Nostalgia -um ensaio de poemasPor: RogĂŠrio Marques Benedito JĂşnior
Junho de 2015
ÍNDICE A PALAVRA .......................................................................... 3 CARA(C)TER......................................................................... 4 A MINHA META ................................................................. 4 ANOITE DE REENCONTRO ............................................ 5 COGITO ERGU SUM .......................................................... 6 DE ONDE É QUE VIM? ..................................................... 7 EU SEREI ............................................................................. 8 LÁGRIMAS DE UM FILHO .............................................. 9 O CAMINHO É DURO, MAS VALE A PENA .............. 11 QUERO SER COMO A ÁGUA......................................... 12
A PALAVRA
Introdução
Eu nasci antes dos homens (era verbo e o verbo se fez homem), e depois com os homens, entretanto, há muitos anos. Sempre caminhei junto ao homem, sem eles eu não existiria e sem mim eles não se comunicariam, na verdade somos dependentes um do outro incondicionalmente. Eu
posso
ser
expressa
através
de
varias
maneiras, pela voz, pelos desenhos, pelos gestos e muito mais. Eu sou e existo em tudo quanto é canto. Eu sou todo o comportamento teu. Obrigado por me tornares explicito neste mundo em que muitos preferem ser implícitos comigo.
Por: Rogério Marques Bendito Júnior
CARA(C)TER Sou como a nuvem, antecipando o comportamento da humanidade; Quando me pronuncias com forte tonalidade; Tiras de mim a simplicidade e dás-me agressividade; Consigo expressar-me pela tua cara Tendo o teu caracter; A MINHA META O caminho é longo; Muitas atrocidades nele acontecem; Mas tento me manter firme; Que nenhum engano da minha meta tire-me Eu afirmo O homem só é feliz; Vendo seus sonhos realizados; E suas metas atingidas; Sou incondicional a este princípio; Por isso enquanto vivo; Tenho que resplandecer a minha existência Com toda inteligência;
Faço escolhas certas Escolhas racionais; Para que no futuro não me arrependa; Sou o primeiro a ouvir Sou o ultimo a ouvir; Encho o meu ser de muitos paradigmas; Hoje tu me estimas; Por que com sucesso a minha meta atingi; ANOITE DE REENCONTRO Não sei como foi; Não sei como aconteceu; Nos dias sem luz; Procurava-te na memória; Procurava-te no coração; Na infelicidade da minha alegoria, demarcava a solidão; Não sei como foi; Não sei como aconteceu; Mas só, sei que num instante; A alma abalada; Na característica calada;
No seio dos amigos; Falando do amor; Houve um reaparecimento; Reaparecimento imaginário da sua imagem; Da sua poderosa imagem; Trazendo mensagem; Mensagens de advertência; Trazendo paciência para esperar o longo percurso; Para uma noite de reencontro; COGITO ERGU SUM Só existe no pensamento; O mundo anda distraído e desatento; Correm apressados aos disparates; E esquecem-se do pensamento do Descartes; Cogito ergo sum Ou simplesmente, penso logo existo; Apenas três palavras; Palavras inadequadas ao mundo; Em que parece tudo estar virado; Onde o normal é anormal e, o anormal é normal;
Refletir em tuas acções, eu desafio-te; Pará de ser igual a todos, apenas seja você; Perante as coisas, tenha um senso critico; Um amigo teu sou, tanto que quero bem ver-te; Com estes pobres versos quero advertir; Pense, pense e não pare de pensar; Pois, quem não o faz; Fica atrás, com um agir duvidoso e incapaz; No último estagio, deixa de existir; DE ONDE É QUE VIM? Venho Venho Venho Venho
de de de de
um um um um
lugar lugar lugar lugar
longínquo ideal inverídico ficcional;
Muitos querem saber de mim; Nem mesmo eu sei ao certo; Porquê você é assim? Ecoam curiosas vozes do beco; Perguntando pela minha originalidade; Eu vim da pacificidade; Num contraditório da guerra;
Da inveja e da maldade; Eu vim de uma linda e jamais vista terra; Eu vim de mim; Tenho um coração habitado pelas virtudes; E boas atitudes; É algo difícil, eu sei; Mas se quiseres de mim saber; Siga as caminhadas do meu ser; Desliga-te de toda natureza humana; Não te faltarão alcunhas; Mas em meio da demanda e muita dor; Perceberás que eu vim do AMOR; EU SEREI Uma vez na minha vida alguém me perguntou Por que gostas de ficar sozinho? Por que não te divertes com entusiasmo? E eu não respondi; Alguém também afirmou; Este precisa de carinho; Este precisa ser ensinado a afeição da vida;
E eu que simplesmente; As opiniões, ouvia silenciosamente; Falava de mim para comigo; Que esta gente; É sempre assim, Bem antes de responderes às suas inquietações; Elas já vêm com possíveis soluções; Mas, se na verdade eles soubessem por quê; Eu teria uma corda amarada ao meu pé; Eu aprendi que os grandes homens ou homens grandes; Só o são, pelo mistério das suas actividades; Por isso nesta linhagem a minha mente engrenei; Ainda não sou hoje, mas amanhã serei;
LÁGRIMAS DE UM FILHO Há um tempo atrás, o meu coração do seu lado; Vivia na boa e eterna paz; Tudo fazias para ver-me feliz; Enquanto os outros riam; Tu cuidavas mansamente do teu petiz
Não existem palavras, não existe nada; Para agradecer a educação, o amor, o carinho e atenção; Que recebi de te nas palmadas; Hoje que planaltos e montanhas; Mares e florestas, metros e quilômetros separam-nos; Sinto a tua falta e percebo a sua importância; Não me resta mais nada senão pensar em ti e na minha infância; O meu coração entristece; Quando ouço o mau tratamento que tens passado; Desejo-lhe tudo de bom na sua honestidade; Quero que saibas que a distancia; Um dia transformar-se-á em proximidade; Não chore mais mãe; Eu, o teu filho querido; Voltarei e verei o teu rosto sorrindo; Trocaremos infinitos sorrisos no convívio; E o meu coração conhecerá o alívio; E ele ficará calmo, como a água da lagoa; Lavando-me a alma de toda mágoa;
O CAMINHO É DURO, MAS VALE A PENA Às vezes sinto-me cansado; Cansado de correr atrás daquilo que realmente me faz feliz; Cruzo os braços e fico olhando as pessoas labutando; Algumas destas são as que me dão asas da perdiz; Renovado e inspirado; Vou tirando todos os obstáculos da minha mente; Eles se tornam em cinzas queimadas por minha determinação; Neste momento, o meu redor resplandece; E tudo em escuro se torna em iluminação; Tenho que correr atrás daquilo que quero; Nada mais me fará parar; A oportunidade só existe se enxergar além do comum; Se a ela te entregares com amor; Os obstáculos? Sempre existirão, tu deves munir-te; De todo tipo de armadura;
Para que não caiais na caminhada ainda prematura; Apenas apegue-te a tua meta; E revista-se de princípios, persistência e esperança; QUERO SER COMO A ÁGUA Eu quero ser como a água; Pois, ela não é forte, mas é inteligente; Ela não é racional, mas irracionalmente; Encontra sempre um meio para os seus problemas; Eu quero ser como a água; Que em nenhum momento o obstáculo me interrompa de prosseguir; Que as flechas da inveja não me piquem; Que tudo isso se transforme em mais motivos para sorrir; Eu quero ser como a água; Para que lave e purifique as almas; Renascendo um novo homem a cada dia; Para que onde houver sede e tristeza; Haja muita água e alegria;
Eu quero ser como a água; Para que seja escorregadio nas mãos dos gananciosos; E em abundancia me entregue aos bondosos; Apenas quero ser como a água; O líquido precioso e garante da vida;
Rogério Marques Benedito Júnior
BIOGRAFIA Nascido aos 06 de Agosto de 1994, na cidade Quelimane, bairro de Namuinho, filho de Mãe e Pai Moçambicanos. Fez os estudos complementares na Cidade de Quelimane nas seguintes Escolas: Primária completa de Coalane, Secundária Geral de Coalane e a Pré – Universitária 25 de Setembro. Actualmente é estudante do curso de jornalismo no nível de licenciatura na Universidade Eduardo Mondlane em Maputo. Telefone: +258820600634 ou +258847086171 E-mail: rojuniorm@gmail.com Blog: www.olhocerto.blogspot.com