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NO TÍC IA S Fotógrafos baianos reunidos para discutir sua própria produção QUARTA-FEIRA , 09/2013 por: iwwa Um público diferenciado compareceu ao auditório da Escola de Administração da UFBA, para participar do Em Foco: Processos Criativos e Técnicas de Fotografia. O evento promovido pelo Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), contou com a presença dos fotógrafos, Ricardo Prado, Cristina Damasceno e Rodrigo Wanderley.
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Com a mediação do diretor do MAM-BA, Marcelo Rezende, o trio de profissionais, que integram diferentes gerações e áreas de especialização da fotografia, contou – através dos próprios ensaios, projetos fotográficos e aspirações – como se dá o processo de criação. Os palestrantes também apresentaram questões relacionadas ao mercado e aspectos técnicos de execução de fotografias. Mas se revelarem como sujeitos de um universo onde a linguagem fotográfica também está muito presente, em memórias pessoais de álbuns de família, nos jornais, nas galerias de arte e cada vez mais nas redes sociais. Para o arte-educador, Márcio Luis, o debate apresentou um novo olhar sobre a profissão de fotógrafo, que para ele ainda é um hobby: “Comprei uma máquina profissional e agora eu vou poder aprimorar essa atividade com novas percepções”, comenta.
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Cristina Damasceno, jornalista e mestre em Artes Visuais, iniciou sua fala ressaltando o pioneirismo das ações do MAM-BA, na promoção de debates sobre a arte contemporânea e fotografia, destacando que nos anos 60, a arquiteta italiana e fundadora do museu, Lina Bo Bardi, foi uma das articuladoras da organização do Primeiro Salão de Arte Fotográfica da Bahia, junto com a Associação de Fotógrafos Amadores da Bahia (AFAB). O salão, realizado na época no foyer do Teatro Castro Alves, se transformou em um importante marco para a fotografia artística no estado.
Com especialização em Ótica e Foto Técnica pela Staatliche Fachschule für Optic und Techinic (Berlim), Cristina contou sobre sua experiência fotografando a famosa companhia de balé alemã Tanztheater Wuppertal Pina Bausch.
Outro que compôs a mesa foi o publicitário Ricardo Prado, que é mineiro e vive em Salvador desde o início dos anos 90. “Comecei a fotografar em 1997, com uma pentaxP30, comprada com meu primeiro salário de publicitário, desde então sabia que precisava interiorizar a minha fotografia. Deixei de lado a área publicitária, pois me afligia a questão dos prazos apertados e passei a me dedicar à fotografia documental, mantendo o olhar sempre focado”, diz Ricardo. Ricardo é autor da exposição “Fé”, em cartaz até o dia 08 de outubro, no foyer do Teatro Castro Alves. A mostra de 30 fotografias em preto e branco é resultado dos quatro anos em que o fotógrafo acompanhou a romaria de Bom Jesus da Lapa – cidade no interior da Bahia, a 900 Km de Salvador. Os espectadores são guiados na exposição pelos poemas do escritor alagoano, radicado na Bahia, José Inácio de Vieira Melo, que transformou em palavras os sentimentos que as imagens lhe transmitiram. “Fé” é a quarta mostra de Ricardo Prado a tratar de temas religiosos: Odé de Iyá (2013), Odoyá Mãe do Rio (2009) e Romeiros de Pedro Batista (2001).
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Ricardo Prado aproveitou a oportunidade para contar sobre o seu novo projeto, a produção de um álbum sobre o clube de motociclistas “Hells Angels”.
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“Para se fazer uma boa foto, é preciso antes de tudo, ver alguma coisa”, sugere o fotógrafo e jornalista Rodrigo Wanderley ao comentar sobre como ele consegue boas imagens e ter um olhar tão apurado, mesmo com pouco tempo de profissão. Em clima descontraído de bate-papo, o jovem rapaz falou do projeto “Varal Itinerante”, projeto que leva uma exposição coletiva aos espaços públicos; sobre a mostra “Retratos Imaginados”, resultado do seu trabalho de conclusão de curso em jornalismo na UFBA; e sobre os seus “Causos Fotografados”, que unem poesia, humor e fotografia.
Da cidade de Santo Antônio de Jesus (BA), Rodrigo começou o gosto pela fotografia ainda criança. “Comecei com o desenho, depois fazendo caricaturas e charges. Pensei em cursar medicina, mas achei que tinha mais jeito para o jornalismo”, diz. Hoje, trabalha no Labfoto/Facom, Coesão Espaço Cultural e também por conta própria pelo interior da Bahia. Assim como o poeta Manoel de Barros, que narra que é “difícil fotografar o silêncio, (…) mas a foto saiu legal”, o
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Para Lara Carvalho, uma das idealizadoras do Em Foco, o debate foi muito positivo. “Com a Oficina de Fotografia ministrada por Rafael Martins que o MAM-BA esta oferecendo esse semestre, percebemos a demanda para eventos gratuitos de fotografia e a quantidade de pessoas interessadas pela técnica e pela troca de conhecimento na área. Por isso, resolvemos criar um evento que pudesse não somente dar um retorno aos que não conseguiram se inscrever na oficina, mas também atender a essa curiosidade pelo processo da fotografia, desde a concepção de ideias para projetos (processo criativo) até as técnicas necessárias para sua realização”, conta a produtora cultural.
Até o dia 13 de novembro, o MAM-BA dá continuidade à oficina de fotografia , na Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia (DIMAS/FUNCEB), localizada na Biblioteca Pública do Estado (Barris).
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HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Terça a domingo e feriados, das 13h às 18h Entrada gratuita Contato: (71) 3117-6139
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