Recreação Magazine

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ÍNDICE Conheça o CELEIRO - 05 Centro de Estudos do Lazer, Recreação, Integração e Ócio, lança a Coleção Rodas Cantadas em DVD

DVD Coleção Rodas Cantadas - 07 Material de apoio pedagógico em DVD auxilia professores e recreadores a aprenderem e ensinarem roda cantada.

Palestras Celeiro .......03 Conheça a programação de palestras do Centro de Estudos e leve gratuitamente uma excelente formação para sua instituição.

Recreação na Escola.....11 Leia a entrevista com a Professora Mônica Cristina Monge da Escola Municipal União de Diadema - SP falando sobre o uso da recreação no ambiente escolar.

A importância do Brincar...05 O brincar discutido sobre o ponto de vista do desenvolvimento humano, este mês abordando principalmente os aspectos do desenvolvimento físico.

Aprenda Maquiagem Infantil...06 Divirta-se e divirta seu alunos, acampantes, sobrinhos, recreandos de maneira geral com figuras divertidas de maquiagem facial e corporal, com tinta especial atóxica. Solte sua criatividade.

Faça esculturas com balões.....07 Conheça mais da arte mágica de transformar balões de ar em impressionantes figuras.

Conheça a arte da dobradura...08 Transformar papel simples em animais e diversas figuras animadas. Aprenda com o passo-a-passo

Confeccione brinquedos de sucata...09 Reaproveitar materiais que parecem inúteis e transformá-los em brinquedos? É a magia do Brincar com Sucata! Conheça o passo-a-passo de um divertido "Estalo de palitos de sorvete".

O Trabalho com Recreação....10 Conheça a Agência Upi-Aia de Recreação e Eventos, sua história, áreas de atuação e a opinião de seu administrador sobre o a situação do mercado de trabalho da Recreação

Quer se monitor? O quer aumentar seu arsenal de atividades para sala de aula?... 11 Que tal participar do 16o. Curso Upi-Aia de Recreação?

Produções cintíficas em Recreação, Lazer e Educação...12 Seção de divulgação de trabalhos científicos.

Livros e publicações. Confira...........13 Dicas de Passeios para fazer com seu grupo ou com a família.....14

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Editorial Passo muitos dias observando as pessoas trabalhando e observando o comprometimento social destes trabalhadores. Sejam professores, recreadores, animadores, balconistas ou políticos, nosso trabalho apresenta sempre uma grande possibilidade de comprometimento social. Entretanto o que venho observando é um triste quadro de total despreocupação com o mundo. As pessoas se dedicam pouco a observar o outro. Digo observar de verdade, olhar sem preconceitos e tentar se sintonizar com o outro, perceber suas intenções, suas necessidades, seu equilíbrio, seu relacionamento com o ambiente e com as pessoas. Acredito que isto seja um passo essencial ao bom desenvolver do comprometimento. Precisamos aprender a ver o outro, aprender com os bons exemplos, compreender os deslizes, perdoar os erros, servir o próximo em suas mais profundas necessidades. Na área da educação e da recreação isto se torna mais forte, quando vemos recreadores ministrando o jogo que mais gostam, ou cantando a musica mais legal que conhecem, sem se preocupar se para aquele grupo a realidade é a mesma, se a atividade está sendo aplicada para a pessoa certa, no local certo, na hora adequada. Os professores também se deleitam ao passar seus conhecimentos, sem observar qual a utilidade deste "seus" conhecimentos dentro do universo de seu educando. Sem pensar ainda se "seu" conhecimento ainda é atual, ou será quando aquele aluno for um adulto. Talvez até lá todo o conteúdo que apresentemos seja ultrapassado, não seria então mais importante me dedicar ao aprender a aprender, para que este nosso educando encontre o caminho e o gosto pelo saber e se desenvolva por si, com nossa tutoria? Estamos aqui para discutir caminhos e não para dizer verdades absolutas! Um grande abraço e boa leitura.

15 de Outubro - Parabéns Professores! "Mestre não é quem sempre ensina, mas quem, de repente, aprende" Guimarães Rosa

Durante o fechamento da Recreação Magazine acompanhamos, torcemos e nos emocionamos com a vitória! Estamos muito felizes por ver programada para nosso País festividade tão importante como a Olimpíada!

Um pouco de história: São Paulo, 1947. Endereço: uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de se organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu inspirado por uma lembrança de sua infância - que o encontro se desse no dia de 15 de outubro e que fosse chamado 'Dia do Professor'. A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. Em seu Art.3, definia-se a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias" (Becker, S.)

Parabéns Brasil! Recreação Magazine – Outubro 2009 - 03


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Centro de Estudos do Lazer, Educação, Integração, Recreação e Ócio - CELEIRO O "Celeiro" é um centro de estudos que pretende, através do estudo e pesquisa, sistematização e publicação, cursos e palestras, ampliar o corpo de conhecimentos sobre a recreação, o lazer e o ócio dentro do contexto educacional e inter-relacional do indivíduo, principalmente no que tange seu desenvolvimento emocional e as relações deste com o desenvolvimento social, físico e cognitivo. Nossas pesquisas partem da observação de que o desenvolvimento emocional dentro de um ponto de vista educacional passa por uma etapa de exercitação e amadurecimento dentro do grupo social, e situações reais, que só é possível através do treino, ou seja, da exposição controlada às ações que disparam os mecanismos emocionais e da correta interpretação, orientação e acomodação das respostas geradas, ainda dentro do ambiente das relações interpessoais. Para tanto acreditamos nas atividades recreativas como instrumento de estimulação emocional, através do lúdico, da brincadeira, do jogo, da competição e da cooperação, como processo social de treino e aprendizagem. Acreditamos assim, uma vez que consideramos as variáveis da emoção educáveis - pode-se aprender através de um processo de ensino-aprendizagem, e que a aprendizagem de qualquer variável (não só emocional, mas física e cognitiva, também) ocorre através do treinamento, da repetição, da sofisticação obtida através da análise dos fatores que me levam ao "erro" ou "acerto", consideramos a recreação como a área de concentração ideal para "treinar" a emoção! Baseados na afirmação de que o equilíbrio da emoção é essencial para o sucesso pessoal e profissional, a auto estima seria a base para qualquer atitude de crescimento em todos os campos, consideramos de fundamental importância uma abordagem sobre este assunto dentro de qualquer ambiente educacional.

Recreação Magazine – Outubro 2009 - 05


Histórico projeto CELEIRO O Centro de Estudos Celeiro surgiu do sonho de dois amigos, Newton de Souza Coelho e Ronaldo Tedesco Silveira. Conhecidos na área de recreação com Batata e Pudim, respectivamente, sonhavam em criar um mecanismo simples e eficiente que possibilitasse a troca de experiências, pesquisa, difusão de informações, registro de estratégias, aumento de conhecimento, ensino e aprendizagem.

Batata é um empresário da área, possui uma agência de eventos e recreação em São Caetano do Sul, a Upi-Aia, trabalha com recreação há 15 anos e pretende continuar com suas atividades normais. Pudim tem uma consultoria na área de recreação e meio ambiente, o Grupo Aventura da Terra, em São Bernardo do Campo, trabalha com

recreação há 19 anos e também administra a 6 anos uma empresa da família, fora da área de recreação. Também pretende continuar com suas atividades normais. Ambos, apesar de continuar trabalhando em suas empresas, agora têm uma nova missão de vida, dedicarse muito a este novo empreendimento em conjunto.

O sonho começou a se tornar realidade em abril deste ano. A união da experiência de ambos deu origem ao primeiro projeto do Centro de Estudos, a "Coleção Rodas Cantadas". Um material de registro pedagógico que visa facilitar a vida de quem quer aprender e ensinar rodas cantadas. A prática de rodas cantadas, seja em escolas ou ambiente recreativo sempre foi muito limitada na capacidade de memorização dos profissionais. Não havia nada registrado de maneira que se pudesse consultar a letra, o rítmo e os gestos em um único lugar. O pouco material que existia estava musicalizado, ou seja, alterado em seu rítmo para se adequar a métrica musical, ao acompanhamento de instrumentos musicais. Isto criava uma dificuldade de trabalho, sendo que este rítmo adaptado não se mostrava prático para o uso no dia a dia com as crianças, jovens ou adultos.

Conheça um pouco mais nossos fundadores Tio Pudim ( Ronaldo Tedesco Silveira) Currículo do Sistema de Currículos Lattes (Ronaldo Tedesco Silveira) http://lattes.cnpq.br/6163817236645376

Tio Batata (Newton de Souza Coelho) Currículo do Sistema de Currículos Lattes (Newton de Souza Coelho) http://lattes.cnpq.br/6163817236645376

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Rodas Cantadas Por "rodas cantadas" entenderemos em nossos estudos como os trabalhos musicais que possam ser realizados com crianças, jovens e adultos apenas com o uso de voz, ritmo e movimento, com objetivos recreativos, sem uso de acompanhamentos instrumentais e sem a necessidade de preocupar-se com a métrica musical, divisão correta de tempos e compassos ou regras semelhantes. Podem ser propostos por um dinamizador, como um recreacionista ou professor, ou podem surgir por iniciativa do próprio grupo em um momento de lazer, não sendo obrigatório que se realizem em posição de roda.

Vale a pena saber! Existe muita confusão por aí, principalmente na internet, no que diz respeito a termos como “rodas cantadas”, “cantigas de rodas”, “brincadeiras de roda”, “brincadeira cantada”, “dança circular”, “cirandinhas”, entre outros que nos remetem a um grupo de pessoas, em roda (ou não), brincando e cantando. É neste sentido que o CELEIRO (um centro de estudos dedicado à temas relacionados ao lazer, recreação e educação) vem levantando informações que possam nos auxiliar a esclarecer estes nomes aparentemente parecidos, mas com seus contextos tão diferentes. Saber o que se diz, como se expressar na apresentação de um projeto, de um programa de aulas, de uma sequência pedagógica ou de uma programação recreativa é essencial para que todos estejam falando a mesma coisa, interlocutor e receptor percebam o mesmo significado na mesma expressão. Iniciando pelas “cantigas de roda” que são uma manifestação do brincar infantil onde tipicamente as crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias simples e folclóricas, de ritmo limpo e rápido. As letras destas canções contam com características da cultura local, com letras de fácil compreensão e assimilação quase que imediata. Em sua maioria foram aprendidas com os pais, avós ou colegas de brincadeira. Acreditase que tais melodias podem ter origem em músicas modificadas de um autor popular, muitas vezes surgindo através de autoria coletiva, iniciando anonimamente entre a população. As “cantigas de roda” estão incluídas entre as tradições orais em inúmeras culturas. No Brasil, fazem parte do folclore brasileiro,

incorporando elementos das culturas africana, européia (principalmente portuguesa e espanhola) e índia. Hoje já não mantém as características de sua origem, divido às mais curiosas deformações de suas letras e melodia, seja pela dificuldade do idioma original, pela assimilação das características locais ou pelo esquecimento e releitura característico da transmissão informal e pela própria inconsciência com que são proferidas pelas bocas infantis. Entre as cantigas de roda mais conhecidas estão Roda pião, O cravo e a rosa e Atirei o pau no gato. Já a “Ciranda” é uma dança típica das praias que começou a aparecer no litoral norte de Pernambuco. Surgiu também, simultaneamente, em áreas do interior da Zona da Mata Norte do Estado. É muito comum no Brasil definir ciranda como uma brincadeira de roda infantil, porém na região Nordeste e, principalmente, em Pernambuco ela é conhecida como uma dança de rodas de adultos. Os participantes podem ser de várias faixas etárias, não havendo impedimentos para a participação de crianças também. Caracteriza-se pela formação de uma grande roda, geralmente nas praias ou praças, onde os integrantes dançam ao som de ritmo lento e repetido. Uma das cirandas mais conhecidas é a de Antônio Baracho da Silva:


Estava Na beira da praia Ouvindo as pancadas Das águas do mar Esta ciranda Quem me deu foi Lia Que mora na ilha De Itamaracá As “Cirandinhas” como o próprio nome sugere são um grupo de canções que surgiram à partir das adaptações das canções adultas, como as cirandas, e passaram pela adaptação para o universo infantil, seja pela própria interação com a criança, seja pela características de pais e avós que às usam no ninar de pequenos e às infantilizam para tanto. É comum que estas canções se unam e se fundam umas às outras, sofrendo alterações de acordo com a região e características culturais locais. Como exemplo temos: Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos , dar a meia volta, volta e meia vamos dar... o anel que tu me deras, era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas, era pouco e se acabou, . As “cantigas de ninar” também são uma manifestação derivada das cantigas de roda e tinham (e em muitos lugares ainda têm) a utilidade de acalentar as crianças pequenas na hora de dormir. Suas letras muitas vezes expressam o medo e os receios das mães, irmãs mais velhas, tias ou avós que, sozinhas em casa, precisavam cuidar dos pequenos. Esta característica muitas vezes lhe acarretou letras pesadas e de ameaça, como na cantiga “Boi da Cara Preta”: Boi, boi, boi boi da cara preta, pega esta menina que tem medo de careta! Já as “Rodas Cantadas” são uma brincadeira que envolve a música, o corpo, o ritmo, e por vezes um desafio, uma piada, um tema que envolve e diverte. É uma manifestação da recreação, atividade lúdica, que produz prazer e alegria. Também é amplamente utilizada em ambiente educacional para estimular, sensibilizar, “quebrar o gelo”, integrar, alegrar. As rodas cantadas são capazes de estimular a memória, desenvolver o ritmo, melhorar as capacidades físicas, a coordenação motora, também por não se

basear em movimentos corretos ou errados, nem em performance do canto ou do gesto, são capazes de melhorar a auto-estima, possibilitar o prazer de fazer parte de algo, ser parte de um grupo, realizar coletivamente. Em questões históricas, as rodas cantadas são manifestações mais contemporâneas, são sempre atualizadas para que possam acompanhar a linguagem e os interesses da atualidade. Anualmente são compostas novas rodas ou são trazidas de outros países através de intercâmbios. Segundo Silveira (R,T, 2009) rodas cantadas são: (...) trabalhos musicais que possam ser realizados com crianças, jovens e adultos apenas com o uso de voz, ritmo e movimento, com objetivos recreativos, sem uso de acompanhamentos instrumentais e sem a necessidade de preocupar-se com a métrica musical, divisão correta de tempos e compassos ou regras semelhantes. Podem ser propostos por um dinamizador, como um recreacionista ou professor, ou podem surgir por iniciativa do próprio grupo em um momento de lazer, não sendo obrigatório que se realizem em posição de roda. Um exemplo desta manifestação é: Era um cavalo, guloso comia capim, (o grupo repete) De tanto comer capim, sua perninha ficou assim – (faz-se um gesto, o grupo repete a letra e faz seu gesto) assim, bem assim, assim, assim, assim, hey, assim, assim, assim, hey Era um cavalo, guloso comia capim, (o grupo repete) De tanto comer capim, sua outra perninha ficou assim – (faz-se um gesto, o grupo repete a letra e faz seu gesto) assim, bem assim, assim, assim, assim, hey, assim, assim, assim, hey (e assim por diante com várias partes do corpo) .

Algumas referências: BRINCANTES. Recife: PCR, Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2000. p. 108-112. LIMA, Claudia. História junina. Recife: PCR, Secretaria de Turismo, 1997. p. 18. Edição Especial. PELLEGRINI FILHO, Américo. Danças folclóricas. São Paulo: Universidade Mackenzie, 1980. p. 47-51. RABELLO, Evandro. Ciranda. In: SOUTO MAIOR, Mário; VALENTE, Waldemar (Org.). Antologia pernambucana de folclore 1. Recife: Fundaj, Ed. Massangana, 1988. p. 55-61. SILVEIRA, Ronaldo T. Rodas Cantadas. www.rodascantadas.com.br/principal em 15 de junho de 2009.


Palestras, work shop, oficinas, inserções em congressos e simpósios... O Centro de Estudos do Lazer, Educação, Integração, Recreação e Ócio - CELEIRO é um pólo de divulgação e difusão de conhecimentos. Sendo assim tem como objetivo que os programas de pesquisa, estudos e registros cheguem ao maior número possível de pessoas. Temos realizado palestras, encontros, oficinas, entre outras formas de participação em diversos eventos. Este ano nosso foco de pesquisa e sistematização de informações está ocorrendo sobre o tema das rodas cantadas. Temos aberto vários sitios de troca de experiências e informações sobre o tema, em sites de relacionamento, fóruns educacionais, comunidades recreativas, escolas, secretarias municipais e estaduais de ensino, entre outros. Com isto visamos ampliar a compreensão e o arsenal instrumental sobre o assunto. Temos conversado com professores, recreadores e animadores e recebido um excelente retorno sobre a importância da utilização deste conhecimento e desta prática cultural no ambiente recreativo e educacional.

As palestras realizadas pelo CELEIRO são gratuitas, tentado alcançar um objetivo de democratização do conhecimento. O projeto se torna auto-sustentável economicamente através da venda dos DVDs da "Coleção Rodas Cantadas", um material de apoio pedagógico que visa facilitar ainda mais o processo de aprendizagem e posterior ensino das rodas cantadas, uma vez que o profissional tem a possibilidade de assistir várias vezes uma determinada canção até fixar bem o ritmo, a letra (que está no encarte) e os gestos, ficando então fácil de ensinar para seu alunos ou recreandos. A compra do material de apoio é facultativa, sendo que a palestra já ensina as dinâmicas e instrumentaliza o profissional para trabalhar com o tema. O Centro procura agora um patrocinador (ou vários) que possibilitem que além da palestra, possamos distribuir gratuitamente o material de apoio também, democratizando ainda mais nosso trabalho de difusão do conhecimento educacional.

O CELEIRO agradece de coração a amizade e o carinho com que fomos recebidos por todos os participantes do ENAI (Encontro Nacional de Animadores Infantis), em São Paulo, dia 09 de setembro. Ficamos muito felizes em ter podido participar por alguns minutos da história de cada um de vocês e esperamos sinceramente ter causado alguma pequena mudança boa em suas carreiras. Agradecemos especialmente a Tia Docinho, organizadora do evento, pelo convite e pela possibilidade de ter levado a um grupo tão especial uma mostra de nosso trabalho. Obrigado a todos! Tio Pudim e Tio Batata

Pense na possibilidade de levar a palestra "Rodas Cantadas" para sua instituição, é gratuito!

Recreação Magazine – Outubro 2009 - 09

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Nossa

conversa do mês é com Monica Cristina Monge que é professora do 5o. ano da Escola Municipal União, de Diadema, São Paulo. Além da atuação como professora da rede municipal, Monica acumula 13 anos de trabalho com recreação

e investiu na proposta de utilizar sua prática recreativa como ferramenta de seu processo ensinoaprendizagem e tem colhido excelentes frutos desta mágica união. Acompanhe a entrevista e avalie os resultados, você vai querer experimentar também!

Recreação Magazine entrevista

“O Brincar na Escola” Recreação Magazine: Bom dia Professora Monica, é um prazer imenso receber você para este bate papo. Monica Cristina Monge: O prazer é todo meu. Principalmente para falar sobre um assunto que eu gosto tanto! RM: Podemos começar então? MCM: Claro... RM: Sabemos que você tem feito um excelente trabalho utilizando sua experiência na recreação para incrementar suas aulas. Para você, qual a importância desta combinação do brincar e da sala de aula? MCM: Quando penso em uma pedagogia que leva em conta os quatro pilares da educação que são o "aprender a aprender", "aprender a ser", "aprender a conviver" e "aprender a fazer", a recreação torna-se um instrumental que vem de encontro ao que precisamos para desenvolve-los, integrando todas as áreas do conhecimento. Ao desenvolvermos jogos, gincanas, estamos trabalhando com o fazer e o sentir, assimilando assim o conteúdo em sua forma mais concreta. Sempre que trabalho um conteúdo novo tento relacioná-lo à uma atividade lúdica. Assim a assimilação deste conteúdo fica muito mais fácil e suave, feita de maneira espontânea. Gosto sempre de fazer uma reflexão com os alunos ao final de cada atividade, falando dos objetivos, das

estratégias usadas, dos resultados alcançados e da experiência obtida. Percebo com o passar do tempo que os alunos começam a se apresentar mais autônomos, mais auto-confiantes. RM: E quais as habilidades que são desenvolvidas no educando através do uso de jogos e das canções recreativas que nos disseram que você usa bastante. MCM: As habilidades físicas e as emocionais são as mais percebidas em atividades recreativas, porém um profissional de educação com bom planejamento e com objetivos bem determinados, pode desenvolver muito bem as habilidades cognitivas, até porque todas estas habilidades estão interligadas. Fica a cargo do professor estabelecer quais habilidades ele pretende desenvolver com mais ênfase naquela atividade e conduzir a prática para alcançar os objetivos. RM: Já que citamos as canções, existe uma roda cantada que as crianças gostam mais? MCM: As rodas cantadas que as crianças acabam gostando mais estão muito relacionadas àquelas que eu gosto mais! É claro que quando gostamos, passamos de uma maneira mais empolgada, mais divertida (risos), mas cada turma sempre tem umas prediletas que pedem para repetirmos sempre. A turma deste ano, o quinto ano, gosta das rodas que tem uma integração com o colega, como por exemplo "Talharim", "Tarantulita", "Pulando para a esquerda", "Patinho, patinho, patão" [canções que são muito utilizadas na área recreativa - nota da edição] canções que envolvem um contato, um abraço, uma dança junto.


RM: Quanto tempo é dedicado à atividades recreativas ou lúdicas. MCM: Acredito que em média um quinto do tempo semanal. RM: E com que objetivos são usadas as atividades recreativas? MCM: A atividade recreativa hoje já faz parte da rotina da sala, sendo usada como estratégia para trabalhar todas as habilidades. Para ficar mais claro posso dar um exemplo bem simples e bem concreta. Estou trabalhando tabuada em matemática, vou para a quadra e divido a sala em duas equipes e dou um número para cada criança. Jogo a bola para cima falando uma conta de multiplicar... o grupo tem de chegar no resultado e o aluno que tem o número equivalente ao resultado da conta tem que pegar a bola e, feito isso ganha um ponto para a equipe. Assim trabalho o raciocínio lógico, agilidade, trabalho e equipe, cooperação e competição. RM: E qual tipo de atividade as crianças gostam mais? MCM: Os jogos que mais gostam são os que apresentam o desafio das regras mais complexas. Gostam de "tapa na garrafa", onde o grupo tem que atacar e se defender ao mesmo tempo, criando um equilíbrio e exigindo escolhas. Outro exemplo é "prefeitura", um jogo de grupo, onde um aluno disputa sozinho pela bola, mas só consegue marcar o ponto com ajuda de equipe. E assim vários outros nesta linha de jogos com muitas regras.

que vinha de vários anos, e que hoje participam de todas as atividades em sala e fora da sala, dando suas opiniões, tirando suas dúvidas e fazendo parte do grupo, de maneira mais integral. RM: Para encerrar, quais as principais mudanças que você nota nas crianças com este uso constante de técnicas recreativas em sua aula? MCM: Noto a cada dia um grupo mais confiante e maduro. O que eu mais gosto é a parceria que eles vão estabelecendo comigo. Tenho uma sala amiga e autônoma. Tudo que proponho da certo, o compromisso que eles estabelecem com a sua própria educação muda, passando de passivo para ativo. Eles se sentem responsáveis pelas suas atitudes e percebem que todo ato tem conseqüências positivas ou negativas e que as estratégias e escolhas têm que ser individuais, mas sempre com uma consciência coletiva em relação ao grupo. O crescimento é gradual e contínuo, com o tempo as crianças atingem uma auto-estima elevada, tendo a certeza de que tudo é possível através do aprendizado. Uma grande mudança é que os tenho notado realmente gostando de freqüentar a escola!

RM: Você acredita que as crianças mudam, através da prática recreativa, sua forma de se relacionar?

RM: Gostaríamos muito de agradecer sua participação e lhe desejar muita sorte em sua bonita carreira. Que esta experiência sirva de auxilio para muitos professores e instituições que não sabem mais que caminho tomar para ter alcançar o desenvolvimento integral de seus alunos.

MCM: Não só acredito, como sou testemunha de algumas mudanças. Tenho ótimos resultados em minha sala, alguns alunos que não se expressavam, com um histórico

MCM: Eu que agradeço a oportunidade de poder participar e compartilhar estas experiência que têm sido tão positivas em meu dia a dia escolar.

Recreação Magazine – Outubro 2009 - 11


A importância do brincar Falar sobre a importância do brincar é uma tarefa bastante complexa. Se pensarmos em falar para especialistas, esta importância é quase que uma unanimidade e poucos se preocupariam em entender a fundo este tema. Todos acreditam neste fato, embora as comprovações ainda se mostrem de forma bastante empírica.

brincar.

Se, por outro lado, pensarmos em falar para pais, ou profissionais que não estão diretamente ligados ao universo infantil a tarefa não será tão fácil, e talvez nem toda argumentação do mundo possa chegar a um bom resultado.

E qual é o momento do brincar?

O brincar sempre esteve ligado por oposição ao não trabalhar, e por conseqüência, ligado à idéia de atividade sem comprometimento com o futuro, sem características de importância. Ficou sempre relegado a um segundo plano, de restauração das forças para o trabalho, de descanso para um melhor rendimento no trabalho, ou seja, sempre como uma característica de pausa momentânea de objetivos. Quando os pais se preocupam com o futuro de seus filhos acabam seguindo esta mesma linha de raciocínio, de que o brincar é uma temporária perda de tempo, que deve ser logo sucedida por uma atividade de grande importância na preparação do futuro profissional de seus filhos, afinal, quando o trabalho é a referência, o brincar pode ficar para depois. Sendo assim os pais enchem seus filhos de mais e mais atividades de estudo, além do período escolar, com idiomas, informática, robótica, etc. deixando sempre o brincar em segundo plano, isto quando não matam totalmente o tempo de

Assim também pensam muitas escolas. Aulas teóricas, cada vez em maior quantidade, mais complexas, exigindo mais disciplina, ordem, concentração. Brincar é coisa para outro momento.

O que estes pais e profissionais não sabem é que o brincar faz parte da sábia natureza infantil. No brincar é que surgem as bases para todo o desenvolvimento das habilidades que serão imprescindíveis para o mercado profissional e para a vida em sociedade. Sem esta base, muitos terão maiores dificuldades em adquirir as mesmas habilidades e acabarão conseguindo de maneira não lúdica e menos natural, senda assim uma aquisição mais sofrida. O brincar é uma atividade natural das crianças em todos os tempos e em todas as regiões do mundo. O desenvolvimento humano ocorre através destas experiências. Através da brincadeira a criança descobre seu corpo, seus movimentos, a comunicação, os objetos, as pessoas, etc. Como disse Johan Huizinga, "somente jogando o indivíduo conhece o seu próprio 'eu'". Tudo na infância é uma brincadeira de tentativas e análise de resultados. Os resultados bons deste jogo de tentar vão sendo registrados em um setor específico: brincadeiras que gostaria de repetir. Outros resultados, os aparentemente negativos, registrados em outro campo: brincadeiras que vou tentar evitar. E assim aprendemos, criamos nossa comunicação, trazemos a mamãe para perto, controlamos a temperatura chutando o cobertor,

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entre muitas outras experiências e análises de resultados. Quando nascemos somos excelentes pesquisadores e é através do brincar que executamos nossa rotina de pesquisa e obtenção de informações. A criança muito antes de se comunicar pela fala, pela escrita, se comunicará com eficiência através do corpo, dos gestos e movimentos. Brincará com cada parte do corpo e descobrirá os efeitos de cada uma, aprendendo a obter a resposta desejada, aprendendo a se comunicar com as outras pessoas e a suprir suas necessidades. Mais tarde a brincadeira se tornará o mecanismo oficial de expressar seus pensamentos mais profundos. Notamos nas brincadeiras os anseios, vontades, medos e dificuldades das crianças sendo expressas de maneira única, de uma forma que não é expressa em sua comunicação regular com os parentes e amigos.

O brincar dentro do contexto educacional Dentro do um pensamento educacional podemos comentar o quanto estes elementos positivos do brincar podem se tornar parceiros do professor. Coordenar algo que já é natural da criança se apresenta como uma ferramenta tão mais fácil, no sentido de se atingir melhores resultados. Esta ferramenta pode agregar valores ótimos do ponto de vista de formar um indivíduo pensante, que gosta de estudar e descobrir, tem prazer em investigar e registrar novas informações, participa e não tem medo de se expor, de errar ou acertar, trabalha em grupo e é cooperativo. Como? O lúdico gera prazer, alegria. Os alunos gostam de ir à escola desenvolver atividades recreativas, afinal estão indo brincar. Brincando sob a coordenação qualificada de um professor que se aprofundou no assunto e é um mestre na arte de brincar apreende informações valiosíssimas no âmbito motor, social, cognitivo e afetivo. Em paralelo seu aprendizado, apesar de

orientado, não apresenta referenciais punitivos de certo e errado, ficando assim aprendizados de atividades que devem ser repetidas por trazerem resultados satisfatórios para o indivíduo e as que não devem mais ser experimentadas por trazerem resultados insatisfatórios. Um mecanismo de aprendizado ideal! E o que este aluno está aprendendo? Bom, as práticas orientadas de recreação podem desenvolver os aspectos motores de lateralidade e direcionalidade, a coordenação motora grossa e fina, o ritmo, a cadência, os conceitos de rápido e lento, de alto e baixo, de forte e fraco, de apertado e espaçoso, perto e longe, entre outros que além de motores também influenciarão o amadurecimento cognitivo. Também provocarão movimentos musculares, coordenação óculo segmentar, dimensionamento espaço temporal, estimulação do córtex cerebral, cerebelo, sistema digestivo, labiríntico, límbico, entre outros que atuarão diretamente no desenvolvimento corporal, e indiretamente no sistema de inteligência, agindo ainda no controle da ansiedade – “mente sã em um corpo são!” Em outra ótica podemos considerar um gigante incremento nos aspectos sociais, uma vez que jogos recreativos bem orientados estimulam o trabalho em grupo, a cooperação, a competição saudável, a ética, o comprometimento com o objetivo comum, a perseverança em atingir os objetivos, a concentração, a observação das necessidades, dificuldades e facilidades do outro, a avaliação de suas habilidades, enfim, muito do

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www.rodascantadas.com.br


que se pede na vida social e profissional. Podemos observar também o crescimento cognitivo provocado pelo brincar. Neste aspecto se destacam as ações de comunicação, o exercício da linguagem, a argumentação, o estabelecimento de metas, o planejamento, a criação de estratégias, a articulação de variáveis distintas, o estabelecer e o aceitar de regras, os cálculos de volume, direção, tempo que muitos jogos propiciam, a criatividade, o fingir ser algo que não é, o representar, o utilizar objetos de modo criativo, com outro uso que o seu original, o perceber o outro, o comandar, o ser comandado, bem, estes seriam algumas habilidade intelectuais obtidas com a utilização do jogo certo, da maneira certa. Ainda em um novo aspecto podemos citar o amadurecimento emocional. Uma pessoa ao brincar se envolve de maneira integral, claro, se o brincar está sendo dirigido de maneira adequada. Com o envolvimento permitimos gestos novos, olhares novos, atitudes espontâneas, liberdade e prazer. Isto pode provocar um aumento de auto-estima que por si só seria de grande ajuda no amadurecimento emocional. Mas isto ainda acontece em um ambiente coletivo, o que permite o ganho de estima em relação a um grupo, o fazer parte de algo, o ser integrante de alguma coisa maior. Crianças que brincam em grupo de maneira bem orientadas, aprendem a fazer parte, a notar que existe o outro, com valores, virtudes e falhas. Que você como indivíduo também tem seus valores, virtudes e falhas, e que isto torna as pessoas tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. Aprendemos com a recreação a ser parte de uma sociedade, de maneira emocionalmente equilibrada, respeitando as diferenças e valorizando a iniciativa e a ação em detrimento de uma cobrança social de padrões irreais, que

causam baixa auto-estima e que tolhem a vontade, que matam os sonhos de viver. E por fim, gostaria de dizer que o mais mágico é que isto tudo ocorre simultaneamente, garantindo integralidade, um ser pleno de todos os seus horizontes, e se desenvolve através do prazer, gerando vontade e motivação. Pois bem, estaremos discutindo cada um destes temas isoladamente (só por objetivos didáticos) nos próximos meses, sendo assim, se você tiver algo para contribuir, nos encaminhe, e participe desta construção democrática de um conteúdo que é tão rico e que está tão esquecido de lado! Até a próxima amigos leitores!

Prof. Ronaldo Tedesco Silveira É especialista em Educação Superior, trabalha com recreação infantil há 17 anos, com experiências inclusive fora do país. Atualmente realiza consultoria e treinamento para empresas do setor, acampamentos educacionais e escolas.

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A maquiagem infantil que pode ser facial ou em qualquer parte do corpo! Este mês começamos nossa seção de maquiagem infantil com uma apresentação dos "desenhos pequenos" hoje bastante comuns em festas infantis. Acreditamos ser bastante importante para o maquiador infantil aprender este tipo de desenho, uma vez que hoje são mais solicitados do que as máscaras de rosto inteiro. Caso você seja um especialista em maquiagem infantil, entre em contato com nossa edição e mostra seu trabalho aqui. Você poderá divulgar sua empresa ou os seus serviços para um universo enorme de empresas e profissionais da área de recreação e educação. Apareça!

Para esta atividade você precisará de tinta especial para pintura sobre a pele (vendida em casas especializadas) nas cores branca e preta, de pincel fino e médio, água e papel para limpar o pincel. Divirta-se

- inicie a figura fazendo um pequeno círculo preto;

- preencha de preto;

- faça agora um círculo maior. Será o abdômen da aranha;

- preencha;

- faça pequenas garras;

- inicie então as pernas da aranha;

- aracnídeos têm 8 pernas;

- desenhamos duas para frente, em cada lado;

- quatro pernas frontais;

- o mesmo na parte traseira;

- mais uma perna;

- mais uma;

- quatro pernas traseiras;

- então com a tinta branca se inicia o desenho da teia da aranha;

- fazendo todo o contorno da aranha;

- e então atravessando as linhas de sustentação da teia;

- pronto! Esta figura já está pronta... que legal!

A Tia Hachebe (Thuani Hachebe) trabalha na Upi-Aia Recreação e Eventos há 1 ano!


A arte de moldar balões Este mês a Recreação Magazine tem o prazer de receber o Tio Derek, da Upi-Aia Recreação e Eventos para demonstrar num belo passo a passo, como fazer um "poodle difícil. Se você é um especialista na arte de escultura de balões, mande-nos um email com uma sugestão de figura em balões para esta seção. Quem sabe no mês que vem não é você que estará brilhando nestas páginas, divulgando seu trabalho? Hoje vamos aprender a escultura do "poodle difícil". Apesar do nome não ser animador, é só acompanhar com atenção o passo a passo que você aprenderá a fazer este bichinho de balão. Mão na massa! - você vai precisar de um balão palito;

- encha o balão deixando sobrar aproximadamente oito dedos sem encher; - torcendo o balão faça uma bolinha média (cerca de dois dedos); - faça outra bolinha do mesmo tamanho; - e uma terceira bolinha; lembre de girar o balão sempre para o mesmo lado, assim as bolinhas não se desfazer; - uma quarta bolinha do mesmo tamanho;

- uma quinta bolinha; - e uma sexta bolinha; - junte a torção que está entre o primeira e o segunda balinha, com a que está entre a sexta e o restante do balão; - torça um ao redor do outro, a figura ficará como mostrada ao lado; uma bolinha solta e um arco de cinco bolinhas; - deste arco de cinco bolinhas pegue a segunda (tanto faz o lado); - torça ela sobre ela mesma. Fica parecendo uma orelha;

- faça o mesmo na segunda bolinha, iniciando a contagem pelo outro lado; a cabeça está pronta; - inicie uma nova seção de bolinhas, formando um pescoço; - o poodle aqui está ao contrário. A cabeça está na mão direita do monitor; Faça mais uma bolinha média; - faça agora uma bolinha pequena; - e mais uma bolinha pequena; estas duas bolinhas serão os pés (pompom); - faça mais uma bolinha média; ___________________________________________________________________________________________________________________________

CELEIRO – Centro de Estudos do Lazer, Educação Integração, Recreação e Ócio www.recreacaomagazine.com.br projetoceleiro@projetoceleiro.com.br Tel: +55 11 4221-4845

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- dobre deixando as duas bolinha pequenas lado a lado e as bolinha média lado a lado. Torça segurando pelas duas bolinhas média; - você já tem a cabeça e as patas da frente. Faça mais uma bola média, que será o corpo; - agora mais uma bolinha média para uma das patas de trás; - faça então duas bolinhas pequenas, como foi feito na pata da frente; - e mais uma bolinha média para ser a outra perna de trás;

- novamente coloque as duas pernas (bolinhas médias) lado a lado e torça, formando as patas de trás, como as da frente; - o ar que sobrou, formando uma última bolinha será dividido, formando um pequeno pompom na ponta da cauda; - pronto, está aí se pequeno "poodle";

- Esta é uma escultura que as crianças adoram. Treine bastante para conseguir acertar as proporções de cada bolinha e boa sorte!

O Tio Derek (Derek Ferrari) trabalha com a Upi-Aia Eventos há 2 anos.

DOBRADURAS - ORIGAMIS Aprenda a fazer um belo pássaro! Neste mês de Outubro estamos recebendo, para estrear nossa seção de dobraduras, uma nova revelação. Com apenas 12 anos, Julia Ribeiro Silveira já se aventura em suas oficinas de dobraduras, arte que sempre foi um de seus grandes prazeres. Desde menor sempre ocupava seu lazer com a arte de dobrar papéis. Aqui ela ensinará desta vez uma figura simples, para iniciantes. Aprenda, treine, pratique e ensine... boa sorte!

- inicie com um papel dobradura nas dimensões de 15cm por 15cm; - vire a face sem cor para cima; - dobre na diagonal formando um triangulo. Vinque bem; - desdobre; - peque a ponta não vincada e alinhe com a linha central; - faça o mesmo do outro lado;

Recreação Magazine – Outubro 2009 - 17 .


- você terá algo que parece uma casquinha de sorvete; - vire com o lado fechado para cima; - dobre a ponta distante de você para o cima; - vire com o lado aberto para cima; a ponta longa próxima de você; - apanhe a ponta menor e alinhe com a marca central; - vinque bem;

- faça o mesmo do outro lado; - desdobre uma das laterais totalmente; - encontre as marcas deixadas no papel; - dobre como na figura, usando os vincos do papel; - alinhe a ponta com a linha central; - você terá uma lateral toda vermelha;

- faça o mesmo com o outro lado; desdobre uma lateral totalmente; - faça uma ponta usando os vincos do papel; - dobre para cima, alinhando com o centro do papel; - puxe uma das duas dobras novas para baixo, lateralmente; - faça o mesmo do outro lado; - torne para cima e alinhe com a dobra do papel;

- vinque bem; - faça o mesmo do outro lado; - traga a ponta grande (próxima de você) para cima; - encontre o vértice contrário; - vinque bem; - dobre agora em sentido contrário (para você) mas deixe uma pequena faixa...;

- ...formando um pequeno degrau; - dobre a figura ao meio; - mantendo a parte fechada para fora da figura; - você terá esta figura; - prepare a dobra do bico. Empurre a ponta para dentro... - ... e torne para fora, não totalmente, deixando um pequeno degrau; - terá então esta figura. - pinte os olhos PRONTO !!! Agora que aprendeu, pratique muito até automatizar as dobras e aí, faça muitos pássaros e enfeite sua casa, dê para os amigos... faça o mundo mais colorido! .


Brincando com Sucata! Bem vindos ao mágico mundo da transformação criativa! A arte de tornar o que já não serve mais em algo novo será apresentada aqui nesta seção da Recreação Magazine, através de demonstrações passo a passo para que esta magia possa ser transferida para as salas de aulas e para os espaços de recreação de todo o Brasil, num movimento educacional, ambiental, de cidadania, e muito divertido! Se você é um especialista na área, ou um apaixonado, um idealista, seja como for, nos encaminhe sua idéia, ela poderá ser divulgada aqui nos próximos meses. Participe, este espaço é de todos!

Este mês Recreação Magazine preparou um divertido "Estalo de Palitos de Sorvete" para que vocês montem e se divirtam! Siga os passos e boa brincadeira!

Estado de Palitos de Sorvete Material: Para realizar nosso trabalho precisaremos apenas de 5 palitos de sorvete, que serão trançados sem o uso de cola, fita ou grampos.

(1) inicie a montagem segurando 3 dos cinco palitos com uma das mão, ficando o palito do meio apoiado atrás dos dois outros; (2) após isto, cruze mais um palito perpendicularmente aos outros três, na posição horizontal, sendo que este passará pela frente dos palitos da direita e da esquerda e por trás do palito do centro; (3) encaixe então o quinto palito, também horizontalmente e cruzando com os três primeiros palitos. O segredo está em que este quinto palito será cruzado de maneira inversa ao quarto. Ele passa por trás do palito da direita e da esquerda e pela frente do palito do centro. Desta forma os palitos ficam naturalmente travados conforme a figura ao lado; (4) Está pronto, agora é só lançar na parede e ver o "estalo" se desfazendo quase que magicamente, com um palito pulando para cada lado, num lindo estalar! (5) Agora é só começar de novo. Junte muitos palitos e então chame os amigos para brincar! É diversão garantida por muitas horas! Referência: Material pesquisado e modificado a partir do site norte americano "Toys from Trash".

Recreação Magazine – Outubro 2009 - 19


Mercado de Trabalho

Neste mês de lançamento temos a satisfação de conversar com um grande amigo e empresário da área, Newton de Souza Coelho, proprietário da Upi-Aia Eventos & Recreação. Vamos conhecer um pouco desta história de sucessos e conversar um pouco sobre os caminhos, momentos, causos de uma vida dedicada ao estudo e à prática da recreação. Saiba ainda suas opiniões a respeiro do mercado de trabalho e sobre a área de formação de profissionais. Divirta-se!

Recreação Magazine: Olá, é um grande prazer receber você que é um grande amigo e um grande profissional.

Newton: Dixie Toga S.A; Hotel Gran Roca; Hotel Fazenda Itapuã; Buffet Mediterrâneo; Pfizer; Cia de Idéias; Fox filmes; Nestlé; SABESP.

Newton: O prazer é meu em participar e prestigiar esta iniciativa.

RM: No que trabalhou fora do ramo de eventos e recreação?

Recreação Magazine: Quando a Upi-Aia Eventos & Recreação foi fundada?

Newton: Em nada. São 15 anos me dedicando exclusivamente para este setor.

Newton: A Upi-Aia Eventos foi fundada em 05 de janeiro de 2001.

RM: Em algum momento você desanimou deste ramo?

RM: O que a Upi-Aia Eventos & Recreação faz?

Newton: Muitas vezes. Principalmente quando acontecem crises econômicas. As pessoas realizam menos eventos. Infelizmente, não se trata de um produto primordial. Mas Graças a Deus, a economia do Brasil está melhorando a cada ano. As pessoas estão consumindo mais e novos produtos estão entrando no mercado. O setor de eventos e recreação está novamente aquecido.

Newton: Atendemos empresas, escolas, hotéis e buffets. Criamos e operacionalizamos eventos de pequeno, médio e grande porte. RM: Explique melhor estes pequenos, médios e grandes eventos. Newton: Consideramos um evento pequeno por exemplo uma festa infantil. Nas festas infantis nós temos barraquinhas alimentícias, brinquedos, recreadores, escultura de balão, maquaigem, personagens infantis, mágicos, palhaços, perna de pau.... Um evento médio seria para até 300 pessoas, uma convenção, palestra, festa de confraternização. Um grande evento seria para até 10.000 pessoas, como já fizemos, com barracas de churrasco, shows, decoração... Participamos de todo o processo do evento. Desde o brifing até o pós venda. RM: Quem são seus maiores clientes?

RM: Quantos eventos simultaneamente?

a

Upi-Aia

realizou

Newton: Trinta e dois eventos. Acho que foi o dia mais estressante da minha vida. No mesmo dia realizamos doze festas juninas em escolas. Três festas juninas em empresas, oito festas infantis e enviamos recreadores para nove hotéis. Tínhamos mais e 300 pessoas trabalhando simultaneamente e tudo saiu como o combinado. Depois deste dia precisei dormir dois dias seguidos! (risos) RM: Conte-nos um evento recreativo que você não esquece?


Newton: Lembra daquela promoção Pernambucanas com o cantor Daniel?

das

lojas

RM: Sim. Newton: Tratava-se de uma campanha onde os clientes das lojas pernambucanas de todo o Brasil eram sorteados para um show na casa do Daniel. Este evento foi um verdadeiro Show. RM: Antes de ter a Upi-aia você trabalhou como recreador e coordenador de eventos. Conte-nos uma situação complicada que viveu como recreador. Newton: Vou contar uma tragédia que vivi. Nem só de coisas boas vivemos né? Mas me serviu de lição. Eu fazia personagens na chegada dos hóspedes ao hotel. Sempre me vestia de caipira, velhinho, mago, sheique árabe etc. Um dia estava de sheique árabe fazendo a recepção do hotel. O grupo chegou e eram TODOS JUDEUS!!! Passei o fim de semana me desculpando... (muitos risos) RM: A Upi-Aia Eventos & Recreação hoje é uma empresa conceituada também na área de curso para formação de novos monitores, assim como de reciclagem de recreadores e professores, comente um pouco sobre estes cursos. Newton: Quase 1500 pessoas participaram de nossos cursos. Acredito que esta dando certo pela nossa dedicação em cada detalhe do curso. As pessoas vão passar um fim de semana conosco, poderiam estar em qualquer outro lugar, se divertindo com suas famílias e amigos, namorando mas não, estão lá com agente, o mínimo que podemos fazer é tornar este fim de semana inesquecível para elas. RM: Os cursos são iguais?

Newton: Não, os cursos não são iguais. Cada curso é lançado com um propósito e um foco diferente. Monitoria em acampamentos, buffets, hotéis. Hoje nosso foco principal são as escolas. Acredito que estamos contribuindo bastante com o professor. Hoje em dia muitas crianças ficam até 10 horas nas escolas. O professor precisa sempre ter um arsenal de atividades para trabalhar com as crianças. E é nisso que estamos trabalhando hoje. RM: Porque vocês não fazem cursos de um dia? Newton: Acreditamos que as pessoas precisam viver aquele momento e esquecer um pouco o cotidiano. Um fim de semana com pessoas que você não conhece que vão rir, chorar e se aventurar torna tudo uma vivência única. O participante sai do curso renovado. Queremos pessoas felizes para poder transmitir essa felicidade para todos que encontrarem.. Em um curso de um dia, você consegue chegar nesta magia, mas ela é interrompida bruscamente. RM: Como é feita a divulgação do curso? Newton: Nossa divulgação é pequena, simples e esta funcionando bem graças ao boca-boca das pessoas que já fizeram o curso. A grande maioria dos participantes conhece o curso por alguém que já fez. E isso vem crescendo a cada curso. Este ano estamos lançando o 16º Curso Upi-Aia de Recreação que será no mês de novembro e vêm com muitas novidades! RM: Obrigado e sucesso em sua carreira. Newton: Eu é que agradeço e desejo bastante sucesso nesta nova empreitada que é a Recreação Magazine, Tchau!

Livros e Publicações Esta seção se propõe a divulgar qualquer publicação ligada a área do lazer, educação, integração, recreação e ócio, que são os focos de estudo do Celeiro. Caso seja autor ou tenha lido uma obra relevante, indique para nós. Poderemos colocá-la aqui e esta servirá então como referência para novos leitores.

"O TESOURO PERDIDO DE BARBA NEGRA" Um livro divertido e colorido, que tem como objetivo, além do prazer da leitura, o incentivo à imaginação e às brincadeiras historiadas. A história conduz o leitor através de uma estimulante brincadeira de caça ao tesouro. Coleção Baú de Brincadeiras - Editora Ave Maria - São Paulo - 1997 Autores: Fabiano Augusto João e Ronaldo Tedesco Silveira Ilustrações Luiz Rodregues e Renilton Padovani

"THIAGO NO ZOOLÓGICO" Outra divertida brincadeira para ler e depois curtir com os amigos. Leitura leve e simples, que incentiva a amizade a imaginação e o brincar entre amigos. Na história o personagem Thiago viaja em seus sonhos à um mundo mágico de alegria e brincadeiras! Coleção Baú de Brincadeiras - Editora Ave Maria - São Paulo - 1997 Autores: Fabiano Augusto João e Ronaldo Tedesco Silveira Ilustrações Luiz Rodregues e Renilton Padovani 21


Trabalhos Científicos Esta seção é um espaço democrático para a divulgação de trabalhos científicos nas áreas de lazer, educação, integração, recreação e ócio. Encaminhe seu material para nós e teremos imensa satisfação em divulgar. Resumo SILVEIRA, Ronaldo Tedesco. Um olhar sobre o ensino de Recreação e Lazer nas Instituições de Ensino Superior brasileiras. 2009. 30f. Monografia – Programa de Pós Graduação em Docência Superior, UGF, Brasília. A Recreação e o Lazer representam a maior industria do mundo segundo o “Departamento de Estudos de Recreação e Lazer” de Southern Conecticut State University, EUA, e anualmente observamos um crescimento desta área. O crescimento do setor no Brasil, juntamente com dificuldades de definição da formação, qualificação e atuação profissional, ligadas principalmente à conceituação e a multidisciplinaridade do segmento vem gerando constantes controvérsias nas universidades, encontros, simpósios e congressos. Quanto à terminologia, “recreação” e “lazer” têm sido usados no Brasil sem muita propriedade, com muitos atritos entre diversas linhas de pensamento que consideram a existência pacífica entre os dois temas como complementares, que consideram apenas um dos termos como foco de estudo e outras que os consideram como sinônimos, dispensando o uso do termo “recreação”. Este trabalho surge da inquietação do autor quanto a observação deste dualismo, propondo uma observação do processo de ensino do tema dentro das instituições de ensino superior. Considerando a graduação como referência a pesquisa busca tabular informações sobre onde, como e quem ensina “recreação e lazer” dentro deste universo institucional. Como resultado o autor apresenta algumas variações de cursos superiores que contém a temática em suas grades curriculares, a enorme diversidade de nomes de disciplinas através das quais o conteúdo é apresentado, a falta de diálogo entre as instituições e professores que ministram estas disciplinas e a não necessidade de uma formação específica por parte dos professores que ministram estas disciplinas. O trabalho contou com uma baixa adesão das instituições de ensino superior em fornecer as informações requeridas, notadamente por uma falta de interesse dos detentores das mesmas em auxiliar a pesquisa cientifica de outra instituição, vezes ainda por uma posição temerosa ou de competitividade entre as universidades principalmente particulares em abrir informações que segundo o MEC deveriam ser de fornecimento obrigatório, até porque o aluno ingresso tem direito de consultar tais informações livremente antes de decidir a instituição que cursará. Palavras-chave: recreação, lazer, formação, currículos. Monografia apresentada à Universidade Gama Filho como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Docência Superior Orientadora: Profa. Maria Célia Cardoso de Lima Menção obtida: 10 __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

CELEIRO – Centro de Estudos do Lazer, Educação Integração, Recreação e Ócio www.recreacaomagazine.com.br projetoceleiro@projetoceleiro.com.br Tel: +55 11 4221-4845


Entre em contato: Email: projetoceleiro@projetoceleiro.com.br rodascantadas@rodascantadas.com.br recreacaomagazine@projetoceleiro.com.br MSN: rodascantadas@rodascantadas.com.br Nossa comunidade orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=727826 http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=96390698 Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/Rodas_Cantadas HTTP://twitter.com/RecreaMagazine Telefone: (11) 4221-4845 / (11) 7544-2115

Conheça a Coleção Rodas Cantadas em DVD O material visa facilitar o ensino e aprendizagem das rodas cantadas que são tão importantes nas propostas recreativas e educacionais mas que muitas vezes são difíceis de aprender, memorizar em seus aspectos de letra, melodia e coreografia.

CELEIRO Rua Joana Angélica, 254 - Barcelona - São Caetano do Sul. São Paulo. Brasil - CEP: 09551-050 projetoceleiro@projetoceleiro.com.br Tel: +55 11 4221-4845


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