DAVID LYNCH – O LADO SOMBRIO DA ALMA

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DAVID LYNCH – O LADO SOMBRIO DA ALMA A CAIXA Cultural Brasília apresenta, de 9 a 22 de fevereiro, grande mostra com a exibição da filmografia completa do diretor David Lynch que inclui longas-metragens, curtas, participações, seriados e comerciais para tevê.

A mostra David Lynch – O lado sombrio da alma vai exibir, de 9 a 22 de fevereiro, na CAIXA Cultural Brasília, a obra completa de um dos diretores mais polêmicos do cinema mundial. Serão apresentados ao todo 42 filmes entre seus longas-metragens, curtas, filmes que produziu ou apenas atuou, suas séries para tevê, material exclusivo para a internet, comerciais para a TV, além de filmes de sua filha, Jennifer Lynch, documentários sobre sua trajetória e os que participou. No dia 19, o curador da mostra, Mário Abbade, acompanhado do Dr. em Sociologia pela UnB, Sr. Gilberto Barral, convida fãs de David e apaixonados por cinema para um bate-papo sobre a obra e trajetória do diretor, roteirista, produtor, artista visual, músico e ocasional ator norte-americano. O projeto reúne todo o material que o cineasta já produziu em seus mais de quarenta anos de carreira dedicados ao cinema e TV. Com exceção dos longas-metragens, grande parte do material é inédito no Brasil e a maior parte não chegou a ser lançada em DVD no exterior. As matrizes em VHS dos filmes produzidos nos anos 80, 90, 2000 são, apesar da qualidade inferior, uma oportunidade única para o público conhecer as multifacetas desse renomado artista contemporâneo. Para Abbade, apresentar a obra completa de Lynch em uma única mostra é de grande valia. “É a oportunidade para conhecer a fundo um dos diretores mais influentes das últimas décadas, além de abrir discussões sobre questões atuais como a do cinema digital em conflito com o cinema em celuloide, já que Lynch afirmou que jamais usaria película novamente, uma vez que, para ele, este formato limita suas ideias”, explica. A formação artística de Lynch começou nos anos 60, com o estudo de pintura na Academia de Artes da Filadélfia, “e isso influenciou muito sua obra no cinema”, pontua o Mario Abbade. Dos movimentos artísticos, o surrealismo é o qual o diretor mantém uma relação mais estreita, “mesmo com o uso dessa linguagem, considerada difícil, muitos de seus longas foram exibidos não só nos cinemas conhecidos como de arte, mas também em salas de shopping e outras de grande apelo popular”, comenta o curador da mostra. Entre os destaques da programação estão O Homem Elefante, de 1980, segundo longa de Lynch e filme que o projetou internacionalmente; Coração Selvagem, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1990, quando Lynch já se consolidava como grande nome do cinema e autor americano; Cidade dos Sonhos, de 2001, que continua a explorar com maestria seu universo cinematográfico perturbador, e com o qual arrebatou prêmios importantes, como o de melhor diretor, no Festival de Cannes, e seu último filme, Império dos Sonhos, de 2006, todo realizado em câmera digital. Destaque também para os inéditos e poucos conhecidos do grande público: Mystery Disc, On the Air, Hotel Room, Industrial Symphony N0. 1 (Espetáculo surrealista com a cantora Julee Cruise em meio a um jogo de cenas e de dança moderna), Ruth Roses and Revolver (documentário sobre o surrealismo para o programa Arena, da emissora britânica BBC), Lynch (One), Hugh Hefner (biografia do dono da Revista Playboy), I Don't Know Jack, Dumbland, Dynamic 01: The Best of David Lynch.com e School of Thought.















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