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O EQUILÍBRIO ENTRE A FAMÍLIA DO OBREIRO

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7) Conservam a sua identidade cristã, o que os faz diferentes (Ml 3.18; Mt 5.13,14; At 11.26). 8) Estão dispostos a sofrer e até morrer por sua fé em Cristo (Fp 1.21,29). 9) Não deixam apagar a chama do Espírito Santo através da oração constante (Lv 6.12,13; At 2.4,39,42; 1Co 1.7,8). 10) Pregam e vivem o Evangelho completo: salvação, cura divina, batismo com o Espírito Santo, e a segunda vinda de Cristo.

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Segundo grupo: Este segundo grupo divide-se em duas partes:

1ª Parte: É composta de movimentos oriundos da verdadeira igreja, cujos líderes pouco se importam com o que o Evangelho pode fazer com as pessoas; mas sim com o que eles podem fazer do Evangelho. Não creem, não pregam e nem se preocupam com o arrebatamento. Não crerão nem mesmo quando isto acontecer. Apesar de usarem o nome de Cristo para fazerem milagres, não serão por Ele conhecidos naquele dia (Mt 7.21-23). Eles já esqueceram ou nunca aprenderam que o caráter está acima do dom.

2ª Parte: Cristãos que apostataram da fé. A apostasia só pode acontecer com quem já foi crente, o mundo não tem do que se apostatar. Trata-se do abandono consciente da fé (1Tm 4.1,2; Hb 6.4-6). Muitos já abandonaram a fé, e hoje difamam da igreja e de seus líderes (2Pe 2.2). Hoje já existe até o movimento dos "desagregados".

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Terceiro grupo: Refere-se à cristandade em geral. Para eles todas as religiões são boas. Todas levam a Deus (Pv 16.25). Conhecem a história de Cristo mas nunca conheceram o Cristo da história! Como se pode ver, aqueles que pertencem aos grupos 2 e 3 não serão arrebatados. Por certo serão enganados e farão parte da igreja do Anticristo.

Arrebatamento - destino final e glorioso da igreja. Todos os filhos de Deus espalhados por este imenso planeta terra, num abrir e fechar de olhos encontrarão a Cristo nos ares e com Ele viverão para sempre! Com o arrebatamento termina a longa história da igreja no mundo. Uma história que já ultrapassa 2000 anos! Começou aqui na terra e terminará lá na Nova Jerusalém! Não importa muito como foi o começo da nossa história, o que realmente importa é como será o seu final. Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há vir virá e não tardará (Hb 10.37). Estejamos alertas em todo o tempo. O arrebatamento é o destino final e glorioso da verdadeira igreja de Cristo.

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Capitulo 5 O EQUILÍBRIO ENTRE A FAMÍLIA DO OBREIRO

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Pastor Joel Montanha

Conferencista/ Escritor/ Professor Mestre em Teologia pela EST Escola Superior de Teologia

O EQUILÍBRIO ENTRE A FAMÍLIA DO OBREIRO E SEU MINISTÉRIO

INTRODUÇÃO ma das atividades que mais exige identificação da família é a do obreiro – ministro evangélico. O advogado, o engenheiro, o médico, o industrial, o militar, para citar U alguns, exercem suas funções sem que a família seja envolvida diretamente. Nestas “normalmente a família é mantida à distância das atividades do dia-a-dia do pai”. A família do obreiro, no entanto, é solicitada a se envolver de uma forma ou de outra em sua atividade ministerial. Nesse envolvimento, para que haja solidez ministerial e harmonia familiar, se requer o conhecimento das normas escriturísticas

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relacionadas ao ministério, à família, e sua aplicação segura (Tg 1.23), mas suave (Mt 11.30). Nas Escrituras Sagradas podemos contemplar tanto as exigências espirituais quanto as familiares e sociais para o perfeito desenvolvimento do ser humano (2Tm 3.16,17; Jo 17.14,17; Sl 19.7).

1. OBREIRO - “EPÍSCOPO”, “PASTOR”, “ANCIÃO”,

“MINISTRO EVANGÉLICO”

A Fidelidade Ministerial O termo grego “episkopos” é usado no Novo Testamento com o sentido de “supervisor”; “líder”. É primeiramente aplicado a Cristo (1Pe 2.25), depois ao ofício apostólico (At 1.20) e, por fim, aos líderes das congregações locais cristãs (Fl 1.1). Conforme Champlin “talvez devêssemos dizer que ‘bispo’, ‘ancião’, e ‘pastor’ eram três títulos que ressaltavam aspectos diferentes de uma mesma função eclesiástica”. Ser “obreiro” – “bispo”, “ancião”, “pastor” - segundo as Sagradas Escrituras significa ser vocacionado por Deus (Ef 4.11). Cristo enviou Seus discípulos investidos de autoridade (At 1.8; Fl 4.13). Esta autoridade, no entanto, dependente totalmente de Cristo (Jo 15.5). Jesus disse:

“Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo 17.18).

“Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (20.21).

Conforme MacArthur Jr, os requisitos para descansar na certeza de que Deus nos chamou para o ministério, são:

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a) A confirmação do chamado por Deus, através das circunstâncias pelas quais o Senhor providencia um lugar para o ministério; b) A confirmação do chamado por outras pessoas; c) Ter habilidades necessárias ao serviço em posições de liderança; d) Possuir um profundo desejo de servir ao ministério; e) Ter um estilo de vida caracterizado por integridade moral.

O Senhor disse: “Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos” (Lc 10.3). Mas Ele também disse: “… e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos, ...” (Mt 28.20). A obra do ministério é complexa e desgastante. Apenas um chamado claramente definido por Deus pode dar a alguém sucesso e durabilidade no ministério. Por este motivo o mais importante entre todas as coisas é o chamado de Deus. Todo ministro deve entrar com uma clara consciência desse chamado divino.

A chamada geral do cristão: Essa chamada acontece a partir do momento em que aceitamos a Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor. A partir desse momento somos separados para Deus. Os crentes são separados do pecado e do mundo, se aproximam de Deus e são consagrados para servi-lo (1Pe 2.9,10). Em sua primeira carta escrita aos estrangeiros dispersos, o apóstolo Pedro coloca muito bem essa chamada, quando diz: “(…) antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15). Fica evidente uma chamada para defender o evangelho, testificando da eficácia do mesmo, pregando a tempo e fora de

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tempo (2Tm 4.2), procurando levar as pessoas a Cristo. A chamada, para todos os que amam a Jesus Cristo como Senhor é seguir os Seus exemplos, andando em Suas pisadas (1Pe 2.21).

A chamada específica: O cristão dedicado poderá ser chamado por Deus a qualquer momento para um trabalho específico. Há muitos testemunhos de homens e mulheres que Deus chamou claramente para realizar um trabalho.

a. Deus chama alguns para tempo integral: Presbíteros, diáconos, auxiliares: Esses homens devem dedicar-se exclusivamente à oração e ao ministério da palavra: “Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6.4). Perseverar quer dizer: persistir, continuar, ser constante ou assíduo, insistir. Essa chamada, que hoje chamamos de “obreiro integrado”, não é para todos os crentes (1Co 12.29).

Missionários: Para realizar um trabalho missionário, quase sempre é necessário se deslocar por muitos quilômetros, o que exige tempo e recursos financeiros. Para esse trabalho, Deus chama homens com vocação missionária.

b. O ministério cristão é uma concessão divina: A chamada ministerial é clara nas Escrituras, porém, não temos como explicar os critérios de Deus em selecionar os homens. Trata-se da lógica de Deus, e quem pode explicar Sua lógica? Deus fez uma série de perguntas a Jó e ele não as pôde responder. Entre muitas perguntas, disse: “Quem pôs a sabedoria

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no íntimo, ou quem à mente deu entendimento?” (Jó 38,39). Cremos ser uma insensatez questionar Deus em sua soberania.

A Fidelidade Ministerial Exemplo na igreja A atividade ministerial é tarefa gloriosa na face da Terra, porém, muitas vezes subestimada pela falta de entendimento (Os 4.6). O apóstolo Paulo escreve a Timóteo: “Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1Tm 3.1). O trabalho para o Senhor é excelente, porém, há normas bíblicas aos obreiros do Senhor, e o apóstolo as descreve na carta a Timóteo. Deus exige fidelidade escriturística dos Seus obreiros (2Tm 3.16). Tamanha é a importância dessa fidelidade, que o Senhor galardoará com a coroa de glória os obreiros fiéis (1Pe 5.24). O ministro deve ser: a. Exemplo do rebanho (1Pe 5.3). b. Exemplo dos fiéis (1Tm 4.12).

Exemplo de cônjuge Entre essas normas, as relacionadas à família são (1Tm 3.2,4,5): a. “... marido de uma mulher,”. b. “... que governe bem a sua própria casa”. c. “tendo seus filhos em sujeição”; d. “com toda a modéstia”...

O obreiro deve ter um compromisso sério com a família. É um imperativo de Deus a vida familiar pura do obreiro (1Tm 3.4,5; Tt 1.6). Embora esse mundo transborde de pecados sexuais o obreiro deve permanecer fiel à sua esposa (Pv 5.15-23; Êx 20.14; Mt 5.27,28; 1Co 10.8). O obreiro deve ter a reputação de ser sexualmente puro (Hb 13.4; 1Tm 3.7).

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Exemplo nas atitudes Em Provérbios 20.11, Salomão escreve que: “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta” (Pv 20.11). Pelas ações de uma pessoa se conhece o seu coração (Jr 17.9; Pv 4.23).Clara Feldmann diz:

Não importa se as palavras estão sendo ditas ou como estão sendo ditas, o corpo está lá e vai estar sempre, dizendo suas próprias coisas, sem jamais mentir. Inúmeras mensagens são transmitidas o tempo todo pelo corpo do ajudador e pela extensão desse corpo, que é seu ambiente de trabalho.

O corpo nunca mente. Em suas atitudes ele sempre revela verdade. Sua mensagem é tão clara e verdadeira que não deixa margem a dúvidas. Dizia o filósofo americano Ralph Waldo Emerson: “Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz”. (Tt 2.7,8; 1Tm 4.12). A Bíblia diz ao obreiro:

“Você mesmo deve ser, em tudo, um exemplo de boa conduta. Seja sincero e sério quando estiver ensinando. Use palavras certas, para que ninguém possa criticá-lo e para que os inimigos fiquem envergonhados por não terem nada de mau a dizer a nosso respeito” (Tt 2.7,8 NTLH; 1Tm 4.12).

Muitas vezes comunicamos, através de nosso corpo, mensagens diferentes das que estamos falando. Nosso cérebro pode escolher as palavras “certas” ao falarmos, porém, por não termos um espelho permanente à nossa frente mostrando nossas

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atitudes corporais “assumimos posturas impensadas; não nos damos conta do que estamos falando através do nosso corpo”. Quando falta o controle, surge a verdade (Sl 15.1,2; Pv 10.9; Tt 2.7).

2. EXPECTATIVA NA FAMÍLIA DO OBREIRO

Padrão Bíblico com Equilíbrio Há uma expectativa da igreja para que o obreiro conduza sua família com o padrão recomendado ao obreiro Tito: “Em tudo, te dá, por exemplo, de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, ...” (Tt 2.7). Este padrão bíblico, quando bem aplicado é saudável, porém, a sua má aplicação pode levar a exigências desordenadas e trazer sérios prejuízos ao Reino de Deus, ao obreiro e à sua própria família. O obreiro não deve fazer a obra de Deus relaxadamente, porém, a responsabilidade com a família é fundamental (cf. Sl 133). O lar do obreiro pode ser modelo para os lares dos membros de sua igreja conforme as Escrituras Sagradas, porém, esse lar deve ser cuidado e preservado de cobranças excessivas para que não venha perecer (1Tm 3.5). A ordem, a paz, a harmonia e a santidade podem imperar no lar do obreiro, onde a esposa e os filhos cultuam a Deus com suas vidas plenas de ideais, reconhecendo e participando de seu ministério. Liderando o pequeno rebanho familiar É exigido um alto padrão moral da casa do obreiro. Quando ele não é capaz de liderar efetivamente o pequeno rebanho de sua própria casa, certamente não terá sucesso ao assumir a liderança de um rebanho maior, a igreja; “pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” (1Tm 3.5). Conforme Champlim, “a família é o berço onde as virtudes cristãs são cultivadas. O pai de família que sabe cultivar essas virtudes no lar, também saberá fazê-lo na igreja”.

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Os conceitos bíblicos são imperativos e, tão relevantes hoje como eram quando Paulo os escreveu, portanto, não são culturalmente ultrapassados ou opcionais e nem abertos à discussão. Independente das circunstâncias o obreiro deve ter o seu lar como prioridade, conforme as Sagradas Escrituras (Hb 13.8). MacArthur diz:

É verdade que os padrões bíblicos para a família são diferentes para o lar do pastor e para qualquer outra família de crentes. A diferença está na responsabilidade que a família do pastor tem de ser um exemplo de matrimônio e de uma família cristã madura, tornando-se um incentivo para as outras famílias do rebanho.

Exemplo do obreiro no lar O obreiro deve ser exemplo para a sua família, dando condição à esposa e aos filhos de afirmarem que ele é um “homem de Deus”. As pessoas que podem avaliar a vida espiritual do “chefe da casa” com clareza, depois de Deus, é a esposa e os filhos, pois convivem diariamente e sabem das suas atitudes na vida cotidiana. É constrangedor o obreiro pregar um bonito sermão, e em sua casa os exemplos contradizerem esse sermão (Mt 5.37; Tg 5.12). O obreiro do Senhor que quer ter um ministério bem sucedido precisa fazer a obra de Deus com afinco, mas sem se esquecer da família que o Senhor lhe confiou. Há obreiros que ganham almas para Cristo, porém, os de dentro de casa perecem! (1Tm 5.8). É necessária a comunhão com Deus sem se esquecer da harmonia familiar (1Pe 3.7). Estes dois pontos darão ao obreiro a autoridade para pregar a Palavra de Deus e ter um ministério vitorioso. Ele precisa tomar o máximo cuidado para:

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a. Cultivar um relacionamento sempre crescente com a esposa (Ef 5.25,28,33). b. Ser um homem devotado a ela e ter seus olhos e coração permanentemente centrados nela (Rm 2.10; 1 Co 7.3-5). c. É fundamental a criação de filhos que também abracem a fé (1Tm 3.4; Cl 3.21).

Duas coisas podem prejudicar o desenvolvimento da família do obreiro:

a. Dedicar cem por cento de seu tempo para a igreja. b. Deixar para sua família somente um eventual tempo que sobra (Ec 3.1,2).

Brechas ao inimigo Há obreiros que deixam brechas em relação aos cuidados com a família. Através dessas brechas o inimigo tem entrado e destruído lares (Ef 4.27). Os pais cristãos precisam separar tempo para identificar e avaliar o poder e a influência dos inimigos espirituais de seus filhos (Pv 6.20-23; 22.6,15; 29.15). A obra do Senhor precisa de obreiros esforçados, porém, empenhados na preservação de sua família, não a deixando a mercê do inimigo. Sem uma família participativa em seu ministério o obreiro tem dificuldades ministeriais. Os membros de sua família são o seu ministério particular e os membros da igreja e as outras pessoas são o ministério público do obreiro. É a família (ministério particular) quem dá sustentação ao ministério público.

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3. O OBREIRO, SUA ESPOSA E FILHOS

O Ministério e a Família O ministério pode, sem que o obreiro perceba, competir com o seu lar, tirando a necessária harmonia familiar. Muitos ministros do evangelho colocam seu casamento em terceiro lugar – primeiro Deus, em segundo o ministério e em terceiro, separadamente do seu ministério a família, razão de muitos casamentos estarem morrendo sem que as pessoas percebam (1Tm 3.4-5, 12). MacArthur publica em seu livro “Redescobrindo o ministério pastoral” uma pesquisa que relata 81% dos pastores dizendo que a maior dificuldade conjugal na família é o “tempo insuficiente em conjunto”. David Korfield entende que “uma família referencial é requisito para o ministério”, e diz:

Nossa negligência ou até desobediência nisso tem causado muitos males, entre eles, a revolta da nova geração, que percebe uma realidade no lar bem diferente da aparente piedade demonstrada na igreja.

A prioridade familiar Além dos cuidados prioritários da família, se deve entender a prioridade do relacionamento entre marido-mulher e, depois, o relacionamento com os filhos. Conforme Drescher:

Os relacionamentos pai-filho têm sido enfatizados de tal forma por várias décadas que, por causa da criança, as prioridades marido-mulher são muitas vezes postas de lado com facilidade. ... É bom

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lembrar que o casamento é permanente enquanto a paternidade é passageira.

É fundamental na formação desenvolvimento moral, social, emocional e psicológica dos filhos, o amor dos pais um pelo outro. Quando os pais estão felizes, essa felicidade é transmitida a seus filhos, razão porque eles devem mostrar amor e afeição um pelo outro na frente deles (Pv 15.13).

4. A FAMÍLIA NAS ESCRITURAS

Fundamento Bíblico Da Família Sendo o ser humano obra da criação divina e o casamento uma instituição criada pelo Eterno, devemos recorrer às Escrituras como “Manual do Criador” a fim de entendermos o que Ele instituiu como necessário desde o princípio, para que haja um bom funcionamento na família (Sl 19.7-14). Somente haverá a verdadeira paz, felicidade e prosperidade nas famílias que permanecerem dentro dos parâmetros divinos (Sl 1.1-3). Vivemos um período da história da humanidade, onde os conceitos sociais atingem os fundamentos divinos para a estrutura familiar. A Bíblia, no entanto, vem resistindo há séculos esses pensadores e dia após dia mostra que não falha; é inerrante. Ela é a verdade em tudo quanto afirma (Mt 5.17,18; Jo 10.35). A Bíblia não usa a palavra "inerrante", mas a ideia é óbvia:

a. "A lei do Senhor é perfeita... o testemunho do Senhor é fiel... os preceitos do Senhor são puros... os juízos do

Senhor são verdadeiros para sempre” (Sl 19.7-9). b. “...a palavra da verdade" (Sl 119.43). c. “...a tua palavra é a verdade desde o princípio” (Sl 119.160).

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d. “...a tua palavra é a verdade” (Jo 17,17).

A família no Antigo Testamento No Antigo Testamento, o pai desempenhava uma função quase sacerdotal. Antes do estabelecimento formal do sacerdócio pelos levitas, o pai era o responsável em oferecer os sacrifícios a Deus, tanto de sua parte quanto de sua família (Gn 8.20;12.7,8;22.2-9). No mais antigo escrito bíblico, o livro de Jó, temos o relato da preocupação de Jó com seus filhos. Sua observação era constante na conduta dos filhos; sempre intercedendo a Deus para que eles experimentassem da parte dEle a salvação e Suas bênçãos (Jó 1.5).

A família no Novo Testamento No Seu ministério, Jesus jamais deixou de valorizar a família. Ele nunca agiu contra ela. Seus milagres e ensinos sempre se coadunam e se harmonizam com a vida familiar:

a. O primeiro milagre realizado por Jesus foi numa festa de casamento: “Dois dias depois, houve um casamento no povoado de Caná, na região da Galileia, e a mãe de Jesus estava ali. Jesus e os seus discípulos também tinham sido convidados para o casamento. (...) Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galileia. Assim ele revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele” (Jo 2.1,2,12).

b. Jesus se importou com a sogra de Pedro e a curou: “Jesus foi à casa de Pedro e viu a sogra dele de cama, com febre. Jesus tocou na mão dela, e a febre saiu dela. Então ela se levantou e começou a cuidar dele” (Mt 8.14,15).

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c. Jesus atendeu súplicas de pais e mães para libertação ou cura de seus filhos: Em Mateus 15.22 cura a filha de uma mulher Cananeia. Em Mateus 17.14,15 Jesus cura o filho epilético de um senhor da multidão. Em Marcos 5.23 Jesus cura a filha de Jairo. Em Lucas 7.11-15 ressuscitou o filho de uma viúva. Em João 11.1-45 ressuscitou a Lázaro, irmão de Marta e Maria.

d) Jesus aconselhou as pessoas por Ele curadas a voltarem para suas famílias: Um homem de Gerasa que era dominado por um espírito mau queria acompanhar Jesus: “Mas Jesus não deixou e disse: — Volte para casa e conte aos seus parentes o que o Senhor lhe fez e como ele foi bom para você” (Mc 5.19). Para um paralítico deitado em um leito Jesus disse: “Para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados — disse então ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa” (Mt 9.6).

e) Ele defendeu a família monogâmica e sexualmente pura

Mt 19.3-9). f) Ele cuidou da Sua própria família quando estava prestes a morrer:

“Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Clopas, e também Maria Madalena. Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela: — Este é o seu filho. Em seguida disse a ele: — Esta é a sua mãe. E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele.

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Agora Jesus sabia que tudo estava completado...” (Jo 19.25-28).

A Família no Propósito De Deus A partir do texto de Gênesis 2.24: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”, podemos depreender que a família está no propósito de Deus para a humanidade. Deus criou o homem e a mulher e estabeleceu para estes um plano relacional - a família. Esta, portanto, tem uma estrutura tanto divina quanto biológica e social. No contexto cristão, a família existe antes que qualquer instituição ou sociedade. Ela é anterior à nação e à própria igreja, sendo, portanto, a base para todas as instituições (Zc 2.15). Roberto C. Dentan escreve “que o propósito do casamento é fortificar o povo escolhido de Deus, pela descendência que resultara dos casamentos”.

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O casamento é uma dádiva de Deus A Bíblia diz: “Quem acha uma esposa encontra a felicidade: recebeu uma bênção de Deus, o Senhor” (Pv 18.22 NTLH). Deus coloca o casamento como prêmio para o homem; é assim que deve ser o nosso lar, “um bem do Senhor”. O obreiro deve, constantemente, perscrutar de forma clara a situação de cada membro de sua família e empreender todas as ações possíveis para torná-la saudável (Ef 5.25).

O casamento é o centro de comunhão A família foi formada para ser um centro de comunhão e cooperação entre os cônjuges, um meio pelo qual as bênçãos divinas fluiriam e se espalhariam sobre a terra. A intenção do Deus Criador não foi formar um homem apenas, mas o homem e a mulher para relação de amizade e procriação. Deus não criou o homem para viver só, sem alguém ao seu lado para compartilhar tudo o que é e tudo o que recebeu de Deus. Deus constatou que a solidão não seria boa para a Sua criatura. “O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18). Chegada a hora por Ele determinada, levou a Adão uma companheira ideal, e instituiu a família para o desenvolvimento físico e espiritual da raça humana. Toda a iniciativa e ação foi da parte de Deus, procedimento que as Escrituras chamam de “uma só carne” - a primeira família (Gn 2.24). Deus levou a Adão alguém que o próprio Deus considerou “muito bom” (Gn 1.26-31).

Clara Feldman e Márcio Lúcio de Miranda nos dão alguns princípios da relação interpessoal: 1. A pessoa é, em grande parte, resultado das relações interpessoais que estabeleceu durante sua vida. 2. Ninguém sai ileso de um encontro com outra pessoa.

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3. Há sempre uma relação de causa e efeito acontecendo entre duas pessoas – uma causa efeitos sobre a outra e vice-versa. 4. Esses efeitos podem ser para melhor ou para pior, construtivos ou destrutivos, para uma das partes ou para ambas. 5. Esses efeitos são especialmente marcantes quando uma das pessoas é considerada significativa – aquela que tem maior influência sobre a outra devido ao papel social que desempenha.

Nariana Caplan comenta, em seu livro Atitudes, que o relacionamento é tudo - começo e fim. Sem relacionamento não temos nada (Cl 3.18-21) e não somos ninguém. Aristides Ramos entende que o ser humano, fruto da cultura pós-moderna, vive a dualidade entre o relacionamento e o desempenho - desempenhar funções ou relacionar-se com pessoas. Segundo Ramos, pensar com categoria urbana hodiernamente é pensar em desempenho, não no relacionamento. A vida, no entanto, acontece na relação com Deus, com a família e com o próximo. Toda sabedoria ou sucessos obtidos perdem o sentido quando não se tem alguém com quem partilhar. Os assuntos essenciais do relacionamento não são mais evidentes em outro lugar do que na relação entre pais e suas crianças.

O casamento é indestrutível "A instituição do casamento é indestrutível porque Deus é indestrutível", (Mt 19.6; Mc 10.9; 1 Co 7.10). Para um casamento ser indestrutível os cônjuges deverão se preocupar em saber demorar o olhar um sobre o outro (tempo de qualidade), a fim de melhor analisar o amor impalpável que habita em seus corações. Quando o ego predomina em nossa vida, o egoísmo é a regra.

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Quando deixamos Cristo nos orientar, através das Sagradas Escrituras, o amor é a regra. Alguns têm certas dúvidas a respeito do seu relacionamento, mas confiam que no fim tudo dará certo, no entanto, o cônjuge que declara “amar” deve manter-se em condições de provar sua afirmação (Ef 5.25,28,33).

O Comportamento do Ser Humano após a Entrada do Pecado

Embora continue com a imagem e semelhança de Deus, o ser humano, após a entrada do pecado no mundo, tem alterado os planos que o Senhor preparou para ele. Pode transformar o lar, um lugar que o Senhor preparou para reinar o amor e ter paz, adequado para a formação dos filhos, em um ambiente egoísta e de guerra (Ec 7.29). Embora a estrutura dessa instituição social e o papel de cada membro que a ela pertença mude, com o passar do tempo, o seu significado para Deus permanece inalterado.

5. A FAMÍLIA E OS TEMPOS “TRABALHOSOS”

A Pós-Modernidade “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” (2Tm 3.1-5).

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A sociedade vive o período definido pelos filósofos como “pós-modernidade”. O ser humano, nessa visão, é doutrinado a aceitar como certas todas as formas de comportamentos. Tudo é relativizado. O ego é o “deus” da atualidade. A Bíblia é vista como um livro antigo; sua importância se restringe a fatos históricos; é rica em “mitos”. Não se atribui às Escrituras sua "infalibilidade", sua "inerrância". Depositária da revelação e da vontade de Deus à humanidade. Não se podem considerar os fundamentos bíblicos, pois isso, diz o conceito pós-moderno, se caracterizaria em preconceito. O apóstolo Paulo escreve em Romanos:

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1,2).

A igreja não é uma instituição imune aos problemas e diversidade de coisas que se sucedem, próprios da sociedade pósmoderna. Antônio Tadeu Ayres diz que: Temos observado que, numa dimensão menor (embora crescente), tudo o que exerce influência no macrocosmo da sociedade secular encontra ressonância no microcosmo da igreja.

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SEMEAR E COLHER

As Escrituras dizem: “Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida eterna” (Gl 6.7,8 NTLH).

A sociedade está se deteriorando porque as famílias estão com seus valores deteriorados. Não cultivam os bons valores com base nas Sagradas Escrituras (Sl 119.105). Encontramos famílias “cristãs”, destruídas física moral, emocional e espiritualmente; longe do padrão estabelecido por Deus (Tg 1.15; 2.12). O que se observa, nesses últimos tempos, é uma inversão dos valores éticos bíblicos. Substituem esses valores por modelos mundanos (Is 5.20,21; Cl 2.8). A cultura relativista hodierna distorce os valores cristãos (Pv 28.2; Is 5.20; 24.5; Rm 1.25). “Os entretenimentos, as artes e a música, a literatura, os costumes, os esportes, o trabalho, o lazer, a recreação, tudo tem sido distorcido para servir à cultura predominante”. O propósito é “remover da consciência pública até o último vestígio da verdade cristã”. A influência sistemática da cultura pós-moderna sobre as famílias, as envolvem e as “ensinam o que devem pensar acerca da autoridade, da justiça, da honra, da diversão, da responsabilidade e da orientação sexual”. Somente o ensino dos preceitos do Senhor formará a base que proporcionará à família não apenas a obtenção de conhecimentos variados, mas também concederá uma visão

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integrada e coerente de vida, relacionada com o Criador e com os Seus propósitos (Rm 12.2). A fonte dos valores, ético cristãos é a Bíblia Sagrada (Sl 119.9). Ela mostra como deve ser o relacionamento do cristão com: a. Deus como Pai (Mt 6.15; 6.18; Jo 20.17). b. Jesus como Mestre (Mc 12.14; Mt 23.8, 10). c. O Espírito Santo como Guia (Jo 16.13). d. A família como unidade relacional (Gn 2.18; Mt 19.5). e. O ser humano como irmãos (1Jo 4.19-21). f. As demais coisas criadas por Deus como mordomos (Gn 2.15). g. A si mesmo como pessoa (Gl 5.16-18; Rm 8.12-15; Tg 1.23-25).

A escolha A família começa com a escolha do parceiro. Contudo, muitos levam em consideração o corpo do outro e não prestam atenção na escolha (plantio) de valores necessários e descritos nas Sagradas Escrituras, tais como: sobriedade, prudência, decoro, hospitalidade, não dado ao vinho, não tendencioso, não condizente com ganâncias desonestas, amável, pacífico, não avarento, não neófito, justo, amante do bem, laborioso, diligente, constante, autodisciplinado, submisso á disciplina, responsável, respeitador, irrepreensível... (1Tm 3.1-7; Tt 1.5-8; Pv 6.6-11; 10.4; 13.4; 2Ts 3.7-12; 2Tm 3.14; 1Co 9.25-27; 1Ts 4.11; 4.6; Ef 4.14; 6.11; Hb 10.22; Sl 15.02; 1Pe 2.17). O homem pode fazer pouco caso ou fugir dos decretos de Deus, porém, tudo o que ele semear, com certeza ceifará. Para colhermos uma boa família precisamos entender que a natureza da colheita é determinada pela plantação, portanto, devemos conhecer e seguir todas as etapas do plantio (2Co 9.6).

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Existem etapas que são importantes e que determinarão o sucesso na colheita:

a. Conhecimento e sabedoria. b. Uso de boa semente. c. Cultivar o solo. d. Boa semeadura. e. Boa manutenção.

A semeadura Em toda a criação divina, as consequências, tanto positivas como negativas, sempre serão resultantes da semeadura. Essa regra foi estabelecida pelo Criador (Gl 6.7). A vida familiar está incluída nessa determinação divina, isto é, a semeadura e a consequente colheita em todos os seus seguimentos. Sempre colherão o que seus membros semearem em seus relacionamentos. Aqueles comprometidos com o estabelecido nas Sagradas Escrituras gozarão das bênçãos (1Rs 2.3). Não é questão de mágica ou acaso, mas semeadura (Os 4.6). Deus, em Seu imensurável amor, deixou descritas em Sua Palavra as sementes necessárias aos homens para colherem bênçãos espirituais e materiais. O processo para uma boa colheita sempre será cultivar bem o terreno, semear boa semente e colher no devido tempo. O rei Davi, do antigo Israel, marcou seu reinado com grandes feitos pessoais, e extraordinárias mudanças na realidade do povo judeu. Teve proteção divina em muitas áreas de sua vida. Em relação à família, porém, obteve alguns fracassos por não se enquadrar na Palavra em relação aos seus filhos (2Sm 13-18). Não podemos deixar de considerar que as leis naturais são para todos. O Senhor Deus, conforme palavras do próprio Cristo, “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos”

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(Mt 5.45). O acaso pode beneficiar um ser humano perverso (Sl 73). Os pais cristãos, no entanto, não devem deixar o acaso guiar sua família, porém, se enquadrar ao estabelecido nas Sagradas Escrituras para que seu lar seja abençoado (Dt 11.18-21; Jr 22.13; Pv 24.3; Ef 6.1-4).

A semente Existe um milagre dentro da semente natural – criação divina. Ela contém em potencial tudo o que é necessário para que, depois de plantada, produza a futura planta e tudo que vai produzir: caule, galhos, folhas, flores e frutos. Em potencial, contém em si tudo do que precisa. A semente, plantada no terreno familiar, também contêm esse milagre. Salomão diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6). A seleção de sementes pode ser do alforje:

a. De Deus (Mt 12.35a; Jo 14.6;15.14-16). b. De Satanás (Jo 10.10; Jó 4.8; Pv 6.17-19; 22.8; Os 8.7).

A semente sendo de boa qualidade, plantada na época certa, com clima adequado, no bom terreno, por certo dará o seu abundante fruto. Todo fruto produzirá de acordo com o tipo de semente (Gn 1.11,12).

O semeador O semeador deve ser diligente e constante, pois sempre estaremos colhendo. Todo terreno produzirá, mesmo que nele não for plantada boa semente. Portanto, o bom semeador não somente lê, estuda, conhece; ele semeia:

a. Amor (Ec 9.9; Ef 5.25, 28, 33; 6.4; Cl 3.19).

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b. Fidelidade mútua (Ml 2.14; Hb 13.4). c. Respeito entre os cônjuges (1Co 7.1-5). d. Submissão (Ef 5.21,22,33). e. Perdão (Mt 6.15; Mt 5.23,24; Mc 11.25). f. Ensino e respeito (Dt 6.5-7; 11.19; Pv 22.6; 2Tm 4.2; Ef 6.4; Tg 3.4). g. Edifica sua casa na doutrina e disciplina (Gn 18.19; Js 24.15; Dt 6.7; 1Sm 3.12-13; Hb 12.7-9; Ef 5.29; 5.26,27). h. Companheirismo (Gn 2.18). i. Proteção à família (Dt 22.8). j. Proteção física (Pv 15.13). k. Proteção moral (Tg 4.11; Lc 6.45 Mt 12.34). l. Proteção espiritual (1Tm 2.8; 1Pd 1.7; 3.7; Tg 5.16; 2 Co 1.4; 1 Co 12.25,26; Hb 7.25). m. Profeta para a sua família (1Pd 2.9). n. Jugo desigual (2 Co 6.14-16); o. Relacionamento (Gn 2.24; Rm 12.10a; 1 Co 7.3-5, 10-13);

Aristides Ramos entende que o ser humano, fruto da cultura pós-moderna, vive a dualidade entre o relacionamento e o desempenho - desempenhar funções ou relacionar-se com pessoas. Segundo Ramos, pensar com categoria urbana hodiernamente é pensar em desempenho, não em relacionamento. A vida, no entanto, acontece na relação com

Deus, com a família e com o próximo. Conforme Nariana

Caplan relacionamento é tudo - começo e fim. Sem relacionamento não temos nada e não somos ninguém. Toda sabedoria ou sucessos obtidos perdem o sentido quando não se tem alguém com quem partilhar. Os assuntos essenciais do relacionamento não são mais evidentes em outro lugar do que na relação entre pais e suas crianças.

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A colheita O agricultor não espera plantar num dia e ceifar no dia seguinte, mesmo que use a mais avançada tecnologia. Sempre haverá um tempo para a frutificação (Ec 3.1,2,17; 8.6). Da mesma forma que a transformação de uma semente em árvore exige tempo (Mc 12.2), há um tempo para o rancor amadurecer até dar o seu fruto. Sem uma compreensão deste aspecto da lei de semear e ceifar, será difícil estabelecer a correta conexão entre a operação de plantar e a de colher. Na dimensão espiritual da semeadura e da colheita, colhemos em nosso relacionamento com Deus, com os seres humanos, nos hábitos da vida, em nossa reputação, nossa utilidade no Reino de Cristo e para a eternidade. É importante entendermos, também, que nunca se colhe a mesma quantidade do que foi semeado; há sempre uma multiplicação. “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará” (2Co 9.6). Isto é bom para o fazendeiro (Sl 107.37), mas deve ser levado em consideração pelos cristãos. Quando se planta uma semente de trigo, nasce um pé de trigo que certamente frutificará. Quando se planta uma cesta de trigo, colher-se-ão muitas cestas de trigo. Isto significa que quando semeamos um pouco de amor colheremos muito amor e, quando semeamos um pouco de discórdia, colheremos muita discórdia.

6. DEVERES DO OBREIRO QUE CONTRIBUIRÃO

PARA O FORTALECIMENTO FAMILIAR

Amor Na construção da família um importante material empregado é o amor. O amor é mais do que um sentimento entre duas pessoas; é uma auto dedicação (Ef 5.25). Amar é viver para o outro, procurando fazê-lo feliz, pois o casamento deve ser um porto

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seguro, um lugar feliz onde se possa relaxar e se refazer. O lar tem o sentido na medida do amor que reina nele. Lares onde os integrantes se impõem a um espírito de sacrifício e generosidade, renunciando suas preferências, promovem amor sincero e sempre crescente, que produz a verdadeira felicidade (Ct 8.6; 1 Co 13.1-7). A antítese é verdadeira. Lares em que seus componentes não se impõem ao sacrifício e generosidade, impondo suas preferências, produzem o desamor sempre crescente, trazendo a infelicidade a todos os componentes da família. “Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio” (Pv 15.17). O amor e a proteção a nós mesmos são fáceis de serem exercidos, porque para nós são coisas muito naturais. Cuidamos de nós mesmos, dando atenção à nossa educação para que ocupemos uma boa posição na sociedade. Temos os cuidados de evitar acidentes e enfermidades. Até mesmo as coisas ínfimas, quando relacionadas à nossa pessoa, tornam-se importantes. Jesus ensinou, porém, que esse amor natural por nós mesmos deve ser transferido aos outros (Mt 22.39; 1Tm 5.8). Na maioria das vezes o ser humano tem grande dificuldade em demonstrar “amor”. A melhor maneira para fazê-lo é usar a criatividade. Peça a Deus uma estratégia. Bauman escreve que:

Sem humildade e coragem não há amor. Essas duas qualidades são exigidas, em escalas enormes e contínuas, quando se ingressa numa terra inexplorada e não-mapeada. E é a esse território que o amor conduz ao se instalar entre dois ou mais seres humanos.

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O amor como ordenança divina Sendo o amor um transbordar da alegria em Deus, que atende alegremente as necessidades de outras pessoas, então essa alegria em dar é um dever cristão, e o esforço de não a buscar pode ser pecado. O apóstolo João diz: “aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas” (1Jo 2.9). Admirar algo bom e agradável, ou amar alguém que é simpático, talentoso, inteligente, é uma situação confortável. Alguns pais poucas vezes elogiam o trabalho feito pelos filhos. Entretanto, são detalhistas e precisos em lhes apontar os erros. Amar verdadeiramente, no entanto, é aceitar as condições adversas. O sentimento pode ser contrário, mas o amor deve continuar. Para Jacobsen:

Os pais que verdadeiramente amam seu filho estão dispostos a sacrificar seus desejos para criar uma harmoniosa atmosfera familiar à qual o pequenino possa sentir que pertence, e na qual é aceito tal qual é, e querido por si mesmo. A criança que conhece esse tipo de amor pode ajustar-se a quase tudo; tem uma segurança básica que ajuda a protegê-la do temor. Sem esse amor altruísta, embora façam “tudo o que o livro manda”, os pais jamais conseguirão ser bem sucedidos.

Amar é se oferecer em sacrifício por quem se ama. Há um afastamento diametral entre o amor e o egoísmo. A busca e o desenvolvimento deste amor no nosso ser é o caminho a ser seguido pelo cristão. Formar Jesus em nós (Gl 4.19) nada mais é que conseguirmos amar como Jesus nos amou.

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Há um conceito errado que diz: “acabou o amor, acabou o casamento!”. Mas a verdade de Deus é que todos os casados devem se amar. É um mandamento. Deus não diz que o casamento subsiste enquanto durar o amor, mesmo porque o amor descrito no mandamento é eterno, jamais acaba. Deus diz que eles devem amar-se porque estão unidos em casamento (Cl 3.19; Tt 2.4). Isto é o vínculo legal e real de um compromisso.

O paradoxo da fortaleza e a fragilidade do amor Salomão escreve em Cantares de Salomão 8.7: “As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado". Champlin, comentando esse versículo: diz: "O amor é tão implacável quanto as águas de uma inundação, quanto um poderoso rio cujas águas são alimentadas por neves que se estão dissolvendo". Amar é se despojar de si, é se entregar sem reservas ao outro, é lhe dizer “eu pertenço a ti”. Despoja-se para se oferecer (1 Co 13.5). Somente o amor derramado por Cristo no ser humano é altruísta, ou seja, vê o benefício do outro e vive em função do outro, não de si mesmo. Todo amor é sofredor (1 Co 13.4), quem ama sofre, se este sofrimento representa o bem do ente amado. É realmente penoso se esquecer de si mesmo, porque não há outro caminho a não ser o do sacrifício. Esta é a razão porque todo amor humano é frágil. Não há amor conjugal que não seja frágil.

A formação do caráter dos filhos Os filhos necessitam de uma dedicação na integralidade do seu ser em formação - corpo, alma e espírito (Dt 6. 4-7). No entanto, existem pais que abrem mão dos seus deveres de pais educadores, trocando a repreensão disciplinadora em prol de uma amizade

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que permite aos filhos liberdade de escolha ilimitada. Eles esperam a amizade de seus pais, mas principalmente pelos exemplos dos pais, a orientação e limites para se sentirem seguros. É da responsabilidade dos pais “moldar neles um temperamento equilibrado, formar um caráter justo e construir uma personalidade saudável”. Podemos pensar que o termo “caráter” signifique qualidades como honestidade, coragem e paciência. Porém, “caráter é a expressão exterior do que uma pessoa é no interior”. O que escolhemos ou a maneira como tratamos as outras pessoas, e nossa reação às circunstâncias, são estabelecidas pelo que temos em nosso interior.

A espiritualidade cristã Alguns pais cristãos entendem que a espiritualidade cristã é uma herança que pertence aos filhos. Ela é inerente aos filhos se os pais forem de Cristo. No entanto, as estatísticas nos dizem que muitos dos marginais e presidiários dos grandes centros são filhos de pais cristãos. Por outro lado, muitos dos verdadeiros cristãos, úteis no Reino de Deus e na sociedade, formaram sua espiritualidade na tenra idade em seus lares. O que pode influenciar uma criança a seguir um determinado comportamento? Possivelmente seja a habilidade dos pais em usar a instrução bíblica formativa, contribuindo para que elas criem princípios absolutos pelos quais viverão. Em Deuteronômio 11.18 a 21 diz:

“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas portas, para que se

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multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o SENHOR jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra”.

O obreiro deve: a. Doutrinar e edificar sua casa (Gn 18.19; Js 24.15; Dt 6.7). b. Disciplinar sua casa (1Sm 3.12-13; Hb 12.7-9; Ef 5.29; 5.26,27). c. Ser sacerdote para sua família (1Pd 2.9).

7. AS NECESSIDADES FAMILIARES

O obreiro tem a responsabilidade de satisfazer as necessidades espirituais, educacionais, emocionais e materiais de sua família.

Necessidades Espirituais - Sacerdote No Lar (Gn 18.19) O obreiro deve ser sacerdote tão espiritual no lar, diante da esposa e dos filhos, quanto no templo, diante da congregação. A família do obreiro precisa constatar que o marido e pai que mora com eles é tão espiritual quanto o marido e pai que pastoreia a igreja. O sacerdócio, no Novo Testamento, caracteriza-se pela responsabilidade de cada um pelos demais membros do corpo de Cristo. O sacerdócio exige que os cônjuges sejam santos e, então, responsáveis, principalmente pelos membros de sua família (1 Tm 5.8). Essa responsabilidade se materializa na família no ensino da Palavra de Deus (1 Pd 2.9) em instruir, animar, edificar, repreender e corrigir pela Palavra.

Evangelizar sua família O Evangelho é o centro de toda a teologia escriturística, “por meio do qual é dada a revelação da justiça de Deus e do elevado destino dos remidos”; portanto, parte central na criação dos filhos. O

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Evangelho é a única esperança do perdão divino, de mudança interior e profunda. Evangelizar é uma ordem imperativa de nosso Senhor Jesus Cristo, exarada nas Escrituras Neotestamentárias: “ide por todo mundo pregai o Evangelho a toda Criatura” (Mc 16.15). O alcance da ordem imperativa de Cristo é extensiva a toda criatura, independente de faixa etária, isto é, abrange adulto e criança. A criança está ávida por aprender; isso oportuniza o ensino das “boas novas”, conforme as Sagradas Escrituras. Todo o tempo empregado para evangelizar uma criança não é perdido, pois iniciando com princípios sadios, ela continuará assim por toda a vida.

As Necessidades Sociais

O obreiro deve se interessar pela vida social de sua esposa e de seus filhos. É importante para a criança a participação de sua família na igreja, a presença dos pais no primeiro dia de aula, a participação nos encontros de pais e mestres da escola e nas comemorações em datas especiais (dia dos pais, das mães, Natal, etc.). Alguns hábitos salutares à família: a. Uma refeição por dia com os membros da família juntos: b. Uma atividade por semana com a família - visitar os parentes ir ao shopping/parque. c. Um passeio especial por mês com a família. d. Sair de férias com a família uma vez por ano.

A Necessidade De Instrução

A família deve ser o meio onde as experiências da vida possam acontecer. Não é preciso esperar que os filhos tenham experiências

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espirituais, isto é, conhecimento de Deus e Suas leis na igreja, pois o lar deve oferecer estas coisas, e mais adequadamente, pois o tempo de convívio é maior (Dt 6.6,7). A Escola Bíblica Dominical, a Escola Bíblica de Férias, os acampamentos cristãos e os cultos para crianças na igreja não retiram da família a responsabilidade do ensino das Sagradas Escrituras. É importante os pais levarem seus filhos à igreja. Porém, mais importante é levá-los primeiramente a Cristo. Num ambiente adequado e com uma linguagem acessiva, os pais podem levar a criança a um relacionamento sério com Deus no lar. Tedd e Tripp, no livro Instruindo o coração da criança, escrevem:

A vida é uma sala de aula. Isso é verdade. Ensino e aprendizagem estão em processamento vinte e quatro horas por dia. Aqui é onde mora o perigo. Na ausência da instrução formativa, os instrutores da formação secular assumem o controle. Nossos corações são facilmente cativados pelas filosofias enganadoras e vazias de uma cultura ímpia (Cl 2.8). A maioria das culturas interpreta a vida com olhos não regenerados e promovem suas conclusões através de vários meios, que vão desde a propaganda até a educação.

O obreiro deve doutrinar e edificar a sua casa principalmente com o exemplo. (Gn 18.19; Js 24.15; Dt 6.7). Devemos estar atentos às exatas determinações das Escrituras (Tg 1.22-26). Enquanto a exegese consiste em extrair o significado de um texto qualquer, mediante legítimos métodos de interpretação; a eisegese (2Pe 3.16) consiste em injetar em um texto, mediante várias manipulações, alguma coisa que o intérprete

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quer que esteja ali, mas que na verdade não faz parte do mesmo (Jr.17.9-10).

As Necessidades Psicológicas Os membros da família podem passar por situações emocionais adversas, por mudanças biológicas e psicológicas, etc. Os pais devem acompanhar principalmente o filho adolescente e auxiliá-lo quando estiver sufocado pelas pressões da vida. Nossos filhos podem ser desencorajados pelas nossas atitudes, quando:

a. Os desamparamos; b. Os negligenciamos; c. Os prejudicamos psicologicamente usando a expressão:

“vou fazer de você um homem”; d. Não os entendemos; e. Esperamos demasiado deles; f. Amamos de forma condicional; g. Forçamos a aceitar nossas ideias; h. Não admitimos nossos erros.

A Necessidade Da Família De Tempo Exclusivo O obreiro é o “chefe da casa”, portanto, precisa administrar bem o seu tempo, reservando momentos para cuidar corretamente da esposa e dos filhos. Jamais poderá abandonar, abdicar ou mesmo delegar essa tarefa. A criança precisa da presença do pai para rir, brincar, ler, e essa doação de “tempo presença” tem o significado de amor para elas. Amar é uma atitude íntima, um estilo de vida que não se limita a palavras e gestos. Pode faltar aos pais condições de terem todo o tempo necessário à família, então sonham com os finais de semanas e as férias. No entanto, a presença dos pais é ideal no dia a dia. A devida qualidade do momento aproxima pais e filhos. A

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criança tem dificuldade em entender o termo abstrato “amor”. Os pais podem dizer muitas vezes que a amam. Mas ela entenderá mais claramente esse amor através da linguagem objetiva do brincar, jogar, rir, etc. Quando beijamos, abraçamos ou fazemos carinho a um filho aflito, estamos mais do que o consolando. “Estamos lhe proporcionando algo essencial para o seu desenvolvimento físico e emocional saudáveis”. O contato físico por parte dos pais, irmãos e outras pessoas próximas da criança é de importância vital para o seu desenvolvimento, trazendo-lhe tranquilidade e segurança. As crianças podem interpretar a falta de carinho como falta de amor. Ângela Marulanda comenta que “infelizmente ainda há muitos tabus a respeito do contato físico e do carinho, especialmente para com os filhos homens”. Muitas vezes, os pais se permitem dar carinho à filha, mas negligenciam esse carinho ao filho, temendo a possibilidade de torná-lo pouco viril. É possível que tais pais tenham dificuldade em expressar seus sentimentos, em afagar os filhos, porque não tiveram esse contato com os seus pais. Aprenderam e agora ensinam a seus filhos que para ser homem tem que ser autossuficiente e se esconder numa máscara de "durão". “Nada mais errado do que acreditar que as demonstrações afetivas podem fazer mal a um filho”. Quando o pai ou mãe dedica cem por cento de seu tempo ao trabalho, à igreja, etc. (Ct 1.6), se caracteriza uma conduta desordenada e pode trazer sérios prejuízos ao Reino de Deus, a ele próprio e à sua família. Isto pode fazer com que os cônjuges e os filhos sofram com a sobrecarga que, por falta de conhecimento é imposta a eles. A família tem a prioridade estabelecida pela Bíblia: “pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?" (1Tm 3.5).

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A Necessidade De Correção

Os filhos necessitam de uma dedicação na integralidade do seu ser em formação - corpo, alma e espírito. No entanto, existem pais que abrem mão dos seus deveres de pais educadores, trocando a repreensão disciplinadora em prol de uma amizade que permite aos filhos liberdade de escolha ilimitada. Eles esperam a amizade de seus pais, mas principalmente pelos exemplos dos pais à orientação e limites para se sentirem seguros. É da responsabilidade dos pais “moldar neles um temperamento equilibrado, formar um caráter justo e construir uma personalidade saudável”. Podemos pensar que o termo “caráter” signifique qualidades como honestidade, coragem e paciência. Porém, “caráter é a expressão exterior do que uma pessoa é no interior”. O que escolhemos ou a maneira como tratamos as outras pessoas, e nossa reação às circunstâncias, são estabelecidas pelo que temos em nosso interior. O obreiro deve disciplinar a sua casa com amor (1Sm 3.12-13; Hb 12.7-9; Ef 5.29; 5.26,27).

8. PRINCÍPIOS PARA A BOA CONVIVÊNCIA COM O SEU

CÔNJUGE

“Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Fl 2.4).

1) Deixe seu cônjuge saber o quanto você precisa dele: Quando nos sentimos úteis um sentimento de alegria, de autoconfiança e identidade toma nosso coração.

2) Seja grato ao seu cônjuge: Seja Grato a Deus e às pessoas (Gl 6.2).

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