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D) Alguns Conceitos Básicos

O significado metafísico dos resultados dos experimentos da Mecânica Quântica é o que nos interessa aqui, pois através deles abre-se uma porta para explicarmos a realidade última do Universo e a própria Ressonância Harmônica como ferramenta de interação com esta realidade.

Faz-se necessário conhecer ou relembrar alguns conceitos básicos da Física para compreender a Mecânica Quântica e tudo o que está sendo exposto nesta obra. Utilizamo-nos desses termos com muita frequência em todo o livro, por isso recomendamos que sejam estudados atentamente.

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Átomo

Vivemos num mundo curioso. Enquanto todo o planeta usa os meios mais avançados de tecnologia e informação, a maioria quase que absoluta não sabe sequer que o átomo existe! Quando perguntaram ao famoso físico Richard Feynman, qual o conhecimento escolheria para transmitir a uma próxima civilização, caso a atual fosse desaparecer, ele foi categórico em sua resposta: a existência do átomo. Esta informação seria suficiente para criar uma civilização avançada. E essa informação vital é desconhecida da imensa maioria dos seres humanos em pleno século XXI! Este conhecimento levado à população mudaria tudo, resolveria todos os problemas críticos que a humanidade hoje enfrenta e que se complicam cada vez mais. A busca incessante do homem para compreender a constituição do Universo tem levado filósofos e pesquisadores, cada um em sua época e com seus instrumentos particulares, a investigarem a constituição mais íntima da matéria. A ideia de átomo é, provavelmente, uma das mais primitivas da Física. A primeira tentativa de se compreender como a matéria se constitui é creditada ao filósofo grego Demócrito (460 – 370 A.C). Ele presumiu que todas as coisas fossem formadas por pequenas partes materiais com os seguintes atributos: invisíveis, indivisíveis, eternas e imutáveis. A esta unidade básica constituinte da matéria Demócrito denominou átomo, termo de origem grega, que significa indivisível. Tal denominação parecia ser adequada até o início do século XX, quando Albert Einstein conseguiu demonstrar que é possível dividir

um átomo em partes ainda menores e, com isso, obter uma grande quantidade de energia. Esta descoberta alterou profundamente a dinâmica terrestre, uma vez que energia atômica vem sendo utilizada como fonte de energia por vários países, com consequências desastrosas como vistas em Chernobyl e Fukushima; sem falar do uso bélico da energia nuclear através das bombas atômicas, poderosas armas de destruição em massa, que podem comprometer a vida no planeta Terra. Portanto, conhecer o átomo já não representa mais um luxo, num mundo onde armas tão poderosas se concentram nas mãos de pessoas que não hesitariam em apertar um botão para defender seus interesses.

Como dissemos anteriormente, os antigos gregos imaginavam o átomo como algo rígido, sólido e indivisível. No entanto, já no século XIX, vários físicos e químicos propuseram que o átomo fosse constituído por outras partículas ainda menores. Assim, pouco a pouco, vão surgindo, no cenário científico, as partículas elementares: os prótons, os nêutrons e os elétrons. O modelo atômico mais conhecido é aquele proposto por Ernst Rutherford (Prêmio Nobel de Química de 1908) no qual o átomo é composto por um núcleo compacto e pesado, formado por prótons e nêutrons, onde se concentra praticamente toda a sua massa. Este é rodeado pela eletrosfera, uma nuvem de partículas leves, os elétrons, girando em órbitas específicas como planetas ao redor do Sol.

O núcleo de um átomo consiste de partículas pesadas: os prótons, que têm carga elétrica positiva, e os nêutrons, que não têm carga. Os nêutrons não interagem eletricamente com os prótons do núcleo, mas exercem um papel fundamental na sua estabilidade. A interação que mantém os prótons e nêutrons ligados no núcleo é a chamada força forte, uma interação muito intensa que só atua na região do núcleo. Ao redor do núcleo, encontramos os elétrons, que têm cargas elétricas negativas e massa ínfima. A força que mantém os elétrons ligados ao átomo é a interação coulombiana entre a carga negativa dos elétrons e a positiva do núcleo, chamada força eletromagnética. O diâmetro de um átomo é cerca de 100.000 vezes o diâmetro de seu núcleo. Para termos uma noção das proporções, se o núcleo atômico tivesse um centímetro de diâmetro, o átomo teria um quilômetro de diâmetro. Portanto, um átomo é um grande espaço “vazio”, assim como todos os objetos constituídos por ele, por mais sólidos que pareçam! Nossos sentidos captam as ondas eletromagnéticas provenientes dos objetos e as decodificam no cérebro, nos dando a impressão de que são sólidos. A solidez dos objetos é pura ilusão sensorial.

Por sua vez, os átomos se ligam entre si para formar moléculas e objetos maiores, constituindo, assim, toda a matéria orgânica e inorgânica conhecida. Muitas são as teorias sobre a estrutura atômica da matéria, contudo, o modelo da Mecânica Quântica é, atualmente, o mais aceito para definir a estrutura atômica (ver átomo de Bohr). Durante algum tempo, os físicos acreditaram que os prótons, nêutrons e elétrons fossem as menores partes da matéria. Porém, em 1968, experiências de alta tecnologia revelaram que os prótons e nêutrons são formados por partículas ainda menores chamadas quarks.

Ondas

Tão importante quanto o conhecimento sobre a existência do átomo para a compreensão da natureza da realidade e o funcionamento da Ressonância Harmônica, é o conhecimento sobre as ondas. Tudo o que existe na Natureza é constituído por átomos que são partículas e ondas, ao mesmo tempo, como veremos mais adiante quando estudarmos a dualidade onda-partícula. Portanto, em seu nível mais íntimo, tudo o que existe é uma onda. Na realidade, só existe uma única e infinita onda que se individualiza e se manifesta de infinitas formas, como veremos na parte V do livro, que aborda a Consciência. Dá-se o nome de onda à propagação de energia de um ponto para outro, sem que haja transporte de matéria. Um exemplo bem conhecido por todos são as ondas eletromagnéticas, como as ondas de rádio, ondas luminosas e os raios-X.

Um dos aspectos mais importantes das ondas é que elas são

codificadoras e portadoras de in-formações. Para entendermos melhor essa propriedade das ondas, é importante revermos alguns fenômenos da Ondulatória:

1) Interferência de ondas: Quando ocorre o encontro de duas ou mais ondas, a resultante desse encontro é a soma ou a anulação dos efeitos que cada onda produziria sozinha nesse ponto. A interferência entre duas ondas é dita construtiva quando estão em fase, quando entram em sincronia, ou seja, as cristas de ambas coincidem. Quando duas ondas estão em fase, a amplitude combinada das ondas é maior do que cada amplitude individual.

Isto equivale a uma impressão ou troca de informações. Depois que colidem cada onda passa a conter informações a respeito da outra sob a forma de codificação de energia, além das outras informações que já continha. Os padrões de interferência correspondem a uma constante acumulação de informações, e as ondas possuem uma capacidade infinita de armazenamento. Este é o princípio utilizado pela Ressonância Harmônica para transferir in-formação ao usuário. Da mesma forma, a interferência entre duas ondas pode ser destrutiva , quando a crista de uma coincide com o vale da outra, anulando-se e diminuindo a energia.

2) Difração: As ondas não se propagam, obrigatoriamente, em linha reta a partir de uma fonte emissora. Elas apresentam a capacidade de contornar obstáculos, desde que estes tenham dimensões comparáveis ao seu comprimento de onda.

3)Ressonância harmônica: Quando um sistema vibrante é submetido a uma série periódica de impulsos (força externa) cuja frequência coincide com a frequência natural do sistema, a amplitude de suas oscilações cresce gradativamente, pois a energia recebida vai sendo armazenada. Tomamos este termo emprestado da Física para nomearmos a ferramenta de transferência de in-formações, objeto de estudo desta obra.

Tipos de ondas:

• Onda transversal: é aquela em que a vibração do meio é perpendicular à direção de propagação. Ex. ondas eletromagnéticas.

• Onda longitudinal: é aquela em que a vibração do meio ocorre na mesma direção que a propagação. Ex. ondas escalares.

Energia

Energia é uma das palavras mais utilizadas na atualidade, tanto por cientistas quanto por leigos, com significados muito diferentes, o que vem causando confusão entre físicos e esotéricos, agravando o preconceito que existe entre ambos.

Para os físicos, energia é a propriedade de um sistema que lhe permite realizar um trabalho. Trabalho, neste caso, pode ser entendido como mover um objeto ou aquecer um líquido, por exemplo. Logo, para realizarmos qualquer tipo de trabalho, precisamos de energia. Exemplos de tipos de energia: cinética, potencial, térmica, eletromagnética, nuclear etc. Pelo princípio da conservação de energia, ela não pode ser criada ou destruída, mas unicamente transformada num outro tipo. Sendo assim, a quantidade total de energia de um sistema é sempre a mesma, caracterizando os sistemas conservativos.

As Forças Fundamentais do Universo

Em Física, se conceitua força como a capacidade de exercer influência em algo. No Universo, são conhecidos, até o momento, quatro tipos fundamentais de forças ou interações:

Força nuclear forte: é uma interação muito intensa que atua a curta distância no interior do núcleo atômico, conferindo estabilidade a ele. Ela é responsável por manter os quarks presos dentro dos prótons e nêutrons e manter os próprios prótons e nêutrons comprimidos no interior do núcleo atômico. Como os prótons têm todos a mesma carga elétrica (positiva) seria esperado que sofressem intensa repulsão no interior do núcleo, levando à destruição do átomo. Portanto, a força forte é responsável por manter a estabilidade do núcleo atômico. Quando liberada, causa os efeitos observados na explosão de bombas atômicas.

Força fraca: é uma força de repulsão e de curto alcance responsável pela desintegração radioativa de elementos químicos como, por exemplo, o urânio.

Força eletromagnética: é uma interação de longo alcance, relativamente forte, que atua entre partículas carregadas. É responsável pelos confortos da vida moderna como as luzes, computadores, rádios, televisores, telefone etc.

Força gravitacional: é uma força fraca, porém de longo alcance que age universalmente em toda a matéria e energia. Responsável por nos manter em órbita ao redor do Sol e de pé sobre a Terra.

Para cada partícula elementar temos uma antipartícula correspondente, com a mesma massa, mas com carga elétrica oposta. Por exemplo, o elétron, que possui carga elétrica negativa, tem como seu correspondente o pósitron, com mesma massa mas com carga positiva. A antimatéria é criada no Universo como resultado da colisão entre partículas de alta energia. Curiosamente, não se tem detectado nenhum tipo de antimatéria como resíduo do Big Bang. Big Bang é a teoria física mais aceita, atualmente, para a origem do Universo. Ela postula que tudo se iniciou há 13,7 bilhões de anos, com uma grande expansão nascida a partir de um estado de energia, densidade e compressão enormes. Nos primeiros instantes, o Universo não era constituído por matéria, mas sim por energia sob forma de radiação. O Universo, então, passou a expandir-se e, consequentemente a esfriar. Com a queda da temperatura, matéria e antimatéria foram geradas em quantidades iguais. Pares de partícula-antipartícula eram criados e aniquilados em grande quantidade, pois quando a matéria e antimatéria se encontram, elas anulam-se gerando energia. Seria altamente provável, portanto, que logo após terem sido criadas, partículas e antipartículas se anulassem totalmente, impedindo que corpos mais complexos como átomos, moléculas, minerais, seres vivos pudessem se formar. Acredita-se que esse processo de geração e aniquilação realmente ocorreu para quase toda matéria criada durante o início da expansão do Universo, mas o simples fato de existirmos indica que, ao menos uma pequena fração de matéria escapou desse extermínio precoce.

Bóson de Higgs

É uma partícula elementar prevista pelo Modelo Padrão de partículas, teoricamente surgida após o Big Bang e que forneceria massa a todas as outras existentes no Universo. É o menor componente do Campo de Higgs, que permeia o Universo e interage com as partículas, conferindo massa a elas. Depois de décadas de pesquisa e um investimento de mais de US$10 bilhões, os cientistas confirmaram a descoberta da partícula em julho de 2012 pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN).

Teoria das Supercordas

Esta é uma teoria unificada do Universo que postula que os componentes fundamentais da natureza não são partículas puntiformes

de dimensão zero, mas sim filamentos mínimos e unidimensionais denominados cordas. Segundo essa teoria, tudo o que existe, toda a matéria e todas as forças estão unificadas sob o mesmo princípio das oscilações microscópicas das cordas. As partículas atômicas (prótons, elétrons, nêutrons, quarks) seriam constituídas por cordas unidimensionais que vibram em padrões ressonantes, como uma corda de um instrumento musical. As propriedades que observamos nas diferentes partículas são reflexos das diversas maneiras de que uma corda pode vibrar. Uma partícula subatômica é simplesmente a expressão física observável de uma vibração ressonante única – um padrão de onda energética em ressonância fixa. A matéria pode ser compreendida como ressonância escalar de onda. A geometria dos padrões e a ressonância da vibração são o que determina a natureza, a qualidade e as propriedades manifestas dentro do nosso Universo. Assim como as cordas de um violino têm frequências ressonantes que vibram de maneira especial – e que os nossos ouvidos percebem como as notas musicais e os seus tons harmônicos – o mesmo também ocorre com os laços da teoria das cordas. No entanto, em vez de produzir notas musicais, os tipos de vibração emitidos pelas cordas dão lugar a partículas cujas massas e cargas de força são determinadas pelo padrão oscilatório da corda. Dessa forma, o elétron é uma corda que vibra de uma maneira, o quark é uma corda que vibra de outra maneira, e assim por diante. A mesma ideia aplica-se também às forças da natureza. A Teoria das Supercordas é uma tentativa de unificar a Mecânica Quântica e a Relatividade Geral, as leis anteriormente conhecidas do micro e macrocosmo e que, fora deste contexto, são incompatíveis.

Ondas Eletromagnéticas

Estamos todos imersos num mar de ondas eletromagnéticas sendo essas formadas por campos elétricos e magnéticos variáveis. São ondas do tipo transversal, ou seja, a vibração do meio é perpendicular à direção de propagação da onda. O espectro eletromagnético corresponde à faixa de frequências e respectivos comprimentos de ondas que caracterizam os diversos tipos de ondas eletromagnéticas. O espectro eletromagnético é composto pelas ondas de rádio, as microondas, a radiação infravermelha, a luz visível (do vermelho ao violeta), a radiação ultravioleta, os raios-X e os raios gama.

Os sentidos humanos funcionam dentro de faixas limitadas de vibração. Por exemplo, o som audível ocorre dentro da faixa aproximada

de 20 a 20 kHz (de 20 a 20 mil Hertz ou “vibrações por segundo”). A visão ocorre dentro de comprimentos de onda visíveis da luz. O olho humano só é capaz de perceber frequências que vão de 4,3 x 1014 a 7 x1014 Hz, uma faixa estreita do espectro correspondente à luz visível. O restante permanece invisível a nós. O campo eletromagnético é que fornece a organização – a estrutura e a forma – da substância que chamamos matéria. Sem o campo eletromagnético, não haveria materialização ou manifestação de objetos sólidos6 . Os fenômenos eletromagnéticos e o magnetismo humano originam-se em dimensão superior. O eletromagnetismo, como, a luz, é uma onda ou vibração da Quinta Dimensão, ligada à distorção da geometria do espaço superior7 . O campo eletromagnético codifica dentro de si mesmo os padrões e a informação dos hipercampos de dimensões ainda mais elevadas.

Ondas Escalares

A descoberta da energia escalar deve-se ao físico e matemático britânico James C. Maxwell, mas sua comprovação veio apenas cinquenta anos depois com os trabalhos de Nicola Tesla, engenheiro elétrico, físico e inventor iugoslavo, que conseguiu gerar em laboratório a energia escalar sem o uso de fios. Albert Einstein reconheceu a existência da mesma em 1920.

A energia escalar tem a capacidade de carregar informações. Suas propriedades não são alteradas com o passar do tempo ou da

distância. Essa energia é transmitida na forma de círculos e não de onda senoidal. Os instrumentos atuais não são capazes de medir a energia escalar, pois foram desenvolvidos baseados nos padrões de energias hertzianas. No seu livro Sinfonia da Energética, Salvatore de Salvo discorre sobre as ondas escalares:

“São ondas do tipo longitudinais, superluminais, ou seja, sua velocidade é superior à velocidade da luz e sua ação é instantânea. Transportam informação como padrões de energia vibratória no vácuo quântico. As ondas escalares são permanentemente trocadas entre todos os núcleos do Universo e o vácuo constitui realmente um fervilhante caldeirão de

6 W. A.Tiller. Sciense and Human Transformation. 7 KAKU, Michio. Hyperspace: a Scientific Odyssey Through Parallel Universes.

radiações escalares. Esse caldeirão cria as partículas virtuais e o fluxo dessas partículas do próprio vácuo. A compreensão do eletromagnetismo escalar permitirá ao homem manipular, ao mesmo tempo, o espaço e o hiperespaço (ou Vácuo Quântico). Dessa maneira, tornam-se possíveis os sistemas de comunicações instantâneos, os sistemas de viagens no hiperespaço, técnicas para materializar e desmaterializar e, de uma forma geral, de técnicas e sistemas por todos considerados impossíveis, exceto pela ficção científica.”

Tudo o que existiu, existe ou existirá possui sua estrutura escalar individual que constitui algo como sua “impressão digital”. E como esta estrutura é espaço-temporal, ela englobará todos os acontecimentos da história pregressa do objeto e os manterá rigorosamente idênticos (na forma de um registro eterno de tudo, no Universo). A onda escalar é o conector com o espaço dimensional superior – o Vácuo Quântico. Não é detectável pelos meios convencionais. A onda escalar é uma onda hiperespacial. Ela existe fora dos obstáculos do espaço e do tempo. Viaja em velocidades superiores à da luz como um tipo de perturbação de pressão no Vácuo Quântico. Uma onda escalar transmite ou sustenta a informação. Na base da onda escalar encontra-se o potencial escalar. Um desses potenciais é o potencial escalar eletrostático, que está na base da onda eletromagnética. Esses potenciais são altamente ordenados internamente: o potencial escalar se conecta tanto ao espaço local quanto ao espaço não local. A onda escalar transporta esses padrões como informação através do Vácuo. A característica mais significativa do potencial escalar é que ele contem uma subestrutura. Codificados ou padronizados dentro do potencial, estão padrões eletromagnéticos muito específicos. Tais padrões são capazes de comunicar energia por meio de harmônicos das frequências encontradas dentro do potencial escalar. Esses padrões podem ser programados ou projetados para ter efeitos interativos com a matéria e seus campos sutis8 . Ondas escalares podem ser combinadas para criar padrões de interferência. Quando um padrão de interferência é apropriadamente focalizado, manifestará ou produzirá energia à distância9 . Uma onda escalar pode ser gerada por oscilações resultantes da contração e do relaxamento de elétrons girando. A propagação de ondas escalares encurva o espaço-tempo local. Quando isso ocorre, o equilíbrio

8 SALVO, Salvatore de. Sinfonia da Energética. 9 BEARDEN, Thomas. Gravitobiology - A new biophysics.

do potencial de vácuo é perturbado e a energia ali armazenada pode ser capturada (energia do ponto zero). Quando o estado de equilíbrio é perturbado, as partículas virtuais do vácuo físico do espaço são transformadas em partículas elementares observáveis. A tecnologia da onda escalar sustenta um potencial enorme e surpreendente.

Vácuo Quântico

Temos uma tendência a imaginar que, se toda a matéria e energia fossem retiradas do espaço isso resultaria num vazio absoluto. Contudo, a mecânica quântica demonstrou que não existe o vácuo absoluto ou o nada. Isso porque nenhuma partícula jamais permanece completamente em repouso, estando em constante movimento devido a um campo de energia em estado fundamental que interage permanentemente com toda a matéria subatômica. O Vácuo Quântico não é vazio, como se pode pensar. Em sua falsa aparência de ambiente inerte, abriga uma tormenta de fenômenos microscópicos. “É, sim, permeado por uma incrível quantidade de energia primordial e que existe como manifestação temporária das partículas virtuais, partículas que aparecem do “nada”; são criadas espontaneamente e voltam a desaparecer no “nada”, sendo aniquiladas, espontaneamente, de maneira quase instantânea. Isto se dá tão rapidamente que se torna impossível detectar individualmente essas pequenas partículas e suas energias, porque o tempo em que elas ficam “reais” é muito breve. Por isso, essas partículas fantasmas flutuantes são chamadas partículas virtuais”10 . O Vácuo Quântico também é chamado de Campo de Ponto Zero, porque as flutuações no campo (campo, em física, é uma região de influência) ainda são detectáveis em temperaturas de zero absoluto, o estado energético mais básico possível, no qual toda matéria foi removida e supostamente nada resta para executar qualquer movimento. Na média, essas flutuações geram um campo eletromagnético que pode ser considerado nulo, em condições normais. O Vácuo Quântico é o mar de energia virtual de onde tudo emerge. Podemos identificar nele o fundamento, a fonte que gera todas as coisas. Embora seja uma região situada fora do espaço-tempo, dá origem à matéria ao tempo e ao espaço que emergem como propriedades dimensionais. A Física teórica moderna colocou nosso pensamento acerca da essência da matéria num contexto diferente. Ela desviou nosso

10 SALVO, Salvatore de. Sinfonia da Energética.

olhar do que é visível – as partículas – para a entidade subjacente, o campo. A presença da matéria é simplesmente uma perturbação do estado perfeito do campo nesse lugar. Podemos considerar a matéria

como sendo constituída por regiões do espaço nas quais o campo é extremamente intenso. Portanto não há matéria, realmente. O

campo é a única realidade. Nós e toda a matéria do Universo estamos literalmente conectados aos confins mais distantes do Cosmo por meio das ondas do Vácuo Quântico. Se toda a matéria subatômica do mundo está constantemente interagindo com esse campo de energia do estado fundamental ambiente, as ondas subatômicas do Campo estão a todo o momento gravando um registro da forma de tudo. Por preceder e registrar todos os comprimentos de onda e todas as frequências, o Vácuo Quântico é uma espécie de sombra do Universo para todos os tempos, uma imagem especular e um registro de tudo o que já existiu11 .

Efeito Casimir

Imagine duas placas metálicas eletricamente neutras, isto é, nelas, o número de cargas elétricas positivas é igual ao de negativas e seus efeitos se cancelam mutuamente. Esse conjunto está dentro de uma câmara perfeitamente selada, na qual uma bomba de vácuo retirou todo ar e poeira, deixando a câmara completamente vazia. Lá está também um medidor muito sensível, capaz de medir forças diminutas que surjam entre as placas. Sendo as placas eletricamente neutras, não surge entre elas força elétrica, a mesma que une corpos de cargas elétricas contrárias e afasta os de mesma carga. Podemos também desprezar a força gravitacional entre elas, já que esta é proporcional ao produto das diminutas massas das placas. Por outro lado, dois suportes cancelam o “peso” (causado pela atração gravitacional que a Terra exerce sobre as placas). Também são neutralizadas quaisquer interferências externas, como vibrações mecânicas espúrias. Sendo as placas eletricamente neutras, espera-se, então, que o ponteiro medidor de força não se mova. Mas, surpreendentemente, não é o que acontece: o ponteiro do medidor se move, indicando a existência de uma força entre as placas! Esse é o Efeito Casimir, previsto teoricamente pelo físico holandês Hendrik Casimir, que resulta da alteração do espectro de frequências possíveis de vibração das ondas eletromagnéticas, imposta pelo “aprisionamento” dessas ondas em

11 MCTAGGART, Lynne. O Campo: Ed. Rocco.

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