GUIA
PARA REABERTURA DE ESPAÇOS DE BRINCAR
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Este guia contém conselhos e sugestões aos responsáveis por espaços de brincar públicos e escolares, para que, quando for permitido, sejam reabertos de forma segura, minimizando os riscos de transmissão do COVID-19.
SUMÁRIO INTRODUÇÃO
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PARA QUEM ESTE GUIA É INDICADO?
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PARTE 1. COMO AS INSTITUIÇÕES PODEM SE PLANEJAR ANTES DE ABRIR OS ESPAÇOS DE BRINCAR
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PARTE 2. PROTEÇÃO AOS FUNCIONÁRIOS
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PARTE 3. HIGIENIZAÇÃO DO ESPAÇO DE BRINCAR
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PARTE 4. RECOMENDAÇÕES AOS USUÁRIOS
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PARTE 5. DICAS DE BRINCADEIRAS QUE EVITAM O CONTATO ENTRE CRIANÇAS
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Foto: Erê Lab
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Foto: Nathalie Artaxo
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Espaços de brincar são lugares de extrema importância para o desenvolvimento motor, emocional e social das crianças, criando pontos de encontro e dinamização essenciais para a convivência de todos. Este ano, devido a pandemia do COVID-19, desde março os espaços de brincar estão fechados de forma a evitar a maior propagação do vírus. O Erê Lab reitera as medidas de isolamento e de segurança recomendadas pela Organização Mundial de Saúde, de modo a diminuir o risco de contaminação pelo novo coronavírus. Entendemos que é essencial a segurança e o uso responsável dos espaços por crianças e adultos. Seguindo junto com novos protocolos de segurança mundiais, algumas Prefeituras apresentaram guias de limpeza de ambientes públicos, principalmente para apoiar as equipes ao cuidar da higiene dos espaços. De acordo com recomendações nacionais e internacionais, e com foco no acesso seguro aos equipamentos, o Erê Lab elaborou um guia de medidas de higienização e de cuidados a cumprir para a maior segurança possível a partir do momento em que for permitida a reabertura dos espaços de brincar.
VAMOS COMEÇAR?
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PARA QUEM ESTE GUIA É INDICADO? Consideramos este guia fundamental para espaços que estiveram fechados durante alguns meses e voltarão a receber público externo até o final do ano. Dentre eles, estão: • Prefeituras • Escolas • Condomínios • Hotéis • Espaços culturais • Shoppings Compartilhar as informações deste guia com responsabilidade é também proteger as nossas crianças.
ATENÇÃO! Esta orientação não substitui nenhuma obrigação legal relacionada à saúde e segurança pública, e é muito importante que proprietários e funcionários de espaços de brincar continuem cumprindo as obrigações nacionais existentes.
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PARTE 1. COMO AS INSTITUIÇÕES PODEM SE PLANEJAR ANTES DE ABRIR OS ESPAÇOS DE BRINCAR?
Foto: Romulo Fialdini
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Primeiro, assegure que o playground está em boas condições para o uso pelas crianças, considerando que os equipamentos ficaram parados durante alguns meses (especialmente partes como correntes e cordas). Os proprietários devem garantir que os equipamentos estejam em boas condições e que os riscos de equipamentos danificados ou defeituosos sejam tratados antes da abertura dos espaços. É importante estabelecer um plano de limpeza para que os equipamentos sejam higienizados e desinfetados diariamente. Para isso, é necessário um acompanhamento diário das recomendações da Organização Mundial de Saúde e da Prefeitura da sua cidade sobre o tema. Também é necessário definir um número limitado de crianças e cuidadores que podem estar no mesmo espaço de brincar simultaneamente. Esse número deve ser cerca de 1/3 do número total de usuários. A comunicação com os usuários é fundamental. Comunique diretamente sobre a importância de se manter saudável e seguir o isolamento social, pois até o momento esse é o único meio de contermos a disseminação do vírus. Nas escolas, é importante que regularmente hajam conversas com os pais e alunos sobre o tema. O envio de mensagens por e-mail e redes sociais pode ser uma estratégia para uma comunicação mais reforçada e frequente que ajuda a disseminar as informações sobre os cuidados a serem tomados. As informações aos pais e responsáveis devem ser muito claras para esclarecer sobre como as crianças devem se comportar ao utilizar espaços de brincar durante a pandemia do COVID-19.
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Foto: Nathalie Artaxo
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Utilizar cartazes informativos também é uma forma de levar a informação às pessoas que utilizam o espaço. As informações podem estar relacionadas a: • Promover a limpeza do equipamento também pelos próprios usuários, pais, responsáveis e prestadores de cuidados, especialmente onde existem pontos de contato recorrentes, como: barras e elementos de apoio ou cordas e estruturas de escalada • Incentivar os usuários e/ou cuidadores a trazerem seus próprios produtos de uso pessoal (como álcool em gel, toalhas, máscaras e garrafas de água individuais) • Incentivar a higiene das mãos com mais frequência do que o habitual (a lavagem de mãos deve durar cerca de 20 segundos, usando água e sabão) • Aconselhar todas as pessoas presentes no espaço a não tocarem em seus rostos, olhos, nariz e boca • Se forem tossir ou espirrar, isso deve ser feito em um tecido ou no próprio braço quando um tecido não estiver disponível. O braço deverá ser higienizado após o espirro ou tosse • Promover e lembrar usuários e cuidadores da necessidade de distanciamento social
Foto: Estúdio Barbarella
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Ao comunicar mensagens de segurança, os proprietários e funcionários devem garantir que são capazes de alcançar pessoas com deficiência auditiva ou visual. É muito importante que haja um funcionário disponível durante as horas de abertura do espaço, para que indique as novas regras de distanciamento e higiene a essas pessoas. As instituições devem fornecer banheiros ou uma área de higienização, onde tenha uma pia para a lavagem de mãos e braços. Banheiros públicos, portáteis ou dentro de instalações devem ser mantidos abertos e cuidadosamente gerenciados para reduzir o risco de transmissão do COVID-19. Dentro dos banheiros: • Considere o uso da marcação de distanciamento social em áreas onde filas normalmente se formam; • Adote entradas limitadas: apenas uma entrada e uma saída, evitando o acúmulo de muitas pessoas em determinada área; • Disponibilize sempre um desinfetante ou álcool 70% para a desinfecção de mãos na entrada do banheiro; • Dentro dos banheiros garanta que haja água corrente, sabão líquido e opções adequadas para a secagem (toalhas de papel descartáveis ou secadores de mãos); • Manter as instalações bem ventiladas; • Fornecer coleta de lixo diariamente, para que não haja acúmulo de descartáveis contaminados dentro dos banheiros.
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Os proprietários devem levar em consideração também os requisitos de crianças com necessidades especiais. As situações que provavelmente serão específicas para esse grupo incluem: • A necessidade de lembretes frequentes sobre as novas regras de comportamento para a segurança em espaços de brincar; • Crianças com deficiências físicas e sensoriais podem precisar de assistência para mudar de um lugar para outro; • Algumas crianças com necessidades adicionais, como o autismo, acham difícil se adaptar a requisitos específicos de vestimenta e, portanto, podem estar menos dispostas a usar coberturas faciais ou similares; • Filas para brincar ou ir aos banheiros podem ser uma fonte de frustração e causa de agitação em algumas crianças
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PARTE 2. PROTEÇÃO AOS FUNCIONÁRIOS
Foto: Estúdio Barbarella
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Os proprietários dos espaços de brincar devem considerar fundamental proteger seus funcionários, conhecendo os riscos aos quais podem estar expostos após a reabertura e como evitá-los. No contexto do gerenciamento de playgrounds ao ar livre durante a pandemia do COVID-19, as funções da equipe de funcionários podem incluir: • Limpeza de equipamentos de playground e áreas próximas; • Gerenciar filas de quem espera para usar equipamentos e/ou banheiros; • Administração que garanta que os usuários estejam cumprindo as regras estabelecidas pela instituição.
ATENÇÃO! Ao gerenciar o risco de COVID-19, os proprietários das instituições devem fornecer os equipamentos de proteção individual (EPI) gratuitamente aos funcionários. Máscaras de proteção e, em alguns casos, luvas, devem ser de uso obrigatório a todas as pessoas que trabalham no local.
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De acordo com as recomendações da OMS, para ser eficiente como uma barreira física, a máscara precisa seguir algumas especificações: • É preciso que a máscara, se for caseira, tenha pelo menos três camadas de pano, ou seja dupla face; • Ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém; • A máscara precisa ser feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e devem ficar bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais; • Se ficar úmida, tem que ser trocada. O ideal é trocá-la de 2 em 2 horas; • Para higienizar máscaras caseiras, deve-se deixar de molho por 30 minutos em água sanitária e água potável (meio litro de água potável e 1 colher de sopa de água sanitária a 2% ou 2,5% - ver o rótulo da embalagem) e depois enxaguar bem com água e sabão para retirar o resíduo do cloro). A máscara precisa estar seca e de preferência passada a ferro quente para ser utilizada de novo. Guarde em saco plástico limpo.
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Recomendações de higiene e outros cuidados também devem ser comunicados à equipe diariamente: • Lavar regularmente as mãos com água e sabão por, no mínimo, 20 segundos; • Mesmo utilizando uma máscara de proteção, evite tocar no rosto, olhos, nariz e boca, pois você pode contaminar a sua própria máscara; • Praticar distanciamento social sempre que possível; • Manter distância de pelo menos 1 metro entre outros funcionários ou usuários do espaço.
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PARTE 3. HIGIENIZAÇÃO DO ESPAÇO DE BRINCAR
Foto: Nathalie Artaxo
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Pesquisas científicas recentes sugerem que o vírus pode sobreviver por vários dias em algumas superfícies duras, principalmente em ambientes fechados. Esses riscos são reduzidos ao ar livre, onde as superfícies podem estar sujeitas à luz ultravioleta ou chuva, mas ainda assim devemos tomar todas as precauções.
Foto: Nathalie Artaxo
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O espaço de brincar deverá ser higienizado com água e sabão antes da reabertura. Caso seja utilizado desinfetante em áreas de muito contato, verifique se o produto secou completamente antes de abrir o parque. É importante um esforço de limpeza maior nas superfícies onde há contato direto das mãos regularmente como barras de apoio ou correntes metálicas, por exemplo. Na desinfecção de superfícies, se utilizar produtos desinfetantes, use apenas aqueles regularizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A limpeza dos equipamentos deve ser realizada todos os dias ou com maior regularidade do que o habitual, para que se mantenha a maior segurança possível. Também, é importante higienizar os tanques de areia com uma solução de 1/10 de água sanitária para uma parte de água, deixando secar revolvendo a areia de tempos em tempos. Os proprietários e funcionários são aconselhados a gerenciar qualquer risco potencial, mantendo uma rotina de higienização no espaço completo, focando em áreas como: • Equipamentos de playground, internos e externos; • Pontos de entrada e saída, como portões; • Áreas de estar como bancos e mesas de piquenique; • Lixeiras; • Banheiros.
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Se você está se sentindo doente, fique em casa. Isso é muito importante para evitar novos contágios.
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PARTE 4. RECOMENDAÇÕES AOS USUÁRIOS
Foto: Nathalie Artaxo
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O Ministério da Saúde recomenda manter a distância mínima de segurança de um metro entre os usuários. Além disso, outras recomendações importantes: • Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com um lenço ou com a parte interna do cotovelo (higienize o seu braço após tossir ou espirrar); • Mantenha as mãos limpas sempre. Na ausência de água e sabão no local para higienizar as mãos, você pode também utilizar um álcool 70%; • Relembre as crianças de que é importante lavar as mãos antes e depois de brincarem no espaço; • É aconselhado o uso de máscaras de proteção que cubram o nariz e a boca, exceto em crianças menores de 2 anos; • Evite aglomerações nos espaços e grandes grupos de pessoas simultaneamente; • Relembre as crianças para que evitem tocar no rosto enquanto estão brincando; • Certifique-se de cumprir as recomendações da Organização Mundial de Saúde para evitar que o vírus se propague entre os usuários; • O distanciamento social visa reduzir a interação social entre as pessoas para minimizar a oportunidade de transmissão do COVID-19.
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Todos os proprietários e funcionários de instituições que possuem espaços de brincar devem considerar formas de implementar medidas para apoiar o distanciamento social, como sinais para lembrar os usuários da necessidade e adesão ao distanciamento, de acordo com as orientações governamentais existentes.
Foto: Nathalie Artaxo
Na implementação das medidas, deve-se reconhecer que algumas crianças podem ter dificuldades com o distanciamento social.
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A adesão ao distanciamento social entre indivíduos e famílias pode ser particularmente difícil em um ambiente de brincar. Isso significa que outras formas de minimizar o risco de transmissão devem ser consideradas e comunicadas aos pais, responsáveis e encarregados de educação, que devem permanecer cientes do risco residual. As medidas possíveis para distanciamento social incluem:
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• Implementar um sistema de reservas para que os usuários possam reservar um espaço e horário para utilizar o equipamento; • Limitar o número de usuários capazes de usar um determinado equipamento para minimizar o risco de transmissão; • Solicite àqueles que usam a área de recreação que tenham apenas 1 membro da família acompanhando a criança; • Limitar o número disponível de assentos em equipamentos ou o número de balanços disponíveis para promover o distanciamento social, inclusive para pais e responsáveis; • Estabelecer um limite de tempo e usar sinais para comunicar isso aos usuários; • Utilizar barreiras, marcações ou placas em filas ou áreas de espera. Deve-se considerar seu impacto em áreas de circulação e garantir que não impeça outros usuários de passar adequadamente pela área, principalmente considerando aqueles com deficiência visual, auditiva ou com problemas de mobilidade.
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PARTE 5. DICAS DE BRINCADEIRAS QUE EVITAM O CONTATO ENTRE CRIANÇAS
Foto: Erê Lab
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Materiais didáticos podem auxiliar as crianças a cumprirem as regras de higiene e de distanciamento. Encoraje as crianças a cumprirem as regras de forma saudável. Também, incentive-as a criar brincadeiras que envolvam uma distância segura entre elas, como por exemplo, explorar todos os cantos do espaço de brincar, as árvores, grama, plantas, flores... A brincadeira não se faz só nos equipamentos, mas na natureza também. Brincadeiras que envolvem mímica podem ser muito interessantes neste momento. Dançar, pular e contar histórias também são atividades recomendadas e que podem ser feitas respeitando o distanciamento social.
Foto: Nathalie Artaxo
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Tem alguma dúvida ou sugestão? Conta pra gente! erelab@erelab.com.br Este documento foi atualizado em 04/08/2020. Para mais orientações consulte o site da OMS e Ministério da Saúde.
REFERÊNCIAS Ministério da Saúde - SOBRE A DOENÇA https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#como-se-proteger Cuidados para quem mantém limpas as ruas em tempos de Covid-19 | Secretaria Municipal da Saúde https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/noticias/?p=296204 Covid-19: informações sobre a desinfecção e limpeza de superfícies e objetos https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-informacoes-sobre-desinfeccao-e-limpezade-superficies-e-objetos How to Reopen and Promote Safe Usage of Playgrounds https://kaboom.org/covid-19/how-to-reopen-promote-safe-playgrounds COVID-19: Guidance for managing playgrounds and outdoor gyms https://www.gov.uk/government/publications/covid-19-guidance-for-managingplaygrounds-and-outdoor-gyms Saúde anuncia orientações para evitar a disseminação do coronavírus https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46540-saude-anunciaorientacoes-para-evitar-a-disseminacao-do-coronavirus Guía para la reapertura: limpieza y desinfección de espacios públicos, lugares de trabajo, empresas, escuelas y hogares | CDC https://espanol.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/community/reopen-guidance.html
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