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Dossiê – Sarau No Parque Descrição da proposta: O Sarau No Parque é uma reunião entre pessoas afins, onde se divide experiências com a literatura e outras formas de arte. A proposta é criar um movimento recíproco: do corpo para o espaço e do espaço para o corpo. Por isso, é divido em três partes: fazemos a concentração do grupo num lugar do parque, a saber, ocupamos o Parque da Independência, situado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Apesar de ser um bairro histórico, ele é afastado do centro cultural e dos locais freqüentados pelos artistas. Desta maneira, o projeto também tem uma proposta de ocupação, de trazer o artista para o espaço público não construído socialmente como espaço artístico. Dividimos os participantes em duplas e propomos a eles uma questão a ser discutida durante 15 minutos, tempo em que percorrerão a pista de corrida do parque, tranquilamente. Essa questão que propomos é relativa à arte ou à literatura. Após esse breve passeio, novamente nos juntamos e comparamos as impressões acerca da questão. Neste momento de reflexão, todos podem acrescentar seus pontos de vista, compartilhar experiências de suas trajetórias e levantar outras coisas para o debate. Em clima de discussão e troca de conhecimentos, realizamos um piquenique, descontraímos, aproveitamos o momento para agregar outros artistas e os próprios frequentadores. Então, seguimos para as leituras e as intervenções artísticas de diversas ordem (performance, instalação, arte sonora, por exemplo). Os participantes, que se sentirem à vontade, podem ler textos de sua autoria ou de outros autores, podem trazer uma leitura tímida ou mais expansiva, pode propor uma atividade conjunta com um artista visual. A principal motivação do No Parque é justamente levar a arte aos ambientes mais inspiradores, quiçá inóspitos. E não por serem inóspitos é que são esvaziados: levar aos lugares públicos uma nova proposta de realização faz parte do projeto do Sarau. Além disso: interagir com a comunidade que frequenta o ambiente, despertar a curiosidade dos passantes, integrar efetivamente o espaço, para torná-lo um ponto de encontro, não facultativo, mas exato de execução, de identidade. A proposta do No Parque é provar que para a arte não existem espaços em branco, nem lugares inocupáveis. Assim, trazemos primeiramente a literatura, depois as demais artes, entoamos as vozes em uníssono, buscamos o sentido vetorial e subjetivo de entrelaçar diferentes maneiras para, daí, materializar

a

resistência

e

a

ocupação

em

consonância

com

a

arte.


Descrição gráfica: Em dezembro de 2011 e Abril de 2012, realizamos as duas primeiras edições do sarau. No dia 15 de julho será a terceira edição. Abaixo, alguns registros dos encontros:

São Paulo, dezembro de 2011


S達o Paulo, abril de 2012


Alguns vídeos também foram produzidos durante o sarau: Luiz Rafael Montero lê “Sobre o gesto consequente de pular da ponte”, de Felipe Valério http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QLwt8I21uSc


E Adrienne Mytes lê trecho de seu romance “Eis o mundo de fora” (Ateliê Editorial, 2011) http://vimeo.com/41310663


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