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Índice O Correntes d'Escritas está mais forte! Conferência deAbertura Prémio Literário Casino da Póvoa Prémio Literário Correntes d'Escritas/Papelaria Locus Prémio Literário Conto Infantil Ilustrado Correntes d'Escritas/Porto Editora Prémio Fundação Dr. Luís Rainha Revista Correntes d'Escritas 12 Programa Mesas de Debate Lançamentos de Livros Sessões em/com Escolas Exposições Intervenções Poéticas Correntes de Leitura e Escrita Cinema Teatro Feira do Livro Prémios de Edição LER/ Booktailors Correntes d'Escritas em Lisboa Participantes com Biobibliografias Implantação Geográfica Identidade Gráfica do evento Patrocinadores,Apoios e Parceiros Equipa Correntes d'Escritas 2013
O Correntes d'Escritas está mais forte! As Correntes estão mais sólidas. As palavras ganham força, movem vontades e unem esforços. E porque “a união faz a força”, graças ao envolvimento de muitos, aqueles que acreditam no valor da literatura, a quimera acontece e, de 21 a 23 de fevereiro de 2013, o 14º Correntes d'Escritas apresenta-se forte. São três dias muito intensos, resultado da entrega total de uma equipa que se orgulha de manter vivo um evento que supera todas as dificuldades, ultrapassando as barreiras do real e da utopia. As páginas deste documento podem ser o diário da viagem que abarca escritores, autores, poetas, diseurs, atores, jornalistas, críticos literários, editores, livreiros, professores, alunos, leitores, enfim, os tripulantes de uma expedição ao mundo das letras. O ponto de partida é dia 21, no Casino da Póvoa, às 11h00, a Sessão Oficial de Abertura do Encontro, com a revelação dos vencedores dos quatro prémios literários. O anúncio do galardoado com o Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros, é um momento esperado por muitos e, principalmente, pelos oito finalistas que, ansiosamente, aguardam a divulgação. O Lançamento da Revista Correntes d'Escritas 12, dedicada a Urbano Tavares Rodrigues, também acontece nesta Sessão, prestando-se, deste modo, a homenagem e reconhecimento que o Correntes tem pelo escritor, combatente e homem da cultura. A viagem prossegue para o Auditório Municipal, porto de abrigo de milhares de pessoas que, por estes dias, fazem paragem obrigatória para assistirem às sete mesas de debate que aqui se desenrolam. A anteceder as mesas, o neurocirurgião João Lobo Antunes profere a Conferência deAbertura, “Não fazem mal as musas…”. O evento abarca duas exposições, uma de Fotografias da Póvoa de Varzim 1982/2012, de Carlos Romero, Eras do Tempo, na Biblioteca Municipal, e outra de Pintura, de Emerenciano, Aqui e Agora sem Palavras, no Museu Municipal. Ambas são inauguradas no dia 21, às 19h00 e 19h30, respetivamente. O Hotel Axis Vermar também faz parte do itinerário do 14º Correntes d'Escritas e acolhe duas sessões de cinema. No dia 21, às 23h30, é exibido o filme O Tempo e as Bruxas, de António Victorino D'Almeida, e no sábado, 23, o documentário Adeus à brisa, de Possidónio Cachapa sobre Urbano Tavares Rodrigues. É aqui que também acontecem sessões de lançamento de livros. Luís Cardoso, Aurelino Costa, Afonso Cruz, Cristina Carvalho, João Tordo, Ignacio Martínez de Pisón e Manuel Rui são os autores que apresentam as suas obras e se dispõem a uma conversa com os leitores. Mas a Casa da Juventude, que se transforma em Feira do Livro, conta igualmente com lançamento de livros na presença dos seus escritores, nomeadamente, Almeida Faria, António Mega Ferreira, Carmen Dolores, Rui Vieira, Rubens Figueiredo, Helder Macedo, Susana Fortes, Miguel Miranda e Domingo Villar. As Bibliotecas Escolares do concelho da Póvoa de Varzim também se reúnem à volta do Correntes d'Escritas, para trocarem experiências e partilharem conhecimentos e projetos e darem a conhecer as suas atividades. Leitura e Escrita na Biblioteca Escolar é mote para apresentação de projetos desenvolvidos pelas escolas. São iniciativas que pretendem incentivar os jovens estudantes para a importância da leitura e da escrita, de uma forma mais prática e participativa, mais envolvente e direta. E se esta atividade é uma novidade, já as Sessões em/com Escolas é um aspeto da programação que tende a repetir-se pelo manifesto interesse que os estabelecimentos de ensino do concelho e arredores têm demonstrado.
As escolas do concelho (EB 2/3 Dr. Flávio Gonçalves; EB 2/3 de Beiriz; EB 2/3 de Rates; EB 2/3 de Aver-o-Mar; EB 2/3 Cego do Maio; Escola Secundária Rocha Peixoto; Escola Secundária Eça de Queirós e Grande Colégio) recebem a visita de escritores participantes no Encontro. Os alunos de outros concelhos (Escola Secundária José Régio e Escola Secundária D. Afonso Sanches, Vila do Conde; Escola Básica Integrada, Apúlia; Escola EB 2/3 Dr. Augusto César Pires de Lima, Porto; Colégio das Terras de Santa Maria e Externato Paraíso dos Pequeninos, Santa Maria da Feira) e de Mestrado de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, Variante Cultura, Ciência e Património vêm à Póvoa de Varzim encontrar-se com os autores. A chamada para esta 14ª viagem é feita pela poesia. Uma promenade literária pela Póvoa de Varzim três vozes transeuntes nas ruas da poesia, com Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger marca o pré-arranque do evento, no dia 20. O Colectivo Silêncio da Gaveta dá voz às Palavras em Desassossego numa mestiçagem de ritmos e harmonias e os formandos da Oficina de Expressão Poética, dirigida porAlberto Serra, dão Voz aos versos. Agora que embarcou não pode desistir porque “desistir” não faz parte do vocabulário do Correntes d'Escritas e o roteiro é demasiado sedutor para não se sentir já perdidamente apaixonado.
Conferência de Abertura João Lobo Antunes é o convidado deste ano para proferir a Conferência de Abertura do 14º Correntes d'Escritas: “Não fazem mal as musas…”, no dia 21, às 15h00, no Auditório Municipal. João Lobo Antunes (Lisboa, 4 de Junho de 1944) é um neurocirurgião português e considera que “a Medicina é filha de mãe jovem, a Biologia, e de pai idoso, a Filosofia” (in Numa Cidade Feliz). Licenciou-se e doutorou-se em Medicina, em 1968 e 1983, respetivamente, pela Universidade de Lisboa, mas teve, desde muito cedo, uma relação especial com os livros e com a literatura. Cresceu numa casa onde não havia televisão, o que lhe permitiu a fruição do silêncio e da leitura. Ou do silêncio da leitura. O elogio do livro, é de resto, uma constante na sua vida. Sente ter “uma extraordinária dívida para com ele” (in JL de 3.11.1990). E não apenas o ensaio, o livro técnico e específico da sua área. Pelo contrário, interessam-lhe as leituras mais heterogéneas e os autores mais diversos. No seu entender, quanto mais abrangente for o conhecimento de cada indivíduo melhor profissional este se tornará. “O bom aluno não é aquele que fixa, é o que foi capaz de absorver as múltiplas experiências que o transformaram” (in JL de 3.11.1990). Entre 1971 e 1984 viveu em Nova Iorque, onde foi bolseiro da Comissão Fullbright e professor associado no Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Columbia. Em 1984 regressou a Portugal e ascendeu a professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde foi eleito presidente do Conselho Científico, em 1996. No mesmo ano foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa. Foi eleito presidente da Sociedade Europeia de Neurocirurgia, em 1999, e presidente da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, em 2000 e da Academia Portuguesa de Medicina em 2006. Foi também professor convidado da Universidade de Pequim, na China, em 2001. Atualmente é diretor do Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Santa Maria, e do Instituto de Medicina Molecular. João Lobo Antunes, dedicou-se no passado ao estudo do hipotálamo e da hipófise, e fez parte da equipa que primeiro implantou um “olho eletrónico” num invisual, em 1983. Tem publicados mais de cento e cinquenta artigos científicos, além de vários livros de ensaios. Um modo de ser, em 1996, Numa cidade feliz, em 1999, Memória de Nova Iorque e outros ensaios, em 2002, e Sobre a mão e outros ensaios, em 2005, O Eco Silencioso, 2008, Inquietação Interminável, 2010, Egas Moniz – Uma biografia, 2010, A Nova Medicina, 2012. Prefaciou o livro De Profundis – Valsa Lenta, de José Cardoso Pires, 1997. Escreve sobre o que lhe pedem. Mas sobretudo sobre o que lhe apetece. Foi mandatário nacional das candidaturas a Presidente da República de Jorge Sampaio, em 1996, e de Cavaco Silva, em 2006. Desde 2006 integra o Conselho de Estado. Tem orgulho de ser português em Portugal e afirmou-o publicamente no discurso de agradecimento pela atribuição do Prémio Pessoa, em 1996.
Gonรงalo Rosa da Silva/Visรฃo
Prémio CASINO DA PÓVOA Oito livros de poesia aguardam a decisão do Júri para saberem quem será o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros, atribuído no âmbito da 14ª edição do Correntes d'Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica. Dos 75 livros recebidos para o concurso, o Júri, constituído por Almeida Faria, Carlos Vaz Marques, Helena Vasconcelos, José Mário Silva e Patrícia Reis selecionou os seguintes: ATerceira Miséria, Hélia Correia, Relógio D' Água As Raízes Diferentes, Fernando Guimarães, Relógio d'Água Caminharei Pelo Vale da Sombra, JoséAgostinho Baptista,Assírio &Alvim Como se desenha uma casa, ManuelAntónio Pina,Assírio &Alvim De Amore,Armando Silva Carvalho,Assírio &Alvim Em Alguma Parte Alguma, Ferreira Gullar, Ulisseia Lendas da Índia, Luís Filipe Castro Mendes, Dom Quixote Negócios em Ítaca, Bernardo Pinto deAlmeida, Relógio D'Água São livros de poesia publicados em português, editados em Portugal (1ª. edição), escritos por autores de língua portuguesa, castelhana e hispânica, entre julho de 2010 e junho de 2012. Foram excluídas as obras que não tenham respeitado as datas e as Obras Póstumas, Obras Completas, Compilações e Obras de Literatura Infanto-Juvenil. No dia 20 de fevereiro, o júri reúne-se para decidir qual o livro vencedor, sendo que o anúncio do galardoado acontece no dia 21, na Cerimónia de Abertura do Correntes d' Escritas, às 11h00, no Casino da Póvoa, e a entrega do prémio no dia 23, na Sessão de Encerramento do Encontro. Nos anos anteriores foram premiadas as seguintes obras: O Vento Assobiando nas Gruas, Lídia Jorge (2004); Duende,António FrancoAlexandre (2005); ASombra do Vento, Carlos Ruíz Zafón (2006); AGénese do Amor,Ana LuísaAmaral (2007); desmedida, luanda - s. paulo – s. francisco e volta, Ruy Duarte de Carvalho (2008); AMoeda do Tempo, Gastão Cruz (2009); Myra, Maria Velho da Costa (2010); O Livro do Sapateiro, Pedro Tamen, (2011); Bufo e Spallanzani, Rubem Fonseca (2012).
Prémio PAPELARIA LOCUS Ao Prémio Literário Correntes d'Escritas/ Papelaria Locus concorreram mais de uma centena de trabalhos (103) – poesia – escritos por jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos, naturais de países de expressão portuguesa. O valor deste Prémio Literário é de mil euros e o Poema premiado será publicado na edição seguinte da Revista Correntes d'Escritas. O Júri, constituído por Luís Diamantino, Francisco Guedes e Manuela Ribeiro anuncia o vencedor no dia 21 de fevereiro, na Cerimónia de Abertura do Correntes d'Escritas, às 11h00, no Casino da Póvoa, e a entrega do Prémio ao autor galardoado ocorre na Sessão de Encerramento do Encontro, no dia 23. Desde 2005, destina-se a galardoar, anualmente, um Conto ou um Poema inéditos, em português, escritos por jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos, naturais de países de expressão portuguesa. O Regulamento estipula o envio de três exemplares datilografados de cada texto a concurso. Cada concorrente pôde apresentar o máximo de dois trabalhos e os textos foram apresentados por escrito e sob pseudónimo. Desde 2004, saíram vencedores deste concurso Sara Costa, Saulo Matias Dourado, Nuno Atalaia Rodrigues, Maria Beatriz Soares, Tatiana Vanessa Bessa, Miguel Rocha de Pinho, Ana Filipa Cravina dos Reis e TomásAnjos Barão.
Prémio PORTO EDITORA Escolas de Portugal, França, Angola e Moçambique concorrem ao Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d'Escritas/Porto Editora, atribuído no âmbito do 14º Correntes d'Escritas. O Júri formado por Evelina Oliveira, Gisela Silva e Maria da Conceição Vicente avalia os 85 trabalhos recebidos e, no dia 21 de fevereiro, revela os premiados e a entrega de prémios será no dia 23, na Sessão de Encerramento do evento. Este prémio destina-se a galardoar, anualmente, um Conto Ilustrado inédito, em língua portuguesa, realizado por alunos – conto e ilustração – que frequentem o 4º ano de escolaridade do 1º Ciclo do Ensino Básico. Atribuído pela primeira vez em 2009, o prémio visa estimular a criação literária, especialmente o desenvolvimento da comunicação escrita e criativa e destina-se a trabalhos coletivos (realizados por todos os alunos de uma turma) com um mínimo de uma e um máximo de três páginas. Cada Escola pôde concorrer com o máximo de dois trabalhos por turma. À escola de origem do Conto Infantil Ilustrado premiado com o primeiro lugar é atribuído um prémio de 1000 euros em material escolar, de 500 euros ao segundo e de 250 ao terceiro. Os melhores trabalhos são depois publicados em livro pela Porto Editora. Na edição anterior foram distinguidos os seguintes trabalhos: “O sonho do professor Jorge”, da turma SP do 4º ano da Séction Portugaise du Lycée de Saint-Germain- en-Laye, de França, em primeiro lugar; “Martinho descobre que as mãos falam”, da turma E da Escola Básica Bairro Duarte Pacheco, de S. Victor, Braga, em segundo lugar; e “No Reino da Alfabetária”, da turma B da Escola Básica do 1º ciclo /Jardim de Infância Condes da Lousã, da Damaia, Amadora. O júri entendeu, ainda, atribuir duas menções honrosas, ao trabalho “Um Feiticeiro Infeliz”, da turma 4B da Escola Comendador Ângelo Azevedo, de S. Roque, de Oliveira de Azeméis, pelo texto, e ao trabalho “Futebol Planetário”, da turma 4D da Escola Básica do 1º ciclo nº 1, de Sines, pela ilustração.
Prémio Fundação Dr. LUIS RAINHA Em relação ao Prémio Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d'Escritas, estão a concurso onze textos. Do Júri fazem parte José Carlos de Vasconcelos, José Ventura e Maria da Conceição Nogueira. O resultado é comunicado no dia 21 de fevereiro, na Cerimónia de Abertura do Correntes d' Escritas, às 11h00, no Casino da Póvoa, e a entrega do prémio realiza-se a 23, na Sessão de Encerramento do Encontro. Este galardão distingue, anualmente, uma obra literária inédita (romance, contos ou poesia), escrita em português, cuja temática seja a Póvoa de Varzim. Podem concorrer ao Prémio todos os cidadãos portugueses ou de todos os países de expressão portuguesa e espanhola que apresentem trabalhos sobre a Póvoa de Varzim. Os participantes habilitam-se ao prémio de mil euros e ainda a verem a sua obra editada pela Fundação. O Prémio não poderá ser atribuído a obras galardoadas com outros Prémios do Correntes d'Escritas nem a trabalhos cujo autor tenha sido galardoado com o Prémio Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d'Escritas nos últimos cinco anos.
Correntes d'Escritas 12 A Revista Correntes d'Escritas deste ano, número 12, é dedicada a Urbano Tavares Rodrigues, com textos de: Carlos Quiroga, Ignacio del Valle, João de Melo, José Carlos Vasconcelos, Manuel Alberto Valente, Manuel da Silva Ramos, Maria Teresa Horta, Paulo Sucena e Possidónio Cachapa. A revista contará ainda com poemas de Filipa Leal, Jesús del Campo, João Luís Barreto Guimarães, Luís Quintais e Uberto Stabile e contos de Afonso Cruz, Bruno Vieira Amaral, Carmo Neto, Cristina Carvalho, Helena Vasconcelos, Joel Neto, Manuel Jorge Marmelo, Paulo Ferreira, Sandro William Junqueira, Vinicius Jatobá. A Revista será apresentada no dia da Cerimónia de Abertura do Encontro, no dia 23 de fevereiro, às 11h00, no Casino da Póvoa. Urbano Tavares Rodrigues não é apenas o grande escritor do Alentejo, das suas gentes e das suas paisagens, é também o romancista e contista de Lisboa e de outras atmosferas cosmopolitas que, como jornalista e professor universitário, bem conheceu, viajando por todo o mundo. Catedrático jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa, membro da Academia das Ciências, tem uma obra literária e ensaística muito vasta e traduzida em inúmeros idiomas, do francês e do espanhol ao russo e ao chinês. Obteve diversos prémios, entre eles o de Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores, o prémio Fernando Namora, o Ricardo Malheiros da Academia das Ciências, etc. De entre os seus maiores êxitos de crítica e de público, lembramos A Noite Roxa, Bastardos do Sol, Os Insubmissos, Imitação da Felicidade, Fuga Imóvel, Violeta e a Noite, O Supremo Interdito, Nunca Diremos Quem Sois, A Estação Dourada. Urbano Tavares Rodrigues, que foi afastado do ensino universitário durante as ditaduras de Salazar e Caetano, participou ativamente na resistência e foi preso por várias vezes nos anos sessenta.
O Dia de Amanhã, Ignacio Martínez de Pisón, Teodolito Travessia por Imagem, Manuel Rui, Teodolito ¤ HOTEL AXIS VERMAR
Programa dia 20 11H00
QUARTA-FEIRA três vozes transeuntes nas ruas da poesia, com Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger ¤ PROMENADE LITERÁRIA
22H00
Lançamento de livros O Ano em que Pigafetta completou a Circum-Navegação, Luís Cardoso, Sextante ¤ HOTEL AXIS VERMAR
22H30
Palavras em Desassossego, pelo Colectivo Silêncio da Gaveta ¤ HOTEL AXIS VERMAR
dia 21 11H00
QUINTA-FEIRA Sessão Oficial de Abertura do Encontro Correntes d'Escritas Anúncio dos vencedores dos Prémios Literários 2013: Casino da Póvoa, Correntes d'Escritas Papelaria Locus, Conto Infantil Ilustrado Correntes d'Escritas Porto Editora e Correntes d'Escritas Fundação Dr. Luís Rainha Lançamento da Revista Correntes d'Escritas 12, dedicada a Urbano Tavares Rodrigues ¤ CASINO DA PÓVOA
15H00
Conferência de Abertura: "Não fazem mal as musas..." João Lobo Antunes ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
16H30
1ª MESA: “Mentem-nos tanto os mitos” Almeida Faria António Mega Ferreira Antonio Sarabia Hélia Correia Inês Pedrosa Mário Zambujal M - José Carlos de Vasconcelos ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
19H00
Inauguração da Exposição Eras do Tempo, Fotografias da Póvoa de Varzim 1982/2012, de Carlos Romero ¤ BIBLIOTECA MUNICIPAL
19H30
Inauguração da Exposição de Pintura Aqui e Agora sem Palavras, de Emerenciano (em colaboração com a Fundação de Serralves) ¤ MUSEU MUNICIPAL
22H00
Lançamento de livros Domingo no Corpo, Aurelino Costa, Deriva Enciclopédia da Estória Universal Arquivos de Dresner, Afonso Cruz, Alfaguara Marginal, Cristina Carvalho, Planeta O Ano Sabático, João Tordo, D. Quixote
23H30
Exibição do Filme O Tempo e as Bruxas, de António Victorino D' Almeida (em colaboração com o Cineclube Octopus) ¤ HOTEL AXIS VERMAR
dia 22 10H30
SEXTA-FEIRA 2ª MESA: “De que armas disporemos, se não destas que estão dentro do corpo” Carmo Neto Helena Vasconcelos Jesús del Campo Luís Cardoso Miguel Miranda Maria Teresa Horta M - João Gobern ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
12H30
Lançamento de livros A Paixão, Almeida Faria, Assírio & Alvim Cartas de Casanova, António Mega Ferreira, Sextante No Palco da Memória, Carmen Dolores, Sextante ¤ CASA DA JUVENTUDE
15H00
3ª MESA: “só o que não se sabe é poesia” Aurelino Costa Ivo Machado João Luís Barreto Guimarães José Mário Silva Lauren Mendinueta Vergílio Alberto Vieira M - Francisco José Viegas ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
17H00
Lançamento de livros No Labirinto do Centauro, Rui Vieira, Abysmo Passageiro do Fim do Dia, Rubens Figueiredo, Clube do Autor Tão Longo Amor Tão Curta a Vida, Helder Macedo, Presença ¤ CASA DA JUVENTUDE
17H30
4ª MESA: “e eu já nada sei soprar sobre as palavras” Carmen Dolores Helder Macedo Manuel Jorge Marmelo Manuel Rui Richard Zimler Rubens Figueiredo M - Michael Kegler ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
22H00
5ª MESA: “desse país arranquei todos os cravos” Ignacio Martínez de Pisón Luís Carlos Patraquim Maria do Rosário Pedreira Nuno Camarneiro Rui Zink Valter Hugo Mãe M - Carlos Quiroga ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
dia 23 10H30
SÁBADO 6ª MESA: “Os meus textos não têm serventia” Andréa del Fuego Cristina Carvalho Jaime Rocha João Tordo Joel Neto Possidónio Cachapa M - Onésimo Teotónio Almeida ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
12H30
Lançamento de livros A Marca do Herege, Susana Fortes, Porto Editora A Paixão de K, Miguel Miranda, Porto Editora A Praia dos Afogados, Domingo Villar, Sextante ¤ CASA DA JUVENTUDE
15H30
7ª MESA: “do que podia ter sido restam ruínas” Ana Luísa Amaral António Victorino D' Almeida Domingo Villar Onésimo Teotónio Almeida Susana Fortes Vasco Graça Moura M - Maria Flor Pedroso ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
17H30
Voz aos versos pelos formandos da Oficina de Expressão Poética ¤ CASA DA JUVENTUDE
18H00
Encerramento Recordar Lêdo Ivo, Manuel António Pina Histórias contadas pelo Varazim Teatro Entrega dos Prémios Literários Casino da Póvoa; Correntes d' Escritas Papelaria Locus; Conto Infantil Ilustrado Correntes d' Escritas Porto Editora; Correntes d' Escritas Fundação Dr. Luís Rainha ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
19H00
Anúncio dos vencedores dos Prémios de Edição Ler/Booktailors ¤ AUDITÓRIO MUNICIPAL
23H30
Exibição de Adeus à brisa documentário de Possidónio Cachapa sobre Urbano Tavares Rodrigues (em colaboração com o Cineclube Octopus) ¤ HOTEL AXIS VERMAR
Iniciativas paralelas dia 25 18H30
dia 21 14H00
16H30
SEGUNDA-FEIRA 8ª MESA: “Onde termina o que se perde agora?” Cristina Carvalho Domingo Villar Ignacio Martínez de Pisón Luís Carlos Patraquim M - Rui Zink ¤ INSTITUTO CERVANTES (LISBOA)
QUINTA-FEIRA LEITURA E ESCRITA NA BIBLIOTECA ESCOLAR Apresentação dos projetos: "(Re)Leituras: aventuras de leitura e escrita" e "Leituras com TICs" - E.B. 2/3 de Beiriz; "Os Escritores da Rocha Peixoto" - E.S. Rocha Peixoto; "Construindo Leitores" - E.B. 2/3 de Aver-o-Mar; "Experiências de leitura e escrita" - E.S. Eça de Queirós; "Cultivar Talentos" - E.B. 2/3 Cego do Maio; "Bolsas de CBEs" - E.B. 2/3 Dr. Flávio Gonçalves; "Histórias com Problemas" - E.B. 2/3 de Rates ¤ BIBLIOTECA MUNICIPAL Oficina "Os mecanismos da Escrita" por Cristina Norton (Entrada livre para Educadores, professores do 1º. Ciclo, professores de Português e professores bibliotecários) ¤ BIBLIOTECA MUNICIPAL
dia 20 10H30
SESSÕES EM/COM ESCOLAS QUARTA-FEIRA Adélia Carvalho+Manuel J. Marmelo Colégio das Terras de Sta. Maria (Sta. Maria da Feira) ¤ DIANA BAR
14H30
Adélia Carvalho+Ivo Machado Externato Paraíso dos Pequeninos (Sta. Maria da Feira) ¤ DIANA BAR
dia 21 10H00
QUINTA-FEIRA Adélia Carvalho+Paulo Ferreira ¤ E.B. 2/3 DR. FLÁVIO GONÇALVES
10H30
Cristina Norton+Miguel Miranda ¤ E.B. 2/3 DE BEIRIZ
10H30
Ivo Machado+Possidónio Cachapa ¤ GRANDE COLÉGIO
10H30
Afonso Cruz E.B. Integrada de Apúlia ¤ BIBLIOTECA MUNICIPAL
15H00
Ana Luísa Amaral+José Mário Silva ¤ E.B. 2/3 DE RATES
15H30
João Tordo+Maria do Rosário Pedreira ¤ E.B. 2/3 DE AVER-O-MAR
dia 22 09H15
SEXTA-FEIRA Afonso Cruz E.B. 2/3 Dr. A. César Pires de Lima ¤ DIANA BAR
10H15
Onésimo Teotónio Almeida E.B. 2/3 Dr. A. César Pires de Lima ¤ DIANA BAR
10H00
Helder Macedo+Inês Pedrosa +Richard Zimler ¤ E.S. EÇA DE QUEIRÓS
10H00
Jaime Rocha+Lauren Mendinueta +Mário Zambujal ¤ E.S. ROCHA PEIXOTO
10H30
Cristina Carvalho+Vergílio A. Vieira ¤ E.B. 2/3 CEGO DO MAIO
15H30
Joel Neto+Pedro Vieira Escola Secundária D. Afonso Sanches ¤ DIANA BAR
18H00
Ana N. Cordeiro (Lusa) Maria João Costa (RR) Alunos de Mestrado de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, variante de Cultura, Ciência e Património ¤ BIBLIOTECA MUNICIPAL
Mesas de Debate “As Mesas de Debate lotaram sempre o Auditório Municipal, com pessoas a ouvir até do lado de fora da sala” (Luís Diamantino, sobre a 13ª edição Correntes d'Escritas). Os temas escolhidos para debate são versos retirados das obras finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa. Expressões poéticas dos diferentes autores candidatos ao prémio servem de ponto de partida para as mesas. Mesa 1: “Mentem-nos tanto os mitos” Negócios em Ítaca, Bernardo Pinto deAlmeida, Relógio D'Água Mesa 2: “De que armas disporemos, senão destas que estão dentro do corpo” A Terceira Miséria, Hélia Correia, Relógio D' Água Mesa 3: “só o que não se sabe é poesia” Em Alguma Parte Alguma, Ferreira Gullar, Ulisseia Mesa 4: “e eu já nada sei soprar sobre as palavras” De Amore,Armando Silva Carvalho,Assírio &Alvim Mesa 5: “desse país arranquei todos os cravos” Caminharei Pelo Vale da Sombra, JoséAgostinho Baptista,Assírio &Alvim Mesa 6: “Os meus textos não têm serventia” Lendas da Índia, Luís Filipe Castro Mendes, Dom Quixote Mesa 7: “do que podia ter sido restam ruínas” Como se desenha uma casa, ManuelAntónio Pina,Assírio &Alvim Mesa 8: “Onde termina o que se perde agora?” (Correntes d'Escritas em Lisboa) As Raízes Diferentes, Fernando Guimarães, Relógio d'Água
Lançamento de Livros Quarta-feira, dia 20, 22h00 × HotelAxis Vermar O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação, Luís Cardoso, Sextante É este um romance luminoso, em que a história contemporânea de Timor-Leste se transforma e resplandece no transbordante prazer de contar histórias. Histórias todas elas pontuadas por movimentos de navios: o Arbiru, que desapareceu um belo dia, o Lusitânia Expresso, que nunca pode trazer o auxílio português, e a nau Vitória, que aportou em Timor e na qual viajava António Pigafetta, o cronista da primeira viagem de circum-navegação. E todas elas são contadas e reinventadas pela voz da narradora, a sandália esquerda da Carolina, filha de um empresário e integracionista confesso. O romance inclui generosamente todos os que participaram na construção do país: os que ficaram e os que partiram, os que lutaram e os que colaboraram; as mulheres que perderam os maridos e tiveram de pedir «proteção» aos agentes dos invasores, em suma, todos os timorenses, sem censurar uns e outros, e com um enorme sentido de humor e uma profunda humanidade em que todos têm direito ao seu lugar.
Quinta-feira, dia 21, 22h00 × HotelAxis Vermar Domingo no Corpo,Aurelino Costa, Deriva “este livro é uma travessia pelas palavras, onde a margem de chegada talvez seja um lugar-de-brilhos. Aurelino entrega-se às alturas trabalhando a intencional interrupção – mas do voo rapidamente volta ao pouso. e é no pouso que se hão-de revelar as lesões incompatíveis, as noites da vida, o umbigo da palavra afiada, atenta, que se quis fragmentada. reencontro com a oscilação de harmonias, a palavra cresce ao ser lida só, e vai-se juntando às outras para dar corpo ao poema quebradiço. ali: perto do lugar onde o raciocínio dá lugar ao ardor. arde o icebergue; entristecem os braços; os domingos, enfim, perecem no corpo – como se quer num voo de secretos retornos. como sugere o sonho e a palavra poética”. Ondjaki
Enciclopédia da Estória Universal – Arquivos de Dresner, Afonso Cruz, Alfaguara Com reflexões e histórias ignoradas noutras enciclopédias, o volume Arquivos de Dresner aborda, entre outras coisas, o caso de Ezequiel Vala, um maratonista que perdeu uma prova, nas Olimpíadas de 1928, por causa de uma flor (amaryllis/hippeastrum); fala do explorador Gomez Bota, que provou que a Terra não é redonda e descobriu, numa das suas viagens, a entrada para o Inferno tal como Dante a havia descrito; e relata os hábitos dos índios Abokowo, que dão saltos quando dizem palavras como «amor» e «amizade». Esta é mais uma viagem lúdica pela História, remisturando conceitos, teorias e opiniões e lançando nova luz sobre uma panóplia de assuntos, desde a filosofia à religião, desde o misticismo à ciência.
Marginal, Cristina Carvalho, Planeta Uma mulher e um achado assombroso que revela instantâneos de uma juventude enterrada na rotina dos dias. Um passado vivido ao longo dessa emblemática estrada que liga a dourada sociedade da Linha de Cascais à cidade de Lisboa. Onde começa a margem e termina o «dever ser» para uma jovem portuguesa, nas décadas de 50 a 70 do século passado? Pode uma dúzia de imagens de um passado rebelde abalar a calma de um presente sem cor? Uma vez mais, a voz literária de Cristina Carvalho arrasta-nos para um território humano que não se rende às conveniências, nem às evidências. Uma voz sempre aberta ao inesperado e que nos surpreende a cada história para a qual nos convida a entrar.
O Ano Sabático, João Tordo, D. Quixote Depois de treze anos no Québec, onde uma vida de excessos o conduziu ao alcoolismo e à frustração, Hugo – contrabaixista de jazz – decide tirar um «ano sabático» e regressar à pátria para reencontrar a família e, com o seu apoio, fazer a única coisa que ainda o pode salvar: compor. Porém, logo numa das primeiras noites em Lisboa, assiste ao concerto de Luís Stockman – um pianista que se tornou recentemente um mito – e a tão almejada paz transforma-se no pior dos pesadelos: Stockman toca um tema inédito que Hugo conhece bem demais, pois é o mesmo que vem escrevendo há anos na sua cabeça. Perturbado, além disso, com o facto de o confundirem na rua com o pianista, Hugo confidencia-o à mãe, mas o que esta lhe revela sobre o seu nascimento serve-lhe apenas para se convencer de que Stockman não é senão a metade realizada e bem-sucedida que sempre lhe faltou. Para a recuperar, encetará uma busca obsessiva da verdade entre memórias, labirintos e contradições, mas o caminho levá-lo-á a um destino muito mais funesto do que pensou ao abandonar Montreal. É também para essa cidade que Stockman partirá, curiosamente, mais tarde, segundo nos conta o seu melhor amigo – o narrador deste romance – a quem cabe agora desmontar os acontecimentos, destrinçar fantasia e realidade e enfrentar as assustadoras e macabras coincidências que unem, como num espelho, a vida dos dois músicos. O Ano Sabático, construído em crescendo e com páginas de tirar literalmente o fôlego, é um magnífico romance sobre a identidade e o outro, mas também sobre o amor fraternal e a amizade que perdura mesmo depois de tudo o resto ter ruído.
O Dia de Amanhã, Ignacio Martínez de Pisón Justo Gil é um emigrante recentemente instalado em Barcelona, um jovem esperto e ambicioso que, levado pelas voltas do destino, acaba por se converter em informador da Brigada Social, a polícia política do regime franquista. Uma dúzia de inesquecíveis personagens contam-nos como é que conheceram Justo nalgum momento das suas vidas e como foi a sua relação com eles. Os seus testemunhos constroem uma visão caleidoscópica da realidade em permanente mutação dos anos sessenta e setenta, ao mesmo tempo que reconstroem a narrativa da degradação pessoal de um indivíduo, cuja evolução e comportamento ajudam a entender partes importantes desse capítulo fundamental da recente história espanhola que foi a Transição democrática. Ignacio Martínez de Pisón romanceia esse apaixonante período desde dentro, observando, como só ele sabe fazê-lo, o impacto que a história coletiva teve na individual, quer dizer na realidade da gente comum. Ganha vida, nestas páginas, a atmosfera incerta e fascinante de uma época em que tudo parecia possível.
Travessia por Imagem, Manuel Rui, Teodolito Um escritor em busca de histórias, de mundos, de vivências. Um fotógrafo que fotografa almas. Três mulheres: a legítima, a temporária que pode ser para sempre…, a secretária que interpreta as estórias e os sonhos das fotografias escondidas. E mais uma, Vitória – “É certa!”, que é a que realmente tem voz quando parece chegada a hora de virar o fim à história. Uma sociedade de ilusão, a cubana, uma sociedade em mudança, a angolana. Crítica social mordaz, irónica, bem-humorada, tão ao jeito angolanamente griô de Manuel Rui. Travessia por Imagem, “estruturando-se como se fosse uma grande, irônica e filosófica estiga, vai discutindo e questionando não só a literatura, a construção do romance, os prêmios literários, a existência humana, mas também os sistemas políticos, a economia, os contextos históricos tanto deAngola, como de Cuba e de outros países, antes e depois da Perestroika. Por intermédio dos diálogos tecidos pelas estigas, há críticas aos tráficos de influências, às cunhas, ao machismo, aos preconceitos existentes tanto na direita, como na esquerda revolucionária que acaba esta, também, mesmo após a independência, usufruindo de mordomias, conhecimentos e favores, contribuindo, desse modo, contraditoriamente, para o aumento da pobreza emAngola.” Carmen Lucia Tindó Secco
Sexta-feira, dia 22, 12h30 × Casa da Juventude APaixão,Almeida Faria,Assírio &Alvim Ler Almeida Faria é regressar, de outro modo, a Yoknapatawpha, a criação de William Faulkner para o implacável sul, essa paisagem de morte, infortúnio, exasperação e declínio. A Paixão é a reinvenção desse sul povoado de vozes que se sucedem e se contaminam. Não é por acaso que a stream of consciousness de Piedade anuncia a de João Carlos que anuncia a de Arminda que anuncia a da Mãe que anuncia a de André que anuncia a de Francisco que anuncia a de Jó que anuncia a de Tiago que anuncia a de Moisés que anuncia a de Estela, e assim sempre, com alguns sobressaltos e descontinuidades, num vórtice cruzado de tempos, qualia, experiência. Yoknapatawpha densamente povoada, cingida a uma duração que parece transbordar como negra densidade do tempo: «Manhã», «Tarde», «Noite». Ler Almeida Faria é compreender como só a palavra poderá fazer do espaço tempo, numa modulação do humano
que é, afinal, uma lógica do sensível e do concreto em que as ideias são ideias do corpo, ideias no corpo, e em que o brilho metafísico do mundo é devolvido, como um eco sem origem ou cuja origem não poderá sequer ser ponderada. Tudo acaba em morte, mas também em ressurreição, a ressurreição do que não tem nome, ainda. A Paixão será porventura a mais espessa cortina de linguagem que a literatura portuguesa terá produzido na segunda metade do século XX. Podemos dizer, quase nostalgicamente, que já foi grande a escrita em português. Luís Quintais
Cartas de Casanova,António Mega Ferreira, Sextante No verão de 1757, o aventureiro Giacomo Casanova, que se evadira pouco antes da prisão dos Piombi, em Veneza, desembarca em Lisboa. O espetáculo das ruínas provocadas pelo terramoto ultrapassa tudo aquilo que ele podia imaginar. Durante seis semanas, Casanova faz os possíveis por entender os portugueses: como é possível que a vida dos habitantes da cidade se tenha acomodado a uma tal desorganização? Conhece o comerciante Ratton e o conde de S. Lourenço, o livreiro Reycend e o marquês deAlegrete, o poeta Correia Garção e a condessa de Pombeiro. E até se encontra com o misterioso marquês de X. Chega finalmente à fala com Sebastião José de Carvalho e Melo, ainda não Oeiras, ainda não Pombal, a quem tenta vender o projeto de uma lotaria real. Exaspera-se e diverte-se, seduz e perde ao jogo, e encontra tempo para escrever seis cartas a cinco personagens importantes da sua vida. «Rien ne pourra faire que je ne me sois amusé» é a divisa que o guia. Mesmo em Lisboa. Mesmo depois do Grande Terramoto.
No Palco da Memória, Carmen Dolores, Sextante «Nunca pensei escrever um segundo livro de memórias, embora o primeiro tivesse como título Retrato inacabado. No entanto, o tempo foi passando e comecei a anotar numa espécie de diário o que me ia acontecendo, o que ia observando, o que me despertava mais interesse… e assim surgiu este No palco da memória, para que fique um registo daquela que ainda sou, uma referência aos trabalhos em que fui participando, e até um recordar do que se escreveu a meu respeito.» Eis uma voz única, a de Carmen Dolores, que nos entrega aqui, desta vez por escrito, um testemunho absolutamente precioso de uma longa vida em que o Teatro desempenhou um papel decisivo.
Sexta-feira, dia 22, 17h00 × Casa da Juventude No Labirinto do Centauro, Rui Vieira,Abysmo Conta-nos a história de Dionísio, o filho de uma prostituta, transfigurado por via de um comportamento esquizofrénico em Centauro, vinga a morte da mãe vitimada pela doença com vários e peculiares crimes. Esta história é atravessada por uma conferência sobre Esquizofrenia e Psicologia-Aplicada Forense e pela própria investigação criminal. Estes três planos narrativos fundem-se, no último capítulo, num monólogo joyciano (inspirado no monólogo de Molly Bloom). Sem abandonar o estilo muito próprio que as suas obras têm apresentado, agudiza-se neste labirinto a respiração poética das vozes na primeira pessoa, incessantemente interrompidas pelos fragmentos com que o pensamento se constrói no cérebro humano. Além do protagonista, e uma vez mais, destaca-se na sua galeria uma fortíssima personagem feminina.
Passageiro do Fim do Dia, Rubens Figueiredo, Clube doAutor É o fim de uma sexta-feira e, como de costume, Pedro vai passar o fim de semana com a namorada. Rosane vive com o pai no Tirol, um bairro periférico. Pedro embarca num autocarro no centro da cidade e pratica um exercício pessoal: “Não ver, não entender e até não sentir”. De rádio a pilhas no ouvido, lendo o seu livro a intervalos, observando distraído o que se passa dentro do autocarro e fora nas ruas, Pedro costura as ideias: o amor pela namorada, a lembrança de um acidente doloroso, a mãe, os estudos universitários interrompidos, a sua pequena livraria alfarrabista no centro da cidade, coisas que Rosane lhe contou sobre o Tirol, sobre a pobreza da família, sobre os planos que alimenta para o futuro, sobre a exploração no trabalho. Folheia um relato sobre a vida e as ideias de Charles Darwin que inclui uma viagem que o cientista fez naquela região do Brasil. Os acontecimentos atuais, escassos mas cheios de tensão, somam-se às divagações de Pedro: será que o autocarro chegará ao seu destino? Uma história que revela a beleza delicada de uma escrita sobre a periferia pobre da cidade grande: uma espécie de panela de pressão de violência e de crueza no fundo de verdade que é o osso da vida.
Tão Longo Amor Tão Curta a Vida, Helder Macedo, Presença O narrador deste thriller psicológico é um escritor português que vive em Londres. Uma noite recebe uma inesperada visita de um amigo diplomata seu compatriota que tinha ido participar numa conferência sobre o Médio Oriente e que lhe pede abrigo, alegando encontrar-se em perigo porque tinha fugido depois de ter sido sequestrado por uma mulher e um homem mais velho. A mulher teria recordado experiências que ele tinha partilhado com uma jovem cantora de ópera por quem se apaixonara no início da sua carreira em Berlim oriental e que desaparecera no dia em que o Muro de Berlim foi derrubado. Falara como se ela própria pudesse ter sido a jovem cantora e disse que depois de ter saído de Berlim tinha perdido a voz em consequência de uma grave doença. O escritor, considerando a história do amigo tão inconsistente como inverosímil e suspeitando de uma tentativa de encobrir um crime que ele pudesse ter cometido (a camisa que trazia tinha vestígios de sangue), decide escrever, em vez do novo romance que tinha iniciado, uma versão ficcional do que poderia ter acontecido. Quando o diplomata volta a Londres, o escritor confronta-o com a sua reconstrução da história que teria levado ao alegado sequestro e possível crime.As consequências são dramáticas e imprevisíveis. Helder Macedo, celebrado autor de Partes de África e uma das vozes mais expressivas da literatura de língua portuguesa contemporânea, apresenta-nos o seu novo romance que decorre num contexto social e político plenamente atual, o que não impede o autor de explorar múltiplos mundos alternativos. Com a sua liberdade de recriar as palavras e fazer as frases moldarem-se à sua arte, Helder Macedo não deixará de surpreender, uma vez mais, o seu público leitor.
Sábado, dia 23, 12h30 × Casa da Juventude AMarca do Herege, Susana Fortes, Porto Editora A descoberta do cadáver de uma jovem na Catedral de Santiago de Compostela cai como uma bomba na cidade. Ao mesmo tempo desaparece um manuscrito de Prisciliano, o grande herege galego. O comissário Castro ocupa-se de ambos os casos com a ajuda de dois jornalistas determinados: Laura Márquez, uma jovem bolseira que chega à cidade fugindo dos seus próprios fantasmas, e Villamil, um repórter veterano e meio anarca que já conheceu dias melhores na profissão. Uma trama em ritmo crescente onde se cruzam ecologistas, peregrinos, professores universitários, tubarões das finanças e padres que fazem as suas próprias apostas de salvação numa cidade levítica. A Marca do Herege é um thriller viciante que nos convida a viajar no tempo, transferindo a atmosfera ameaçadora do melhor romance policial para as ruas inesquecíveis de Santiago de Compostela.
APaixão de K, Miguel Miranda, Porto Editora Além de perito em arte, Perfecto Cuadrado é um habilidoso falsário, que viaja pelo mundo desenhando rostos anónimos no metropolitano e colecionando mulheres belas e sedutoras. É um homem experimentado na arte de seduzir e de amar. Nada faria prever que se apaixonasse de forma eruptiva por uma mulher misteriosa com quem se cruzou no metro de Londres – Josephine K. Para Perfecto Cuadrado, a vida é uma sucessão de planos, sendo o presente um refluxo do passado, excetuando dois acontecimentos súbitos: os distúrbios que incendeiam a cidade de Londres e a paixão que arde dentro dele. A Paixão de K. é uma viagem à insensatez de todas as paixões.
APraia dos Afogados, Domingo Villar, Sextante Uma manhã, o cadáver de um marinheiro é arrastado pela maré até à beira-mar de uma praia galega. Se não tivesse as mãos amarradas, Justo Castelo seria outro dos filhos do mar a encontrar a sua sepultura entre as águas, durante a faina. Sem testemunhas nem rasto da embarcação do falecido, o inspetor Leo Caldas mergulha no ambiente marinheiro da povoação, tentando esclarecer o crime entre homens e mulheres renitentes em revelar as suas suspeitas, mas que, quando decidem falar, indicam uma direção demasiado insólita.
Sessões em/ com Escolas O Correntes d'Escritas também tem procurado aliar a sua vertente literária à vertente pedagógica, contribuindo para a educação e formação de novos públicos. Várias centenas de alunos de estabelecimentos de ensino do norte do país terão oportunidade de conhecer e conversar com alguns dos escritores participantes na 14ª edição do Encontro. As escolas do concelho (EB 2/3 Dr. Flávio Gonçalves; EB 2/3 de Beiriz; EB 2/3 de Rates; EB 2/3 de Aver-o-Mar; EB 2/3 Cego do Maio; Escola Secundária Rocha Peixoto; Escola Secundária Eça de Queirós e Grande Colégio) recebem a visita dos escritores. Esta experiência única também é partilhada por alunos de outros concelhos (Escola Secundária José Régio e Escola Secundária D. Afonso Sanches, Vila do Conde; Escola Básica Integrada, Apúlia; Escola EB 2/3 Dr. Augusto César Pires de Lima, Porto; Colégio das Terras de Santa Maria e Externato Paraíso dos Pequeninos, Santa Maria da Feira) que à Póvoa de Varzim vêm encontrar-se com os autores e pelos alunos de Mestrado de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, Variante Cultura, Ciência e Património. dia 20 10H30
14H30
dia 21 10H00
QUARTA-FEIRA Adélia Carvalho+Manuel J. Marmelo Colégio das Terras de Sta. Maria (Sta. Maria da Feira) ¤ DIANA BAR Adélia Carvalho+Ivo Machado Externato Paraíso dos Pequeninos (Sta. Maria da Feira) ¤ DIANA BAR
QUINTA-FEIRA Adélia Carvalho+Paulo Ferreira ¤ E.B. 2/3 DR. FLÁVIO GONÇALVES
10H30
Cristina Norton+Miguel Miranda ¤ E.B. 2/3 DE BEIRIZ
10H30
Ivo Machado+Possidónio Cachapa ¤ GRANDE COLÉGIO
10H30
Afonso Cruz E.B. Integrada de Apúlia ¤ BIBLIOTECA MUNICIPAL
15H00
Ana Luísa Amaral+José Mário Silva ¤ E.B. 2/3 DE RATES
15H30
João Tordo+Maria do Rosário Pedreira ¤ E.B. 2/3 DE AVER-O-MAR
dia 22 09H15
SEXTA-FEIRA Afonso Cruz E.B. 2/3 Dr. A. César Pires de Lima ¤ DIANA BAR
10H15
Onésimo Teotónio Almeida E.B. 2/3 Dr. A. César Pires de Lima ¤ DIANA BAR
10H00
Helder Macedo+Inês Pedrosa +Richard Zimler ¤ E.S. EÇA DE QUEIRÓS
10H00
Jaime Rocha+Lauren Mendinueta +Mário Zambujal ¤ E.S. ROCHA PEIXOTO
10H30
Cristina Carvalho+Vergílio A. Vieira ¤ E.B. 2/3 CEGO DO MAIO
15H30
Joel Neto+Pedro Vieira Escola Secundária D. Afonso Sanches ¤ DIANA BAR
18H00
Ana Nunes Cordeiro (Lusa) Maria João Costa (RR) Alunos de Mestrado de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, variante de Cultura, Ciência e Património ¤ BIBLIOTECA MUNICIPAL
Exposições No âmbito do Correntes d'Escritas, a Biblioteca e o Museu irão acolher exposições de fotografia e pintura, respetivamente. Ambas serão inauguradas no dia 21 de fevereiro, às 19h00 e 19h30.
Eras do tempo – Fotografias da Póvoa de Varzim 1982/2012 Exposição de fotografias de Carlos Romero Até 6 de abril, a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto acolhe a Exposição de fotografias de Carlos Romero tiradas em 1982, colocadas lado a lado, com outras, do mesmo artista, de 2012. Este confronto ajudará o público a reconhecer a passagem do tempo e a identificar as suas marcas, nos espaços, nas arquiteturas, nas pessoas e até nos silêncios das imagens. Desde o início dos anos oitenta do século passado até ao presente, em apenas trinta anos, a Póvoa térrea, balnear e piscatória transformou-se completamente. Afirmaram-se alturas, urbanizaram-se espaços agrícolas e baldios, alteraram-se rotinas, modos de vida e de lazer. Essa transformação radical alimenta a Exposição de uma dúzia de pares de fotografias registadas por Carlos Romero em 1982 e replicadas em finais de 2012 nos mesmos lugares. Quem ainda se lembra da outra Póvoa reconhecerá no presente os espaços e as vivências passadas, alteradas ou desaparecidas; os mais jovens limitar-se-ão a registar os espantosos efeitos do progresso ou da descaracterização insensata, segundo as perspetivas.
Aqui e Agora sem Palavras Exposição de Pintura de Emerenciano Aqui e Agora sem Palavras é o título da exposição, realizada em colaboração com a Fundação de Serralves, e que estará patente no Museu Municipal, até 30 de maio. Trata-se de uma Exposição de Pintura de Emerenciano, pintor que, há mais de quarenta anos, interroga diferentes possibilidades de construção através da subversão dos signos e da intersecção entre escrita e pintura. Esta exposição apresenta uma síntese de produção do artista ao longo das últimas quatro décadas, reunindo exemplos paradigmáticos dessa escrita cursiva que na sua obra redefine a imagem para além da convencionalidade com a qual o signo escrito ou figurado a possam construir. As peças já anteriormente mostradas, são agora reunidas em trabalhos seminais inéditos e trabalhos recentes, num resumo revelador de alguns dos aspetos mais relevantes da singularidade da pesquisa artística de Emerenciano. Uma outra legibilidade da relação entre a arte e o mundo é equacionada nos seus trabalhos, para além de todas as possibilidades de interpretação que o texto possa sugerir ou manifestar.
Intervenções Poéticas “três vozes transeuntes nas ruas da poesia” A poesia anuncia o 14º Correntes d'Escritas e, no dia 20 de fevereiro, está por toda a cidade, com “três vozes transeuntes nas ruas da poesia”, com Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger. Ao encontro das pessoas e dos seus espaços vicinais, três vozes transeuntes nas ruas da poesia é uma leitura promenade pelas palavras dos nossos poetas. Assim se abraçam o Correntes e a cidade. 11h00 Câmara Municipal 11h30 Mercado Municipal 12h30 Café Guarda-Sol 14h30 Diana-Bar 15h30 Largo Dr. David Alves 16h00 Livraria Minerva 16h30 Praça do Almada 17h30 METRO Vila do Conde/Póvoa de Varzim 18h00 METRO Vila do Conde/Póvoa de Varzim “três vozes transeuntes” é um projeto com coordenação e seleção de textos de Isaque Ferreira, com Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger. Isaque Ferreira, 1974. Diseur com dezenas de apresentações nas Quintas de Leitura do Teatro do Campo Alegre, entre centenas de participações noutros eventos literários. Coordena a área de poesia dos Ciclos de Música e Poesia da Fundação Cupertino de Miranda e a Oficina Locomovente da Poesia. Organiza a Poesia na Relva para o Festival de Paredes de Coura. Queria que tudo o que dissesse fosse “poesia para os ouvidos” de alguém. Está mais perto. Realiza sonhos. João Rios nasceu depois do almoço, numa tarde tórrida de Agosto de 1964. Segundo os seus insuspeitos candidatos a biógrafos não ocorreu terramoto ou estádio delírio por causa de tal facto. Menino dos fósforos, nunca foi detido por posse excessiva de palavras, nem desvio de metáforas. Poeta com uma dezena de livros editados e outros tantos mares navegados, espera escrever um dia um poema num deserto norte-africano. Rui Spranger é, entre outros, ator, encenador e diseur. É o responsável pelas noites de poesia do Pinguim Café desde 2002 e participa regularmente em vários eventos poéticos, alguns dos quais com o Isaque Ferreira e o João Rios, companheiros de boas e belas caminhadas.
“Palavras em Desassossego” À noite, no Hotel Axis Vermar, há novo momento poético “Palavras em Desassossego”, pelo Coletivo Silêncio da Gaveta. Sabendo que a escrita se revela ao leitor com o desassossego das palavras, o Coletivo Silêncio da Gaveta vê na literatura um vasto património que de todas as correntes se alimenta. Partindo deste princípio e tendo em conta a presença nestes encontros de alguns dos mais interessantes autores de expressão ibérica, o Coletivo Silêncio da Gaveta propõe-se realizar uma viagem de apropriação de algumas das vozes mais significativas desse património linguístico e humano.
Numa viagem poética pelos lugares da língua, o Coletivo Silêncio da Gaveta oferece a voz às Palavras em Desassossego numa mestiçagem de ritmos e harmonias, que são, quantas vezes, o estímulo das Correntes D'Escritas.
Coletivo Silêncio da Gaveta Trupe de saltimbancos das palavras, intérpretes sem trono dos afetos, composta por João Rios – Leituras; Tiago Pereira – Piano e Violino; Paulo Lemos – Guitarra Portuguesa; José Peixoto – Guitarra eAcordeão O Coletivo Silêncio da Gaveta, projeto poético criado em Setembro de 1998, tem desenvolvido nos últimos 14 anos, uma linguagem poético-musical própria, em que “a mestiçagem” dos ritmos e harmonias, a expressividade da palavra, o recurso a elementos cénicos e plásticos, se fundem em instantes livres do espartilho classicista do dizer poético. Cansados do silêncio egoísta das gavetas, este grupo tem percorrido vales e montes do país e da vizinha Espanha, realizando sessões de poesia em bibliotecas públicas, auditórios municipais, associações culturais, feiras do livro, encontros de escritores, galerias de arte, bares, cafés, restaurantes, casinos e emissões radiofónicas. Em Setembro de 1998 com o espetáculo poético-musical “Pablo Neruda 25 anos depois”, realizado na Filantrópica Cooperativa de Cultura na Póvoa de Varzim, inaugurava o caminho pela palavra poética. Depois seguiram-se palavras sempre a celebrar a poesia e os poetas. Régio, Pessoa, Gedeão, O'Neill, Sophia, Cesariny, Ruy Belo, Joaquim Castro Caldas, Valter Hugo Mãe são alguns dos autores recorrentes. Mas há mais, muitos mais. Alguns dos seus espetáculos foram gravados e tiveram honras de destaque em programas televisivos, nomeadamente o “Acontece”. Uma das suas últimas apresentações, em 2012, realizou-se no âmbito das comemorações do 75º. Aniversário do Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim.Asua primeira passagem pelo Correntes d' Escritas foi em 2001.
“Voz aos Versos” No sábado, 23, às 17h30, na Casa da Juventude, os formandos da Oficina de Expressão Poética dão “Voz aos Versos”. Perto de 15 pessoas participaram na iniciativa, dinamizada por Alberto Serra. O curso termina, agora, com uma intervenção no 14º Correntes d' Escritas. Na opinião de Alberto Serra, o formador, “a poesia excede, em muitos aspetos, a própria literatura adquirindo um sentido absoluto mais próximo do reino da mágica” por isso, nesta Oficina, o objetivo é aprofundar o prazer da leitura em voz alta.
Correntes de Leitura e Escrita As Bibliotecas Escolares do concelho da Póvoa de Varzim reúnem-se, à volta do Correntes d'Escritas, para trocarem experiências e partilharem conhecimentos e projetos, darem a conhecer as suas atividades. São iniciativas que pretendem incentivar os jovens estudantes para a importância da leitura e da escrita, de uma forma mais prática e mais participativa, mais envolvente e direta. Neste sentido, no dia 21 de fevereiro, quinta-feira, às 14h00, na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, as Escolas apresentam os seus projetos: "(Re)Leituras: aventuras de leitura e escrita" e "Leituras com TICs" – E.B. 2/3 de Beiriz; "Os Escritores da Rocha Peixoto" – Escola Secundária Rocha Peixoto; "Construindo Leitores” – E.B. 2/3 deAver-o-Mar; "Experiências de leitura e escrita" – Escola Secundária Eça de Queirós; "Cultivar Talentos” – E.B. 2/3 Cego do Maio; "Bolsas de CBEs" – E.B. 2/3 Dr. Flávio Gonçalves “Histórias com Problemas” – E.B. 2/3 de Rates Às 16h30 tem lugar a Oficina “Os mecanismos da Escrita” por Cristina Norton. A entrada é livre para Educadores, professores do 1º. Ciclo, professores de Português e professores bibliotecários.
Os Mecanismos da Escrita Este curso de formação destina-se a professores do primeiro e do segundo ciclo que tenham gosto pela leitura, escrita e trabalho com grupos de crianças e adolescentes onde a imaginação ocupe um lugar importante, e não seja considerada “a louca da casa” como antigamente. O objetivo é transmitir os conhecimentos, a experiência e os resultados obtidos com o método: “os mecanismos da escrita criativa, uma atividade lúdica”.
Cristina Norton Cristina Kas Norton, nasceu o 29 de Fevereiro de 1948, em Buenos Aires, Argentina. Vive em Portugal e, segundo as palavras do Nobel Mário Vargas Llosa: “É a única escritora hispano- americana que escreve em português”. Frequentou a Sorbonne em Paris; Belas Artes e História da Arte em Lisboa. Desde os 17 anos colabora em revistas e jornais literários. Publicou os romances: O Afinador de Pianos; A Casa do Sal; O Lázaro do Porto; O Segredo da Bastarda e O Guardião de Livros. Estes dois últimos editados no Brasil. Com O Barco de Chocolate recebeu o Prémio Adolfo Simões Müller do conto infantil e depois da 5ª edição foi traduzido para o castelhano, publicado em Espanha e nos EEUU. Em breve será publicado nos outros países latino-americanos. Foi finalista do Prémio A.P.E. do conto com As Folhas de Chá. Os seus livros são editados em vários países.
Cinema O Correntes d'Escritas apresenta duas sessões de cinema, no Hotel Axis Vermar, em colaboração com Cineclube Octopus.
21 de fevereiro, quinta-feira, 23h30
O Tempo e as Bruxas, deAntónio Victorino D'Almeida O Tempo e as Bruxas tenta utilizar, em diversas situações, a linguagem verbal e também simbólica do chamado teatro do absurdo - desde Samuel Beckett a Ionesco ou até mesmo Tardieu. Com efeito, tudo gira basicamente em torno de uma família que vive numa pequena terra de província - pessoas que sofrem de muitas maneiras com o facto de não terem uma verdadeira história para contar, para evocar ou mesmo apenas para relembrar. Para escapar à banalidade que os sufoca, essas personagens chegam a desenvolver ódios esquizofrénicos a objetos de uso quotidiano; a defender teorias de severíssima exigência em relação à denominação mais correta que acham dever atribuir ao horário das refeições; praticam cerimoniais de aparente teor cabalístico ou religioso, que afinal apenas revelam prosaicos objetivos de defesa da higiene pública… (…) Talvez a diferença mais fundamental entre esses dois mundos aquele que se considera normal e o do absurdo que tento retratar neste filme… - resida no facto de que as figuras de O Tempo e as Bruxas se mostram algo mais influenciadas, mesmo que inconscientemente, por superstições ancestrais que já vêm de tempos imemoriais.”
23 de fevereiro, sábado, 23h30
Adeus à brisa, um documentário de Possidónio Cachapa Urbano Tavares Rodrigues é o grande romancista do Alentejo, das suas paisagens e das figuras que o habitaram. Mas foi também o jornalista que percorreu o mundo, além do professor universitário que motivou os seus alunos a acreditarem neles. E, é, sobretudo, o homem que resistiu à ditadura e que continua a acreditar que virá o dia, em “que o homem será irmão do homem”. Neste documentário, o realizador procurou construir uma narrativa em que coubessem todas essas vivências e a forma como elas se permutaram frequentemente em material literário. O Octopus - Grupo de Investigação Científica e Animação Cultural, fundado em 1978, por jovens poveiros, com o objetivo de dinamizar a cultura e a divulgação da ciência na cidade da Póvoa de Varzim. No ano de 1983 é criada a secção de cinema, vulgo, Cineclube Octopus, com o intuito de difundir o cinema enquanto arte. Em atividade até aos dias de hoje, contando com mais de 1100 sessões da sétima arte, nas quais também contou com convidados especiais, nomeadamente, os realizadores de alguns dos filmes exibidos. Colabora com o Correntes d'Escritas desde a 1ª edição.
Teatro Pedro Santos
A Sessão de Encerramento do Correntes d'Escritas, sábado, 23, às 18h00, conta com um momento poético: Recordar Lêdo Ivo e Manuel António Pina | Histórias Contadas, pelo Varazim Teatro. “As histórias escrevem-se e leem-se e contam-se. Em silêncio, em voz baixa, mas também em alta voz. Sempre com um ritmo próprio. De quem escreve, de quem lê, de quem conta. Ou com muitos ritmos. E quem conta, conta”.
Varazim Teatro Associação Cultural criada em Setembro de 1997, em Junho desse mesmo ano já tinha estreado Desimaginação, de António Pedro com encenação de Jorge Castro Guedes. Nasce da vontade comum de pessoas que encabeçaram os primeiros trabalhos e conquistaram, no ano a seguir à sua formação, um protocolo com a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, para apoio à realização de duas produções anuais. Pelo reconhecimento da qualidade do trabalho desempenhado, em Outubro de 1998, esse protocolo foi alargado, passando a prever a programação de uma Temporada Teatral. Tendo a sua formação acontecido a partir de trabalho voluntário, o crescimento e a maturidade da estrutura, fruto de uma aposta na formação contínua, por parte dos elementos que a compõe, permitiu que, em 2006, fosse levado à cena o primeiro espetáculo profissional: Fragmentos. E logo no ano seguinte, ano do 10º. Aniversário, avançou com o nº. zero do festival É-Aqui-in-Ócio e com a edição da revista Sub-Texto. O ano de 2010 ficou marcado pela internacionalização da companhia. No seu percurso contam-se 41 produções com textos de autores consagrados e alguns clássicos, dos quais se destacamAntónio Pedro,Almeida Garrett, Bernard Marie-Koltès, Samuel Beckett, Raúl Brandão, Almada Negreiros, Albert Camus, Aristofanes, Bertolt Brecht, Gil Vicente, mas também apostou de novos como Antonio Albanese, Pedro Eiras, Patrícia Portela. Abriu ainda lugar a novas dramaturgias com textos de Anabela Garcia, William Gavião, Francisco Cruz, Eduardo Faria, Joana de Sousa e Joana Soares. Apesar da diversidade de autores e das temáticas o Varazim Teatro consolidou a sua identidade, reconhecida pelo público e no meio teatral. Esta identidade assenta na criação de espetáculos, com recursos técnicos minimalistas, com temáticas de grande intervenção social, como a corrupção, a eutanásia, a escassez de recursos, a violência de género, existencialismo, porque o Teatro pode ser um caminho.
Feira do Livro Durante os dias do Encontro, de 21 a 23 de fevereiro, a Casa da Juventude acolhe uma Feira do Livro onde estam disponíveis várias obras dos escritores participantes no evento. Esta é uma oportunidade para adquirir livros que, neste espaço, são diariamente apresentados e podem desde logo ser autografados pelos seus autores.
Prémios LER/ BOOKTAILORS É já uma tradição no Correntes a apresentação final dos vencedores dos Prémios de Edição LER/Booktailors. É no dia 23 de fevereiro, às 19h00. Os Prémios de Edição LER/Booktailors são os mais importantes prémios do setor editorial português, sendo uma organização conjunta da Booktailors − Consultores Editoriais e da revista LER. Tem como parceiros principais a DirecçãoGeral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas/Secretaria de Estado da Cultura, o Correntes d' Escritas - Câmara Municipal da Póvoa de Varzim - e a Sapo.pt/Portugal Telecom. Criados em 2008, destinam-se a premiar os melhores trabalhos em todas as categorias de design, fotografia e ilustração na área dos livros. À edição de 2013, a 5ª, concorreram obras publicadas em 2011 e 2012. Os livros escolhidos nas primeiras cinco categorias são, automaticamente, os candidatos portugueses ao mais importante prémio de design de livros do mundo, The Best Book Design From All Over The World, cujo concurso final se realiza na Feira do Livro de Leipzig (Alemanha).
Correntes em LISBOA dia 25 18H30
SEGUNDA-FEIRA 8ª MESA: “Onde termina o que se perde agora?” Cristina Carvalho Domingo Villar Ignacio Martínez de Pisón Luís Carlos Patraquim M - Rui Zink ¤ INSTITUTO CERVANTES (LISBOA)
Participantes 2013 Adélia Carvalho Nasceu em Penafiel, cidade do distrito do Porto. É licenciada em Educação de Infância, pela Escola Superior de Educação do Porto. Tem lecionado em diversas escolas, onde promoveu sempre encontros com escritores e ilustradores. Em novembro de 2008, Adélia Carvalho abriu um espaço literário infantil e juvenil na cidade do Porto, a Papa-Livros, e em 2010, juntamente com Marta Madureira, criam a Editora Tcharan. Conta e escreve histórias para os mais novos. Autora de: O Livro dos Medos, de 2009, Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração 2009, ilustrado por Marta Madureira; Matilde Rosa Araújo – Um Olhar de Menina, de 2010. A Crocodila Mandona, de 2010, Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração 2010, ilustrado por Marta Madureira; Elefante em Loja de Porcelanas com ilustrações de André da Loba, e que conta com uma parceria muito especial da Vista Alegre Atlantis; Nadav, ilustrado por Cátia Vidinhas e Era uma vez um cão, ilustrado por João Vaz de Carvalho, ambos de 2012. Todos os seus livros estão integrados no Plano Nacional de Leitura e alguns estão já traduzidos no Brasil e na Colômbia.
Afonso Cruz Nasceu, em julho de 1971, na Figueira da Foz e haveria, anos mais tarde, de viajar por mais de 60 países. Frequentou a Escola António Arroio, a Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e o Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira. Em 2008, publicou o seu primeiro romance, A Carne de Deus — Aventuras de Conrado Fortes e Lola Benites, ao qual se seguiria, em 2009, Enciclopédia da Estória Universal, galardoado com o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco. Em 2011, publicou Os Livros Que Devoraram o Meu Pai (Caminho, Prémio Literário Maria Rosa Colaço) e A Contradição Humana (Caminho, prémio Autores SPA/RTP). Em 2012, foi o autor português distinguido com o Prémio da União Europeia para a Literatura pelo livro A Boneca de Kokoschka (Quetzal, 2010). Além de escrever, é ilustrador, realizador de filmes de animação e membro da banda The Soaked Lamb. Bibliografia Jesus Cristo Bebia Cerveja (Alfaguara, 2012); Enciclopédia da História Universal – Recolha de Alexandria (Alfaguara, 2012); O Pintor debaixo do Lava-loiças (Caminho, 2011); A Boneca de Kokoschka (Quetzal, 2010); A Contradição Humana (Caminho, 2010); Os Livros Que Devoraram o Meu Pai (Caminho, 2010); Enciclopédia da Estória Universal (Quetzal, 2009); A Carne de Deus (Bertrand, 2008).
Almeida Faria Nasceu em 1943. Aos dezanove anos publicou o seu primeiro e premiado romance, Rumor Branco. Além de romancista, é autor de ensaios, contos, teatro. Mais recentemente publicou, a partir de um conto seu, o libreto para a cantata de Luís Tinoco Os Passeios do Sonhador Solitário; e O Murmúrio do Mundo, relato ensaístico de uma viagem à Índia. Na Universidade Nova de Lisboa ensinou Estética no departamento de Filosofia e, noutros departamentos, deu cursos de Teoria da Literatura e Psicologia da Arte. Os seus romances receberam diversos prémios, estão traduzidos em muitas línguas, são estudados nos mais variados países e sobre eles há livros e teses universitárias. Fez numerosas conferências em universidades europeias, norte-americanas e brasileiras e tem artigos publicados em português, espanhol, francês, italiano, neerlandês, alemão, dinamarquês e sueco. Ao conjunto da sua obra foi atribuído o Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora e o Prémio Universidade de Coimbra, a que se junta agora o Tributo de Consagração da Fundação Inês de Castro. Comemorando os 50 anos da edição do seu primeiro livro, a Assírio & Alvim lançou Rumor Branco no passado mês de Novembro e lança na 14ª edição das Correntes d'Escritas Paixão.
Ana LuísaAmaral Nasceu em Lisboa, a 5 de abril de 1956, e vive, desde os nove anos, em Leça da Palmeira. Organizou, com Ana Gabriela Macedo, da Universidade do Minho, o Dicionário de Crítica Feminista (Afrontamento, 2005). Cotraduziu para inglês poemas de Xanana Gusmão (Mar Meu/My Sea of Timor, Porto, Granito, 1998) e traduziu para português a poesia de Eunice de Sousa (Poemas Escolhidos, Cotovia, 2001) e de John Updike (Ponto Último, Civilização, 2009). Em 2007, venceu o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas, com o livro A Génese do Amor. Foi ainda galardoada em Itália com o Prémio de Poesia Giuseppe Acerbi. O seu livro Entre Dois Rios e Outras Noites obteve, em 2008, o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores. Depois de Se Fosse Um Intervalo e de Inversos – Poesia 1990-2010, ambos editados pela Dom Quixote, Vozes, lançado em Setembro de 2011, é o seu mais recente livro, com o qual venceu, em 2012, o PrémioAntónio Gedeão. Bibliografia na Dom Quixote Se Fosse um Intervalo (2009); Inversos – Poesia 1990-2010 (2010); Vozes (2011)
Ana Nunes Cordeiro Nasceu em Coimbra a 11 de Setembro de 1971 e é jornalista. Licenciou-se em Relações Internacionais, tem o curso de Jornalismo do CENJOR e uma pósgraduação em Jornalismo Internacional. Trabalha na Lusa – Agência de Notícias de Portugal há 13 anos e durante os últimos sete escreveu sobre Teatro e Literatura. É autora de dois livros didáticos para crianças: uma biografia intitulada Chamo-me Lewis Carroll e um livro de história, O 11 de Setembro – Os atentados que mudaram o mundo, ambos publicados pela Plátano Editora.
Andréa del Fuego Nasceu em São Paulo, em 1975. É autora da trilogia de contos Minto enquanto posso (2004), Nego tudo (2005) e Engano Seu (2007). Escreveu também os juvenis Sociedade da Caveira de Cristal (2008) e Quase Caio (2008). Integra, entre outras, as antologias Os cem menores contos brasileiros do século e 30 mulheres estão fazendo a nova literatura brasileira. Mantém o blogue: andreadelfuego.wordpress.com Em 2011, foi finalista dos Prémios São Paulo de Literatura e Jabuti (na categoria romance) e venceu o Prémio Literário José Saramago, com a obra Os Malaquias, editada pela Porto Editora.
António Mega Ferreira Escritor, gestor e jornalista, nasceu em Lisboa, em 1949. Foi jornalista no Expresso, RTP2, O Jornal e JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias. Fundou as revistas Ler e Oceanos. Chefiou a candidatura de Lisboa à Expo'98 e foi comissário executivo da exposição mundial. Foi presidente da Parque Expo, do Oceanário de Lisboa e da Atlântico, Pavilhão Multiusos. De 2006 a 2012, foi presidente da Fundação Centro Cultural de Belém. Tem cerca de três dezenas de títulos publicados, entre ficção, poesia, ensaio e crónica. Em 2002, recebeu o Grande Prémio Camilo Castelo Branco pela recolha de contos A expressão dos afectos. Traduziu livros de Annie Kriegel, Mishima, Cendrars, Stendhal, Unamuno e Perec. Na Sextante Editora publicou A blusa romena, Lisboa Song, Roma – Exercícios de reconhecimento e, mais recentemente, Macedo – Uma biografia da infâmia.
Antonio Sarabia Nascido em 1944, no México, Antonio Sarabia estudou Ciências da Informação na Universidad Iberoamericana. Em 1978, data de publicação do seu livro de poemas Tres pies al gato, deixou de trabalhar no mundo da publicidade e do rádio para se dedicar plenamente à literatura. A partir de 1981, e durante os quinze anos seguintes, Sarabia residiu alternadamente em Paris e Guadalajara. O seu primeiro romance, El alba de la muerte, intitulado mais tarde Faixa de Moebius, foi
finalista do prémio internacional Diana-Novedades, em 1988. Publicou também Amarilis (1991), Los avatares del piojo (1993) e Os Convidados do Vulcão (1996), romance que foi traduzido em inúmeras línguas, incluindo o português, e que o consagrou como um dos grandes nomes da literatura mexicana. Em Portugal, foram igualmente publicadas as obras A Taberna da Índia, O Regresso do Paladino e Tróia ao Entardecer. Além destes livros, Sarabia publicou ainda El cielo a dentelladas (2001), Acuérdate de mis ojos (2003) e o livro de viagens El refugio del fuego (2004), em colaboração com o fotógrafo Daniel Mordzinski.
António Victorino D'Almeida Nasceu em Lisboa a 21 de Maio de 1940. Pianista, compositor e maestro, é ainda autor da adaptação para teatro musicado de A Relíquia, de Eça de Queirós, e realizou o filme A Culpa - primeira longa-metragem portuguesa a vencer um festival de cinema no estrangeiro (Huelva, 1980). Como escritor, publicou, entre outros, Histórias de Lamento e Regozijo, Coca-Cola Killer, Um Caso de Biografia, Polisário, Tubarão 2000, Memória da Terra Esquecida, O Que é a Música, Toda a Música que eu Conheço (2 vols.), Os Devoradores de Livros, Músicas da Minha Vida, Ao Princípio Era Eu (autobiografia) e Portugal Definitivo. Escreveu, apresentou e realizou mais de uma centena de documentários culturais para a televisão, foi membro do júri do Concurso de Piano de Moscovo e é atualmente Presidente do Sindicato dos Músicos Portugueses.
Aurelino Costa Nasceu emArgivai, Póvoa de Varzim, 1956. Poeta e diseur, licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Obra Poesia Solar (1992); Na Raiz do Tempo (2000); Pitões das Júnias, com Anxo Pastor, (2002); Amónio (2003), 2ª edição (bilingue, castelhano-português) tradução de Sílvia Zaias, (2006); Na Terra de Genoveva (2005); Domingo no Corpo (2013)/Deriva Ed. Antologias A Poesia é Tudo (2004); Na Liberdade – 30 anos –25 de Abril (2004); Vento –Sombra de Vozes/Viento – Sombra de Voces (2004); Son de Poesia (2005); Os Dias da Criação (2006); Canto de Mar (2005); hotel ver mar, (bilingue Português-Alemão) tradução de Michael Kegler (2009); Portuguesia ContraAntologia (2009); Pegadas (2011); Corté la naranja en dos, tradução de Fernando Reyes (2012); Amado Amato (2012). Discografia Na Voz do Regresso, ed. Comemorativa do Centenário de Nascimento de José Régio, com o Maestro António Victorino D'Almeida (2001); Confluência CD Áudio, comAlberto Augusto Miranda (2002); Torga – Poesia, com Victorino d'Almeida (2009). Colaboração/narração em Miguel Cervantes & las Músicas del Quixote, com Hespérion XXI, sob a direção de Jordi Savall (2006). Participação no CD Peiwoh na voz da soprano Arianna Savall com o poema Harpa e delírio da água, Ed.Alia Vox (2009). Vencedor do prémio Mineiro poético/2011. Participação/diseur nos filmes Olhar Coimbra e Olhar o Mar (1993/1995). Cinema ator em Netto e o domador de cavalos, de Tabajara Ruas, Rio Grande do Sul – Brasil (2008) e em O tempo e as bruxas, deAntónio Victorino D'Almeida (2012). Televisão colaboração nas séries Pianíssimo (2006), e Sons do Tempo (2007), RTP1, deAntónio Victorino D'Almeida.
Carlos Quiroga Carlos Quiroga é professor na Universidade de Santiago de Compostela. Fundou várias revistas, como O Mono da Tinta, e dirigiu outras como a Agália. Publicou G.O.N.G. (1999); Periferias (1999, prémio Carvalho Calero de narrativa, editado no Brasil em 2006); O Castelo da Lagoa de Antela (peça teatral editada em Itália em 2004); A Espera Crepuscular (2002); O Regresso a Arder (2005); Venezianas (2007); Inxalá (2006, prémio Carvalho Calero, 2008 em Portugal). Tem obra audiovisual (EU-KA-LO, 2005), fotografia em revista e livro como Saudade - Un
murmullo intraducible, de autores mexicanos e portugueses (2009), está representado nalgumas antologias e é autor doutros trabalhos de variada índole, em âmbitos diversos e de teor criativo, académico ou divulgativo, em jornais, atas de congressos, antologias e publicações da Galiza, Brasil, Portugal, Alemanha ou Itália.
Carlos Vaz Marques É jornalista, tradutor e editor. É o autor dos programas Pessoal e… transmissível, O Livro do Dia na TSF e o coordenador do programa Governo Sombra, transmitido pela TSF e pela TVI24. É o responsável pela coleção de literatura de viagens da editora Tinta-da-china, para a qual traduziu já diversos livros. Traduziu e selecionou as Entrevistas da Paris Review para a mesma editora. Foi também o tradutor de dois livros de Francisco Umbral publicados pela Campo das Letras (Mortal e Rosa e E como eram as ligas de Madame Bovary?). Foi distinguido com o prémio Fundação Ilídio Pinho de jornalismo científico pela reportagem Dari, primata como nós, realizada nas matas do sul da Guiné-Bissau junto da equipa de primatólogos dirigida pelas cientistas Catarina Casanova e Cláudia Sousa. Recebeu o Prémio Casa da Imprensa pelo programa Pessoal e… transmissível. Publicou três livros de entrevistas: Pessoal e… transmissível, na Relógio d'Água; XX/XXI, na ASA e MPB.pt, na Tinta-da-China. Tem colaborado em diversos jornais e revistas: Ler, Grande Reportagem, JL, Visão, Público, DNa, NM, Focus, Elle, Egoísta. É o diretor da edição portuguesa da revista Granta, cujo primeiro número sairá no próximo mês de Maio.
Carmen Dolores “Nunca pensei escrever um segundo livro de memórias, embora o primeiro tivesse como título Retrato inacabado. No entanto, o tempo foi passando e comecei a anotar numa espécie de diário o que me ia acontecendo, o que ia observando, o que me despertava mais interesse… e assim surgiu este No palco da memória, para que fique um registo daquela que ainda sou, uma referência aos trabalhos em que fui participando, e até um recordar do que se escreveu a meu respeito.” Eis uma voz única, a de Carmen Dolores, que nos entrega aqui, desta vez por escrito, um testemunho absolutamente precioso de uma longa vida em que o teatro desempenhou um papel decisivo.
Carmo Neto Nasceu na Província de Malanje, em Angola. Advogado e jornalista. É membro da Ordem dos Advogados de Angola. É o atual secretário-geral da União dos Escritores Angolanos. Membro fundador do Jornal Desportivo de Angola e da Revista das Forças Armadas. Concluiu o curso de direito na Universidade Agostinho Neto. Publicou várias obras dentre as quais se destaca, o livro Degravata. Em Portugal, está representado na Antologia de Contos Angolanos Balada dos Homens que Sonham (Clube do Autor, 2012). Para 2013 prepara a publicação de uma novela e uma coletânea de contos.
Cristina Carvalho Nasceu em Lisboa a 10 de novembro de 1949. Durante a sua atividade profissional, contactou com milhares de pessoas e visitou inúmeros países, sendo a Escandinávia e o Oeste português as regiões que mais ama e que mais influência exercem sobre o seu imaginário e a sua personalidade enquanto transitório ser humano do sexo feminino, habitante do planeta Terra e, por acaso, escritora. Não por acaso, nesta sua atividade a que não chama profissional, é já autora de onze livros, com o presente, e outros seguirão. Até à data, tem publicados: Até já não é Adeus (1989); Momentos Misericordiosos (1992); Ana de Londres (1996); Estranhos Casos de Amor (2003); O Gato de Uppsala (2009); Nocturno: o Romance de Chopin (2009) e Lusco-Fusco (2012), (os três últimos selecionados para o Plano Nacional de Leitura); Tarde Fantástica (2011); A Casa das Auroras (2011); Rómulo de Carvalho/António Gedeão – Príncipe Perfeito (2012).
Cristina Norton Nasceu em 28 de fevereiro de 1948, em Buenos Aires, Argentina, e reside em Portugal há mais de 30 anos. Estudou História da Civilização Francesa na Sorbonne, Belas-Artes na ESBAL e História de Arte na ESARES, cursos que deixou incompletos. Desde os 17 anos que colabora em revistas e jornais literários de diversos países. A sua obra está publicada em Portugal, no Brasil, no Chile e em Espanha, e engloba a poesia, o romance e o conto. Dos vários títulos que publicou, para além de O Segredo da Bastarda, destacam-se O Afinador de Pianos, O Lázaro do Porto, O Barco de Chocolate (contos infantis, Prémio Adolfo Simões Müller, 2002), A Casa do Sal e O Guardião de Livros.
Domingo Villar Nasceu em Vigo, em 1971, e reside atualmente em Madrid, onde trabalha como guionista de cinema e televisão. Com o seu primeiro romance, Ojos de agua (2006), também protagonizado pelo inspetor Leo Caldas, obteve o I Prémio Sintagma, o Prémio Brigada 21 e o Prémio Frei Martín Sarmiento, e foi finalista em duas categorias dos Crime Thriller Awards no Reino Unido. A praia dos afogados recebeu o Prémio Antón Losada Diéguez, foi finalista do Prémio Novelpol e do Prémio Livro do Ano do Grémio de Livreiros de Madrid, e foi considerado Livro do Ano pela Federação de Livreiros da Galiza. As suas obras foram traduzidas para treze línguas.
Francisco José Viegas Nasceu em 1962. Professor, jornalista e editor, foi também diretor das revistas Ler e Grande Reportagem – e da Casa Fernando Pessoa. Colaborou em vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio (Antena Um) e televisão (Livro Aberto, Escrita em Dia, Ler para Crer, Primeira Página, Avenida Brasil, Prazeres, Um Café no Majestic, Nada de Cultura). Da sua obra destacam-se livros de poesia Metade da Vida, O Puro e o Impuro, Se Me Comovesse o Amor e os romances Regresso por um Rio, Morte no Estádio, As Duas Águas do Mar, Um Céu Demasiado Azul, Um Crime na Exposição, Lourenço Marques, Crime Capital, Longe de Manaus (que obteve o Grande Prémio de Romance e Novela, de 2005, da Associação Portuguesa de Escritores) e O Mar em Casablanca. Pela Porto Editora editou Lourenço Marques, Um Crime Capital, O Mar em Casablanca, e foi coautor na obra Contos Policiais.
Helder Macedo Celebrado autor de Partes de África e uma das vozes mais expressivas da literatura de língua portuguesa contemporânea, apresenta o seu novo romance Tão Longo Amor Tão Curta a Vida que decorre num contexto social e político plenamente atual, o que não impede o autor de explorar múltiplos mundos alternativos. Com a sua liberdade de recriar as palavras e fazer as frases moldarem-se à sua arte, Helder Macedo não deixará de surpreender, uma vez mais, o seu público leitor. Com uma vasta obra de poeta, romancista, ensaísta e crítico literário, iniciou a sua carreira em 1957 com o livro de poesia Vesperal. Da sua escrita de poesia resultou mais tarde Viagem de Inverno (1994) e Poemas Novos e Velhos (2011), ambos publicados pela Editorial Presença. Partes de África (1991) assinala a estreia do autor na ficção, seguida de Pedro e Paula (1998), de Vícios e Virtudes (2000), de Sem Nome (2005) e de Natália (2009), todos publicados pela Presença. Estudos sobre a sua obra incluem os volumes coletivos A Experiência das Fronteiras: Leituras da Obra de Helder Macedo (Eduff, Rio de Janeiro, 2002) e A Primavera Toda Para Ti: Homenagem a Helder Macedo (Editorial Presença, Lisboa, 2004). Ficção e poesia Vesperal, Folhas de Poesia, Lisboa, 1957; Das Fronteiras, Pedras Brancas, Covilhã, 1962; Poesia 1957-1968, Moraes Editores, Lisboa, 1969; Poesia 1957-1977, Moraes Editores, Lisboa, 1979; Partes de África, Editorial Presença, Lisboa, 1991 | Editora Record, Rio de Janeiro, 1999 | Diabasis, Bolonha, 2010 |Leipziger Literaturverlag, Leipzig, 2010; Viagem de Inverno, Editorial Presença, Lisboa, 1994; Pedro e Paula, Editorial Presença, Lisboa,
1998 | Editora Record, Rio de Janeiro, 1999 | Editores Tusquets, Barcelona, 2002 |Giulio Einaudi Editore, Torino, 2003; Viagem de Inverno e Outros Poemas, Editora Record, Rio de Janeiro, 2000 | Vícios e Virtudes, Editorial Presença, Lisboa, 2000, 2001 | Editora Record, Rio de Janeiro, 2002; Sem Nome, Editorial Presença, Lisboa, 2005 (Prémio do Pen Cube Português) |Editora Record, Rio de Janeiro, 2006 | Tusquets Editores, Barcelona, 2008 | Comma 22, Bolonha, 2011; Natália, Editorial Presença, Lisboa, 2009 | Azougue, Rio de Janeiro, 2010; Poemas Novos e Velhos, Editorial Presença, Lisboa, 2011; Tão Longo Amor Tão Curta a Vida, Editorial Presença, Lisboa, 2013 |Editora Rocco, Rio de Janeiro (a sair em 2013)
Helena Vasconcelos Nasceu em Lisboa. Tem vivido, com algumas interrupções, em Portugal. Escreve para o jornal Público e para a revista ELLE. Dedica-se à promoção da leitura. Ganhou, em 1988, o Prémio Revelação do Centro Nacional de Cultura com o livro de contos Não Há Horas para Nada. Outras obras Mário Eloy, o Astro do Desassossego (monografia) e A Infância é um Território Desconhecido, ensaio literário – publicado pela Quetzal, em 2009. Em 2012 publicou, também com a Quetzal, Humilhação e Glória, apresentado pela primeira vez nas Correntes d'Escritas, na Póvoa de Varzim.
Hélia Correia Nasceu em Lisboa. Licenciada em Filologia Românica, foi professora do ensino secundário. Poetisa e dramaturga, foi enquanto ficcionista que Hélia Correia se revelou como um dos nomes mais importantes e originais surgidos durante a década de 80, ao publicar, em 1981, O Separar das Águas. Seguiram-se romances como Montedemo, Insânia, A Casa Eterna (Prémio Máxima de Literatura, 2000), Lillias Fraser (Prémio de Ficção do PEN Clube, 2001, e Prémio D. Dinis, 2002), Bastardia (Prémio Máxima de Literatura, 2006), e Adoecer (Prémio da Fundação Inês de Castro, 2010). Na poesia, tem uma vasta colaboração em antologias e jornais e publicou obras como A Pequena Morte/Esse Eterno Canto (em díptico com Jaime Rocha) e Apodera-te de Mim. A sua escrita para teatro tem privilegiado os clássicos gregos. Destaca-se Perdição ─ Exercício sobre Antígona, O Rancor ─ Exercício sobre Helena, e Desmesura ─ Exercício com Medeia. Para a infância, salienta-se os livros da coleção Mopsos, o Pequeno Grego: O Ouro de Delfos e A Coroa de Olímpia. Destaque também para as suas versões das obras de Shakespeare, Sonho de Uma Noite de Verão ─ Versão Infantil e A Ilha Encantada ─ Versão para Jovens de A Tempestade. A sua obra mais recente intitula-se A Chegada de Twainy (infanto-juvenil), 2011.
Ignacio Martínez de Pisón Nasceu em Saragoça em 1960 e vive em Barcelona desde 1982. É autor de dezena e meia de livros, dos quais se destacam os romances La ternura del dragón (1984), Estradas Secundárias, (1996), adaptado já duas vezes ao cinema, Maria Bonita (2000), O Tempo das Mulheres (2003) e Dentes de Leite (2008), bem como o ensaio Enterrar os Mortos (2005), que obteve os prémios Rodolfo Walsh e Dulce Chacón e foi unanimemente elogiado pela crítica em vários países europeus, e o livro de contos Aeroporto do Funchal (2009). Com exceção do primeiro, todos os outros tiveram edição portuguesa. A sua obra está traduzida para doze idiomas.
Inês Pedrosa Nasceu em 1962. Licenciada em Ciências da Comunicação, trabalhou em rádio, imprensa e televisão. Manteve durante anos uma crónica semanal no Expresso, que foi galardoada, em 2007, com o Prémio Paridade da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Atualmente é diretora da Casa Fernando Pessoa, colunista do semanário Sol e da revista Ler.
Ao longo de 20 anos de escrita publicou os seguintes romances: A Instrução dos Amantes, Nas Tuas Mãos (Prémio Máxima de Literatura), Fazes-me Falta, A Eternidade e o Desejo e Os Íntimos (Prémio Máxima de Literatura). Escreveu ainda duas novelas fotográficas – Carta a uma Amiga, com fotografias de Maria Irene Crespo e Do Grande e do Pequeno Amor, com fotografias de Jorge Colombo – e o livro de contos Fica Comigo Esta Noite, além de ensaios biográficos, crónicas, antologias e o livro de viagens No Coração do Brasil, com desenhos de João Vilhena. Dentro de Ti Ver o Mar, publicado em 2012, é a sua obra mais recente. Encontra-se publicada no Brasil, em Espanha, em Itália e na Alemanha. O seu romance A Eternidade e o Desejo foi finalista do Prémio Literário PT 2009 e do Prémio Correntes d'Escritas 2010. Bibliografia Mais Ninguém Tem, 1991, infantil, com ilustrações de Jorge Colombo; A Instrução dos Amantes, 1992, romance; Nas Tuas Mãos, 1997, romance; Prémio Máxima de Literatura; José Cardoso Pires: Fotobiografia, 1999, fotobiografia; 20 Mulheres Para o Século XX, 2000, ensaio biográfico; Poemas de Amor — Antologia de Poesia Portuguesa, Organização e prefácio, 2001, antologia; Fazes-me Falta, 2002, romance; A Menina Que Roubava Gargalhadas, 2002, infantil, com desenhos de Júlio Pomar; Fica Comigo Esta Noite, 2003, contos; Anos Luz: Trinta Conversas para Celebrar o 25 de Abril; 2004, entrevistas; Crónica Feminina,2005, crónicas; Carta a Uma Amiga, 2005, novela fotográfica, com Maria Irene Crespo; Do Grande e do Pequeno Amor, 2006, novela fotográfica, com Jorge Colombo; Os Melhores Amigos — Contos Sobre a Amizade, Organização e prefácio, 2006, antologia; A Eternidade e o Desejo, 2007, romance; finalista do Prémio PT 2009 e do Prémio Correntes d'Escritas 2010; No Coração do Brasil — Seis Cartas de Viagem ao Padre António Vieira, 2008, livro de viagens, com desenhos de João Queiroz; Os Íntimos, 2010, romance; Prémio Máxima de Literatura, Dentro de Ti Ver o Mar, 2012, romance
Ivo Machado Nasceu em 1958, na ilha Terceira, onde publicou os seus primeiros poemas. Tem colaboração dispersa em diferentes revistas literárias e participou em encontros de escritores em Portugal, Espanha, Itália, Brasil, Bósnia-Herzegovina e Estados Unidos. Uma das suas mais marcantes experiências, pessoal e literária, viveu-a em 2007, quando aceitou submeter-se à vida de clausura num mosteiro de clarissas ao longo de uma semana, nascendo desse recolhimento Poemas do Convento. Tem realizado leituras da sua poesia em diversos países europeus e sul-americanos. Os seus poemas estão traduzidos em línguas como espanhol, italiano, bósnio, alemão, inglês, húngaro, eslovaco, letão e incluídos em numerosas antologias portuguesas e estrangeiras. É membro da Associação Portuguesa de Escritores e do P.E.N. Clube Português. Em 1987 deixou as ilhas, vivendo desde então nos arredores do Porto. Do seu primeiro livro, Fernando Lopes-Graça musicou para canto lírico sete poemas a que chamou Sete Breves Canções do Mar dos Açores. Publicou os livros de poesia Alguns Anos de Pastor (1981); Três Variações de um Sonho (1995); Cinco Cantos com Lorca e Outros Poemas (1998); Adágios de Benquerença (2001); Os Limos do Verbo (2005); Verbo Possível (2006); Poemas Fora de Casa (2006); Quilómetro Zero (2008); Tamujal (2009) e Animal de Regressos (2011). Ainda a peça de teatro O Homem que Nunca Existiu (1997) e a novela Nunca Outros Olhos Seus Olhos Viram (1998). Em 2011 publica o seu primeiro livro infantil A Menina Que Queria Ser Bailarina.
Jaime Rocha Nasceu em 1949. Estudou na Faculdade de Letras de Lisboa. Viveu em França nos últimos anos da ditadura. Publicou o primeiro livro, Melânquico (poesia), em 1970. Tem editadas várias obras nos domínios da poesia, da ficção e do teatro. Os seus livros de poesia, publicados nesta editora, Os Que Vão Morrer, 2000, Zona de Caça, 2002, Lacrimatória, 2005, e Necrophilia, 2010, constituem uma tetralogia a que o autor chamou Tetralogia da Assombração. Necrophilia foi galardoado com o Prémio de Poesia do PEN Clube 2011. Anteriormente, em
2003, havia publicado Do Extermínio, livro que denominou Livro da Anunciação. Na prosa, destaca-se, além de A Loucura Branca e Os Dias de Um Excursionista, o romance Anotação do Mal, vencedor do Prémio de Ficção do PEN Clube 2008. A Relógio D'Água tem vindo, também, a publicar alguns dos seus textos dramáticos: O Jogo da Salamandra, 2001, e Azzedine e Outras Peças, 2009.
Jesús del Campo Nació en Gijón, Asturias. Es doctor en Filología por la Universidad de Oviedo, donde trabajó durante unos años centrando su labor investigadora en la Literatura de Viajes. Ha traducido al español a Dickens y a Sterne. Ha trabajado en la radio, en programas dedicados a cultura y política internacional. En la actualidad colabora en prensa como columnista de opinión. Como músico, y bajo el nombre de Jack Bosco, es autor del disco Nomad Street (2012). Es autor de los siguientes libros: Radio Babel (relatos), Editorial KRK, Oviedo 1995; Tesoros, selvas y naufragios: de Stevenson y Conrad a Theroux y Coetzee (estudio comparado sobre Literatura de Viajes), Servicio de Publicaciones de la Universidad de Oviedo, 1996; Knights and Days (sonetos en lengua inglesa), Editorial KRK, Oviedo 1996; Los diarios clandestinos de Blancanieves (novela), Editorial Debate, Madrid 2001. Editorial Edhasa, Barcelona 2008; Las últimas voluntades del caballero Hawkins (novela), Editorial Debate, Madrid 2002. Editorial Edhasa, Barcelona 2007. Este libro ganó, en su edición italiana, el Premio Città di Gaeta, Letteratura di viaggio e aventura, el año 2004; Historia del Mundo para rebeldes y sonámbulos (relatos), Editorial Edhasa, Barcelona 2007; Castilla y otras islas (libro de viajes) Editorial Minúscula, Barcelona 2008; Berlín y el barco de ocho velas (libro de viajes) Editorial Minúscula, Barcelona 2010; Tristan Benson Blues (novela), Editorial Edhasa, Barcelona 2011. Su obra ha sido traducida a diversas lenguas.
João Gobern N. 1960, jornalista, comentador desportivo e crítico português. Jornalista profissional desde 1982, atualmente mantém colaborações permanentes nas revistas Sábado e Máxima, e nos jornais Record e Correio da Manhã. De 1995 a 1999, foi coordenador e editor das áreas de Sociedade e Cultura e editor especial da revista Visão. Em 1999, fundou a revista Focus da qual foi diretor-adjunto. Em 2001, tornou-se diretor da revista TV Guia e em 2004, fundiu e assumiu a direção da revista Sábado. Iniciou a sua carreira no jornal A Capital e na revista Música & Som, trabalhou no jornal Se7e (1983-1987), foi editor de informação e realizador no Correio da Manhã Rádio e editor da revista Bravo (1987-1989). Em 1989, assumiu a editoria da secção Cultura & Espetáculos do jornal A Capital. No ano seguinte desempenhou funções de editor-adjunto do Caderno 3 do semanário O Independente e, em 1991 regressa ao jornal Se7e para assumir a direção, que mantém de 1991 a 1994. João Gobern também passou pela rádio, onde foi autor, realizador e apresentador de vários programas, na Rádio Comercial o Se7e por Sete, na RFM o Figuras de Estilo e na TSF o Perdas e Danos. Colaborou, igualmente, em programas da RTP como o Vivámúsica e o Teledependentes. Publicou em 2006 um livro de crónicas gastronómicas - Boca Doce. Atualmente escreve para a Antena 1 uma crónica, Pano Para Mangas e realiza com Pedro Rolo Duarte o programa semanal Hotel Babilónia. Colabora com a RTP Informação, participou, com Bruno Prata, num programa semanal de debate desportivo, Zona Mista, e atualmente faz parte do painel de comentadores residentes do programa Trio d'Ataque.
João Luís Barreto Guimarães Nasceu no Porto em junho de 1967. Divide o seu tempo entre Leça da Palmeira e Venade. Publicou o seu primeiro livro de poemas Há Violinos na Tribo (1989), a que se seguiram Rua Trinta e Um de Fevereiro (1991), Este Lado Para Cima (1994), Lugares Comuns (2000), 3 (poesia 1987-1994) (2001), Rés-do-Chão
(2003), Luz Última (2006) e A Parte pelo Todo (2009). Poesia Reunida, publicada em 2011, aproxima os sete livros que constituíam a sua obra editada até então. Recentemente publicou um livro com poemas inéditos, Você Está Aqui.
João Tordo Nasceu em Lisboa em 1975. Licenciou-se em Filosofia e estudou Jornalismo e Escrita Criativa em Londres e Nova Iorque. Em 2001, venceu o Prémio Jovens Criadores na categoria de Literatura. Publicou os romances O Livro dos Homens sem Luz (2004); Hotel Memória (2007); As Três Vidas (2008), que recebeu o Prémio Literário José Saramago e cuja edição brasileira foi, em 2011, finalista do Prémio Portugal Telecom; O Bom Inverno (2010), finalista do prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio Literário Fernando Namora e cuja tradução francesa integra as obras selecionadas para a 6.ª edição do Prémio Literário Europeu; Anatomia dos Mártires (2011), finalista do Prémio Literário Fernando Namora; e O Ano Sabático (2013). Os seus livros estão publicados em França, Itália, Brasil, Sérvia e Croácia. Bibliografia O Livro dos Homens Sem Luz (2004); Hotel Memória (2007); As Três Vidas (2008); O Bom Inverno (2010); Anatomia dos Mártires (2011); O Ano Sabático (2013)
Joel Neto Nasceu em Angra do Heroísmo, em 1974, e vive entre os Açores e Lisboa. Publicou livros de ficção, de crónicas e de reportagem. Escreveu em quase todos os grandes jornais portugueses, ganhou vários prémios de reportagem e vem desenvolvendo há mais de 20 anos uma intensa atividade como cronista. O seu livro O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas (2002) foi adotado como leitura obrigatória pela Universidade dos Açores. O volume anterior, O Terceiro Servo, foi alvo de estudo na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, no Brasil. Banda Sonora para Um Regresso a Casa, seleção das suas melhores crónicas, e Os Sítios Sem Resposta, romance que marca o seu regresso à ficção ao fim de dez anos, são alguns dos seus títulos mais recentes. Bibliografia Os Sítios Sem Resposta (romance), Porto Editora, 2012; Banda Sonora Para Um Regresso a Casa (crónicas), Porto Editora, 2011; Bíblia do Golfe (divulgação), Prime Books, 2011; Crónica de Ouro do Futebol Português (obra coletiva) - autoria do primeiro volume, "A Equipa de Todos Nós" (história), Círculo de Leitores, 2008; Todos Nascemos Benfiquistas – Mas Depois Alguns Crescem (crónicas), A Esfera dos Livros, 2007; José Mourinho, O Vencedor (biografia), Dom Quixote, 2004; Al-Jazeera, Meu Amor (crónicas), Presença, 2003; O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas (contos), Presença, 2002; O Terceiro Servo (romance), Presença, 2000.
José Carlos de Vasconcelos Nasceu em Freamunde, em 1940, mas sempre viveu na Póvoa de Varzim, onde fez a Escola e o Liceu, e muito cedo iniciou a atividade jornalística e cultural, designadamente dirigindo uma página literária em O Comércio, e publicando o primeiro livro de poemas, Canções para a Primavera (1960). Depois, estudou Direito em Coimbra, onde foi, bem como a nível nacional, destacado dirigente associativo, presidente da Assembleia Magna da Associação Académica, chefe de redação da Via Latina, fundador e presidente do Círculo de Estudos Literários, ator do TEUC, etc. Foi ainda dirigente do Cineclube e chefe de redação da revista de cultura Vértice, então, com a Seara Nova, a mais importante. Já licenciado, foi para a redação do Diário de Lisboa, interveio ativamente na vida sindical (além do mais como presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa) e, como advogado, na defesa de presos políticos e jornalistas. Fez numerosas sessões de leitura de poesia, em vários pontos do país, só ou 'acompanhado' por Carlos Paredes, como participou em sessões de Canto Livre com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais e Manuel Freire, entre outros. Logo após o 25 de Abril esteve na direção do Diário de Notícias e da informação da RTP. Na RTP fez também, com Fernando Assis Pacheco, ainda em 1974, o primeiro programa literário, Escrever é Lutar, e foi, durante muitos anos,
comentador político (na RTP-1 e na RTP-2) - tendo pertencido ainda ao seu Conselho de Opinião. Foi um dos fundadores de O Jornal (propriedade dos próprios jornalistas), seu diretor e diretor editorial do grupo, que criou várias outras publicações (como o Sete, o Jornal da Educação, e a História, entre outras), uma editora, a TSF/ Rádio Jornal, com uma cooperativa de profissionais de rádio, etc. Foi também fundador e diretor editorial da revista Visão, que substitui O Jornal, presidiu à assembleia geral do Sindicato e do Clube dos Jornalistas - bem como à direção deste último. Participou em numerosas iniciativas cívicas e integrou nomeadamente, após o 25 de Abril, a Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista, no âmbito da Presidência do Conselho de Ministros, e, mais tarde, o Conselho Geral da Fundação Calouste Gulbenkian em ambos os casos até à sua extinção. Foi deputado, àAssembleia da República, e presidiu à Comissão Parlamentar Luso-Brasileira. Pertenceu à Comissão de Honra dos 500Anos do Descobrimento Brasil, país a que está muito ligado. Tendo criado, em 1981, o JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias, que desde aí manteve, regular e ininterruptamente, a sua publicação (quinzenal, e durante alguns anos semanal) é seu diretor desde o início até hoje; e também coordenador editorial da Visão e presidente do Conselho Geral do Sindicato de Jornalistas. Integra ainda o Conselho Geral da Universidade de Coimbra, o Conselho das Ordens Honoríficas Nacionais (no âmbito da Presidência da República) e o Conselho Consultivo do Instituto Camões. Tem dez títulos de poesia, três livros infanto-juvenis, um livro de entrevistas (Conversas com José Saramago, 2011, Ed. JL/Visão) e um livro sobre Lei de Imprensa/ Liberdade de Imprensa. As suas últimas obras editadas são, de poesia, O Mar A Mar A Póvoa, com ilustrações de Júlio Resende (2001), Repórter do Coração, com pintura de Graça Morais (2004), Caçador de Pirilampos (2007), com ilustrações de Júlia Landolt, todas com a chancela da ASA, e O sol das palavras (2011, Ed. Modo de Ler); e, infanto-juvenis, Florzinha, gota de água; Arco, Barco, Berço, Verso, com novas ilustrações (2010) e A gaivota e o passaroco (2011) - todos Ed. Gradiva. Entre outras distinções foram-lhe atribuídos o Prémio Cultura, da Fundação Luso-Brasileira, para personalidades dos dois países, logo na sua 1ª edição, e todos os prémios de carreira do jornalismo português: o do Clube Português de Imprensa; o da Casa de Imprensa; o Manuel Pinto de Azevedo, da Fundação Século XXI/ O Primeiro de Janeiro; o Gazeta, Prestígio, do Clube de Jornalistas. E também o Prémio Farnheit 451, da União dos Editores Portugueses, e o Açor Reconhecimento, do III Encontro Internacional de Imprensa não Diária, nos Açores. É membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa.
José Mário Silva Nasceu a 2 de Março de 1972, em Paris. Licenciado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, é jornalista desde 1993. No Diário de Notícias, foi editor adjunto do suplemento DNA e da secção de Artes. Fez parte da equipa que realizou dois programas televisivos emitidos pela RTP2 (Portugalmente e Juízo Final). Neste momento, trabalha como freelancer. É coordenador da secção de Livros e crítico literário do jornal semanário Expresso, além de colaborador da revista Ler. Publicou três livros: Nuvens & Labirintos (poesia, Gótica, 2001), ao qual foi atribuído o Prémio Literário Cidade de Almada; Efeito Borboleta e outras histórias (narrativa, Oficina do Livro, 2008); e Luz Indecisa (poesia, Oceanos, 2009). Traduz ocasionalmente do francês e do inglês. Coordena um clube de leitura. Escreve diariamente sobre livros e literatura no blogue Bibliotecário de Babel (http://bibliotecariodebabel.com).
Lauren Mendinueta Nasceu em 1977 em Barranquilla, na Colômbia. Poeta e ensaísta. Autora de cinco livros de poemas, os mais recentes: La Vocación Suspendida, Sevilla, 2008; Barranquilla, 2009, VI Premio Internacional de Poesía Martín García Ramos, España, 2007, e Del tiempo, un paso, Valência, 2011, VIII Premio Internacional
César Simón da Universidade de Valência. Em português publicou o livro Vistas sobre o Tejo, Lisboa, 2011, com ilustrações da pintora portuguesa Luísa Bomba. Ganhou três prémios nacionais de poesia no seu país e em 2011, o Premio Nacional de Ensayo y Crítica de Arte (Min. Cultura, Univ. Andes) por um trabalho sobre a artista plástica colombiana Doris Salcedo. O seu nome aparece em importantes antologias na América e na Europa. Poemas seus foram traduzidos para inglês, italiano, alemão, russo, português e francês. É considerada uma das mais importantes poetas jovens da América Latina. Viveu no México e em Espanha, e desde há cinco anos vive em Lisboa. www.laurenmendinueta.com
Luís Cardoso Nasceu em Kailako, uma vila no interior de Timor que aparece por diversas vezes referenciada nos seus romances. É filho de um enfermeiro que prestou serviço em várias localidades de Timor, razão pela qual conhece e fala diversos idiomas timorenses. Estudou nos colégios missionários de Soibada e de Fuiloro e, posteriormente, no seminário dos jesuítas em Dare e no Liceu Dr. Francisco Machado em Díli. Licenciou-se em Silvicultura no Instituto Superior de Agronomia de Lisboa. Desempenhou as funções de Representante do Conselho Nacional da Resistência Maubere em Portugal. É autor de outros quatro romances: Crónica de Uma Travessia (1997), Olhos de Coruja Olhos de Gato Bravo (2002), A Última Morte do Coronel Santiago (2003), Requiem para o Navegador Solitário (2007). Os seus romances estão traduzidos para diversas línguas nomeadamente inglês, francês, italiano, holandês, alemão e sueco.
Luís Carlos Patraquim Nasceu em Lourenço Marques (atual Maputo), Moçambique, em 1953. Colaborador do jornal A Voz de Moçambique, refugia-se na Suécia em 1973. Regressa ao país em Janeiro de 75 integrando os quadros do jornal A Tribuna. Membro do núcleo fundador da AIM (Agência de Informação de Moçambique) e do INC (Instituto Nacional de Cinema) onde se mantém, de 1977 a 1986, como roteirista/argumentista e redator principal do jornal cinematográfico Kuxa Kanema. Criador e coordenador da Gazeta de Artes e Letras (1984/86) da revista Tempo. Desde 1986 residente em Portugal, colabora na imprensa moçambicana e portuguesa, em roteiros para cinema e escreve para teatro. Foi consultor para a Lusofonia do programa Acontece, de Carlos Pinto Coelho e é comentador na RDP-África. Publicou Monção (1980); A Inadiável Viagem (1985); Vinte e tal novas formulações e uma elegia carnívora (1992); Mariscando Luas, em parceria com Chichorro e Ana Mafalda Leite, (1992); Lidemburgo Blues (1997) e O Osso Côncavo, 2005… Pneuma, 2009, editorial Caminho. Foi distinguido com o Prémio Nacional de Poesia, Moçambique, em 1995.
Manuel Jorge Marmelo Nasceu em 1971, na cidade do Porto. É jornalista desde 1989. O seu primeiro livro, O Homem que Julgou Morrer de Amor (novela e teatro), inaugurou, em 1996, a coleção Campo de Estreia, da Campo das Letras. Publicou, depois, Portugués, Guapo y Matador (romance, 1997), Nome de Tango (romance, 1998), As Mulheres Deviam Vir Com Livro de Instruções (romance, 1999), O Amor é para os Parvos (romance, 2000), Palácio de Cristal, Jardim-Paraíso (álbum, 2000), Sertão Dourado (romance, 2001), Paixões & Embirrações (crónicas, 2002), Oito Cidades e Uma Carta de Amor (contos e fotos, 2003), A Menina Gigante (infantil, 2003) e Os Fantasmas de Pessoa (romance, 2004). Tem publicado regularmente textos e contos em diversas antologias e publicações, em Portugal, no Brasil e em França. Desde Julho de 2001, o seu nome consta do Dicionário de Personalidades Portuenses do Século XX, da Porto Editora, sendo o mais jovem dos nomes biografados. Em Junho de 2005, com o livro O Silêncio de Um Homem Só, é-lhe atribuído o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores em colaboração com a Câmara
Municipal de Vila Nova de Famalicão. Uma Mentira Mil Vezes Repetida e Somos Todos Um Bocado Ciganos, são os seus romances mais recentes, publicados pela Quetzal em 2011 e 2012, respetivamente.
Manuel Rui Nasceu em Nova-Lisboa, hoje Huambo, planalto central de Angola, em 1941. Licenciou-se em direito na Universidade de Coimbra - Portugal, onde desenvolveu advocacia e foi membro fundador do Centro de Estudos Jurídicos. Ainda em Coimbra, foi membro do Centro de Estudos Literários da Associação Académica de Coimbra, redator da revista de cultura e arte Vértice e coordenador do suplemento literário Sintoma do Jornal do Centro. É cofundador das edições Mar além onde se editou a Revista de cultura e literatura dos países de língua oficial portuguesa. Tem colaboração dispersa em diversos jornais e revistas, Jornal de Angola (Jornal da Associação dos Naturais de Angola), O Planalto, Diário de Luanda, Revista Novembro, Lavra & Oficina, Jango, Vértice, Jornal do Centro, Diário de Lisboa, República (Portugal), África (Portugal), Europeu (Portugal), Público (Portugal), Terceiro Mundo (Brasil), Jornal de Letras (Portugal), Mar além (Portugal), Semanário o Angolense, entre outras. Figura em Antologias de ficção e poesia. É autor da letra do Hino Nacional de Angola e de outros hinos como o Hino da Alfabetização, Hino da Agricultura e da versão angolana da Internacional. Também é autor de canções com parcerias como Rui Mingas, André Mingas, Filipe Mukenga, Paulo de Carvalho e Carlos do Carmo (Portugal) e Martinho da Vila e Cláudio Jorge (Brasil), entre outros. É membro fundador e subscreveu a proclamação da União de Escritores Angolanos, bem como da União dos Artistas e Compositores Angolanos e da Sociedade deAutoresAngolanos. Tem publicadas as seguintes obras: Poesia Poesia Sem Notícias (1967); A Onda (1973); 11 Poemas em Novembro – Ano Um (1976), primeiro livro de poesia publicado em Angola após Independência; 11 Poemas em Novembro – Ano Dois (1977); 11 Poemas em Novembro – Ano Três (1978); Agricultura (1978); 11 Poemas em Novembro – Ano Quatro (1979); 11 Poemas em Novembro Ano Cinco (1980); 11 Poemas em Novembro - Ano seis (1981); 11 Poemas em Novembro – Ano sete (1984); Assalto, com desenhos de Henrique Arede - literatura infantil com alguns poemas musicados e editados em disco (1980); Ombela,2007 (bilingue: português-umbundu) e O Semba da Nova Ortografia (2010). Ficção Regresso Adiado (1973); Sim Camarada (1977), primeiro livro de ficção angolana publicado após a Independência; A Caixa (1977), primeiro livro angolano de literatura infantil; Cinco Dias depois da Independência (1979); Memória de Mar (1980); Quem Me Dera Ser Onda, Prémio Caminho Das Estrelas 1980 (adaptado para teatro em Moçambique, Portugal eAngola, também em televisão um extrato integra a Antologia de textos para o ensino secundário na Suécia; incluído no Plano de Bibliotecas do Ministério da Educação para as escolas secundárias no Brasil); Crónica de um Mujimbo (1989); Um Morto & Os Vivos (1993) - adaptado para uma série na Televisão Pública de Angola (O Comba); Rioseco (1997); Da Palma da Mão (1998); Saxofone e Metáfora (2001); Um Anel Na Areia (2002); Nos Brilhos (2002); Maninha – crónicas, cartas optimistas e sentimentais (2002); Conchas e Búzios - infanto-juvenil com ilustrações do moçambicano Malangatana Valente (2003); O Manequim e o Piano (2005); Estórias de Conversa (2006); A Casa do Rio (2007); Janela De Sónia (2009); Travessia Por Imagem (Luanda, 2012). Os seus textos estão traduzidos para umbundu, espanhol, francês, inglês, italiano, checo, servo-croata, romeno, russo, alemão, árabe, sueco, finlandês, hebraico e mandarim. Renunciou ao prémio nacional de cultura na disciplina de literatura. Escreveu, ensaiou e pôs em cena duas peças de teatro, respetivamente, O Espantalho (de inspiração na tradição oral e representado por trabalhadores da construção civil da cidade do Lubango) e Meninos do Huambo (representado por crianças e imediatamente impedida de divulgação após a sua antestreia gravada para a televisão). Participou, com declamação de poemas, no filme de António Ole O Caminho das Estrelas e com texto e dicção nos filmes de Orlando
Fortunato, Memória de Um Dia, Kianda e nos diálogos de Combóio da Kanhoca. Desenvolve também a atividade de crítica, ensaio e crónica. Tem participado em inúmeros eventos como conferências, colóquios e similares. Nesta 14ª edição das Correntes d'Escritas, lançará em Portugal o livro Travessia por Imagem da Editora Teodolito.
Maria do Rosário Pedreira Escritora portuguesa, Maria do Rosário Pedreira nasceu em 1959, em Lisboa. Fez os estudos superiores na Universidade Clássica de Lisboa, onde se licenciou, em 1981, em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses. Fez ainda o curso de Língua e Cultura do Instituto de Cultura, em Portugal. Como bolseira do governo italiano, esteve em Perugia a frequentar um curso de Verão, na Universidade. Foi também aluna do Goethe Institut. A sua formação académica abriu-lhe as portas do ensino e da tradução. Amante da atividade editorial, coordenou os serviços da Editora Gradiva, foi diretora de publicações da Sociedade Portugal-Frankfurt/97 e editou os catálogos das exposições temáticas da Expo'98, entre outros. Em 1998, tornou-se editora da publicação Temas e Debates. Iniciou a sua carreira literária em 1996, escrevendo o seu primeiro livro de poesia A Casa e o Cheiro dos Livros, cuja edição se esgotou de imediato. Seis anos mais tarde, e após a edição de vários títulos em prosa, nomeadamente Alguns Homens e Duas Mulheres e Eu (romance) e outros de literatura infantil, Maria do Rosário Pedreira publica um novo livro de poemas O Canto do Vento nos Ciprestes, cujo merecimento da crítica a vai confirmar entre a plêiade dos novos poetas. A propósito deste seu novo e mais recente livro de poemas que nasce da "experiência de perda" vivenciada num determinado período da vida, a autora considera que deve ser lido de enfiada como se de um pequeno romance se tratasse. Na verdade, as suas afirmações "Canto em memória de um amor" e "O obstáculo inerente a qualquer amor está sempre presente neste romance poético" demonstram que a sequência narrativa criada à volta do mesmo tema estabelece entre os poemas uma unidade difícil de anular e destruir. Distinguida com alguns prémios literários, é detentora de uma obra diversificada, em prosa, poesia, ensaio e crónica, constituindo a literatura juvenil - grosso da sua ficção - um veículo de transmissão de valores humanos e culturais. As coleções juvenis Detective Maravilhas e O Clube das Chaves (esta em parceria com Maria Teresa M. González) entraram já no universo ficcional da adolescência portuguesa. Recentemente, viu a sua poesia reunida numa edição da Quetzal, a que acrescentou o inédito A Ideia do Fim.
Maria Flor Pedroso Lisboa 1964. Jornalista, licenciatura Sociologia UNL-FCSH. Rádio Comercial (1984/85), RFM (1987), TSF (1987/97), Antena1 (1997/...). Enviada especial eleições americanas, espanholas, crise jugoslava e visitas oficiais. Editora de Política Nacional da Antena1, coordenando eleições e conduzindo entrevistas políticas semanais (2003/...), retransmitidas na RTP2. Bolseira, por concurso, da FLAD (1994) na Boston College of Communication, bolseira por convite do German Marshall Fund (1996). Série de entrevistas a protagonistas políticos no extinto CNL, Canal de Noticias de Lisboa (2000). Locução de documentários vários para a RTP, entre eles, O Mundo de cá, Périplo, atualmente Cuidado com a Língua! de José Mário Costa. As Escolhas de Marcelo Rebelo de Sousa na RTP1 (2006/10). Autoria e apresentação de Hora de Fecho, na RTPN (2009/11). Leciona desde 2006 Jornalismo radiofónico no ISCEM, em Lisboa.
Maria João Costa Jornalista do Grupo R/Com desde 1997. É, desde 2008, responsável pela edição do programa semanal de informação cultural Ensaio Geral, na Renascença. Editou, entre 2006 e 2008, outro programa de caráter cultural chamado Primeira Fila. Como repórter, já acompanhou campanhas presidenciais e autárquicas. Foi uma das repórteres da Renascença durante a Expo 98. É licenciada em
Comunicação Social e Cultural pela Universidade Católica Portuguesa. Venceu em 2012 o Prémio de Jornalismo Escritaria em Penafiel na categoria rádio com a reportagem O mundo de Agustina. É autora dos livros Chamo-me Beethoven e Chamo-me Wagner.
Maria Teresa Horta Nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras. Escritora e jornalista, foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal. É conhecida como uma das mais destacadas feministas portuguesas. Estreou-se na poesia em 1960 a sua obra poética foi coligida em Poesia Reunida (Dom Quixote, 2009), obra que lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária. Em 2012 publicou As Palavras do Corpo – Antologia de Poesia Erótica e, ainda, Poemas Para Leonor. Autora dos romances Ambas as Mãos Sobre o Corpo, Ema (Prémio Ficção Revista Mulheres) e Paixão Segundo Constança H., e coautora com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, de Novas Cartas Portuguesas. Ao seu romance As Luzes de Leonor, a Marquesa de Alorna, uma sedutora de anjos, poetas e heróis (2011), foram atribuídos os prémios D. Dinis e Máxima de Literatura.
Mário Zambujal Fez a sua estreia literária em 1980 com Crónica dos Bons Malandros a que se seguiram Histórias do Fim da Rua e À Noite Logo se Vê. Após um hiato, em que escreveu histórias para televisão, teatro e rádio, voltou aos livros com Fora de Mão, Primeiro as Senhoras, Já Não se Escrevem Cartas de Amor, Uma Noite Não São Dias, Dama de Espadas, Longe é um Bom Lugar e Cafuné (2012). Atual presidente do Clube de Jornalistas, Mário Zambujal foi ainda jornalista de A Bola e de O Jornal, subchefe de redação de O Diário de Lisboa, chefe de redação de O Século, diretor-adjunto do Record, diretor do Mundo Desportivo e dos semanários Se7e e Tal & Qual, subdiretor do Canal 2 da RTP e apresentador de diversos programas de televisão.
Michael Kegler (* 1967 em Gießen, Alemanha) viveu na Libéria e no Brasil, até aos 10 anos. Na Alemanha frequentou diversos cursos universitários - entre eles os de literatura brasileira e portuguesa e trabalhou no Centro do Livro e do Disco de Língua Portuguesa, em Frankfurt, em cuja editora publicou a sua primeira tradução literária. Desde o fim dos anos 90 considera-se tradutor profissional. Verteu obras de - entre outros - Manuel Tiago (Álvaro Cunhal), Gonçalo M. Tavares, Paulina Chiziane, José Eduardo Agualusa, Fernando Molica, e mais recentemente Michel Laub, João Paulo Cuenca, Luiz Ruffato e Moacyr Scliar. Desde 2001 publica o site www.novacultura.de sobre literatura dos países de língua portuguesa. Frequenta as Correntes d'Escritas desde 2003. Em 2009 publicou a antologia de poesia lusófona hotel ver mar, em homenagem a este festival.
Miguel Miranda É médico e autor de vários romances, livros de contos e livros infantis. Recebeu o Grande Prémio de Conto da APE pelo livro Contos à Moda do Porto (1996); o Prémio Caminho de Literatura Policial pelo livro O Estranho Caso do Cadáver Sorridente (1997); e o Prémio Fialho de Almeida pelo livro A Maldição do Louva-a-Deus (2001). Está representado em diversas coletâneas e traduzido em Itália e em França. A Paixão de K é o seu oitavo romance, depois de Dai-lhes, Senhor, o Eterno Repouso e Todas as Cores do Vento, já publicados pela Porto Editora.
Nuno Camarneiro Nasceu na Figueira da Foz em 1977. Licenciou-se em Engenharia Física pela Universidade de Coimbra, trabalhou no CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) e doutorou-se em Ciência Aplicada ao Património Cultural pela Universidade de Florença. Atualmente desenvolve a sua investigação na Universidade deAveiro e é docente no Departamento de Ciências
da Educação e do Património da Universidade Portucalense. Em 2011 publicou o seu primeiro romance, No Meu Peito Não Cabem Pássaros, saudado pela crítica, publicado também no Brasil e cuja tradução francesa está prevista para breve. Foi o primeiro autor escolhido pela Biblioteca Municipal de Oeiras, parceira portuguesa da iniciativa, para participar no Festival do Primeiro Romance de Chambéry, em França. Publicou um texto na prestigiada Nouvelle Revue Française na rubrica Un mot d'ailleurs e tem diversos contos em revistas nacionais e estrangeiras. Mantém, desde 2009, o blogue Acordar um Dia, no qual tem vindo a publicar a sua poesia e micronarrativa. Com o livro Debaixo de Algum Céu, a publicar brevemente, venceu, em 2012, o Prémio Leya.
Onésimo TeotónioAlmeida Nasceu no Pico da Pedra, S. Miguel, Açores, no dia 18 de dezembro de 1946. Doutorado em Filosofia pela Brown University (Providence, Rhode Island, EUA), é Professor Catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros e no Wayland Collegium for Liberal Learning, da mesma universidade. O seu livro de escrita criativa mais recente é Onésimo. Português Sem Filtro – uma antologia (Clube do Autor, 2011). Acaba de publicar Utopias em Dói Menor – conversas transatlânticas com Onésimo (Gradiva, 2012), uma longa troca internética com João Maurício Brás.
Patrícia Reis Nasceu em 1970. Tem carteira profissional de jornalista há 25 anos. Em 1988, começou a trabalhar no semanário O Independente. Esteve depois na revista Sábado e estagiou na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. Foi jornalista do semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades, trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projetos especiais do jornal Público. Desde 2000 que assume a edição da revista Egoísta. Começou a publicar ficção em 2004, com a novela Cruz das Almas, seguindo-se os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração (2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008), Antes de Ser Feliz (2009) e Por Este Mundo Acima (2011). É ainda autora da biografia de Vasco Santana (2004), do romance fotográfico Beija-me (2006, em coautoria com João Vilhena) e de livros infanto-juvenis, entre os quais a coleção Diário do Micas, todo com o selo do Plano Nacional de Leitura. Contracorpo, a publicar em Março pela Dom Quixote, é o seu mais recente romance.
Paulo Ferreira Nasceu em Lisboa, em 1980. Licenciado em Relações Internacionais, e com uma Pós-Graduação em Edição, trabalha no meio dos livros. Antes foi publicitário. Publicou um livro, contos, artigos vários. É colunista da revista LER. Participa regularmente em colóquios e seminários dedicados à edição de livros. É docente na área do marketing do livro e especialista convidado da Universidade de Aveiro, no mestrado em Edição. É diretor da revista B:Mag, e dinamiza o Blogtailors, inteiramente dedicado à edição de livros. Onde a Vida se Perde é o seu primeiro romance. Bibliografia Onde a Vida se Perde, Quetzal, 2011
Pedro Vieira Nasceu em Lisboa, em 1975, cidade onde reside. Licenciado em Publicidade e Marketing pela Escola Superior Comunicação Social, trabalha no Canal Q das Produções Fictícias como criativo, tendo sido um dos responsáveis pelo programa Ah, a Literatura!. Atualmente apresenta o programa diário Inferno. Passou pelo grupo Almedina, pela Bulhosa Livreiros e pelo Centro Cultural Olga Cadaval, enquanto livreiro. Fez formação adicional na área da Ilustração, que exerce em regime freelancer, em cursos promovidos pela Ar.Co e pela Fundação Calouste Gulbenkian. É ilustrador residente da revista LER. Trabalha com regularidade no meio editorial e fez trabalhos de ilustração para a Booktailors,
Quetzal Editores, Guerra & Paz, Almedina ou Sextante Editora. Estreou-se na ficção com Última Paragem: Massamá, com o qual venceu o prémio P.E.N. Clube Português para Primeira Obra publicada em 2011. Em 2012 foi publicado Éramos Felizes e Não Sabíamos (Quetzal Editores), uma compilação de crónicas. Blogger indefetível, criou o irmãolúcia e é coautor do Arrastão. Encontra-se a escrever o seu segundo romance. Bibliografia Éramos Felizes e Não Sabíamos, Quetzal, 2012; Última Paragem: Massamá, Quetzal, 2011
Possidónio Cachapa Escritor português, Possidónio Cachapa nasceu em 1965, em Évora. Após 15 anos de vivência em terras alentejanas, foi para os Açores onde concluiu o ensino liceal. Regressou a Lisboa e licenciou-se em Estudos Portugueses pela Universidade Nova de Lisboa. Então, colaborou na elaboração de alguns projetos jornalísticos e televisivos de cariz juvenil que razões alheias não permitiram que concretizasse. Partiu para a Suíça, onde viveu durante 6 anos, e aí, paralelamente com a docência da disciplina de Literatura Portuguesa, foi trabalhando as sementes que germinariam nas suas duas primeiras obras literárias: O Nylon da Minha Aldeia e A Voz Terrível. Como sua primeira experiência literária, A Voz Terrível resulta, segundo o autor, da necessidade de recriar ele próprio, um imaginário que os romances da autora Enid Blyton (autora das Aventuras dos Cinco), lidos na infância e na adolescência, lhe permitiram vivenciar. Estas duas primeiras obras surgem como consequência do empenhamento de uma associação de jovens artistas que pensaram e concretizaram a edição de uma coleção de autores novos. De regresso a Portugal, empenha-se na escrita de argumentos e na realização, sendo-lhe atribuída, em 1996, uma bolsa do Ministério da Cultura. Escreve, então, em 1998, o romance A Materna Doçura, obra dividida em três partes como forma de sugerir as etapas da vida de uma criança (a personagem principal) que ficou órfã de mãe muito cedo. Como assistente de realização, assina um documentário intitulado Sete Mares que o levou a percorrer vários países, nomeadamente o Egito, Israel e a Jordânia. Com um curso da Escola Técnica de Imagem e Comunicação (ETIC), Possidónio Cachapa concretizou, assim, outro dos seus sonhos, enquanto homem que gosta de olhar o mundo por trás das câmaras. Exerceu a docência da disciplina de Português no Colégio Moderno, tendo depois enveredado pelas aulas de formação para formadores. Publicou Viagem ao Coração dos Pássaros, O Mar por Cima, Rio da Glória, o livro de contos Segura-te ao Meu Peito em Chamas, além de diversos contos publicados em Portugal e no estrangeiro e o livro de crónicas O Meu Querido Titanic. No teatro é autor das peças Shalom, Hipnotizando Helena e A Cibernética (que co encenou em 2005). Argumentista de curtas e longas metragens, trabalhou ainda como realizador em vários filmes, com destaque para o documentário Adeus à Brisa, sobre a vida e obra do escritor Urbano Tavares Rodrigues. A sua obra foi adaptada ao teatro, ao cinema e está traduzida em vários países. Publicou com a Quetzal Editores, em 2009, O Mundo Branco do Rapaz-Coelho.
Richard Zimler Nasceu em 1956 em Roslyn Heights, Nova Iorque. Fez um bacharelato em religião comparada na Duke University e um mestrado em jornalismo na Stanford University. Trabalhou como jornalista durante oito anos, principalmente na região de S. Francisco. Em 1990 veio viver para o Porto, onde foi professor de jornalismo, primeiro na Escola Superior de Jornalismo e depois na Universidade do Porto. Tem atualmente dupla nacionalidade, americana e portuguesa. Na última década publicou nove romances, uma coletânea de contos e um livro para crianças.
Rubens Figueiredo Nasceu em 1956, no Rio de Janeiro, cidade onde mora. Formado em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é professor de português e tradutor de obras de Tchékhov, Turguéniev e Tolstói, entre outras. Contista e romancista, é autor, entre outros livros, de As palavras secretas (contos, 1988,
prémio Jabuti), Barco a seco (romance, 2001, prémio Jabuti), Contos de Pedro (contos, 2006) e O livro dos lobos (contos, 2009), todos publicados pela Companhia das Letras.
Rui Vieira Nasceu no Porto em novembro de 1966, cidade onde reside. É licenciado em Engenharia Mecânica e MBAem Gestão Internacional. O seu romance de estreia, Guardador de Almas (Maio 2005, que marca o inicio do Catálogo da Ambar com a responsabilidade de Nelson de Matos), recebeu o Prémio Literário Cidade de Almada 2004. Dois anos depois, seguiu-se A Eternidade Noutra Noite. Vozes no Escuro, já sob a chancela das Edições NelsonDeMatos, sairá seis anos depois. O ano passado, estreou-se na literatura infanto-juvenil com Os Cavalos de Santiago (Trinta Por Uma Linha). Tem vários contos incluídos em antologias e publicados em revistas e jornais.
Rui Zink (Lisboa, 1961). Escritor e professor no Departamento de Estudos Portugueses da Universidade Nova de Lisboa. Estreou-se como ficcionista em 1986 e desde então publicou três dezenas de obras, entre ficção, ensaio, literatura para a infância, BD e teatro. Alguns dos seus livros encontram-se traduzidos para algumas línguas interessantes, mas não tão lindas como a cosa nostra. Ficção: Hotel Lusitano A realidade agora a cores Homens Aranhas Apocalipse Nau O Suplente Os Surfistas Dádiva Divina A Palavra Mágica A Espera O Anibaleitor O Destino Turístico O amante é sempre o último a saber A Instalação do Medo
Susana Fortes Licenciada em Geografia e História pela Universidade de Santiago de Compostela e em História da América pela Universidade de Barcelona, reside atualmente em Valência, conjugando o ensino com o jornalismo e a crítica de cinema. Os seus romances estão traduzidos em 12 línguas e obtiveram numerosos prémios. Em Portugal, estão publicadas as suas obras Querido Corto Maltese, Ternos e Traidores, Fronteiras de Areia, O Amante Albanês e Quattrocento – A Conspiração Contra os Médicis. A Marca do Herege é a seu mais recente trabalho, editado pela Porto Editora.
Uberto Stabile (Valencia 1959) Poeta, editor, traductor y gestor cultural. Director del Encuentro Internacional de Editores Independientes de Punta Umbría, Edita, y del Salón del Libro Iberoamericano de Huelva. Fundador de la colección de poesía bilingüe y del encuentro de escritores hispano-luso Palabra Ibérica. Premio Valencia de Literatura y Premio Internacional de Poesía Surcos. Su poesía ha sido recopilada bajo el título Habitación desnuda 1977/2007 y sus artículos bajo el título Entre Candilejas y Barricadas. Poemas suyos han sido traducidos al italiano, portugués, inglés, búlgaro, turco, lituano, catalán y francés. Es autor de las antologías: Mujeres en su tinta, poetas españolas en el siglo XXI y Tan lejos de Dios, poesía mexicana en la frontera norte.
Valter Hugo Mãe Nasceu em Saurimo, Angola, no ano de 1971. Licenciado em Direito, pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea. Vive em Vila do Conde. Publicou cinco romances: O filho de mil homens (2011), a máquina de fazer espanhóis (2010) o apocalipse dos trabalhadores (2008), o remorso de baltazar serapião, vencedor do Prémio José Saramago (2006) e o nosso reino (2004).Asua obra poética está revista e reunida no volume contabilidade. É autor dos livros para os mais novos: O rosto (Agosto 2010), As mais belas coisas do mundo (Agosto 2010), A verdadeira história dos pássaros (2009) e A história do
homem calado (2009). Escreve a crónica Autobiografia imaginária no Jornal de Letras. Valter Hugo Mãe é vocalista do grupo musical Governo e esporadicamente dedica-se às artes plásticas. Letrista dos músicos/projetos Mundo Cão, Paulo Praça, Indignu, Salto, Frei Fado Del'Rei, Blandino e Eliana Castro. Recebeu, em 2009, o troféu Figura do Futuro, atribuído pelo Correio da Manhã. Recebeu, em 2010, a Pena de Camilo Castelo Branco. Em 2010 recebeu a Medalha de Mérito Singular de Vila do Conde. Em 2012 foi distinguido com o Prémio Portugal Telecom de Literatura.
Vasco Graça Moura Poeta, ficcionista, ensaísta e tradutor, foi advogado, secretário de Estado, diretor de Programas do Primeiro Canal da RTP, administrador da Imprensa Nacional Casa da Moeda, comissário-geral para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, comissário de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha e comissário de Portugal para a exposição internacional Cristoforo Colombo, il naviglio e il mare. Dirigiu o Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian. Colabora regularmente com a televisão, a rádio, jornais e revistas. Foi deputado ao Parlamento Europeu de 1999 até 2009. Entre os inúmeros prémios literários que recebeu, contam-se o Prémio Pessoa (1995), o Prémio de Poesia do Pen Clube (1997), o Grande Prémio de Poesia da APE (1997) e o Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB (2004). Foi galardoado em 2007 com o Prémio Vergílio Ferreira e com o Prémio Max Jacob de poesia estrangeira e, em 2008, com o Prémio de Tradução do Ministério da Cultura italiano pelas suas traduções de Dante e de Petrarca. Em 2012 celebrou 50 anos de carreira literária e em 2013 foi distinguido com o Prémio Europa David-Mourão Ferreira, atribuído pelo Instituto Camões.
VergílioAlberto Vieira (1950, Braga) Cursou Letras na Universidade do Porto, tendo lecionado na Escola Passos Manuel, Lisboa, até finais de 2008. A sua obra reparte-se pelas áreas da poesia, ficção, teatro, ensaio/crítica, diarística e literatura infanto-juvenil. Colaborou em publicações de que se destacam: Cadernos de Literatura, Colóquio Letras, África, Rua Larga, Escritor e Magazine Artes (Portugal); Hora de Poesia, Malvís, Serta, ABC-Letras y Artes, Vozes de Galicia e Literastur (Espanha); Albatroz (França); Il Cobold e Il Vento Salato (Itália); Apertura Magazine (Luxemburgo); Ficção, Escrita e Suplemento Literário de Minas Gerais (Brasil); Reenbou (Canadá); Micromegas (USA); Poética (Uruguay); Kanora (Colombia). Encontra-se representado nas publicações: Antologia do Conto Português Contemporâneo (1984, ICALP, Lisboa), La Poèsie des Palmipèdes (1987, Paris), Poesia Ibérica: Generación de la Democracia (1991, Madrid), Tarde Tranquila, Casi (1994, Roma); Identidades/ Antologia Literária de Língua Portuguesa (1996, Universidade de Coimbra), Relatos Portugueses de Viagem/ A Imagem de Marrocos (1998, Universidade Dhar el Mahraz, Fez), Vozes Poéticas da Lusofonia (1999, Instituto Camões, Lisboa), Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea (1999, Rio de Janeiro), Antologia da Ficção Portuguesa Contemporânea (2000, Budapest), Contos da Cidade das Pontes/ Cuentos de la Ciudad de los Puentes/ Short Stories of the City of Bridges (2001, Porto), Antologia del Cuento Portugués del Siglo XX (2001, México); Histórias em Língua Portuguesa (2007, Porto), Hotel Ver Mar/ Antologia Poética da Lusofonia, org. de Michael Kegler para língua alemã, (2009, Frankfurt), O primeiro dia/ A mãe na poesia portuguesa (2012), entre outras. Pedra de transe (1984), A adivinhação pela água (1990) e Os sinais da terra (1984) foram editados em Espanha (trad. de Clara Janés); com o título Peregrinação ao Sul, saíram na Bulgária: A adivinhação pela água (1990) e O caminho da serpente (1993), (trad. de Jordanka Velinova/ Manuel Nascimento). Com o título Contos por contar (trad. de Luís M. Fernández), foram editados, em galego, os livros A semana dos nove dias (1988), O peixinho Folha-de-Água (1989/2000) e O livro dos enganos (2001). Livros de sua autoria foram editados em Espanha, Bulgária, Egipto e
Moçambique. Entre 1975 e 2000, assinou crítica de livros na revista África, no Jornal de Notícias (Porto) e no semanário Expresso (Lisboa), colaboração em parte reunida nos volumes: Os consentimentos do mundo (1993) e A sétima face do dado (2000) e O momento da rosa/ Reflexões sobre literatura infantil e juvenil (2012). Nos últimos anos, editou/ reeditou: A Biblioteca de Alexandria/ narrativa/ pref. de António Cabrita (2001), Chão de víboras/ narrativa, 2ª edição/ pref. de J.L. Pires Laranjeira (2003), Crescente branco/ poesia/ prefácio de Alexei Bueno (2004), Pára-me de repente/ teatro/ pref. de Manuel Lourenzo (2005), Papéis de fumar/ Obra poética/ prefácio de Ivan Junqueira/ desenhos de Sofia Areal (2006) e O navio de fogo/ narrativa/ 2ª edição/ pref. de Cristina Robalo Cordeiro (2009), Minhas cartas nunca escritas/ narrativa/ pref. de Ernesto Rodrigues (2012), O hóspede da lua/ narrativa (2012) e Amante de um só dia/ poesia (2012). Integrou o júri dos prémios literários de romance e poesia: da Associação Portuguesa de Escritores; do PEN Clube Português; Correntes d'Escritas; do Prémio Vida Cultural, do Grande Prémio de Literatura Biográfica, do Prémio Narrativa Eixo-Atlântico e ainda: Prémios do Conto Camilo Castelo Branco e Manuel da Fonseca; e, de Poesia, Florbela Espanca, Teixeira de Pascoaes, Sebastião da Gama e Natércia Freire, entre outros. Integrou Direções da Associação Portuguesa de Escritores, do PEN Clube Português, do IBBY e daAssociação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
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