Agenda 12 fev

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4 BAURU, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

MEIO AMBIENTE

Cursos modificados

AGENDA Nova Trento para descansar Para aproveitar o feriado do Carnaval longe da folia e da agitação características da data, Nova Trento, em Santa Catarina, é uma opção. O município está localizado em ponto estratégico do Estado, próximo da Capital, Florianópolis, 85 km, de Balneário Camboriú, 65 km e também do aeroporto de Navegantes, 76 km. Turismo religioso Considerada a Capital catarinense do turismo religioso, a cidade possui mais de 30 capelas e oratórios, com destaque para o famoso Santuário de Santa Paulina. Lá funcionam bondinhos aéreos, várias cantinas típicas italianas e os turistas ainda podem fazer compras pela região. Informações: w w w. n e o t u r i s m o . t u r. b r / www.parquecolina.com.br Pousadas no Ceará As pousadas Vila Kalango, na praia de Jericoacoara, e Rancho do Peixe, na praia do Preá, a apenas 12 km de distância de Jeri, no Ceará, estão com ofertas especiais de baixa temporada para reservas até 28 de fevereiro e hospedagem de fevereiro a junho, exceto feriados. Numa vila de pescadores A Pousada Rancho do Peixe, na praia do Preá, uma vila de pescadores, é ideal para quem quer sossego. Possui 22 bangalôs exclusivos de 80m2 cada um, deck privativo, varanda com rede e vista para o jardim de coqueiros ou para o mar. Vila Kalango e o pôr do sol Já a pousada de charme Vila Kalango tem uma localização privilegiada, entre a praia de Jericoacoara e a Duna do Pôr do Sol, um dos principais pontos turísticos da região. De frente para o mar, está totalmente integrada à natureza. Preços na baixa Durante a baixa temporada para quem fizer a reserva até o dia 28 de fevereiro as diárias na Vila Kalango tem preços a partir de R$ 370,00 e de R$ 315,00 na Pousada Rancho do Peixe. Informações: (88) 3669-2290 ou reservas@vilakalango.com.br e (88) 3660-3147 ou reservas@ ranchodopeixe.com.br – Rancho do Peixe.

À medida que avançam na planície, rios deixam de fluir pelo canal encravado na rocha e traçam outros caminhos

Rios com vontade própria Alterações frequentes de curso deixam cicatrizes na paisagem do Pantanal

N

o Pantanal, uma das maiores planícies alagáveis do planeta, os rios parecem ter vontade própria. Nascem nos planaltos e descem confinados em leitos bem definidos e quase sempre serpenteantes para as terras planas. Mas logo se insurgem. À medida que avançam na planície, deixam de fluir pelo canal encravado na rocha e traçam outros caminhos, erguendo novas margens com os sedimentos do planalto. Esse redesenhar é contínuo e deixa impressos na paisagem canais, que, hoje abandonados, delineiam figuras em forma de leques gigantescos. O geólogo Mario Luis Assine estuda os rios do Pantanal desde os anos 1990 e sabe agora que essa remodelagem é um fenômeno característico dali. “Datações feitas em alguns dos canais abandonados, os paleocanais, revelaram idades variadas, de dezenas

de anos a dezenas de milhares de anos”, afirma Assine, que, com sua equipe na Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro, tenta reconstruir as transformações nessa paisagem nos últimos 100 mil anos. O trabalho foi publicado pela Agência Fapesp. Apesar de natural em toda a região, o nomadismo dos rios pantaneiros vem se acelerando. Segundo Assine, é uma consequência da alteração no uso do solo no planalto. “A ocupação humana e a agropecuária não são a causa da alteração no trajeto dos rios”, conta. “Mas elas a aceleram por aumentar o transporte de sedimentos do planalto para a planície.” Cobertos em parte por cerrado e em

Pantanal é uma das maiores planícies alagáveis do planeta

parte por floresta amazônica, os planaltos que moldam essa bacia sedimentar estão distantes de 200 a 300 quilômetros do coração do Pantanal, onde ficam as terras que passam até quatro meses por ano submersas. Ao recolher as águas das chuvas no planalto, os rios carregam os sedimentos e os nutrientes que alimentam essa área de quase 150 mil quilômetros quadrados. E as transformações por que a Amazônia e o cerrado passaram nas últimas cinco décadas – perderam, respectivamente, 13% e 40% de sua vegetação para a agricultura e a pecuária – aumentaram o volume de sedimentos que chega ao Pantanal. Na travessia da planície os sedimentos mais grossos e pesados se acumulam e bloqueiam o leito dos rios. As águas, então, rompem as barrancas e se espalham. Conhecida pelo nome de avulsão fluvial, essa mudança brusca de curso pelo rompimento da margem é comum no trecho final dos rios pantaneiros, onde as terras podem estar de 2 a 4 metros abaixo da calha fluvial.

O fenômeno que geólogo Mario Luis Assine observou no rio Taquari, cujas cabeceiras estão numa região de cerrado bastante alterada pela agricultura, também foi documentado por ele e sua equipe mais ao norte, no São Lourenço, rio que nasce no planalto dos Guimarães, em Mato Grosso, passa por Rondonópolis e deságua no rio Cuiabá. Depois de estudar imagens de satélite e realizar sobrevoo na região, Assine, os geógrafos Fabiano Pupim e Fabrício Corradini e o geólogo norte-americano Michael McGlue coletaram sedimentos em diferentes pontos do rio. A datação dos sedimentos demonstrou que as avulsões vêm modificando o curso do São Lourenço há dezenas de milhares de anos. Uma delas ocorreu no início do século passado, bem antes de o Centro-Oeste se tornar fronteira agrícola. Essa mudança de curso deslocou a foz algumas dezenas de quilômetros mais para oeste. Como resultado, o rio que desembocava no Piquiri passou a lançar suas águas no Cuiabá. Ele e seus colaboradores estimavam que essa mudança tivesse ocorrido há centenas de anos, mas não conseguiam definir com precisão. Só descobriram que aconteceu entre 1900 e 1910 depois de encontrar documento histórico. Em um artigo publicado em 1942 na Revista Brasileira de Geografia, o engenheiro Virgílio Correia Filho apresenta informações sobre o traçado do São Lourenço desde o século 18. Apesar de importante, essa era apenas uma das transformações por que o rio passara. A reconstituição da história do São Lourenço, feita a partir da análise da paisagem e da datação dos sedimentos, revelou um passado de mudanças radicais. Os pesquisadores associam as transformações na morfologia e na dinâmica do São Lourenço, também observadas em outros rios do Pantanal, às alterações do clima no passado. Antes de 10 mil anos atrás, o São Lourenço não serpenteava como hoje. Era formado por trechos mais retilíneos, que se bifurcavam e depois se reuniam, formando um padrão entrelaçado semelhante ao da bacia do Ganges, na Índia. Em muitos casos, os canais surgidos dessas bifurcações desapareciam na paisagem. Uma grande mudança veio no fim do último período glacial, entre 15 mil e 12 mil anos atrás, quando a temperatura subiu cerca de 7 graus onde hoje é o centro-sul do Brasil.

História de pescador Pescador de garça

O

fato aqui descrito aconteceu próximo à cidade de Mauá, município pertencente à região metropolitana de São Paulo, localizada no topo da Serra do Mar, logo após Santo André. E este fato não tem nada a ver com a cidade de Garça, mas sim com a ave garça (da família Ardeidae) conhecida popularmente como garça branca pequena, muito comum nas margens dos nossos ribeirões, rios e lagos. Um primo meu que morava em Mauá, pescador fanático, sempre que pode gosta de estar na beira d’água tentando fisgar alguma coisa. Neste dia, estava ele num pesqueiro ali da região. Era um sábado e chegou bem cedinho disposto a pegar umas belas tilápias, pois diziam que o lago ali existente estava repleto delas. O sol tinha acabado de nascer e a relva ainda estava molhada do sereno da noite que se foi. Uma nevoa ainda insistia em bloquear os primeiros raios de sol. Neste clima, lá estava o pescador já lançando sua tralha na água. A isca era a indicada, os equipamentos de pesca corretos e nada das tilápias. Ele sabia que havia peixes, mas qual o quê, nenhuma beliscada, nada, nada, nada. E os minutos transformando-se em horas, a boia imóvel sobre as plácidas águas. Já um pouco impaciente, deixou uma vara armada com a boia no meio do lago e resolveu treinar lançamento com o outro molinete. Jogava e recolhia, ficando naquela brincadeira por muito tempo. Estava naquela ação já um pouco entediado, quando quis o destino que algo inusitado acontecesse! Não é que no exato instante em que lançou a bóia com o anzol um casal de garças resolveu cruzar os ares bem na sua frente? Imaginem a cena em câmera lenta: a boia, um pedaço de linha, na ponta o anzol em seu deslocamento

no ar. Na mesma direção, duas inocentes e incautas garças num belo e tranqüilo vôo na mesma direção, e eis que o improvável acontece! As duas trajetórias se cruzam no ar e a garça da frente se enrosca na boia e no anzol. A outra assustada, num ímpeto de desviar também se enrosca na linha e tem início uma cena curiosa, mas triste! Meu primo, surpreso e sem saber o que fazer, apenas segurou a vara. As garças tentando voar e fugir, mas presas pela linha seguem numa trajetória semicircular descendente em direção ao telhado da varanda do restaurante do pesque-pague. Ainda bem que caíram no telhado, pois se caíssem na água poderiam ter se afogado. O dono do restaurante vendo aquela cena veio todo esbaforido e falou em tom nervoso para meu primo! Você não sabe que dá azar fazer isto com as garças? Como se meu primo tivesse a intenção de fazê-lo. Mas deixando de lado o entrevero, alguém subiu rapidamente no telhado e a garça que estava enroscada apenas na linha conseguiu se soltar e escapuliu. A outra deu mais um pouco de trabalho, pois o anzol tinha enroscado em sua asa. Nada que um pequeno curativo não resolvesse. Depois de medicada também foi solta para encontrar seu par. Fica aí a narrativa do dia em que o pescador que com equipamento próprio para pegar peixes (animal invertebrado aquático) consegue pegar não uma, mas duas garças, aves que singram os nossos ares em seus majestosos vôos. Fato para jamais ser esquecido, e que aqui divido com nossos queridos leitores. Edson de Almeida

Pescador e contador de causos

Pelo abraço e sorriso enquanto segura o maior dos seus sete tambacus, pescados no pesqueiro Boitupesca, o jovem Guilherme Pinzan Vercelino, 12 anos, demonstra todo o carinho e gosto pela milenar arte de pescar. Foi num único final de semana, coroando suas férias. Os outros seis bons peixes pescados foram fotografados, mas esse mereceu muito tempo e habilidade, que ele demonstrou ter. Parabéns! Amigo pescador, se você possui uma foto com peixes (Troféu Pescador) ou um "causo" curioso para contar (História de Pescador), envie para a seção Pesca & Lazer, do Jornal da Cidade. Compartilhe com outros pescadores as suas aventuras nos rios e mares. O endereço é rua Xingu, 4-44, Jd. Higienópolis - Bauru - CEP 17013-510 e-mail: pesca@jcnet.com.br


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