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Fabrício Carvalho O silêncio do martelo Intervenções urbanas – 2008 ...


O Silêncio do Martelo Belém – PA – setembro 2008 Premio SIM de artes visuais Comissão de seleção:

Armando Queiroz Marisa Mokarzel Orlando Maneschy Ações durante 20 dias de permanência na cidade

Recolher objetos (ou fragmentos) encontrados na rua, diariamente; Levá-los para uma galeria no centro histórico da cidade; Utilizar estes objetos para construir estruturas que remetam à própria organização construtiva da cidade; Devolver estes objetos ao espaço urbano, como intervenções;

Espaços provisórios, precários, que circulam e se adaptam entre as construções históricas (as fortificações, as catedrais, museus, etc); O Forte do Presépio, o trilho do bonde, os objetos a serem devolvidos ao fluxo cidade. Apropriações – Desapropiações; Tudo o que foi recolhido se transforma numa estrutura móvel: um carrinho, um Cavalo de Tróia – Presente de grego. (Espaço Narrativo); Abandonado em frente ao Forte,à deriva; Reapropriações: o artista sai de cena, alguém destrói sua obra. Os objetos são rapidamente consumidos, devorados pela cidade; Recolocamentos, novos usos, outros espaços; A ação se desdobra silenciosamente: os objetos são reapropriados; .


O silêncio do martelo Belém – PA – Brasil – setembro / 2008


A cidade de BelĂŠm vista do rio


A cidade de BelĂŠm vista do rio


A cidade de BelĂŠm vista do rio




Museu do Estado do Parรก


Ação no Museu com objetos recolhidos






Os objetos foram transformados num carrinho que se deslocava pela cidade


O carrinho construído foi abandonado em frente ao Forte, como um “cavalo de Tróia” Forte do presépio




Quando o artista sai a construção é destruída e os objetos reapropriados pela população




Bolsa Pampulha 2007 – 2008 Museu de Artes da Pampulha – Belo Horizonte – MG

Comissão julgadora: Jochen Volz Luisa Duarte Marconi Drummond Marisa Mokarzel Ricardo Basbaum

Projeto Final – Dezembro de 2008 [ ] intervalos Intervenção em espaços Saio em caminhadas pelas ruas, encontro objetos domésticos abandonados no espaço público. Desmonto o objeto, agora são partes de uma outra coisa. Essa coisa se forma pela junção dessas partes com arquitetura do local (postes, degraus, árvores, muros) Outra geografia. Um outro relevo. Nada muito grande, mas que exija atenção. Pequenas ações: desvios. Nada muito fixo. Pequenas durações: refluxos. Estruturas que materializam e fazem aparecer espaços. Abrem fendas na experiência abstraída do cotidiano da cidade. Entre a ação do artista e outras ações.





Fabrício Carvalho “O silêncio do martelo” Intervenção em espaços Vitória – ES – 2009. 8º Salão Bienal do Mar. Comissão de seleção: Agnaldo Farias Marilúcia Bottallo Maria Helena Lindenberg


“A proposta de Fabrício Carvalho resulta de expedições sistemáticas e atentas, embora sem rumo certo, feitas pelo artista pelas ruas da cidade, à cata de objetos abandonados, cadeiras, mesas, caixas, camas e armários – há uma nítida preferência por mobílias, produtos mais flagrantemente ligados ao corpo – que ele vai juntando sem um projeto prévio, antes à espera de que a lógica surja daquilo que encontra em associação com um lugar qualquer, ponto de ônibus, poste, árvore, a reentrância de um muro, um sítio que ele sinta propício à organização de uma construção, uma “situação-intervalo”, que é como o artista se refere a essas articulações asseguradas por cordas e pregos. Antes dispersos ao ao acaso, como se estivessem naufragados e em vias de desaparecer, os objetos atracam-se a esses fragmentos da cidade como em desespero, numa sintaxe agônica, uma arrumação que embora nítida não esconde sua precariedade, o adiamento de sua morte previsível e próxima. A familiaridade dos objetos, do lugar e mesmo das ações emgenhosas que os enredou, choca-se como o produto final: um corpo insólito que irrompe nas calçadas interrompendo ainda que brevemente o fluxo inocente dos transeuntes.”

Agnaldo Farias Quando a arte se lança à avenida. Catálogo do 8º Salão Bienal do mar. Vitória – ES, dez/2008 – fev/2009.





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