5 minute read

O Campo A

quântico-holográfica de natureza espectral que religa o cérebro e o Cosmos, nossa fonte primordial. Nesta nova visão paradigmática, nosso cérebro é compreendido como parte de uma vasta mente espectral (constituída por frequência de ondas) quântico-holográfica que se assemelha à própria organização do cosmo. Acreditamos que a perspectiva holoinformacional da consciência que tem na teoria quântica de Bohm um de seus fundamentos implica a inclusão no arcabouço da ciência de uma Consciência Cósmica, uma Inteligência Universal que origina, permeia, mantém e transforma o universo, a vida e a mente através do processo holoinformacional.”21

Ervin Laszlo propõe que o Vácuo Quântico seja o quinto campo universal interagindo com a matéria. Segundo ele:

Advertisement

“O campo A atua como um meio holográfico, registrando e conservando a transformação de onda escalar da configuração dos espaços 3n-dimensionais assumidos pela matéria no espaço.”

“Ao contrário de uma difundida crença, a consciência não é um fenômeno unicamente humano. Embora conheçamos apenas a consciência humana (na verdade, por experiência direta e inquestionável, conhecemos apenas a nossa própria consciência) não temos nenhuma razão para acreditar que a consciência estaria limitada ao ser humano.”

Apesar da visão apresentada por cientistas e filósofos materialistas segundo a qual o cérebro físico é a fonte da consciência, não há nenhuma evidência deste tipo. As evidências clínicas e experimentais dizem respeito apenas ao fato de que função cerebral e estado de consciência estão correlacionados. Freeman Dyson (físico) e Alfred North Whitehead (filósofo) afirmaram que até mesmo as partículas elementares são dotadas de uma forma e de um nível de consciência. Dyson disse: “A matéria, na mecânica quântica, não é uma substância inerte, mas um agente ativo. Pelo que parece, a mente, conforme se manifesta pela capacidade de fazer escolhas é, até certo ponto, inerente a cada elétron”.

21 DI BIASE, Francisco e ROCHA, Mario Sergio. Ciência, Espiritualidade e

Cura: Qualitymark Editora.

Laszlo avança no conceito de que toda a informação do Universo fica registrada para sempre num campo e que podemos interagir com o mesmo:

“No universo in-formado, nosso cérebro/mente pode ter acesso a uma larga faixa de informações, muito além das informações transmitidas pelos nossos cinco órgãos dos sentidos. Podemos reconstruir a maneira como as informações sensoriais e também as não sensoriais atingem a nossa mente. Vimos que, de acordo com a nova física, as partículas e os átomos – as moléculas, as células, organismos e galáxias – que surgem e evoluem no espaço e no tempo emergem do mar de energia virtual conhecido pelo nome de vácuo quântico. Essas coisas não apenas se originaram no mar de energia do vácuo; elas interagem continuamente com ele. Elas são entidades dinâmicas que leem seus traços no campo A do vácuo e, por intermédio desse campo interagem umas com as outras. Os traços no campo A – os hologramas que elas criam – não são evanescentes. Eles persistem e in-formam todas as coisas e , de maneira mais imediata, o mesmo tipo de coisas que os criaram”.

Prossegue: “Isso é verdadeiro tanto para o nosso corpo como para o nosso cérebro. Todas as coisas que experimentamos em nossa vida – todas as nossas percepções, sentimentos e processos de pensamento – tem funções cerebrais associadas a elas. Essas funções têm equivalentes em formas de onda, uma vez que nosso cérebro, como outras coisas no espaço e no tempo, cria vórtices portadores de in-formação – ele “faz ondas”. As ondas se propagam no vácuo e interferem com outras ondas, criadas pelos corpos e cérebros de outras pessoas, dando origem a hologramas complexos. Como o corpo e o cérebro “fazem ondas”? Os físicos descobriram que todas as coisas no universo estão constantemente oscilando com diferentes frequências. Essas oscilações geram campo de onda que são irradiados dos objetos que os produzem. Quando um campo de onda emanado de um objeto encontra outro objeto, parte dele é refletida por esse objeto e outra é absorvida por ele. O objeto fica energizado e cria outro campo de onda que se move de volta em direção ao objeto que emitiu o campo de onda inicial. A interferência do campo de onda inicial com o de sua resposta cria um padrão global, e esse padrão é, efetivamente, um holograma. Ele transporta informações sobre os objetos que criaram os campos de onda.”

Esses hologramas podem ser lidos. Sabemos que, para extrair a informação codificada num holograma, é necessário que haja uma onda de referência. Verifica-se que essa onda está sempre disponível em qualquer lugar. Peter Marcer mostrou que “ quaisquer ondas que reverberem através do universo permanecem coerentes com as ondas na fonte, e desse modo, são adequadas para servir como referencia para decodificar a informação holográfica de qualquer holograma quântico que emana de locais remotos.” Aqui Laszlo corrobora o que viemos falando sobre a possibilidade de se captar qualquer informação de tudo que existe, existiu ou existirá e transferi-la por Ressonância Harmônica, criando um canal coerente de informação entre o indivíduo e o Todo:

“Gerações após gerações de seres humanos deixaram seus traços no campo A, e a informação nesses hologramas está disponível para ser lida. Podemos sintonizar nossa consciência para que ela ressoe com os hologramas do campo A. A transmissão de in-formação de um campo de hologramas é conhecida: ela ocorre quando os campos de onda que compõem dois (ou mais) hologramas são “conjugados” uns com os outros. Esse efeito é semelhante a outro, com o qual estamos familiarizados, e que é conhecido como ressonância. Diapasões e cordas de instrumentos musicais ressoam com outros diapasões e cordas que estão afinados na mesma frequência (ou em oitavas completas mais altas ou mais baixas que essa frequência). O efeito de ressonância é seletivo: ele não ocorre quando os diapasões e as cordas estão afinados em frequência diferentes, não relacionadas entre si. A “conjugação de fase” que transmite informação nos hologramas é um tipo particular de ressonância seletiva. Ela ocorre quando dois campos de onda que se interpenetram contem oscilações sincronizadas na mesma frequência. Nesse caso, a conjunção das ondas individuais cria um canal de comunicação espacial e temporalmente coerente entre os objetos que emitem os campos de onda. Mesmo quando os campos de onda contem oscilações em frequências diferentes, se elas estão em ressonância harmônica (isto é, se elas constituem séries de dois, quatro, oito etc. ondas por ciclo, com os picos e vales sincronizados ao longo das séries) elas produzem um canal coerente de comunicação. Nesse caso, um caminho para a transmissão não-local de informação é criado ao longo de todas as diferentes escalas de organização, do quântico ao cósmico.”

This article is from: