Diálogos musicais
Introdução
Quando se pesquisa Sorocaba na internet, o destaque refere-se ao crescimento
econômico.
Segundo
alguns
dados
da
fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sorocaba: “É a quarta cidade mais populosa do interior de São Paulo, com quase 700 mil habitantes, uma capital regional. É um importante polo industrial do estado de São Paulo e do Brasil. As principais bases de sua economia são os setores de indústria, comércio e serviços. É a 5ª maior cidade em desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo e sua produção industrial chega a mais de 120 países, atingindo um PIB de R$ 16,12 bilhões ”. Os sorocabanos instalados na cidade não duvidam do potencial econômico do município, bem como, sabem o quanto à cidade tem sido recheada por migrantes que vem em busca da ascensão profissional . Paralelo à estatística econômica, quem circula pelos espaços culturais, (convencionais ou não), depara-se com um cenário musical de extrema relevância. O circuito é instigante e nos leva a refletir sobre como é possível, sem contribuição efetiva do poder publico, ou, auxilio efetivo das instituições culturais locais, essa força continuar? E as respostas vêm pelo entendimento de como existe articulação entre eles, seja na criação dos coletivos, seja no processo colaborativo, seja na própria criação individual. Todos se envolvem e criam caminhos para que a cena: efetivamente aconteça! Assim, a realidade é que a cena independente sorocabana é um acontecimento que cresce cada dia mais, e que embora não esteja no Wikipédia como uma das riquezas sorocabanas, já se legitima como tal. E essa legitimação implica em um trabalho maior de catalogação profissional, de reconhecimento. Assim sendo, quem trabalha com música como Music House Centro Musical insere se nessa realidade musical viva e exacerbada em Sorocaba, portanto , é interessante ter um canal de diálogo musical, com informações
relevantes, atualizadas que sirva de mote para formação musical e também que transite por outras áreas artísticas contribuindo para com um patamar ainda mais elevado musicalmente. Uma das preocupações em olhar mais avidamente
é que quando se
trabalha com arte, é interessante entender o entorno. E é notório que hoje, o entorno sorocabano é musical, e é independente. Assim, muitos músicos e bandas aparecem a todo instante, mas, o trabalho que tem sido feito por essas bandas têm respaldo técnico, teórico, ou trata-se apenas de experimentação? A partir dessas indagações, pode se trabalhar inúmeras vertentes: * Validar a experimentação, o autodidata, o empirismo. * Validar o estudo, o ensaio, o conhecimento técnico e aprimoramento dos trabalhos. Obviamente que a intenção não é formar ninguém, apenas ampliar visões dando oportunidade para que se apropriem do que acreditem ser relevante em suas criações artísticas, e tambem que desperte interesse e inspirações em futuros novos músicos a experimentarem o fazer musical e que ambos , músicos profissionais, autodidatas, amadores, e que aqueles que se interessarão por música a partir desse nosso diálogo, enfim, que no geral, todos indiscriminadamente “deixem a música mudar suas vidas”.
O periódico “Diálogos Musicais” tem a intenção de dialogar, falar, discorrer, discutir, filosofar e outros tantos sinônimos que se possa utilizar para colocar a música em pauta, sempre, como protagonista da cena! Mas, afinal de contas, o que é música? “ Música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. No sentido amplo é a organização temporal de sons e silêncios (pausas). No sentido restrito, é a arte de coordenar e transmitir efeitos sonoros, harmoniosos e esteticamente válidos, podendo ser transmitida através da voz ou de instrumentos musicais. A música é uma
manifestação artística e cultural de um povo, em determinada época ou região” http://www.significados.com.br/musica/
Há quem diga que música é muito mais que isso, que tudo isso, e que não se define. Ainda assim, conceituar é aprender e vamos a uma previa da Historia da Música:
“Os sons produzem uma sensação física em nós. Escutar é ser capaz de ir além do simples ouvir, é captar o sentido dos sons, perceber e compreender sua estrutura, sua forma, seu sentido, é prestar atenção e estar interessado naquilo que está ouvindo. E quanto maior o conhecimento de sons e de música, maior será nossa compreensão. Pré-História A palavra música, do grego mousikê, que quer dizer "arte das musas", é uma referência à mitologia grega e sua origem não é clara. Muitos acreditam que a música já existia na préhistória e se apresentava com um caráter religioso, ritualístico em agradecimento aos deuses ou como forma de pedidos pela proteção, boa caça, entre outros. Se pensarmos que a dança aparece em pinturas rudimentares da pré-história não é difícil acreditar que a música também fazia parte dessas organizações. Nessa época podemos imaginar que muitos sons produzidos provinham, principalmente, dos movimentos corporais e sons da natureza e, assim como nas artes visuais e na dança, a música começou a ser aprimorada utilizando-se de objetos dos mais diversos. Ainda para refletirmos sobre o assunto e reforçar a teoria sobre a música na pré-história basta lembrarmos da existência de tribos indígenas que mantêm total isolamento das sociedades organizadas e vivem ainda de forma rudimentar (paradas em um período da pré-história) e que possuem rituais envolvendo a música, utilizando a percurssão corporal, a voz e objetos primários, básicos desenvolvidos para esse fim. Antiguidade Muitos historiadores apontam a música na antiguidade impregnada de sentido ritualístico e como instrumento mais utilizado a voz, pois por meio dela se dava a comunicação e nessa época o sentido da música era esse, comunicar-se com os deuses e com o povo. Observamos que, na Grécia, a música funcionava como uma forma de estarem mais próximos das divindades, um caminho para a perfeição. Nessa época, a música era incorporada à dança e ao teatro, formando uma totalidade, e ao som da lira eram recitados poemas. As tragédias gregas encenadas eram inteiramente cantadas acompanhadas da lira, da cítara e de instrumentos de sopro denominados aulos. Um destaque importante na antiguidade foi Pitágoras, um grande filósofo grego que descobriu as notas e os intervalos musicais. Já em Roma a música foi influenciada pela música grega, pelos etruscos e pela música
ocidental. Os romanos utilizavam a música na guerra para sinalizar ações dos soldados e tropas e também para cantar hinos as vitórias conquistadas, também possuía um papel fundamental na religião e em rituais sagrados, assim como no Egito, onde os egípcios acreditavam na "origem divina" da música, que estava relacionada a culto aos deuses. Geralmente os instrumentos eram tocados por mulheres (chamadas sacerdotisas). Os chineses, além de usarem a música em eventos religiosos e civis tiveram uma percepção mais apurada da música e de como esse refletia sobre o povo chegando a usar a música como "identidade" ou forma de "personalizar" momentos históricos e seus imperadores. Idade Média Na Idade das Trevas ou Idade Média a Igreja tinha forte influência sobre os costumes e culturas dos povos em toda a Europa. Muitas restrições eram impostas e, por essa razão, observamos o predomínio do canto gregoriano ou cantochão, porém houve um grande desenvolvimento da música mesmo com o direcionamento da igreja nas produções culturais e nessa fase a música popular também merece destaque com o surgimento dos trovadores e menestreis. É importante citar, na Idade Média, Guido d'Arezzo, um monge católico que "criou a pauta de cinco linhas, na qual definiu as alturas das notas e o nome de cada uma (...). Nasciam, assim, os nomes das notas musicais que conhecemos: dó,ré, mi, fá, sol, lá e si." (LDP, p.264).
Renascimento Nesse período, na Europa, cresce o interesse pela música profana (que não era religiosa). A música também é trabalhada em várias melodias, porém ainda as melhores composições musicais dessa época foram feitas para as igrejas. Barroco A música barroca foi assim designada para delimitar o período da história da música que vai do aparecimento da ópera e do oratório até a morte do compositor, maestro e instrumentista Johann Sebastian Bach. A música barroca foi muito fértil contendo elaborações, brilhantismo e imponência não vistos anteriormente na história da música, fato esse, talvez, devido à oposição aos modos gregorianos até então vigentes. A criação aflorou no período barroco e diversos gêneros musicais foram criados. Classicismo Nesse período, a música instrumental passa a ter maior destaque, adquirindo "porte", elegância e sofisticação. São sons suaves e equilibrados. Nesse período criou-se, ainda, a sonata, e os espetáculos de ópera passam a ter um brilho maior, bem como as orquestras se desenham e passam a ter grande relevância.
Romantismo Diferente da música no classicismo, que buscava o equilíbrio, no romantismo a música buscava uma liberdade maior da estrutura clássica e uma expressão mais densa e viva, carregada de emoções e sentimentos. Os músicos, nessa fase, se libertam e visam, por
meio da música, exprimir toda sua alma.
Música no século XX Podemos dizer que, esse período, para a música, foi uma verdadeira REVOLUÇÃO. O entusiasmo foi grande, inovações, criações,novidades, tendências, gêneros musicais apareceram. Foi um período rico para a música, impulsionado pela rádio, e pelo surgimento de tecnologias para gravar, reproduzir e distribuir essa arte. No início do século XX, o interesse por novos sons fez os compositores incorporarem uma grande quantidade de instrumentos e objetos sonoros à música. Compositores como Leroy Andersen, que compôs uma obra para máquina de escrever e orquestra, Hermeto Pascoal que criou músicas com sons produzidos por garrafas, ferramentas, conversas e grunhidos de porcos e Ottorino Respighi, que escreveu uma obra para orquestra e rouxinou intitulada "Pinheiros de Roma". Todos os sons podem ser aproveitados em música, pois oferecem muitas possibilidades de enriquecer uma composição. http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=122
E por onde anda a nossa boa e velha música em pleno século XXI? Um de nossos objetivos é procurar informar sobre o que acontece na música agora, em meio a tanta inovação, tecnologia e outras ferramentas que fazem da música hoje, um grande objeto de experimentações. Ou “experimentasons”
Para esse “folhetim” teremos algumas colunas fixas, são elas:
1- Acontece na Music House 2 – Nas entrelinhas 3- Acontece no Cenário Musical 4- Você sabia? Curiosidades Musicais! 5- Diálogos com Artistas – Papo de músico 6 – Cronicas por Marinês Bastos 7 - Resenhas musicais com Felipe Colenci 8- Resenhas musicais com convidados 9- Verdade ou mentira? 10 – Tecnicamente falando
Sumário: 1- Acontece na Music House Trata se de um espaço para expor o que acontece na produtora, por meio de um compilado de informações relevantes e que demonstrem a seriedade do trabalho de criação. 2 - Nas entrelinhas Trata se de um espaço para expor o que acontece na escola de música , workshops, aulas abertas, gravação, promoções, eventos, um compilado de informações relevantes
que demonstrem a seriedade do trabalho da
instituição. Pretende se também ter um espaço para o feedback dos eventos, fotos e outros registros .
Music House Centro Musical Deixe a música mudar sua vida! Venha para a maior escola de música livre de Sorocaba!
Espaço destinado a expor o que acontece na escola, aulas , workshops, eventos, mas valorizando cada detalhe, seja por meio de sinopse da atividade e mini curriculo do profissional que atraia mais olhares interessados embasando os de elementos técnicos.
Peguei um exemplo de vocês e tentei fazer a sinopse e mini curriculo... (a sinopse é “ficticia” porque não tive acesso ao conteúdo real, mas é somente ilustrativo para se ter uma ideia). Informação da pagina MH Pensando sempre em trazer novas experiências musicais aos alunos Music House organizamos mais um Workshop de peso. Mike Orlando (Adrenaline Mob e Noturnall) e Fernando Quesada (Shaman e Noturnall) prometem uma noite de muita música boa. Data: 07/04 (Quinta Feira) Horário: 19h30 Local: Barracão Londres (Avenida Londres , 313) INGRESSOS PRIMEIRO LOTE Alunos Music House - R$15,00 Não Alunos Music House - R$20,00 SEGUNDO LOTE Alunos Music House - R$20,00 Não Alunos Music House - R$25,00 Mais informações (15) 99669.4445 (15) 3232.4445
Exemplo de workhop: (Sugestão do mesmo conteúdo abordado de outra forma) Music House Centro Musical promove no dia 07 de abril , workshop com Mike Orlando e Fernando Quesada. Trata se de um workshop que unira técnicas de guitarra, baixo e violão. A fim de mostrar
originalidade ao
misturar riffs agressivos e marcantes oferecendo aos alunos possibilidades de como compor músicas pesadas utilizando se de elementos de vários ritmos e melodias.
Fernando Quesada: Músico baixista e violonista das bandas NOTURNALL, SHAMAN e ANIE, compositor multi instrumentista, produtor musical internacional premiado e coordenador e professor de Produção & Tecnologia Musical e Music Business na EM&T. Mike Orlando: guitarrista ,
produtor musical, membro fundador da
Adrenaline Mob , Sonic Stomp .Em 2015 participou do Rock in Rio como convidado especial apresentando se ao lado de bandas como Angra, Korn, Metallica.
WORKSHOP: Riffs Agressivos com Mike Orlando e Fernando Quesada Coordenação: Mike Orlando e Fernando Quesada Público: músicos, estudantes de música da Music House e demais interessados em musica 7/4 – quinta-feira – 19h30 Local: Barracão Londres (Avenida Londres , 313) Mais informações: (15) 99669.4445 / (15) 3232.4445 INGRESSOS PRIMEIRO LOTE Alunos Music House - R$15,00 Não Alunos Music House - R$20,00 SEGUNDO LOTE Alunos Music House - R$20,00 Não Alunos Music House R$25,00
Exemplo de Audições: Music House Centro Musical promove no dia 27 de abril , mais uma audição de canto. As preparadoras vocais: Tetê Braga, Henriete de Marco , prepararam seus alunos ao longo de 6 meses para apresentação ao vivo. O conceito da atividade é possibilitar a vivência artística e experiência de palco, a fim de se apropriar de toda técnica estudada e cantar .
O repertorio de MPB
é
composto por canções de Adoniran Barbosa, Gonzaguinha, Milton Nascimento, Caetano Veloso e outros. Tete Braga: Professora de Canto, vocalista da banda Hai Kai, produtora cultural. Henriette de Marco: Professora de Canto, vocalista de bandas de baile. Audição: Cantando Musica Popular Brasileira Coordenação: Tete Braga, Henriette de Marco Alunos a se apresentarem: Felipe Colenci Rodrigo Ricardo Rodrigues Marinês Bastos Leticia Rodrigues Público: cantores, estudantes de canto da Music House e demais interessados 27/4 – quarta-feira – 20h Local: Kaptäin (Avenida Barão de Tatuí, 1.321) Entradas: Alunos Music House – R$10,00 / Não Alunos Music House – R$15,00 Mais informações: (15) 99669.4445 / (15) 3232.4445
3 - Acontece no Cenário Musical Trata se de informar e atualizar o leitor para o que acontece na cena musical, shows, workshops, lançamento de álbuns, retomada de algumas bandas classicas como por exemplo a volta Baby do Brasil e Pepeu que retomam parceria após 27 anos, e etc… (tem muita coisa). Alimenta se de dados, imagens , pros e contras, versões dispares que deixam espaços abertos a formulação de reflexões..
4 - Você sabia? Curiosidades Musicais! Trata se de oferecer um pouco mais de formação musical , curiosidades dos bastidores, concepção e composição das músicas, letras, cenografia dos shows, produção, enfim, coisas que a gente descobre e fala, nossa, interessante! Ou, nossa...nada a ver! Mas é bacana saber e se permitir conhecer os extras. Interessante é que nesse espaço pode se trabalhar o hibridismo cultural e lançar informações híbridas de música com literatura, teatro, dança contemporânea, fotografia, enfim...um misto das artes!
Você sabia que? Em 1973 Clarice Lispector – Publicou o romance Água viva, após três anos de elaboração, pela Editora Artenova. Alberto Dines, em carta à escritora, diz sobre Água viva: "[...] É menos um livro-carta e, muito mais, um livro música. Acho que você escreveu uma sinfonia".
5 - Diálogos com Artistas - Papo de músico Trata se de um espaço para dialogar mais abertamente com músicos de Sorocaba e outros locais que tenham em seus trabalhos relevâncias artísticas que se somem ao restante do composto elaborado, bem como entrevista com músicos que gravaram seus álbuns na produtora MH e que tenham algo a dizer sobre o conceitual da obra. Alem, de ter um espaço para conversar mais abertamente com professores da escola e difundir suas referências, seus estudos e tudo que possa servir de inspiração a alunos e futuros alunos.
6 – Cronicas por Marinês Bastos Trata se de ter um espaço literário que se comunique com a música de forma informal e que traga um pouco de descontração a todo o apresentado. (Se fosse nesse mês, por exemplo, poderia ser essa crônica sobre Sorocaba, já que dia 15/8 foi aniversario de Sorocaba… As cronicas versam sobre o cotidiano e trazem referências literárias, musicais e outras )
Marinês Bastos é graduada em Literatura Pós Graduada em Literatura Contemporânea. Produtora Cultural e escritora
Eita Sorocaba!
Por Marinês Bastos
12h! Toca o sino do mosteiro e avisa-me que é a hora do almoço. Pego minha bolsa, vou ao restaurante próximo, caminho um pouco até chegar. Vejo pessoas, muitas pessoas que vão em lados opostos, que olham e não dizem nada, mas, falam muito no olhar. Não conheço aquelas pessoas, conheço pouca gente na cidade em que vivo, cidade de quase 700.000 habitantes. Nunca parei para contar quantas pessoas conheço, nunca fui boa em matemática, mas, com certeza sei que não chega a 10% dos quase 700.000. Então, todos os dias, nesse mesmo horário, o do almoço, é que vejo os rostos diferentes, todo dia tem gente diferente, com roupa diferente, de raça diferente e é ....sim... uma loucura. Alguns olham e encaram, outros olham de soslaio, uns puxam papo, é um tal de: "Hoje tá com cara de que vai chover" Diz Mario Quintana : "Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo". Eu? quem sou eu para discordar do mestre? Mas, enquanto não tenho uma opinião formada se vão para o céu ou para o inferno, respondo sempre: "é acho que vai chover", embasada na composição "Águas de Março – Tom Jobim" e por experiência própria, chove, chove muito aqui na terrinha, principalmente em janeiro, fevereiro e é claro como a composição em março e fecham o verão!!! Tem chovido todo dia e uso até uma frase que ouvi no bar de uma moça: - "não parou de chover nunca" e filosofando a respeito do tempo, penso que ainda que vivesse muito, muito tempo, não seria o suficiente para conhecer os quase 700.000 habitantes sorocabanos. É uma pena, definitivamente uma pena, mas, mas também tenho que dizer que é bom sair para almoçar e ver aquela gente toda andando, uns depressa, outros devagar, uns rindo, outros chorando ou com cara de choro, uns mexendo, outros apenas: "Será que chove?", uns silenciando, outros gritando. Na praça
Fernando Prestes tem um homem que grita, Grita bem alto, trechos da Bíblia, ele prega o dia todo, com fé, fé que dá gosto de ver, uns não gostam dele, outros ignoram a ele, uns reclamam dele e eu talvez sem uma opinião formada, apenas, admiro a coragem dele. Na mesma praça tem idosos dormindo nos bancos, mães com seus filhos olhando extratos bancários, comprando sorvetes, gente com sacolas e mais sacolas de compras, com um sorriso no canto da boca, tem cego que ora ou outra bate com a bengala em você, enfim, tem gente! Gente de toda espécie, de todo estilo, são sorocabanos, ou talvez sejam agregados, mas, mas, estão em Sorocaba. Sorocaba, Terra Rasgada...gente de qualidade, gente amada!!! Não...não sei ao certo o que já vi. Vi de tudo e continuei a admirar essas pessoas, essa praça, essa cidade, essa gente e continuo rascunhando essa história sorocabana, que tem gente bacana, gente interessante, gente inteligente, gente humana, receptiva, e gente ...gente… Nesse rascunho todo, percebo que a cada passada a limpo, histórias se entrelaçam, pessoas de círculos opostos se atraem, amigos meus, são amigos de outros amigos meus, que eu nem imaginava, tem história das personagens. Causo dos meus avós e da geração deles, fábulas dos meus sobrinhos, romances de meus irmãos, pais, amigos e de tantos outros, lendas de sacis que ainda não vi e de vizinhos "lobisomem" que nunca se mostraram...Aqui na terrinha...tem história de todo tipo, de todo gênero. Têm personagens protagonistas, coadjuvantes, vilãs, bonzinhos, têm tudo. Tudo. Até novela mexicana na vida real!!! Sorocaba é isso, uma mistura disso, é tudo isso, é mais que isso! É bom de estar, bom de viver, pois, aqui, aqui tem gente, gente verdadeira, gente que carrega no 'R" com sotaque caipira, mas, de uma fineza ímpar, gente que é caipira de verdade, mas, que não vê nisso um lado pejorativo, mas, sim vê na "caipirice ou na caipireza" um lado poético, como nos textos de Guimarães
Rosa.
Aqui
tem
gente
que
faz
do
interior
uma
imensa
capital..............gente...........gente........e ponto final! Chega, chega de bobagem!! Também posso colocar o mestre em minha defesa: "Às vezes a gente pensa que está dizendo bobagens e está fazendo poesia".Mário Quintana
7- Resenhas musicais com Felipe Colenci Trata se de ter um espaço para que o dono da escola e produtora possa se aproximar mais do leitor, seja trazendo uma resenha, uma cronica ou qualquer outro recorte que trate de música, suas inspirações, motes, referências, criticas e tudo que queira expor em relação a mercado, indústria fonográfica e outros assuntos inerentes ao âmbito musical. Felipe Colenci Produtor Musical, Músico e Proprietario da Music House Centro Musical.
Por Alex Viana Nota: 09.0/10.0 Lançado originalmente em 2013, este EP da banda paulista BLACKDOME agrada em cheio, principalmente por trazer uma miscelânea muito bem desenvolvida do Heavy Metal Tradicional com o Progressivo. Agora contando com a distribuição da MS Metal Records, nos sentimos na obrigação de revisitar este material, e lhes afirmo com todas as letras que valeu muito a pena. “Higher” possui seis faixas e, sinceramente, não sei porque os caras o classificaram como um EP, já que a audição aqui passa dos seus trinta minutos fácil. Apenas para citar, só a faixa “Blackdome” possui mais de oito minutos, e acaba por ser, inclusive, o destaque da obra, justamente por evidenciar com maestria a junção de segmentos, por mim citada no parágrafo anterior. Mas ok, explicação dada, melhor mesmo me concentrar no disco em si e, devo admitir, que trabalho fantástico! Produção primorosa, composições intrincadas, mas que, paradoxalmente, soam bem simples aos ouvidos, músicos afiadíssimos e um vocalista que pode vir a se tornar um dos melhores do gênero no país. Sim meus amigos,
o Heavy anda de mãos dadas com o Progaqui, de uma forma tão salutar que além da citada “Blackdome”, não temos como ficar indiferentes às ótimas “Living Myself” (a melhor dentre todas), “Submission”, além da faixatítulo que abre o CD. O BLACKDOME já havia mostrado timidamente o seu potencial com este EP em 2013, por não ter tido um bom suporte de divulgação, o que me parece estar corrigido neste ano. Então, como nos já foi prometido o seu debut para o segundo semestre de 2016, só nos resta esperarmos com a expectativa nas alturas.
Conheça um pouco mais BLACKDOME . Formada por: Cleiton Rodrigues, Fabio De Borthole, Felipe Colenci, Thiago Zico Teixeira. Tem um trabalho conceitual pautado em… Já em estúdio se preparando para o lançamento do novo álbum The Chaos Suite . E vem coisa Boa!!!
8- Resenhas musicais com convidados Trata se de um espaço para convidados que tenham falas interessantes, pró ou contra, mas que seja tanto pró ou contra respaldados e credenciados em elementos significativos para música e ou trabalhos relevantes que pontuem obras e caminhos acerca do patamar musical sorocabano ou de outros locais. Por: Tarcísio Lucas
EP “Dois Pesos, Uma Medida” João Leopoldo e Hugo Rafael Saindo do forno agora mesmo, eis que surge o EP “Dois pesos & Uma medida”, dos músicos João Leopoldo e Hugo Rafael. O EP possui sete faixas, que foram disponibilizadas pelos próprios músicos gratuitamente na Internet. O que encontramos aqui é uma música de alto padrão, que apresenta uma miscelânea sonora muito palatável e bem feita, onde todas as músicas apresentam altas doses de rock progressivo, que passeia ao lado de outras influências, como o Rock and Roll e a MPB. A parte progressiva se apresenta pela complexidade das músicas, execuções muito técnicas (onde os dois músicos alternam tocando TODOS os instrumentos) e os timbres dos instrumentos, particularmente os sintetizadores/teclados, guitarras e vozes. E por falar em vozes, acredito ser esse o grande destaque do álbum. O trabalho de vozes é muito bem feito, não apenas afinado, mas sim bem trabalhado, apresentando nuances harmônicas que fará o fã de rock progressivo brasileiro pensar imediatamente em
trabalhos de gente como o Terço ou Mutantes. Verdade seja diga; os caras sabem trabalhar vozes. A produção do disco, embora não apresente o som cristalino que eu acredito que destacaria enormemente as qualidades dos músicos, não compromete a audição. Para os fãs de RPB, sugiro que comecem pela sexta faixa, “Quiçá”, uma excelente música, 100% progressiva e com um trabalho instrumental e acima de tudo vocal de nível altamente profissional, sem exageros! Essa música impressiona bastante, acredito ser o ponto alto de todo EP. Outra faixa que gostaria de destacar é a “Sabe Reclamar”, que parte para o lado mais visceral, me lembrando em alguns momentos nomes como Casa das Máquinas e Patrulha do Espaço. As outras músicas são muito boas, e muito variadas, e como eu disse anteriormente, passeando por uma série de influências. Além das bandas que tanto amamos de progressivo nacional, também é possível ouvir influências de gente como Barão Vermelho (da fase boa, mais blueseira), Raul Seixas e até mesmo Djavan ( o que é um grande elogio!). Apenas me pergunto como eles farão em apresentações ao vivo. O nível técnico das músicas é alto, precisarão de bons instrumentistas. Enfim, como são músicos profissionais, sei que eles possuem capacidades suficientes para perceberem as arestas e melhorias para refinar ainda mais o som; não vejo necessidade nenhuma de fazer alguma sugestão ou coisa assim. Apenas fico ansioso para saber como serão os próximos trabalhos . Recomendadíssima.
9 - Verdade ou mentira? Trata se de um espaço para discutir sobre o que é real ou mito, em tempos de redes sociais e tanta informação rápida e descomprometida, a todo momento nos deparamos com verdades infundadas, mas que acabam se sendo compartilhadas como fato. O que está por trás da informação, da imagem, do meme? Vamos procurar saber!
“Flor de Lis de Djavan homenageia esposa e filha mortas”
Circulou nas redes sociais, a informação de que a música Flor de Lis de Djavan foi composta para homenagear a esposa e filhas mortes durante o parto. O boato ou hoax, conta uma história triste e comovente. É quase impossível ler sem se emocionar. Afinal, ter que escolher entre a vida de sua esposa e da filha que está para nascer é um fardo árduo que se carrega em lágrimas pelo resto da vida. Para piorar, o hoax diz que Djavan acabou perdendo ambas e com dor no peito, se remoendo de tristezas, compôs a musica “Flor de Lis” para nunca esquece-las. Qual será a verdade por trás dessa história? Será mesmo que a musica Flor de Lis de Djavan homenageia a esposa e filha mortas do cantor?
Tão comovente quanto falsa, a história da homenagem de “Flor de Lis”, nem mesmo é uma novidade no mundo dos boatos e hoaxes da internet. Circula desde 2008 e inclusive já foi desmentida pela assessoria do cantor em uma publicação no site dele no dia 9/11/2008. http://www.verdadeabsoluta.com/2016/01/mentira-flor-de-lis-de-djavan-homenageia-esposa-e-filhamortas.html
10 – Tecnicamente falando Trata se de um espaço para expor técnicas, pesquisas, falar sobre a importância de se ler partitura e se ler toda e qualquer informação que traga um “up” para carreira de qualquer profissional. Pode se convidar pessoas que têm feito um trabalho interessante e aproveitar os nomes contratados para
workshops
e
gravações
para
dividirem
um
pouco
de
seus
conhecimentos. Inúmeras são as sugestões de temas : * Voz * Corpo * Instrumentos * Conceitos de acústica e ao vivo * Ferramentas Web * Procedimentos de gravação, mixagem em estúdio e ao vivo * Tecnologia musical e procedimentos: acústico e eletrônico, digital/analógico, sequencers, interface midi, mesas de sons, periféricos de efeito, processamento de som, amplificadores e caixas acústicas, sonorização de ambientes. *Elementos que contribuam com as performances *
Processo criativo e referências *
Composição em português, ou inglês? * Projeção da banda * Empirismo ou estudo? * Clipes e forma de divulgação *Processo criativo da música e processo expositivo do show, discussões pertinentes? * Venda de música, Mershandising Customizável, Venda de ingressos , Crowdfunding, o que toda banda precisa saber? * Artistas independentes e assistência profissional para tornar o seu trabalho viável. * O papel importante das redes sociais e plataformas disponíveis na web e no Facebook. Como se beneficiar dos aplicativos? * CD Físico ou venda de música digital ? * Quando entender que uma gravadora é bem vinda? * Bandas que começaram independentes e que hoje divulgam seus trabalhos autorais com respaldo de grandes gravadoras. Pode se continuar com a identidade? * Festivais e Mostras, qual a
importância nesse cenário? Em suma: Espaço para músicos e produtores renomados de Sorocaba e outras localidades, convidados a apresentarem aspectos relevantes possibilitando conhecimento de um universo amplo e global, valorizando troca de experiências, dialogo e exposição de experimentações de músicos e bandas, que têm trabalhado de forma autoral e reinventado o cenário musical dos seus municípios.
MARINÊS BASTOS RODRIGUES Telefone: (15) 99133-7072 Email: marinesrodrigues1@hotmail.com
FORMAÇÃO ACADÊMICA: - Graduada em Letras - Português com Ênfase em Literatura. - Pós Graduada em Literatura Contemporânea.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL : -Técnica de Programação Cultural - Rede de Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, de 2003 a 2015. - Programação de atividades de formação cultural nas diversas áreas artísticas. - Concepção de Projetos para públicos específicos: dirigentes culturais, agentes culturais, artistas, arte educadores, professores e outros. - Elaboração de Projetos Especiais: Temáticos, Intergeracionais, Interdisciplinares, Híbridos. - Concepção de Projetos de Gestão Cultural. - Programação de Atividades de Historia da Arte. - Concepção de Mostras e Festivais.- Concepção de Seminários, Mesas de Debates, Palestras, workshops, oficinas culturais e outros formatos voltados à cultura popular / tradicional e ou experimentação / contemporaneidade. - Análise de projetos culturais, elaboração da grade de programação interna, acompanhamento dos processos de seleção e contratação dos profissionais, atividades e elaboração de relatórios periódicos quanto ao desenvolvimento e outras atividades inerentes ao cargo.
EXTRAS: - Parecerista / perita LINC – Lei de incentivo a cultura de Sorocaba - avaliações dos projetos culturais – Formação Cultural e Letras – 2016 - Produtora Cultural representante da Bandas: Cataia e Pindorama – 2013 - 2014 - Júri do Concurso Paulo Setúbal – Literatura e Artes Visuais - Tatuí - 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013. - Produtora Cultural em programações culturais para Secretaria de Cultura Votorantim nos anos de 2012 e 2013. - Júri do Mapa Cultural – Tatui - Categoria Literatura - 2011 - Pesquisadora - realização pesquisa de coleta de dados específicos sobre o cenário de produção e fruição das artes visuais em Sorocaba e Região - Rumos Itaú Cultural – Artes Visuais - 2008 - Concepção de Projetos para Editais nas áreas de Formação Cultural, Gestão Cultural, literatura, música, teatro, fotografia, dança contemporânea, vídeo e outros. - Ministra Oficinas de Literatura e Transita pela pluralidade das artes.