COLETÂNEA SOLAR DE POETAS S. Martinho_ 2013
Poemas de RÓ MAR
S. MARTINHO
S. Martinho por onde andas que não te vejo!? Vejo muita castanha assada e água-pé, Tanta que dá para todo o Inverno, há pois é, Mas da tua pessoa nem lamiré!
São farturas que não me comovem, Antes quero misera condição E a tua boa-fé! Um pedaço de pão E um pouco de moral não faz mal a ninguém!
© RÓ MAR
09/11/2013
S. MARTINHO
E venha a castanha com o doce aroma E também água-pé para matar a sede ao Zé! É São Martinho minha gente e o calor soma, Pelo verão, há brasas que são uma fé!
Vamos trocar o passo e cavalgar Até às bandas das Lezírias do Tejo! Ó mocidade, quantas alegrias o festejo, Dá um certo gosto ver o povo a engordar!
É castanha a estalar, febra da boa e caldo verde… Nestes dias não há dieta que resista ao mealheiro E os cavalos andam à solta pelo picadeiro… É festa gorda e rija, vila de Santarém, que sede!
E venha a água-pé do Santo milagreiro Para abençoar os nossos passos, haja amor! É São Martinho minha gente, centeio do melhor Um sagrado caminho, o manjar do estrangeiro!
© RÓ MAR
09/11/2013
S. MARTINHO
NOS VENTOS DE NOVEMBRO
Nos ventos de Novembro Saboreio o luar de Agosto No ver達o de S. Martinho e lembro A vindima de Setembro.
É tempo de Magusto, Há fogueiras, castanhas e folia É um tempo justo, Verão do Santo, a alegria.
Bebe-se água-pé e vinho a gosto No doce sabor da confraternização, Exalta-se a alma na canção Do povo e dança-se ao rosto.
É a tradição de sangue lusitano, A pura raça. É vê-los desfilar, que belo ver Lá pela vila de Santarém, Lezírias do Tejo! O Hino Engradece no seu porte de alter.
Nos ventos de Novembro A terra é abençoada, S. Martinho Traz ao povo o agasalho, o sonho, A humanidade que remete a Dezembro.
© RÓ MAR 2013
Coletânea Solar de Poetas_ S. Martinho 2013
Poemas de RÓ MAR