Luxo em alto mar 02 05 2015

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DIÁRIO DE S. PAULO - SÁBADO / 2 DE MAIO DE 2015

ECONOMIA

dia a dia Divulgação

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DIÁRIO DE S. PAULO - SÁBADO / 2 DE MAIO DE 2015

PERFIL AZIMUT 83

Luxo em alto-mar

Tamanho: 83 pés (25 metros de ponta a ponta) Estrutura: Quatro suítes, living, cozinha, área externa e flybridge Decoração: Equipamentos tecnológico nos pontos de comando, mobiliários nobres que seguem conceitos italianos, eletrodomésticos como geladeira, micro-ondas, cooktop, entre outros, sistemas de som, vídeo e iluminação por todo o iate e ar condicionado. Diferencial: Espaço gourmet na popa com churrasqueira e área para refeições ao ar livre Preço: R$ 20 milhões

Qualidade, tecnologia e inovação são marcas registradas dos iates de luxo, verdadeiras mansões na água

Modelos brasileiros tem espaço para churrasco n O que você pediria para mudar no design de um iate de luxo? Os brasileiros potenciais compradores do Azimut 83, o mais caro modelo produzido no Brasil, pediram uma área gourmet ou melhor, um espaço para o famoso churrasco. Para atender a esse “gostinho” bem brasileiro, Azimut Yachts mudou o espaço interno do megaiate, totalmente pensado e modulado em inspirações italianas. “Dentro dos produtos 42 a 83 pés, a possibilidade de variar não é gigantesca, mas os pedidos para aumentar a popa (parte frontal do barco) foram tão insistentes que chegaram a furar uma lógica nossa. Isso nos levou a criar uma embarcação com o ‘Kit

Gourmet’, que prevê uma churrasqueira”, conta o CEO da Azimut Brasil, Davide Breviglieri. Segundo a marca, o novo design pode se tornar até um elemento da empresa. Além da área para churrasco, o brasileiro também tem outras caracteristicas diferentes de donos de barcos do tipo ao redor do mundo. De acordo com Davide, os clientes do país tem pouca hora

Os pedidos para aumentar a popa foram tão insistentes que a marca precisou mudar o projeto

de navegação, viajam por um trajeto pequeno e param e dormem pouquíssimo a bordo. Como o consumidor nacional “vive” na área externa do barco, pois lá é onde há melhor vista e menor barulho, essa parte também ganha um requinte especial. “Nosso couro, por exemplo, tem um processo exclusivo e seletivo. Tudo é de extrema qualidade para conseguir resistir bem à água, ao sal e ao sol. Para ter condições de beleza, a qualidade tem de ser preservada”, disse o CEO da empresa. A embarcação Azimut 60, considerada de porte médio, deve receber, até outubro, uma decoração assinada pela grife de alta moda italiana Missoni.

PERFIL ESTALEIRO AZIMUT Local: Itajaí, Santa Catarina Tamanho: 16 mil metros quadrados Instalação: Funciona desde 2010 no Brasil e há mais de 45 anos no mundo Número de funcionários: 300 Barcos: Seis modelos de iates (42, 43, 50, 60, 70 e 83 pés) Produção: Deve criar 35 embarcações novas entre set/2014 e set/ 2015 Preços dos barcos: A partir de R$ 2,5 milhões Lucro: Em 2014 a empresa teve um faturamento de R$ 2 bilhões no mundo todo

Azimute 80 em alto mar: requinte para poucos bolsos no mundo

Tarla Prado tarlap@diariosp.com.br

Quatro suítes, sala, cozinha e uma varanda com vista para o mar. Espaço gourmet com churrasqueira. Não, não se trata de uma mansão em qualquer praia brasileira. A definição acima é a do maior iate de luxo já produzido no Brasil, o Azimut 83. O barco é feito pelo estaleiro Azimut, em Itajaí, Santa Catarina, e será lançado no segundo semestre de 2015. Com 25 metros de ponta a ponta, teria a altura, em pé, de um prédio de oito andares. Os poucos que podem navegar numa máquina desse tipo, que custará a bagatela de R$ 20 milhões, têm à disposição muito conforto e tecnologia de ponta. Com uma área de 42 metros quadrados, o flybridge possui, além de uma segunda estação de comando, dois jogos de sofás que podem ser transformados em sun pads (almofadas para tomar sol) e uma área para cadeiras de sol. Também está equipado com geladeira e pia além de um bar e uma TV de 42 polegadas. O teto retrátil favorece o uso do espaço no período da manhã até a noite.

Para os que não podem gastar tanto, há opções “menores e m a i s b a rata s ” , a p a r t i r d e R$ 2,5 milhões – o equivalente a cinco apartamentos de 60 metros quadrados na Bara Funda, Zona Oeste de São Paulo. Com os R$ 20 milhões do Azimut 83 é possível adquirir 66 kitnets, de R$ 300 mil , no Centro de São Paulo. Os números estrondosos assustam, mas os dados de criação desses megaiates mostram que existe, sim, um público disposto a pagar por esse luxo. Instalada no Brasil desde 2010, a Azimut quintuplicou sua produção em cinco anos e atualmente produz seis modelos de iates e megaiates diferentes. O tamanho do estaleiro também prova que os bons ventos estão virados para o Brasil, apesar da crise econômica enfrentada pela maioria dos brasileiros. O galpão, antes de três mil metros quadrados, atualmente ocupa uma área de 16 mil metros quadrados. “Barcos menores, de 30 a 40 pés, sofrem momentos de crise pois quem os compra são empresários que acabaram de conseguir atingir um certo patamar de vida. Já os barcos

Área externa do Azimute 83 prevê espaço de uma churrasqueira para agradar o público brasileiro

maiores, a partir de 60 pés, bem mais caros, quase não sofrem com a economia. Em alguns casos as vendas deles até aumentam”, diz o CEO da Azimut Brasil, Davide Breviglieri. Voltados para a classe “triplo A”, os iates, principalmente os mais caros, são comprados, em sua maioria, por paulistanos e cariocas. “O gosto requintado do cliente brasileiro pela excelência italiana são fatores determinantes que impulsionarão a empresa e o mercado”, afirma o executivo.

ENTREVISTA Davide Breviglieri, CEO da Azimut Yachts Brasil

‘Nós queremos e vamos ser referência no mercado’

Azimut 83 está sendo finalizado no estaleiro da empresa em Itajaí, SC.

EMPREGO/ Com 300 funcionários no estaleiro e representantes em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, a Azimute aproveita o bom momento do setor náutico para produzir mão de obra. Além dos treinamentos aos próprios funcionários, a empresa criará, ainda este ano, em parceria com o Senai, cursos voltados a comandantes e demais tripulantes desse tipo de embarcações. “Isso é mais uma demonstrativo de empenho ao aprimoramento do mercado náutico que reflete em geração de empregos e desenvolvimento econômico”, ressaltou Davide.

Barcos destinados a classe “Triplo AAA” quase não sofre oscilações com a economia

O que você compraria com o valor do maior iate de luxo produzido no Brasil? Modelo Azimut 83. Valor: R$ 20 milhões

666

6.666 66 Smartphones mais desejados (R$ 3 mil)

kitnets no Centro de São Paulo (R$ 300 mil)

8

28

5

carros populares (R$ 30 mil)

mansões em Alphaville (R$ 2,5 milhões) Suíte principal tem carpete e é espaçosa, ainda há outras três no iate

Viagens de “volta ao Mundo” em cruzeiros (R$ 690 mil)

helicópteros, modelo Bell 407, ano 1998 (R$ 3,7 milhões)

DIÁRIO_ O que chama mais atenção de alguém ao comprar um iate de R$ 20 milhões? Davide Breviglieri_ No geral, os elementos mais especiais para o consumidor são: design de grife, engenharia, tecnologia e segurança. Aliás, está crescendo muito o pedido de segurança aqui no Brasil. Isso mostra como a náutica brasileira está evoluindo sempre. Como funciona a dinâmica de recebimento de pedidos de iates até a entrega? A nossa rede de distribuidores trabalham no departamento de demanda de cliente, eles atendem, falam sobre preços, mas toda finalização é feita pelo estaleiro. É aqui que são fechadas as vendas, a confecção e o pagamento. Quais são as expectativas futuras da empresa?

O nosso plano é um e independente do cenário de economia nacional: nós queremos ser a referência de mercado de altíssimo luxo no Brasil. Nessa temporada estamos produzindo 35 barcos e queremos elevar esse número a 50 nos próximos anos. Queremos crescer e empregar mais.


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