Lagoa Informa nº124 - 02_04_2020

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Quinta-feira, 02.04.2020 | € 1,00

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Quinzenário | Ano V | Nº 124 | Diretor: Rui Pires Santos

Autarquia aperta cerco ao COVID-19

BADMINTON

Pedro Martins coloca ponto final na carreira P12-13

TORRE DA LAPA Confirmada como monumento de interesse público P16 PUB

Câmara Municipal foi a primeira do Algarve a prolongar estado de alerta até final de abril. Parques infantis encerrados a 16 de março, bem como todos os espaços culturais e desportivos.

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Desinfeção das ruas já começou e prolonga-se pelo menos até final deste mês. Dezenas de voluntários entregam compras e medicamentos a idosos e a grupos de risco.

Reforçado o Fundo de Emergência Social e o programa de apoio ao arrendamento para famílias carenciadas. Município está a preparar zonas de quarentena, que funcionarão nos Pavilhões Desportivos da ESPAMOL e da EB 2,3 Jacinto Correia. As faturas da água, de abril, maio e junho podem ser pagas até 31 de julho. Executivo garante que não haverá cortes, multas ou coimas neste período. P6-11 PUB

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// Página Dois D.R.

Na Rua 25 de Abril

Dois jovens detidos por desobediência DIRETOR: Rui Pires Santos REDAÇÃO: Ana Sofia Varela COLABORADORES: Jorge Eusébio, Mónica Pontes PAGINAÇÃO: Vanessa Correia FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351 PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos NIF: 508 134 595

Dois jovens, de 20 e 21 anos, foram detidos, a 22 de março, na Rua 25 de Abril, em Lagoa, pela Guarda Nacional Republicana (GNR) por estarem em grupo, desobedecendo a uma das medidas impostas pelo Estado de Emergência declarado pelo Governo. O incidente ocorreu cerca das 5h00 da madrugada e do grupo todos os elementos dispersaram até à chegada da patrulha da GNR, exceto dois. Abordados pelos agentes, não acataram a ordem de desmobilizar e reagiram, acabando assim detidos. Os indivíduos foram presentes a tribunal no dia seguinte, constituídos arguidos e sujeitos a Termo de Identidade e Residência. Refira-se que caso um cidadão desobedeça às medidas impostas pelo Estado de Emergência, é aplicado o artigo 348.º do Código Penal, que estipula que “quem faltar à obediência devida a ordem ou a mandado legítimos, regularmente comunicados e emanados de autoridade ou funcionário competente, é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”.

Nº REGISTO ERC: 126668

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DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa EMAIL: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa TIRAGEM: 1.500 exemplares PERIODICIDADE: Quinzenal ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/

Concurso regional de cocktails

Lagoense Fernando Leote em destaque No dia 1 de março realizou-se mais uma edição do Concurso Regional de Cocktails Clássica e Flairbartender, de onde saíram os oito representantes de cada modalidade do Algarve, que irão estar presentes na Madeira no Concurso Nacional. Foram ainda escolhidos os dois concorrentes que irão acompanhar o barman Filipe Sustelo no ‘Drink World Tour’, a realizar em Tenerife, de 13 a 16 de maio. Em destaque esteve Fernando Leote, várias vezes campeão regional, nacional e com um 3° lugar no Mundial de Tóquio. Apesar de ser do concelho de Lagoa, está emigrado em Inglaterra. Apresentou uma composição inovadora ao estrear a nova bebida da marca Dom Cristina, neste caso a variante Hot&Spicy, que assim lançou este novo produto através deste ‘Mestre’ da arte do bar e Cocktails. De cor avermelhada, técnica exímia e decoração arrojada fez as delícias de todos os presentes com uma prestação digna da sua carreira, e conseguiu com o seu ‘TôKá’ apurar-se para o Nacional. Entre os 20 participantes na vertente clássica estavam alunos e professores das Escolas de Hotelaria e Turismo e dos cursos profissionais de bar das escolas secundárias, bem como barmen de profissão de diversas unidades hoteleiras. - Mónica Pontes PUB

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// Sociedade

RÚBRICA ‘Lagoa a Ler’ Este mês o livro recomendado é …

situações, atitudes e emoções. Deste modo, este mês recomendamos a exploração de uma história, que está acessível a todos e que tem um tema bastante atual, que mudou os nossos dias e as rotinas das crianças. Tudo a postos?

D.R.

Título: A minha avó tem coronavírus! Editor: Ideias com História Recomendado para crianças e jovens Livro em PDF através do link: https://bit.ly/3dgsHnk Porquê este livro? Tendo em conta a situação atual que vivenciamos (COVID-19), considerou-se importante este livro pois pretende explicar a crianças e jovens como podem lidar com a pandemia, adaptar-se a novas rotinas e situações inesperadas.

Ao ler um livro com uma criança, uma das coisas mais importantes a fazer é incentivar a compreensão da história, a compreender para além das palavras que aparecem nas páginas. A criança precisa de ser capaz de entender o significado daquilo que não está especificamente escrito, ou seja, é importante que ela consiga “ler nas entrelinhas" para realmente entender o que está a acontecer e porquê. O facto da criança se identificar com a história proporciona uma melhor compreensão da mesma e ainda permite que transponha para a sua realidade refletindo acerca de

Resumo: Esta história, é contada pelo António, um menino que descobre que a sua avó está infetada pelo coronavírus, depois de ter voltado de uma viagem. Como será que o António e a família vão lidar com a situação? Como se sentirá a sua avó? O que poderá fazer o António e os seus pais para apoiarem a avó e em simultâneo manterem-se protegidos do COVID-19? Um livro gratuito em PDF, direcionado para crianças e jovens, que pretende ajudá-los a lidarem com uma situação nova e inesperada, que obriga a novas rotinas diárias.

Temas a abordar: • Emoções • Empatia • Importância da Prevenção • Estratégias para lidar com uma situação inesperada Depois da leitura… • Realize perguntas de compreensão (Quais as personagens? O que aconteceu? Como se sentiu?) • Peça à criança que conte a história por palavras suas recorrendo às imagens • Perceba se a criança se identifica com a história • Ordene os vários acontecimentos com a criança • Selecione algumas palavras da história, diga o nome e peça à criança que as repita, para trabalhar a memória auditiva. Este livro merece: (Peça para pintar o número de estrelas que considera que esta história merece. A classificação irá ajudar a perceber qual o tipo de leitura que agrada mais à criança)

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// Reportagem

PREVENÇÃO FASE DE ALERTA PROLONGADA ATÉ FINAL DE ABRIL

Autarquia ‘endurece’ medidas e fiscalização devido ao COVID-19 Há um conjunto de ações, desde o apoio social à saúde, que a Câmara Municipal está a levar a cabo para evitar a propagação do contágio pelo novo coronavírus e que serão adaptadas sempre que necessário. CM LAGOA

casa. Por esta razão, a autarquia tomou providências para apoiar os grupos de risco e para garantir a segurança de toda a população. “Neste momento, é necessário proteger as vidas dos nossos conterrâneos, dos nossos lagoenses, dos algarvios e dos portugueses. Estão desaconselhadas as deslocações e o isolamento social é para cumprir. De uma forma geral, os lagoenses perceberam a mensagem e estão a fazê-lo”, assegura Luís Encarnação. No entanto, há quem não o faça, por isso há que fiscalizar e sensibilizar.

Páscoa pode ser problema

Luís Encarnação destinou 400 mil euros dos eventos cancelados ao apoio social Ana

Sofia Varela

U

ma das primeiras medidas anunciadas na semana passada pela Câmara Municipal de Lagoa foi o prolongamento da fase dois de alerta do plano de contingência até final de abril. Uma decisão que mantêm, desta forma, o encerramento de todos os espaços públicos, culturais, desportivos, recreativos e a suspensão do atendimento presencial nos serviços da autarquia. Neste momento, só continua a funcionar o que é essencial, como a recolha de resíduos sólidos ur-

banos, a limpeza, a água, o saneamento e a ação social. “Temos o Balcão Único só com atendimento eletrónico e telefónico, sendo cada caso avaliado e havendo eventualmente a possibilidade de marcação de algum ato presencial, sempre com o cumprimento das medidas de restrição”, explica Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal. A autarquia avançou com o estado de alerta quando foi registado o primeiro caso de contaminação secundária em Portimão num residente do concelho, porque o vírus não tem barreiras adminis-

trativas e há uma grande proximidade geográfica. Aliás, o professor Manuel Magalhães, docente numa escola em Portimão, era residente em Carvoeiro e foi uma das vítimas mortais deste novo vírus, na sexta-feira, dia 27 de março. No dia seguinte, faleceu também o segundo residente infetado no concelho, um britânico que vivia em Benagil. Duas situações que Luís Encarnação lamenta e que mostram que são imperiosas todas as medidas de contenção tomadas. Uma delas é para levar a sério. A quem for possível não sair de

A aproximação do período da Páscoa, época que por tradição leva a que milhares de portugueses se desloquem à região para passar férias ou visitar familiares, poderá ser um problema se não for controlado a tempo. “Estamos a assistir a um não cumprimento das determinações do Estado de Emergência em alguns locais. Estão a ser realizadas deslocações, por lazer”, começa por argumentar Luís Encarnação. Se há uma noção de que os lagoenses estão a cumprir as medidas, essa “é mais uma razão para não permitir que os que vêm de fora estraguem o bom trabalho que os lagoenses estão a fazer”, defende. Por isso, os autarcas da região, na AMAL, juntaram-se a uma só voz para fazer ver ao Governo que têm de controlar acessos e impedir uma romaria ao Algarve nesta altura em que o país já entrou na fase

de mitigação. E para quem desconhece os novos termos afetos à pandemia, esta nova etapa na propagação do vírus significa que já não há as cadeias de transmissão e que qualquer pessoa pode ser agente de contaminação. “Através do presidente da AMAL, o meu colega António Miguel Pina, presidente da Câmara de Olhão, temos manifestado a nossa preocupação. Queremos mesmo dar um sinal aos portugueses. Vou partir do princípio de que os estrangeiros já não vêm para o Algarve, porque foram encerradas as fronteiras terrestres, aéreas e ferroviárias, mas como se aproximam as férias da Páscoa, temos de alertar para que os portugueses não venham para este destino. Em Lagoa e na região gostamos imenso de receber todos e vamos fazê-lo, mas só quando tudo isto passar”, admite. Agora, é, porém, um tempo excecional. A verdade é que, no passado fim de semana, 28 e 29 de março, as autoridades foram obrigadas a controlar acessos em diversos pontos do país, incluindo cidades como Portimão ou Faro.

Interdições às praias Na sexta-feira, 27 de março, foram também implementadas medidas mais duras para evitar as idas aos areais. Uma situação que se desenrola em Lagoa, mas também um pouco por todo o litoral da região. “Em coordenação com a Guarda Nacional Republicana (GNR) e com a Capitania do PUB

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7 ANA SOFIA VARELA

Porto de Portimão encerrámos os acessos às praias e os parques de estacionamento que dão apoio às zonas balneares”, avança. Foram ainda realizadas ações de sensibilização junto do segmento do golfe, “mas, de uma forma geral, está tudo encerrado. E os que não fecharam na semana passada, fecharam no fim de semana”, assegura o autarca. Luís Encarnação certifica-se mesmo desta realidade ao percorrer mais de metade do concelho, verificando que as praias, as ruas e as estradas estão vazias. Estão também a ser realizadas ações de dissuasão, pelos funcionários camarários e das Juntas de Freguesia, num apoio à GNR,

serviço dos CTT é viável, tendo em conta a situação excecional que vivemos”, revela Luís Encarnação, quando questionado pelo Lagoa Informa. A autarquia está a ultimar estes contactos. Se não for possível, a autarquia tentará encontrar uma solução alternativa, através das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), acrescenta.

Zonas de Apoio à População A Câmara Municipal de Lagoa está também a implementar duas Zonas de Apoio à População (ZAP), que funcionarão no Pavilhão Desportivo da ESPAMOL e da EB 2,3 Jacinto Correia, numa concertação com os serviços de

Foi reforçado o Fundo de Emergência Social (FES) e o programa de apoio ao arrendamento para famílias carenciadas que por estes dias não tem mãos a medir às solicitações. “Estão a indicar às pessoas que fiquem em casa”, acrescenta.

Reformas entregues em mão Quase que parece um contrassenso pedir a um dos maiores grupos de risco, os idosos, que fique em casa, sem pensar que uma das situações que os poderá levar a contrariar essa medida, seja o ato de levantar a reforma. Por esta razão, a Câmara Municipal de Lagoa está em contacto com os responsáveis a nível distrital e local dos CTT, para responder a esta preocupação. “Curiosamente, os Correios têm um serviço que, com a cobrança de 1,80 euros, os carteiros entregam a reforma em casa, evitando uma deslocação desnecessária. Não sei se, face a esta pandemia, a cobrança desse valor se manterá ou não, mas seria uma opção. Estamos a verificar se este

saúde. Serão locais preparados com kits que podem acolher pessoas infetadas com o COVID-19, que não necessitem de atendimento hospitalar, mas que se queiram resguardar das famílias, para evitar contaminar elementos do agregado. “Temos outros espaços que poderemos utilizar, caso seja necessário. Fizemos uma proposta de utilização do antigo lar da Santa Casa da Misericórdia de Lagoa e temos também disponibilidade para usar os Pavilhões Desportivos das escolas de Estômbar e do Parchal”, anuncia o presidente da autarquia. As ZAP serão acompanhadas e coordenadas pelas autoridades da saúde e integram o apoio da ação social. Para já, são os voluntários da autarquia que estão a preparar os 'kits', compostos por uma cama, colchão, lençóis e outros bens, para cada cidadão que seja necessário acolher.

Aqui tem havido também ajuda das unidades hoteleiras do concelho que estão a disponibilizar, por exemplo, roupa de cama, ao que apurou o Lagoa Informa. Em Silves, funcionará também uma Área de Doentes COVID (ADC) para os utentes desse concelho e de Lagoa. Será uma zona de acolhimento comunitário de doentes, que não necessitem de cuidados hospitalares, à semelhança do que foi criado na semana passada em Portimão, Olhão e Tavira. O objetivo é libertar os hospitais para receber aqueles que necessitem mesmo de internamento. “Serão dez ADC na região. Ao nível de recolhas das amostras, para já, temos Faro-Loulé, no Estádio do Algarve, e Portimão, no Parque das Feiras, mas sabemos que as autoridades de saúde estão a procurar outras alternativas para aumentar a frequência e a capacidade de efetuar os testes”, revela ainda o autarca.

Prevenção nos lares As medidas de prevenção em lares de terceira idade são estipuladas pela entidade que gere o espaço, regra geral IPSS, em coordenação com as autoridades de saúde. Tem que existir sempre um plano de contingência do local, com medidas de contenção. No entanto, esta é uma situação que a autarquia está a acompanhar. “É uma preocupação que temos e vamos tentando encontrar respostas sempre que necessário. Há o tal ‘plano B’ para se acontecer uma contaminação, rapidamente se possa agir. O que temos pensado, no imediato, é que duas unidades hoteleiras possam acolher os idosos, por dois ou três dias, enquanto o espaço é desinfetado, para que depois possam regressar em segurança”, destaca. Esta semana começaram também a ser realizados testes a todos os idosos que estão nos centros.

Câmara aprova ajudas Na reunião extraordinária de Câmara, na terça-feira, 31 de mar-

Parques, pavilhões e espaços de lazer continuam encerrados ço, já após o fecho desta edição, a maioria socialista do executivo aprovou medidas de apoio para particulares, empresas e terceiro setor. Assim, foi reforçado o Fundo de Emergência Social (FES) e o programa de apoio ao arrendamento, para famílias carenciadas, tendo em conta as dificuldades financeiras que terão devido ao corte dos rendimentos. Já as faturas da água relativas aos meses de abril, maio e junho podem ser pagas mais tarde. Os dpcumentos serão emitidos como é normal, mas podem ser pagos até 31 de julho de 2020, sem direito a coimas, juros ou cortes. “Seria um duplo erro isentar, porque não podemos tratar todos por igual, visto que há quem continue a trabalhar e a poder pagar as suas contas, e também porque a água continua a ser um bem escasso”, argumenta Luís Encarnação. As empresas fechadas verão a taxa de ocupação da via pública isentada, bem como as taxas fixas da água, saneamento e resíduos.

Apoio aos empresários As empresas que necessitem de apoio na candidatura às linhas de crédito lançadas pelo Governo, podem encontrar auxílio no preenchimento de documentação

no Gabinete do Empreendedor da Câmara. Ao que o presidente disse ao Lagoa Informa o espaço será reforçado com mais recursos humanos para dar assistência aos empresários e para preparar o dia seguinte a esta pandemia.

IPSS também terão resposta No caso do terceiro setor, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), o compromisso da Câmara é o de não deixar que nenhuma feche portas. “Já saíram questionários para essas IPSS nos reportarem as dificuldades que vão ter em função desta situação excecional e a ideia é, avaliando caso a caso, apoiar as que precisam com os fundos que sejam necessários. No imediato, já transferimos 500 mil euros de eventos que tivemos de cancelar nas áreas do desporto e cultura. 100 mil euros foram para o fundo da AMAL para aquisição de material médico, ventiladores, aspiradores de secreções, monitores de sinais vitais e equipamentos de proteção individual, enquanto os outros 400 mil foi para reforçar verbas da ação social, do FES, do programa de arrendamento e prestar o auxílio que for necessário”, explicou o presidente da autarquia. PUB

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// Reportagem

ISOLAMENTO ALIMENTOS E MEDICAMENTOS SÃO OS PEDIDOS POSSÍVEIS

Nova rede de apoio da Câmara já leva compras aos idosos 'Proteja-se, fique em casa, nós ajudamos' começou no dia 23 de março e envolve todas as freguesias numa ação que evita expor grupos de risco ao perigo da pandemia. FOTOS: ANA SOFIA VARELA

Ana

J

Sofia Varela

á a manhã vai a meio, quando os funcionários da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, chegam à primeira paragem para a recolha de bens alimentares no centro de Lagoa. No interior Carla Encarnação, proprietária da peixaria na Rua Hintze Ribeiro, ‘amanha’ o peixe que será levado, enquanto gere o número de clientes no estabelecimento. “O movimento tem sido igual, mas há mais intensidade, pois as pessoas andam mais nervosas e querem que o serviço seja mais rápido”, começa por explicar ao Lagoa Informa, acrescentando que a ajuda que a Câmara Municipal de Lagoa, em articulação com as juntas de freguesia no âmbito da nova rede de apoio, é uma boa iniciativa para evitar que as pessoas de risco saiam de casa. Na sua mercearia e peixaria tomou as medidas exigidas. Só podem estar três clientes no interior, com distanciamento de segurança de pelo menos um metro. Lá fora há dois clientes à espera. Ao lado, na rua, estão os funcionários da Junta que se prestaram a ser incluídos na iniciativa de ajudar as pessoas com mais de 65 anos, doenças crónicas ou autoimunes, com este serviço ‘especial’ de entrega de bens. A carrinha já está preparada para receber as encomendas e só falta mesmo mais um saco e o pagamento para dar a tarefa como encerrada e rumar a outro local. Na peixaria ainda há muita variedade. “Há também quem encomende por telefone e depois venha buscar. Continuamos a trabalhar com os clientes habituais. Levam um pouco de tudo e mais quantidade para evitar andar na rua”, descreve. Com o peixe arranjado, a funcionária na caixa efetua todas as contas em separado, emite os recibos e arranja os sacos. O assistente operacional da Junta, Sérgio Orvalho, o ‘homem do dinheiro’, faz os pagamentos à medida que Pedro Sacramento separa os sacos

na carrinha. A primeira leva está pronta, até porque à tarde haverá mais pedidos e entregas. “Para já temos conseguido entregar tudo no mesmo dia. Temos os pedidos da manhã. São estes que vamos entregar agora. À tarde, entregaremos os que, entretanto, sejam solicitados”, esclarece. Num ápice, seguem pela carrinha até ao supermercado mais próximo para ir buscar pão, ovos, iogurtes, legumes e produtos de limpeza como lixívia. Os sacos já estão separados em cima da bancada e basta pagar cada conta. É um serviço de proximidade, até porque no supermercado já foram escolhidos os produtos para algumas das clientes habituais. E avisam os funcionários. “Está aqui o pão para esta senhora, como ela gosta”. Num instante, é repetido o pagamento e são guardados os sacos na carrinha.

Arte e engenho “A primeira paragem é já aqui perto. As próximas é que são em Carvoeiro”, conta o funcionário. De facto, são poucos metros de distância, pois o ponto de entrega inicial são os prédios a norte do supermercado. Os idosos levaram a sério a medida e não saem mesmo de casa, resume. “As pessoas estão a cumprir”, acrescenta por seu turno Pedro. E é nestas alturas que se aguçam os engenhos. Na varanda do terceiro andar do prédio, já a idosa está à espera dos funcionários e mal ouve a carrinha atira uma corda até ao rés de chão. A vizinhança assiste ao diálogo com os funcionários e Pedro ata o saco de compras. A idosa iça

Lucília Raposo tem receio de sair à rua, mas toma todas as precauções recomendadas

Proximidade e respeito O resto das entregas são em Carvoeiro, onde a maioria das pessoas conhece ambos pelo pri-

“Já estão saturadas de estar em casa. Querem sair e arejar, mas tentam arranjar formas de fazê-lo sem se colocarem em perigo”. o saco, enquanto brinca com o feito, animando os vizinhos.

meiro nome. Em cada paragem, o ato de desinfetar é já instintivo

e quando um não o faz, o outro chama a atenção para o gesto. “Vê, o álcool anda aqui no bolso”, mostra Sérgio. “Conforme se faz o troco e se entrega os sacos, mexemos na porta... estamos sempre a desinfetar as mãos. Tivemos uma formação antes”, esclarece. O medo do novo coronavírus, o COVID-19, é geral, mas há que precaver. A viagem dura poucos minutos, até porque nem há trânsito. Logo à entrada, no cimo de uma íngreme subida, os funcionários carregam as compras e batem à porta de Maria Rosa Calado. À

primeira, não atende, por isso ‘dão de vaia’ e tocam de novo. Uns minutos depois chega ao quintal, até porque a idade já pesa. “Ai filha! Isto está muito mal. Com 85 anos que tenho ainda não vi nada assim”, começa por exclamar. É a primeira vez que solicita o serviço da Junta e pedirá de novo. Esqueceu-se da água e do ben-u-ron. Com o lamento, a resposta dos funcionários é imediata. “Não se preocupe, ligue para a Junta e nós vimos cá trazer”. Mais à frente está Maria de Lurdes Oliveira. “Este serviço é muito útil e nem me disseram que


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Empresária Carla Encarnação regista o mesmo movimento mas os clientes exigem mais rapidez ia ser assim tão completo”, elogia. Apesar de ainda ter provisões em casa, prefere resguardar-se porque já teve problemas de saúde. Trata os funcionários pelo nome e lá vai explicando que aproveita para “pôr a roupa em dia e arrumar gavetas, ou dar um passeio no jardim da casa”.

Rezar para passar Maria Maurício Rodeira, para não sair do prédio, sobe ao terraço para andar e fazer ginástica. E reza também para “ver se isto passa rápido”. Hoje, deu um ‘lamiré’ à porta para receber as compras, mas já há vários dias que não sai. Optará por este apoio mais vezes. “São pessoas de uma certa idade”, diz Sérgio com respeito, e no fundo “já estão saturadas de

alerta as pessoas para terem cuidado. Enquanto conversa, liga a Lucília Raposo, residente em Carvoeiro. Não atende. Tenta de novo e lá consegue chegar à fala. “As pessoas agora não abrem a porta. Têm medo, por isso nós telefonamos a avisar que já chegamos”, justifica. “Estamos a dar o nosso melhor. Às vezes, somos o único elo de ligação que estas pessoas têm. Ficam agradecidas e contentes”, acrescenta Sérgio.

Em França é igual Lucília Raposo está sozinha, mas tem pessoas que numa aflição a podem ajudar. Para já, pediu à Junta. Levam-lhe peixe, legumes e lixívia. “Já há quinze dias que não ponho os pés na rua. Já que é para

“Não saio, não se pode abusar, porque isto é uma grande responsabilidade". estar em casa. Querem sair e arejar, mas tentam arranjar formas de fazê-lo sem se colocarem em perigo”. Voltam a desinfetar as mãos. Tentam não se colocar em risco para continuar a dar vazão às solicitações da população. “Até eu já tenho uma certa idade”, diz Pedro entre risos. “Faço 65 anos este ano, mas não consigo estar em casa. Os nossos estão a ajudar muita gente. É o caso dos médicos. Aqui vamos fazendo o que é possível”, afirma. “Sinto-me realizado a fazer isto e é melhor do que estar em casa. Sou uma pessoa ativa. Faço ginástica, passeio o cão e até aqui estava a trabalhar num restaurante à noite”, descreve Pedro, que

livrar a vida…. Não estou com medo, seja o que Deus quiser! Se tiver de morrer…, mas se poder evitar é outra coisa”, diz. Era para regressar a França, onde esteve emigrada 33 anos e tem as filhas, mas decidiu ficar na sua terra. A filha voltou. Ainda apanhou avião. “Lá é igual. Também não saem de casa”, compara. “Durmo, vejo televisão, faço o meu ‘governo’, faço o almoço e aproveito faço logo o jantar. Chego a um ponto em que me aborrece. Mas vou à janela, dou uma volta em casa, falo com a minha família e amigas. Passam-se os dias”, descreve. Com 81 anos também não imaginava que, na atualidade, uma pandemia destas

afetasse tantas pessoas. “Não saio, não se pode abusar, porque isto é uma grande responsabilidade. Vão novos e velhos, vão todos. 'Attention'!”, deixa ainda escapar em francês. E, nesta pandemia, é mesmo caso para ter atenção.

Câmara em rede com Juntas Durante a tarde de 25 de março, quando começou a iniciativa 'Proteja-se, Fique em Casa, Nós Ajudamos', da Câmara Municipal, em articulação com as juntas locais, o Lagoa Informa acompanhou também a equipa de rua do município que entregou alimentos e medicamentos aos cidadãos. Desta vez, a viagem foi ao centro de Lagoa para entregar remédios a uma pessoa apoiada pela autarquia, através de uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), e a Ferragudo para apoiar uma residente que não pode sair de casa. Maria Adelaide Costa tem vários problemas de saúde, mazelas do trabalho que teve em tempos, e não pode sair, pois não pode correr riscos de contrair o COVID-19. “As consultas de oncologia em Coimbra foram feitas por telefone. Além disso sou diabética insulinodependente, mais os inerentes, como a hipertensão. Já estou em casa desde a passagem de ano, devido a uma gripe, mesmo tendo levado a vacina”, conta. Com esta nova realidade só sai de casa, logo de manhã muito cedo para deitar o lixo fora. "Soube na padaria há uns dias que a Câmara Municipal tinha este serviço com as juntas de freguesia e inscrevi-me". Naquele dia, solicitou o pedido e admite que “agora será assim”. “Enquanto houver este problema, vou telefonar a pedir”, afiança Maria Adelaide.

Idosa iça o saco através de corda para não sair do prédio

Maioria dos utentes reconhece que nunca viveu uma pandemia assim

Uma palavra amiga por telefone A União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro tem ainda funcionárias em teletrabalho que estão a ligar com regularidade para os seniores do concelho, para perceberem se estão bem, se necessitam de algum serviço, mas também para transmitir uma palavra amiga, conforto e companhia, num momento de restrições de saídas de casa. A intenção é mostrar a este grupo de risco que não estão sozinhos, isolados nem foram abandonados. A autarquia está a contactar os que são ou já foram utentes dos centros seniores, chegando a cerca de uma centena de idosos.


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// Reportagem

Rapidez e eficiência O Lagoa Informa foi ainda conhecer os bastidores da ação social da Câmara Municipal de Lagoa que está a trabalhar em rede com as freguesias para dar resposta aos cidadãos, no âmbito de uma nova campanha que apela aos grupos de risco, como as pessoas com mais de 65 anos, com doenças autoimunes e crónicas para não saírem de casa. Para já, nesta primeira fase, e só no que toca à Câmara Municipal, há sete funcionários do município a trabalhar nesta ação e 12 voluntários da sociedade civil. Isto porque, a Câmara articula também com as Juntas de Freguesias este apoio. Em permanência estão sete funcionários camarários neste espaço, a que acrescem três em teletrabalho. Segundo a autarquia, as equipas de rua tiveram formação no âmbito do atual contexto do COVID-19, mas é natural que o número de voluntários e funcionários venha a crescer. Estão já mais seis pessoas em formação. É que, neste momento, a maioria das chamadas que a autarquia recebe não é para ajuda imediata, mas para obter informações so-

bre como funciona o serviço, caso seja necessário recorrer dentro de pouco tempo. Só entre dia 24 e 30 houve 140 contactos telefónicos para a linha verde e para o telefone do município. Todas as equipas saem para a rua com 'kits' de proteção individual. Mas antes disso, há todo um trabalho por trás. Quando a pessoa liga é preenchida uma ficha e feita uma triagem, para detetar se a pessoa pode ou não pagar os bens e se é necessário pedir receita médica.

Câmara pode pedir receitas Para evitar idas ao Centro de Saúde, pois todas as extensões estão fechadas, estando os serviços centralizados na sede, a autarquia poderá pedir os medicamentos para estas pessoas que são apoiadas pela iniciativa. Aliás, também para a restante população, haverá contactos a funcionar para pedidos de receituário.

IPSS têm fundo de maneio Tendo em conta este apoio social, a Câmara Municipal de Lagoa atribuiu um fundo de maneio de três mil euros a oito IPSS do concelho. Quando a pessoa que recorre

Doente oncológica está a fazer consultas por telefone e solicitou apoio da rede de voluntários a este serviço não tem forma de pagar alimentos ou medicamentos, é uma destas instituições que assume o custo recorrendo a essa verba que a autarquia cedeu.

Ação que se impunha Para Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, este é um serviço importantíssi-

mo e que se impunha. “Primeiro porque é a nossa obrigação, depois porque temos que proteger os grupos de risco. Este é um projeto conjunto da Câmara, de todas as Juntas e Uniões de Freguesia do concelho. Temos já, no total, quase meia centena de voluntários e é fantástico o trabalho que está a ser feito”.

Uma refeição quente A Câmara também já articulou com as escolas EB 2,3 da ESPAMOL e do Rio Arade para confecionar refeições quentes durante a semana, que serão entregues a famílias carenciadas e aos voluntários das equipas de rua. Para o efeito, a autarquia converteu as refeições que já estavam contraPUB

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Reportagem //

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Os voluntários deixam as compras à porta sem entrar nas habitações tadas e eram destinadas a eventos que não se vão realizar para o Programa de Emergência Social.

Desinfeções prosseguem A desinfeção das ruas do concelho iniciou-se a 23 de março, numa campanha especial de limpeza dos espaços públicos, que se prolongará pelo menos até final

de abril. A autarquia adquiriu um produto biocida certificado, que segue as recomendações da Direção Geral de Saúde para a prevenção do contágio e disseminação do COVID-19. A campanha visa os locais de deposição de lixos, e zonas de contacto de utilizadores, como pegas e tampas, de forma a minimizar o risco de contami-

A iniciativa cobre todo o concelho inclusivé as zonas mais isoladas nação. Estão também a ser desinfetados outros equipamentos e espaços, como as ruas e algum mobiliário urbano. Até 31 de março, a ação já decorreu em Lagoa, Porches, Carvoeiro e Estômbar.

Cuidados com o lixo No sentido de minimizar a propagação da COVID-19, as autorida-

des estão a divulgar um conjunto de cuidados que os cidadãos devem ter na deposição do lixo. Colocar os resíduos em sacos de lixo resistentes e descartáveis, com enchimento até dois terços da sua capacidade. Os sacos devem ser colocados dentro de um segundo saco, ambos devidamente fechados, e estes devem ser deposita-

dos no contentor de lixo comum. A autarquia apela ainda a que não sejam colocados os sacos no chão. Se o depósito "estiver cheio, coloque no contentor mais próximo ou utilize-o quando estiver disponível", acrescenta. As máscaras, luvas e lenços devem ser sempre colocados no contentor do lixo comum. "Não coloque equipamentos antigos e/ou estragados ou outros junto ao contentor, porque, neste momento, este não é um serviço prioritário", conclui a Câmara Municipal de Lagoa. PUB


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// Desporto

BADMINTON ATLETA DO PARCHAL COLOCOU PONTO FINAL NUMA CARREIRA DE ALTÍSSIMO NÍVEL

Pedro Martins ‘levou’ Lagoa ao palco dos Jogos Olímpicos Presente em Londres’2012 e Rio de Janeiro’2016, o antigo jogador do Che Lagoense bem merece a honra de ter sido o único do concelho a vestir as cores de Portugal na maior das competições desportivas do mundo. EDUARDO JACINTO

NÚMEROS 18 As medalhas de ouro conquistadas por Pedro Martins nos torneios internacionais, às quais se juntam mais seis de prata e dez de bronze. 50 Os títulos nacionais conquistados pelo algarvio durante a carreira, 49 ao serviço do Che Lagoense e um pelos suíços do Argovia. 2 O número de participações do lagoense nos Jogos Olímpicos. Esteve em Londres’2012 e no Rio de Janeiro’2016. 24 Os anos em que jogou badminton, a maioria deles sempre ao mais alto nível. Começou aos seis e acabou agora, com 30 anos. Pedro Martins correu o mundo à procura de pontos para subir no ranking e conquistou vários títulos internacionais Hélio

F

Nascimento

ui o primeiro atleta de Lagoa a participar nos Jogos Olímpicos. Isso ninguém me tira!”, diz Pedro Martins, o nosso campeão de badminton, na hora da despedida de uma modalidade que serviu como poucos. De facto, o jogador, que fez quase toda a carreira no Che Lagoense, teve a honra de representar Portugal na mais importante e signi-

ficativa competição desportiva, aquela onde todos sonham ir e cujas memórias guardam, depois, no topo do álbum de recordações. Pedro Martins esteve presente em Londres’2012 e Rio de Janeiro’2016, sendo o único representante do concelho de Lagoa com este estatuto de atleta olímpico. “É o ponto mais alto da carreira e o sonho de qualquer um, estar lado a lado com os melhores do mundo e vestir as cores do nosso

Treinar em casa não é o mesmo Durante a conversa com Pedro Martins abordámos também a situação de pandemia que se vive em Portugal, bem como todas as implicações, sobretudo, e neste caso particular, ao nível do desporto. A resposta foi pronta e objetiva: “A paragem impede os atletas de prosseguirem os seus treinos. Alguns treinam em casa, é verdade, mas não é a mesma coisa. Acho até que pode prejudicar o desenvolvimento”. Em relação ao badminton, Pedro Martins considera que “é deveras complicado, uma vez que se trata de uma modalidade que envolve mais do que uma pessoa”. Embora admitindo que “seja possível melhorar certos aspetos”, não há adversário para testar capacidades. “Se estivesse no ativo, daria prioridade ao treino físico, no geral, mesmo que fosse numa sala. É importante não perder a flexibilidade, por exemplo, que no badminton é um ponto fulcral. Depois, o treino mental também merece especial atenção”.

país. É um orgulho enorme, que não é fácil de descrever ou quantificar”, comenta, demonstrando enorme satisfação e felicidade. Acresce que uma qualificação no badminton para os Jogos Olímpicos não é nada fácil, obrigando o atleta a “figurar entre os primeiros do ranking mundial durante meses e meses a fio”. Por outras palavras, é indispensável manter, sempre, um nível altíssimo. “Ajudei a modalidade a crescer em Portugal e acho que valeu a pena todo o sacrifício. A experiência de vida que fui ganhando e as pessoas espetaculares que conheci são das coisas mais importantes que transporto comigo”, sustenta o algarvio.

Alguma saturação Agora, aos 30 anos, decidiu colocar ponto final numa carreira de…24 anos, uma vez que começou a jogar aos seis. Pedro Martins tomou a decisão no mês passado, pendurando de vez a raqueta, e é sem mágoa que assume o adeus, sobretudo porque foi tudo bem pensado e ponderado. “A decisão foi muito simples. Creio, até, ter concretizado todos os principais objetivos e sonhos, face ao ponto

onde cheguei e ao que consegui atingir. Acho que dei um bom contributo ao badminton e agora chegou a minha hora”, prossegue o atleta, reconhecendo, com a hu-

sacrifícios e manter um nível alto durante tantos anos acaba por ser bastante complicado”. Pedro Martins nasceu no Parchal, onde viveu até há pouco

“É o ponto mais alto da carreira e o sonho de qualquer um, estar lado a lado com os melhores do mundo e vestir as cores do nosso país” “Em Portugal, o nosso treino é muito solitário, enquanto na Suíça trabalhei mais em equipa, absorvendo esse espírito” mildade e personalidade de um verdadeiro campeão, que “o nível já não era o de outros tempos e as condições de treino também não eram as melhores”. Sem hesitar, diz mesmo que estava já um pouco “saturado”, inclusive porque “a alta competição exige muitos

tempo, residindo agora em Portimão. Foi a bandeira do Che Lagoense, e, porventura, o seu mais exímio e conceituado atleta, tanto pelas duas citadas presenças nos Jogos Olímpicos como, também, pelo incrível número de títulos conquistados ao serviço do em-


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Ganhar pontos e não evoluir tanto Pedro Martins correu o mundo, com a raqueta e o volante na bagagem, deslocando-se de país para país à procura de conquistar pontos para subir no ranking e consolidar a posição. Mas teve de fazer opções e gerir a parte financeira. “Andei por todo o mundo, sempre fazendo a gestão do dinheiro disponível. Por exemplo, em vez de ir aos Estados Unidos, onde encontraria torneios de maior nível e melhores adversários, ficava pela Europa, onde participava em duas ou três provas e ficava mais barato, correndo atrás dos pontos. Este tipo de calendário às vezes até me aborrecia, porque aquilo que eu queria era jogar com os melhores do planeta”. Reconhecendo que houve alguns torneios em que nunca chegou a participar precisamente pelos motivos indicados, Pedro Martins diz que “ganhava pontos, mas não evoluía tanto”. Seja como for, “valeu a pena e tomei, creio, as decisões mais acertadas”. De resto, assume, “conheci pessoas e ambientes espetaculares e isso é algo que fica para toda a vida”.

Ser ou não ser o melhor de sempre “O melhor de sempre? Não sei…”, atira Pedro Martins, quando confrontado com a ideia de ser o melhor de sempre do badminton português. “Se calhar, é uma questão de currículo, de palmarés, talvez por aí se tirem conclusões. Não sei quantos títulos os outros ganharam, mas sei que, no final, ajudei a modalidade a crescer. E estive sempre a um alto nível, o que é o mais importante”, diz o agora professor, que, em jeito de despedida, confessa “ter já saudades de jogar e de treinar todos os dias”. Mas só isso, porque a vida segue e há outros “jogos” para ganhar.

blema lagoense: nada mais nada menos do que 49 (!), nas categorias de singulares, equipas masculinas, equipas mistas e pares mistos.

Experiência enriquecedora Licenciado em Educação Física e

Desporto, Pedro Martins trabalha num ginásio, dá treinos e aulas de psicomotricidade a crianças de tenra idade, nomeadamente “estimulando bebés e iniciando-os em coisas básicas, que são importantes para os miúdos sem atividade”. De resto, concentra-se na fa-

mília – tem um filho de três anos – e está desligado do badminton. “Não procuro contactos com a modalidade, cujo percurso é feito num meio pequeno, recheado de problemas. Tenho pena que não se desenvolva mais e que os clubes formadores não tenham outro tipo de apoio. Às vezes, prefere-se apostar em quem vem de fora”, critica o atleta. Em termos de alta competição, Pedro Martins acabou a carreira no Argovia, da Suíça, o clube

“Ajudei a modalidade a crescer em Portugal e acho que valeu a pena todo o sacrifício”

Na hora da despedida, as recordações são muitas e o balanço é positivo imensamente satisfeito com a opção tomada, apesar de ser obrigado, em cada época, a viajar para a Suíça uma ou duas vezes por mês, sobretudo para realizar os jogos

e torneios ao serviço do Argovia. Financeiramente, também valeu a pena, mas o que mais contou foi a valorização como desportista e como ser humano. PUB

que representou durante quatro anos, depois de sair do Che Lagoense. Uma experiência que rotula de “enriquecedora” e que o ajudou a “evoluir pessoal e profissionalmente”, ao mesmo tempo que sentiu o verdadeiro significado de “jogar em equipa”. “Em Portugal, o nosso treino é muito solitário, enquanto na Suíça trabalhei mais em equipa, absorvendo esse espírito. Joguei com atletas de todo o mundo, num ambiente incrível”, recorda, dando-se por D.R.

Ao serviço dos suíços do Argovia, o lagoense também festejou vitórias PUB


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// Opinião Ao sul … Importância do Jogo no desenvolvimento da criança

Carlos Gordinho Professor

O verdadeiro valor do jogo é a transferência de atitudes, comportamentos e valores que conseguimos muitas das vezes, aplicar no contexto real do nosso quotidiano. No jogo é possível arriscar sem medo; criar inúmeras situações de enfrentar o “perigo”; diferentes tentativas de fuga; de instante a instante posso regressar à atividade, como forma de superar, melhorar a minha prestação; o número de vidas que possuo que leva quase à imortalidade, é uma constante possibilidade de se poder contribuir para algo e evoluir; no jogo, equilibro os estados sociais; enfrentamos o “adversário” de igual para igual, tendo os mesmos meios e recursos e que de seguida este poderá ser um elemento da minha equipa, e é por tudo isto que o jogar e o jogo têm um grande fascínio e algo de especial, que quando aplicado adequadamente tem ganhos muito positivos. O jogo leva-nos a uma viagem desde a fantasia até à superação. Vimos o jogo como uma necessidade do desenvolvimento integral e harmonioso da criança, tendo a consciência também que o mesmo hoje poderá ter efeitos condicionantes desse desenvolvimento, dada a forma como é apresentado à criança e pela transformação e inversão de valores da sociedade atual.

tendo como meios e instrumentos, o nosso corpo e o jogo. Embora o desenvolvimento seja individualizado, muitos dos jogos são tarefas realizadas em grupo e cujos objetivos individuais só serão atingidos e superados com a colaboração e interação com o grupo. As capacidades percetivas, são um dos fatores de desenvolvimento da criança, o apurar dos sentidos como, aprender a ouvir, a olhar e a tocar (agarrar, mexer, etc…), são capacidades que se desenvolvem através da prática do jogo, cujo “apuramento” dos mesmos faz tornar cada vez mais seletiva a informação recebida e consequentemente melhor desempenho. As capacidades motoras, são mais um dos fatores de desenvolvimento sempre presente. Muitos são os movimentos solicitados pelos jogos, a diversidade dos jogos obriga à diversidade de estímulos mais ou menos semelhantes em função dos objetivos do jogo. Por norma estão presentes a coordenação motora geral e dinâmica (óculo-pedal, óculo-manual, espaço temporal), a destreza, o equilíbrio, a capacidade de diversificação de deslocamento, a perceção corporal, a flexibilidade, a capacidade de reação, entre outros.

através do que o jogo nos dá (experiências positivas, conquista, obtenção de sucesso), que desenvolvemos um quadro de valores que permite à criança um melhor conhecimento de si mesma e consequentemente o aumento da autoestima e autoconfiança, que consideramos existir um transfere positivo, aquando do confronto de novas situações em situação real. Trabalho de grupo, consideramos mais importante o saber ser e estar, do que propriamente o saber fazer, numa fase inicial. E aqui através do jogo pelo facto da forçosa relação com o grupo, leva a que se desenvolva a coesão e união do grupo, o gosto pelo trabalho de grupo, o respeito pelos outros, o saber ouvir e fazer-se ouvir, a reflexão conjunta e partilha de opiniões, desen-

volvendo o espírito de tolerância, confiança nos outros e assumir algumas responsabilidades que lhe são confiadas no grupo, tendo ganho a confiança dos outros. O jogo está intimamente ligado ao prazer. O jogo aparece muitas das vezes como uma transformação do real à fantasia, através da atividade lúdica, como meio de busca do prazer, bem-estar e satisfação. A imitação também está muito associada à realização e aparecimento dos jogos, o que faz com que a importância do jogar se torne ainda mais urgente e necessária. Deixem as crianças JOGAR, BRICAR, DIVERTIREM-SE. PUB

Fatores de Desenvolvimento Fugir e enfrentar, parar e desviar, subir e descer, saltar e baixar, esconder e procurar, trepar e agachar, agarrar e lançar, perder e ganhar, autoconfiança e interesse, entreajuda e dedicação, superação e vontade de vencer, aceitar a derrota e não desistir, observar e pensar, ouvir e comunicar …, acima de tudo crescer. O movimento é a base do desenvolvimento, da comunicação com os outros, com o mundo real e acima de tudo ao conhecimento de nós próprios, dos outros e do meio em que nos envolvemos, PUB

A orientação espacial, é outro dos fatores habitualmente presente, o desenvolvimento deste fator, é determinante para a integração no meio envolvente e através das diferentes adaptações ao espaço durante o decorrer do jogo, quer seja nas limitações de espaços ou em espaços diferentes, a criança aprende a adaptar-se e a orientar-se dentro do espaço, em função da dimensão, a forma de utilização, dos obstáculos existentes e a “relação” que poderá ter com o mesmo.

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SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA NO DIA 08/04/2020 José Manuel Correia Águas da Cruz, Presidente da Assembleia Municipal de Lagoa: Faz público, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 27º, nº 1 e 49º, nº 3 do Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado pela Lei nº 75/2013, de 12 de Setembro, que no próximo dia 08 de abril de 2020, quarta-feira, pelas 21:00 horas, realizar-se-á uma Sessão Ordinária desta Assembleia Municipal, por videoconferência, ao abrigo do disposto no Artigo 3º , nº 3 da Lei nº1-A/2020, de 19 de março, que versará a seguinte Ordem de Trabalhos: I – Período de Antes da Ordem do Dia: • Leitura do expediente; • Substituição de Deputados Municipais; • Aprovação das atas de sessões anteriores; • Intervenções dos Grupos Municipais para apresentação de votos, moções e recomendações bem como a apresentação e discussão de assuntos gerais de interesse para o Município. II – Período da Ordem do Dia: 1º Ponto – Apreciação da informação escrita do Senhor Presidente da Câmara acerca da atividade municipal e da situação financeira em 25 de março de 2020; 2º Ponto – Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, dos Documentos de Prestação de Contas relativos ao ano financeiro de 2019; 3º Ponto – Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, da proposta de Aplicação de Resultados relativo ao exercício de 2019; 4º Ponto – Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, da 1ª Revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano de 2020; 5º Ponto – Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, da autorização prévia prevista na al. c) do nº 1 do artigo 6º da Lei nº 8/2012, de 21 de fevereiro Compromissos Plurianuais – e autorização para abertura dos respetivos procedimentos concursais, relativos aos seguintes Concursos Públicos: 5.1. – Aquisição de Serviços de Limpeza e desobstrução de coletores de águas residuais, limpeza de fossas e de poços de bombagem – anos de 2020 a 2022; 5.2. – Empreitada – Trabalhos diversos de Manutenção nos trilhos e passadiços; 5.3 – Empreitada – Trabalhos diversos da Orla Costeira. Para constar se publica este e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares de estilo do Município. Lagoa, 26 de março de 2020 O Presidente da Assembleia Municipal, (José Manuel Correia Águas da Cruz) Lagoa Informa | Edição Nº 124 - 02.04.2020

Envie email para lagoainforma@ gmail.com com os seguintes dados: nome, data de nascimento, morada e número de contribuinte.

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EDITAL N.º 18 /2020 PUB

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Tlm. 919 710 153 Rua Fonseca de Almeida, 23 8400-346 Lagoa, Algarve henricat@mail.telepac.pt Tel. 282 341 261· Fax 282 342 494

LAGOA Rua Dr. Fonseca de Almeida,13 Telf. 282 352 518 | Tlm. 961 958 978

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA (ALGARVE), LUÍS ANTÓNIO ALVES DA ENCARNAÇÃO: Torna público, em cumprimento e para os efeitos do disposto no artigo 56.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que a Câmara Municipal de Lagoa, na sua reunião extraordinária de 20 de março do corrente ano, em conformidade com o estado de emergência atual e atento o disposto no n.º 2 do artigo 17.º do Decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março, deliberou fixar como limite máximo de presenças na realização de funerais nos cemitérios de Lagoa e Parchal até 10 pessoas, com vista a garantir a inexistência de aglomerados de pessoas e o controlo de distâncias de segurança. E, para constar e produzir os devidos efeitos, se publica este EDITAL e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de estilo e no SITE desta Câmara Municipal, no sítio www.cm-lagoa.pt Lagoa, 23 de março de 2020 O Presidente da Câmara (Luís António Alves Encarnação) Lagoa Informa | Edição Nº 124 - 02.04.2020


A fechar... LAGOA INFORMA

2 de abril 2020 - Quinta-feira

ATALAIA CLASSIFICAÇÃO FOI OFICIALIZADA A 27 DE MARÇO

Torre da Lapa já é monumento de interesse público

Freguesias de Lagoa e Carvoeiro doam material para Centro de Saúde

A publicação foi efetuada em Diário da República, sendo este ato o ‘ponto final’ numa antiga ambição da Câmara de Lagoa. CM LAGOA

Imóvel foi requalificado em 2018 num investimento de 51 mil euros Ana

A

Sofia Varela

Torre da Lapa, situada no cimo de uma falésia na freguesia de Ferragudo, foi classificada como monumento de interesse público em Diário da República na sexta-feira, 27 de março. Ao Lagoa Informa Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, entidade que desencadeou todo o processo, mostra-se satisfeito pela validação de uma ambição antiga. “Sempre foi nossa intenção classificar a Torre da Lapa. Aliás, o Caminho dos Promontórios

nasce também pelo facto de termos aquele elemento do património cultural do concelho que nós, em boa hora, recuperámos”, afirma o autarca. O imóvel sofreu obras de recuperação em 2018, num investimento de 51 mil euros, que teve como objetivo reverter a degradação da estrutura. A empreitada foi inaugurada em julho desse ano, data a partir da qual passou também a ser possível conhecer o espaço a pé e em segurança com um novo percurso de natureza entre a Praia do Molhe, em Ferragudo, e a Praia do Paraíso, em Carvoeiro. Uma das justificações que Ân-

gela Ferreira, secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, dá para a classificação é o “interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos, a conceção arquitetónica e paisagística e a importância do ponto de vista da investigação histórica ou científica”. Um argumento também usado por Luís Encarnação, que defende que “este é um marco da história do concelho e do Algarve, porque tinha como função, na altura em que foi construído, identificar quem se aproximava da costa”. Na atualidade, este é um imóvel que se tornou um ex-líbris para o Caminho dos Promontórios, que se estende por sete quilómetros da costa lagoense numa plataforma rochosa calcária com uma altitude que varia entre os 2,5 e os 40 metros. A Torre da Lapa, uma estrutura militar erguida em meados do século XVI, integrava um conjunto de atalaias a partir das quais era vigiado o litoral algarvio, vulnerável aos corsários. “Para nós é uma excelente notícia”, conclui Luís Encarnação, tanto pelo valor patrimonial, como pelo interesse que gera aos locais e aos turistas.

A União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro está a comprar material para o Centro de Saúde da cidade. Foi pedido à unidade uma listagem do material necessário e já foram encomendadas batas, otoscópios, oxímetros, luvas, termómetros e máscaras. A União das Freguesias financiará esta doação com as verbas que estavam destinadas aos eventos que foram cancelados.

Assembleia Municipal com sessão por videoconferência A Assembleia Municipal de Lagoa vai reunir para uma sessão ordinária a 8 de abril, quarta-feira, às 21h00. Devido à situação atual de pandemia do COVID-19, o encontro decorrerá por videoconferência. Entre os vários pontos da ordem de trabalhos, destacam-se “a apreciação da informação escrita do senhor presidente da Câmara acerca da atividade municipal e da situação financeira em 25 de março de 2020”, a “apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, dos Documentos de Prestação de Contas relativos ao ano financeiro de 2019”, a “Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, da proposta de Aplicação de Resultados relativo ao exercício de 2019” e a “apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, da 1ª Revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano de 2020”.

Porches: Mulher de 55 anos encontrada morta em casa Uma mulher de 55 anos foi encontrada morta em casa a 26 de março, no Bairro Municipal de Porches. A senhora vivia sozinha e não era vista pelos vizinhos havia já três dias, pelo que estes alertaram as autoridades para o facto. A GNR e os bombeiros deslocaram-se à habitação e abriram a porta com a chave disponibilizada pela assistente social, que também se dirigiu ao local. Chegados ao interior da habitação depararam-se com a mulher caída no chão, já sem vida. Foi chamada a delegada de saúde que declarou o óbito e o corpo foi transportado de ambulância para o Hospital de Portimão.

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