ociais de Os ciências sociais, com MBA em derivativos na USP, arma que em Independentes. ” (MONTEIRO, 2015). Recinto de Exposições de São João da Boa Vista, com a importância 2017 a liderança voltou a ser de Barretos, conforme estimativas do de adquirir embasamento e fortalecer a estrutura deste estudo. Instituto de Economia Agrícola, ao somar R$ 3,83 bilhões de receitas agropecuárias. Em segundo lugar, vem São João da Boa Vista, com R$ 3,47 bilhões de receitas O Valor Bruto da Produção do estado somou R$ 76,2 bilhões em 2017. Esses dados proveem da produção e de preços das cadeias FIGURA 06: Agrishow Fonte: https://agroevento.com/agenda/agrishow-2017/ de produtos animal e vegetal de 50 produtos selecionados.

ATUAL CENÁRIO AGROPECUÁRIO NO MUNICÍPIO

29


FESTAS DE RODEIOS E SHOWS Segundo o G1 - 2015, em matéria sobre os shows realizados em festas agropecuárias, a maioria dos shows são do estilo sertanejo ou sertanejo universitário. Esse mercado vem crescendo a cada ano e encontrou fatia econômica dentro de festas agropecuárias, onde se concentra a grande maioria de adeptos desse estilo de música e moda. Os números robustos e como se comporta o mercado de shows em festas de rodeios são impressionantes, anualmente são realizadas sete mil festas do gênero e o custo médio para contratação de todos os shows durante o total de dias do evento é de um milhão de reais, fazendo essa conta básica, são injetados no setor de música sertaneja 7 bilhões de reais por ano. A procura por entretenimento e em apreciar um evento cultural no segmento musical, faz com que milhares de pessoas lotem os Recintos de Exposições Brasil a fora, alimentando assim a cadeia do agronegócio

LEGISLAÇÃO PERTINENTE Á RODEIOS. Os locais onde são realizados os rodeio possuem normas, regras e leis pertinentes a esse gênero do esporte. Para que o público assista ao rodeio, todo o evento deve estar cumprindo seus deveres, para assim ter o direito de organizar uma infraestrutura de entretenimento de qualidade, que a cada ano atrai mais público, lotando arenas e trazendo renda para as festas agropecuárias. A Constituição Brasileira assegura que é direito de todos as livres manifestações culturais advindas do processo civilizatório de nosso país. Com base no Artigo 215, parágrafo primeiro, entendemos que qualquer festa de gênero cultural em nosso pais está protegida pela constituição.

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. § 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.

E em se tratando dos competidores os “Peões”, há leis que os protegem e lhes dão garantia do exercício de suas atividades em território nacional, segue abaixo a Lei 10.220 [5], de 11 de abril de 2001, que em seu artigo primeiro regulamenta e dá legalidade a atividade. Art. 1o Considera-se atleta prossional o peão de rodeio cuja atividade consiste na participação, mediante remuneração pactuada em contrato próprio, em provas de destreza no dorso de animais equinos ou bovinos, em torneios patrocinados por entidades públicas ou privadas. Parágrafo único. Entendem-se como provas de rodeios as montarias em bovinos e equinos, as vaquejadas e provas de laço, promovidas por entidades públicas ou privadas, além de outras atividades prossionais da modalidade organizadas pelos atletas e entidades dessa prática esportiva.

O evento é de grande relevância econômica e cultural no país, e possui o respaldo de leis que garantem seu funcionamento e a segurança dos competidores, frequentadores e inclusive dos animais envolvidos. Houve complementação e alteração às leis anteriores da qual foi nomeada “Lei do Rodeio”. Lei Federal nº 10.519 [6], de 17 de Julho de 2002, no âmbito geral, essa lei vem para garantir aos animais que participam dos rodeios uma lista de normas para que sua chegada, estadia e partida seja a melhor possível durante sua permanência no recinto onde irá acontecer o evento, vale ressaltar que a nova lei aborda normas nos bretes, veículos de transporte, tratamento médico, apetrechos dos peões, alimentação e aparatos de uso do próprio animal e também tem a função de exigir o bom funcionamento e a qualidade dos rodeios, visto que, quem não á cumpri-las terá penas previstas na lei, havendo a possibilidade de não sediar mais esse tipo de evento.

30


ESTUDOS DE CASO

FESTAS DE RODEIOS E SHOWS


FESTAS DE RODEIOS E SHOWS

Para a realização deste TFG foram realizados estudos de caso de três festas agropecuárias de relevância nacional, relatando suas estruturas, contextos, soluções e inovações para que posteriormente possam servir de embasamento no projeto que vem sendo fundamentado neste trabalho. Os temas usados foram: Festa do Peão de Barretos - Possui o terceiro maior parque de peões do mundo, localizado em Barretos – SP, é referência mundial quando o assunto é rodeio. Expoingá - Festa agropecuária realizada na cidade de Maringá – PR, conhecida por sua força dentro do agronegócio. Polo de Eventos Poeta Ronaldo Cunha Lima - Localizado em Campina grande – PB, local este que anualmente se realiza a maior festa de São João do mundo.

32


DADOS BÁSICOS Nome: Parque no Peão de Barretos Cidade: Barretos - SP Área total: 2 milhões de m² Autor: Oscar Niemeyer Ano: 1984

CONTEXTO: Desde meados de 1984 está implantado o Parque do peão de Barretos na cidade de Barretos - SP, onde acontece a Festa do Peão de Barretos, o recinto conta com 2 milhões de m² divididos em vários setores. O parque do peão de Barretos é o maior da América Latina e o terceiro maior do mundo, desde 1984 que se iniciou sua construção o recinto vem tomando proporções gigantescas.

FESTAS DE RODEIOS E SHOWS PARQUE DO PEÃO DE BARRETOS PARTIDO ARQUITETÔNICO Durante a concepção do projeto a ideia central foi criar um estádio polivalente, com o intuito geral de servir ao esporte, música e grandes eventos populares de forma perfeita e harmoniosa, para Oscar Niemeyer a importância do estádio era garantir que o mesmo se tornasse um estádio e um grande anteatro, diferente de todos os estádios construídos no território nacional. Com esse croqui feito em 1985 Oscar Niemeyer deixou bem claro suas formas, primeiramente a sinuosidade marca registrada em seus projetos, seguindo o segundo quesito que se vê claramente os espaços amplos com áreas para se caminhar bem grandes e locais para exposições que é um dos pontos fortes da festa, tudo bem amplo, e também é um ponto importantíssimo ressaltar a uidez do espaço.

O recinto conta com espaços para: · · · · · · ·

Feira comercial Credenciamento Hípica Subestação de energia Camping Heliponto Revenda de cerveja

33

FIGURA 07: Croqui do Parque do peão de Barretos. Fonte: www.casavogue.com.br.

ARQUITETO: OSCAR NIEMEYER Niemeyer é o autor do Parque do Peão de Barretos, e segundo site Casa Vogue em meados de 1984 a festa acontecia em um recinto na cidade quando o clima cou tempestuoso e algumas tábuas voaram da arquibancada junto com alguns objetos que faziam parte da infraestrutura da festa, foi quando a organização decidiu fazer um concurso para um novo parque. Um arquiteto da cidade (Eduardo Brandt) apresentou um projeto que posteriormente se tornou inviável, pois o desejo da organização era preservar a mata nativa existente. Então Eduardo em tom de brincadeira disse: “Então procure o Niemeyer, que ele é melhor que eu”. A organização do evento levou a brincadeira a sério e, por m, Oscar Niemeyer assinou a obra.


LOCALIZAÇÃO

BARRETOS - SP FIGURA 08: Localização do Parque do Peão de Barretos – sem escala. Fonte: www.independentes.com.br. - Alteração do Autor

INCIDÊNCIA DOS VENTOS Os ventos predominantes no recinto são no sentido sudeste, como na ilustração abaixo.

INCIDÊNCIA SOLAR Na imagem abaixo se pode observar a incidência solar no Museu do Peão que é uma das construções do parque. Por se tratar de um parque com dois milhões de m² torna-se desnecessário analisar a insolação do Parque do Peão de Barretos como um todo, pois cada edicação possui estratégias individuais de insolação.

TRAJETÓRIA DO VENTO

FIGURA 09: Incidência dos ventos no Parque do Peão de Barretos - sem escala. Fonte: Google Earth – Alteração do autor.

FIGURA 10: Incidência solar no Museu do Parque do Peão. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor.

34


PROGRAMA DE NECESSIDADES ESTÁDIO Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com capacidade de 35 mil pessoas sentadas e no total com a ocupação da arena 55 mil, o estádio abriga os principais shows do evento e o rodeio. 1

FIGURA 11: Estádio

BERRANTÃO LAZER E EVENTOS O Berrãntão e um espaço coberto e climatizado com capacidade para mais de 5 mil pessoas onde acontecem shows musicais. 2

FIGURA 12: Barretão Lazer e Eventos

PALCO, PAU DO FUXIXO Neste espaço acontecem as tradicionais apresentações culturais com música raiz, dança, declamações e toque de berrante. 3

FIGURA 16: Parque do Peão de Barretos - sem escala. Fonte: www.independentes.com.br.

FIGURA 13: Palco, Pau do Fuxixo

4

RANCHO PONTO DE POUSO Rancho típico que remete ás antigas fazendas, é onde acontecem os concursos da Queima do Alho e do Berrante.

6

PALCO DA EXPLANADA Palco que recebe importantes atrações musicais nos 11 dias de evento. Tem capacidade para cerca de 35 mil pessoas.

FIGURA 14: Rancho Ponto de Pouso FIGURA 17: Ranchos

5 MEMORIAL DO PEÃO "ADID ABUD» Museu que conta a história de Os Independentes, da Festa do Peão de Barretos. FIGURA 15: Memorial do Peão Adid Abud

35

FIGURA 18: Ranchos

7 MONUMENTO AO PEÃO DE BOIADEIRO “Jeromão”, como é conhecido popularmente, tem 27 metros de altura e cerca de 170 toneladas. O enorme peão representa e homenageia todos os prossionais de rodeio.


CONCLUSÃO 8

MONUMENTO MONTARIAS EM CAVALOS Com 7 metros de altura este monumento presta uma homenagem a esta modalidade que foi a primeira a ser praticada no Brasil. FIGURA 19: Ranchos

MONUMENTO MONTARIA EM TOUROS O monumento de 7 metros de altura está situado próximo a rotatória que dá acesso à hípica. Homenageia esta modalidade, que é a mais popular do rodeio. 9

FIGURA 20: Monumento Montaria em Touros

MONUMENTO AO TOURO BANDIDO Esta obra, assinada por Juvenal Irene, é uma réplica 20% maior que o touro Bandido. Seus traços e expressões são idênticos ao do animal, que fez história no Brasil por sua ferocidade nas arenas. 10

FIGURA 21: Monumento ao Touro e Bandido

CAMPING Área com 21 mil metros quadrados, com infraestrutura completa para receber os turistas que optarem pelo acampamento. O espaço é dividido em Camping de solteiros e Camping de casados. 11

FIGURA 22: Camping

ESTACIONAMENTO São 12 mil m² de área que podem abrigar até 14 mil carros/dia. Todos os estacionamentos possuem segurança particular e seguro.

FEIRA COMERCIAL Mas de 100 estandes comerciais ocupam este espaço.

12

FIGURA 23: Estacionamento

14

FIGURA 25: Feira Comercial

15 P R A Ç A D E ALIMENTAÇÃO Área exclusiva com opções de alimentação.

RANCHOS São mais de 40 ranchos que abrigam festas particulares. 13

FIGURA 24: Ranchos

Ao analisar esse projeto, vários fatores positivos e várias possibilidades de reaplicações foram encontradas. A quantidade de atrativos no local, como museus, ranchos, campings chamam a atenção. Além do palco principal, existem quatro palcos alternativos para a realização de shows simultâneos. Os espaços são amplos e uídos, o que é fundamental para o deslocamento seguro dos frequentadores do evento. A solução apresentada para o desao da topograa foi eciente, já que o arquiteto aproveitou o declive do local para a construção da arena com a arquibancada em declive, o que também contribuiu com a acústica do local.

FIGURA 26: Praça de Alimentação

36


DADOS BÁSICOS Nome: Polo de eventos Poeta Ronaldo Cunha Lima Cidade: Campina Grande - PB Área total: 42.500 m² Autor: Carlos Alberto de Almeida Ano: 1986

CONTEXTO: O Parque do Povo ca localizado onde antes já era conhecido como “Coqueiro de Zé Rodrigues” e nesse local sempre era realizado festejos juninos e festas populares, mas só em 1983 houve o desejo de que esse espaço se tornasse o centro da cultura do forró de Campina Grande, posteriormente foi iniciando o projeto em seu todo, retirando toda a vegetação para houvesse mais espaços. No centro do Parque do Povo há um monumento em homenagem ao “Forró” em formato de pirâmide projetado pelo arquiteto Carlos Alberto de Almeida. Atualmente o Parque do Povo está no calendário de eventos de Campina Grande com eventos de encontro de carros, show com músicas populares e torneios de dança de quadrilha.

POLO DE FESTAS EVENTOS DE RODEIOS E SHOWS POETA RONALDO CUNHA LIMA PARTIDO ARQUITETÔNICO Não há muitos documentos históricos que nos mostrem o porquê de cada traço do arquiteto, mas é perceptível que o local tem espaços amplos e bem abertos, justamente para que a circulação de pessoas seja favorável. Segundo informações do site “Retalhos históricos de Campina Grande”, o arquiteto Carlos Alberto de Almeida teve a intenção de atingir todas as classes sociais com o monumento da pirâmide prostrada no centro do Parque do povo.to importantíssimo ressaltar a uidez do espaço.

ARQUITETO: Carlos Alberto de Almeida

FIGURA 27: . Pirâmide do Polo de Eventos Poeta R C Lima. Fonte: www.saojoaodecampinagrande.com.br.

O arquiteto foi escolhido devido sua amizade com o então prefeito Enivaldo Ribeiro. A realização da Praça do Povo, batizada de “Forródromo” só foi concebida na gestão do prefeito Ronaldo Cunha Lima e com isso o marco que ocializa a festa de São João é um monumento em forma de pirâmide, também projetada pelo arquiteto Carlos Alberto de Almeida.

LIMITE DO RECINTO

FIGURA 28: Polo de eventos Poeta R C Lima - sem escala. Fonte: Google Earth – Alteração do Autor.

37

FIGURA 29: Festividades do Polo de eventos Poeta R C Lima. Fonte: www.paraibadebate.com.br.


LOCALIZAÇÃO

CAMPINA GRANDE - PB FIGURA 30: Localização do Polo de Eventos – sem escala. Fonte: www.saojoaodecampinagrande.com.br. - Alteração do Autor

INCIDÊNCIA DOS VENTOS

INCIDÊNCIA SOLAR

Analisando a incidência dos ventos em toda a extensão do Parque do Povo sabendo-se que a incidência é no Leste, nota-se que na maioria da área do Parque não há bloqueio do uxo dos ventos, porém muda-se forçadamente o uxo no local a cada layout e infraestrutura montada dependendo do evento que está ocorrendo.

TRAJETÓRIA DO VENTO

FIGURA 31: Incidência dos ventos no Polo de eventos Poeta R C Lima - sem escala. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor

O único lugar que há estratégias de bloqueio do sol é a pirâmide no centro do Parque, e se tratando do restante da extensão do parque as estratégias adotadas serão diversicadas dependendo do evento em questão.

TRAJETÓRIA DO VENTO

FIGURA 32: Incidência solar na Pirâmide do Polo de eventos Poeta R C Lima. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor.

38


CONCLUSÃO

PROGRAMA DE NECESSIDADES O Projeto Polo de Eventos Poeta Ronaldo Cunha Lima possibilitou algumas análises, desde o contexto, layout e execução, até o motivo o conceito, layout e conforto térmico do projeto. O conceito dado a pirâmide central, referente à união dos povos é vista como positiva, podendo ser reaplicado ao projeto a ser desenvolvido de forma mais especíca. A distribuição do recinto é simples, onde o palco principal ca no centro do espaço e não há limitações em suas extremidades, o que possibilita o grande uxo de pessoas, porém, em épocas em que não há eventos, o local ca sem uso, e se não houver a atenção necessária, o espaço pode se tornar desprotegido e descuidado.

39

FIGURA 33: Layout da Festa no Polo de eventos Poeta R C Lima. Fonte: www.jornaldaparaiba.com.br.


DADOS BÁSICOS

SEXPOINGÁ WOHS E SOIEDOR ED SATSEF

É perceptível que o uso de grandes passagens e setorização dos espaços foi a grande intenção de proporcionar um parque funcional e a harmonia entre os setores com funcionalidade perfeita transmite ao visitante bem-estar. A centralização da arena onde acontece os eventos de maior expressão como o Rodeio e os Shows foi uma decisão estratégica, pois de qualquer local em que o visitante esteja ele pode se localizar dentro do parque e se deslocar de forma agradável e conante, a localização do pavilhão do comércio bem na entrada do recinto, mostra o quanto o arquiteto pensou no visitante, uma vez que esse local também é usado em outras datas do ano.

FIGURA 34: Recinto que Recebe anualmente Expoingá. Fonte: www.massanews.com.br

LIMITE DO RECINTO

FIGURA 36: Foto por satélite da Expoingá. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor FIGURA 35: Foto aérea da Expoingá. Fonte: www.maringamanchete.com.br.

ARQUITETO: JOSÉ AUGUSTO BELLUCCI

O arquiteto José Augusto Bellucci é um cidadão de extrema importância para a cidade de Maringá e em 1973 foi o escolhido para elaborar o projeto Parque por já ter executado diversas obras na cidade de Maringá, tais como: 1956 Maringá Clube 1967 Paço Municipal 1957

Catedral

1970

Urbanização da praça Napoleão M da Silva

1964

Cemitério Municipal

1976

Praça Dom Pedro

FIGURA 37: Obras do Arquiteto José Augusto Ballucci em Maringá. Fonte: www.maringamanchete.com.br.

Nome: Parque Internacional de exposições Francisco Feio Ribeiro Cidade: Maringá - PR Área total: 225.000 m² Autor: José Augusto Bellucci Ano: 1972 CONTEXTO: O Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro foi construído em 1973, neste mesmo ano foi realizado a primeira Expoingá, festa esta que já desponta no cenário nacional há 45 com sua força no mercado do agronegócio, e que proporciona aos seus expectadores uma diversidade de entretenimento, tais como, gastronomia, diversão e cultura. O Parque passou por várias readequações após a sua concepção, uma das mudanças mais relevantes foi a construção da cobertura da arena de shows e rodeio em 1997, que é de extrema importância por proporcionar conforto a quem frequenta o recinto na intenção de assistir o rodeio e os shows. No ano de 2017 a Expoingá teve um público aproximado de 600 mil visitantes, e em negociações foram gerados contratos de 455,4 milhões em negócios, 1.661 empresários tiveram seus produtos e serviços expostos na feira e fechando os dados 7.500 animais em leilão e exposição. 40


INCIDÊNCIA DOS VENTOS

LOCALIZAÇÃO

A incidência dos ventos na cidade de Maringá vem do sentido nordeste, por se tratar de uma área de mais de 200.000 m² torna-se inviável fazer uma análise especíca em toda sua extensão. Segue abaixo da incidência analisada no Parque Internacional de exposições Francisco Feio Ribeiro. MARINGÁ - PR FIGURA 40: Localização da Expoingá– sem escala. Fonte: www.expoinga.com.br. - Alteração do Autor

PROGRAMA DE NECESSIDADES TRAJETÓRIA DO VENTO

A Expoingá se mostra como uma festa agropecuária completa, segue abaixo setorização dos ambientes da festa.

FIGURA 38: Incidência dos ventos no Parque de exp. Francisco F Ribeiro - sem escala. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor

INCIDÊNCIA SOLAR A edicação escolhida para estudo o de incidência solar no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro foi o pavilhão do comércio, é uma edicação simples e rustica e as estratégias utilizadas para o bloqueio do sol na parte interna da edicação foi estender os beirais afrente das quatro fachadas, tornado o bloqueio ecaz durante todo o ano.

ARENA Arena de shows e rodeio, com seus 2 mil m², vão de 105 m e com capacidade de 20 mil pessoas sentadas é onde acontecem os eventos de maior FIGURA 41: Arena

FIGURA 42: Pavilão da Ind. e Com.

FIGURA 39: Incidência solar no Pavilhão do comércio na Expoingá. Fonte: Google Earth – Alteração do Autor.

41

PAVILHÃO DA INDUSTRIA E COMÉRCIO Realiza-se contratos com comerciantes e empresários da cidade e região, onde se movimenta o mercado regional. PARQUE DE DIVERSÕES Com seus 12 mil m² destinados a brinquedos do parque faz o enriquecimento do lazer durante a duração do evento.

FIGURA 43: Parque de Diversões


PISTAS DE PROVAS EQUESTRES Setor onde acontece diariamentedurante os dias da realização da expoingá

FIGURA 44: Pista de Provas Equestres

FAZENDINHA Exposição de mini horses e diversas raças de animais, é grande atração durante a expoingá. FIGURA 45: Fazendinha

OVINOS Exposição de ovinos, ja direcionado a manutenção da ovinocultura existe esse espaço para a ampliação e diciminção do setor. FIGURA 46: Ovinos

EQUOTERAPIA Pensando no lado social o Parque oferece serviços de equoterapia voltados a reabilitação de pessoas com lesão medular. FIGURA 47: Equaterapia

CONCLUSÃO

O Projeto Expoingá foi escolhido como estudo de caso devido a praticidade e funcionalidade de alguns setores da construção, como por exemplo a arena coberta, da qual permite a realização de shows independente da condição climática. Outro ponto positivo analisado, são as amplas aberturas para o deslocamento dos frequentadores. Seus setores são interdependentes e poderão ser utilizados em dias que o evento não esteja ocorrendo.

CASA DO PRODUTOR DE LEITE Local onde há competição de produção de leite entre os expositodes de gado leiteiro diariamente. FIGURA 48: Casa do Produtor de Leite

ESPAÇO PARA FOOD-TRUCK Circulo reservados a comerciantes local que trabalham com food-trucks trazendo gastronomia diferenciada da praça de alimentação. FIGURA 49: Food-Truck

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO Área exclusiva com opções de alimentação. FIGURA 50: Praça de Alimentação

42


LOCALIZAÇÃO - ENTORNO E TERRENO

43


ESCOLHA DO LOCAL

LOCALIZAÇÃO

O local escolhido é o Recinto de Exposições José Ruy de Lima Azevedo localizado em São João da Boa Vista, o qual anualmente se realiza a EAPIC. O local já está estruturado de malha viária recentemente ampliada e com modicações importantes feitas especicamente para melhorar o uxo de carros e pedestres no Recinto durante a realização dos eventos. Nome: Recinto de Exposições José Ruy de Lima Azevedo. Cidade: São João da Boa Vista - SP Área total: 65 mil m² Autor: Departamento de obras municipal Ano: 1941

SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SP FIGURA 51: Localização da cidade de São João da Boa vista – sem escala. Fonte: Própria.

O Recinto conta com 15 barracões de aproximadamente 250 m² cada, a maior parte do uso é voltado para a exposição de animais de grande e pequeno porte, dispõe de um barracão multiuso de 1000 m², usado para leilões, exposições de produtos de empresários da região e palestras.

Recinto de Exposições Mata ciliar Área Institucional Rios e córregos Área para prática de Esportes

FIGURA 52: Localização do terreno no mapa de São João da Boa vista – sem escala. Fonte: Própria.

FIGURA 53: Recorte da região onde se localiza o Recinto – sem escala. Fonte: Própria.

44


FUNCIONALIDADE ATUAL DO LOCAL


1

2

5

LIMITES DO RECINTO

3

6

7 4

7

Portão 05 tem a função de dar acesso ao estacionamento de veículos que fazem parte da estrutura da festa, tais como trailers, caminhões caminhonetes e carros de passeio, os veículos cam estacionados neste local durante a duração da festa. Portão com nalidade igualmente ao portão 04, com alguns diferenciais, dentre eles o acesso aos caminhões que fazem o transporte dos animais para o rodeio e caminhões que fazem parte do auxílio a estrutura dos eventos. Esse portão tem a atribuição somente para o embarque desembarque de animais que irão participar dos eventos que estiverem ocorrendo no Recinto.

5

FIGURA 54: Foto por satélite do Recinto de Exposições demarcando os limites do terreno Fonte: Google Earth - Alteração do Autor

1

Está localizado na Avenida Marcos Freire, que é a Avenida de principal acesso ao Recinto, a função deste portão é dar passagem para carros médios, caminhonetes e pequenos caminhões que irão dar apoio à estrutura do evento que estiver ocorrendo.

2

Portão principal do Recinto, onde acontece a entrada do público que irá acompanhar algum evento no interior do recinto, esse acesso tem caráter único de entrada de pedestres.

3

Portão que tem a função de dar acesso direto ao interior do recinto sem grandes curvas, por essa característica é utilizado por caminhões que irão abastecer as estruturas internas, desde sua montagem, duração e desmontagem, tem a nalidade também de escoar o público após os eventos.

4

O portão 4 dá acesso a parte dos fundos do recinto, tendo a função de entrada e saída apenas de pedestres.

VIAS INTERNAS

6

FIGURA 55: Foto por satélite do Recinto de Exposições demarcando as vias internas. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor

Na gura a cima são evidenciadas as vias de circulação de veículos. Tais vias foram projetadas para que houvesse uma mobilidade eciente durante a realização de qualquer evento, e atende serviços como a chegada de animais, alimentos, estruturas para palcos, e toda a infraestrutura dos eventos a serem realizados. 46


SETORIZAÇÃO EXISTENTE 1

11 3 2 5

1 FIGURA 56: Portão Principal - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

7

6

16

15

4 11

9

8

14

10

Portão principal do Recinto de Exposições. Por essa entrada ocorre o ingresso da grande maioria dos visitantes, esse acesso é um dos 7 existentes e conta com a temática conveniente ao evento que é realizado em seu interior É neste local que se concentra a compra de ingressos e toda a revista pessoal de quem irá adentrar.

12 17 13

FIGURA 58: Foto por satélite do Recinto de Exposições demarcando a setorização existente. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor

2

FIGURA 57: Estábulo - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Estábulo que comporta 26 baias destinadas a equinos. É um local onde os animais cam ao longo da duração do evento. O período em que o animal irá permanecer nas baias dependerá do gênero em questão. O local conta com uma infraestrutura básica, para que os tratadores consigam executar suas tarefas junto aos animais. 47

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

Portão principal Estábulo Sede da Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos Sede da Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos Estrutura de apoio geral do Recinto Estrutura de madeira semelhante a bretes Restaurante Barracão para animais de pequeno porte Anteatro Eugênio Simões Mathias Arquibancada Provas ou exposições equestres e eventos diversos Arena destinada aos rodeios e shows Parquinho, alimentação e estacionamento de apoio. Rua interna Restaurante privado Estábulo Curral


3

FIGURA 59: Sede da Soc. Sanj. de Esportes Hípicos - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Sede da Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos dentro do Recinto de Exposições, este escritório é destinado a administração do Recinto e centraliza toda ocorrência no interior. Este local conta com funcionários que operam toda parte burocrática no decorrer dos eventos.

6

FIGURA 62: Bretes - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Estrutura de madeira semelhante a bretes, com a função de auxiliar o embarque e desembarque de animais. Este acesso é destinado somente aos animais e dos participantes do evento que estiver ocorrendo. Na parte externa desta entrada há um desnível projetado com a função de compensar a altura do caminhão quando ocorrer o trânsito dos animais.

4

FIGURA 60: Pátio Central - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Pátio central com a função de servir de apoio aos tratadores em suas atividades diárias com os equinos. A colocação de selas e apetrechos bem como o banho dos cavalos são feitos nesse local. Durante os eventos esse espaço também é usado para interação entre os tratadores.

7

FIGURA 63: Restaurante - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Essa estrutura abriga atualmente um restaurante que é administrado pela Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos e tem seu funcionamento atrelado a realização de algum evento, ou seja, só tem seu funcionamento ativado desde que haja alguma atividade que demande a alimentação de uma quantidade especíca de clientes.

5

FIGURA 61: Estrutura de Apoio Central - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Estrutura de apoio geral do Recinto. Em seu interior está instalado uma central de manutenção onde qualquer reparo ou conserto de imprevistos na infraestrutura é realizado. Esse local tem seu funcionamento somente na ocorrência de algum evento, seja ele cultural ou ligado ao mundo do agronegócio.

8

FIGURA 64: Barracão à animais de pequeno porte - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Barracão destinado a animais de pequeno porte, pois seu pé direito é reduzido para favorecer o conforto térmico do ambiente. Neste local ocorrem exposições e comercialização de equinos da raça Mini Horses e Poney, igualmente acontece com as raças de Mini vacas e Mini bois. Esse espaço também é reservado para novas culturas ligadas a agropecuária, como a ovinocultura 48 entre outras.


9

FIGURA 65: Anteatro Eugênio Simões Mathias - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Anteatro Eugênio Simões Mathias, estrategicamente localizado no centro do Recinto de Exposições, o local é passagem para os demais setores. Esse barracão conta 1000m² e durante a realização da EAPIC é conhecido como Pavilhão do Comércio, mas também é utilizado para leilões, bailes e comemorações em outras datas.

12

FIGURA 68: Arena de competição de rodeio. Fonte: Fonte do Autor

Arena onde acontecem as competições ligadas ao rodeio. Esse espaço é o coração da festa, pois neste local acontecem os shows que atraem os espectadores. Seu funcionamento só ocorre durante a realização da EAPIC. Toda estrutura de palco, arquibancada e camarotes são montados uma vez por ano. 49

10

FIGURA 66: Arquibancada - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Arquibancada com capacidade para aproximadamente 900 pessoas, que tem visão privilegiada da área em frente onde é realizado as provas equestres, local com arborização que é também utilizado pelos visitantes para descanso e para breves lanches.

13

FIGURA 69: Área de entretenimento - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Este setor do recinto possui a maior área, cerca de 14.000 m² e abrigada grande parte do entretenimento que é itinerante. Nesse espaço é instalado o parque de diversões, praça de alimentação, estacionamento de apoio, e também é montado neste local um pequeno palco para shows que antecedem o show principal.

11

FIGURA 67: Espaço multi-uso - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Espaço destinado para provas equestres e eventos voltados a essa atividade, mas o local tem a característica de multiuso, pois em eventos como Virada Cultural Paulista o setor abriga o palco e arena para os shows, durante a realização da festa de aniversário da cidade tem a função de abrigar tenda onde ocorre competições das quadrilhas.

14 FIGURA 70: Rua interna - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Rua interna de muita importância para a parte estrutural do recinto, pois tem diversas funções. Esse acesso é usado para entrada de caminhões durante a montagem das estruturas de algum evento, tem a função de abastecer toda parte da praça de alimentação e ao término dos shows tem a atribuição de fazer a evacuação dos visitantes.


15 FIGURA 71: Curral - Recinto de Exposições Fonte: Fonte do Autor

Esse curral é afastado dos demais setores do Recinto, onde não há transito de pedestres para que não ocorra nenhum tipo de acidente envolvendo os animais. O local é destinado exclusivamente ao embarque e desembarque de animais que irão participar do rodeio e, após adentrarem no curral, os animais são encaminhados para a parte posterior do palco onde em sua parte inferior há bretes que conduzem os animais à arena.

72: Restaurante - Recinto de Exposições 16 FIGURA Fonte: Fonte do Autor

Espaço que abriga um restaurante com a administração privada, sempre com contrato de algum restaurante ou choperia da cidade, embora possua toda estrutura xa, somente é instalado tendas quando ocorre algum evento. Toda essa estrutura que abriga o restaurante ca inerte até que ocorra um novo evento.

73: Estábulo - Recinto de Esposições. 17 FIGURAS Fonte: Google Earth - Autor.

Estábulo onde se abriga gado de diversas raças que irão participar de competições e torneios. Aberto a visitação e com tratadores 24 horas, conta com um alçapão na estrutura do telhado para servir de descanso para quem ali estiver trabalhando.

TOPOGRAFIA Com um simples estudo sobre a topograa do Recinto de Exposições e considerando o nível da rua como zero, podese constatar que em sua extensão total existe um desnível de 16 metros, porém, embora o Recinto tenha uma grande área que abrange 65.000 m², um desnível de 16 metros não é preocupante, mesmo porque já existem estruturas instaladas no local. Para realizar um estudo topográco mais eciente, o terreno foi dividido em duas partes: Área frontal e posterior. A parte frontal do Recinto, região que está destacada em amarelo na imagem ao lado tem um comprimento de 300 metros e ao longo dessa distância há um desnível de 12 metros. Já a parte posterior do Recinto de Exposições, região que está destacada em verde na foto, tem um comprimento menor que a parte frontal, esta região conta com 250 metros de comprimento, da qual possui um desnível de 14 metros.

FIGURA 74: Foto por satélite do Recinto de Exposições demarcando a topograa existente. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor

50


ANÁLISE DO ENTORNO MAPA DO SISTEMA VIÁRIO LOCAL No mapa do sistema viário local pode-se constatar a importância da via Arterial Marcos Freire, pois ela é responsável pelo grande número de veículos com destino ao Recinto de Exposições e tendo a função também de escoamento do uxo dos mesmos. A Rodovia SP-342 também dá acesso ao recinto por intermédio de uma alça viária, tendo assim a função de viabilizar o ingresso de veículos de outras cidades. Temos as vias coletoras que fazem a ligação com o centro dos bairros e com as vias locais.

FIGURA 75: Diagrama de Mapa do Sistema Viário – sem escala. Fonte: Própria.

Via Local Via Coletora Via Arterial Rodovia Recinto de Exposições Rios e Córregos

MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Recinto de Exposições Área de APP Área verde Área Residencial Serviços Comércio Rio e Córregos FIGURA 76: Diagrama de Uso e Ocupação do Solo – sem escala. Fonte: Própria.

51

No diâmetro de 1 Km do mapa de uso e ocupação do solo no entorno do recinto, nota-se a grande massa residencial (amarelo) e os poucos comércios (vermelho), que em sua maioria são referentes a comércio de veículos. Especicamente ao longo da Avenida Marcos Freire há uma grande área de serviços (laranja) de variados seguimentos.


MAPA DE GABARITO No diâmetro de 1 km no entorno do Recinto de Exposições pode-se constatar que grande parte das edicações são de gabarito térreo, das quais ocupam 95,2% da área pesquisada, isso acontece por duas condições distintas: uma seria que na parte posterior do Recinto houve a implantação de programas habitacionais em que as edicações em sua totalidade foram entregues em gabarito térreo, e a outra condição é de que a parte frontal do Recinto de Exposições são de lotes de dimensões generosas, tornando desnecessário a construção de mais de um pavimento, e nalizando a análise do gráco há edicações aleatórias que são de mais pavimentos ocupando assim 4,8% da área pesquisada.

Recinto de Exposições Térreo 1 Pavimento

PROPOSTA

FIGURA 78: Foto por satélite do Recinto de Exposições demarcando as áreas existentes. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor

FIGURA 77: Diagrama de Gabarito – sem escala. Fonte: Própria.

ARENA FIXA

ESTRUTURA PARA O CARNAVAL

ESPAÇO MULTIUSO

ESPAÇO PARA FOOD-TRUCK

OFICINAS CULTURAIS

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO FIXA

ESTACIONAMENTO

FIGURA 79: Fluxograma do conteúdo da proposta do projeto. Fonte: Própria.

Como proposta de revitalização do Recinto de exposições, foi seguido alguns objetivos e diretrizes que serão abordados e aprofundados durante a execução deste trabalho. O conceito da proposta é proporcionar lazer e cultura de qualidade para a população sanjoanense, e para que o projeto tenha êxito em sua conclusão é tomado como partido o uso de estruturas e equipamentos que proporcione atrativos a m de estimular a visitação maciça ao Recinto de Exposições. As linhas projetuais a serem adotadas serão rusticas, porém contemporâneas, por se tratar de um ambiente onde a cultura aplicada é o mundo do rodeio. A desapropriação de duas áreas estratégicas sem edicações no entorno do recinto será uma das medidas importantes a serem tomadas para uma melhoria na infraestrutura do recinto. 52


DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Cobertura simulando a Serra Paulista.

Coberturas com encaixes Estudo da escala humana em relação ao projeto. Desenvolvimento das formas dos pilares, coberturas e meios de promover maior ventilação. 55


PARTIDO E CONCEITO

Palco principal da arena.

Para a concepção desse projeto foi tomado como base a requalicação do Recinto de Exposições, esse processo tomou como partido o uso de materiais que são do âmbito rural, o uso do tijolinho de barro, madeiras e telhas colonial que tem seu uso em grande maioria das casas da zona rural. As formas das coberturas das edicações semelhantes a Serra da Mantiqueira e as cangas dos carros de boi. O conceito é proporcionar ao visitante uma sensação de bem estar e aconchego, assim como a paisagem rural oferece. Um local que ofereça mansidão e familiaridade com a roça regional.

Fechamento da parte inferior da aruibancada.

Arquibancadas

Arena multi-uso para eventos diversos.

“A requalicação urbana é, sobretudo, um instrumento para a melhoria da qualidade de vida da população, promovendo a construção e recuperação de equipamentos e infraestruturas e a valorização do espaço público com medidas de dinamização social e econômica, através de melhorias urbanas, de acessibilidade ou centralidade” (MOURA, et. al., 2006). 54


Nome: Escola Vela Localização: Ilhabela - SP Área total: 220.000 m² Autor: PPMS Ano: 2016

REFERÊNCIAS ESCOLA DE VELA

CONTEXTO: A Escola de Vela possui dois prédios interligados, com alojamentos amplos e modernos, salas de trinamentos admnistrativas, além de refeitório e um espaço técnico para barcos e materiais. A área atende cerca de crianças e jovens ao ano e tem ainda um avançado complexo náutico para a realização de relevantes competições no cenário nacional

FIGURA 90: Vão do Corredor da Escola de Vela. Cobertura em MLC. Fonte: https://www.carpinteria.com.br

FIGURA 91: Detalhe da Armação da Cobertura em MLC Fonte: https://www.carpinteria.com.br

FIGURA 92: Vão do Corredor da Escola de Vela. Cobertura em MLC. Fonte: https://www.carpinteria.com.br

FIGURA 93: Fachada da Escola de Vela. Fonte: https://www.carpinteria.com.br

55


BODEGAS PROTOS As instalações das Bodegas Protos consistem de uma nova adega e sede de representação social e gerencial. O edifício, respondendo às condições especiais e ambientais críticas, necessárias para a elaboração do vinho, é representativo da marca Protos e conecta-se com os arredores de Penael, fornecendo soluções que minimizam o consumo de energia necessária para manter as condições ideais. A economia de energia não é apenas importante, mas inerente à sua concepção.

Nome: Bodegas Protos Localização: Espanha Área total: 220.000 m² Autor: Richard Rogers, Alonso e Balaguer Ano: 2008

FIGURA 95: Fachada Bodegas Protos Fonte: www.archdaily.com.br

“A requalicação urbana é, sobretudo, um instrumento para a melhoria da qualidade de vida da população, promovendo a construção e recuperação de equipamentos e infraestruturas e a valorização do espaço público com medidas de dinamização social e econômica, através de melhorias urbanas, de acessibilidade ou centralidade” (MOURA, et. al., 2006).

FIGURA 96: Cobertura construída em forma de navio Fonte: www.archdaily.com.br

FIGURA 94: Cobertura leve formada por uma estrutura de arcos parabólicos de MLC. Fonte: www.archdaily.com.br

CONTEXTO: Para a concepção desse projeto foi tomado com base a requalicação do Recinto de Exposições, esse processo tomou como partido o uso de materiais que são do âmbito rural, o uso do tijolinho de barro, madeiras e telhas colonial que tem seu uso em grande maioria das casas da zona rural. As formas das coberturas das edicações semelhantes a Serra da Mantiqueira e as cangas dos carros d e b o i . O conceito é proporcionar ao visitante um bem estar semelhando ao aconchego de uma paisagem rural, lhes trazendo tranquilidade e familiaridade com a roça regional.

FIGURA 97: Fachada Bodegas Protos Fonte: www.archdaily.com.br

56


PROPOSTAS DE DISPOSIÇÃO NO TERRENO A região demarcada na cor verde será totalmente demolida e construído novos estábulos para atender a demanda dos bovinos e equinos que cam no local durante a realização dos eventos. A região demarcada na cor amarela está reservada para a construção de uma grande praça de alimentação. A região vermelha é o espaço onde a nova arena de eventos e rodeio será construída. Em azul, é o local aonde ca a arena e as arquibancadas durante a realização dos eventos, e será um novo espaço onde comportará o parque de diversões e eventos diversos. Esta proposta foi descartada devido ao grande número de intervenções que seria feito no local, a mudança dos estábulos, arena, parque de diversões, seria de grandes proporções para se enquadrar na proposta que norteiam o projeto que é a requalicação do recinto. A proposta 2 foi estudada com 4 manchas, sendo elas a de cor verde, vermelho, amarelo e roxo, e tiveram os seguintes seguimentos: A cor verde optou-se para que se mantivesse o local da mesma forma, com intervenções estratégicas junto à arquitetura dos estábulos. Dando seguimento na área de cor vermelha a nova arena a ser construída, A região em que está demarcado na cor amarela foi pensado na construção da nova praça de alimentação e onde se pode instalar o parque de diversões. Finalizando esta proposta, na região roxa serão demolidos os estábulos que recebem os bovinos, esta área será destinada para a construção da escola de Cultura sertaneja. A proposta 2 não foi aprovada de modo que não haveria outro local para realocação dos estábulos para bovinos. Após a rejeição desta proposta deu-se início ao estudo da proposta 3, da qual foi aceita e aplicada nesse projeto. 57

01

FIGURA 98: Foto por satélite do Recinto de Exposições demarcando a 1ª proposta de disposição do projeto no terreno. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor

02

FIGURA 99: Foto por satélite do Recinto de Exposições demarcando a 2ª proposta de disposição do projeto no terreno. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor


PROGRAMA DE NECESSIDADES 15 ESTÁBULOS 250m² cada

5 estábulos serão demolidos e no lugar será construída uma escola da cultura sertaneja. 1.400m²

PAVILHÃO DO COMÉRCIO 990m²

Receberá o nome de "Pavilhão Multiuso". Será reformado e ampliado. 1.200m²

ARENA FIXA (inexistente)

Havia apenas o espaço. Agora ela será xa e terá capacidade para 25.000 pessoas. 12.075m²

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO (inexistente)

A praça de alimentação será coberta e terá capacidade para atenter cerca de 1200 pessoas. Contará com 24 "box" para serem utilizados por comerciantes. 4.200m²

ENTRADA 700m²

A entrada foi reformada a m de proporcionar um impacto positivo logo na chegada dos frequentadores ao local 700m²

VIAS INTERNAS

Todas as vias e acessos foram alterados e pavimentados

58


PLANO DE MASSAS E SETORIZAÇÃO Após as pesquisas e estudos feitos no local do projeto, levando-se em conta a topograa, circulação, edicações existentes e acessos, optou-se pela seguinte Setorização:

Marrom: A área demarcada na cor marrom é o espaço que atualmente se encontra uma chácara vizinha ao recinto de exposições, no atual projeto essa área será desapropriada para o aumento das dimensões do recinto tendo a função de receber os cinco estábulos que serão realocados em seu espaço, esses novos estábulos terão a mesma arquitetura dos estábulos de equinos, trazendo para o projeto uma padronização de sua arquitetura.

FIGURA 100: Foto por satélite do Recinto de Exposições Demarcando a Setorização Proposta. Fonte: Google Earth - Alteração do Autor

Vermelho: A ár ea De m a r ca da na co r v e r m elho atualmente é o espaço onde são montadas as estruturas das arquibancadas e o palco para realização dos shows, na mesma arena é realizado o rodeio, este espaço ganhará uma arena com as dimensões que comporta o espaço.

Laranja: O espaço demarcado na cor laranja atualmente é um espaço somente utilizado quando há a realização anual da Apic, no atual projeto este espaço ganhará uma praça de alimentação xa que poderá ser utilizada durante a realização de eventos diversos.

59


Azul: Área demarcada na cor azul, atualmente é um pasto de propriedade de uma empresa que tem suas instalações ao lado, a atual utilização desta área é para o descarte de freezer e geladeiras que não tem mais utilização, no atual projeto esta área receberá um estacionamento para veículos de visitantes.

Amarelo: A área destacada em amarelo onde atualmente o espaço é somente é utilizado para a instalação de parques de diversões durante a realização da festa anual Eapic, no atual projeto essa área será pavimentada e continuará servindo para a instalação de parques de diversões, circos ou eventos que demandam um grande espaço com infraestrutura adequada para sua instalação.

Roxo: A região destacada na cor roxa, se localiza estábulos com baias a m de atender a demanda de equinos que estão à disposição de competições e apresentações. Após os estudos destinados a essa região optou-se por não realizar intervenções severas neste local, passando apenas pela reforma dos estábulos e sua repaginação arquitetônica, as vias do seu entorno serão reformadas.

Turquesa: Área marcada na cor turquesa, se encontra atualmente o pavilhão do comércio, que só é utilizado durante a realização anual da Eapic, no projeto atual está edicação será redimensionada, instalações de novos sanitários e uma remodelação de sua arquitetura.

Verde: A área demarcada na cor verde atualmente é se concentra todas as provas hípicas, este local se manterá com algumas adaptações em suas dimensões e no seu entorno.

Preto: A região destacada na cor preta onde se encontra atualmente a entrada do recinto de exposições, continuará sendo referência para o acesso de visitantes ao recinto, passando por uma e modelagem arquitetônica, de modo a atender não somente sua função de acesso, mas também congurar um marco de referência para o recinto disposições com uma portaria imponente e que possa ser vista por quem passa em frente ao recinto.

Rosa: A região destacada na cor rosa, se encontra cinco estábulos para atender a demanda de bovinos, durante o período em que se realiza as festividades relacionadas ao tema agronegócio, esses cinco estábulos serão remanejados para outra área, cedendo lugar para uma escola da cultura sertaneja.

60


MATERIAIS MLC

FIGURA 101: Placa de CLT submetida ao teste de carbonização

FIGURA 102: Processo de fabricação MLC

Com a intenção de atingir vãos de grande porte dentro do projeto, pensou se, no método construtivo com o uso da mlc (Madeira Laminada Colada). Essa técnica de formar vigas com madeiras uma colada a outras, teve seu início no século XIX, esse método de construir com madeira só evoluiu em seu campo de aplicação na década de 1940 com o surgimento das colas sintéticas.não temos a cultura de se construir residências com madeiras. VANTAGENS: Grandes envergaduras: a madeira laminada colada se caracteriza por alta capacidade de carga e baixo peso próprio, permitindo assim a fabricação de componentes de pequenas dimensões e grandes envergaduras; Formas livres: a madeira laminada colada proporciona uma grande exibilidade com curvaturas, arqueadas e dobradas em sua forma; Número menor de ligações: : em comparação com as estruturas de madeiras feitas com peças maciças, os elementos concebidos em madeira laminada colada exigem um número bem menor de ligações, uma vez que são previstos para grandes dimensões; Leveza: a leveza das estruturas em madeira laminada colada oferece maior facilidade de montagem, desmontagem e possibilidade de ampliação. Além disso, com o peso “morto” sendo menor se comparado com outros materiais, como o concreto, pode-se economizar também nas fundações; Resistência mecânica: uma viga de madeira laminada colada e uma de aço, com a mesma massa, observa-se a mesma capacidade de resistência. Da mesma maneira, se for feita a comparação entre uma viga de madeira laminada colada e uma de concreto, com o mesmo volume, observa-se que as duas possuem o mesmo poder de resistência, sendo que neste caso a de madeira laminada colada ca aproximadamente cinco vezes mais leve que a de concreto.

Seu Uso varia desde pequenas construções com madeira aparente até passarelas Pontes ou grandes edifícios, o mais interessante é que o material consegue atingir 100 metros sem apoio intermediário desempenho superior ao da madeira maciça.

FIGURA 103: Esquema em corte de como lamina é montada.

61

A MLC pode ser utilizada em qualquer tipo de construção seja projetos industriais residenciais comerciais entre outros, antes de ser aplicada ao projeto a madeira laminada colada passa por diversos tratamentos para que a mesma não sofra com intempéries do tempo.


No Brasil esse método construtivo vem crescendo ano após ano, mas ainda é considerado baixo a sua utilização, visto que países do Hemisfério Norte sua utilização é cultural, no Brasil s, já que não existe um selo de qualidade estrutural para a MLC como em outros países.

Além dos benefícios da própria madeira, como valor estético e propriedades termoacústicas, a MLC se destaca pela alta capacidade de carga e baixo peso próprio, permitindo grandes envergaduras e formas mais exíveis. Além disso, apresenta alta resistência ao fogo e estabilidade dimensional, características decorrentes do seu processo de fabricação. Por sua vez, o processo de fabricação da MLC consome pouca energia em relação aos outros materiais construtivos. “É 24 vezes menor do que o aço; 14 vezes menor do que o vidro; e 5 vezes menor do que o cimento”, compara Calil, acrescentando que o material ainda apresenta baixo nível de perda para sua manufatura e pode ser facilmente obtido de fonte renovável, de orestas plantadas ou manejadas. Entre outras vantagens, ainda se destacam a resistência a substâncias químicas e agressivas e a baixa necessidade de manutenção e pintura. Por ser industrializada, a MLC evita desperdícios de materiais e agiliza a montagem, acarretando um menor tempo de canteiro de obra. DESVANTAGENS: Já sua desvantagem consiste no preço elevado comparado aos sistemas convencionais, principalmente pela baixa cultura de uso da madeira no Brasil. O grande obstáculo é identicar os fabricantes e vericar se eles seguem as normas vigentes, já que não existe um selo de qualidade estrutural para a MLC como em outros países. Devido seu processo de fabricação, as estruturas nunca poderão ser confeccionadas no local da obra, seu transporte necessita de mão de obra e maquinário especializado, dentre as desvantagens encontradas está também seu alto custo, pois no Brasil este sistema construtivo ainda está em evolução.

FIGURA 104: Camadas de uma Viga de MLC. Fonte: https://ravprojects.com.br/SITE/madeira-laminada-colada-mlc-em-estruturas/

FIGURA 105: Esquema de uma viga de MLC. Fonte: https://istoeengenharia.wordpress.com

FIGURA 106: Consumo de Energia para Fabricação da MLC Fonte: http://madeiralaminadacolada.com

62


PISO- INTERTRAVADO É um piso composto por bloquetes pré-fabricados de concreto de diferentes dimensões, cores e texturas. Quando dispostos em conjunto (como se fossem um quebra-cabeça), formam superfícies pavimentadas uniformes e rmes, capazes de receber o tráfego de pessoas e veículos. Facilidade de execução: A primeira vantagem desse piso é que ele é instalado sem a necessidade de equipamentos sosticados e mão de obra altamente qualicada. A execução pode ser feita manualmente, apenas encaixando bloco por bloco no padrão desejado. Os equipamentos usados no processo (guilhotinas de pressão, por exemplo) são simples e servem para cortar as peças que serão posicionadas nas extremidades do pavimento.Além disso, como não há lançamento de concreto ou rejunte de cimento, o tempo de cura e secagem é dispensável e o tráfego de pessoas pode ser liberado assim que o piso for nalizado. Drenagem eciente: Quando há um correto espaçamento entre as peças do piso intertravado, a água da chuva pode ser escoada para os lençóis freáticos. Por permitir essa inltração, o pavimento é considerado sustentável, pois evita a impermeabilização do solo e previne problemas, como acúmulo de água e enchentes. Outros tipos de peças que também facilitam a drenagem e são ecologicamente corretas são os bloquetes vazados usados para plantio de grama. Tráfego mais seguroConsiderando que a superfície do piso intertravado é naturalmente antiderrapante, ele oferece maior segurança a veículos e pessoas se comparado a outros tipos de pavimentos. Isso signica que pode ser usado em trechos de ruas e estradas íngremes ou com curvas sinuosas, permitindo que motoristas tenham mais controle de seus automóveis. 63

FIGURA 107: Piso inter-travado Fonte: https://cimentomaua.com.br/blog/pisointertravado-conheca-suas-caracteristicas-e-beneficios/

FIGURA 108: Esquema de renagem piso intertravado Fonte: http://www.rhinopisos.com.br/_libs/imgs/final/664.jpg

TIJOLO DE BARRO O tijolo comum, também chamado de cerâmico ou tijolo de barro, tendo seu uso para construções, comuns ou complexas. Podendo ser utilizado tbm no quesito decoração, nesta obra foi utilizado das duas formas. FIGURA 109: Tijolo de barro.

Presente em diversas residências e ambientes comerciais, os tijolos aparentes conferem ao espaço um estilo rústico.

FIGURA 110: Parede de tijolo de barro.


SISTEMA BEMO ROOF O sistema de Cobertura Metálica BEMO ROOF, consiste em telhas contínuas e zipadas (costura à maquina), produzidas em obra através das unidades móveis perladoras, em comprimentos variáveis de até 150m, utilizando bobinas de diferentes materiais. O processo de fabricação é realizado sob medida no canteiro de obras. Trata-se de uma construção limpa e rápida, que permite racionalização e precisão no dimensionamento dos custos e recursos necessários para viabilização do empreendimento, contando com assessoria técnica eciente desde a concepção do projeto até sua montagem nal. Possui máxima eciência produtiva, com mínimo de perdas possível, além de produção versátil e customizada. Permite uma cobertura com eciência térmica e com absorção acústica

FIGURA 111: Assessoria técnica na montagem final. Fonte: http://www.bemo.com.br/produtos/coberturas-zipadas/

Permite coberturas curvas, côncavas ou convexas. Telhas perladas na própria obra.

FIGURA 112: Costura à maquina. Fonte: http://www.bemo.com.br/produtos/coberturas-zipadas/

Vedação homogênea, uniforme além da possibilidade de dezipageme e zipagem das telhas.

FIGURA 113: Detalhe do processo de zipagem da telha. Fonte: http://www.bemo.com.br/produtos/coberturas-zipadas/

FIGURA 114: Possibilidade de coberturas Fonte: http://www.bemo.com.br/produtos/coberturas-zipadas/

64


PROJETO ESTÁBULOS - PLANTA E ELEVAÇÕES

65


ESTÁBULOS - CORTES E ESTRUTURA

FIGURA 114: Possibilidade de coberturas Fonte: Grupo Carpinteria

Para calcular o pré dimensionamento da estrutura da cobertura em MLC, foi utilizado uma planilha (Figura 115) disponibilizada pelo grupo Carpinteria, da qual fornece as dimensões necessárias para projetar a estrutura. 66


PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO - PLANTA E ELEVAÇÕES

67


PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO - CORTES E ESTRUTURA

68


ARENA - ELEVAÇÕES

69


ARENA - CORTES E PLANTA

70


PAVILHÃO - ELEVAÇÕES

71


PAVILHÃO - CORTES E PLANTA

72


ESCOLA - PLANTA E ELEVAÇÕES

Elevação Oeste

Nível 01 Elevação Leste

Elevação Norte

Elevação Sul 73


ESCOLA - CORTES

Corte AA

Corte BB

74


CONCLUSÃO

Um dos maiores desaos do projeto foi a tentativa de cativar e emocionar o visitante. Oferecer um local que lhe traga sensações referentes a liberdade, assim como o campo traz, e também proporcionar em cada pessoa que visitar o local, um aconchego que o ambiente da roça proporciona. As edicações já existentes e a área demasiadamente grande dicultaram o detalhamento do projeto, porém o que era desao se tornou oportunidade. A requalicação de um local o qualica novamente, e como visto anteriormente nesse trabalho: envolve a articulação e integração de diversos componentes como, por exemplo, a habitação, a cultura, a coesão social e a mobilidade. Proporcionar essa integração foi o principal objetivo desde o início. Após o termino do mesmo, percebe-se que há possibilidades de aperfeiçoamento no local. De modo geral e pertinente, podemos citar como melhorias futuras a cobertura da arena e a inclusão de outras áreas de entretenimento que possam vir a agregar. Contudo, tenho a convicção de que houve a busca em poder proporcionar um belo Recinto de Exposições.

75


BIBLIOGRAFIA ADRIANO ARAÚJO (Campina Grande). Retalhos Históricos de Campina Grande. 2011. Disponível em: <http://cgretalhos.blogspot.com/>. Acesso em: 10 jun. 2018. AGUERRE, G. A.; LUCIRIO,. Como funciona um rodeio. super.abril.com.br, 2016. Disponivel em: <https://super.abril.com.br/historia/touro-montado-nafuria/>. Acesso em: 03 maio 2018. BARRETOS (Barretos). Festa do Peão de Barretos. 2018. Disponível em: <http://www.independentes.com.br/festadopeao/inicio>. Acesso em: 01 jun. 2018. BEMO DO BRASIL (Diadema). Coberturas Zipadas. 2018. Disponível em: <http://www.bemo.com.br/produtos/coberturas-zipadas/>. Acesso em: 25 out. 2018. CALLADO, A. A. C. Agronegócio. 3. ed. São Paulo: Atlas S.A, 2011. CIMENTO MAUÁ (Brasil) (Org.). Piso intertravado: conheça suas características e benefícios. 2018. Disponível em: <https://cimentomaua.com.br/blog/pisointertravado-conheca-suas-caracteristicas-e-beneficios/>. Acesso em: 01 out. 2018. CLIMA TEMPO. Clima tempo. Disponível em: <https://www.climatempo.com.br>. Acesso em: 10 jun. 2018 CONSTITUIÇÃO, F. topicos/10648364/artigo-215-da-constituicao-federal-de-1988. www.jusbrasil.com.br, 1988. Disponivel em: <https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10648364/artigo-215-da-constituicao-federal-de-1988>. Acesso em: 06 maio 2018. CULTURA, M. D. o-ministerio. http: //www.cultura.gov.br, 1985. Disponivel em: <http://www.cultura.gov.br/o-ministerio>. Acesso em: 08 maio 2018. FUNARI, P. P.; PINSKY, J. Turismo e Patrimônio Cultural. São paulo: Pinsk LTDA, 2001. DARCY  RIBEIRO. O Povo Brasileiro: A Formação e o Sentido do Brasil. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 477 p. Disponível em: <http://www.iphi.org.br/sites/filosofia_brasil/Darcy_Ribeiro_-_O_povo_Brasileiro-_a_forma%C3%A7%C3%A3o_e_o_sentido_do_Brasil.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2018. ENG. FERNANDA MOREIRA. Madeira Laminada Colada. 2016. Disponível em: <http://www.guiadaobra.net/madeira-laminada-colada-903/>. Acesso em: 02 set. 2018. EXPOINGÁ. Expoingá Oficial. Disponível em: <https://www.flickr.com/people/expoingaoficial/>. Acesso em: 10 jun. 2018. FOLHA UOL. Após seis anos, presidente da Embrapa deixará cargo em outubro: Mudanças estruturais ficarão para sucessor de Maurício Lopes, que está no cargo desde 2012. 2018. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/vaivem/2018/06/apos-seis-anos-presidente-da-embrapa-deixara-cargoem-outubro.shtml?loggedpaywall#_=_?loggedpaywall?loggedpaywall>. Acesso em: 26 ago. 2018. G1, P. D. N. Empresários investem milhões de reais em cantores sertanejos. http: //g1.globo.com, 2015. Disponivel em: <http://g1.globo.com/profissaoreporter/noticia/2015/07/empresarios-investem-milhoes-de-reais-em-novos-cantores-sertanejos.html>. Acesso em: 06 maio 2018. 76


IBGE. Agropecuária. Disponível em: <https://brasilemsintese.ibge.gov.br/agropecuaria.html>. Acesso em: 01 set. 2018. LEI 10220/01 | LEI NO 10.220, D. 1. D. A. D. 2. Legislação. presrepublica.jusbrasil.com.b, 2001. Disponivel em: <https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/100800/lei-10220-01>. Acesso em: 06 maio 2018. LEI 10519/02 | LEI NO 10.519, D. 1. D. J. D. 2. Legislação. presrepublica.jusbrasil.com.b, 2002. Disponivel em: <https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/99858/lei-10519-02>. Acesso em: 06 maio 2018. LEI Nº 13.364, D. 2. D. N. D. 2. código civil. http: //www.planalto.gov.br, 2016. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/2016/lei/L13364.htm>. Acesso em: 08 maio 2018. LEI Nº 8.313, D. 2. D. D. D. 1. diarios. www.jusbrasil.com.br, 1991. <https://www.jusbrasil.com.br/diarios/busca?q=Art.+25%2C+inc.+VII+da+Lei+8313%2F91>. Acesso em: 08 maio 2018.

Disponivel

em:

LEONARDO MÁRQUEZ. Bodegas Protos / Richard Rogers + Alonso y Balaguer. 2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/623433/bodegasprotos-richard-rogers-mais-alonso-y-balaguer>. Acesso em: 25 ago. 2018. LIMA, M. radar/empurrao-milionario/. veja.abril.com.br, 2012. Disponivel em: <https://veja.abril.com.br/blog/radar/empurrao-milionario/>. Acesso em: 08 maio 2018. LUIZ GUSTAVO GASPARINO (São João da Boa Vista). A EAPIC e as exposições agropecuárias em São João da Boa Vista. 2017. Disponível em: <https://medium.com/@revistaatua/a-eapic-e-as-exposi%C3%A7%C3%B5es-agropecu%C3%A1rias-em-s%C3%A3o-jo%C3%A3o-da-boa-vistac9d5926ee630>. Acesso em: 4 ago. 2018. MARINGÁ. PREFEITURA MARINGÁ. . Maringá Turistica. 2018. Disponível em: <http://www2.maringa.pr.gov.br/turismo/>. Acesso em: 10 ago. 2018. MEGIDO, J. L. T.; XAVIER, C. MARKETING & aGRIBUSINESS. 2. ed. São Paulo: Atlas S.A, 1994. MIRIAN LOBATO DE OLIVEIRA. Caipira: Caipira- uma figura estigmatizada. Disponível em: <https://historiadesaopaulo.wordpress.com/o-caipira/>. Acesso em: 10 ago. 2018. MONTEIRO, A. Maior rodeio da América Latina acontece de 20 a 30 de agosto gerando benefícios para rede hoteleira, imobiliária, empresas de alimentação e supermerca. http: //www.independentes.com.br, 2015. Disponivel em: <http://www.independentes.com.br/festadopeao/noticia/558/festa-do-peao-debarretosmovimenta-mais-de-r-200-milhoes-e-espera-cerca-de-900-mil-pessoas>. Acesso em: 05 maio 2018. MOURA, Dulce; et.al. A revitalização urbana: contributos para a definição de um conceito operativo. In: Cidades, Comunidades e Territórios, n.0 12/13, 2006, pp. 13- 32 15. Disponível em: <https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/3428/1/Cidades2006-12-13_Moura_al.pdf>. Acesso em 19 jul. 2018. PARAÍBA CRIATIVA (Paraíba) (Org.). Parque do Povo. 2017. Disponível em: <http://www.paraibacriativa.com.br/artista/parque-do-povo/>. Acesso em: 03 jun. 2018. 77


PORTAL AGRISHOW. A AGRISHOW É O TERMÔMETRO DO AGRONEGÓCIO NO BRASIL. www.agrishow.com.br, 2018. Acesso em: 06 maio 2018. R E D A Ç Ã O , P. A r e n a d e B a r r e t o s é o b r a d e N i e m e y e r . c a s a v o g u e . g l o b o . c o m , 2 0 1 5 . D i s p o n i v e l e m : <https://casavogue.globo.com/Arquitetura/Cidade/noticia/2015/08/arena-de-barretos-e-obra-de-niemeyer.html>. Acesso em: 15 maio 2018. P O R TA L B R A S I L . A g r o p e c u á r i a b r a s i l e i r a é u m a d a s q u e m a i s c r e s c e n o m u n d o . 2 0 1 7 . D i s p o n í v e l e m : <http://www.brasil.gov.br/noticias/infraestrutura/2017/05/agropecuaria-brasileira-e-uma-das-que-mais-cresce-no-mundo>. Acesso em: 20 ago. 2018. Prefeitura Campina Grande. Grande Campina. Disponível em: <http://www.grandecampina.com.br/>. Acesso em: 03 jun. 2018. RODRIGUES, S. A atividade do Rodeio no Brasil. www.jusbrasil.com.br, 2015. Disponivel em: <https://inayberrodrigues.jusbrasil.com.br/artigos/155145930/a-atividade-do-rodeio-no-brasil>. Acesso em: 06 maio 2018. ROGERIO ABREU. MADEIRA LAMINADA COLADA (MLC) EM ESTRUTURAS? 2017. Disponível em: <https://ravprojects.com.br/SITE/madeira-laminadacolada-mlc-em-estruturas/>. Acesso em: 10 ago. 2018. SALOMÃO, P. R. Promotores de provas de rodeios esperam crescimento no Brasil. https: //revistagloborural.globo.com, 2016. Disponivel em: <https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Economia-e-Negocios/noticia/2016/02/promotores-de-provas-de-rodeios-esperam-crescimento-nobrasil.html>. Acesso em: 04 maio 2018. SÃO JOÃO DA BOA VISTA. IBGE. . Amostra de Domicílios. 2018. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sao-joao-da-boavista/pesquisa/23/47427?detalhes=tru>. Acesso em: 05 set. 2018. SÃO PAULO. PREFEITURA SJBV. . História da cidade de São João da Boa Vista. 2018. Disponível em: <http://www.saojoao.sp.gov.br/home/cidade.php>. Acesso em: 05 set. 2018. ZARA, H.; BENEDETTI, R. As Exposições Agropecuárias, em São João da Boa Vista. São joão da Boa Vista: Gráfica Sanjoanense, 2013.ght, 2003. 23 p. Disponível em: <http://sinop.unemat.br/site_antigo/prof/foto_p_downloads/fot_9080nby_15220_pdf>. Acesso em: 20 nov. 2017.

78


ANEXOS PESQUISA DE INTERESSE DA POPULAÇÃO Uma proposta de revitalização que envolve um local público como o Recinto de Exposições, obrigatoriamente devese consultar toda a população, pois toda essa mudança irá benecia-la direta ou indiretamente, ou impactará de alguma forma na vida dos moradores da circunvizinhança. Foi proposto algumas perguntas pertinentes ao assunto “Recinto de Exposições Municipal”, e posteriormente com os resultados das respostas obtidas, pode-se fazer uma análise de qual diretriz projetual que seria melhor e mais adequada para que houvesse um maior índice de aceitação e de apoio dos sanjoanenses, e pensar em qual intervenção no Recinto de exposições seria o ideal e mais utilizado. A pesquisa foi feita entre os dias 05 a 20 de maio de 2018 e responderam à pesquisa 46 moradores de são João da Boa vista, com as respostas obtidas pode-se entender melhor o que a população sanjoanense pressupõe sobre o Recinto de Exposições Municipal e seu uso.

PERGUNTA 01

Pode-se constatar que 91,7% dos entrevistados já visitaram o Recinto de Exposições municipal, e com esse dado torna-se relevante a opinião dos mesmos referentes a mudanças internas e externas no Recinto.


PERGUNTA 02

Segundo a pesquisa realizada, 74,4% dos visitantes se deslocam com destino ao Recinto de Exposições com o uso de carro, isso representa que a maioria dos visitantes e frequentadores do local fazem uso de carro próprio, com a análise deste dado pode-se notar que existe um grande uxo de veículos no entorno do Recinto de Exposições e traz a necessidade de se reetir na implantação de um estacionamento no local. Com 10% de pessoas que caminham até o Recinto de Exposições, entende-se que são visitantes que moram nas proximidades do mesmo, com esse dado pode-se concluir que há a necessidade de se preocupar com a quantidade de acessos, e que os tipos de acessos facilitem a rápida entrada do visitante. Segundo o Gráco podemos constatar que 7,7% de frequentadores se dirigem ao Recinto de Exposições usando moto como meio de transporte, entende-se assim novamente a necessidade de cogitar a possibilidade da implantação de um estacionamento. O transporte público cou com 5,1% do meio de transporte em que os visitantes se deslocam para o Recinto de Exposições, trazendo assim a obrigação de se analisar a probabilidade de se redesenhar um novo acesso e parada de ônibus para assim contribuir para melhoria do Recinto. O item “outro” cou com 2,5% de algum meio de transporte em que o visitante se locomove para o Recinto, tornando um dado de sem relevância na pesquisa, por não saber de que modo em que os frequentadores se locomovem para chegar até o local.


PERGUNTA 03

Com a análise desta pergunta da pesquisa de opinião pública pode-se constatar que 50% dos entrevistados não estavam aptos para responder as perguntas da pesquisa pois os mesmos nunca moraram no entorno do recinto. E fazendo uma segunda análise tomando como base produtiva os outros 50% dos entrevistados que já tiveram a experiência de residir próximo ao Recinto, temos os resultados a seguir de que 42,2% eram incomodados pelo som alto durante a apresentação de shows, e 26,4% dos entrevistados alegaram que o maior incômodo seria o ruído da parte externa do recinto, entendendo-se que seria o grande uxo de carros e pessoas durante os dias de realização de eventos no Recinto. Segundo a pesquisa de opinião 26,4% dos entrevistados não se incomodavam com nenhum tipo de ruído ocasionado pela realização de evento. Segundo o que o gráco da pesquisa de opinião pública, onde o mesmo consegue transmitir claramente a informação de que o maior problema para quem reside no entorno do Recinto de Exposições é a poluição sonora, incomodando com os ruídos da parte externa, com o grande uxo de veículos e pessoas transitando no seu entorno e com o som alto durante a apresentação dos shows.


A pergunta de número 04 da pesquisa de opinião pública deste trabalho, sugere aos entrevistados algumas opções de propostas com atividades a serem analisadas e que posteriormente possam ser incluídas no projeto de revitalização do Recinto de Exposições.

PERGUNTA 04

EQUOTERAPIA Segundo a pesquisa 26,7% dos entrevistados optaram por um centro de reabilitação motora conhecido como Equoterapia, que é uma das opções sugeridas nessa pesquisa de opinião pública, onde o cavalo é utilizado de forma a ajudar a reabilitar pacientes que sofreram lesões medulares e que tiveram sua coordenação motora limitada ou encerrada por conta de algum acidente. Pacientes com necessidades especiais também se utilizam desse método terapêutico com o intuito de amenizar e diminuir suas diculdades com a locomoção diária.

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO Com 25% da preferência dos entrevistados cou a “Praça de alimentação xa”, essa pergunta foi elaborada no intuito de fazer os entrevistados reetirem na possibilidade de ter um local para lazer e interação com outras pessoas, e ao mesmo tempo comer o que gosta, participar de eventos “goumert” e festivais onde a atração principal e a comida. O que a pesquisa nos mostra é que há uma insuciência de locais públicos agradáveis para se alimentar e que as pessoas possam se reunir. Tendo esse conhecimento pós pesquisa, pode-se pensar na possiblidade de se propor um local no interior do Recinto de Exposições onde haja um espaço para as pessoas passarem o tempo, bebendo o que gostam e se alimentando de forma confortável.

ESCOLA DE PEÃO A opção “Escola de Peões” cou em último lugar com 10% de toda votação dos itens da pergunta de número 04, foi proposto essa atividade pensando no gênero de esporte que é mais conhecido dentro do Recinto de Exposições. A proposta de implantação de uma Escola de Peões dentro do Recinto de Exposições foi colocada como sugestão de itens para atividades que poderiam ser implantadas, pois a escolha de alguns dos itens poderá direcionar o trabalho.

ARENA FIXA COM EVENTOS DIVERSOS. Esta opção cou em segundo lugar com 23,3% da opinião dos entrevistados, esse item foi colocado na pesquisa de opinião com o intuito de compreender o que o sanjoanense espera sobre uma arena do Recinto de Exposições que não é xa, pois a mesma é montada anualmente somente para a realização da EAPIC. Com essa informação em mãos e sabendo-se que é uma das opções de atividades mais apreciada pelos entrevistados, pode-se supor que há uma carência de arena xa no local, e que a mesma poderia abrigar ventos que já acontecem na cidade.

LOJAS FIXAS COM ARTIGOS LIGADOS A MODA COUNTRY. Na quarta posição da pesquisa das intenções de atividades que poderia ter no interior do recinto temos com 11,7% “Lojas xas com artigos ligados a moda country”, essa opção de atividades tem o intuito de se abranger o comércio de São João da Boa vista, usando outros Recintos como experiência a possibilidade do visitante levar para casa algo que recorde de sua visita ao Recinto, e também roupas e assessórios do mundo das festas de peão.


PERGUNTA 05 Segundo informações obtidas pela pesquisa, 69,4% dos entrevistados já visitaram outros recintos de exposições, e foi perguntado se já vivenciaram algum tipo de experiência em outros recintos que se enquadraria para ser implantado no Recinto de Exposições de São João da Boa Vista, as sugestões foram diversas. Segue abaixo as sugestões: 1ª- Algo atrativo que não atrapalhasse a comunidade local. 2ª- Recinto totalmente pavimentado exceto Arena. 3ª- Comida, games e interatividade. 4ª- Variedades de praça de alimentação, novidades para brinquedos pensado nas famílias, touro mecânico, cobrar mais barato as instalações. 5ª- Feiras anuais. 6ª- Arena xa. 7ª- Outros eventos alternativos.

PERGUNTA 06 Segundo a pesquisa 86,1% dos entrevistados apoiam uma intervenção no Recinto de Exposições para que haja uma Revitalização completa, com essa informação entende-se que há o apoio da população para intervir de forma a melhoria do espaço. Apenas 13,9% se manifestaram com a opção indiferente, sabese que não é unânime o interesse da população em todas as intervenções em aparelhos públicos, praças, parques e etc.

Você gostaria que o Recinto de Exposições de São João da Boa Vista passasse por uma reestruturação em todos os seus setores, para abrigar eventos o ano inteiro?


PERGUNTA 05 A pergunta nal para a conclusão da pesquisa de opinião pública foi elaborada com a nalidade de compreender a vontade da população em ter a disposição um Recinto de Exposições com vários atrativos para o lazer e cultura. Com o resultado desta pergunta em especial, pode-se entender a o quão importante seria a revitalização do Recinto de Exposições para o uso da população local e do município, para que o entendimento dessa pergunta que mais claro, informa-se que a estrutura da pergunta ofereceu como opções de respostas apenas três itens que foram “Sim”, “Talvez” ou “Não”, fazendo uma leitura do gráco ca expressivamente entendido que 80.6% dos pesquisados, sinalizaram que caso houvesse uma revitalização do Recinto de Exposições os mesmos o frequentariam. A segunda resposta conclusiva foi que 19,4% dos entrevistados responderam que talvez frequentariam o espaço após essa revitalização, o que se entende com essa resposta é que não há a aversão dos entrevistados em frequentar Recinto de Exposições, e o mais importante é que os mesmos sinalizaram que poderia haver a possibilidade de uso do espaço. Como terceiro item foi colocado à disposição dos entrevistados a opção de responderem que não havia interesse algum em frequentar o Recinto de Exposições mesmo após uma revitalização e reestruturação de toda sua área e estrutura, e 0,0% optaram por essa resposta, ou seja, não houve um entrevistado que armasse que não frequentaria o espaço de forma alguma. Encerrando este subcapítulo de Pesquisa de opinião pública, é certo armar que após todos os questionamentos aqui abordados, existe o interesse da população em usufruir de um espaço de qualidade com lazer e cultura.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.