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Zona de Conforto
s experimentos científicos apresentados no decorrer de O todo nosso trabalho mostram que tudo é consciência. Mas como essa consciência está sendo usada para a obtenção do que desejamos? Se o observador cria a própria realidade, como prova a Mecânica Quântica, por que as pessoas não estão criando deliberadamente uma realidade melhor para si? Acabamos de ver que não criam devido às crenças que regem suas vidas, principalmente a nível inconsciente. Se a consciência cria toda a realidade, ela vai criar a realidade do indivíduo de acordo com as limitações do seu sistema de crenças. Dessa forma, todas essas afirmações formam um modelo da realidade, criam um programa que fica sendo executado no mental daquela pessoa, obstruindo qualquer possibilidade de crescimento. Veja que a limitação não existe, mas a pessoa cria e sustenta a própria limitação. E sabendo disso, por que não sai das limitações autoimpostas? A questão fundamental é a zona de conforto, uma das coisas mais perniciosas que existem uma vez que impede qualquer crescimento. A zona de conforto é um nome bonito para preguiça, para acomodação. Dá para entender como alguém pode ter preguiça crônica? Como se pode ser contra a realização, o progresso, o bem-estar, a felicidade, a evolução? Somos seres inerentemente atômicos, portanto, em vibração constante, em movimento perpétuo, com necessidade de crescer, de evoluir.
Ao impedirmos nosso crescimento sofreremos devido às somatizações decorrentes, isto é, ficaremos doentes inevitavelmente. A preguiça vem atrelada ao sistema de crenças, porque quem tem preguiça, no fundo, acha que não consegue nada, que não pode mudar nada, que a vida é assim mesmo. Debaixo de tudo isso, está a crença de como é o Universo, de como ele é regido, como ele é administrado e tudo mais (paradigma). A zona de conforto é um problema generalizado. Como o crescimento é algo natural no Universo, assim que ele é estimulado pelas ondas de in-formação, em pouco tempo, a pessoa terá de sair da zona de conforto em que vive e crescer ilimitadamente. Assim, conseguirá tudo o que almeja. Deixar para trás a zona de acomodação é um requisito fundamental para a pessoa que deseja alcançar o sucesso em qualquer área. Também é possível mudar essa atitude de relutância em sair da zona de conforto implantando-se as in-formações que desejamos para o nosso sucesso. Assim que a pessoa percebe que cria sua própria realidade com pensamentos e sentimentos, tanto do lado positivo, quanto do lado negativo seria natural que aspirasse a algo maior em sua vida. Mas não é o que acontece. Pede-se somente o suficiente para permanecer na zona de conforto. Por que tem de ser assim? E desconfortável fundir-se com o Criador? Deve ser, só pode ser! Qual o problema se você usar a onda de in-formação, o mínimo que seja dela, e começar a obter tudo o que quer? A maioria absoluta das pessoas diz que quer mais dinheiro e bens materiais. Quando lhe é oferecida essa possibilidade, acabam se encolhendo. Se você deixar de andar de carro popular para dirigir uma Ferrari, uma Mercedes, um Rolls Royce, fica mais desconfortável? É o que parece, pois eu conheço os pedidos dos meus clientes. Quem já me pediu um império comercial, um império empresarial, um império político? Ninguém. Tem que ficar na zona de conforto, por quê? Para não ter mais trabalho. Quem dirige um império não tem tempo para ficar bebendo cerveja na beira da praia todo final de semana e feriados do calendário. Vejam nas redes sociais as manifestações de alegria quando chega a sexta-feira: imagens de cachorrinhos alegres, pessoas dando pulos de alegria, porque não vão trabalhar no dia seguinte.... No domingo à noite ocorre o inverso, são postadas imagens de pura desolação porque a segunda-feira está chegando. “Que triste, terminou o fim de semana e amanhã terei de voltar ao trabalho...” Não podemos esquecer-nos da infinidade de feriados, que se não bastassem, são “emendados” para a felicidade geral da nação.
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Vamos a outro exemplo. Por que não pedem um apartamento de oitocentos metros quadrados? Porque terão de limpá-lo e vai ficar difícil ter uma só faxineira. Não “cai a ficha” que você pode contratar vários empregados para fazerem a limpeza? Então, é melhor ficar morando num quarto e sala.
No que se refere ao crescimento profissional, acontece a mesma coisa. As pessoas geralmente não almejam a diretoria ou a presidência da empresa em que trabalham porque isso pode comprometer os churrascos nos domingos, o convívio com os amigos e familiares, os aniversários nos buffets infantis. Terão de trabalhar mais, ser os primeiros a entrar e os últimos a sair da empresa, continuar trabalhando online em casa, no aeroporto, viajar a negócios... Que chato! Nos relacionamentos, então, a zona de conforto é gigantesca. Pensa-se que conseguindo um parceiro(a) fica tudo resolvido. O número de separações oficiais e extraoficiais é epidêmico porque se permite que uma relação que deveria ser dinâmica acabe entrando na rotina, estagnação e morte. A acomodação está presente até naqueles indivíduos que se dizem “buscadores”. A palavra é bem apropriada, já que buscam em tempo integral. Fazem todos os cursos, leem um livro atrás do outro, mas não colocam em prática o que aprenderam. Saltam de uma técnica à outra, mas nunca se sentem prontos para começar. E sabemos que quanto maior o conhecimento, maior a responsabilidade no que se refere a agir e passar o conhecimento para os demais. Quando isso não ocorre, resulta em somatização e retrocesso na vida. Qualquer caminho serve quando se quer encontrar a Verdade. Todos eles quando investigados a fundo, com honestidade, vão desembocar no mesmo ponto. Uma vez encontrada a Realidade Última, o próximo e único passo a ser dado é agir em conformidade com a Verdade. Isto é, devemos nos tornar o próprio Conhecimento, em cada pensamento, sentimento, palavra ou ação. É quando o Conhecimento vira Sabedoria. As pessoas religiosas também caem na zona de conforto porque, se questionarem os dogmas, terão de se posicionar e mudar tudo em suas vidas. Será uma revolução e as pessoas não querem as tribulações inerentes às revoluções. Preferem o conforto de suas crenças, do sofá macio e do prato de comida servido na hora certa. Fogem dos aborrecimentos de terem que dar explicações, de recomeçar sem garantias. Quando, há dois mil anos, foi falado “Buscai primeiro o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”, isto significa que as coisas lhe serão dadas, de graça, por acréscimo. Não tem que comprar nada, lhe será dado. Mas quem é que acredita nisto? Não é á toa que ninguém salta, porque não acredita nesta frase. É muita areia para o caminhãozinho...
Como vocês queriam que isso fosse falado há 2.000 anos? Tinha que especificar? Tinha que ter manual de treze mil páginas? Foi dado o conceito, não precisa mais que isso, é só pensar! A inação é a zona de conforto total. O ser que está individuado trabalha dia e noite. Trabalho no sentido de colocar energia em algo produtivo, não de esforço, de trabalhar “feito burro de carga”. Não há como ser diferente. Esse é um sinal. Se o Todo o assumiu, como não trabalharia sem cessar, se a essência Dele é essa – movimento, vibração? Ele fará, criará, manifestará, incessantemente. Neste caso, até os instantes de ócio serão criativos. Resumindo, a questão é: tudo o que se explica sobre o Todo, é recebido pela maioria com muita resistência. É como falam para mim: “Ninguém quer o que você fala.” Não tem pizzaria, não tem boteco, não tem...; quem vai querer um negócio desses? Então, é um “produto” difícil de vender...
A Vassoura e o Cavalo
Escutei em um programa de rádio uma pessoa dizendo: “Como não posso ter um cavalo de raça uso minha vassoura como cavalo”. É dessa maneira que as pessoas se acomodam às crenças da sociedade em que vivemos. Na prática, a maioria cai na zona de conforto e deixa os sonhos de uma vida melhor no esquecimento. Montam na vassoura e pensam no cavalo. Imaginem que quem fala isso tem um cérebro com cem bilhões de neurônios e trilhões de sinapses. Um cérebro como o dos maiores cientistas, filósofos, escritores, escultores, músicos etc. O que esta pessoa está fazendo com esse cérebro? Que desperdício! E se essa pessoa soubesse que é possível transferir para seu cérebro todo o conhecimento mental e emocional de todos esses cientistas, filósofos etc.? E se soubesse que é possível transferir os Arquétipos de tudo que existe? Arquétipos são a perfeição de tudo que existe. Simplesmente a perfeição! O físico perfeito, o químico perfeito, o professor perfeito, o jogador de futebol perfeito etc. E todo o conhecimento emocional do maior expert em qualquer assunto? E o conhecimento que está na biblioteca do Registro Akáshico? E o conhecimento de outros planetas? E o conhecimento do passado, presente e futuro? E o conhecimento multidimensional? E as consciências? Será que ele ainda andaria de vassoura?
Quem assistiu à palestra sobre a violência sexual contra as mulheres soube das crueldades inomináveis que se faz neste planeta contra elas. Eu sei o preço que terei de pagar por mexer neste assunto. Alguém teria de fazer esse trabalho. Quando se lê os comentários que colocam nas redes sociais sobre esse assunto, lê-se algo assim: “o que se pode fazer a respeito disto?”. “Para que ficar colocando negatividade no ventilador e desrespeitar nossa tranquilidade?”. E fica por ai. Coloca-se de uma maneira como se não houvesse o que fazer para deter isso. E a vida continua. E mais quatro meninas serão mutiladas por minuto. Quando essas atrocidades foram denunciadas publicamente um tempo atrás, esperava-se uma reação do público. Que as pessoas se indignassem e exigissem que os governos fizessem alguma coisa, uma intervenção ou algo assim. Que o clamor popular mudasse essa situação. Depois de três meses não houve mais qualquer reação. Tudo caiu na normalidade. A sensibilidade para esses problemas está desaparecendo da humanidade. A crueldade está sendo banalizada, como bem frisou a filósofa Hannah Arendt. As pessoas dizem que é assim mesmo, que é cultural. Isto significa que nossos vizinhos podem cometer as maiores crueldades dentro da casa dele e que ninguém deve interferir? Então como fica o caso da Croácia, da Bósnia etc.? Porque nestes casos é licito interferir e em outros não? Qual é a medida disto? Qual é o critério? Porque na Líbia é licito e na Síria não? É tudo política? São outros interesses que não os humanitários? Quando se tem contato no Astral com as vítimas da mutilação é que se tem noção exata do tamanho da desumanidade que se comete. Quando se vê o trauma das crianças de três anos de idade e que não sabem o que está acontecendo. Quantas encarnações serão necessárias para curar esse trauma? E dependerá de que encontrem alguém que as ame incondicionalmente de forma delicada e atenciosa. Com toda a paciência do mundo. Dá para ter uma ideia da depressão profunda em que essas crianças caem? Próximas da demência. Tal o grau de violência que foi praticado. E que ainda será sujeita a mais violência ainda no futuro. É inimaginável este sofrimento. E o que fazer? Ficar quieto? Virar o rosto para o outro lado? Quem se habilita para ajudar a acabar com isso? Hoje no mundo temos sete bilhões de pessoas. Quem se habilitou a lutar contra isso? Conta-se nos dedos de uma mão! Bastaria não fazer negócios com as pessoas que fazem isso e isso acabaria num instante.
Na guerra do Vietnã morreram quantas pessoas? Só de mulheres vivas mutiladas temos hoje 140 milhões, e isso não causa nenhum escândalo. Praticamente nenhum movimento para acabar com isso. As baleias devem ser salvas, mas e estas mulheres e crianças? Portanto, não importa se é para ajudar outros ou para se ajudar, o resultado é o mesmo: procura-se desesperadamente a manutenção do status quo. Não se deve mudar nada no planeta. Tudo deve ficar do jeito que está. A zona de conforto é o mais importante. Toda pessoa que intenciona melhorar a vida neste planeta é indesejada e rejeitada. Essa é a pura verdade até agora. Inovações só são aceitas se não afetarem nenhum interesse já estabelecido. Caso contrário, todos os acordos e contratos devem ser anulados, como fizeram com Nikola Tesla. Esse é o planeta Terra. Todavia, os mais sensíveis podem perceber que a energia do planeta mudou. Tudo mudou. Dá para sentir no campo eletromagnético de tudo. Uma nova In-formação acaba de chegar ao planeta. Não dá mais para esperar que os terrestres se mobilizem. A zona de conforto é grande demais. É do tamanho do planeta, para dizer a verdade. O comodismo é grande demais. É preciso acabar com a opressão em todos os sentidos. Acabar não é fazer discursos. Acabar é impedir que se continue fazendo as barbaridades que fazem a todo instante. Virar o rosto para o outro lado achando que o problema não é nosso é de uma inconsciência absurda. O dramaturgo Bertolt Brecht disse o seguinte:
"Primeiro levaram os negros, mas não me importei com isso. Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso. Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso, porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados, mas como tenho meu emprego, também não me importei.
Agora estão me levando, mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo."
Essa é a questão principal: fazer de conta que o problema não é nosso e que alguém deve estar fazendo alguma coisa para resolver a situação ou pior, achar que as coisas se resolverão por si mesmas, por encanto! Isso é muito cômodo. Falar não adianta, é preciso agir. E o problema cresce sem parar.
De qualquer forma já existe a solução em andamento. Mais cedo ou mais tarde todos terão de se posicionar, contra ou favor da solução. Não haverá muro para ficar em cima. Há uma mudança eletromagnética agindo sobre a consciência planetária. Isso já está acontecendo. A Mãe-de-Todasas-Crises se aproxima. Ela exigirá um posicionamento de cada um. Já estou acostumado a ouvir que sou alarmista e pessimista. Não importa. Os problemas terão de ser resolvidos. Não será mais possível cada um se refugiar apenas em seus objetivos particulares. Não se poderá mais olhar só a árvore. Terão de olhar a floresta.