Proteção Respiratória

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A transformação do sangue, antes rico em CO2 e depois rico em O2, nos pulmões constitui o fenômeno químico da HEMATOSE


O principal meio de penetração das substâncias químicas no organismo é pela INALAÇÃO. Maior grau de risco devido à rapidez com que as substâncias químicas são absorvidas pelos pulmões.A inalação é a principal via de intoxicação no ambiente de trabalho, daí a importância que deve ser dada aos sistemas de ventilação. A superfície dos alvéolos pulmonares representam, no homem adulto, uma área de 80 a 90 m2. Esta grande superfície facilita a absorção de gases e vapores, os quais podem passar ao sangue, para serem distribuídos a outras regiões do organismo. Sendo o consumo de ar de um homem adulto normal de 10 a 20 Kg/dia, dependendo do esforço físico realizado, é fácil chegar a conclusão que mais de 90% das intoxicações generalizadas tenham esta origem. RISCOS RESPIRATÓRIOS (AERODISPERSÓIDES) QUANTO À CLASSIFICAÇÃO MÉDICA, AS SUBSTÂNCIAS PODEM SER: ¾

INCÔMODAS - GESSO, AMIDO,

¾

IRRITANTES - INFLAMAM O TRATO RESPIRATÓRIO > NÉVOAS ÁCIDAS

¾

ALERGÊNICAS

¾

CANCERÍGENAS - AMIANTO, RADIONUCLÍDEOS, CROMATOS

¾

SISTÊMICAS - PROVOCAM DANOS AOS ÓRGÃOS OU SISTEMAS DO

- CAUSAM ALERGIAS - PÓLEN, PÊLOS DE ANIMAIS, RESINAS EPOXI

ORGANISMO - CHUMBO, CÁDMIO, MANGANÊS ¾

FIBROGÊNICAS - ALTERAM A ESTRUTURA DOS ALVÉOLOS PULMONARES RESTRINGINDO A CAPACIDADE RESPIRATÓRIA SÍLICA CRISTALINA, AMIANTO, FERRO, ALGODÃO

¾

MUTAGÊNICAS E TERATOGÊNICAS - MUTAÇÕES E ALTERAÇÕES GENÉTICAS - CHUMBO, MERCÚRIO

¾

PRODUTORAS DE FEBRE

QUANTO À CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA, AS SUBSTÂNCIAS PODEM SER: ¾

POEIRAS - RUPTURA MECÂNICA DE UM SÓLIDO - MOAGEM DE ROCHA, LIXAMENTO DE MADEIRA OU METAL, MANUSEIO DE GRÃOS

¾

NÉVOAS - RUPTURA MECÂNICA DE UM LÍQUIDO - PINTURA EM SPRAY, AEROSSÓIS, NEBULIZAÇÃO DE AGROTÓXICOS

¾

FUMOS - PARTÍCULAS SÓLIDAS GERADAS PELA CONDENSAÇÃO E SOLIDIFICAÇÃO DE VAPORES ACOMPANHADA DE REAÇÃO QUIMICA (OXIDAÇÃO) - SOLDA, FUNDIÇÃO DE METAIS

¾

NEBLINA - PARTÍCULAS LÍQUIDAS GERADAS PELA CONDENSAÇÃO DE VAPORES DE UM LÍQUIDO DEVIDO À SATURAÇÃO NA ATMOSFERA - NEBLINA DE ÁGUA, DE ÁCIDOS

¾

GASES – SUBSTÂNCIAS QUE EM CNTP NÃO TÊM FORMA NEM VOLUME DEFINIDOS

¾

VAPORES - PODE SER UM SÓLIDO OU LÍQUIDO EM CNTP, MAS SE SUBMETIDO À

GLP TEMPERATURA E

PRESSÃO SE TRANSFORMA EM VAPOR. LENHA, CARVÃO, TINTAS, SOLVENTES, COLAS, RESINAS,... ¾

FUMAÇA - MISTURA DE GASES, VAPORES E AERODISPERSÓIDES PROVENIENTE DA COMBUSTÃO DE MADEIRA, PLÁSTICOS


¾

RADIONUCLÍDEOS - TRANSFORMAÇÃO ESPONTÂNEA DE UMA SUBSTÂNCIA, OCORRENDO RADIAÇÃO E APARECIMENTO DE UMA NOVA SUBSTÂNCIA - SAIS DE CÉSIO, RADÔNIO,...

FATORES DE PROTEÇÃO ATRIBUÍDO E REQUERIDO DE MÁSCARAS E RESPIRADORES a. Fator de Proteção Atribuído: deve ser obtido no Quadro I da Instrução Normativa Nº 1, de 11/04/94 (Anexo 1); estabelecido em testes de laboratório b. Fator de Proteção Requerido: deve ser calculado caso a caso e possibilita a escolha do tipo de respirador. O cálculo deve ser feito da seguinte forma: FPr =

Concentração do Contaminante Limite de Tolerância

=

C LT

Calculado o FPr, deve-se então procurar no Quadro I da Instrução Normativa Nº 1, o tipo de respirador que possui um Fator de Proteção Atribuído que seja maior ou igual ao Fator de proteção requerido. EX: produto químico Tolueno – LT = 78 ppm Concentração no ambiente – 56ppm FPr=156 => 2 qualquer purificador de ar semi facial com carvão ativado de FPa = 10 78 QUADRO I - FATORES DE PROTEÇÃO ATRIBUÍDOS PARA EPR TIPO DE RESPIRADOR

TIPO DE COBERTURA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS PEÇA SEMI-FACIAL (1)

PEÇA FACIAL INTEIRA

10

100

10

100

10

100

PURIFICADOR DE AR DE ADUÇÃO DE AR •

MÁSCARA AUTÔNOMA (2) (DEMANDA)

LINHA DE AR COMPRIMIDO (DEMANDA)

TIPO DE COBERTURA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS TIPO DE RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR MOTORIZADO

PEÇA SEMIFACIAL

PEÇA FACIAL INTEIRA

CAPUZ CAPACETE

SEM VEDAÇÃO FACIAL

50

1000(3)

1000

25

DE ADUÇÃO DE AR: LINHA DE AR COMPRIMIDO •

DE DEMANDA COM PRESSÃO POSITIVA

50

1000

---

---

FLUXO CONTÍNUO

50

1000

1000

25

---

(4)

---

---

MÁSCARA AUTÔNOMA (CIRCUITO ABERTO OU FECHADO) •

DE DEMANDA COM PRESSÃO POSITIVA

Usuários de máscaras e respiradores devem seguir instruções do PPR – Programa de Proteção Respiratória. O PPR é um conjunto de medidas práticas e administrativas através das quais se pretende proteger a saúde do trabalhador pela seleção adequada e uso correto dos respiradores. O PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais da NR-9 e o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional da NR-7, mantém relação direta com o PPR.


O primeiro, faz o levantamento dos riscos ambientais e o segundo o controle biológico dos funcionários. COMO PODEMOS SABER QUE NECESSITAMOS DE UM PPR? Se os trabalhadores de sua empresa estão expostos à produtos químicos, gases, vapores, poeiras, névoas, fumos, ou à ambientes com deficiência de oxigênio, o local de trabalho pode apresentar graves riscos respiratórios. E o uso de máscaras e respiradores se faz necessário. São muitas as circunstâncias e condições de exposição ao risco para que se possa fazer uma enumeração completa, mas podemos incluir: • exposição durante as operações de fabricação • trabalhos de manutenção • construção e montagem • vazamentos acidentais • emergências • combate a incêndios Lembre-se de que os produtos químicos tóxicos, a sílica e o amianto não são os únicos culpados. Mesmo os produtos comuns como solventes, acetona, tintas, poeiras podem ser perigosos em concentrações elevadas, ou quando a exposição é contínua por longos períodos de tempo. O único modo de conhecer com segurança se os trabalhadores estão correndo perigo é consultar um profissional competente, cuja avaliação é fundamental para o estabelecimento e manutenção de um Programa eficiente.


MÁSCARAS DESCARTÁVEIS

SEGURAR O RESPIRADOR NUMA DAS MÃOS COM O CONTORNO DO NARIZ (PARTE ESTREITA) ENTRE OS DEDOS, DEIXANDO AS TIRAS ELÁSTICAS PARA BAIXO

PUXAR A TIRA INFERIOR POR SOBRE A CABEÇA AJUSTANDO-O NA NUCA. FAÇA O MESMO COM O ELÁSTICO SUPERIOR AJUSTANDO-O SOBRE A CABEÇA

LEVAR O RESPIRADOR AO ROSTO COBRINDO A BOCA E O NARIZ

AJUSTE A PEÇA FACIAL COM AS DUAS MÃOS, VERIFICANDO PONTOS DE VAZAMENTO. INALE COM FIRMEZA PARA SENTIR PRESSÃO NEGATIVA (a máscara encolhe) EXPIRE SOPRANDO FORTE (o ar não deverá sair pelas laterais)

PARA RETIRÁ-LA FAÇA O PROCESSO INVERSO: SEGURE A PEÇA FACIAL COM UMA DAS MÃOS E COM A OUTRA RETIRE O ELÁSTICO DA NUCA PASSANDO POR SOBRE A CABEÇA; RETIRE ENTÃO O OUTRO ELÁSTICO QUE FICA SOBRE A CABEÇA


AJUSTE DO RESPIRADOR 1. Coloque o respirador no rosto e posicione o elástico superior com encaixe sobre a cabeça.

2. Encaixe os elásticos inferiores ligando as presilhas atrás do pescoço.

3. Puxe as extremidades dos elásticos superiores, e depois os inferiores, para fazer o ajuste do respirador ao rosto.


TESTE DE PRESSÃO POSITIVA: Coloque a palma das mãos sobre as válvulas de exalação e sopre suavemente, a peça facial deverá se expandir ligeiramente sem ocorrer vazamento de ar, reajuste a posição do respirador e a tensão das tiras elásticas.

TESTE DE PRESSÃO NEGATIVA: Coloque a mão sobre o cartucho e/ou filtro e aspire suavemente, a peça facial deverá comprimir levemente contra o rosto sem ocorrer vazamento de ar, reajuste a posição do respirador e a tensão das tiras elásticas.



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