Quinta-feira, 13.06.2019 | € 1,00
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Quinzenário | Ano IV | Nº 103 | Diretor: Rui Pires Santos
Fadista Gisela João no ‘Lagoa Wine Show’ Entre 20 e 22 de junho, a prova de alguns dos melhores néctares regionais e nacionais e o bom fado são propostas sedutoras para noites ao ar livre no centro da cidade. PÁG. 3
Torneio Olímpico Jovem junta 700 atletas PÁG. 14 PUB
Dona Niza em estreia no mercado
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Concelho tem um novo vinho branco produzido pelo empresário João Raposo. Marca chega este Verão à restauração local e a duas superfícies comerciais que apostam na proximidade. PÁG. 10 e 11
SOCIEDADE Cidadãos escolhem 13 propostas no OP PÁG. 6
LAC Paulo Serra reage e diz-se injustiçado PÁG. 15
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BASQUETEBOL Sub-16 femininos da ACD fazem história PÁG. 16
CULTURA Jazz regressa às ‘Fontes’ no final do mês PÁG. 17 PUB
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// Página Dois EDITORIAL
O tempo do excesso de opinião Diretor: Rui Pires Santos Colaboradores:
Ana Sofia Varela, Jorge Eusébio, Len Port, Mónica Pontes Paginação: Vanessa Correia Fotografia:
Eduardo Jacinto, Kátia Viola Depart. Comercial:
Hélder Marques 914 935 351 Propriedade e Editor: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa Composição do Capital: 100% propriedade Rui Pires Santos NIF: 508 134 595 Nº registo ERC: 126668 Depósito Legal nº: 394540/15 Redação: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa Email: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 967 823 648 Impressão: CORAZE - Oficina Gráfica Tiragem: 3.000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Estatuto editorial: http://algarvevivo.pt/ sobre-nos/
A opinião e o esclarecimento (pessoas esclarecidas) são princípios importantes em qualquer sociedade desenvolvida. À medida que estas vão evoluindo e o acesso à informação e ao conhecimento é mais fácil – como acontece atualmente – maior deveria ser a capacidade de opinião fundamentada e conhecedora. No entanto, a realidade que conhecemos é bem diferente. Num mundo onde o facilitismo e a facilidade imperam, onde a falta de tempo serve de desculpa para quase tudo, a crítica floresce, cresce e dá ‘poder’ às pessoas, mesmo quando surge associada a uma elevada dose de ignorância. Hoje em dia as pessoas leem cada vez menos, escrevem cada vez pior e sabem cada vez menos daquilo que é importante. Apesar disso têm mais opinião sobre tudo e são especialistas nas críticas. As redes sociais são o espelho mais fiel disso mesmo e o palco ideal onde os ignorantes tudo criticam, quase nem sabendo escrever. E, por vezes, os que sabem, opinam sobre o que desconhecem, mas levados por um título ou lendo umas opiniões de outros, constroem a sua sobre o que não sabem. A razão e o saber não são para aqui chamados. Consideradas nos seus primórdios como algo positivo, as redes sociais assumem-se hoje como um espaço de ignorância, de crítica fácil e desmedida, de invejas, venda de ilusões, negatividade, entre outras ‘qualidades’ bem conhecidas do ser humano. É certo que existe margem para muita coisa positiva na ‘net’, mas já se percebeu que na maior parte dos casos não é para isso que as pessoas a procuram. Mesmo no que pode haver de bom numa publicação, partilha ou notícia, há sempre um ‘crítico’ que encontra algo de mau para se ‘alimentar’ e trocar galhardetes com mais alguns ‘desocupados’. É a oportunidade de a ignorância brilhar! No fundo, é a tal liberdade de ter opinião: todos temos direito a ter uma, é verdade. A diferença é que antes a opinião tinha de ser fundamentada, baseada em dados concretos. Hoje já não. Certo é que tudo mudou e o que interessa é ‘rasgar’ e esfolar, com ou sem razão, com ou sem conhecimento. Só não compreendo como é que não lendo, não interpretando e não pensando se podem ter opiniões tão críticas e absolutas... Como sabemos, atualmente quase ninguém lê, pois dá trabalho e perde-se tempo. Na informação é mais fácil ler só o título e logo ali fica formada uma posição ou opinião sobre um assunto. Não se lê um artigo de fundo, um livro, nem se assiste a uma palestra de duas horas. Então como se pode ter opinião? É ouvindo a tendência nas redes sociais e os comentários mais ou menos disparatados daqueles que tudo sabem e que dão ‘apenas’ três erros ortográficos em cada frase que escrevem? Estas linhas surgem apenas porque me cansa o excesso de opinião e de ‘sabedoria’ que por aí abunda. É que eu, relativamente ao mundo que me rodeia, ao futuro e às pessoas, sei cada vez menos… Mais importante é que aqui apresento-vos o Lagoa Informa nº103, o qual conta com 24 páginas de variados conteúdos informativos. Foi mais um desafio fazer este número, diversificado, apelativo e noticioso, como é nosso timbre, mas fica a certeza que muitos conteúdos vão ao encontro do que os lagoenses esperam de nós. Esse é o nosso objetivo! Até breve e estamos já a preparar a próxima edição, na qual festejamos quatro anos.
Rui Pires Santos
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JOÃO RAPOSO LANÇA VINHO DONA NIZA O conhecido empresário da área da comunicação visual concretizou uma paixão antiga com o lançamento de um novo vinho. Dona Niza, numa homenagem aos pais, estará no mercado em duas versões de branco, ambas monocastas. Primeira vindima deu 8200 garrafas, o que representa 5500 litros da casta crato e 1000 litros da casta arinto. O próximo passo será criar vinho com as recém-plantadas videiras negra mole e preparar os sete hectares de terreno para visitas.
700 ATLETAS NA BELA VISTA PARA TORNEIO OLÍMPICO JOVEM O atleta recordista Francis Obikwelu foi um dos grandes destaques do Torneio Olímpico Jovem, que envolveu 700 jovens atletas de todo o país. Um grupo que integra os desportistas que serão o futuro da modalidade na representação do país ao mais alto nível, nas mais de 20 disciplinas do atletismo.
‘FINAL-FOUR’ DO NACIONAL DE BASQUETEBOL Como é possível a Associação de Basquetebol de Lisboa ter aprovado as instalações do antigo e velho quartel de Mafra para as equipas de sub-16 femininos que disputaram a ‘final-four’ de basquetebol, a 1 e 2 de junho? Responsáveis da associação visitaram e validaram umas instalações com quartos sem iluminação, colchões sujos e manchados e janelas sem vidro. Uma vergonha para a modalidade e para a entidade que assim beneficiou a equipa sua associada – Quinta dos Lombos –, cujas atletas puderam ficar nas suas casas e assim caminhar com maior facilidade para o título. Ao invés, as basquetebolistas da ACD Ferragudo, Sporting Figueirense, Escola Francisco Franco (Madeira) dormiram no chão, ao frio e com alimentos mal confecionados disponibilizados pela organização.
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MUNICÍPIO DE LAGOA (ALGARVE)
EDITAL N.º 44 /2019 O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA (ALGARVE), FRANCISCO JOSÉ MALVEIRO MARTINS: Faz público que, em cumprimento do disposto no art.º 4.º, do Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de fevereiro, ter a Câmara Municipal, aprovado na sua reunião de 26 de março de 2019, e a Assembleia Municipal apreciado na sessão de 23 de abril de 2019, os Documentos de Prestação de Contas relativos ao ano de 2018, bem como, o respetivo Relatório de Gestão. E, para constar e produzir os devidos efeitos, se publica este EDITAL e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de estilo e no SITE desta Câmara Municipal, no sítio www.cm-lagoa.pt E eu, Luis de Oliveira dos Santos Neto, Chefe de Divisão Financeira, o subscrevi. Lagoa, 16 de maio de 2019 O Presidente da Câmara (Francisco José Malveiro Martins) Lagoa Informa | Edição Nº 103 - 13.06.2019
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Abertura //
3 D.R.
EVENTO ENTRE 20 E 22 DE JUNHO
Gisela João na abertura do ‘Lagoa Wine Show’ CM LAGOA
Atletismo: Em Faro
Iniciadas da AABV vice-campeãs regionais A Associação Académica da Bela Vista (AABV) esteve em evidência, a 25 e 26 de maio, durante o Torneio Regional de Iniciados de Atletismo, cujas provas se realizaram em Faro e em Lagoa. Lara Castro foi vice-campeã no salto em comprimento (4m38). Fabiana Socorro conseguiu a 3ª posição do pódio regional no Lançamento do Dardo com a marca de 11,87m. Nos 80m planos, Mariana Lopes, atleta ainda infantil, obteve a 3ª melhor marca (11,51), feito também conseguido pela atleta nos 80m Barreiras (15,81). Nos 250mB, Jéssica Gonçalves, sem concorrência, venceu com o tempo de 41,22 e foi 2ª nos 250m Planos (37,02). Nos 1500m, Lara Castro e Renata Rodrigues foram 2º e 3º respetivamente. Nos 1500m Obstáculos, Lara Castro voltou a conquistar uma medalha pelo clube sagrando-se campeã regional com a marca de 5,41,74. A nível coletivo, a AABV foi vice-campeã regional em femininos e 10ª classificada em masculinos. Três concertos de fado por noite são um dos atrativos desta edição
Esperados milhares de visitantes no centro histórico da cidade. Rui
Pires Santos
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isela João é um dos grandes atrativos musicais do ‘Lagoa Wine Show’ deste ano, que se realiza entre 20 e 22 de junho no centro da cidade, mais propriamente na Rua Coronel Figueiredo e junto ao Mercado Municipal. A fadista atua logo na primeira noite do evento, num espetáculo agendado para as 23h15 (ver quadro). Marco Rodrigues e Maria Emília são outros dos cabeças-de-cartaz, muito bem acompanhados por artistas locais, como a lagoense Luana Velasques, que sobe ao
D.R.
palco a 21 de junho, pelas 22h00. O fado será apenas um dos complementos, mas o vinho é o protagonista principal. Algumas dezenas de produtores e marcas de vinhos, nacionais e regionais, vão estar presentes, permitindo uma agradável experiência e degustação de néctares, ao som de boa música, somando-se ainda sessões de ‘show cooking’ e a novidade deste ano: a presença de marchas populares. Ao ar livre e com concertos de música portuguesa, esta iniciativa ganhou grande expressão em 2018, quando deixou o Centro de Congressos do Arade e saiu à rua, em pleno centro histórico da cidade, para se mostrar aos lagoenses e aos muitos visitantes e apreciadores de vinho, assegurando uma maior dimensão ao ‘Lagoa Wine Show’.
PROGRAMA DIA 20 21H00 Adriana Marques 22H00 Mafalda Vasques 23H15 Gisela João DIA 21 21H00 Maria da Saudade 22H00 Luana Velasques 23H15 Marco Rodrigues DIA 22 21H00 Ecos de Coimbra 22H00 Marta Alves 23H15 Maria Emília
As portas do recinto abrem às 19h30 e a entrada é gratuita. Para quem quiser degustar os vinhos terá de comprar um copo de provas por três euros.
Futsal: Equipa feminina estreia-se com vitória
Parchalense vence Taça Complementar Terminou da melhor maneira a época de estreia da equipa de futsal feminino da Sociedade Recreativa Boa União Parchalense, que a 19 de maio venceu o Portimonense por 5-1, conquistando assim a Taça Complementar. Depois de um ano acima das expetativas, em que a formação foi finalista na Taça do Algarve e conquistou o quarto lugar no campeonato distrital, este triunfo é o melhor tónico para a próxima temporada. Além disso, a equipa do Parchal viu a atleta Ana Rita Jóia nomeada para a melhor jogadora de futsal feminino 2018/2019. O anúncio da vencedora será feito no próximo domingo, 16 de junho. PUB
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// Sociedade
SEGURANÇA CÂMARA DE LAGOA INVESTE NAS PRAIAS
Qualidade e meios de socorro são prioridades em Benagil Autarquia aproveitou ainda para hastear bandeiras azuis e inaugurar poste de alerta de radiação ultravioleta em Carvoeiro. FOTOS: CM LAGOA
Lagoa hasteou bandeira azul nas praias do concelho Ana
Sofia Varela
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Câmara Municipal de Lagoa dedicou o dia 3 de junho às praias, com o périplo pela costa para hastear bandeiras azuis, assinar um protocolo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e outro com o Instituto de Socorro a Náufragos (ISN) e a Capitania do Porto de Portimão, bem como inaugurar um poste de alerta da radiação ultravioleta. Um dos protocolos de cooperação com a APA refere-se à
Inauguração do poste de radiação UV
qualidade das águas balneares das praias do concelho, tendo a autarquia decidido, tal como no ano passado, efetuar uma monitorização mais exaustiva, com reforço das análises efetuadas durante a época alta do turismo. No caso da atribuição da bandeira azul, “entre os vários parâmetros ou requisitos que é necessário cumprir está a qualidade das águas balneares. É, por isso, com grande satisfação que nós, conjuntamente com a Câmara Municipal de Lagoa, celebramos este protocolo para termos uma
Francisco Martins firmou protocolos com APA, ISN e Capitania perceção da qualidade mais fidedigna”, explica José Pacheco, diretor regional da APA no Algarve. A maior frequência das análises fará com que os resultados sejam mais fiáveis a uma condição que está ligada à saúde de quem utiliza o espaço balnear, o que é um fator muito importante, resume o responsável. No mesmo dia foi ainda assinado um protocolo com o ISN e a Capitania do Porto de Portimão que permite continuar a ter equipamentos de vigilância e socorro em Benagil, em que aquela entidade cede a título de empréstimo alguns meios para permitir o socorro. Isto porque, a autarquia disponibiliza os recursos humanos para a vigilância da área. “A grande afluência de pessoas, sejam visitantes, sejam locais, às grutas de Benagil tem suscitado preocupações. Também a Autoridade Marítima Nacional tem feito tudo para contribuir para que não haja problemas, sobretudo em relação aos passeios às grutas”, destaca José António Gouveia, capitão-de-mar-e-guerra e diretor do ISN. O esforço é grande, ainda mais porque “cada vez menos o ISN, que surgiu há 127 anos, tem este tipo de equipamentos”, lamen-
ta. É por essa razão que justifica que tem que existir um critério muito sério no que toca à distribuição e colocação de meios na costa, em locais onde são de facto necessários como é o caso de Benagil. Ainda neste âmbito, Ricardo Arrabaça, capitão do Porto de Portimão, elogia a autarquia pela atenção que sempre deu a esta temática, sem que tivesse havido qualquer dificuldade em criar as condições necessárias para uma maior segurança naquela praia.
Turismo e natureza Para Francisco Martins, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, nem restam dúvidas de que estas duas áreas são temáticas essenciais relacionadas com “a galinha dos ovos de ouro” da região. O turismo e a natureza merecem este investimento da parte da autarquia. “Foi a natureza que originou uma beleza extraordinária a este concelho e nós temos que preservá-lo. No entanto, não temos que fazer apenas os mínimos obrigatórios”, esclarece o autarca. “Queremos ir muito mais além, porque estamos a oferecer um serviço de qualidade. É uma riqueza de costa muito grande, mas recheada de perigos”, argu-
menta Francisco Martins. É que de um momento para o outro, com a evolução do turismo, aquela praia deixou de ser apenas de Lagoa para ser uma das mais fotografadas e publicitadas por todo o mundo. “Por um lado, há que salvaguardar o património enquanto, por outro lado, há que, cada vez mais, calcular os problemas que podem acontecer com os visitantes”, conclui. Naquela manhã houve ainda tempo para inaugurar um poste de alerta da radiação ultravioleta, em Carvoeiro. Este foi o projeto vencedor da Assembleia Jovem 2017, sendo da responsabilidade dos alunos da ESPAMOL, na qualidade de deputados municipais.
Vigilância com drone A Praia de Benagil, no concelho de Lagoa, é o local escolhido para testar um drone, no dia 5 de julho, revela José António Gouveia, capitão-de-mar-e-guerra e diretor do Instituto de Socorro a Náufragos. A iniciativa pioneira é uma parceria do ISN com a Fundação Vodafone e permitirá que os vigilantes possam “facilmente aperceber-se de problemas que existam e alertar para situações em que seja necessária assistência”, avança.
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// Sociedade CM LAGOA
CIDADANIA PROPÕE NOVOS PROJETOS
Orçamento Participativo vai a votos em agosto Propostas poderão ser escolhidas nas Juntas de Freguesia do concelho e durante a FATACIL no stand do município. PROPOSTAS: Ferragudo • Parque de Street Work Out • Ilha ecológica junto à Vila Gaivota • Alcatroamento do caminho entre a EB de Ferragudo e Cruzamento Vale Canada
Ana
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Sofia Varela
oram 13 as propostas aprovadas durante os quatro encontros do Orçamento Participativo 2019 de Lagoa, realizados nas diferentes freguesias do concelho, para as quais a Câmara Municipal disponibiliza 300 mil euros. O conjunto será sujeito a um calendário que apurará os projetos que seguem para a fase seguinte ou que ficam pelo caminho. Para já, no encontro de Ferragudo, os participantes elegeram a criação de um parque de ‘Street Work Out’, uma ilha ecológica junto à Vila Gaivota e o alcatroamento do caminho entre a EB de Ferragudo e Cruzamento Vale Canada como prioritários. Já nas freguesias de Estômbar e Parchal, a população reivindica a aquisição de uma carrinha para atividades desportivas, a requalificação de Posto Náutico da Angrinha, o arrelvamento sintético no Estádio da Bela Vista, a requalificação da estrada até à EB23 de Estômbar e a colocação de lombas na Rua Vasco da Gama, na Bela Vista. A sessão nesta freguesia foi, aliás, a mais concorrida este ano. A colocação de casas de banho públicas nos Jardins 5 de Outubro e no da Igreja, um parque ‘parkour’ na Mexilhoeira da Carregação e uma ilha ecológica em Mato Serrão (Sol Férias) são as ambições na União de Fregue-
sias de Lagoa e Carvoeiro, enquanto na freguesia de Porches, os participantes votaram por um abrigo para estudantes (paragem de autocarros) junto à ilha ecológica da Rua Jacinto Correia e pela aquisição de uma viatura para transporte e apoio à comunidade piscatória. No total, estiveram envolvidas cerca de cem pessoas, onde se incluem moderadores e pessoal de apoio, todos colaboradores da Câmara Municipal, que se ofereceram em regime voluntário para ajudar nas sessões. Segundo dados da autarquia, este ano registou-se um aumento em cerca de dez por cento no número de participantes nas quatro sessões relativamente a 2018.
Estômbar - Parchal • Aquisição de carrinha para atividades desportivas • Requalificação de Posto Náutico da Angrinha • Arrelvamento sintético no Estádio da Bela Vista • Requalificação da estrada até à EB23 de Estômbar • Colocação de lombas na Rua Vasco da Gama, na Bela Vista Lagoa – Carvoeiro • Casas de banho públicas no Jardim 5 de Outubro e no Jardim da Igreja • Parque ‘parkour’ na Mexilhoeira da Carregação • Ilha ecológica em Mato Serrão – Sol Férias Porches • Abrigo para estudantes (paragem de autocarros) junto à ilha ecológica da Rua Jacinto Correia em Porches • Aquisição de viatura para transporte e apoio à comunidade piscatória
Calendário Até esta data, realizaram-se os encontros participativos e foi efetuada uma análise técnica das propostas, que terminou na terça-feira, 11 de junho. Isto porque, não serão os 13 projetos aprovados nos encontros a ser os finalistas a votação. O calendário prevê agora uma audiência dos proponentes, a partir de 18 de junho, seguindo-se a aprovação da análise técnica, a partir de 2 de julho, e a consulta pública dos resultados, entre 15 de julho e 26 de julho. A votação pública decorrerá em agosto, entre o dia 1 e 31, sendo que depois os vencedores serão anunciados a partir de 24
‘Wine Sessions’ apresentam vinhos do concelho
CM LAGOA
O encontro de Estômbar foi o mais participado este ano
Dirigido a profissionais
de outubro. Pode ser efetuada nas Juntas de Freguesia e, durante a FATACIL, no stand do município de Lagoa. O OP de Lagoa, que está na sexta edição, é o instrumento de participação democrática promovido pelo Município que volta a disponibilizar 300 mil euros do orçamento anual para concretizar as sugestões apresentadas e votadas pela população do concelho. A novidade este ano foram os encontros ao ar livre. A informação sobre este instrumento pode ser consultada online (op.cm-lagoa. pt).
Tem lugar hoje, 13 de junho (17h00), mais uma ‘Wine Session’, desta feita no Victor’s Village, onde serão apresentados os novos vinhos do Monte do Lobo, do empresário do concelho João Raposo, e da Herdade dos Pimentéis. Este evento, dirigido a profissionais da hotelaria e restauração pretende mostrar e divulgar os vinhos da região junto dos empresários ligados aos restaurantes e hotéis. No próximo dia 27, o Monte Santo Resort será palco de novo encontro, desta vez com os vinhos da Quinta dos Santos.
Biblioteca Municipal
Lagoa recebe workshop ‘Game Construct’ A Happy Code Portugal promove o workshop ‘Game Construct’, na Biblioteca Municipal de Lagoa, entre 1 e 5 de julho. A iniciativa é dirigida a crianças dos sete aos 12 anos e pretende ensinar, de forma prática e divertida, conceitos computacionais relacionados com a programação e com o desenvolvimento de jogos 2D, de forma interdisciplinar com as áreas das Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). Os interessados podem inscrever-se por email (biblioteca@cm-lagoa.pt), sendo que as vagas são limitadas. PUB
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PALESTRA ACADEMIA CULTURAL SÉNIOR DE LAGOA
Uma tarde a falar de stress e bem-estar Psicóloga Sandra Diogo explicou que o stress é a resposta do organismo a acontecimentos que provocam desequilíbrios no bem-estar. D.R
Os utentes da Academia Sénior estiveram atentos à palestra
A
Academia Cultural Sénior de Lagoa recebeu a 27 de maio uma sessão intitu-
lada ‘Stress vs. Bem-Estar’, com o objetivo de prevenir e atenuar os níveis de stress e promover o
bem-estar nos participantes. A sessão teve início com um ‘brainstorming’ sobre estes dois conceitos e, de seguida, a psicóloga Sandra Diogo explicou que o termo ‘stress’ foi utilizado pela primeira vez pelo biólogo Hans Selve, e que é a resposta do organismo a acontecimentos que provocam desequilíbrios no bem-estar. Podemos ainda definir como um agente neutro, capaz de se tornar positivo (eustress) ou negativo (distress), de acordo com a perceção e a interpretação de cada indivíduo, obrigando-o a mudar de comportamento. Os alunos aprenderam a identificar os tipos de stress (eustress/fase positiva e distress/ fase negativa), sinais/sintomas, causas (internas e externas), fato-
res e as consequências do stress e como este fenómeno pode afetar-nos nos desafios do quotidiano, a nível físico e psíquico. “A melhor forma para atenuar o stress é saber identificar, os sinais e os sintomas, conhecer os riscos e as consequências para ter uma atitude anti-stress, ou seja, com hábitos de vida saudáveis (bem-estar). Cada sujeito possui mecanismos próprios (traços de personalidade – otimismo –, resiliência, estratégias de ‘coping’), para lidar com o stress, por isso não há receitas. Contudo, a gestão deve ser encarada como forma de melhorarmos a nossa condição de saúde e bem-estar. Por isso, a prevenção ao stress é a promoção de hábitos saudáveis é de primordial importância”, explicou Sandra
Diogo. “Os estudos apontam o stress como um desequilíbrio físico e psicológico, sendo que, se o mesmo for restabelecido num curto prazo de tempo, não originará danos para o organismo, mas caso tal não se verifique surgem inevitavelmente, consequências e doenças”, acrescentou a psicóloga. Na segunda parte da sessão, falou-se de bem-estar e os participantes aprenderam algumas técnicas para atenuar os níveis de stress. A finalizar foi realizada uma dinâmica de relaxamento, onde os alunos da Academia Sénior tiveram a oportunidade de ficar relaxados, tranquilos e com uma sensação de bem-estar. PUB
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HOMENAGEM FUNDADOR DA ACD FERRAGUDO
Hélder Neves deixa marca no associativismo Inteligência e dedicação são características reconhecidas por todos quanto privaram com o bancário e dirigente da associação que faleceu a 29 de maio. FOTOS: D.R
Ana
Sofia Varela
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élder Neves deixa um legado na comunidade de Ferragudo, onde viveu e escolheu implantar uma associação que se destaca pelo modo como é gerida e pelo dinamismo que tem. Há 42 anos fundou a ACD Ferragudo, e apesar de ter exercido a profissão de bancário em Portimão, nunca escondeu o amor que tinha àquela vila pisca-
tória do concelho de Lagoa. Faleceu no dia 29 de maio, mas deixou, em todos quantos partilharam momentos da vida com ele, uma marca que perdurará, segundo contam alguns amigos próximos que o Lagoa Informa ouviu. Conhecido pela inteligência, capacidade de organização e boa gestão, esteve 42 anos ligado ao associativismo, sendo ainda o único sócio fundador, à data, a continuar nos órgãos di-
retivos daquela associação. Além de grande impulsionador do associativismo, Hélder Neves tinha a paixão pela escrita. Apresentou, a 18 de maio, na Biblioteca Municipal de Lagoa, o livro de poesia ‘Oblíquo Azul’, usando o pseudónimo Miguel Afonso Andersen. Colaborava também com o Lagoa Informa em artigos de opinião enviados no âmbito do grupo AGIR – Grupo Informal de Reflexão.
“Sempre foi um promotor do diálogo interassociativo”
David Roque
“O Hélder tinha uma consciência cívica muito elevada, enquanto cidadão que pensava a política e o associativismo. Sempre teve ideias muito claras e concretas sobre o que deveria ser uma associação e o papel que esta deveria ter na sociedade. É uma perda
o dia a dia, pois o associativismo tinha de se refletir a si próprio. Era um homem com uma grande experiência, muito ativo e extremamente organizado e julgo que essa terá sido a grande mais valia para a ACD. Apesar da associação ser amadora, assim como os
órgãos dirigentes, nunca deixou que houvesse comportamentos displicentes. Ser amador não significava que não fosse possível ser profissional e defendia que o associativismo deveria ser voluntário. Há também o lado poético do Hélder, que era uma paixão”.
ra muito calma, gentil e era muito observador. Fazia a diferença pela inteligência. Conhecia-o da ACD, porque fazemos uma série de atividades e aquela associação é um ponto de encontro. Ele era um líder e alcançava todas as metas a que se propunha atingir”.
Rosália Guerreiro
fizemos uma ‘parelha’ muito boa. No início da ACD tínhamos uma casa que tinha sido ‘ocupada’, com a bênção do então padre de Ferragudo, na Rua 1º de Maio. Foi a primeira sede. Contávamos com o apoio de um dos herdeiros do imóvel e começámos as ativida-
des. A certa altura, os herdeiros precisavam da casa, mas já nós estávamos no processo de construção da atual sede. Nunca imaginamos que seria uma realidade tão grande. Fizeram-se projetos, fomos pedindo dinheiro, com o Hélder sempre a organizar tudo.
Ele via o que era possível e controlava tudo. De facto, era o mentor de tudo o que acontecia na ACD. Com um enorme espírito de dedicação e sem ganhar nada por isso. E estou cá para justificar a honestidade do Hélder. Será complicado substituí-lo”.
mais a dizer sobre ele, como a qualidade dele como escritor. O que essencialmente me fica é que fez muito pela freguesia e Ferragudo fica a dever-lhe muito. É uma grande perda e não será fácil
tapar o vazio que deixa. A Associação Cultural e Desportiva Ferragudo continuará a seguir o caminho de Hélder Neves, porque ele deixou tudo preparado para que assim fosse”.
Artur Simão
enorme, porque sempre foi um grande promotor do diálogo interassociativo. Recentemente, em conjunto comigo e mais dois amigos, criou o grupo AGIR, para refletir estas questões e tentar promover encontros. Para o Hélder não era apenas a questão de gerir
“Tinha uma maneira muito calma, gentil e era muito observador”. “Era uma pessoa bastante sensível, comunicativa, que tinha uma inteligência acima da média. Era o Hélder! Muito mais inteligente que todos nós e se lermos o que ele escrevia percebemos isso. Era uma pessoa muito sensível, que, às vezes, era sarcástico. Gostava
de ‘gozar’ com os amigos e eles ficavam sem perceber o que ele queria dizer, porque era uma pessoa com inteligência acima da média. Foram muitos anos à frente da ACD e a associação ficou onde ele quis. Acho que o que ele sonhou conseguiu concretizar. Estava no
bom caminho e estava lançado. Era aquele membro que podia discordar, mas depois concordava. Com o João Santiago, as ‘rixas’ eram muito engraçadas, porque ‘estrebuchavam’, mas ele acabava por ser um conciliador. Precisava-se daquilo! Tinha uma manei-
“Sempre foi incansável”
João Santiago
“Privei com o Hélder a partir da criação da associação, pois somos os dois sócios fundadores. Conhecia-o desde a adolescência e vi-o sob variadíssimas facetas. Criar a ACD, foi o grande marco, mas antes tínhamos o grupo Comissão de Cultura e Desportos e sempre
“Ferragudo fica a dever-lhe muito” “Possivelmente não tenho palavras para descrever o Hélder Neves, mas posso dizer que era um grande amigo. Acho que fez um grande trabalho em Ferragudo a nível associativo e a juventude
respeitava-o. Era um homem com ‘H’ grande e uma pessoa que me deixa com muita saudade. Tinha uma inteligência acima da média e tive o prazer, o privilégio, de tê-lo como amigo. Haverá muito
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// Reportagem
VITICULTURA APOSTA DO LAGOENSE JOÃO RAPOSO
Dona Niza é nova ‘estrela’ dos vinhos de Lagoa Primeira vindima do empresário, que implementou uma vinha com as castas Arinto e Crato, será colocada à prova este Verão, com o lançamento de dois brancos monocastas. Texto: Ana
Sofia Varela Fotos: Kátia Viola
S
ão 8200 garrafas de dois vinhos brancos, um da casta crato e outro da arinto, que estão ‘a postos’ para conquistar o mercado neste Verão. São o mais recente investimento do empresário lagoense João Raposo, da área da comunicação visual, e dão pelo nome de Dona Niza. É a primeira produção do viticultor, que apostou na renovação de três propriedades no limite de Carvoeiro e Lagoa. Os Montes do Lobo, da Luz Bonita e do Pirolito perfazem sete hectares de terreno que até há quatro anos estavam abandonados. Uma paixão antiga, levou a que a primeira vindima, realizada no Verão de 2018, com 8400 quilos de uva apanhada, materializasse agora 6500 litros, dos quais 5500 são de crato branco e 1000 de arinto. “Optámos por plantar estas duas castas porque são autóctones. Os meus avós, tanto os maternos como paternos, chegaram a ter naqueles terrenos, vinhas de crato”, recorda. A ideia foi usar castas regionais e a opção pelos vinhos brancos foi uma preferência pessoal, mas também uma estratégia. “No Verão, aqui, bebe-se branco e todos produzem vinho tinto. Para não entrarmos em concorrência com mais um tinto é preferível concorrer com os brancos que existem, que não são assim tantos”, argumenta João Raposo. Ainda assim, no futuro, o vi-
Empresário apresenta os seus dois novos vinhos Dona Niza ticultor terá uma pequena produção de tinto, pois já foram plantados 3000 bacelos de negra mole, a famosa casta que deu fama aos vinhos de Lagoa em décadas passadas. “Vamos fazer a armação desta vinha nova dentro de mais uma semana. Para o ano, de certeza, que já vamos tirar algumas uvas. No entanto, só em 2021 é que deveremos ter tudo pronto”, diz. No total, das três castas, há 14 mil plantas. O plano não inclui, porém, uma adega, pois é um investimento pesado. Isto, porque, por exemplo, fazer o vinho branco requer
Visitas à vinha será projeto futuro A estimativa será que daqui por dois anos, os sete hectares de propriedade, dos quais quatro são vinha, estejam preparados para receber visitas de residentes e turistas à vinha. “Estamos a preparar o espaço e pensamos que ficará bastante bonito e agradável, com uma série de parcelas e caminhos à volta o que dará um aspeto romântico. Entretanto, estamos a criar condições para promover algumas provas e passeios”, explica. O viticultor quer ainda instalar um posto de vendas na propriedade, junto à estrada que liga Lagoa a Carvoeiro.
uma prensa própria que faça uma prensagem muito leve das uvas. Por esta razão, João Raposo recorreu à Adega Única, local onde descobriu a paixão pelo vinho, e ao enólogo João do Ó. “O processo foi todo acompanhado por nós. Demos algumas preferências sobre como gostaríamos que o vinho ficasse. Ele como bom técnico conseguiu fazer aquilo que pretendíamos e ficamos satisfeitos com o resultado”, refere. Em 2018, o Monte do Lobo foi o primeiro a vindimar no concelho, no final de agosto. “Quis que a uva estivesse no ponto certo para que o vinho ficasse com alguma acidez, algo que fica sempre bem nos vinhos brancos”, caracteriza. Neste momento, o Monte do Lobo é o que está a produzir uvas, pois é o local onde foi plantada a primeira parte da vinha. O viticultor espera que em dois anos toda a propriedade trabalhe como um todo.
Aproveitar Carvoeiro Com um sonho que começou há quatro anos, João Raposo quer aproveitar a proximidade a Car-
voeiro para assumir uma ligação ao mar. “O mar traz sempre um
portância de ter um vinho local, para oferecer ao cliente, que quer
“Optámos por plantar estas duas castas porque são autóctones. Os meus avós chegaram a ter naqueles terrenos, vinhas de crato.” bom ‘terroir’. Apesar da nossa exposição e Monchique ser um local alto, estamos bastante expostos. Sobretudo em relação à salinidade que entra naquelas uvas”, explica. Quanto à comercialização, João Raposo não quer apostar nas grandes superfícies comerciais. “Neste momento, estamos a pensar numa dimensão local. Acho que não vale a pena criar falsas expetativas. Vou evitar colocar o vinho em supermercado, exceto talvez dois no concelho que são próximos e que privilegiam os produtores locais”, defende. Outra das apostas será na restauração do município. “Acho que, cada vez mais, os restaurantes começam a assumir a im-
provar os produtos locais e acho que isso é uma consciência que começa a aparecer nesse setor”, defende. O entrave, às vezes, é o fator preço que leva a que os empresários não aceitem muito bem. Apesar de garantir que o valor por garrafa terá em conta o custo de produção, que tem um custo mais elevado em relação a uma produção maior, João Raposo não quer entrar no mercado com um vinho caro. “Tenho que ter algum retorno financeiro em relação aos anos de investimento, mas penso que será dentro dos valores médios de mercado dos regionais algarvios. Quero que tenha um equilíbrio entre preço e qualidade. Não que-
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Reportagem //
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BREVES Apresentação Nova marca será dada a provar no encontro ‘Lagoa Wine Sessions’, que decorre esta quinta-feira, 13 de junho, no Vitor’s Village, na freguesia de Ferragudo. A sessão é dirigida a empresários ligados à hotelaria e restauração, um nicho de mercado onde João Raposo quer implantar a insígnia. Feira Nacional A Câmara Municipal de Lagoa convidou o viticultor para ser um dos produtores a participar com uma prova de vinhos na Feira Nacional de Agricultura que decorre no domingo, 16 de junho, em Santarém. Vindima No Monte do Lobo, a vindima que originou o Dona Niza, no Verão de 2018, foi feita à antiga, numa recriação das tradições. Foram convidados amigos para ajudar na apanha da uva, com um almoço convívio numa festa que será replicada este ano. Ainda assim, serão contratadas pessoas para minimizar o tempo de apanha.
Rótulo puro e simples No total as propriedades têm sete hectares e no futuro vão estar abertas a visitas ro enganar ninguém”, diz. O futuro passa ainda por melhorar e por assumir o Dona Niza como um vinho regional de proximidade, assumindo a terra, a vila e Lagoa como berço do vinho.
Paixão dos tempos de liceu Com raízes em Lagoa, que remonta aos avós, João Raposo tomou contacto com a arte de vinificar quando frequentava o antigo Liceu em Portimão, no 10º e 11º ano. “No final das férias, aceitavam pessoas para trabalhar na Adega Cooperativa de Lagoa. Ia sempre para a receção do mosto. Havia sempre a expetativa de quando chegavam as uvas com o mosto mais forte. As mais elevadas eram as últimas, as de crato branco, do Tenente Dias Ferreira”, conta. O valor era pago não
pelo peso, mas pelo grau alcoólico. “Essas duas épocas marcaram-me. Foi daí que fiquei com a vontade de fazer vinho. Cheguei a esta altura da vida e deparei-
mãe de João Raposo, que se chamava Dionísia. “Acaba por ser uma homenagem aos meus pais, pois só pode ter um nome. Quisemos respeitar e homenageá-los.
“Neste momento, estamos a pensar numa dimensão local. Acho que não vale a pena criar falsas expetativas.” -me com os terrenos que estavam abandonados. Foi daí que surgiu a ideia. Arrisquei e concretizei o sonho”, confessa.
Sentida homenagem Dona Niza é uma homenagem à
Produtor evita usar herbicidas O empresário afiança que não são utilizados herbicidas na vinha, sendo apenas aplicados os tratamentos normais para as pragas. “As ervas são apanhadas à mão, com recurso a máquinas e pessoas, como se fazia antigamente. É um cuidado com a vinha que nos sai muito caro”, diz João Raposo. Mas o caminho é seguir um modo de produção integrada. “Não vamos chegar mesmo ao biológico, porque é difícil, mas o caminho será usar a menor quantidade possível de produtos químicos no tratamento da vinha”, assegura. Não é fácil para quem não tem conhecimento na área investir na produção. “Sozinhos, podemos cometer muitos erros. Conheci o engenheiro Aníbal que tem sido um conselheiro e tem dado dicas muito importantes, bem como outros amigos”, resume. Há também informação especializada de diversas entidades, mas a realidade é que é muito técnica. “Há que reconhecer também os sintomas das pragas nas plantas, os fungos, os insetos. Independentemente da investigação que façamos, precisamos de saber o momento certo para atuar e, nesse caso, tenho uma pessoa a que recorro em prestação de serviços”, conclui.
Nem sempre é fácil escolher um nome, mas falámos em família, todos concordaram e eu avancei com o registo”, revela. “A minha mãe assinava com ‘s’, mas nós optámos por registar Niza, para não haver nenhum conflito com a marca dos Queijos de Nisa. Graficamente, o ‘z’ também dá um aspeto mais bonito”, admite.
Apesar de ser proprietário de uma empresa de comunicação visual e artes gráficas, João Raposo quis encomendar o rótulo. Depois de alguma procura, lembrou-se de desafiar o artista plástico e ceramista Ian Fitzpatrick, da Olaria Pequena. “Tem um traço muito bom em termos de caligrafia. Fez o ensaio do Dona Niza e quando vi o resultado final verifiquei que era aquilo que eu pretendia. Queria um rótulo diferente, simples e sem muita confusão. Fiz a composição, a montagem do rótulo, mas o grafismo foi o Ian. No contra-rótulo, a descrição foi um amigo jornalista que fez e conseguiu dar um enquadramento adequado”, revela.
NÚMEROS
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4 hectares de vinha plantada 14000 bacelos plantados 8400 quilos de uvas 5500 litros da casta crato 1000 litros da casta arinto 8200 garrafas
LAGOA Rua Dr. Fonseca de Almeida,13 Telf. 282 352 518 | Tlm. 961 958 978
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// Economia
LEGISLAÇÃO PROCURA POR SOLICITADORES TEM CRESCIDO
Ao sul …
Diana Veiga acredita no potencial de crescimento em Lagoa
A solidão do Treinador…
Com sete meses de atividade, a profissional tem vindo a ganhar uma carteira de clientes, sobretudo, ingleses e franceses.
Diana Veiga, uma jovem e dinâmica solicitadora na cidade de Lagoa Texto: Ana
Sofia Varela Fotos: Kátia Viola
O
potencial de Lagoa, o facto de ser natural do concelho e a crescente procura pelos serviços de solicitadoria levaram a que Diana Veiga abrisse um escritório no número 13 da Rua da Liberdade, no centro da cidade, a 16 de novembro de 2018. As oportunidades de trabalho fizeram com que a jovem apostasse na sua cidade para instalar um escritório, onde tem vindo a aumentar a carteira de clientes, nos mais variados serviços. “Acredito bastante no potencial desta cidade e não me enganei, pois há imensas oportunidades de trabalho”, resume. Ao Lagoa Informa avança que a maioria dos seus clientes são de “nacionalidade inglesa ou francesa”, ainda que tenha vindo a conquistar a população lagoense residente no concelho, passo a passo. “A população portuguesa já está mais consciencializada de que deve consultar profissionais especializados e procura, cada vez mais, a ajuda dos solicitadores para iniciar qualquer negócio
ou para os defender perante qualquer entidade”, justifica Diana Veiga. A solicitadora refere que se licenciou em direito e que está inscrita na Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução, sendo que este sempre foi o seu sonho. Aponta ainda como desafios, “o conhecimento diário das alterações legislativas e os prazos a cumprir”.
Serviços variados Presta os mais variados serviços, sendo os mais frequentes, conforme refere Diana Veiga, os das áreas do registo predial, como escrituras, do registo comercial, ou a legalização e o registo de alo-
jamentos locais, que tem vindo a crescer bastante no concelho, bem como contratos de arrendamento. A solicitadora presta ainda apoio na área do serviço jurídico geral, do direito da família, divórcios, do registo automóvel, redige todo o tipo de contratos. Serviços a nível de procurações, termos de autenticação, reconhecimento de assinaturas, criação de empresas, obtenção de certidões, liquidação de impostos, e representação de clientes em todos os serviços jurídicos são outros dos serviços enumerados pela profissional, que acredita que irá crescer ainda mais no concelho.
O escritório situa-se na Rua da Liberdade, perto da Farmácia Amparo
Carlos Gordinho Professor
É das posições mais difíceis no processo desportivo; Quando ganhas, recebes mensagens; Mas quando perdes, ninguém te aborda; Se ganhas, a equipa fez um bom jogo; Quando perdes, as opções e as substituições não foram as melhores e não percebes nada disto; É teres que planificar e pensar sozinho, o todo; Quando perdes, és o único a ver que há algo de positivo no desenvolvimento do processo; Quando tens que aceitar o que é inaceitável; É quando olhas à tua volta, queres alterar algo e ouves o silêncio; É teres que pensar muito mais nos outros do que em ti próprio; É quando terminas o jogo e fazes uma análise diferente das demais; E para tomar a decisão mais “complicada”, és o único que dá o passo em frente; É quando tens e procuras motivar, não estando motivado; Quando o teu egoísmo é a equipa; É quando há necessidade de parares, mas o contexto que te rodeia não te permite; O teu pensar é o pensar de todos; É quando estás só, no meio de uma multidão; Procuras as respostas à tua volta e não as consegues encontrar; É fazeres o trajeto de regresso e desejares que a viagem durasse um pouco mais; Constantemente tentar encontrar justificações para os acontecimentos; É ter a capacidade de acreditar sempre, quando grande parte não acredita; … é quando dás Amor e recebes ingratidão. A solidão do treinador é isto e muito mais! PUB
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// Desporto
JUVENTUDE FRANCIS OBIKWELU APADRINHOU EVENTO
Lisboa venceu Torneio Olímpico Jovem Estiveram em Lagoa alguns dos atletas que são jovens promissores em algumas das mais de 20 disciplinas da modalidade. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO
Ana
C
Sofia Varela
erca de 950 participantes, dos quais 700 atletas, além de membros da organização, juízes, árbitros, estiveram nos dias 8 e 9 de junho no concelho de Lagoa para disputar o pódio do Torneio Olímpico Jovem. No ‘ranking’ das equipas, na classificação final, a comitiva de Lisboa sagrou-se a grande vencedora, seguida de Porto e Leiria. A Associação de Atletismo do Algarve, apesar de ter ganho alguns pódios, em algumas disciplinas do atletismo, a nível de classificação final, ficou em 10º lugar, de um total de 21 seleções. Contactado pelo Lagoa Informa, Luís Encarnação, vice-presidente da Câmara Municipal de
Lagoa, revelou que o ‘feedback’ recebido pela “Federação Portuguesa de Atletismo e da Associação de Atletismo do Algarve foi muito positivo”. O autarca mostra-se satisfeito, pois, apesar de Lagoa já ter organizado diversos eventos desportivos, este “foi, de facto, o mais exigente, e o que maior satisfação” lhe deu, “até do ponto de vista emocional, pela alegria daquele grupo de crianças e jovens de todo o país”. Aliás, no munícipio estiveram comitivas de todo o país, incluindo Regiões Autónomas, bem como de Macau. O atleta recordista Francis Obikwelu foi um dos grandes destaques do Torneio, pois apadrinhou-o e esteve em permanente contacto com os jovens participantes.
“A cerimónia de abertura e o desfile pela cidade, o transporte da tocha pelos atletas do concelho, desde Lagoa até ao Estádio da Bela Vista (Parchal), com a volta olímpica de todos os atletas do município, acompanhados pelo Francis” foram momentos que marcaram o fim de semana passado, refere o vice-presidente. “Em termos competitivos importa dizer que estão ali os melhores atletas. Nós recebemos, em Lagoa, o futuro das disciplinas do atletismo, uma modalidade que tem dado muito a nível de medalhas olímpicas ao nosso país. Estão naquele grupo os melhores, aqueles que no futuro terão a possibilidade de virem a representar Portugal ao mais alto nível”, evidencia o responsável.
700 atletas de 21 seleções disputaram provas no Estádio da Bela Vista PUB
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Desporto //
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ENTREVISTA PAULO SERRA, EX-PRESIDENTE DO LAGOA ACADÉMICO CLUBE
“Tudo fizemos para levantar o clube e o engrandecer” Dirigente nega falta de organização e ambição da sua liderança. Salienta bons resultados desportivos, diminuição da subsidiodependência e aumento de receitas no bar do clube durante a sua gestão. LAGOA INFORMA
Rui
Pires Santos
A
sua direção foi visada pelo coordenador de andebol do Lagoa Académico Clube (LAC) que o acusou de falta de liderança e de ambição. O que tem a dizer?
As palavras do coordenador de andebol, Fernando Fernandes, revelam que ele só entende o LAC como um clube de andebol. São palavras de desconhecimento, ingratidão e inaceitáveis para um funcionário do clube que esta direção sempre apoiou, mesmo nas situações mais difíceis quando todos o criticavam. É que há uma faixa de atletas e pais que o criticavam e criticam, mas esta direção esteve sempre ao lado dele. As palavras, em condições normais, resultariam num processo disciplinar, mas como estávamos de saída e não há muitos treinadores de andebol disponíveis, o processo ou eventual despedimento seria prejudicial. Esta direção sempre pensou no melhor para o clube, ao contrário de algumas pessoas que entendem o LAC como sendo deles. São os chamados donos do clube. Por viverem diariamente o LAC desde a sua fundação, pensam que o podem gerir e administrar como se da sua casa tratasse. Há pessoas que não têm a mínima noção do que seja administrar e gerir um clube.
Sentiu-se injustiçado? Acho que essas palavras revelam um pouco de ingratidão e não
Nomeada comissão administrativa Entretanto, face ao vazio diretivo, foi nomeada a 3 de junho uma comissão administrativa constituída por 15 pessoas, até que surja uma nova direção. A comissão é formada pelos seguintes elementos: Ana Filomena Goodale, Álvaro Henrique, Carla Valentim, Cristina Pacheco, Cristóvão Cabrita, Eduardo Borralho, Francisco Alberto, Hélio Cabral, Hugo Bernardo, Humberto Guilherme, José Águas, Neil Goodale, Nuno Russo, Paula Gavino e Sofia Espada. Desta comissão poderá sair um futuro elenco diretivo para as próximas eleições. Paulo Serra diz ser urgente para o futuro do clube encontrar uma nova direção sénior manteve-se na 2ª divisão nacional e temos uma equipa juvenil masculina na primeira divisão nacional. Somos campeões regionais em masculinos e femininos em vários escalões. Ganhámos torneios em todo o país. Ao nível desportivo o clube está bem no andebol. Não há pendência nenhuma. Mas o clube tem também outras modalidades. No polo aquático está a ser feito um trabalho extraordinário pelo Ricardo
“São palavras de desconhecimento, ingratidão e inaceitáveis para um funcionário do clube que esta direção sempre apoiou.” têm fundamento. Esta direção tudo fez para levantar o clube e o engrandecer. Esta época, a nível desportivo a equipa de andebol
Gonçalves. E na natação o Paulo Bernardo sozinho consegue todas as semanas obter bons resultados, apesar das limitações de técnicos
e das próprias piscinas municipais, que não permitem ter mais atletas e prolongar os treinos. A nível de organização as contas estão estabilizadas. O bar do clube, quando chegámos, faturava cerca de 65 mil euros/ano, valor que aumentou para os 95 mil. Além disso, diminuímos a subsidiodependência em cerca de 30 por cento, conseguindo que os empresários da nossa cidade investissem e patrocinassem o clube.
O que falta ao LAC para ir mais além? Falta dinheiro, falta apoio financeiro que é algo que atrapalha a nossa gestão diária e não só. O Município promete todos os anos uma alavancagem no nosso apoio, mas o que é certo é que os valores do contrato programa não sofrem grandes alterações, apesar da melhoria de resultados.
Sentiu que o facto de estar ligado à política e ao PSD pre-
judicou o LAC? Sem dúvida. Sentimos que a Câmara Municipal não tinha tanta abertura para nos apoiar financeiramente. Não houve aumento de verbas neste período e quando havia necessidade de o clube fazer algum pedido de apoio à Câmara havia sempre uma grande dificuldade em dar resposta. Senti isso e como não estava para prejudicar este emblema decidi ir embora, pois sempre defendi os interesses do LAC.
Qual é o ponto da situação em termos diretivos? Foram marcadas eleições há algum tempo, não apareceu nenhuma lista. No dia 3 de junho foi eleita uma comissão administrativa composta por 15 pessoas. Temo que o LAC caia num vazio administrativo, o que não é bom, pois uma comissão administrativa não tem os poderes suficientes para administrar um clube, faz apenas a gestão diária e corrente.
Espero que deste conjunto de pessoas saia uma direção.
O que lhe ensinou esta experiência? Nunca desistir. Acho que isso faz parte da mística do LAC, antes quebrar que torcer. Ir sempre à luta até ao fim.
O que deseja para o futuro do clube? Desejo que em breve se forme uma direção e prevejo um grande futuro para o LAC e para as crianças que lá praticam andebol, mas também a natação e o polo aquático. No caso do andebol, penso que será necessário um ‘refresh’. Ou seja, alguém com ideias diferentes, não digo que melhor ou pior que o Fernando Fernandes, mas diferente, com métodos diferentes. Mas penso que essas pessoas podem estar dentro do clube. Há matéria-prima dentro do LAC, apesar de achar que em termos de ideias o andebol está estagnado.
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// Desporto
DESPORTO MANUEL NOITES, TÉCNICO DE BASQUETEBOL DA ACD FERRAGUDO
“É a melhor geração da ACD de todos os tempos” Sub-16 femininos, com época de grande nível, quase concretizaram sonho na fase final em Mafra. FOTO: D.R
Rui
Pires Santos
F
ez história a equipa de sub-16 femininos da ACD Ferragudo esta época ao classificar-se em terceiro lugar no campeonato nacional, na primeira vez que uma formação feminina do clube atinge uma final nacional, prova realizada a 4 e 5 de junho, em Mafra. O técnico Manuel Noites, em conversa com o Lagoa Informa, mostra-se orgulhoso pelo percurso e desempenho das suas atletas. “Desportivamente faço um balanço muito positivo porque acedemos à fase final, o que é inédito na ACD Ferragudo. Era um objetivo que tínhamos com esta geração: chegar a uma fase final e este ano conseguimo-lo com mérito. Fizemos milhares de quilómetros e lutámos muito por isto!
As péssimas condições de alojamento complicaram tarefa da equipa Estou orgulhoso das miúdas, que tiveram um comportamento espetacular e mostraram ser grandes atletas e pessoas. É a melhor geração da ACD de todos os tempos! Já foram campeãs regionais
A EQUIPA Técnicos: Manuel Noite, Carlos Santos e Carlos Reis Atletas: Matilde Coelho, Beatriz Santos (cinco ideal da competição), Mónica Barroso, Filipa António, Filipa Ponte, Cátia ferreira, Tatatiana Narciso, Rafaela Fernandes, Adriana Silva, Maria Pedro, Catarina Novo, Mariana Oliveira, Mariana Amaro, Diana Conceição, Carina Estrela e Rafaela Castanheira. A formação de sub-16 realizou uma temporada em grande que ficará na história do clube duas vezes em sub-14 e sub-16 regionais”, sublinha o treinador, acrescentando que nesta fase final não pôde contar com as atletas Filipa António e Maria Pedro (lesionadas). E a formação de Ferragudo só não foi mais longe devido “às condições deploráveis” que encontrou em Mafra. “Três equipas tiveram condições péssimas, enquanto a Quinta dos Lombos, a jogar em casa, teve todo o conforto. Recebemos um alojamento com colchões sujos, uma sanita para 22 pessoas e janelas de madeira velhas sem vidro, completamente abertas. Perante isto, na segunda noite mudámos de sítio e as atletas dormiram no chão do ginásio do pavilhão. Além disso, a alimentação foi horrível. Serviram comida queimada, em pouca quantidade e PUB
de má qualidade. Não sei como é possível isto acontecer numa fase final de um campeonato com as quatro melhores equipas a nível nacional”, reclama Manuel Noites. Recorde-se que na fase regular, as sub-16 da ACD Ferragudo venceram os dois jogos frente à Quinta dos Lombos, que agora se sagrou campeã nacional, beneficiando das condições adversas proporcionadas às suas adversárias nesta fase final.
Novos desafios Apesar disso, o treinador olha já para o futuro e tem novos objetivos para estas atletas. “Vamos continuar a potenciar as características e qualidades das jogadoras. Já integramos uma nas seleções nacionais e vamos procurar colocar lá mais. Vamos trabalhar
Pais e familiares acompanharam a equipa na deslocação a Mafra com elas no escalão de sub-19 e manter a forte ambição da ACD no panorama do basquetebol feminino nacional”, aponta. A finalizar, Manuel Noites agradece o apoio incondicional da Câmara de Lagoa. “Tenho de deixar um forte agradecimento ao Município que nos apoiou bastanPUB
te ao nível de transportes, logística e condições de treino. Já trabalhei em clubes noutros concelhos e nunca vi um apoio destes. O vice-presidente Luís Encarnação esteve sempre disponível, chegou a ver alguns treinos nossos e foi ver vários jogos. Não faltou nada a estas miúdas”, salienta. PUB
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Cultura //
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MÚSICA SÍTIO DAS FONTES É PALCO DE MAIS UMA EDIÇÃO DO EVENTO
Lagoa Jazz traz magia a Estômbar D.R
Concertos começam às 22h00. Bilhetes custam dez euros. Rui
PROGRAMA DIA 28 Charlier / Sourisse / Winsberg (FR) ‘Tales From Michael’
Pires Santos
DIA 29 LRK Trio (RU) e J.D.Walter (US)
B
oa música num cenário único é o que anualmente o Lagoa Jazz assegura ao público e este ano não será exceção. O festival realiza-se entre 28 e 30 de junho no Sítio das Fontes, em Estômbar, e o cartaz musical apresenta a qualidade e a diversidade que tem habituado o público, mostrando diferentes instrumentos, estéticas e abordagens. O evento tem início no dia 28, uma sexta-feira com o projeto ‘Tales From Michael’, com o trio francês constituído por André Charlier, Benoît Sourisse e Louis Winsberg. Seguem-se, no sábado, as atuações dos russos LRK Trio e
DIA 30 Cláudio Alves e Gonçalo Sousa (PT) ‘Pela Rua Fora’ Taufic / Beccalossi / Buschini Trio (BRA), (ITA), ARG) ‘Tres Mundos’ Público espera mais uma edição de bom nível com o melhor jazz do norte-americano J.D. Walter. A encerrar a edição de 2019 do Lagoa Jazz, a 30 de junho, estão agendados os concertos com os portugueses Cláudio Alves e Gonçalo Sousa (Pela Rua Fora) e
o espetáculo ‘Tres Mundos’, protagonizado por Taufic (Brasil), Beccalossi (Itália) e Buschini (Argentina). As portas do recinto abrem às 19h00 e os concertos têm início
às 22h00. Além da área de concertos, o espaço conta com uma zona lounge, música ambiente e uma área de restauração. Os bilhetes custam dez euros e estão disponíveis em ticketline.
pt, Worten, Fnac, Auditório Carlos do Carmo e Convento de S. José. Refira-se que está disponível o desconto de 20 por cento para portadores do passaporte cultural e cartão Lagoa Social. PUB
Única - Adega Cooporativa do algarve, C.R.L. E.N 125 - 8400-901 Lagoa Algarve Tel:. 282 342 181 | adega.algarve@sapo.pt
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JUSTIFICAÇÃO Ana Rita da Silva Palma, Notária do Cartório Notarial sito no concelho de Lagoa (Algarve), na Rua Município de S. Domingos, Lote 7, rés do chão direito, na cidade de Lagoa, CERTIFICA narrativamente, para efeitos de publicação, que neste Cartório e no Livro de notas para escrituras diversas n.º 176-A, de folhas 38 a folhas 42 verso, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada no dia vinte e nove do mês transacto, na qual Joaquim José Bernardo Henrique, NIF 121 732 509, residente na Rua Joaquim João Júdice, número 37, no Parchal, e Ana Maria Bernardo Henrique, NIF 109 290 038, residente na Rua de S. João, Edifício S. Pedro, Bloco A, 2.º C, no Parchal, ambos divorciados, naturais de Estômbar, Lagoa (Algarve) – Representantes das heranças ilíquidas e indivisas abertas por óbito do dissolvido casal de Joaquim Henrique e de Catarina das Dores Bernardo, se declararam, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, dos seguintes bens imóveis sitos na freguesia de Estômbar e Parchal, concelho de Lagoa: I – PRÉDIO URBANO situado no Parchal, na Rua Joaquim João Júdice, número 37 (anteriormente Aldeia do Parchal, Travessa da Saudade), com a área total e coberta de 22 m2, composto por edifício de um piso, com quatro divisões, destinado a habitação, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lagoa (Algarve) sob o número dois mil seiscentos e trinta e quatro, da freguesia de Estômbar (que corresponde à anterior descrição número 29339 do Livro B-73), registado na referida Conservatória a favor de Joaquina da Conceição Sustelo, no estado de casada com José Maria Gomes, inscrito na matriz sob o artigo 332 da freguesia de Estômbar e Parchal, anterior artigo 32 da freguesia do Parchal (extinta), que por sua vez provém do artigo 193 da extinta freguesia de Estômbar; e II – PRÉDIO URBANO situado no Parchal, na Rua Joaquim João Júdice, número 35 (anteriormente Rua Joaquim João Júdice da Aldeia do Parchal, Estômbar), com a área total e coberta de 22 m2, composto por edifício de um piso, com quatro divisões, destinado a habitação, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lagoa (Algarve) sob o número quatro mil cento e vinte e sete, da freguesia de Estômbar (que corresponde à anterior descrição número 29279 a folhas 178 do Livro B-72 da Conservatória do Registo Predial de Silves), registado na referida Conservatória a favor de Maria da Glória Sustelo, no estado de viúva, inscrito na matriz sob o artigo 330 da freguesia de Estômbar e Parchal, anterior artigo 31 da extinta freguesia do Parchal, que por sua vez provém do artigo 192 da freguesia de Estômbar (extinta). Mais certifico que os justificantes alegam na referida escritura ter os seus pais, os referidos Joaquim Henrique e Catarina das Dores Bernardo (de quem os justificantes são os únicos herdeiros e representantes das heranças ilíquidas e indivisas), adquirido e entrado na posse e fruição destes prédios, já com as indicadas composição e áreas, no ano de 1962, em dia e mês que não podem precisar, por compra verbal, nunca reduzida a escritura, inexistindo portanto título formal que a comprove, feita a João Gualberto Sustelo, também conhecido por Alberto Charuto, e mulher Elisa das Dores, já falecidos, casados que foram entre si e residentes que foram no sítio do Parchal e do Pateiro, em Lagoa (Algarve), os quais não são os titulares inscritos no registo predial (são os anteriores titulares inscritos). Alegaram ainda os justificantes:
a) que os prédios foram adquiridos e vieram à posse dos seus pais em data anterior à dos citados registos de aquisição que incidem sobre os mesmos imóveis, registos estes que tiveram por base a partilha por óbito e da herança do referido dissolvido casal vendedor, quando na verdade este já os havia transmitido onerosamente aos pais deles; b) Que relativamente ao prédio identificado em II muito embora da sua descrição predial conste que tem na sua composição um quintal o mesmo na verdade não tem nem nunca teve nenhuma área descoberta, sendo somente composto por uma área coberta de 22 m2, descrição predial que é consequência de erros nas declarações aquando da constituição e inscrição do prédio, pois o mesmo tem e sempre teve a aludida área total e coberta de 22 m2, que os justificantes afirmaram ser a correta, sem que se tivessem verificado quaisquer alterações na sua configuração, qualquer ampliação ou diminuição dos seus limites, mantendo-se este com os mesmos limites geográficos de sempre, não sendo sequer possível outra configuração, em virtude do prédio se encontrar localizado entre duas ruas e dois prédios, já existentes à data da sua inscrição, pelo que os citados Joaquim Henrique e Catarina das Dores Bernardo adquiriram o prédio na sua exata composição, área e configuração geométrica, conforme descrito. Certifico também que os justificantes alegam que desde 1962, data em que se operou a tradição material dos prédios, em consequência da compra que os seus falecidos pais efetuaram, que desde logo entraram na posse e fruição dos mesmos, como coisas próprias, autónomas e exclusivas, como seus únicos e legítimos proprietários, neles praticando os atos materiais correspondentes ao direito de propriedade plena, e tendo, após o seu falecimento, os seus herdeiros, os justificantes, continuado, pelo que possuem os ditos prédios em nome próprio há mais de vinte anos, tudo isto sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e acatamento de toda a gente desde o seu início e sem que tenha ocorrido qualquer interrupção no tempo, sem violência ou oposição de quem quer que seja. Que os referidos Joaquim José Bernardo Henrique e Ana Maria Bernardo Henrique sucederam aos seus pais e ao seu falecido irmão, este por ser um dos herdeiros do seu pai e a quem a sua mãe sucedeu como única herdeira, na posse que estes vinham exercendo sobre os referidos imóveis, de acordo com o artigo 1255.° do Código Civil. Certifico, ainda, que os justificantes alegaram que aquela posse pública, pacífica e contínua, conduziu à aquisição do direito de propriedade dos mencionados prédios por usucapião, que invocaram para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo. Está conforme ao original. Lagoa (Algarve), cinco de Junho de dois mil e dezanove. A Notária, Conta registada sob o nº Lagoa Informa | Edição Nº 103 - 13.06.2019
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Saúde //
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Hipertensão arterial: o que todos devemos saber
Fernando Pinto Assistente Graduado Sénior de Cardiologia no CHEDV; Membro da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral; Ex-Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão
As Doenças Cérebro-Cardiovasculares (DCCV) – das quais se destacam o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) são a principal causa de morte e de incapacidade em todo o mundo, particularmente nos países ocidentais. Em Portugal, as DCCV são responsáveis por 1/3 de todas as mortes (aproximadamente 30.000/ano), estimando-se que possam reduzir em 12-14 anos a esperança de vida; para além disso, as DCCV são a principal causa de incapacidade e são responsáveis por um número muito elevado de internamentos hospitalares. A Hipertensão Arterial (HTA) – isto é pressão arterial maior ou igual a 140/90 mmHg – é o principal fator de risco para o AVC, (que é a principal causa de morte em Portugal: cerca de 2/3 de todas as mortes por DCCV) e um dos mais importantes fatores de risco para EAM (bem como para insuficiência cardíaca, insuficiência renal, doença arterial periférica, etc.). A deteção precoce e o tratamento adequado podem, comprovadamente, reduzir significativamente o risco de incidência de DCCV, e, consequente-
mente, reduzir os trágicos números de incapacidade e mortalidade. Apesar da melhoria significativa verificada nos últimos 10-15 anos, cerca de 42% dos adultos em Portugal tem Hipertensão Arterial, mas quase 1/4 desconhece a doença e cerca de 1/4
bito a seguir. Todos os adultos devem fazê-lo pelo menos uma vez por ano – seja em rastreios, seja na consulta médica e/ou de enfermagem, na farmácia, ou mesmo em casa (mediante o uso de um aparelho adequado). Os fumadores, obesos, as pessoas com
Cerca de 42% dos adultos em Portugal tem Hipertensão Arterial, mas quase 1/4 desconhece a doença e cerca de 1/4 dos hipertensos não estão a tomar medicação. dos hipertensos não estão a tomar medicação, contribuindo para que menos de metade dos doentes tenha a pressão arterial efetivamente controlada. Habitualmente, a doença não provoca sintomas (ou provoca sintomas inespecíficos que podem estar presentes em muitas outras doenças como dores de cabeça, tonturas, cansaço, etc). Assim sendo, a única maneira de a detetar é verificando valores tensionais elevados, através da medição da pressão arterial, pelo que a medição regular da pressão arterial deve ser um há-
diabetes ou com história de doença cardiovascular na família têm maior risco de desenvolver Hipertensão Arterial, pelo que devem ter particular cuidado em medir regularmente a sua pressão arterial. A idade também é outro fator a ter em atenção: em geral, quanto mais idosa for a pessoa, maior a probabilidade de desenvolver a doença. A adoção de um estilo de vida saudável constitui a melhor forma de prevenir ou controlar a doença, proporcionando, geralmente, uma descida significativa da pressão arterial: uma
alimentação equilibrada – nomeadamente com redução no consumo de sal e de álcool e aumento de vegetais e fruta – acompanhada de exercício físico regular são medidas recomendadas, bem como a perda de peso (no caso dos doentes com excesso de peso ou obesidade) e a cessação tabágica total. Quando estas medidas são insuficientes, poderá ser necessário recorrer a medicamentos anti-hipertensores (mantendo e/ou reforçando o estilo de vida saudável). No entanto, há que lembrar que os fármacos também não curam a hipertensão; só a controlam, por isso, uma vez iniciado, o tratamento medicamentoso deverá, em princípio, ser mantido prolongadamente (em princípio por toda a vida, salvo indicação em contrário do médico). Hoje em dia, existem muitos fármacos eficazes na redução da pressão arterial, competindo ao médico assistente decidir qual é (ou quais são) o(s) mais apropriado(s) para cada pessoa.Quando criteriosamente utilizada, a terapêutica permite controlar a Hipertensão Arterial na esmagadora maioria dos casos. PUB
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// Saúde Infeções Vaginais
Susana Fernandes Farmácia Amparo Lagoa
As infeções vaginais são causadas por micro-organismos (bactérias,fungos,vírus...) Estas infeções costumam ser transmitidas pelo contacto ìntimo, no entanto, algumas podem surgir em caso de alteração do ph vaginal e da flora bacteriana, comum em mulheres que passam por um processo de diminuição da imunidade, stress e até mesmo durante a menopausa quando existe uma diminuição de hormonas. Principais Sintomas Os sintoma variam conforme o agente causador, mas existem alguns sinais típicos, tais como: - Dor ou ardor ao urinar. - Dor durante as relações. - Comichão na região íntima. - Corrimento, com ou sem odor. - Vermelhidão de toda a área afectada. Estes sintomas podem aparecer de forma isolada ou associados. Existem vários tipos de infeções vaginais, sendo as mais comuns a candidíase e a vaginose bacteriana. São dois tipos de infeção diferentes, e nem sempre é fácil identificar o tipo, o que necessita de as tratar de forma diferente. Candidíase Vaginal Este tipo de infeção é causada pelo aumento de um fungo (candida albicans), que se encontra presente naturalmente no organismo , causando normalmente sintomas como comichão, dor na zona à volta da vagina ou
corrimento branco, com mau cheiro. É uma das infeções vaginais mais comuns e desconfortáveis, devido aos sintomas que podem levar a uma irritação muito difícil de suportar. O fluxo tem um tom branco/amarelado e é mais denso do que o habitual. Infeção por clamídia Esta doença é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis que na maioria dos casos é inicialmente assintomática, o que torna o diagnóstico mais difícil. Os sinais mais comuns são secreções mais esbranquiçadas, com um cheiro diferente, sangramento e dor. É muito importante neste tipo de infeção consultar um médico porque, dependendo da gravidade, pode danificar os orgãos reprodutivos da mulher. Vaginite Tricomoníase (Trichomonas vaginalis) O sintoma mais característico é uma secreção de cor amarelada ou esverdeada com mau cheiro, ardor e prurido na vagina. É uma doença sexualmente transmissível (DST). Curiosamente, a transmissão só se dá através do sexo entre mulher e homem ou entre mulher e mulher. A transmissão entre homens é pouco comum. Isso ocorre porque o parasita só infecta o pênis ou a vagina, sendo rara a contaminação de outras partes do corpo, tais como as mãos, a boca e o ânus. O parasita trichomonas vaginalis, só infecta o ser humano; costuma viver na vagina ou na uretra,
mas pode também ser encontrado em outras partes do sistema geniturinário. O tratamento é feito com antibióticos, e deve ser aplicado a ambos os membros do casal para tratar e prevenir a infeção no futuro. Vaginite não infecciosa É a inflamação da vagina ou vulva (vulvovaginite), decorrentes do uso de espermicídas, desodorizantes ou duches vaginais, uso de roupas apertadas ou falta de higiene. Tudo isso provoca uma reacção alérgica incluindo dor pélvica, ardor, prurido e acompanhado de excesso de fluxo. Este tipo de desconforto pode afetar tanto crianças como mulheres durante a menopausa, devido à diminuição de hormonas. Pode causar secura vaginal, provocando ardor ou mesmo dor durante a relação sexual. Tratamento A infecção vaginal tem cura, e o seu tratamento deve ser orientado por um ginecologista, pois é necessário identificar o organismo que está a provocar a infecção e qual o tratamento adequado. O tratamento para a infecção vaginal, causada por fungos, normalmente é feito com o uso de antifúngicos, como o clotrimazol ou miconazol, sob a forma de pomada ou comprimidos vaginais, sempre de acordo com a recomendação do médico ou farmacêutico. No entanto, quando a infecção é causada por outro tipo de microorganismo, como as bactérias, o médico pode prescrever
o uso de antibióticos orais ou de aplicação vaginal. Como evitar infecções vaginais Alguns cuidados que ajudam a evitar o desenvolvimento das infecções incluem, utilizar roupa íntima de algodão e pouco apertada, evitar utilizar calças muito apertadas, reduzir os duches vaginais e manter sempre a zona íntima limpa e seca. O uso de antibióticos perturba o equilíbrio normal entre leveduras e bactérias na vagina. Os antibióticos podem reduzir as bactérias boas e resultar num aumento do crescimento de leveduras na vagina, conduzindo a uma infecção por fungos. Ter uma condição que afeta sua imunidade, como diabetes mal controlada, tomar medicamentos corticosteróides aumenta o risco de infecções fúngicas. Nesta altura do ano, no Verão, é mais recorrente o aparecimento destas infeções, devido à humidade excessiva associada às idas frequentes à piscina ou praia, que podem alterar a flora vaginal e os seus mecanismos de defesa, levando a uma maior proliferação de fungos e bactérias. Conte com a nossa farmácia para esclarecer e ajudar com um possivel tratamento. Fontes: “Infecção vaginal” www.tuasaude. infecçãovaginal.pt/www.minhavida. com
A consulta de Neuropsicologia
Sandra Neves Neuropsicologa HUB Ativo - Portimão
Formada em Neurociências Cognitivas e Neuropsicologia e depois de desenvolver trabalho no hospital de Coimbra, na universidade do Algarve e em Clínica Particular, Sandra Neves não desistiu de levar a cabo um projeto de carácter social que iniciou com o Vit’All - Alimentação e Saúde. O projeto inicial era abrir uma clínica com oferta de serviços multidisciplinares na área da saúde mental e da nutrição que fosse acessível a toda a população. O espaço dedicado à nutrição chegou a abrir com a colaboração de professores da área da nutrição da Faculdade de Coimbra, mas acabou por fechar um ano depois pelas dificuldades com o espaço e em encontrar um local onde fosse possível instalar todos os serviços. Estes serviços destinavam-se à população em geral com vista ao diagnóstico psicológico, neuropsicológico, à promoção e proteção da saúde e à recuperação da doença. Sandra Neves teve sempre presente a realidade social e por esta razão nun-
ca desistiu de contribuir oferecendo palestras, workshops e até mesmo consultas por valores muito reduzidos quando comparados com os que se praticam em clinicas particulares. É com muita satisfação que consegue, agora, oferecer os serviços de Psicologia Clínica e Neuropsicologia de acordo com as tarifas sociais praticadas na Universidade do Algarve, onde também dá consultas.
tricos e neurológicos que se agravam pelos tempos de espera de consulta no SNS. O conhecimento crescente acerca de doenças psiquiátricas e neurológicas, com grande impacto no funcionamento cognitivo e no dia-a-dia das pessoas, torna urgente que toda a população possa ter acesso a consultas nestas áreas de especialidades. Por este motivo, não desistiu do projeto
A consulta de Neuropsicologia permite despistar e avaliar eventuais lesões e alterações do funcionamento cerebral. Esta situação só é possível graças à parceria que estabeleceu com a empresa HUB ATIVO – ‘Cowork Business Center’, em Portimão, que disponibiliza um consultório à medida da necessidade deste projeto. Sandra Neves refere que a maioria das pessoas não tem recursos financeiros para aceder a consultas particulares e que muitas vezes há quadros psiquiá-
inicial e da convicção de que pode ajudar as pessoas que se debatem com estas dificuldades. A consulta de Neuropsicologia permite despistar e avaliar eventuais lesões e alterações do funcionamento cerebral. É essencial na avaliação do dano cerebral em: traumatismos cranioencefálicos, AVC´s, processos demenciais, tumores cerebrais ou ou-
tras doenças psiquiátricas como por exemplo a depressão. Para além do diagnóstico dessas doenças, a avaliação neuropsicológica, permite um estudo objetivo das funções cerebrais e o diagnóstico de perturbações específicas da aprendizagem, como é o caso da dislexia, discalculia e disortografia. Um diagnóstico precoce permite avaliar as consequências gerais da lesão cerebral ou das alterações decorrentes de outras doenças e delinear um programa de reabilitação/treino, adequado com o objetivo de melhorar o funcionamento cognitivo e promover a autonomia e qualidade de vida dos doentes e dos seus familiares/ cuidadores. Neste espaço, a população poderá também obter por valores mais reduzidos avaliação psicológica de condutores e perícias psicológicas no âmbito de processos legais ou de reforma antecipada. Consultas ou mais informações: 930 527 985
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Diversos // Marque na sua agenda…
Olarias de Lagoa 6.ª Parte por Elisa Rafael
15 JUNHO - 20H30 ÀS 3H00 Noite Black & White Praia e ruas do centro de Carvoeiro 20 A 22 JUNHO Lagoa Wine Show Rua Coronel Figueiredo e Praça da República 23 JUNHO Campeonato Regional de Juvenis - Atletismo Pista do Estádio da Bela Vista 23 JUNHO - 7H00 ÀS 13H00 Feira das Velharias de Lagoa Parque Municipal de Feiras e Exposições de Lagoa - FATACIL 24 A 29 JUNHO Torneio de Futebol Juvenis - Challenge Cup Campos de futebol do concelho ATÉ 29 JUNHO ‘Maio de 68 – 50 anos depois’ Centro Cultural | Convento de S. José
Contactos Úteis CENTROS DE SAÚDE LAGOA
282 340 370
CARVOEIRO
282 357 320
PORCHES
282 381 005
ESTÔMBAR
282 432 665
PARCHAL
282 418 081
FERRAGUDO
282 461 361
URGÊNCIAS NÚM. NACIONAL SOCORRO
112
BOMBEIROS VOL. LAGOA
282 352 888
GNR LAGOA
282 380 190
GNR CARVOEIRO
282 356 460
PIQUETE DE ÁGUAS
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FARMÁCIAS COM SERVIÇO NOTURNO 14 E 15 JUNHO JOSÉ MACETA 16 A 22 JUNHO AMPARO LAGOA 23 JUNHO LAGOA 24 A 27 JUNHO VIEIRA SANTOS
Lagoa pode orgulhar-se de manter uma Escola de Olaria tradicional no seu município graças à atividade e perseverança do Mestre Fernando Rodrigues, sonho tornado realidade em 1983, e que desde então tem a ensinar quantos queiram aprender esta arte independentemente da idade dos aprendizes. Essa Escola tem hoje o nome de Escola das Artes Mestre Fernando Rodrigues e foi fundada pela Câmara de Lagoa. O barro utilizado nos trabalhos da olaria era extraído nas Barreiras daqui da zona, sendo as mais conhecidas as seguintes: Barreira por detrás do velho Hospital; barreira na ladeira que vai para Estômbar, onde está hoje o parque dos escorregas (propriedade do sr. Paixota); Barreira da fazenda do João Ramos; barreira do Bemparece da fazenda do José Veiguinha; barreira na fazenda do João Leiria; barreira na fazenda dos Cinzeiros ao fim da estrada que vai da Fatacil para Vale del Rei; barreira de Porches por detrás da Olaria Pequena, (próxima onde está o Centro de Inspeções); barreira do padre Vieira; veio de barro preto na Torrinha, junto às antigas instalações do Rádio Lagoa, uma muito grande nos Barros brancos em que o barro era branco, e outra no sítio dos Barrinhos, entre outras. Em Estômbar, na estrada perto das salinas, próximo das grutas junto ao rio Arade, ainda se podem ver os vestígios das ruínas dos fornos de uma olaria rústica, muito antiga, onde se fabricavam as telhas de canudo. Diz o sr. Lázaro, de 83 anos, que lhe contavam que os pequenos barcos de fundo chato eram carregados com a lama do fundo do rio, na maré baixa, sendo a lama misturada com o barro, formando uma liga da qual se fabricavam as tradicionais telhas de canudo e os alcatruzes para a pesca do polvo. Outra curiosidade é que mesmo depois de uma peça de barro ou de cerâmica se quebrar, havia homens, os caldeireiros, que a concertavam com uns arames próprios, “os gates”, e uma cola especial, secreta, e assim o prato, o alguidar ou a travessa, continuavam na sua utilidade diária. O mais conhecido em Lagoa era o César Caldeireiro. Em Lagoa há uma rua que é a Rua das Olarias, pois só nessa rua existiram três olarias.
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CLASSIFICADOS Está à procura de emprego? Ou é empresário e procura um funcionário? Então está no lugar certo. O Lagoa Informa disponibiliza um espaço de anúncios gratuitos de emprego para quem procura trabalho ou para as empresas que procuram trabalhadores. Para colocar o anúncio basta enviar email para lagoainforma@gmail.com.
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13 de junho de 2019 - Quinta-feira
FESTA SLIDE & SPLASH FOI PALCO DE VÁRIAS ATIVIDADES
A fechar...
Três dias de emoção no Dia da Criança
D.R.
FOTOS: CM LAGOA
Celina Huizinga campeã regional Realizou-se a 1 e 2 de junho o Campeonato Regional de Infantis, competição em que vários atletas do Sporting Clube Lagoense estiveram em destaque, entre eles, Celina Huizinga que se sagrou campeã regional de salto em comprimento e conquistou ainda o título de vice-campeã de 1000m. Foi ainda terceira nos 150m. Rodrigo Rodrigues foi outro dos atletas em evidência, com o título de vice-campeão de 1000m. Pedro Severino foi terceiro nos 1000m. Uma semana antes, a 18 e 19 de maio, no Regional de Veteranos, em Faro e Quarteira, o já conceituado Manuel Rodrigues voltou a apresentar-se em grande forma e somou mais dois títulos: campeão regional nos 3000 e 5000m. D.R.
Os alunos do concelho tiveram dias de grande festa e animação
Comemorações juntaram 1600 alunos do concelho.
C
erca de 1600 alunos festejaram entre 29 e 31 de maio o Dia da Criança através de um conjunto de atividades promovidas pela Câmara Municipal de Lagoa para crianças do pré-escolar e 1° ciclo das escolas do ensino público, privado e IPSS’s. Aproveitando o bom tempo e as temperaturas elevadas, nestes dias os alunos desfrutaram de um leque variado de atividades ao ar livre, no parque aquático Slide & Splash. ‘Ateliers’ de artes plásticas, atividades aquáticas, jogos tradi-
‘Verde que te quero verde – Terra’ no Dia Mundial do Ambiente
Diferentes atividades marcaram as comemorações do Dia da Criança cionais, insufláveis e momentos de animação de rua fizeram parte destes dias de festa, com as crianças
a terem direito ainda a um boné, a uma t-shirt da Escola Ativa e a um livro ‘Colorir Lendas de Lagoa’.
Foi inaugurada a 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente, no Auditório Carlos do Carmo, a exposição ‘Verde que te quero verde – Terra’, iniciativa da Câmara Municipal de Lagoa, em parceria com a comunidade escolar do concelho. A exposição visa promover o exercício de boas práticas ambientais da comunidade escolar, através do planeamento estratégico para o desenvolvimento sustentável do concelho. Os trabalhos expostos são de alunos do ensino pré-escolar e encontram-se patentes ao público na Sala Polivalente do Auditório Carlos do Carmo de Lagoa, de terça a sábado, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
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