Bioenergia - Perispírito Aura e Chacras

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INTRODUÇÃO Como vemos nas obras da codificação espírita, Kardec dividiu a manifestação do espírito encarnado basicamente em três aspectos diferentes: espírito, perispírito e corpo físico, intimamente ligados durante o período em que dura uma encarnação.

O corpo físico, o duplo, o perispírito e uma representação do espírito, ligados pelo cordão de prata e o cordão de ouro.

O espírito pode existir sem o perispírito e o corpo físico, mas não pode se manifestar ou atuar no mundo físico mais denso sem eles. A matéria, representada pelo perispírito e o corpo físico, também pode existir sem o espírito, mas não é capaz de sustentar a vida ou manter a vitalidade a não ser quando animada por um espírito ligado a ela. O CORPO FÍSICO Acreditamos não ser necessário definir o corpo físico, muito embora seja conveniente convencioná-lo do ponto de vista espírita. Para o Espiritismo, o corpo físico vivo não passa de um amontoado de carne, cuja vitalidade é mantida pela ligação com um espírito. O corpo físico não é capaz de pensar, raciocinar ou mesmo comandar sozinho suas funções. Todos esses processos são realizados pelo espírito. Assim também a inteligência, a mente e a memória são atributos do espírito que os manifesta no mundo físico através do perispírito que, por sua vez, os transmite em forma de reação e movimentos ao corpo físico. Como parte do mundo material mais denso, o corpo físico está sujeito a todas as leis da matéria mais densa, sendo composto pelos mesmos elementos básicos existentes na natureza. Como matéria, o corpo físico nasce, cresce, amadurece e se desgasta com o passar do tempo. Quando o desgaste é severo demais, esse corpo torna-se incapaz de continuar realizando suas funções naturais e não mais registra os comandos do espírito, cessando sua atividade vital. Nesse momento ocorre a morte do corpo físico, ponto em que o espírito que o animava é automaticamente desligado dele para retornar ao seu meio natural de origem e manifestação: o mundo espiritual. O ESPÍRITO O espírito seria a individualização do princípio inteligente do universo. Para nós, não tem forma definida e pode ser considerado imaterial, uma vez que se compõe de algo completamente diferente de tudo o que concebemos como matéria em nosso grau evolutivo. 1


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Para os espíritos mais evoluídos, entretanto, o espírito tem forma e composição definida, a qual não nos é ainda possível conhecer ou perceber, devido à nossa limitada compreensão, conhecimento, vocabulário e termos de comparação. Para facilitar a diferenciação e o estudo, Kardec convencionou chamar de alma o espírito que se encontra encarnado, ou seja, ligado a um corpo físico de carne, e simplesmente de espírito o espírito desencarnado, livre de um corpo físico de carne. Ambos, porém, são uma e a mesma coisa, pois o espírito não deixa de ser espírito enquanto está encarnado. A única diferença entre o espírito encarnado e o desencarnado, é a ligação com um corpo físico de carne. No mais, o espírito será sempre o mesmo, intelectual, moral, psicológica e emocionalmente. Sua individualidade e personalidade não se perdem e só se aperfeiçoam à medida que o espírito evolui, seja durante as encarnações, seja durante o período que passa no plano espiritual entre uma encarnação e outra. O PERISPÍRITO Também conhecido como corpo astral, corpo extrafísico, psicossoma ou corpo espiritual, é o corpo semimaterial de que se acha revestido o espírito a fim de poder se manifestar no mundo físico mais denso. É composto de substância vaporosa semimaterial retirada do fluido cósmico universal do planeta que habita, servindo de intermediário entre o espírito e o seu corpo físico durante a encarnação, uma vez que a diferença de densidade, composição e propriedades entre os dois é muito acentuada, impedindo a interação direta entre eles. Essa substância é extremamente maleável, podendo tomar a forma que o espírito desejar. É também elástica e passível de se tornar visível e palpável em determinadas condições, tais como as materializações ectoplasmáticas. É ainda bastante sensível, sendo capaz de registrar todos as nuances emocionais, morais, intelectuais e psicológicas do espírito. As características do perispírito variam de acordo com o grau evolutivo do espírito. Quanto mais evoluído for o espírito, mais sutil e vaporoso será o seu perispírito. Assim também o domínio do espírito sobre o seu perispírito varia de acordo com o avanço evolutivo que o espírito tiver feito. Quanto mais evoluído for o espírito, maior será sua habilidade para moldar, transportar, sutilizar ou adensar o perispírito de acordo com a necessidade ou a circunstância. O perispírito permanece sempre o mesmo durante as diversas encarnações de um espírito num determinado planeta, pois, ao contrário do corpo físico de carne, ele não se desgasta e só se transforma de uma encarnação para a outra. O que morre é apenas o corpo físico. O corpo perispiritual não morre e permanece ligado ao espírito após a morte física, refletindo o estado mental e emocional desse espírito. No entanto, quando um espírito muda de planeta, é necessário que ele troque também de perispírito, a fim de ter um corpo perisipiritual adequado às características do planeta onde deverá se manifestar. O perispírito é sempre uma réplica perfeita do corpo físico a que se acha ligado o espírito. Melhor dizendo, é o perispírito que serve de molde para o corpo físico no momento da encarnação, sendo este último uma cópia perfeita do primeiro, que lhe é preexistente e sobrevivente.

Nestas figuras, vemos os filamentos energéticos se juntando para formar o cordão de prata.

Durante a encarnação, o perispírito acha-se ligado ao seu corpo físico por meio de um feixe de filamentos energéticos conhecido como cordão de prata. O cordão de prata, também composto de fluido cósmico universal, funciona como uma espécie de cordão umbilical, levando os estímulos do mundo físico ao espírito e trazendo para o mundo físico as reações do espírito a esses estímulos. Este cordão é extremamente sensível a todas as reações do espírito, podendo retrair-se ou expandir-se ao infinito dependendo de cada 2


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situação. Sendo um feixe de filamentos energéticos, não pode ser cortado, interrompido, embaraçado, enroscado, enrolado, arrebentado, perfurado, ou sofrer qualquer dano mecânico de qualquer natureza, seja por ação física, fluídica ou espiritual. Enquanto o corpo físico a que se encontra ligado mantiver vitalidade, o cordão de prata permanecerá íntegro, só vindo a ser rompido/cortado em definitivo por ocasião da morte do corpo físico, quando então o espírito se desliga do corpo de carne, passando a se manifestar somente pelo perispírito. Quando o espírito deve se encarnar novamente, um novo cordão de prata é formado, ligando o seu perispírito ao novo corpo físico, desde o momento da concepção. No processo de preparação para o reencarne, o espírito perde pouco a pouco sua consciência até que, no momento exato da concepção, quando é finalmente ligado ao embrião, o espírito perde quase completamente a consciência, só vindo a recuperá-la parcialmente no momento do nascimento do novo corpo, o qual, na medida em que cresce e amadurece suas funções, possibilita a gradativa recuperação da consciência espiritual. Durante a gestação, o perispírito sofre a ação energética da ligação com seu novo corpo físico e reduz e adapta sua forma ao corpo físico de criança em formação, ao mesmo tempo em que comanda a formação do novo corpo físico, determinando sua aparência e características morfológicas. A ligação entre perispírito e corpo físico é de molécula a molécula, sendo que os dois corpos se confundem e misturam, interagindo entre si. É como se o perispírito estivesse dentro e em volta do corpo físico ao mesmo tempo. E como se o espírito, composto de substância completamente diversa de ambos os corpos e totalmente desconhecida por nós, estivesse também, ao mesmo tempo, envolto por esses dois corpos e envolvendo-os totalmente, interpenetrando-os continuamente. Sendo composto de matéria, ainda que em estado fluídico extremamente sutil quando comparada à matéria que compõe o corpo físico, o perispírito também tem seu duplo energético e sua aura própria, os quais, durante a encarnação, se confundem com o duplo e a aura do corpo físico a que se encontra ligado. As características da aura e do duplo variam de pessoa para pessoa, conforme veremos em seguida. A AURA e os CORPOS ÁURICOS Segundo Wagner Borges, pesquisador, professor e prático em projeciologia e bioenergética, em http://www.minuto.poetico.nom.br/proj19.htm, “aura (do latim "aura" = sopro de ar) é o campo energético que se apresenta em torno do corpo denso. Aparece à percepção parapsíquica do clarividente como um campo luminoso mesclado por várias cores. Essas cores refletem a qualidade dos pensamentos e sentimentos manifestados pela consciência.”

Representações artísticas da aura humana.

A aura apresenta várias camadas vibratórias sobrepostas correspondentes aos diversos corpos (veículos de manifestação do espírito), por onde a consciência manifesta-se nos vários planos. Para facilitar, podemos dividi-la em três níveis ou freqüências de manifestação (para facilitar a compreensão, pedimos voltar à figura 1): - a aura do corpo físico (ou soma), também denominada duplo etérico, corpo vital, corpo bioplasmático ou simplesmente corpo energético. Reflete apenas as condições do corpo físico num determinado momento e suas predisposições energéticas. Contudo, é bom lembrar que o soma ou corpo físico é afetado diretamente pelo clima psíquico dos corpos sutis. É essa aura que é captada numa foto Kirlian, como mostram as figuras abaixo. 3


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Fotos Kirlian permitindo a visualização do duplo etérico, em forma de nuvem azulada.

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a aura do perispírito (também chamado de corpo extrafísico, corpo espiritual, corpo astral, psicossoma, corpo de luz ou corpo psíquico). Essa aura reflete as condições psíquicas e parapsíquicas da consciência e reflete diretamente as emoções do ser humano. É o que se chama genérica e simplesmente de aura. É também composta de vários níveis de freqüência energética, de acordo com os vários corpos de que é composto o perispírito. - a aura do corpo mental (também chamado de mentalsoma, corpo dos pensamentos ou simplesmente mente). É também conhecida como aura mental ou aura dos pensamentos. É a aura que reflete diretamente o clima interno de nossos pensamentos e idéias, o clima mental de uma consciência. Nessa aura é possível perceber as formas-pensamento e suas cores. Para enriquecer nosso estudo, vejamos também o que diz Barbara Brennan, em seu livro Mãos de Luz, cap. 7: “O campo de energia humana (CEH) ou aura humana é a manifestação da energia universal intimamente envolvida na vida humana. Pode ser descrito como um corpo luminoso que cerca o corpo físico e o penetra, emite sua radiação característica própria e é habitualmente denominado ‘aura’. A aura é a parte do campo de energia universal (CEU) associado a objetos. A aura humana, ou CEH, é a parte do CEU associado ao corpo humano. Estribados nas suas observações, os pesquisadores criaram modelos teóricos que dividem a aura em diversas camadas. Essas camadas, às vezes, chamadas corpos, se interpenetram e cercam umas às outras em camadas sucessivas. Cada corpo se compõe de substâncias mais finas e de ‘vibrações’ mais altas à medida que se afasta do corpo físico.” Mais adiante, ela complementa: “Existem muitos sistemas que as pessoas criaram a partir das suas observações para definir o campo áurico. Todos eles dividem a aura em camadas, que se definem pela localização, pela cor, pelo brilho, pela forma, pela densidade, pela fluidez e pela função”. Ao que parece, para vários pesquisadores e místicos, em várias partes do mundo e em várias épocas, que vão desde o Hinduísmo de mais de 7000 anos até a própria Barbara Brennan na atualidade, o mais convencional é que a aura seja divida em sete camadas ou corpos básicos, cada um com uma função e características específicas. De acordo com Barbara Brennan e comparativamente a André Luiz, podemos fazer a seguinte enumeração dos vários corpos do homem: - 1. Corpo etérico ou duplo etérico: primeira camada da aura, apresenta uma estrutura de grade de todo o corpo físico, incluindo todos os órgãos. É preexistente ao corpo físico, funcionando como molde energético para o mesmo, e nele estão as energias vitais necessárias para a manutenção do corpo físico por um determinado número de anos. Aos olhos de um clarividente, apresenta-se numa luz branco-azulada que descarrega faíscas energéticas ao longo das linhas de energia (meridianos da acupuntura ou nádis da tradição hinduísta) que envolvem o corpo físico. Estende-se de 0,5 a 5 cm para fora do corpo denso e pulsa numa freqüência de 12 a 20 ciclos/min. Sua cor pode variar do azul claro ao cinzento, dependendo da sensibilidade ou grau evolutivo do espírito. É este nível de energia que pode ser captado numa fotografia Kirlian. 4


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2. Corpo Emocional: segunda camada da aura, está associada aos sentimentos. De estrutura muito mais fluídica que o corpo etérico, segue mais ou menos o traçado do corpo físico, apresentando-se sob a forma de um conjunto de nuvens ou bolhas coloridas em constante movimento. Estende-se de 25 a 75 cm do corpo físico e é capaz de penetrar todos os corpos mais densos que estiverem em seu raio de ação. Suas cores passam por todas as faixas do arco-íris e seu brilho e claridade dependem diretamente da qualidade dos sentimentos nutridos pelo espírito. É neste corpo que aparecem os chakras ou centros de força mais conhecidos, cada um numa cor diferente do arco-íris. É esta camada da aura que os clarividentes mais comumente utilizam para fazer os diagnósticos de cor, brilho e intensidade de aura. 3. Corpo mental: terceira camada da aura, estende-se além do corpo emocional numa distância que varia entre 75 cm e 2 m do corpo físico. Compõe-se de substâncias ainda mais fluídicas associadas aos pensamentos e processos mentais do espírito. Aparece aos clarividentes como uma luz amarela brilhante que rodeia a cabeça e os ombros, estendendo-se por toda a volta do corpo. Dentro dele se podem ver as formas-pensamento criadas pelo espírito, as quais possuem cor própria determinada pela qualidade do sentimento ou emoção que as acompanham. 4. Corpo astral ou nível astral: quarta camada da aura, é o perispírito propriamente dito. Apresentase como um conjunto multicolorido de nuvens, similar ao corpo emocional, mas mais brilhante. Estende-se de 15 a 30 cm para fora do corpo físico. Aqui podemos identificar os chakras astrais, ou parachakras, com a mesma escala de cores dos outros, mas mais brilhantes e vivos. 5. Corpo etérico padrão: quinta camada da aura, é o nível que dá forma ou serve de molde ao corpo ou duplo etérico da primeira camada. Pode ser considerado o duplo etérico do perispírito. Estende-se a uma distância de 45 a 70 cm do corpo físico dentro de uma forma ovalada que envolve todo o corpo físico e tudo o que está ligado a ele, inclusive os chakras. Para os clarividentes treinados, aparece como se fosse uma imagem em negativo, onde as linhas do corpo são claras e transparentes sobre um fundo azulado escuro. 6. Corpo celestial: sexta camada da aura, corresponde ao nível emocional do perispírito. Estende-se de 61 a 84 cm do corpo físico. Apresenta-se como uma forma luminosa tremeluzente, de várias cores cintilantes como madrepérola. Não tem forma muito bem definida, apresentando-se apenas como luz irradiando-se do corpo. 7. Corpo ketérico padrão ou corpo causal: sétima camada da aura, corresponde ao nível mental do perispírito. Estende-se de 75 cm a 1 m do corpo físico. Também apresenta forma ovalada envolvendo todo o corpo e suas manifestações energéticas, inclusive os outros níveis áuricos do indivíduo. É composto de luz dourada e prateada que mantém unida toda a forma da aura por meio de uma grade energética de todo o corpo físico e o corpo astral, incluindo os chakras e parachakras. Tem uma camada externa, muito forte e elástica, com uma espessura que varia de 6 a 12 cm, a qual tem a função de proteger todo o campo áurico do indivíduo. Nesta camada estão alguns registros de encarnações passadas, especialmente aqueles cujas circunstâncias e conseqüências se está tentando resolver ou melhorar nesta vida, ou seja, aqueles cujos efeitos se fazem sentir na presente encarnação.

Como se vê, as três primeiras camadas nada mais são que emanações energéticas do espírito relativas ao corpo físico. São preexistentes ao mesmo e devem desaparecer mais ou menos rapidamente depois de sua morte, dependendo do tipo de morte e do grau evolutivo do espírito. Como são as camadas mais densas, são também as mais facilmente detectáveis pela maioria dos clarividentes e as que se registram mais facilmente por meio de aparelhos. Já as três últimas camadas são as emanações energéticas do espírito relativas ao perispírito, aqui classificado como a quarta camada áurica. São camadas mais sutis e de teor vibratório mais intenso, as quais não são tão facilmente detectáveis e perceptíveis a clarividentes e aparelhos. Todas, no entanto, estão intimamente ligadas e funcionam sobrepostas umas às outras, interpenetrando-se continuamente durante a encarnação do espírito. Há alguns autores que dizem haver, para além destas sete camadas, outras camadas mais sutis, referentes ao plano cósmico do espírito, onde estão registradas todas as experiências passadas e as aspirações espirituais. OS CHAKRAS ou CENTROS DE FORÇA Chakras (do sânscrito = rodas) ou centros de força, são vórtices energéticos destinados a fazer a troca de energias entre o mundo físico e os vários níveis de manifestação do plano cósmico. Exatamente como os 5


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vórtices de um furacão ou de um redemoinho, eles captam e irradiam energia num movimento giratório contínuo.

Exemplos de vórtices

Os chakras funcionam como estações receptoras, transformadoras e distribuidoras das diversas variações do fluido cósmico universal. Eles absorvem energias vitais do meio ambiente, do cosmos, e das fontes básicas da natureza (ar, alimentos, terra, etc), transformam-nas em freqüências necessárias para a manutenção e desenvolvimento do corpo físico e do perispírito, e distribuem-nas aos mais variados setores desses corpos. Ao mesmo tempo, recolhem e irradiam as energias do espírito e das suas várias camadas áuricas no ambiente em que ele se manifesta seja com o corpo físico, seja somente com o corpo perispiritual. Dessa forma, o homem encarnado ou desencarnado está envolvido num intercâmbio permanente de energias nos mais variados planos de existência, seja no seu próprio meio ambiente, seja em ambientes mais fluídicos ou de outras dimensões. Os principais chakras do homem são em número de sete e, de acordo com as tradições hindus, estão associados às sete principais glândulas dos sistema endócrino, às sete cores visíveis do espectro, presentes também no arco-íris, às sete notas musicais e a cinco elementos da natureza (já que os dois chakras superiores não têm correlação no mundo físico por serem muito sutis). Mais tarde, pesquisadores ocidentais descobriram que estes mesmos chakras estão também próximos a sete principais plexos nervosos do corpo físico. Cada chakra maior possui, dentro de si, pequenos vórtices energéticos, conhecidos como pétalas ou hélices, cujo número varia conforme a função do chakra. Daí cada chakra ter sido comparado e representado simbolicamente por uma flor de lótus na tradição oriental hindu. Cada um desses pequenos vórtices trabalha com uma freqüência de vibração da energia e manifesta uma cor diferente de acordo com essa vibração. Por isso a cor do chakra pode variar de acordo com a freqüência em que estiver trabalhando no momento em que é examinado.

Vistas lateral e frontal de um chacra normal.

OS CHAKRAS PRINCIPAIS 1º CHAKRA Outros nomes: chakra muladhara, básico, da raiz, da base, ou do cóccix Localização: na base da coluna vertebral, abaixo do cóccix, entre o períneo e o ânus, com a boca para o solo. Cor principal: vermelho fogo, a de freqüência mais baixa no espectro visível. Cores secundárias: laranja e amarelo Glândulas: supra-renais (hormônio adrenalina – defesa, instintos, sobrevivência). 6


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Cor de energização/equilíbrio: verde claro em anéis que circundam os quadris. Número de pétalas: 4 Nota musical: dó Elemento: terra Ligado às funções instintivas de autodefesa, o chakra básico controla as sensações físicas, tais como dor e prazer físico, controlando também as funções autônomas e automáticas do corpo físico. Governa a coluna vertebral, os rins, os ossos, unhas e dentes. É responsável pela captação da kundalini, energia magnética da Terra, que dá vitalidade e tônus ao corpo físico e e ao feto durante a gestação. 2º CHAKRA Outros nomes: chakra svadhistana, genésico, sacro, do sacro Localização: baixo-ventre, logo acima dos órgãos genitais, boca para a frente. Cor original: laranja Cores secundárias: verde e vermelho Glândulas: gônadas (testículos no homem, ovários na mulher, funções reprodutoras). Cor de energização/equilíbrio: verde claro em anéis que circundam os quadris. Número de pétalas: 6 Nota musical: ré Elemento: água Ligado às funções reprodutivas, controla os órgãos e os hormônios sexuais, bem como o ciclo menstrual da mulher. Além disso, o chakra genésico está relacionado ao desejo sexual, às vias urinárias, à disposição para a vida e às capacidades criativas do ser. Ajuda no bom funcionamento dos outros chakras e contribui na distribuição da kundalini, principalmente durante a gestação, alimentando o corpo em formação. É o chakra da alegria. 3º CHAKRA Outros nomes: chakra manipura, gástrico, do plexo solar, do umbigo, umbilical Localização: dois dedos acima do umbigo, com a boca para a frente. Cor original: amarelo ouro Cores secundárias: dourado, verde. Glândula: pâncreas (insulina, controla os níveis de açúcar e gordura no sangue) Cor de energização/equilíbrio: verde folha Número de pétalas: 10 Nota musical: mi Elemento: fogo Ligado às funções digestivas, o chakra gástrico controla todo o sistema digestório e os órgãos que participam da digestão, transformando, distribuindo e regulando as energias captadas dos alimentos. Relaciona-se às emoções humanas tais como o medo, a raiva, a paixão, etc. É também o chakra da sensibilidade, por onde captamos e identificamos as energias do ambiente. É também neste chakra que se ligam os espíritos mais perturbados e desequilibrados no processos de obsessão, por ser, justamente, um centro de onde se podem sugar facilmente as energias. 4º CHAKRA Outros nomes: chakra anahata, cardíaco, do coração Localização: no centro do peito, entre as mamas. Cor original: verde esmeraldaCores secundárias: rosa e dourado Glândula: timo (crescimento, sistema linfático, sistema imunológico) Cor de energização/equilíbrio: rosa claro e brilhante (a cor do amor) Número de pétalas: 12 Nota musical: fá Elemento: ar O chakra cardíaco controla o sistema imunológico, a circulação, o sangue e o sistema cárdio-respiratório. É considerado o centro dos sentimentos e é o mais afetado por emoções desequilibradas. É o canal do amor fraterno, da solidariedade e da compaixão. É também o chakra do trabalho assistencial, da abnegação, do 7


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trabalho voluntário. Quando desequilibrado pode levar à depressão e à angústia. É o responsável por captar, transformar e distribuir as energias do ar (prana) e do meio ambiente, através da respiração. 5º CHAKRA Outros nomes: chakra vishuddha, laríngeo, da laringe, da garganta Localização: pescoço, bem em cima do “pomo de adão”. Cor original: azul celeste Cores secundárias: azul esverdeado e prateado Glândula: tireóide e paratireóides (desintoxicação, metabolismo, crescimento) Cor de energização/equilíbrio: azul prateado, cor do luar. Número de pétalas: 16 Nota musical: sol Elemento: éter (fluido cósmico) O chakra laríngeo controla os braços, a boca, os ouvidos, o nariz, a garganta, as cordas vocais e as vias aéreas superiores. É o chakra da psicofonia e da clariaudiência. É o chakra que dá poder às palavras, o chakra da realização verbal, da voz de comando. É também um filtro energético, bloqueando as energias emocionais para que elas não alcancem os chakras da cabeça. É o chakra da expressão e da comunicação do ser humano com o mundo. 6º CHAKRA Outros nomes: chakra ajña, frontal, da testa, do terceiro olho, do comando Localização: entre os sobrancelhas, 1 cm acima dos olhos. Cor original: azul índigo Cores secundárias: amarelo e violeta Glândula: hipófise ou pituitária (glândula mestra, comanda todas as outras) Cor de energização/equilíbrio: amarelo claro brilhante ou dourado Número de pétalas: 96 (duas rodas de 48 pétalas cada) Nota musical: la Elemento: sem correlação Controla todos os órgãos sensoriais, bem como a percepção extra-sensorial. É o chakra do autoconhecimento, da intuição, da autopercepção e do desenvolvimento intelectual. Tem atividade bastante intensa, fazendo sentir, às vezes, uma pulsação ou um calor localizado na testa. Ligado à hipófise, tem o comando de todos os outros chakras e suas glândulas. É o responsável pelo funcionamento harmonioso e equilibrado de todo o organismo. 7º CHAKRA Outros nomes: chakra sahashara, coronário, da coroa, lótus das mil pétalas Localização: no alto da cabeça, bem acima da “moleira”, com a boca para cima. Cor original: violeta Cores secundárias: branco e dourado Glândula: pineal ou epífise (crescimento e outras funções ainda não compreendidas) Cor de energização/equilíbrio: azul Número de pétalas: 986 Nota musical: si Elemento: sem correlação O chakra coronário comanda as funções e a irrigação do cérebro. Chakra ligado à consciência e às aspirações elevadas do espírito, relaciona-se à pureza espiritual e aos ideais superiores. É o chakra de ligação com os espíritos de luz, da inspiração, da telepatia e da expansão da consciência. Muito importante no desenvolvimento da mediunidade, por desenvolver no médium os ideais elevados de justiça, igualdade e amor universal. É o centro de ligação, captação, transformação e distribuição da energia cósmica. É também o chakra da integração do mundo físico com o mundo espiritual.

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Vista frontal dos chacras principais com o campo áurico

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Vista lateral do sistema de chacras principais

Todos os esses chakras abrem-se em bocas na parte da frente do corpo, tendo uma boca inversa correspondente nas costas. As quatro bocas dianteiras do tórax e abdômen correspondem aos centros dos sentimentos. As quatro bocas traseiras do tórax e abdômen correspondem aos centros da vontade. E as três bocas localizadas na cabeça correspondem aos centros mentais, sendo que a boca do chakra coronário, no alto da cabeça, tem sua boca inversa no próprio chakra básico, localizado no final da coluna vertebral, bem na ponta do cóccix.

Centros mentais

Centros dos sentime ntos

Centro s da vontad e

Vista lateral do sistema de chacras principais, em suas cores de fundo, agrupados por centro de função.

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Representações artísticas hindus do sistema de chacras principais.

Além desses sete chakras principais, tradicionalmente conhecidos e estudados nas culturas orientais, existem vários outros chakras secundários que também desempenham importante papel na manutenção e desenvolvimento do espírito e seus corpos. Os chakras secundários principais estão: nas têmporas, na palma das mãos, na sola dos pés, nos cotovelos, nos joelhos, nos ombros, atrás dos olhos, no fígado, no estômago, um exatamente sobre o plexo solar, outro sobre o baço e muitos outros chakras menores espalhados pelo corpo com vários tamanhos e funções.

Quadros ilustrativos dos sistemas de chacras principais e secundários.

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Chacras secundários da cabeça.

Nos estudos ocidentais, entretanto, um desses chakras secundários foi elevado à condição de chakra principal: o chakra do baço ou esplênico (do inglês splen, que significa baço). Não estando ligado a nenhuma glândula endócrina, não pode ser considerado um chakra principal. No entanto, em virtude da repressão sexual imposta ao Ocidente pelo Cristianismo, o chakra genésico veio a ser suprimido e substituído pelo chakra esplênico. Vejamos o que diz Wagner Borges em seu site, no endereço: http://www.ippb.org.br/texto093.htm: “A função do chakra gênito-urinário (ou chakra genésico), ultrapassa em muito a função genital. Ele também controla as vias urinárias e as gônadas (glândulas endócrinas: testículos no homem; ovários na mulher) e é responsável pela vitalização do feto em formação (função essa que divide com o chakra básico). Devido à sua intensa atuação energética na área genital, o chakra sacro normalmente é suprimido por várias doutrinas espiritualistas ocidentais, muito presas a condicionamentos antigos sobre sexualidade. Muitas delas colocam o chakra esplênico em seu lugar. O motivo disso é simplesmente o tabu em relação à questão sexual. É um absurdo, mas alguns autores de livros chegam a trocar o nome dos dois chakras, chamando o esplênico de sacro ou o sacro de chakra do baço. Os orientais não sofreram a repressão sexual imposta aqui no Ocidente pelo Cristianismo. Daí, não hesitaram em classificar o chakra sexual como um dos principais centros de força do campo energético. Porém, consideraram o chakra do baço apenas como um centro de força secundário. É por isso que eles falam em sete chakras principais. Aqui no Ocidente, também se fala de sete chakras principais, mas costumam exonerar o chakra sexual da classificação e colocar em seu lugar o chakra do baço. O chakra do baço é importante na questão da absorção de vitalidade para o corpo, mas não é um dos centros principais. É apenas um repositor energético que ajuda o chakra cardíaco a distribuir a energia pela circulação do sangue. Por isso, ele nem mesmo é mencionado na tradição iogue como um centro importante. No corpo físico, o baço é uma víscera situada ao lado esquerdo do estômago, logo abaixo das costelas esquerdas. Retém células mortas da corrente sangüínea e as destrói. Também produz glóbulos vermelhos e brancos e transporta nutrientes para as células, via corrente sangüínea. Na medicina chinesa, ele é considerado, junto com o estômago, como um órgão só, associado ao elemento terra.

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Aqui no Ocidente, quem divulgou mais a questão do chakra do baço foi Charles Webster Leadbeater, discípulo de Helena Blavatsky, colaborador direto na condução da Sociedade Teosófica nas primeiras três décadas desse nosso século. Ele era um clarividente respeitável e muito competente. Mas ele tinha vários problemas em relação à sexualidade, talvez pelo fato de ter sido reverendo. Por esse motivo, ele suprimiu o estudo em cima do chakra sexual (ele dizia que era um centro perigoso para o desenvolvimento espiritual da pessoa), e colocou em seu lugar o chakra esplênico. A partir dele, outros autores ocidentais tomaram a mesma postura, esquecendo-se de que o chakra do baixo ventre não é meramente um chakra de ativação da energia sexual, mas também um centro gerador e plasmador de vida, pois é por sua ação (conjugada com o chakra básico), que o feto recebe energia e desenvolve-se. Além de ser o controlador das vias urinárias (não é à toa que na tradição iogue ele está relacionado ao elemento água). Resumindo: O chakra sacro (ou genésico) fica no baixo ventre. O chakra esplênico derivado de splen = baço) é no baço. São chakras diferentes mesmo. Há muito mais chakras do que os sete principais. Há chakras secundários nas palmas das mãos, plantas dos pés, pulmões, fígado, estômago, orelhas, mandíbulas, ombros, joelhos, entre as escápulas (omoplatas) e espalhados por todo corpo. E, em escala menor, pode-se dizer que para cada poro do corpo há um pequeno chacra em correlação direta no campo vibratório correspondente.” É assim que, na tradição espírita brasileira, vamos encontrar um sistema de oito chakras principais, criado por Edgard Armond na FEESP, em que se tentou adaptar a tradição oriental à ocidental:

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1. CORONÁRIO

2

2. FRONTAL

3 4 5

3. LARÍNGEO 4. CARDÍACO

6 7 8

5. GÁSTRICO 6. ESPLÊNICO 7. GENÉSICO 8. BÁSICO

O chakra esplênico, nos exercícios de energização nos centros espíritas, normalmente, é citado entre o chakra gástrico e o chakra genésico. Está localizado do lado esquerdo do abdômen, bem em cima do baço e logo abaixo da última costela. Não se sabe a cor original, nem o número de pétalas desse chakra, mas convencionou-se trabalhá-lo com a cor rosa forte.

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1. BÁSICO 8 7 6 5 4

3 2 1

2. GENÉSIC O 3. GÁSTRIC O 4. ESPLÊNI CO 5. CARDÍAC O

No entanto, é de se notar que, de fato, o chakra esplênico não está localizado no centro do corpo, alinhado com os outros principais. Além disso, ele não está relacionado a nenhuma glândula endócrina e a nenhum plexo nervoso, exatamente como os outros sete. E, por isso mesmo, a tradição hindu, a mais antiga no estudo dos chacras, não o relaciona entre os principais, tanto que não há informações sobre a sua cor de fundo, número de pétalas, etc. Além dessa modificação, os centros espíritas convencionaram energizar e trabalhar os chakras de uma maneira bem peculiar, inclusive quanto às cores e à ordem. Assim, num exercício básico de energização dos centros de força numa casa espírita, são feitas as seguintes visualizações, na seguinte seqüência, chamada projeção luminosa (PL):

1. luz azul penetrando pelo coronário, descendo pelo bulbo (localizado na nuca, na base do crânio), 2. 3. 4. 5. 6. 7.

e massageando toda a coluna vertebral e o sistema nervoso central; no frontal amarelo claro brilhante, clareando idéias e pensamentos, organizando o raciocínio, aumentado a lucidez; no laríngeo azul prateado; no cardíaco rosa suave a amoroso, transformando os sentimentos em amor; no gástrico verde-folha, fazendo ponte luminosa com o bulbo; no esplênico rosa mais forte; e 8. genésico e básico envolvidos em anéis verde claro de proteção (ao redor dos quadris).

Um chakra principal, em condições normais de funcionamento, tem aproximadamente 15 cm de diâmetro na parte mais externa de sua abertura e se estende a aproximadamente 2,5 cm de distância do corpo. Seu vértice alonga-se em forma de cordão até a coluna vertebral, onde passam os principais canais de fluxo da energia, conhecidos como nádis na tradição hindu e como meridianos na tradição chinesa e japonesa da acupuntura.

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Os três canais principais na tradição hindu são: Sushumna – canal principal que desce dentro da coluna vertebral interligando todos os chakras. Segundo os hindus, é por ele que sobe a kundalini no processo de expansão da consciência. Ida – canal que circula o canal principal em espiral, nascendo no chakra básico e terminando no canto do olho esquerdo, logo abaixo do chakra frontal. 13


IPPB

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Mediunidade & Espiritualidade 2008

Apostila 3

Pingala – canal que circula o canal principal em espiral, nascendo no chakra básico e terminando no canto do olho direito, logo abaixo do chakra frontal.

Já para a acupuntura temos: Vasogovernador – canal energético principal do corpo, localizado no centro. Meridianos yin – canais energéticos localizados à esquerda do corpo. Meridianos yang – canais energéticos localizados à direita do corpo.

Flor de lótus, símbolo dos chacras na tradição hindu.

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