Lagoa Informa nº109 - 05_09_2019

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Quinta-feira, 05.09.2019 | € 1,00

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Quinzenário | Ano V | Nº 109 | Diretor: Rui Pires Santos

ENTREVISTA

Luís Encarnação

“Vamos dar continuidade ao projeto que iniciámos em 2013”

Mickael Carreira nas festas de Nossa Senhora da Luz O ponto alto das comemorações é a 8 de setembro, com a procissão pelas ruas de Lagoa e o concerto do artista no Largo do Auditório Carlos do Carmo. PÁG. 3

CULTURA Festival de Guitarra começa dia 14 PÁG. 12 Cerca de 30 dias depois de assumir funções, o presidente da Câmara Municipal explica quais serão as suas prioridades, revela as obras que vão arrancar ainda este ano e o que pretende fazer até ao final deste mandato. PÁG. 4 a 7

DESPORTO Marcha/Corrida no fim-de-semana em Carvoeiro PÁG. 16

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QUINTA-FEIRA, 05.09.2019 | Nº 109

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MUNICÍPIO DE LAGOA - ALGARVE Câmara Municipal

AVISO N.º 44 /SOU /2019

Diretor: Rui Pires Santos Colaboradores:

Ana Sofia Varela, Jorge Eusébio, Len Port, Mónica Pontes Paginação: Vanessa Correia Fotografia:

Eduardo Jacinto, Kátia Viola Depart. Comercial:

Hélder Marques 914 935 351 Propriedade e Editor: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa Composição do Capital: 100% propriedade Rui Pires Santos

NIF: 508 134 595 Nº registo ERC: 126668 Depósito Legal nº: 394540/15 Redação: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa Email: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 967 823 648 Impressão: PopquestionII – Edif. Raínha, 4.º piso, 3720 Oliveira de Azeméis Tiragem: 3.000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Estatuto editorial: http://algarvevivo.pt/ sobre-nos/

LUÍS ANTÓNIO ALVES DA ENCARNAÇÃO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA (ALGARVE): Faz saber que, para cumprimento do disposto no n.º2, do Artº 22º, do Dec. Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na redação atual, em conformidade com a deliberação tomada em reunião camarária realizada no dia 27 de agosto de 2019, irá decorrer o período de discussão pública relativo ao pedido de licenciamento de alteração e ampliação de edifício para turismo em espaço rural a levar a efeito no sítio dos Gramezins, da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, Concelho de Lagoa, a favor de Concepts By Edd’s II, Lda. de acordo com competente proposta anexa ao processo. O período de discussão pública terá início no 8º dia a contar da data de publicação do presente Aviso no Diário da República e decorrerá pelo período de 15 dias. Os interessados poderão consultar o pedido de licenciamento acima referido, no Balcão Único desta Câmara Municipal, durante o horário normal de expediente. As observações, reclamações ou sugestões a apresentar deverão ser dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, formuladas por escrito e apresentadas no Balcão Único, desta Câmara Municipal. Paços do Município de Lagoa, aos 28 de agosto de 2019. O Presidente da Câmara (Luís António Alves da Encarnação) Lagoa Informa | Edição Nº 109 - 05.09.2019

Cantinho da Poesia PASSEM FÉRIAS EM LAGOA Com muitas atividades Para gostos e feitios Algarve realidades Venham cá aos desafios. A diversão garantida Para bons dias passar Será o melhor da vida Em Terra, Mar e no Ar. Há já muitas estruturas Caiaque e canoagem Também são aventuras Haja vontade e coragem. Venha grutas descobrir Falésias e escarpadas Um grande prazer sentir Nas praias encantadas. Muitos trilhos e caminhos Percurso dos sete vales Conhecer nossos cantinhos Em Lagoa não resvales. A praia da marinha Uma das cem melhor do mundo Onda espraia mansinha Oceano pouco fundo. Também temos escorregas Slide & Splash em Lagoa De certeza não te negas Adrenalina ali entoa. Lagoa, 25 de julho 2019 Deodato António Paias

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Abertura //

3 CM LAGOA

FERIADO LAGOA HOMENAGEIA PADROEIRA

Mickael Carreira em concerto nas festas da Senhora da Luz Animação musical, nos dias 7 e 8 de setembro, decorrerá no Largo do Auditório Carlos do Carmo. CM LAGOA

PROGRAMA DIA 7 18h30: EUCARISTIA Igreja Matriz Lagoa 21h30: TRIBUTO AOS ANOS 60 Largo Auditório Carlos do Carmo DIA 8 17h00: EUCARISTIA Igreja Matriz de Lagoa 19h00: PROCISSÃO Ruas da cidade 22h30: MICKAEL CARREIRA Largo do Auditório Carlos do Carmo 23h50: FOGO-DE-ARTIFÍCIO Largo do Auditório Carlos do Carmo

Final do campeonato nacional

Futevólei em Carvoeiro A Câmara Municipal de Lagoa e a Federação Nacional de Futevólei Portugal organizam a etapa final do Campeonato Nacional desta modalidade na Praia do Carvoeiro, nos dias 7 e 8 de setembro. As partidas estão agendadas no sábado, para entre as 14h00 e as 21hoo, sendo que no domingo serão das 14h00 às 19h00. Serão 12 duplas, num total de 24 atletas, os melhores e mais consagrados da modalidade, que lutarão pelo título nacional de 2019, fechando assim as contas do campeonato no concelho de Lagoa.

Basquetebol

Ferragudo promove Torneio Internacional A Nave Desportiva da Associação Cultural e Desportiva (ACD) Ferragudo será o espaço onde decorrerá a 7ª edição do Torneio Internacional Cidade de Lagoa, em basquetebol. Os jogos estão agendados para sexta-feira e para o fim-de-semana, entre 6 e 8 de setembro. A competição envolverá dez clubes com 27 equipas de diferentes escalões, num total de 400 atletas.

às 22h30. As festas encerram às 23h50 com fogo-de-artifício. Procissão pelas ruas da cidade é um dos pontos altos

Condicionamento de trânsito

A

Esta iniciativa limitará a circulação de viaturas em diversas artérias da cidade. Na rua do Centro de Saúde e Parque de estacionamento do Largo do Auditório, está interdito das 00h00 do dia 7 até às 4h00 do dia 9 de setembro. O trânsito estará condicionado entre as 14h00 do dia 7 e as 4h00 do dia 9 de setembro. O estacionamento é proibido entre as 16h00 e as 21h00 do dia 8 de setembro no Largo dos Combatentes, Largo Miguel Bombarda, Rua da Liberdade, Largo 5 de Outubro, Rua dos Bombeiros Voluntários de Lagoa, Rua Mouzinho de Albuquerque, Rua Coronel Figueiredo, Praça da República e Largo Alves Roçadas.

cidade de Lagoa recebe este fim-de-semana, 7 e 8 de setembro, as festas em honra da Nossa Senhora da Luz. O grande destaque musical será o concerto de Mickael Carreira, no dia 8, às 22h30, no Largo do Auditório Carlos do Carmo, sendo ainda realçadas pela Câmara Municipal, as missas e a procissão pelas ruas de Lagoa na tarde de domingo. No entanto, as festividades iniciam-se no sábado, dia 7, às 18h30, com a eucaristia, na Igreja Matriz de Lagoa, seguindo-se às 21h30, o espetáculo do grupo ‘Companhia Limitada’ num tribu-

to aos anos 60, no Largo do Auditório. No domingo, dia 8, há diversas missas, decorrendo a primeira, às 9h00, na Igreja do Bom Pastor, em Vale d’El Rei, às 10h30, na Ermida da Nossa Senhora da Encarnação, em Carvoeiro, às 12h00 e às 17h00, na Igreja Matriz de Lagoa. A tradicional procissão com a Imagem da Padroeira Nossa Senhora da Luz, acompanhada pelas Bandas Filarmónicas de Portimão e de Silves percorrerá as ruas da cidade, a partir 19h00. A animação musical começa às 20h30 no Largo do Auditório, antecedendo o grande concerto de Mickael Carreira, que se inicia

RETIFICAÇÃO Nova rotunda na EN125 Na última edição do Lagoa Informa, já perto do fecho, recebemos a informação de que uma nova rotunda iria ser construída na EN 125, na reta entre a FATACIL e o Convent’bio, onde se situava o antigo cruzamento de acesso à Sanipina. Confirmámos a veracidade da informação, mas não conseguimos através de outros contactos efetuados, já realizados na terça-feira, dia de envio do jornal para a gráfica, obter todos os pormenores, pelo que seguimos a informação que dispunhamos naquele momento. No entanto, a localização não é exatamente a mesma que divulgámos. A nova rotunda vai mesmo avançar, mas cerca de 200 metros mais à frente. Pela imprecisão na informação, o Lagoa Informa apresenta desculpas aos leitores. Após contacto com a Infraestruturas de Portugal, aguardamos ainda resposta da empresa estatal para que mais esclarecimentos possam ser prestados sobre esta questão.

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// Entrevista

POLÍTICA LUÍS ENCARNAÇÃO MOSTRA-SE CONFIANTE EM RELAÇÃO AO FUTURO

“Oito obras vão arrancar ainda este ano” Cerca de um mês depois de ter assumido a presidência da Câmara Municipal de Lagoa, o autarca concede a primeira grande entrevista e explica aos lagoenses o que podem esperar da sua liderança. Textos: Ana

Sofia Varela e Rui Pires Santos Fotos: Kátia Viola

Foi um Luís Encarnação tranquilo mas seguro que o Lagoa Informa encontrou. Em entrevista ao nosso jornal diz como têm sido os últimos 30 dias desde que assumiu a liderança da autarquia e qual o apoio que sentiu dos lagoenses. Destaca que pretende dar continuidade ao que vem sendo feito, mas também o que vai alterar nos próximos dois anos, confirmando que será candidato nas autárquicas de 2021.

Alguma vez lhe passou pela cabeça chegar a presidente da Câmara de Lagoa? Diria que esse não era um objetivo que estivesse na minha cabeça no imediato. O que pretendia era terminar este projeto iniciado em 2013 enquanto vice-presidente do Francisco Martins. Mas a verdade é que quem é número dois numa lista política tem de estar preparado para ser número um, caso seja necessário.

A saída de Francisco Martins foi uma surpresa. Também foi surpreendido? Como foram os últimos tempos antes da saída? Não fiquei totalmente surpreendido porque o Francisco já vinha partilhando os problemas que tinha e que o afetavam no seu dia a dia. Fomos sempre conversando e acompanhando a situação. Talvez tenha sido uma surpresa a forma como se precipitou na decisão final e o momento da saída.

O que lhe disse quando saiu? Transmitiu-me total confiança, enquanto presidente, e desejou-me felicidades. E falamos na questão de se terminar o projeto iniciado em 2013.

Com a sua liderança não haverá, portanto, um virar de página, mas a continuidade... Nós temos o caminho definido desde 2013, com alguns acertos que fomos fazendo neste percurso. Sabemos onde queremos chegar e não navegamos à linha da costa. Temos um rumo perfeitamente definido, temos

O espaço público é uma das prioridades de Luís Encarnação projetos e estratégias e é isso que vamos seguir. Agora se vai ficar tudo na mesma? Não, não vai. Porque o Luís Encarnação é seguramente diferente do Francisco Martins. Temos estilos de liderança diferentes e personalidades diferentes. Haverá mudanças com certeza.

Até que ponto estes seis anos como vereador, primeiro, e vice-presidente, depois, foram importantes para que possa desempenhar melhor as suas funções como presidente? Muito importantes. Quando cheguei à Câmara em 2013 já tinha uma experiência autárquica quer na Junta de Freguesia do Parchal, onde fui presidente, e três mandatos como membro da Assembleia Municipal de Lagoa, dois deles como líder da bancada socialista. Mas de facto sem experiência de Câmara Municipal. Estes anos como vereador e vice-presidente foram fundamentais para perceber como é a orgânica de uma autarquia, prepararam-me para aqueles que são os ‘dossiers’ fundamentais e para o trabalho que agora se segue.

Vai introduzir o seu estilo e

a sua liderança. Já definiu alguns aspetos ou métodos que pretende alterar no funcionamento da autarquia? O meu estilo de liderança é um pouco mais presente, de contacto com as populações. Gosto de acompanhar os processos e as atividades. No que diz respeito à minha equipa, tenho uma perspetiva de adaptar o estilo de liderança em função da personalidade de quem comigo se relaciona. Aliás, os livros dizem isso mesmo. Não há um estilo melhor do que outro, tem tudo a ver com a personalidade de quem lidera e com as características de que é liderado. Por norma, gosto de envolver os colaboradores e os meus colegas vereadores nas decisões, mas a última decisão é minha, como é óbvio.

AS PRIORIDADES Quais serão as suas prioridades nos próximos dois anos? Já as defini com a minha equipa. No fundo foi um realinhar das prioridades e da estratégia em função do que é a conjuntura atual. A primeira que estabelecemos foi cuidar e tratar do espaço público. Neste âmbito, é garantirmos que a recolha do lixo é feita atempadamente, de modo a ter-

mos uma ‘casa’ limpa e arrumada para os lagoenses e para aqueles que nos visitam. Mas refiro-me também aos nossos jardins, à limpeza das ervas, de bermas e passeios. Essa é a prioridade número um, cuidar daquilo que temos.

Há outras? A segunda é continuar a fazer bem aquilo que já fazemos muito bem. E não sou eu que digo, são os lagoenses e, acima de tudo, os habitantes de concelhos vizinhos. Refiro-me ao trabalho que temos feito na ação social, de auxílio aos que mais precisam, e ao apoio que a autarquia dá à educação. Apesar de ainda não termos essa competência, vamos muito além do que está estabelecido na lei e

até porque há um nicho que importa explorar no turismo cultural. E depois no desporto, onde somos uma referência regional, com resultados e um concelho ativo e saudável, com a população a ter acesso à prática desportiva. Queremos que os nossos clubes possam fazer o trabalho de dinamização das atividades porque acreditamos que os valores que o desporto transmite são muito importantes para, conjuntamente com a educação e a cultura, formar melhores cidadãos. A terceira prioridade são as obras.

Que estão ainda por arrancar? Sim, é verdade. Temos várias obras para lançar, muita coisa para fazer, e vão surgir natural-

“O estacionamento é uma questão prioritária para o concelho.” ajudamos este setor porque acreditamos que a educação é um pilar base para o futuro dos nossos cidadãos. Além disso, na vertente cultural, vamos continuar a ter um mapa de atividades ao nível do melhor que se faz no Algarve. Vamos continuar a fazer essa aposta,

mente nestes dois anos que faltam e no próximo mandato.

Há questões que atrasaram as obras. Que constrangimentos têm sido esses e que projetos que ficarão concluídos até 2021?


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Entrevista //

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“Temos um rumo perfeitamente definido e é isso que vamos seguir. Agora se vai ficar tudo na mesma? Não, não vai. (...) Haverá mudanças com certeza.”

O novo presidente garante que Carvoeiro vai ter um silo de estacionamento, mas já não será neste mandato Os constrangimentos que temos tido, e o facto de não terem avançado como queríamos, estão relacionados com dois ou três fatores. Desde logo porque lançar tantas obras, fazer projetos e avançar com procedimentos provocou nos serviços da autarquia uma entropia e não foi possível dar a resposta no tempo que queríamos. Não se podem lançar empreitadas sem ter projetos e procedimentos feitos. A complexidade de algumas, a nível processual e burocrático, também não ajudaram.

Tem acontecido por todo o Algarve os concursos ficarem sem concorrentes? Sim, e esse é um terceiro fator que está a contribuir para os atrasos das obras. É que muitos concursos ficam ‘desertos’, as empresas não concorrem por falta de mão de obra e por não terem capacidade de resposta aos procedimentos lançados. E no Algarve isso é mais evidente. Mas, acredito que nesta segunda metade do mandato conseguiremos ultrapassar estes constrangimentos e lançar várias obras.

Pode dar um exemplo? Sim, há um que é emblemático, que é a ampliação do refeitório de Lagoa. Já tivemos a necessidade de fazer cair o procedimento duas vezes e já estamos a lançar um terceiro.

O que aconteceu? O primeiro foi devido a um pequeno pormenor que não foi detetado pelos nossos serviços e o Tribunal de Contas encontrou, obrigando a reformular o processo e a perder mais algum tempo. Depois, quando estava tudo correto, íamos fazer a assinatura do contrato, a empresa adjudicatária mudou a sua natureza jurídica, passando de uma sociedade por quotas para uma sociedade anónima, pelo que ainda não tinha a documentação necessária. Às vezes são estes pequenos pormenores, mas importantes do ponto de vista da contratação pública, que provocam atrasos. E hoje em dia há um rigor maior e um crivo mais apertado do Tribunal de Contas, comparando com há uns anos. Estamos de acordo, só que isso traz maiores desafios às autarquias e aos respetivos serviços, exigindo uma adaptação e capacidade de resposta na preparação dos projetos e procedimentos. Este é um problema que afeta todas as autarquias na região.

Como por exemplo? Na Assembleia Municipal extraordinária de 28 de agosto já foram aprovadas várias obras com compromissos plurianuais, pois projetos grandes que passam de um ano têm de ir à assembleia. São oito as que vão avançar no imediato e algumas prolongam-se até 2020.

Quais são? A requalificação e beneficiação dos bairros municipais, a requalificação do acesso e estacionamento na Praia da Marinha, num problema que ficará finalmente resolvido, e que prevê o reperfilamento dos passeios e a criação de um parque no lado direito. A ampliação do refeitório do centro escolar de Lagoa, a construção do talude em Vale Centeanes, a construção de balneários na Praia de Benagil e a ampliação do Clube Náutico da Mexilhoeira da Carregação são os outros projetos. Por último, a execução de ramais de água e abastecimento, projeto que vai de 2019 a 2021. Todas estas obras vão arrancar ainda este ano.

Estas serão então as principais intervenções? Sim, mas há mais a arrancar nos próximos meses, nomeadamente o novo canil municipal e as obras

na Rua Ernesto Cabrita.

A oposição tem criticado a Câmara por esta ter muito dinheiro e não realizar obra. Como reage a esta acusação? É melhor ter muito dinheiro do que muitas dívidas e não saber como as pagar. Quando chegámos à Câmara, a oposição, que também não fazia obras, tinha deixado nove milhões de euros de dívida. A autarquia tinha dificuldades financeiras e recorreu ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Hoje, seis anos depois, a Câmara Municipal tem dez milhões de euros a prazo no banco, uma dívida à banca de pouco mais de dois milhões, que só não liquidamos já, porque temos financiamentos com uma taxa de juro euribor negativa. Como não tem qualquer encargo para a autarquia, podemos deixar correr o plano de pagamento. Temos uma saúde financeira invejável, como demonstram diversos ‘rankings’. E, para mim, temos o fundamental e que a oposição, quando cá esteve, não tinha, que são projetos e obras prontas a sair. É verdade que temos o dinheiro, mas sabemos como o gastar de forma responsável e em benefício das populações.

CAMPOS DESPORTIVOS O desporto foi a sua área de eleição nestes seis anos. É um setor onde Lagoa tem marcado pontos. O que tem pensado para os próximos dois anos? Vamos continuar a dar seguimento a esta aposta. Acreditamos que o desporto é fundamental para formar mulheres e homens. Dentro da estratégia de desenvolvimento do nosso concelho, o primeiro eixo é o desporto para todos, de forma a que seja mais fácil para a população acederem à atividade física de forma espon-

“Já defini as prioridades com a minha equipa. A primeira que estabelecemos foi cuidar e tratar do espaço público.” “A requalificação e beneficiação dos bairros municipais, a melhoria do acesso e estacionamento na Praia da Marinha, a ampliação do refeitório do centro escolar de Lagoa e a construção do talude em Vale Centeanes vão arrancar ainda este ano.” “O projeto do silo de Ferragudo está mais adiantado do que o de Carvoeiro, são ambos para avançar e, pelo menos um, estará concluído ainda neste mandato.” tânea. Nesse sentido, queremos criar mais espaços de prática desportiva, um pouco à semelhança de como já temos o circuito Carlos Boto. Iremos transformar um polidesportivo num multidesportivo com relva sintética, criar campos de ‘desporto para todos’. Ou seja, pequenos campos que permitem praticar várias modalidades, como padel ou ténis.

Nos resultados desportivos os atletas e clubes têm estado em alta… Esse é o nosso segundo eixo: o desporto de competição. Aí queremos manter as 15 modalidades que temos, quatro delas estratégi-

cas, com cerca de 1600 atletas federados e excelentes resultados. Lagoa quer continuar a marcar pontos, a ter campeões regionais, e a ser uma referência no andebol, no badminton, na canoagem e agora também no basquetebol. Depois, temos ainda o terceiro eixo que é ‘Lagoa acolhe grandes eventos’. Iremos continuar a promover eventos ligando-os ao Turismo Ativo, para que o desporto contribua para mitigar o fenómeno da sazonalidade no concelho.

Que impacto têm tido esses eventos na economia local? Tem sido significativo. Foram 1,8 milhões de euros de receita direta


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// Entrevista

em 2018. E este ano, no final de junho já íamos com 1,2 milhões. Julgo que até final do ano vai ser possível igualar ou superar os números do ano passado. Esse é um caminho que vamos fazer que passa por melhorar as instalações desportivas, dando um sinal aos privados de que há um grande potencial no concelho para investimento nesta área.

Os clubes e coletividades destacam o facto de estar sempre presente em eventos. Com as novas funções acha que vai continuar a ter essa disponibilidade? Como presidente as exigências são maiores e há outras áreas que merecem mais atenção e necessidade de representar a autarquia ao mais alto nível. Mas isso eu também já fazia. Portanto não vejo que haja grande dificuldade e tenho uma equipa que está disponível para estar presente. A liderança e o estilo de governação que queremos reforçar é essa presença junto dos lagoenses, acompanhar quem faz e o que é o pulsar do concelho. Quando o presidente não puder estar por se encontrar noutro local, haverá um vereador que acompanhará as atividades do município.

Está nos seus planos candidatar-se à Câmara Municipal em 2021? Quando integrei a equipa do Francisco Martins, em 2013, e nos propusemos a mudar Lagoa, foi dito que este era um projeto a 12 anos. O Francisco saiu a meio e eu irei dar continuidade, com a minha equipa, ao trabalho iniciado. Essa é a minha obrigação. Por conseguinte, se as minhas condições

pessoais, saúde, apoio familiar, se mantiverem, e se o Partido Socialista entender que sou a melhor escolha, serei candidato em 2021.

ESTACIONAMENTO O estacionamento tem sido uma dificuldade. Foram divulgadas intenções de criar silos em Carvoeiro e Ferragudo e há quem defenda que na Rua Vermelha também fazem falta mais lugares. Qual é o ponto de situação? O projeto de Ferragudo está mais adiantado do que o de Carvoeiro, mas são ambos para fazer. Pelo menos um, conseguiremos que esteja concluído ainda neste mandato. No caso de Ferragudo temos que articulá-lo com o projeto de requalificação de toda a baixa da vila, que tem uma grande dimensão. O estacionamento é uma questão prioritária para o concelho. Na cidade de Lagoa temos problemas e, curiosamente, já recebemos projetos e ideias, alguns apresentados por privados, nos quais estamos a trabalhar para melhorar e aumentar o número de lugares de estacionamento, sobretudo na zona do centro e do casco antigo. Temos de perceber até que ponto essas ideias são interessantes, pois estão ainda numa fase muito embrionária. Entendemos que é fundamental resolver esta questão e é, por isso, que temos estes dois projetos e estamos a estudar soluções para a cidade.

O Centro Escolar da Mexilhoeira da Carregação será uma obra marcante? Esta é uma das obras mais importantes para Lagoa, não só porque é a construção de uma escola, mas também porque receberá novas

BREVES PDM em consulta O Plano Diretor Municipal (PDM) de Lagoa entrará em discussão pública a partir de quinta-feira, 12 de setembro, ao fim de mais de 20 anos. UAARE alargada A Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE), implementada em Lagoa, será alargada ao Agrupamento de Escolas Rio Arade. É a única a sul de Alcochete. Segundo Luís Encarnação, o sucesso da unidade na Escola Secundária Padre António Martins de Oliveira (ESPAMOL) levou a que a autarquia conseguisse associar uma escola do Algarve a esta UAARE. Assim, ambos os agrupamentos do concelho estão inseridos nesta unidade. No ano passado foram abrangidos 28 alunos. Conservatória dos Registos e Notariado O Município de Lagoa disponibilizou já as instalações junto ao Tribunal do Comércio de Lagoa para que os serviços da Conservatória do Resgisto Civil e Predial passem para esta nova localização. A autarquia está a trabalhar em conjunto com o Ministério da Justiça e já está a ser realizada a conciliação dos projetos com o Instituto que tutela estes serviços, sendo que no próximo ano já seja possível realizar a mudança.

O autarca pretende uma maior proximidade do executivo à população tecnologias e terá uma filosofia diferente. Será uma escola do futuro, preparada para dar às crianças as ferramentas de informação e comunicação necessárias para formar homens e mulheres verdadeiramente preparados para os desafios do futuro. Queremos começar por ali, mas depois replicar em todo o concelho, ainda que ache que não ficará só por Lagoa. Há outros concelhos que também já estão a apostar nesta área e acho que isso é o futuro e o caminho.

E quando é que vai arrancar? Espero que comece ainda neste mandato.

Lagoa continuará a apostar em bons eventos e nos artistas locais? Vamos continuar a apostar forte no nosso programa cultural e os nossos artistas não têm sido esquecidos pela autarquia. Há eventos em que faz sentido que haja artistas locais e há outro tipo de eventos com artistas nacionais e até de renome internacional. O Festival de Jazz continuará a ter músicos de renome internacional, até porque essa é a sua imagem de marca. É o caso também da FATACIL. Este ano tivemos o folclore no segundo palco e é um modelo a manter, sendo que na próxima edição devemos fazer uma mescla do folclore com a música tradicional, de preferência do Algarve, destacando os artistas locais.

RECOLHA DE LIXO A recolha dos resíduos tem sido um problema, sobretudo no Verão, ainda que seja uma responsabilidade também da Algar, no caso dos recicláveis. O que está a fazer

a Câmara para atenuar esta situação? Para já, reforçámos essa recolha no período de maior pressão que é o Verão. Além dos nossos serviços, contratámos uma empresa, líder do mercado a nível nacional, para reforçar a limpeza urbana e a recolha dos resíduos, nesta altura em que Lagoa passa de 22800 habitantes para quase 120 mil. A verdade é que continuamos com dificuldades.

Porquê? Por três razões. A primeira, pela falta de civismo de algumas pessoas, inaceitável nos dias que correm. Verificamos, muitas vezes, situações caricatas como existir imenso lixo depositado fora dos contentores subterrâneos, mas estes estarem vazios. Isto porque, alguém chega e para não ter ‘trabalho’ de abrir, coloca-o no chão. Quem chega depois, como vê lixo no chão, deduz que o contentor está cheio. A segunda razão é a falta de mão de obra. A Algar, responsável por recolher o plástico, papel e vidro, não consegue responder de forma aceitável às obrigações. Temos uma relação próxima de pressão junto da empresa, mas a verdade é que têm problemas de recursos humanos. Para a operação de Verão contrataram 150 novos funcionários e, um mês depois, estavam reduzidos a metade. A falta de mão de obra é uma realidade também na autarquia na recolha do lixo.

Quantas viaturas e funcionários tem a autarquia? Temos cada vez menos. As viaturas estão velhas e têm muitos problemas e os nossos funcionários têm uma média etária acima dos 54 anos e são cada vez menos.

Alguns reformam-se e não conseguimos substituí-los. No início do ano lançámos concurso para contratar 40 trabalhadores, oito para a área da limpeza urbana. Em seis desses concursos não apareceu ninguém. Hoje não conseguimos contratar um cabouqueiro, um assistente operacional para limpeza urbana, um coveiro, um motorista para conduzir o camião dos resíduos sólidos urbanos.

As pessoas encaram como um trabalho menor? Há vários motivos. Talvez esse. Mas também o facto de ser uma tarefa mal paga. As autarquias são obrigadas a seguir a legislação não podendo pagar mais. Quando um candidato a motorista pode optar por trabalhar o ano inteiro por 635 euros ou seis meses no setor turístico ganhando entre 1200 ou 1500 euros, não escolhe a função pública.

As autarquias podem pressionar para haver alterações na legislação nas remunerações destas profissões? É uma preocupação que está em cima da mesa e terá que ser através da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), porque é transversal a todo o país, ainda que com grande incidência no Algarve. Isto por todas as razões que são conhecidas, mas também porque temos o setor turístico e hoteleiro como um grande concorrente. E mesmo esse tem problemas de mão de obra. Há uma tendência de agravamento, porque a estimativa é que entre dez a vinte anos haja uma redução de dois milhões de portugueses na população portuguesa. Isto abre enormes desafios a toda a economia e sociedade portuguesas.


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Entrevista //

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ALAGOAS BRANCAS TEM GERADO POLÉMICA

“Não quero ser conhecido como o presidente da Câmara que hipotecou o futuro de Lagoa” Uma questão que muita polémica tem gerado é a das Alagoas Brancas. Afinal de quem é a responsabilidade e como está a Câmara a lidar com este 'dossier'? Estamos a lidar enquanto entidade que se quer colocar do lado da solução e não do problema. Compreendemos a sensibilidade ambiental, a importância em termos de abrigo para alguns animais durante um determinado período do ano, mas há uma outra questão que é muito importante e não pode ser descurada. Aquela zona está na Unidade de Planeamento 3, aprovada muito antes deste executivo ter chegado à Câmara, e por diversas entidades com responsabilidades na área, conferindo direitos ao promotor, que este pode exercer a qualquer momento. Nestes meus 30 dias de presidência, já reuni com os representantes da associação ambientalista Almargem e, no dia 27 de agosto, com o movimento cívico ‘Salvar as Alagoas’. Estamos cá para ouvir e procurar uma solução que agrade todas as partes, mas que não onere o Município de Lagoa. Se a autarquia de forma unilateral, sem respalde legal e contrariando a legislação, revogar os direitos do promotor, terá que indemnizá-lo em vários milhões. O Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé já deu um sinal de que assim é. Temos um caso semelhante na Praia do Pintadinho que é um bom exemplo para a comparação.

Porquê? O projeto na Praia do Pintadinho

foi um processo que se arrastou por mais de 40 anos e que nos parecia a todos evidente que não fazia sentido que fosse criada uma construção numa linha de água, em cima da praia, numa zona de grande sensibilidade ambiental. Quem esteve antes de mim e deste executivo decidiu-se sempre no sentido de não permitir, de não aprovar, de não autorizar a construção. A verdade é que o Tribunal reconheceu ao promotor os direitos e a Câmara Municipal foi obrigada, por determinação do Tribunal, a licenciar a construção, que agora está embargada, porque não foi cumprido o projeto que o Tribunal tinha estipulado como a executar.

Porque foi aprovado por legislação que já mudou? Correto. Relativamente ao Pintadinho ainda falta outro processo para decidir qual será a indeminização a pagar ao promotor pelo tempo e custos que teve ao longo destes anos. Os custos de oportunidade, financeiros, os custos económicos do negócio e aqui estamos perante uma situação muito semelhante.

Há margem para negociar com o promotor, no caso das Alagoas, uma outra solução? O anterior presidente Francisco Martins, antes de abandonar o cargo, manteve reuniões com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), com o promotor, a Almargem e também com o movimenPUB

to cívico e a postura é a mesma, a de encontrar uma solução que satisfaça todas as partes e os interesses do Município. Aquela área está muito perto também do nosso projeto de Parque Urbano de Lagoa e podíamos enquadrá-la no plano. Nesse caso, será necessário todos fazerem algumas cedências. O promotor teria de permitir a construção noutro local, se entender continuar e de forma a compatibilizar os direitos que tem. Mas também terá que haver uma cedência dos mais radicais, no sentido de perceberem que o que nós temos ali é uma escombreira.

Como assim? Foi criada de forma artificial, com movimentos de terras. O facto de ter havido ali água permitiu a atração de vida animal, que reconhecemos de particular interesse. O último desenvolvimento em relação a esta matéria das Alagoas Brancas foi uma notificação que recebemos da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, que obriga a autarquia a limpar os canais circundantes ao espaço da FATACIL, que inclui aquela área. Isto devido à saúde pública, por causa das águas estagnadas e dos mosquitos. E isto tem prioridade sobre tudo o resto. Por sua vez, o estudo da Almargem identifica quatro pontos fracos: a sazonalidade da água, a insalubridade da água, a perturbação humana e a via rodoviária próxima. Neste momento não há lá água, porque não chove há seis meses, estamos a falar de água que recebe alguns dos pluviais de Lagoa, bem como

eventuais descargas da Estação de Tratamento de Águas Residuais da Boavista, num espaço dentro do núcleo urbano de Lagoa e com uma estrada de acesso a Carvoeiro, que não podemos mudar.

Acusam a Câmara de responsável, mas antes de ser aprovado o Plano Urbanístico houve pareceres de outras entidades? Cujo parecer é fundamental e é decisivo. É a APA, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), o ICNF. Qualquer decisão da Câmara Municipal de Lagoa é posterior a essas entidades. Ou seja, a autarquia

não pode tomar uma decisão que contrarie os pareceres sob pena de incorrer a nível judicial. Aliás, o Tribunal de Loulé já deu sinais de como decidirá, após uma denúncia feita por cidadãos, que foi arquivada face ao facto de existir pareceres de todas as entidades, bem como um plano aprovado que confere direitos ao promotor. É um sinal de que se autarquia agir de forma unilateral o Tribunal obrigará a indemnizar o promotor, porque lhe disseram que ele podia investir. E seguramente eu não quero, nem o meu executivo, ficar conhecido como o presidente da Câmara que hipotecou o futuro de Lagoa.

Parque Urbano de Lagoa avança com picadeiro Uma das obras que mais tem sido divulgada no concelho é o Parque Urbano, que será implementado no Parque Municipal de Feiras. Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, espera que as obras do picadeiro arranquem em 2020. Tanto que a autarquia já tem o projeto de arquitetura para validar e estão a ser trabalhadas as questões relacionadas com as infraestruturas. O projeto atrasou-se, segundo o responsável, porque no primeiro projeto a estimativa orçamental ultrapassava o valor definido para o investimento. “Eram mais de 2,5 milhões de euros. Houve necessidade de reformular o projeto e, neste momento, a perspetiva que temos é de 1,4 milhões de euros para a construção do picadeiro, ao qual acresce entre 250 a 300 mil euros para as infraestruturas, que têm de ser criadas antes”, justificou. As restantes fases ficarão para mais tarde, não havendo ainda um projeto concreto. “Definimos que a segunda fase seria a área desportiva, que se estende até às Alagoas Brancas. Como essa questão ainda está em aberto, é preciso perceber como é que o processo terminará”, conclui.

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// Sociedade

EVENTO 195 MIL PESSOAS VISITARAM RECINTO EM 2019

Meio milhão de euros de receita em bilhetes é novo recorde na FATACIL Aumento da compra de entradas online cresceu de oito para quinze mil. Ana

T

Sofia Varela

erminada a emblemática 40ª edição da Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa (FATACIL), que decorreu entre 16 e 25 de agosto, Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal, assinala os pontos fortes e aspetos a melhorar. Com um balanço positivo, o número de visitantes cresceu dez por cento em relação a 2018, com cerca de 195 mil pessoas a visitarem o recinto. A venda online foi outro dos recordes, com um

CM LAGOA

crescimento de oito mil para 15 mil entradas vendidas através da plataforma na internet. “O grau de satisfação dos expositores e dos visitantes, o acesso sem filas, o clima de alegria, os grandes concertos, com total segurança, onde se bateram vários recordes" são alguns dos indicadores de sucesso enumerados pelo autarca. “Esta é a sexta FATACIL, da qual sou responsável pela organização, e não me lembro de alguma vez termos chegado a quase meio milhão de euros de receita”, reforça.. Entre os aspetos positivos desta edição, inaugurada por Luís Capoulas Santos, ministro da Agricultura, no dia 16, e visitada pelo primeiro-ministro António Costa, no dia 23, a organização assinala a melhoria no estacionamento, a

maior fluidez na aquisição de bilhetes, com um tempo médio de espera nunca superior a oito minutos e um aumento da venda de bilhetes online na ordem dos 15 por cento. A nível de visitantes, a FATACIL recebeu perto de 30 mil pessoas no recinto, a 24 de agosto, dia em que atuou Mariza com a Orquestra Clássica do Sul. As preocupações ambientais com a redução do plástico na feira, através da campanha 'Mais vale um copo na mão, do que uma dúzia no chão', foi também um sucesso, com cerca de 50 mil copos reutilizáveis a serem usados. “Já reconhecemos que, apesar de terem sido um sucesso, temos que criar outros tamanhos. Para o ano vamos corrigir essa questão a alargar a outros espaços no recinto."

Mariza foi a noite que reuniu mais visitantes no recinto da feira PUB

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// Reportagem

FAROLEIRO VIVER NA SOLIDÃO POR VOCAÇÃO

A missão de não deixar que a luz se apague No Farol de Alfanzina, em Carvoeiro, há três homens que garantem o funcionamento do espaço. Nos dias que correm ainda há necessidade da mão humana para assegurar que os mecanismos não falham. FOTOS: ANA SOFIA VARELA

norte e um ponto) ou confirmar as características da luz, para verificar qual a posição em mar, re-

Depois, daqui, fui para Leça da Palmeira, em Matosinhos, e daí fui andando pelo país todo, como

“A única coisa que nós não fazemos é carregar no botão, pois quanto ao resto fazemos tudo. Isto se quisermos garantir que todos os elementos estão a funcionar e que estão em bom estado”.

O chefe do farol Domingos Guerreiro já percorreu o país

Ana

A

Sofia Varela

principal função de Domingos Guerreiro é manter a luz do Farol de Alfanzina sempre acesa, desde que o sol se põe até que este se volte a ‘levantar’. Uma responsabilidade que, acima de todas as outras, dá segurança a quem navega pelo mar. Daqui por um mês, o chefe de farol comemora 34 anos de profissão e se fosse hoje voltaria a percorrer o mesmo caminho. “Estava na Marinha, quando abriu um concurso e, na altura, concorri. Entrei eu e um colega, em outubro de 1985. A verdade é que sou uma daquelas pessoas que faz mesmo aquilo que gosta. Se me perguntasse se voltava a fazer tudo de novo, responderia que seria tudo igual”, confidencia Domingos Guerreiro ao Lagoa Informa.

Viveu sempre em terra, mas com os olhos postos no mar, e a solidão como companheira. Claro que, hoje, a vida mudou e há mais facilidade de acesso a alguns faróis, mas continua a ser uma profissão que vive no isolamento. Recorda, com alguma distância, os tempos em que esteve na Ilha da Culatra em Olhão. “Há pessoas que não gostam do isolamento e do sossego, eu sou o contrário. Fui para aquele farol ainda não ha-

de turistas no Verão”. E se a evolução é a palavra chave na atualidade, será que com tanta tecnologia ainda faz sentido continuar a existir o faroleiro? Domingos Guerreiro não tem dúvidas que sim. “Ao contrário do que as pessoas julgam, que o farol não é tão importante, isso não é verdadeiro. Continua a ter a mesma importância. É muito bonito existirem radares e GPS, mas no dia em que ficarmos sem esses

“Há pessoas que não gostam do isolamento e do sossego, eu sou o contrário”. via energia elétrica na ilha. Trabalhávamos com geradores. Era um sossego total. Com a eletricidade, mudou, a nível de população, sobretudo, com um grande aumento

instrumentos, o farol está cá presente”, afiança. Sem tecnologia a bordo, basta tirar um azimute (medida, definida em graus, que corresponde ao ângulo entre o

força o capitão-de-mar-e-guerra Cortes Lopes, chefe de Departamento Marítimo do Sul. Ainda assim, muito foi atualizado e as tarefas são agora mais fáceis. “Tudo tem mudado, principalmente na parte da automatização do farol. Quando eu entrei nesta profissão ainda fazíamos ‘quartos’. Ou seja, estávamos a pé 24 horas ou rendíamo-nos por quartos. Fazíamos o serviço de dia, o primeiro quarto, segundo quarto e assim sucessivamente. Tudo para garantir a segurança de quem navegava”, explica Domingos Guerreiro. Aos 58 anos, foi parar ao local onde tudo começou e mais perto de Silves, as suas origens. “Só estive aqui em estágio em 1986.

Vila Real de Santo António. Ao fim de mais de 30 anos de profissão vim para o farol mais perto de casa, o que nem sempre acontece”, refere.

Formação multifacetada “Há rotinas, de abrir e fechar cortinas, verificações diárias que têm que ser feitas. Algumas tarefas já podem ser feitas automaticamente, mas não dispensam que estejam aqui faroleiros”, explica o capitão-de-mar-e-guerra Cortes Lopes. Por um lado, as novas tecnologias levam a que não sejam necessários tantos recursos humanos como no passado, mas não os dispensa. Por outro lado, “a formação dos faroleiros habilita-os a nível

BREVES Faróis no Algarve Na região há seis faróis que garantem a segurança de quem navega. O de Vila Real de Santo António (1923), o de Alfanzina (1920) no concelho de Lagoa, o de Santa Maria (1851), na Ilha da Culatra, em Olhão, o da Ponta da Piedade (1913), em Lagos, o da Ponta do Altar (1893), no concelho de Lagoa, ao sul da barra de Portimão, e o farol de São Vicente (1846), no concelho de Vila do Bispo. Características A infraestrutura de segurança marítima fica localizada no Cabo Carvoeiro, em Lagoa, é um farol costeiro, com 23 metros de altura. Tem uma altitude, desde a linha do mar, de 63 metros e um alcance de 29 milhas náuticas, o que equivale a 53 quilómetros terrestres. A luz é caracterizada por dois relâmpagos simples. Ou seja, com duas lentes com rotação completa de 14,2 segundos, com dois flashes de 0,2 segundos intervalados por uma penumbra de 3,4 segundos e outra de 10,4 segundos.


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Reportagem //

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Alfanzina comemora 100 anos em 2020 O Farol de Alfanzina comemora cem anos a 1 de dezembro de 2020. Segundo a direção de faróis, no Plano Geral de Alumiamento da Costa de Portugal aprovado por decreto de 15 de janeiro de 1883, estava projetado um farol no Cabo Carvoeiro do Algarve. Em 1913, iniciaram-se as primeiras considerações técnicas e a escolha da localização. A 18 de dezembro de 1915 é adquirido o terreno, tendo a infraestrutura entrado em funcionamento cinco anos mais tarde. A casa de habitação foi criada em 1952 e o acesso ao farol em 1961. Só viria a ser ligado à rede elétrica de distribuição pública em julho de 1980, tendo sido automatizado um ano depois. Em 12 abril de 2004 foi remodelado com o sistema modelo DF, equipado com motor rotação trifásico SATI 400V/Ac, cambiador modelo DF 2003 com três lâmpadas Halo. Farol de Alfanzina tem três faroleiros, que zelam pelo espaço, equipamentos e imóvel da eletricidade, da construção civil e de outras áreas. Sempre fizeram tudo. Limpavam, mantinham, além de zelarem pelo espaço, porque os faróis estavam muito isolados das povoações. Muitos levavam a família. Hoje já não é assim, não estão tão afastados, mas estes profissionais ainda continuam a ter uma formação muito diversificada. São eles que pintam, arranjam, mudam os

azulejos”, resume o chefe de Departamento Marítimo do Sul. São também estes profissionais, muitas vezes, que mantêm as boias e balizas, em canais de navegação, e os enfiamentos. No caso do farol, o chefe Domingos Guerreiro, exemplifica, numa visita guiada ao Lagoa Informa que os equipamentos, como a lente, têm que “estar sempre limpos, porque se não estive-

rem o reflexo da luz é completamente diferente”. “A única coisa que nós não fazemos é carregar no botão, pois quanto ao resto fazemos tudo. E é mesmo tudo! Isto se quisermos garantir que todos os elementos estão a funcionar e em bom estado”, resume.

Viver no farol “Aqui estamos três faroleiros, so-

mos uma família”, diz. Cada um dos profissionais tem a sua casa, o seu espaço, o que leva a que estejam sempre disponíveis para qualquer serviço que seja necessário. Se acontecer alguma coisa, mesmo nas folgas, estamos cá”, afirma Domingos Guerreiro. E há sempre muito que fazer, pois a manutenção é exigente. Além das tarefas como a limpeza da luz e a manutenção dos equipamentos,

há a pintura do espaço, obras de reparação, restauro e conservação. Uma vez por semana, à quarta-feira, o imóvel abre também a visitas da população. E até têm uma pequena oficina, onde algumas horas são dedicadas ao restauro de objetos antigos. A ideia é que o farol seja quase como um museu, preservando a sua história. PUB


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// Cultura PUB

MÚSICA PRIMEIRO CONCERTO SERÁ DIA 14

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Os Bardos abrem festival de guitarra Haverá concertos aos fins-de-semana em vários pontos do concelho.

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té 1 de outubro, os fins-de-semana em Lagoa serão dedicados à música com diversos concertos no âmbito do Festival Internacional de Guitarra de Lagoa. A banda que abrirá a sexta edição desta iniciativa será Os Bardos, com o espetáculo agendado para sábado, 14 de setembro, às 18h00, no Largo de Carvoeiro, com entrada livre. O projeto conta com a participação de Joana Oliveira na concertina e adufe, Joaquim Rodrigues na viola de arco e violino, Jorge Wong na guitarra, José Viegas na percussão, Lara Loureiro na voz e Pedro Fontoura na flauta transversal”, adianta a organização. No dia seguinte, 15 de setembro, a programação cultural será a partir das 17h00 com uma visita guiada pela Quinta dos Vales, em Estômbar, estando os concertos com The Last Train e Fado Violado marcados para as 18h00. No dia 21, haverá uma palestra

A sexta edição do festival prolonga-se até 1 de outubro ao longo da visita ao Forte de São João do Arade, por João Vasco Rodrigues dos Reis (17h00), seguindo-se o espetáculo com Manzano & Garcia Duo e Guitare à L’Ópera, no Castelo, em Ferragudo. A Igreja Matriz de Porches recebe, no dia 22, às 18h00, Twelve Strings “Enrique Munoz” e o Duo Andaluz Cuenca & Garcia sob o mote 'A Guitarra e a História'. Na sexta-feira seguinte (dia 27) , às 18h00, atuam João Mendes, Salvatore Seminara e Siempre Nuevo

Trio, nos Claustros do Convento. O Auditório Carlos do Carmo recebe Cuarteto El Tango e H2R, no sábado, enquanto no domingo será a vez de Srdjan Bulatovic & Darko Nikcevic Duo e de Muriel Anderson atuarem na Adega Única. O Festival encerra, na terça-feira, 1 de outubro, às 19h30, no Auditório Carlos do Carmo, com o concerto de Paul Morocco Ole & Lost Locos!, na data em que é assinalado o Dia Mundial da Música.

OPINIÃO Civilidade (*) e eleições

João Reis Professor

É erro pensarmos que não vale a pena votarmos, por acharmos que «fica tudo na mesma», «eles são todos iguais», «cambada de aldrabões» e outros ápodos que, naturalmente, afastam os melhores. Não podemos, porém, nem devemos deixar de usar esse DIREITO (que é também um DEVER) que a DEMOCRACIA nos concede. Pense-se que “Maduros” e “Trumps” são “eleitos” pelo desespero e pela falta de esclarecimento mas, também, pela abstenção e que tais personalidades representam reedições modernas de indesejáveis “Estalines” e “Hitlers”. Se, por vezes, a impaciência e as desilusões nos convidam a ignorar os políticos e as suas acções, também há que reconhecer que eles são necessários pois, sem eles, cairíamos no caos da anarquia ou das ditaduras. Admito que nem sempre é fácil fazer as escolhas - por um lado, as ideologias que identificavam os partidos têm vindo a

diluir-se por programas semelhantes, mais ou menos pragmáticos, ancorados nos orçamentos e nas finanças, matérias que não estão ao alcance de toda a gente e, por outro, porque dos candidatos que nos vão sendo apresentados , poucos são os que trazem um currículo de vida - profissional, académico, social - que permita conhecer as suas qualidades, o seu carácter. Há, pois, que procurar esclarecimentos fora dos debates e comícios - mais ou menos estéreis - das campanhas com suas arruadas, beijinhos e bandeiras. Temos de, ao ouvir os partidos e seus protagonistas, fazer uso da nossa perspicácia, do nosso sentido crítico, da nossa sensatez, dos nossos conhecimentos e sabedoria. A nossa experiência de vida permitir-nos-á distinguir “um carapau de corrida” de um qualquer outro peixe de melhor qualidade. “The Economist Intelligence Unit”, revista britânica de estudos, elabora e publica periodicamente o “Indi-

ce da Democracia” que abrange 167 países. Assente em critérios definidos, classifica-os em diferentes graus: “Democracia Plena”, “Democracia Imperfeita”, “Regime Híbrido”e “Regime Autoritário” . O nosso País tem sido classificado como “Democracia Imperfeita”. A honra da “Democracia Plena” tem cabido aos países do Norte da Europa, ao Canadá e à Suiça, entre alguns outros. Os critérios onde a nossa pontuação é mais baixa e mais prejudica o “Indice” são os que se referem a “Participação Política” e “Cultura Política”. A primeira tem a ver com a nossa ligação à sociedade civil - clubes, associações, assistência social, voluntariado, protecção de animais, ONG’s, bombeiros, etc. - e a segunda com os conhecimentos e hábitos que, ao longo da nossa vida e no conjunto das gerações, temos adquirido no âmbito da Política, no seu sentido mais amplo e mais puro. Era nesse SENTIDO, que o termo “POLÍTICA” indicava os proce-

dimentos relativos à “POLIS” (cidade-estado da Antiguidade Clássica grega) e, por extensão, à sociedade, à comunidade, à colectividade, à participação de TODOS. (“O Homem é, por natureza, um animal político” - explicava Aristóteles). Daí que, quando oiço alguém dizer: “lá fora é que é bom”, “só neste país”, ou “é o país que temos”, numa forma de se desresponsabilizarem daquilo que, por cá, falha, tenho de sugerir-lhes maior participação e mais aquisição de conhecimentos sobre a sociedade e a política, que é o que fazem, “lá fora”, as gentes dos países com melhores índices - de cultura, de educação, de civilidade, de democracia. Por isso, e para já, NÃO SE ABSTENHA! PARTICIPE! VOTE! (*)CIVILIDADE - respeito pelas normas de convívio entre os membros de uma sociedade organizada, bem aceites e interiorizadas. (das enciclopédias)


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AVISO N.º 45 /GAP/2019

7 E 8 SETEMBRO - 18H30 Campeonato Nacional de Futevolei Praia de Carvoeiro 7 E 8 SETEMBRO Festas em Honra de Nossa Senhora da Luz Largo do Auditório Carlos do Carmo 8 SETEMBRO V Rota das Vindimas Passeio de BTT Porches 12 SETEMBRO - 18H00 Cátedra UNESCO em Património Imaterial e Saber Fazer Tradicional / UE Promontório da Senhora da Rocha - Porches 14 SETEMBRO A 1 OUTUBRO 6º Festival Internacional de Guitarra de Lagoa Vários locais do concelho 14 SETEMBRO - 8H00 ÀS 13H00 Mercado Lagoa Bio Calvário

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Luis António Alves da Encarnação, Presidente da Câmara Municipal de Lagoa (Algarve), faz saber que decorrente da 2ª reunião plenária da Comissão Consultiva da Revisão do Plano Diretor Municipal de Lagoa, constituída nos termos do artigo 83º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT – Decreto Lei nº 80/2015, de 14 de maio), conjugado com a Portaria nº 277/2015, de 10 de setembro, que ocorreu no dia 25 de outubro de 2018, e do período adicional de concertação previsto no artigo 87º, onde foram reunidos todos os pareceres favoráveis à proposta de Plano Diretor Municipal de Lagoa, nomeadamente relativos ao Relatório Ambiental, Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional, a Câmara Municipal de Lagoa, procede à abertura de um período de discussão pública da revisão do Plano Diretor Municipal, conforme previsto nos números 1 e 2 do artigo 89º do RJIGT. Nestes termos, torna-se público que, considerando o direito à participação dos interessados, podem ser apresentadas reclamações, observações, sugestões e pedidos de esclarecimento sobre a revisão do Plano Diretor Municipal de Lagoa, durante 30 dias úteis, com início no dia 12 de setembro de 2019, após publicação do presente Aviso na 2ª Série do Diário da República, devendo para o efeito utilizar a ficha de participação disponibilizada e remetê-la para a Câmara Municipal de Lagoa. Mais se informa que os interessados podem consultar a proposta de revisão, com todos os elementos que a integram, incluindo o Relatório Ambiental, a Ata da 2ª Comissão Consultiva, os pareceres emitidos, bem como os documentos da concertação adicional, o Relatório de Ponderação e a ficha de participação no Balcão Único do Município de Lagoa, na página de internet do Município e nas sedes das Juntas de Freguesia. E para constar mandei publicar este Aviso e outros de igual teor, nos locais habituais, na 2ª Série do Diário da República, na página da internet do Município e na comunicação social, conforme disposto nos nºs 1 e 2 do artigo 89º do RJIGT, conjugado com a alínea a) do nº 4 do artigo 191º do RJIGT. Lagoa, 28 de agosto de 2019 O Presidente da Câmara (Luís António Alves da Encarnação) Lagoa Informa | Edição Nº 109 - 05.09.2019

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5 de setembro 2019 - Quinta-feira

BADMINTON REPRESENTAVA O UNIVERSO DOS MISTÉRIOS

A fechar...

David Silva muda-se para a CHE Lagoense

ALGARVE MARAFADO

D.R.

Com esta mudança, o atleta pretende elevar o seu nível de jogo

Jogador está entre os 15 melhores do país na modalidade.

O

jovem atleta David Silva, de 15 anos, deixou a equipa do Universo dos

Mistérios para jogar na ACD Che Lagoense. Depois de quatro anos ao serviço da formação de Estômbar, o jogador procura com esta mudança outro nível de competitividade e elevar a sua intensidade de treino. “O facto de na Che Lagoense

milita o melhor jogador português da atualidade, Bernardo Atilano, e de o clube possuir instalações próprias vão assegurar melhores condições de treino e uma maior evolução ao David”, explica ao Lagoa Informa Carlos Silva, pai do atleta. Apesar de ser treinador no Universo dos Mistérios, Carlos Silva vê a mudança do jogador para a Che Lagoense como uma situação natural, de modo a que este possa progredir e bater-se com os melhores não só em jogos, como também nos treinos. Refira-se que David Silva está entre os 15 melhores jogadores do badminton nacional. Na semana passada, o atleta esteve a estagiar no Centro de Alto Rendimento da Federação, nas Caldas da Rainha, com vista a participar no Campeonato da Europa de sub-17 da modalidade, que decorreu entre 30 de agosto e 3 de setembro na cidade polaca de Gniezno.

'Marés vivas' inundam Ferragudo A Praça Rainha D. Leonor, junto à zona ribeirinha de Ferragudo, ficou inundada na tarde de domingo, 1 de setembro, devido às chamadas ‘marés vivas’. Também nos dois dias anteriores, no final de agosto, a preia mar já tinha provocado a inundação tanto esta zona como a Rua 25 de Abril e parte da Afonso Albuquerque e Marechal Carmona. CM LAGOA

Piscina Municipal de Lagoa

Calendário Regional de Marchas

Inscrições para nova época estão abertas

e Corridas começa em Carvoeiro

As atividades na Piscina Municipal de Lagoa, destinadas a utentes com mais de nove meses, têm inicio a partir da segunda-feira, 16 de setembro, data em que a infraestrutura desportiva passará a funcionar em pleno, segunda a sexta-feira, das 8h00 às 20h30, e sábado, das 9h às 13h.

Na piscina, os utilizadores podem realizar aulas de natação, aquafitness, natação artística, aquabike e aquajump, natação adaptada, aquasenior, polo aquático, aquaterapia, além da utilização livre ou da promoção de festas de anos, aos sábados de manhã. O espaço tem ainda sauna e

banho turco. As inscrições para estas atividades já estão abertas e podem ser realizadas de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 18h00. Os interessados podem obter mais informações através de email (piscinamunicipal@ cm-lagoa.pt) ou telefone (282 380 446).

A freguesia de Carvoeiro é a escolhida para abrir o calendário regional de marchas e corridas do Algarve, a 8 de setembro, às 10h00, com concentração junto à Praia de Carvoeiro. Esta é uma iniciativa que decorre todos os fins-de-semana, entre setembro e junho, em toda a região, sendo as diferentes etapas organizadas por várias entidades, sob a chancela da Direção regional do Algarve do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). O objetivo é a promoção da atividade física junta da população.

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