PORTFOLIO+CV Rui Manuel Pinto del Pino Fernandes
CV Rui Manuel Pinto del Pino Fernandes
18 de Junho de 1990, Matosinhos Rua da Alegria 130 3ºesquerdo 1250-007 Lisboa +351 913960327 ruidelpino@live.com.pt
Formação Académica
2012 | 2014 – Mestrado Integrado em Arquitectura | ISCTE-IUL, Lisboa Tema da dissertação: Passagem ou a meio do caminho - Desenvolvimento Urbano e Habitação na Macau pós-passagem de Soberania Orientação: José Neves e Ana Vaz Milheiro. Classificação final: 19 valores 2011 | 2012 – Programa Erasmus | “Faculte d’Architecture La Cambre-Horta“, Bruxelas (Bélgica) 2008 | 2011 – Mestrado Integrado em Arquitectura | Escola Superior Artística do Porto (ESAP), Porto
Formação Adicional
2010 – AICO “Architecture International Congress at Oporto”, Alfândega do Porto, Porto 2009 – III Encontro do CEAA: Januário Godinho – Leituras do Movimento Moderno, ESAP, Porto 2009 – (Re)Construir Cidades: Cartografias a partir do Arquitecto Marques da Silva, FAUP, Porto
Participação e Colaboração
2015 – Artigo Quem bebeu a memória da nossa passagem? – Macau: História, contexto e cidade Revista Passagens nº2 – ISCTE-IUL (no prelo) – Projecto Igreja do Cristo-Rei da Portela de Sacavém | seleccionado para o Anuário de Arquitectura ISCTE-IUL – Projecto Igreja do Cristo-Rei da Portela de Sacavém | seleccionado para o Concurso Prémio SECIL Universidades 2014 – Exposição África – Visões do Gabinete de urbanização Colonial | Garagem Sul-CCB, Lisboa – curadoria de Ana Vaz Milheiro 2013 – Participação na Monografia Construir em África – A arquitectura do Gabinete de Urbanização Colonial | ISCTE-IUL 2010 – Moderador da Mesa Redonda A Face do Outro: Gostava de Morrer Aqui! | Plano B, Porto – Exposição Gostava de Morrer Aqui!, estudo sobre as ilhas do Porto | Plano B, Porto – curadoria de Fernando Matos Rodrigues – Artigo Lugar vs Espaço ou Passado vs Futuro | Revista Dédalo nº7 – AE-FAUP 2009 – Participação na Revista Brilho no Escuro nº1 | Porto – organização de Graça Martins e Isabel de Sá
Competências Linguísticas Português língua materna Castelhano conhecimento empírico Inglês fluente (oral, escrita, compreensão e leitura) Francês bom (oral, leitura e compreensão) Competências técnicas Microsoft Office bom Archicad bom Autocad básico Google Sketchup básico Adobe Photoshop bom Adobe Indesign bom Adobe Illustrator intermédio Maquetes intermédio Outras informações
2008 – ZON, comercial de Telemarketing, Porto 2012 – ... Co-autor dos blogs As casas vieram de noite e As bicicletas não eram ninguém e no entanto algo, com João Cunha Borges
Selecção de trabalhos Lisboa, Portugal Depois da tábua rasa - Masterplan Portela de Sacavém Igreja do Cristo-Rei da Portela de Sacavém Bruxelas, Bélgica Masterplan para Schaerbeek-Laeken Maison d’urbanisme (Bruxelles) Porto, Portugal Exposição “Gostava de morrer aqui!” Ilha na Rua dos Bragas Casa para dois professores
LISBOA Portugal
Depois da tábua rasa Masterplan Portela de Sacavém Colaboração: Patrícia Almeida, Telma Ribeiro, Anderson Colombo e Ivo Gomes Orientação: José Neves e Paulo Tormenta Pinto
A Urbanização da Portela de Sacavém, com traço do arquitecto Fernando Silva, data de meados dos anos 60, continuando a sua construção até à década de 80. A Portela de Sacavém instala-se num conjunto de quintas, entre a linha de comboio, Moscavide, Prior Velho e Olivais-Norte. Esta situação geofísica particular, aliada a especificidade do seu desenho urbano, faz da Portela um dos mais importantes redutos da expansão da cidade de Lisboa. O projecto urbano apresentado parte de um hipotético incêndio ocorrido no centro da Urbanização da Portela de Sacavém, obrigando a um diálogo acerca da necessidade de uma nova centralidade em todo o plano. Tomou-se a decisão de libertar o centro, criando uma permeabilidade entre a cota mais alta e a mais baixa, de forma a existir uma maior coerência entre extremidades do bairro. O eixo central deverá abrigar uma série de serviços, nomeadamente os escritórios e a nova estação de metropolitano. A galeria comercial, embasamento dos cinco blocos no lado oeste do terreno, é servida por um terreiro, palco para uma versatilidade de eventos organizados pela associação de moradores ou outros. A metade leste do terreno é ocupada por um parque, um pulmão verde necessário a todo o bairro. Os estacionamentos dos cinco blocos a oeste e das cinco torres a leste são repensados de forma a servir melhor a população. Paralelamente são criadas novas infra-estruturas para estacionamento, situadas no piso superior da galeria comercial e no embasamento das cinco torres. Estas novas intervenções nada mais são do que o prolongamento dos estacionamentos existentes. Com isto pretende-se o escoamento de trânsito mais saudável assim como o desaparecimento parcial de estacionamento indevido. A nova galeria comercial, de cariz mais intimista, aproxima-se mais de uma rua comercial coberta. A disposição dos diferentes módulos de loja é pontualmente interrompido para criar espaços de permanência protegidos. No piso superior existe um parque de estacionamento destinado aos utentes da galeria e uma rua coberta que estabelece ligação entre a Avenida da República e a Avenida dos Descobrimentos. Ao longo de todo o percurso existem elementos verticais de ligação com a cota inferior. A estrutura porticada do urbanduto possibilita a permeabilidade entre a cota baixa e a cota alta, concentrando uma série de serviços essenciais para o funcionamento do plano. A estrutura compreende dez módulos de escritórios, duas faixas de rodagem, duas passagens pedestres e a estação de metropolitano. A geometria do plano do urbanduto, influenciada pela Galeria Comercial, possui quebras na sua ordem quando se aproxima da massa arbórea do parque. A curva das cinco torres de acessos remetem a um universo mais naturalista, diferente daquele que existe entre a Galeria e o Urbanduto. Ao mesmo tempo o grande tabuleiro da rua à cota 49, cria uma grande zona de sombreamento, assim como protecção da chuva, algo essencial quando confrontado com a dimensão do terreiro.
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Sistema viário e importância do centro na definição da Urbanização da Portela
Fotomontagem da Galeria Comercial Fotomontagem da Estação de Metropolitano
Axonometria da estrat茅gia geral Axonometria da zona central (centro comercial, metropolitano, parque e escrit贸rios)
10m
Corte no sentido nascente-poente
10m
Igreja do Cristo-Rei Portela de Sacavém Orientação de José Neves
A proposta apresentada para a nova Igreja do Cristo-Rei situa-se entre os limites da Portela de Sacavém, próxima da IP1, e a Rua Mouzinho de Albuquerque, um eixo estruturante do bairro. Sendo a população da Portela de religiosidade mista (católicos e hindus maioritariamente), o objectivo foi criar um espaço primeiramente espiritual e, só depois, especificamente religioso. Ao mesmo tempo, era importante criar um “objecto” que se conjugasse com o contexto oferecido pelo local (torres, paralelepípedos). O programa compreende a igreja e as câmaras mortuárias, assim como um baptistério, um centro paroquial com duas salas para sessões de catequese, uma sala polivalente e um gabinete, e ainda uma residência paroquial. O edifício da igreja propriamente dito é composto por três volumes: um paralelepípedo longitudinal com cobertura inclinada, que se “projecta” sobre a auto-estrada, e duas torres de áreas iguais mas com alturas diferentes (24 metros uma e 34 a outra). A cobertura inclinada cria um efeito de prolongamento do eixo formado pela Rua Mouzinho de Albuquerque. A câmara mortuária e o baptistério encontram-se nas torres de 24 e 34 metros respectivamente, separando-se do corpo central da igreja, simbolizando o primeiro e o último acto de celebração da vida em contexto religioso. O segundo conjunto, formado por dois programas distintos, encontra-se em redor de um jardim murado numa cota inferior em 3 metros face à cota da rua. Dessa forma, os dois volumes são imperceptíveis à cota da rua. O centro paroquial, abrigando principalmente sessões de catequese, funciona como um grande coberto para o jardim murado, sendo possível fechar o espaço através de grandes janelas de correr. Na residência paroquial, procurou-se trabalhar com áreas mínimas, assim como um isolamento que conduzisse a um sentimento de introspecção. A circulação é feita perimetralmente, sendo os armários e as estantes as únicas separações entre os espaços.
Fotomontagens do conceito inicial
10m
Axonometria explodida do corpo da Igreja
10m
Corte Transversal pelo corpo da Igreja
Alรงado Norte-Sul Planta do Conjunto (c. 48) Planta do Conjunto (c. 51)
10m
BRUXELAS Bélgica
Masterplan para Schaerbeek e Laeken Orientação: Géry Leloutre e Nadia Casabella
Entre o parque terciário da Gare du Nord e o parque de exposições de Heysel, regista-se uma comunicação bastante intensa, uma vez que na primeira zona se encontram escritórios corporativos, cujos produtos são expostos na grande superfície expositiva da segunda zona. Entre ambas, encontram-se dois lugares que partilham uma característica peculiar: tratando-se de comunas com uma área relativamente grande, ambas se encontram fracturadas por elementos de grande impacto. Especificamente, a comuna de Laeken está interrompida pelo monumental Parc Royal, que se encontra de momento fechado ao público; e a comuna de Schaerbeek encontra-se lacerada pela passagem da linha férrea, cujo confronto com o espaço urbano é nem sempre o melhor. O projecto visa fomentar uma ligação mais directa e saudável entre o parque terciário e o espaço expositivo, utilizando esta ligação como pretexto para repensar e melhorar as fragilidades registadas nas zonas intermédias.
Parvis de Notre-Dame de Laeken Relativamente a Laeken, os limites do Parc Royal criam fracturas e divisões na malha urbana da comuna. A intervenção passa por derrubar os muros do parque, criando zonas de estar que o liguem aos quarteirões fronteiriços, fortalecendo a própria coesão do território a partir de um centro nevrálgico comum.
Esquema do conceito geral
20m
50m
Fotomontagem do Parvis e entrada para o parque
20m
Place du Palais et Pavillon à Schaerbeek Quanto a Schaerbeek, é a linha férrea que cria uma cisão entre leste e oeste da comuna. O projecto aproveita dois túneis paralelos e os espaços não-qualificados nas imediações e transforma-os numa praça coberta, sob a linha, que a um tempo mantenha a circulação do comboio (de importância central para a vida urbana belga) e suavize o carácter estanque dos dois lados de Schaerbeek. A praça é pontuada de ambos os lados por dois edifícios, cujo funcionamento em continuidade é decorrente do seu posicionamento face a esta praça. Fotomontagem do espaço público criado pela união dos dois túneis
50m
Quartier Gare de Schaerbeek O outro espaço de intervenção na comuna de Schaerbeek foi a zona industrial à face do canal de Bruxelas. À data do projecto, havia planos municipais para um aumento da Gare, localizada nesta área. O projecto visa criar condições para esse aumento. Entre estas, planeia-se uma nova praça e um novo jardim, edifícios que pudessem criar uma relação com o património industrial local (incluindo um familistère de Jean-Baptiste André Godin) e a preservação do património natural (Canal du Senne). Estas estruturas são orientadas para criar uma nova ligação entre a franja da malha urbana de Schaerbeek e o Parc Royal de Laeken.
Fotomontagens do espaço público e do viaduto
Diagrama de desenvolvimento da nova trama urbana
Maison d’Urbanisme (Bruxelles)
Orientação de Iwan Strauven e Judith Le Maire
Diagramas do conceito
Fotomontagem apartir da Avenue du Port
A Avenue du Port em Bruxelas funciona como uma síntese de toda a cidade. Uma longa avenida paralela ao Canal de Bruxelas nunca cria uma relação saudável com ele. Edifícios de escritórios anónimos e de gosto ecléctico, bem como a gare desactivada de Thurns et Taxis são alguns dos elementos que compõem a via. O terreno trapezoidal e de pequenas dimensões comporta actualmente um jardim e um edifício de escritórios. O programa para um centro de interpretação, investigação e discussão dos problemas do urbanismo tem aqui terreno privilegiado, apesar de exigir uma área significativa. Desta forma, optou-se por desenvolver as áreas destinadas à investigação (biblioteca, acervo, sala de estudo), salas de exposição permanente e bar em níveis abaixo da cota da rua. Estes espaços são iluminados por dois fossos que assinalam o terreno e delimitam os espaços públicos ao nível térreo. As salas de exposição, o auditório e a área administrativa são relegados para um volume elevado quatro metros em relação à rua. Este volume isola-se do espaço envolvente, excepto em certos momentos específicos onde se criam vistas ‘emolduradas’ da cidade, uma tentativa de reflectir criticamente a situação daquela zona.
Esquiço do piso térreo
Piso 0 Entrada
Piso -1 Entrada Recepção Bar
Piso -2 Exposições permanentes
Piso -3 Biblioteca Acervo Sala de estudo
Piso 4 Escritórios
Piso 3 Auditório
Piso 2 Exposições temporárias
Piso 1 Exposições temporárias Acervo 10m
Fotomontagem do espaรงo expositivo
Corte transversal
1m
PORTO Portugal
Exposição “Gostava de morrer aqui!” Curadoria de Fernando Matos Rodrigues
Organizada em Maio de 2010 no espaço cultural Plano B (Porto), esta exposição consistia na compilação de material fotográfico e de testemunhos, com o propósito de dar a conhecer a vida de quem habita nas ilhas da Rua de S. Victor. Decisões camarárias haviam realojado muitos dos habitantes das ilhas da escarpa das Fontainhas recentemente, pelo que parecia ter todo o sentido dar a conhecer, na primeira pessoa, uma comunidade vizinha de grandes dimensões. O objectivo era criar um diálogo com as escolas de arquitectura, o poder autárquico, os investigadores da área da habitação e os habitantes de S. Victor, de forma a pensar a questão do futuro e a importância presente das ilhas no panorama urbano da cidade do Porto.
Ilha na Rua dos Bragas Orientação de Gonçalo Louro
A construção de um conjunto de habitação colectiva entre a Rua de Cedofeita e uma ilha com entrada pela Rua dos Bragas foi uma oportunidade para repensar a ilha, uma das tipologias de habitação portuenses mais antigas mas também mais polémicas. Organizada em U em torno de um pátio, esta ilha era composta por dez pequenas habitações, variando entre o piso único e os dois pisos. Duas destas habitações encontram-se desocupadas e em estado quase devoluto. Tendo em conta estas características e a população residente, procurou-se uma solução que não passasse pela demolição e subsequente realojamento. Em vez disso, optou-se pela reconstrução das habitações ocupadas (em termos estruturais, construtivos e arquitectónicos), a construção de uma célula habitacional no lote de uma das casas devolutas e a abertura, pelo mesmo lote, da ilha ao novo conjunto habitacional em Cedofeita.
50m
Planta de Implantação
Plantas e Alçados da nova célula habitacional
5m
Axonometria da ilha, da nova célula e do espaço colectivo
1m
Casa para dois professores Orientação de Gonçalo Louro
Pretendia-se uma habitação entre o final da Rua do Pinheiro e o Largo Montpellier, para um casal de professores (do ramo artístico), com três filhos e inúmeros animais de estimação. O lugar, um lote típico do Porto, comprido e estreito, possuía dimensões reduzidas quando confrontado com o programa exigido: dois estúdios (um com entrada independente e espaço de arquivo), dois quartos independentes, um espaço expositivo para a colecção particular da família, um espaço verde em contacto com as áreas comuns e um quarto de hóspedes, sendo os quartos preferencialmente pequenos, de forma a colocar a ênfase nas áreas comuns. Optou-se por virar grande parte da habitação para o jardim da Escola Académica, incluindo a entrada principal da habitação e de um dos estúdios. Esta opção é também uma forma de intensificar a relação com a cidade, uma vez que abre a vista para edifícios marcantes como a Câmara Municipal, a Torre do Jornal de Notícias e o Hotel D. Henrique. A fachada é constituída pela relação entre volumes que tornam o edifício mais discreto. O material escolhido foi betão descofrado, entendendo que, com o tempo, este ganhará uma tonalidade semelhante ao granito, material nobre da cidade.
Perfil urbano da Rua do Pinheiro ao Largo da Trindade
Axonometria explodida 2m
Fotomontagem do estúdio B
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Detalhe construtivo da parede da galeria:
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01 | Isolamento térmico; 02 | Camada de forma 03 | Membrana de impermeabilização 04 | Laje de betão 05 | Seixo rolado 06 | Cantoneira de abas iguais 07 | Perfil de alumínio 08 | Caixilho de madeira 09 | Vidro duplo 10 | Alvenaria de tijolo perfurado 11 | Isolamento térmico 12 | Parede de betão com tratamento hidrófago 13 | Gesso cartonado 14 | Brita compactada 15 | Piso em epoxy
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1m
10 11 12
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0.1m
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Planta Piso Térreo
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Planta Piso 1
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01| Garagem 02| I.S. 03| Quarto 04| Galeria 05| Entrada 06| I.S. 07| Quarto 08| Estúdio A 09| Arquivo 10| Estúdio B 11| Mezzanine 12| Jardim 13| Cozinha 14| Sala de Jantar 15| Sala de Estar 16| Quarto 17| I.S. 18| Quarto principal
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1m
Rui Manuel Pinto del Pino Fernandes
ruidelpino@live.com.pt +351 913960327