Quinta-feira,16.04.2020 | € 1,00
PUB
PUB
Quinzenário | Ano V | Nº 125 | Diretor: Rui Pires Santos
COVID-19
POLÍTICA Aprovada revisão do orçamento da Câmara Municipal P16 PUB
Autarquia alarga estado de alerta até 15 de maio
www.algarve-palm.com
Cancelados todos os eventos culturais e desportivos. Equipamentos municipais continuarão encerrados. P6-11
EN124, Poço Partido, 8400-557 Carvoeiro
PUB
Estudantes contam pesadelo vivido em Itália
Primeiro lar do concelho testado esta semana
Uma aluna residente no concelho viveu aventura para voltar a Portugal. Estava a estagiar no hospital na cidade de Monza, perto de Milão, quando se deu a explosão de casos naquele país. Depois de cinco semanas de isolamento em solo italiano, realizou mais duas em Porches, sempre sem sintomas.
Centro Popular de Lagoa é a primeira IPSS a ser alvo de despistagem ao novo coronavírus a todos os utentes e funcionários. Até final do mês, principio de maio, todos os lares da região serão testados pelo Algarve Biomedical Center, um consórcio da Universidade do Algarve e do CHUA.
“Economia não pode parar” Empresários holandeses residentes no concelho elogiam medidas tomadas no Algarve e em Lagoa. Mas alertam que a economia local tem de continuar.
PUB
PORTAS E JANELAS PVC
ALUMÍNIO
POUPANÇA DE ENERGIA Mude as suas janelas para melhorar a sua qualidade de vida e poupar energia
www.pvctech.pt Cerca da Lapa, 8400-426 Lagoa Lat: 37° 7’ 44’ N | Long: 8° 26’ 49’ O Tel.: 917 241 031 | Tel.: 282 343 325
info@pvctech.pt Showroom E.N. 125, N° 305 A,
8400-489 Porches | Tel.: 282 343 370
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
2
// Página Dois EDITORIAL
A certeza da incerteza e o otimismo 'inimigo'
ESTADO DE ALERTA PRORROGADO DIRETOR: Rui Pires Santos REDAÇÃO: Ana Sofia Varela COLABORADORES: Jorge Eusébio, Mónica Pontes PAGINAÇÃO: Vanessa Correia FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351 PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos NIF: 508 134 595 Nº REGISTO ERC: 126668 DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa
A Câmara Municipal de Lagoa voltou a antecipar-se na prevenção da propagação do novo coronavírus COVID-19 e prolongou o estado de alerta até 15 de maio. A medida prevê que todos os espaços culturais, desportivos e alguns públicos, como jardins e parques infantis, continuem encerrados ao público. Foi também assumida a decisão de cancelar todos os eventos que estavam previstos até 31 de maio. Está em cima da mesa a possibilidade de aliviar medidas nesse mês caso o cenário de pandemia melhore. De qualquer modo, é um sinal de precaução que é transmitido à população.
Numa tentativa de fazer uma análise fria ao que se tem passado em Portugal no último mês e meio, desde que a 2 de março foi detetado o primeiro caso por infeção do novo coronavírus, do tanto que se escreveu, das muitas entrevistas dadas por alguns especialistas e por infinitos pseudoespecialistas, só consigo chegar a uma conclusão: não há certezas sobre o COVID-19 e permanecem muitas dúvidas sobre algumas formas de contágio. Por confirmar está se a temperatura ajudará a ‘amenizar’ a propagação ou até se a imunidade de grupo será mesmo o grande trunfo no futuro para acabar com esta pandemia. Também pouco se sabe, em concreto, sobre os efeitos económicos, a não ser que serão terríveis. O quanto, só o futuro o dirá.
LAGOENSES CUMPRIDORES
A incerteza é também a palavra mais proferida por virologistas, infeciologistas e epidemiologistas, aqueles que estudam os vírus e os surtos deste género e que, para mim, são os mais creditados para falar. Dizem eles que há ainda muito por conhecer sobre este ‘bicho’. A vacina deve demorar e nenhum país aguentará até lá. A minha esperança e a de muita gente é que a imunidade de grupo seja o milagre que todos esperamos. Que bom seria se existissem já muitos milhares de infetados (os tais 60/70% da população) que não tiveram sintomas e que nem deram pela doença e que isso fosse suficiente para estarem imunes, impedindo um novo surto, uma ‘segunda vaga’ que tanto se fala como muito provável para o próximo Inverno.
Apesar de algumas exceções, poucas na realidade, tem sido evidente que os lagoenses têm respeitado o isolamento social e não tem havido grandes concentrações de pessoas nas ruas. Aliás, por estes dias é difícil encontrar muito trânsito na estrada ou grandes aglomerados nas zonas comerciais e centros urbanos das freguesias. Uma atitude que mostra que, pelo menos, a maioria tem seguido as recomendações da Direção Geral de Saúde. Só saem aqueles que precisam de ir ao supermercado, farmácias ou trabalhar.
EMAIL: lagoainforma@gmail.com
Caso contrário, à medida que as semanas vão passando, se por um lado podemos sentir algum otimismo por a situação parecer controlada em Portugal, há uma certeza: o pós-COVID-19, ou mesmo o ‘pré-segunda ou terceira onda’, como lhe queiramos chamar, será duro e as pessoas têm de começar a ser preparadas para isso. Muitas empresas vão mesmo fechar, milhares de empregos se vão perder, o que resultará em menos receita para o Estado (menos impostos cobrados) e mais despesa (subsídios de desemprego e apoio social). Desta forma, o Estado ficará ainda mais endividado, dívida essa que mais cedo ou mais tarde terá de começar a ser paga. Como? Muito provavelmente com uma maior carga fiscal. E se a economia não ‘arrancar’ em ano e meio, teremos ainda maiores problemas… Restará depois, como já aconteceu, a abnegação e criatividade de um povo como o português em dar a volta e superar mais esta fase. Se vamos conseguir? Vamos! Mas temos de nos preparar para baixar as expectativas que trazíamos de 2019 e reunir, em conjunto, forças para enfrentar o que nos espera em 2020 e 2021.
Telf: 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa
DEMORA DE TESTES NOS LARES
TIRAGEM: 1.500 exemplares
Havia, até ao fim de semana da Páscoa, lares de idosos no concelho, cujos os utentes não tinham sido testados. Apesar de não existirem muitos casos no município, pois até essa data, os registos apontavam para apenas cinco ativos, a recomendação do Governo data de 30 de março. Ainda que haja uma sobrecarga de serviço, falta de reagentes ou até lares prioritários não é positivo que em Lagoa não tivessem sido efetuados os testes pelas entidades de saúde responsáveis.
PERIODICIDADE: Quinzenal ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/
PONTOS DE VENDA LAGOA INFORMA
Lagoa
Triunfo da Sorte Rua Marquês de Pombal nº 2, Lj. B
PUB
Papelada & Companhia Rua Centro de Saúde, Lt 11
Parchal
Loja do Investidor Urb. Quinta das Palmeiras, Lt 4, Lj C
Ferragudo
Tabacaria Reis Rua Vasco da Gama, nº 11
Estômbar Cantinho da Vila Rua das Forças Armadas
Assine o Lagoa Informa
Receba o jornal comodamente em sua casa! Envie email para lagoainforma@gmail.com com os seguintes dados: nome, data de nascimento, morada e número de contribuinte.
PUB
Real Estate
IMOBILIÁRIA (+351) 938 738 073 (+351) 282 071 784
info@imobrunoboto.com | www.imobrunoboto.com Rua Afonso de Albuquerque, n. 1, loja A, 8400-249 FERRAGUDO Licença nº. 14524-AMI | NIPC 510 221 742
Até lá, temos de ir batalhando. Independentemente de críticas que se possam sempre fazer, uma coisa é certa: têm estado bem António Costa, a ministra Marta Temido e até a diretora geral de Saúde, Graça Freitas. Não é fácil a posição que ocupam, mas têm demonstrado discernimento, estratégia e capacidade. Daí os bons resultados que o nosso país tem apresentado e as medidas que foram tomadas na altura certa. Podiam sempre ter sido antecipadas, é certo, mas isso é fácil de dizer agora. Também Rui Rio, líder do PSD, merece elogios pelo seu discurso, que julgo estar a marcar pontos na opinião pública pela sua postura e conduta responsável. Embora a análise política não seja a minha especialidade, sinto que temos dois bons líderes em Portugal – Costa e Rio –, em posições diferentes, e que foram uma surpresa para muita gente. Uma palavra para Lagoa e para o presidente da Câmara Municipal, Luís Encarnação. Também ele tem estado à altura dos acontecimentos, antecipou e bem algumas medidas do plano de contingência e formou uma boa equipa para estar no terreno a trabalhar para os lagoenses. E os bons resultados no concelho estão à vista. O PSD/Lagoa tem igualmente esforçado-se e apresentado propostas à autarquia nesta batalha, se bem que não sei se será altura para procurar esgrimir quem apresentou a medida A, B ou a C, que eventualmente até já estava em prática… Os comportamentos irresponsáveis dos últimos dias – deslocações na Páscoa e saídas de cidadãos infetados para as ruas – devem merecer mão pesada por parte das autoridades. É que não podemos ‘baixar a guarda’ se pretendemos ter daqui a 15 dias ou a meio de maio alguns estabelecimentos comerciais abertos – com regras de segurança – e a economia a ‘mexer’ um pouco. Porque quanto mais tarde recomeçarmos, mais empregos se irão perder. Por outro lado, se também não formos rigorosos nas regras e nos cuidados a ter, o número de infetados irá crescer significativamente.
Rui Pires Santos
PUB
de 16 (quinta) a 22 (quarta) de abril 2020
JUNTOS PARA GARANTIR QUE NUNCA FALTA NADA NA SUA DESPENSA.
PREÇOS BAIXOS TODOS OS DIAS.
baixo
,39€*
A
3
/Kg
DOURADA DE VIVEIRO De 200 a 600 g Fresca
AO
Preço
S
EAL R sempre baixo
,56€ /Unid.
AZEITE VIRGEM EXTRA
Oliveira da Serra Clássico 0,75 L - 4,75€/L
siga-nos
247x348_16A20_PT.indd 1
A DE NT
UGUESE RT S
EAL R sempre
O
O
Preço
V
S
FA Z EMO S
AO
UGUESE RT S
FA Z EMO S
A DE NT
O
5
O
P
A
V
P
* PREÇOS VÁLIDOS SÓ NOS PONTOS DE VENDA COM SECÇÃO DE PEIXARIA.
#JuntosPeloMelhor
www.intermarche.pt
/intermarchept
/intermarcheportugal
14/04/2020 17:15
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
4
// Sociedade LAGOA INFORMA
PREVENÇÃO ESTADO DE ALERTA PROLONGADO ATÉ 15 DE MAIO
Câmara Municipal cancela todos os eventos de maio Infraestruturas desportivas e culturais vão continuar encerradas. Rui
Pires Santos
A
Câmara Municipal de Lagoa decidiu prolongar o estado de alerta devido à pandemia do COVID-19 até ao dia 15 de maio, e vai cancelar todos os eventos culturais e desportivos que estavam agendados para o próximo mês. Apesar de alguns bons indicadores a nível nacional, de a situação parecer controlada e de o Governo estar a ponderar alivar, gradualmente, algumas das medidas, a autarquia liderada por Luís Encarnação pretende manter o rigor e não facilitar na batalha contra o novo coronavírus. Nesse sentido, deverá ser
anunciado amanhã, 17 de abril, a manutenção do estado de alerta até 15 de maio. A medida pressupõe ainda que os espaços públicos, culturais e desportivos continuem encerrados. Parques infantis, campos desportivos, piscinas municipais, Auditório Municipal Carlos do Carmo e Convento de S. José serão algumas das infraestruturas que estarão fechadas. Contactado pelo Lagoa Informa, Luís Encarnação reafirmou que “a população se deve manter firme na batalha contra a pandemia”, embora admita que, caso o cenário apresente melhorias significativas e também de acordo
com as diretrizes do Governo, possa rever esta posição ou aliviar algumas destas medidas de contenção.
Junho em análise É um dado adquirido que progressivamente a vida das pessoas terá de voltar quase ao normal. Ainda que o regresso ao trabalho vá acontecendo e a abertura de alguns espaços comerciais vá sucedendo, existirão regras e limitações. Parece certo é que, nos próximos tempos, os eventos que contem com aglomerados de pessoas estejam em causa. Lisboa já cancelou as festas dos Santos Popula-
Pavilhão e piscinas municipais permanecem encerrados res previstas para junho, e, no Algarve, Loulé fez o mesmo com o festival MED. Por esta altura, em Lagoa, os eventos de junho estarão também em risco, estando a autarquia perto de anunciar uma decisão sobre a questão.
Desta forma, por uma questão de precaução, a noite ‘Black & White’, evento que tem juntado cerca de 30 mil pessoas na rua, deverá ser o próximo evento cancelado, podendo vir a realizar-se numa data posterior. PUB
RUA DA LIBERDADE, 4ºC, 8400-369 LAGOA (EM FRENTE À SOLAMPARO ÓPTICAS)
CHECK-SAÚDE: PESO, IMC, TENSÃO ARTERIAL, GLICÉMIA, COLESTEROL, TRIGLICÉRIDOS, HEMOGLOBINA, ÁCIDO ÚRICO, TESTES DE GRAVIDEZ
282 342 021
HOMEOPATIA
RASTREIOS GRATUITOS
ESPAÇO ANIMAL
NUTRIÇÃO
DERMOCOSMÉTICA ACONSELHAMENTO PERSONALIZADO
PROMOÇÕES
ALUGUER DE BOMBAS DE AMAMENTAÇÃO
FITOTERAPIA
PUB
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
6
// COVID-19
ERASMUS ALUNOS VIVERAM AVENTURA PARA VOLTAR A PORTUGAL
Dois jovens estiveram em isolamento em Porches após regresso de Itália Câmara Municipal foi buscar os estudantes a Lisboa e levou-os à habitação onde se resguardaram para evitar contacto com familiares mais próximos. LAGOA INFORMA
Ana
F
Sofia Varela
oi numa casa em Porches que dois estudantes estiveram em isolamento, após o regresso ao Algarve vindos de Itália. A atribulada história que viveram nos últimos dois meses ficará na memória de ambos. Isto porque, quando viajaram para aquele país em janeiro, levavam na bagagem a vontade de aprender mais, de concluir o estágio do curso de Imagem Médica e Radioterapia da Universidade do Algarve e o desejo de dar mais um passo para se formarem como profissionais de saúde. Foram ao abrigo do programa Erasmus que permite a mobilidade de estudantes em toda a Europa. Escolheram um dos melhores sistemas de saúde do continente europeu, mas mal sabiam que iriam coexistir naquele local com um dos piores cenários da pandemia que se tem vindo a alastrar pelo mundo, o novo coronavírus COVID-19. Quando perceberam a gravidade da situação, quiseram regressar e foi nessa altura que encontraram muitos entraves. Enquanto estiveram em isolamento no concelho, Maria Inês Laginha, natural de Porches, e Diogo Cordeiro, de Faro, contaram a experiência ao Lagoa Informa e a maneira como a autarquia
colocou à disposição os recursos necessários.
Sem sintomas, sem testes Após uma longa cruzada para chegar a Lagoa, como os jovens não tinham sintomas, não foram sinalizados para realizar testes ao novo coronavírus. Ambos ficaram numa casa de familiares desde a madrugada de dia 31 de março, depois da autarquia os ter ido buscar ao aeroporto, em Lisboa. “Quando chegámos, a Câmara tinha enviado um motorista, o senhor Leonel, a quem muito agradecemos, pois sabemos que se colocou também em risco”, diz com humildade Maria Inês Laginha. “Lá, o senhor Leonel deu-nos novas máscaras para deitarmos fora as que tínhamos desde Londres e, à chegada a Porches, os nossos bens não entraram em casa. Tirámos as roupas e deixámos as malas à porta e, só no dia seguinte, lavámos tudo o que tínhamos trazido”, começa por explicar a jovem. Já tinham sido referenciados, mas não houve contacto com o Sistema Nacional de Saúde, nem com a Linha SNS24. “O que aconteceu foi que o meu pai contactou o meu médico de família e, a partir dessa altura, ele disse que estaria disponível se tivéssemos alguma dúvida ou quiséssemos falar com
O que o futuro reserva No curso que estão a frequentar, Maria Inês Laginha e Diogo Cordeiro tratam três áreas relacionadas entre elas. São a radiologia, a medicina nuclear e a radioterapia. Em Itália só tiveram oportunidade de contactar com a radiologia, devido ao escasso tempo de estágio que tiveram, que engloba exames como um simples raio-x, a Tomografias Axial Computorizadas (TAC), ressonâncias, mamografias, angiografias ou densiometrias ósseas. A medicina nuclear também é uma área de exames de diagnóstico, enquanto a radioterapia se traduz na aplicação de tratamentos. “Agora estamos todos no mesmo barco. Todos os estágios, quer os de Erasmus, quer os que estavam a decorrer em Portugal, foram suspensos. Estamos todos em casa e não sabemos como será, porque esta é uma situação nova”, resume Maria Inês. As hipóteses podem passar por regressar ainda este ano ou repor no próximo ano letivo.
O medo que viveram em Itália foi avassalador mas agora os jovens já estão em segurança na sua casa alguém”, conta ao Lagoa Informa. No entanto, avisou que em caso de terem algum sintoma, como febre, cansaço, tosse ou dificuldade respiratória teriam de fazer o teste. Aliás, o médico já teria passado as informações à delegada de saúde sobre os dois jovens. Apesar de ambos acreditarem que seria melhor serem testados para ter certezas, pois há quem não revele sintomas da doença, o recomendado foi que ficassem nesta casa durante duas semanas. A viagem foi feita por três estudantes, mas um dos colegas, Miguel Reis, decidiu ir para casa em Quarteira, onde terá estado isolado.
Falta o abraço Apesar de estarem mais perto dos familiares e amigos, ambos sentem que falta um abraço aos pais. Sempre tiveram apoio, enquanto estiveram em Itália, e sabem que os progenitores estavam preocupados, pois seguiam as notícias daquele país, que iam sendo transmitidas nos canais portugueses. Quando falavam, ainda que à distância, tranquilizavam-os. “Estivemos sempre em con-
tacto com as nossas famílias e também com os nossos amigos, porque foi mesmo uma situação complicada em Itália”, admite Maria Inês que, por momentos, teve receio da pandemia. Nestas últimas duas semanas, o que os separou foi apenas uma janela. “Aqui
mas há-de vir, com tempo. Para quem já esteve tantas semanas em quarentena, isto não será nada”, comenta Diogo.
Itália em Emergência No centro da pandemia, tentaram por três vezes voltar ao Al-
“Quando chegámos, a Câmara tinha enviado um motorista, o senhor Leonel, a quem muito agradecemos, pois sabemos que se colocou também em risco”. fazemos o mesmo que lá, enquanto estávamos em quarentena, com a diferença que a nossa família pode vir aqui à janela e falamos. Conseguimos vê-los e é sempre um pouco mais gratificante”, assume Diogo Cordeiro, que tem visto os pais percorrerem cerca de meia centena de quilómetros, desde Faro, para o verem, ainda que à distância. “Falta o abraço,
garve, mas sempre sem sucesso. Voltando a fevereiro, Maria Inês Laginha recorda que estava em Monza, a cerca de 20 quilómetros de Milão para realizar o estágio de final de curso, no Hospital San Gerardo, através da Universidade de Milão – Bicocca. Os três alunos da Universidade do Algarve, quando estavam a entrar nos dois meses de estágio, foram avisados
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
COVID-19 // pela Universidade de Milão que tinham surgido casos do novo coronavírus e que, por isso, toda a atividade seria suspensa e as todas as escolas, incluindo as de ensino superior, seriam encerradas. “Até essa altura, só a região da Lombardia estava condicionada, e ninguém saia ou entrava. Iniciámos a nossa quarentena, só íamos ao supermercado uma vez por semana, sempre com luvas e máscaras, mas era um grande risco. Não havia ninguém nas ruas, a não ser quem fosse a farmácias, hospital ou supermercados”, conta a jovem lagoense. Na primeira semana de quarentena verificaram que nem todos estavam a cumprir as recomendações de forma rigorosa, mas não havia muitas notícias. Portanto pensavam que pouco depois poderiam voltar ao Hospital San Gerardo para continuar
amigos e orientadores de estágio italianos, faltou apoio na hora de regressar a Portugal. “Os orientadores ajudaram-nos a tentar encontrar voos. Contactámos a embaixada, mas foi complicado. Por isso, tentámos por duas vezes arranjar voos por nossa conta. O primeiro era de Roma para Sevilha. Comprámos, mas foi cancelado. Noutra tentativa, comprámos um que partia de Milão, fazia escala em Frankfurt, na Alemanha, e depois seguia para Lisboa. Também esse, meia hora depois, foi cancelado. Começámos a ficar um pouco mais assustados, porque estávamos no norte de Itália, numa região bastante crítica. Estávamos a ficar com medo de não conseguirmos sair. Isto porque, também víamos as notícias de Portugal e do eventual fecho das fronteiras”, descreve.
“Estivemos sempre em contacto com as nossas famílias e também com os nossos amigos, porque foi mesmo uma situação complicada em Itália”. o estágio. “Mas passados uns dias, aquilo foi um ‘boom’. Foi repentino e, por isso, o Estado de Emergência foi alargado a toda a Itália”, descreve.
Tentativas falhadas Apesar do apoio de familiares,
Foram então contactados duas vezes por Berta Nunes, secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, que os tentou tranquilizar, assegurando que o caso deles estava a ser visto. Esperaram uma semana e nunca mais foram contactados pela governante. D.R.
Maria Inês Laginha, Diogo Cordeiro e Miguel Reis estiveram em Eramus
“Começámos a ficar ansiosos de novo, mas nisto uma agência de viagens entra em contacto connosco, para dizer que tinha uma parceria com o Estado. Não era um repatriamento, porque nunca houve essa situação. Todas as despesas que tivemos foram asseguradas pelas nossas famílias”, defende. Apenas um dos voos teve reembolso imediato da companhia. Essa agência reservou bilhetes num voo de Milão para Lisboa. O orientador italiano estranhou, uma vez que todos os aeroportos estavam a cancelar voos, sobretudo aquele que seria o local de partida para os jovens. Ainda assim, acompanhou-os, colocando-se em risco de contaminação. “Afinal, o aeroporto estava encerrado, fomos barrados por forças militares e tivemos de regressar a casa de novo. O nosso orientador que estava a trabalhar no hospital, teve de sair no seu horário de trabalho e arriscou-se, porque o único percurso que pode fazer é entre casa e trabalho, conforme a autorização prévia. Quem não cumpre é multado e estas coimas são bastante elevadas”, afiança. Foi nessa altura que decidiram contar esta história à televisão. “Quando aparecemos na TVI, falámos, reportámos o nosso caso e a partir daí tiveram um pouco mais de atenção connosco. Ligou-nos o adjunto da secretária de Estado das Comunidades e informou-nos que a Universidade comparticiparia certas despesas nossas”, afirma. Na sexta-feira à noite, 27 de abril, foram avisados que teriam um voo no domingo de Roma, com escala em Heathrow, em Londres, e destino final em Lisboa. Teriam de se deslocar do norte de Itália, a partir do aeroporto de Malpensa até Roma, onde tiveram de pernoitar no aeroporto. “Entretanto, o presidente Luís Encarnação, enviou um motorista da Câmara para nos ir buscar a Lisboa”, relata. O autar-
7
BREVES Cenário em Portugal ainda pode mudar A convicção de quem passou pela experiência de Itália é a de que o cenário pode mudar em Portugal a qualquer momento. “No final, em Itália, atingiu-se os mais de 700 mortos por dia, os números começaram a baixar e começaram a especular que teria sido atingido o pico. Nós fomos ao supermercado nessa semana e reparei que havia mais pessoas na rua. Dias depois chegaram quase aos mil mortos por dia. A única certeza que tenho é que tudo é incerto. É preciso mesmo muita precaução”, compara Maria Inês. Situação perigosa Os jovens estudantes estavam a estagiar no Hospital San Gerardo, em Monza, no norte de Itália, e afirmam que havia a noção de que a unidade hospitalar seria afetada. Ao longo do isolamento em casa, foram falando com os orientadores de estágio que lhes diziam que a situação estava assegurada. No entanto, “entre a nossa quarta ou quinta semana de quarentena, o nosso orientador contou-nos que a unidade de cuidados intensivos estava cheia de camas, havia muitas pessoas doentes e avisou-nos para não sairmos mesmo de casa, porque a situação era muito perigosa”, recorda a lagoense. Pessoas têm de se proteger Maria Inês Laginha reforça que as pessoas têm que tomar cuidado, proteger e ficar em casa. “Têm de cumprir as regras impostas e as medidas para o nosso bem, dos nossos e de todos. Estávamos em Itália e víamos as notícias cá, com as pessoas nas praias e nas avenidas a correr. É uma falta de respeito, porque nós estávamos lá, víamos os números a aumentar de dia para dia e foi triste”, confidencia ao Lagoa Informa. Com um isolamento de seis semanas em Itália, ambos estiveram mais duas semanas em Lagoa, ainda longe, mas mais perto dos familiares. A vontade de voltar a Itália É com certezas que Maria Inês afirma que gostaria de voltar a Itália. Não teve muito tempo para visitar o país, mas gostou da cultura e dos seus “sítios lindíssimos”. Por sua vez, a nível de serviços de saúde, “qualquer hospital lá está muito avançado, tem todos os equipamentos de ponta, e, nesse aspeto, foi muito enriquecedor”, acrescenta Diogo Cordeiro. “O sistema de saúde italiano funciona muito bem. Chegávamos ao hospital de manhã e, na entrada, simplesmente não havia filas. São instruídos a ligar e a informarem-se para não se dirigirem ao hospital sem necessidade. Neste momento, estão a abarrotar, mas não é por falta de meios. É mesmo porque não há capacidade para mais. Nenhum país está preparado para uma situação destas”, reforça o jovem de Faro.
ca soube pelos familiares e tentou ajudar conforme podia.
Manter a calma Ambos revelam ter tido medo, por estarem numa situação caótica, longe da segurança de casa e pela barreira linguística. “Apesar de falarem inglês, o italiano é predominante. Sempre tivemos um grande apoio dos orientadores da Universidade a quem nós agrade-
cemos muito porque foram cinco estrelas e sempre preocupados connosco, até à última foram-nos levar ao comboio e asseguraram -se que estava tudo bem com a nossa partida”, elogia Maria Inês. Já Diogo Cordeiro garante que o segredo passou “por manter a calma e viver um dia de cada vez, tentando arranjar atividades para se abstrair do cenário vivido lá fora”, resume. PUB
Construção | Construction Remodelação | Remodeling Projecto | Project Manutenção | Maintenance Reabilitação | Rehabilitation Assessoria | Advisory
+351 282 343 306
geral@tecnoconcept.pt
www.tecnoconcept.pt
Rua Dr. João António da Silva Vieira Lote 3, 2º Frente Direito 8400 – 417 Lagoa
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
8
// COVID-19
SOBREVIVÊNCIA GESTORES MOSTRAM RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA COM COLABORADORES
“Temos de continuar, não podemos deixar parar a economia” Dois empresários holandeses residentes no concelho defendem medidas tomadas pelo Governo e pela Câmara Municipal, mas alertam que a paragem não pode ser total. FOTOS: ANA SOFIA VARELA
Empresários sentem-se seguros no Algarve e elogiam a disciplina dos portugueses Ana
Sofia Varela
A
nível de turismo 2020 será um ano para esquecer e a palavra de ordem neste momento é a sobrevivência. Este é o alerta de Erik de Vlieger, empresário holandês proprietário do Carvoeiro Clube e que há vários anos decidiu apostar em concelhos como Lagoa e Portimão. No entanto, reforça que há um sentido de responsabilidade que tem de existir para manter a economia a funcionar. Por isso, alerta que é necessário que a Câmara Municipal de Lagoa mantenha o Departamento Urbanístico a trabalhar, para agarrar o investimento privado, que fará a economia mexer. Aliás, esta é a mensagem que o empresário, que fez e tem previstos fortes investimentos no concelho, pretende passar. Para já, tomou a decisão de manter a obra do Atrium Lagoa, numa das principais entradas da cidade. E justifica que é por um sentimento de responsabilidade para com aqueles que dependem de si e para
com a sociedade. “Não podemos parar totalmente. O Carvoeiro Branco, a minha empresa que faz a promoção do Atrium Lagoa, é uma das mais importantes, porque, para ela, indiretamente, trabalham muitas pessoas”, justifica Erik de Vlieger. “Falei com o construtor Si-
mentos, já liquidaram um sinal, o construtor já comprou os materiais para terminar a construção, como janelas ou cozinhas. Isto é uma cadeia que começa no Banco, passa por nós, pelo construtor, pelas empresas subcontratadas e pelos clientes que compraram. É difícil a nível logístico, mas tive-
“Eu não quero continuar a obra do Atrium, mas tenho de continuar. É uma responsabilidade. Isto é uma cadeia que começa no Banco, passa por nós, pelo construtor, empresas subcontratadas e clientes”, diz Erik de Vlieger. mão Martins e concluímos que era melhor continuar. Aliás, era obrigatório. Eu não quero continuar, mas tenho de o fazer. É uma a responsabilidade, pois já muitas pessoas compraram os aparta-
mos de continuar”, revela ao Lagoa Informa. Este é o sinal que o holandês, que se sente já um algarvio, quis dar à economia local. Admitiu que há mais projetos previstos para o
concelho. “É uma situação nova e quando terminar é importante retomar de imediato o turismo e a construção. Por esta razão, digo à Câmara Municipal de Lagoa que é essencial que o Departamento Urbanístico tenha como grande responsabilidade ajudar as pessoas com iniciativa”, defende. Esta é, porém, apenas uma das empresas pela qual Erik de Vlieger é responsável. Também integra a administração do Carvoeiro Clube e avança que, neste momento, passou dos 700 mil euros de faturação mensal para zero. Com sinceridade diz que está a viver ‘o inferno na terra’, porque é só uma “questão de defender e atacar, sem que nada de construtivo aconteça”, reforça. “Estás em casa, vais deitar-te com dificuldade em dormir, pela situação que atravessas, e quando acordas só pensas neste problema”, exemplifica. É que, o Carvoeiro Clube tem oito resorts, o Carvoeiro Ténis e o Vale de Milho Golfe. Emprega 250 funcionários e, neste momento, teve de colocar 150 em
‘layoff’. “Eu tenho uma responsabilidade. Para mim, Portugal, o Algarve são a minha casa e é um privilégio estar aqui enquanto investidor. A verdade é que lucrar é importante, mas este ano não. 2020 será apenas um ano para sobreviver. Não só para mim, como também para os meus empregados. E espero que em três ou quatro meses, possamos voltar” a retomar, assegura. Uma opinião partilhada por Jeroen Haen, empresário da imobiliária Palm Lagoa, que reforça que a altura é apenas de “controlo de danos”. Isto porque, o Carvoeiro Clube, fundado em 1980 tem objetivos anuais de marketing, de estratégia, de crescimento, de qualidade, mas quando o COVID-19 entra nada mais interessa senão sobreviver”, comenta. “Ser responsável, primeiro para com os empregados, para com as famílias que trabalham há muitos anos connosco, depois com os fornecedores, cumprindo os contratos, pagando. O Carvoeiro Clube não é uma empresa que dirá ‘É pena, não pagamos’. Temos de continuar, mas agora é só proteger o coração, porque o resto não importa”, conclui. Ambos concordam ainda que a nível turístico, 2020 não será um ano para investimentos em novas construções de resort, mas de habitação para os portugueses e para fixar pessoas no concelho.
Algarve é seguro “Eu não sinto medo”, diz sem hesitar Erik de Vlieger ao Lagoa Informa. “Dou graças a Deus por viver cá”, reforça. E quando lhe perguntam “como está o Algarve?” responde que basta olhar para os números. “A região tem 260 infeções e oito mortos (números à data desta entrevista). É fenomenal e posso dizer que a disciplina que vejo cá é algo de único. Na Holanda, as pessoas andam no parque, andam de bicicleta”, descreve. Também o empresário da Palm Lagoa afirma não ter medo
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
COVID-19 //
9
Médicos e enfermeiros são heróis, mas professores também
Obra do Atrium Lagoa continua porque há muitos trabalhadores que dependem dela no que diz respeito a ter a doença, mas sente receio se, caso a tiver, haver a possibilidade de infetar um amigo, um vizinho. “Sinto-me muito seguro no Algarve. 150 por cento! Estamos tão impressionados com os algarvios. Parte da minha família, pais e irmão, estão na Holanda e lá continuam a or-
ganizar barbecues ou a brincar no parque. Os portugueses têm sido inteligentes e muito responsáveis. Merecem todos os elogios e é por isso que serão recompensados no futuro”, acredita Jeroen.
Medidas do governo positivas Ambos os empresários, que an-
“Quando esta situação terminar começa uma nova vida. Por esta razão, digo à Câmara de Lagoa que é muito importante ajudar as pessoas com iniciativa”, defende Erik de Vlieger. “Para mim, o Algarve é a minha casa e é um privilégio estar aqui enquanto investidor. Lucrar é importante, mas este ano não. 2020 trata-se apenas de sobreviver”, afirma Erik de Vlieger. “Sinto-me muito seguro cá. 150 por cento! Estamos tão impressionados com os algarvios. A minha família, pais e irmão estão na Holanda e lá continuam a organizar barbecues ou a brincar no parque. Os portugueses são tão inteligentes e responsáveis”, descreve Jeroen Haen.
tes de mais são residentes no Algarve, veem com bons olhos as linhas de crédito lançadas pelo Governo para ajudar as empresas, mas também as restantes medidas que permitem que os trabalhadores possam ter rendimentos em regime de ‘layoff’ ou que os pagamentos de empréstimos possam ser adiados seis meses. “São medidas muito boas, eu não tenho queixas, se comparar com outros países. Na Holanda é necessário pagar tudo na mesma”, exemplifica Erik de Vlieger. Uma opinião partilhada por Jeroen Haen que acredita que “o primeiro ministro António Costa assumiu as suas responsabilidades”.
Imobiliária em queda Jeroen Haen, responsável pela imobiliária Palm Lagoa, sediada em Carvoeiro, diz que o segmento de compra e venda de imóveis está muito fraco. Tem esperança que, após a pandemia, o setor retome, mas refere que o grande impulsionador desse regresso à normalidade será também a aposta na reabilitação urbana, até porque, do ponto de vista do empresário, esse é o grande “motor da economia”. Defende, tal como Erik de Vlieger, que o futuro a curto prazo deverá passar pela aposta na construção de casas para os portugueses, para arrendamento, para os trabalhadores locais e juventude.
Responsabilidade social Quando a pandemia chegou ao Algarve, os empresários holandeses sentaram-se à mesa para encontrar formas de ajudar. “Pensámos no que podíamos fazer no imediato. Não temos um hospital para ceder, mas temos fantásticos resorts, que as pessoas e os profissionais de saúde podem utilizar”, justificou Jeroen Haen. O Carvoeiro Clube foi o pri-
Jeroen Haen, responsável pela imobiliária Palm Lagoa, sediada em Carvoeiro, tem dois filhos a frequentar o ensino primário numa escola local. E pela sua experiência pessoal, não poupa elogios aos profissionais que vão garantindo a educação das crianças. “Os heróis são os enfermeiros e médicos, mas, na minha opinião, os professores são os segundos heróis. Eles estão cheios de trabalho, têm uma missão extra e recebem pouco”, começa por dizer. Da sua experiência enquanto pai, mas também do feedback que tem dos seus colaboradores com filhos noutras escolas, o cenário é igual. “Numa altura normal, eles têm 25 alunos numa sala e vão lecionado. Agora têm que telefonar, enviar email, esclarecer e estão cansados”, conta o empresário. “Estou grato e pensei no que poderia fazer para ajudar. Então criei um grupo de WhatsApp com todos os pais da sala dos meus filhos, onde os professores podem ver o que os alunos fazem em casa e para que haja interatividade entre as crianças, porque a relação social, nesta altura, não existe”, explica. Aliás, o empresário considera que é necessário abrir as escolas, para dar também um sinal de normalidade, defendendo um conjunto de procedimentos que evitem a propagação do vírus.
Medidas futuras Apesar de todas as contrariedades que o novo coronavírus COVID-19 tem provocado, é necessário que quando a acalmia chegar, sejam tomadas medidas para controlar um novo contágio, sem colocar em risco a economia ou sobrecarregar os serviços existentes. Numa perspetiva económica Jeroen Haen, considera que é necessário precaver e encontrar novas oportunidades. “O aeroporto deveria abrir, mas com segurança. Investir, talvez com dinheiro de todos os municípios do Algarve, na contratação de mais pessoas, indo buscar aquelas que vivem do turismo e que vão ficar desempregadas, para coloca-las a testar os passageiros que chegam, a febre, saber se têm sintomas como tosse. Se sim, seriam obrigados a apanhar um voo de regresso ao seu país”, argumenta. A pandemia que está agora a assolar o país deveria ser também um incentivo para investir na saúde no Algarve. “O meu maior medo é acabar num hospital público. Eu sou estrangeiro, conheço o sistema de saúde do meu país e é muito diferente”, diz. “Um hospital na Holanda é como um hotel de cinco estrelas”, compara Erik de Vlieger. E há mais vantagens em investir no Algarve. “Em comparação com qualquer grande cidade europeia, o Algarve tem pessoas fantásticas, ar puro, bom ambiente, não tem poluição, nem grandes indústrias químicas”, enumera o responsável da Palm Lagoa. Não entende também porque a maioria dos serviços estão centralizados em Lisboa, quando o Algarve tem boas condições para trabalhar e ter essas infraestruturas.
meiro a disponibilizar o espaço para receber enfermeiros, médicos ou outros profissionais de saúde que precisem de se isolar das famílias para evitar uma eventual contaminação. O empresário revela que houve interesse e que alguns espaços estão a ser ocupados.
O grande erro da Holanda “A Holanda está a cometer um grande erro. Lá estão noutra direção, que é a imunidade de grupo. Para mim, pessoalmente é difícil, porque tenho duas filhas a trabalhar na Holanda e as outras duas
estão cá. É contranatura estar afastado delas, mas vamos falando por 'Facetime'”, admite Erik de Vlieger. Já Jeroen não tem receio de dizer que no seu país estão a ser ingénuos. “Normalmente temos orgulho do nosso país, mas neste momento não. Falei com o meu pai há três semanas e perguntei-lhe o que ia fazer. Ele disse-me que iria ajudar na Igreja no dia seguinte. Eu disse-lhe para ficar em casa, pois podia infetar os netos, a esposa ou ele próprio e expliquei-lhe que esta é uma doença grave”, afirma o empresário imobiliário.
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
10
// COVID-19
PREVENÇÃO CENTRO POPULAR DE LAGOA DEVERÁ SER O PRIMEIRO A SER TESTADO
Testes ao COVID-19 ainda não chegaram aos lares do concelho Ainda esta semana ou no máximo no início da próxima realizam-se os primeiros despistes em Lagoa. D.R.
Rui
Pires Santos
A
té à data do fecho desta edição, ainda nenhum utente ou funcionário dos lares do concelho de Lagoa tinha sido submetido a testes ao novo coronavírus, contrariando as declarações do Governo e da Direção Geral de Saúde para que se começassem a realizar testes em todos os idosos institucionalizados. Contudo, o cenário deverá mudar ainda esta semana e, segundo apurou o Lagoa Informa, o Centro Popular de Lagoa será alvo de despistagem através Algarve Biomedical Center, um consórcio que reúne o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve e a Uni-
versidade do Algarve. Todos os utentes e funcionários irão realizar testes, ainda que nesta altura não haja casos suspeitos. Esta será uma medida de prevenção, uma vez que os lares estão a ser um dos alvos principais da pandemia e é unânime que quanto mais cedo se fizer a despistagem, mais baixa será a probabilidade de contágio e, por consequência, o número de mortes. Neste momento, a Algarve Biomedical Center tem uma escala diária dos lares a despitar, sendo que o calendário pode sofrer alterações em função do surgimento de casos suspeitos noutras instituições. Fonte da entidade explicou ao nosso jornal
O Centro Popular de Lagoa é o lar com maior número de utentes que todos os lares algarvios serão testados até final de abril, início
de maio. Este prazo poderá estender-se um pouco mais no tempo,
devido à necessidade de fazer segundos testes. PUB
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
COVID-19 //
11
AJUDA VERBA INTEGRA O APOIO FINANCEIRO EXTRAORDINÁRIO
Câmara de Lagoa já entregou 130 mil euros às IPSS Valor foi repartido por sete instituições e é apenas uma primeira parte do total previsto, que poderá chegar aos 400 mil euros. ANA SOFIA VARELA
Santa Casa da Misericórdia de Estômbar é uma das instituições que recebeu verbas
A
Câmara Municipal de Lagoa deliberou por unanimidade, em reunião do dia 7 de abril, entregar a primeira tranche de 130 mil euros de apoio
financeiro extraordinário às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). O valor total de 130 mil euros será repartido por sete entidades,
sendo distribuídos 20 mil euros a seis instituições e 10 mil a uma. A medida integra-se num conjunto de apoios logísticos que estão a ser realizados, desde
o primeiro momento em que a pandemia causada pelo novo coronavírus COVID-19, chegou ao território algarvio. A autarquia reforça ainda que está a efetuar um levantamento constante das necessidades prioritárias das instituições locais, bem como de casos que se integrem no âmbito da ação social e da atividade económica local. “A dotação inicial de 130 mil euros deste instrumento municipal de emergência e as várias medidas já anunciadas terão eventuais reforços de acordo com as necessidades e duração deste Estado de Emergência. A autarquia reforça os apoios financeiros extraordinários para 2020 com uma verba que pode ir até aos 400 mil euros”, justifica a Câmara. “No contexto adverso resultante da COVID-19, o executivo
Recomendações para o doente idoso sobre COVID-19 O Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna elaborou um conjunto de recomendações para os doentes idosos e familiares para prevenir a infeção por COVID-19. MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA O IDOSO Lave as mãos com frequência! • Deve lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar, tossir ou após contacto direto com pessoas doentes. • Evite tocar na cara com as mãos. • Na medida do possível, evite tocar em superfícies de alto toque em locais públicos - botões do elevador, maçanetas, corrimãos, apertos de mão com pessoas, etc. • Se é dextro use mais a mão esquerda e faça o contrário se for esquerdino. • Use um lenço de papel ou a sua manga para cobrir a sua mão ou o seu dedo, se precisar tocar em algo. • Evite partilhar objetos pessoais ou comida. • Tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, com um lenço de papel ou com o antebraço, nunca com as mãos, e deite sempre o len-
ço de papel no lixo. Mantenha-se em casa! • Limpe e desinfete a casa, principalmente as superfícies tocadas com frequência (como mesas, maçanetas, interruptores de luz, torneiras e telemóveis). • Evite fazer compras diariamente ou frequentar locais com muitas pessoas. • Se tiver que sair de casa por algum motivo de saúde urgente mantenha sempre o distanciamento social mínimo de 1 a 2 metros. • Idealmente, procure um familiar ou um vizinho que lhe leve as compras e a medicação a casa, não mantendo qualquer contacto físico com ele. • Não deixe acabar a medicação. Se necessitar de mais receitas, contacte o seu Centro de Saúde por telefone ou email ou peça a um familiar para o fazer. • Mantenha-se em contacto com os seus familiares e amigos por telefone. • Se tiver febre ou dores no corpo, tenha à mão paracetamol que pode tomar até 3-4 gramas por dia.
municipal de Lagoa, tem estado empenhado em tomar medidas que minimizem as dificuldades que atingem todos. Se até este momento já foi tomado e tornado público um conjunto de decisões, de cariz mais imediato e efetivo, na linha das orientações das instituições públicas de saúde, para combater os efeitos da propagação da pandemia, o executivo tem também definida uma estratégia para atenuar os efeitos subsequentes a este estado de emergência, que está a influenciar, negativamente, as pessoas, famílias, instituições e empresas”, explica ainda. O pacote de medidas implementado pela Câmara Municipal, pode ser alargado e reforçado, visando sempre, procurar responder, de forma positiva, aos desafios que se colocam aos lagoenses, conclui a autarquia.
D.R.
• Não tome anti-inflamatórios não esteroides (estes medicamentos são inapropriados para os idosos). • Beba bebidas quentes. • Deve beber muitos líquidos, de preferência em bebidas quentes que deve ter sempre preparadas, com mel (se não for diabético), limão, outros sumos, chá, café. • Alimente-se bem, comendo carne, peixe, ovos e fruta que deve lavar e descascar antes de comer. Não dispense a sopa quente. • Faça exercício. Não esteja horas sentado. Ande em casa por períodos de mais de 10 minutos 3 vezes por dia ou se possível use uma pedaleira. • Quando já estiver bem não contacte com outras pessoas durante 14 dias Deverá procurar atendimento médico se sentir: → Dificuldade em respirar ou falta de ar. → Dor ou opressão persistente no peito. Atuação dos familiares do idoso • Confirme que o seu familiar tem
medicamentos e alimentos suficientes a fim de evitar faltas inesperadas. • Sempre que o contacto físico for indispensável lave cuidadosamente as suas mãos, mas se tiver tosse ou febre não o visite. • Promova o isolamento social do seu familiar, mas não o abandone!
• Esteja atento à eventual dificuldade de respirar do seu familiar ou às manifestações de alteração do estado de consciência e confusão. • Se o seu familiar estiver institucionalizado, informe-se do protocolo criado pela instituição e cumpra-o rigorosamente.
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
12
// Opinião O olhar do Mascarilha
Que desagradável mundo novo!!!! Do cruzamento da realidade contemporânea com as lições que a história do mundo tem para nos oferecer, seria expectável que o papel dominante da China; o Brexit e o défice de coesão e de unidade dos membros da união europeia; as manobras da Rússia; a situação explosiva do Médio Oriente; a ascensão ao poder do tridente de luxo TBB (Trump, Boris e Bolsonaro) e o facto de Bruno de Carvalho querer voltar a ser presidente do Sporting, mais cedo ou mais tarde, iriam potenciar uma mudança do mundo como nós o conhecemos. O que ninguém esperava era que, de forma tão fulminante, um vírus, chinês, gordo e com cara de medronho, de um dia para o outro, nos catapultasse para um tão desagradável mundo novo! Valeu mesmo a pena a malta ter adquirido smart TVs com a mais avançada tecnologia HD, 4K e qualquer coisa Led para ver o campeonato da europa de futebol e os jogos olímpicos e agora ficar com uma bomba de tecnologia para ver o pessoal a falar no Skype! Mas a arreliação não fica por aí, o vírus alterou nosso dia a dia de uma forma tão profunda que aquilo que para nós era um ideal de vida, leia-se ficar em casa no "dolce far niente", tornou-se num pesadelo onde pululam as crianças, a mulher e, com muito azar, as sogras! Antes, o foco da nossa vida estava no dia a dia dos jogadores de futebol e respetivas esposas que exalam amor por todos os poros do corpo e fazem questão de o demonstrar nas redes sociais (e quem não gosta de ver aqueles poros desnudados que atire a primeira pedra!). Agora, a nossa preocupação direcionou-se para os enfadonhos profissionais de saúde que se limitam a salvar vidas, com pouca ou nenhuma segurança, sem glamour e sem brincos cujo valor dava para ventilar todos os portugueses. Antes, suspirávamos para que chegasse a hora dos reality shows onde as estrelas, cujos peitorais e abdominais são inversamente proporcionais à sua inteligência, expressavam, tipo, de forma, mais ou menos, tipo, percetíveis os seus dramas, levando a que, tipo, a esmagadora maioria dos homens portugueses se revisse, tipo, nas agruras da vida de um gajo, tipo, com um metro e noventa de altura, tipo, armário, tatuado e com problemas em distinguir a parte da frente da parte de trás da camisola. Agora o nosso foco está nos agentes de autoridade que nos protegem, que fazem cumprir o estado de emergência,
D.R.
que deixam a sua família por um bem maior, mas cujos abdominais deixam muito a desejar. E como podemos comparar as festas e o estilo de vida dos atores/modelos/famosos/gente bonita das novelas da TV com aquela gente rude, sem relógios e roupa de marca, cuja única valência é assegurar que, no conforto do nosso lar, continuemos a ter água, gás, luz, telecomunicações, comida e combustíveis? E com aqueles que cuidam dos idosos e dos mais necessitados? E com os bombeiros? E com todos aqueles que diariamente andam na rua a assegurar que o país não pare enfrentando o vírus como verdadeiros toureiros? E como conseguiremos sobreviver às segundas, terças, quartas, quintas, sextas, sábados e domingos sem os programas de “atualidade e debate desportivo” compostos por paineleiros escolhidos de entre a nata da sociedade, os quais, hoje por hoje, se constituem como elites, capazes até de eleger deputados? E será que já alguém pensou como é que vamos conseguir viver sem nos preocuparmos com o resultado da guerra das audiências entre o Gordo, a Cristina Ferreira e o Manuel Luis Goucha numa altura em que uma figura emergente, que dá pelo nome de Cláudio Ramos, poderia ter alguma influência geoestratégica nesta Guerra? E por falar neste dois últimos personagens, o que será do turismo do Algarve
restante agregado familiar; deixámos de votar porque não valia a pena; ridicularizámos quem anda nas lides públicas; exigimos dos políticos muito mais do que nós próprios estamos dispostos a dar e, com tudo isto, fomos afastando pessoas cuja capacidade de liderança seria fundamental neste momento particularmente difícil. Exaltamos quando a esposa do senhor jogador de futebol compra umas calças cujo valor é superior ao ordenado de um presidente de câmara, mas achamos que o senhor ou a senhora presidente de câmara não só ganha muito como as mesmas calças não lhe assentariam tão bem. Decididamente, tinha mais piada quando achincalhávamos os políticos e escondíamos a nossa ignorância no
bem sabemos a definição legal de ajuste direto é um procedimento em que um ou vários políticos e técnicos adjudicam a um terceiro ou a um amigo um contrato público a troco de uma comissão para si ou para os respetivos familiares. Quando os equipamentos de proteção individual e as latas de atum chegarem, chegam! O importante é garantir que estes bens sejam adquiridos de forma transparente. E atenção que isto não é uma fake new! É mesmo verdade! Garantiu-me uma esposa de um jogador de futebol que tem um amigo jurista e um amigo médico que está na frente de combate e que viu com os próprios olhos o vírus a transformar-se num político amorfo, sem personalidade e com muita dificuldade em distinguir a parte da frente da parte de trás da camisola.
Tinha mais piada quando achincalhávamos os políticos e escondíamos a nossa ignorância no discurso socialmente aceitável e aconselhável do bota-abaixo tudo o que é politico e funcionário público.
Claro que estarmos a torcer pelos políticos e pelos funcionários públicos que estão no olho do furacão não é tão atrativo como gritar alto e bom som para que ambos vão para o olho da rua. O número de Likes definitivamente não é o mesmo!
sem as tradicionais bichas do mês de agosto numa altura em que a escassez da água e a época dos fogos são uma preocupante realidade?
A minha secreta esperança reside no facto de que, como a história nos tem demonstrado, raramente temos aprendido com os erros do passado e, não tarda muito, estaremos a vibrar com as vitórias do glorioso, com as festas de verão dos famosos, com o novo carro de 8 milhões que alguém comprou, com a separação da não-sei-quantas com o não-faço-a-mínima-ideia-quem-é-o-gajo-mas-deve-ser-famoso e, acima de tudo, estaremos novamente a chamar nomes aos nossos queridos políticos de estimação!
E depois temos os políticos! Comprámos a ideia de que os políticos são todos iguais, inúteis, corruptos, vaidosos, mesquinhos, que se movem por interesses próprios, que vivem do compadrio e que, pasme-se, são uma cambada de incompetentes. Com a santa complacência da nossa imprensa isenta, imparcial e destituída de agenda própria, chamámos nomes aos políticos, às suas mães, aos seus pais e ao
discurso socialmente aceitável e aconselhável do bota-abaixo tudo o que é politico e funcionário público. O mal está feito, agora resta-nos esperar que quem se dignou votar nas últimas eleições o tivesse feito de forma acertada e que quem nos dirige, a nível local, nacional e internacional, não paralise, não entre em pânico, e acima de tudo não desobedeça à preocupação hipócrita dos impolutos do costume e não caia na tentação de recorrer ao ajuste direto para a aquisição de bens de primeira necessidade! Sim, porque mesmo nesta altura, é imperioso consultar, no mínimo, três entidades porque como
É por estas e por outras que eu digo que este novo mundo é um mundo piroso, é um desagradável mundo novo!
Chamem-me retrógrado mas prefiro o agradável mundo antigo!
PUB
PASSATEMPO ARTE EM TEMPO DE PANDEMIA Concorra com o seu filho e ganhe bilhetes para o Zoomarine
1
Podem concorrer alunos residentes no concelho com um desenho, uma composição, poema ou conto.
2
Escalões · 5 aos 9 anos · 10 aos 13 anos
3
Data limite para entrega dos trabalhos 6 de maio de 2020
REGULAMENTO: 1. O passatempo será dividido em duas categorias: desenho e texto. 2. Será também dividido em duas faixas etárias: dos 5 aos 9 anos e dos 10 aos 13. 3. Os desenhos ou textos (composição, poema ou conto) são de tema livre. 4. Podem concorrer os alunos residentes no concelho de Lagoa. 5. Os textos devem ser enviados por email e/ou, no caso dos desenhos, por CTT ou colocados na caixa de correio do jornal Lagoa Informa, na seguinte morada: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Direito, 8400-417 Lagoa. 6. A data limite para o envio é o dia 6 de maio de 2020. 7. Os resultados serão divulgados na edição de 14 de maio do jornal Lagoa Informa. 8. O júri que decidirá os vencedores será composto por um elemento designado pela Palm Properties Imobiliária, entidade patrocinadora do passatempo e pela direção do Lagoa Informa. 9. Os prémios serão 2 entradas no Zoomarine para o vencedor de cada uma das categorias, nas duas faixas etárias a concurso. 10. Para mais esclarecimentos poderá contactar-nos através do email lagoainforma@gmail.com Patrocínio
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
14
// Opinião Aplausos e … Televida
João Reis Professor
“Juro solenemente consagrar a minha vida ao serviço da Humanidade. Exercerei a minha arte com consciência e dignidade”, eis dois dos princípios do “Juramento de Hipócrates” (pai da medicina ocidental) feito pelos Médicos quando terminam a sua formatura. São estes Médicos (a maiúscula é intencional) que estão, nestes tão indefinidos tempos, a lutar, em primeira linha, o malfadado vírus que nos invadiu. Os aplausos que, por todo o Mundo, lhes são dirigidos são inteiramente merecidos – o denodo, o altruísmo, a abnegação, a sabedoria e a resistência são algumas das qualidades admiráveis que possuem e põem ao serviço de todos. No nosso Portugal, também! Pela atitude de Médicos, Enfermeiros (que os acompanham, todo o tempo), Técnicos e Auxiliares (igualmente) o nosso Serviço Nacional de Saúde foi levantado do chão das críticas que, nos tempos anteriores à pandemia, vinha sofrendo. Afinal de contas, temos um SNS de bom nível. Tem falhas? Tem! Tem-lhe faltado investimento? Também! Poderia
ganhar em organização? Certamente! Mas quando, agora, vamos conhecendo o que se tem passado com idênticos Serviços por esse mundo fora, perante uma situação para a qual nenhum estava preparado, acabamos por reconhecer e perceber que é meritória a real posição do nosso SNS no ranking da Organização Mundial de Saúde (22º entre 169 países) e 13º no ranking europeu (entre 35 países). Aplaudo, pois, o SNS e os seus profissionais. E aplaudo, também, as Forças de Segurança, as Forças Armadas e TODOS AQUELES ANÓNIMOS que, de uma forma ou doutra, se expõem, com coragem, para que a nossa quarentena não seja mais penosa. Muito obrigado!!! No que a Lagoa respeita, cumprimento a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesias e suas Uniões pela prontidão com que têm actuado nesta tão crítica época. x-x-x E agora? Por agora, ficamos em casa! Cumprin-
do conselhos, pedidos e determinações das autoridades; porque é preciso fazer parar o contágio. Nesta forma passiva e solitária, e sem nos apercebermos, estamos participando num tempo de mudança, que será enorme, profunda, abrangente. Talvez, demorada; embora “os estados de emergência possam acelerar os processos históricos” como escreve Yuval Harari, jornalista do “Financial Times”. Perguntamo-nos: -Depois disto, como vai ser? O que é que vai mudar? E como? A resposta mais sensata e honesta deverá ser:- Ninguém sabe! O que se poderá prever é que as mudanças não se verificarão em cada país, “de per se”, mas de forma global, em todo o planeta. Nunca, antes, a humanidade esteve tão ligada; nem tão rapidamente. Sendo tantas as dúvidas, são compreensíveis as aflições, os medos, a ansiedade, a dor; há, pois, que lhes contrapor a esperança, a fé, a paciência, a solidariedade, a união. Assim, enquanto dura esta forçada clausura, sejamos capazes de ser imaginativos , de ver o lado positivo da situação e aproveitar o
tempo – lendo, reflectindo, aprendendo, percebendo o que se vai passando. É curioso que, apesar de isolados, nos temos unido pela necessidade de falar com amigos, saber deles, como estão suportando a quarentena, alguns quase esquecidos pela vida apressada que temos vindo a viver.
Mas o que também sabemos, no que toca à atribuição se subsídios ou outros apoios, é que muitos outros organismos com carácter associativo ficam de fora. Ou porque são pequenos e não têm visibilidade, ou ainda porque a sua atividade não contribui para dar relevância positiva aos órgãos políticos e administrativos.
ciativos, dos seus associados, do trabalho árduo e incansável na realização de eventos para angariação de fundos.
Estou, portanto, falando de uma outra realidade associativa, desconhecida, sem dimensão, completamente autónoma e popular, onde ninguém importante aparece para dar o que quer que seja, mas também não aparece para cobrar.
comerciantes, tudo se faz ver. Uns prometiam o que o estado nunca tinha feito antes, outros faziam-se associados, depois prometiam patrocínios para esta ou aquela atividade ou modalidade, segundo contrapartidas, normalmente publicidade nos eventos e nas sedes, e acabavam fazendo negócios nas próprias instalações associativas.
Felizmente, as tecnologias da comunicação têm-nos dado uma boa ajuda – somos informados e entretemo-nos com a TELEvisão, ouvimos a TELEfonia, contactamos por voz e texto por TELEfone e TELEmóvel, há quem faça TELEtrabalho, a partir de casa ou estude pela TELEescola ou se reúna em TELEconferências. É quase uma TELEVIDA!!! Com estes meios, neste tempo de confinamento, animemo-nos com o que Tolstoi, autor de “Guerra e Paz” escreveu: - “Os melhores guerreiros, em qualquer batalha, são o tempo e a paciência”. Fiquem bem! Em casa!
Sem limites nem fronteiras Na origem de qualquer forma associativa, normalmente está sempre subjacente a necessidade de atingir determinado objetivo, seja ele de que tipo for, seja dentro ou fora do país.
Nelson Santos
Mas sabemos também que o fator organizativo, aliado à justeza ou à necessidade do fim que se pretende atingir, são fatores essenciais para a motivação e mobilização das pessoas em torno da causa. É que ninguém se motiva ou mobiliza para colaborar com algo que não consiga transmitir organização, confiança e justeza. O nosso país, embora não sendo uma democracia muito antiga, têm já uma idade que nos permitiu uma grande maturidade em muitas áreas, sendo uma delas a capacidade e até facilidade com que nos constituímos em associações. Mas o que essa nossa experiência tamPUB
bém nos ensinou ao longo de quarenta e cinco anos foi que, a maior das dificuldades, esteve sempre em conseguir mantê-las. Muitas morreram pelo caminho, e não foi porque os seus fins não fossem justos ou necessários, mas sim por muitos outros fatores. Mas essa nossa experiência ensinou-nos também que muitas resistiram, lutaram, persistiram em chamar as suas comunidades e mostrar-lhes a utilidade dos seus serviços. E souberam também adaptar-se a novas realidades e exigências, também do ponto de vista legal, e assim merecerem o estatuto de utilidade pública, passando a contar com verbas que embora nunca sejam suficientes para se ir mais além, permitem, aliando as cotizações e a criatividade dos corpos diretivos, manter a estrutura a funcionar. Até quando? Nunca se sabe.
Ao atribuir a este texto o título “sem limites nem fronteiras”, tenho em mente precisamente realidades por mim vividas no estrangeiro, onde as Comunidades Associativas sobrevivem à base da criatividade dos seus dirigentes asso-
Lá como cá, as fragilidades associativas são frequentemente aproveitadas por oportunismos políticos e comerciais. Desde candidatos políticos que depois desaparecem, passando por
Lá como por cá, o oportunismo, não têm limites nem fronteiras.
PUB
PUB Peixe fresco Fruta e legumes Mercearia
Tlm.: 961 363 501 Portimão loja 1 | R. Infante D. Henrique • loja 4 | Avenida 25 Abril Parchal /Coviran - loja 5 Lagoa loja 2 - junto à igreja • loja 3 - R. António Pinto Pateiro Armazém lote 3 - Zona Industrial
QUINTA-FEIRA, 16.04.2020 | Nº 125
Diversos //
15 PUB
FARMÁCIAS COM SERVIÇO NOTURNO
CLASSIFICADOS HABITAÇÃO
16 A 18 ABRIL AMPARO LAGOA
→ PROCURA-SE Procuro apartamento ou casa — T3, Lagoa, Calvário, Estômbar ou Pateiro Tlm. 963 143 089
19 ABRIL JOSÉ MACETA 20 A 25 ABRIL VIEIRA SANTOS
→ ALUGA-SE Apartamento novo T2 - Lagoa, R/c, mobilado, com garagem e grande qualidade, ao ano 850€ por mês Tlm. 962 751 075
26 ABRIL AMPARO LAGOA 27 A 29 ABRIL LAGOA
CONTACTOS ÚTEIS CENTROS DE SAÚDE LAGOA
282 340 370
CARVOEIRO
282 357 320
PORCHES
282 381 005
ESTÔMBAR
282 432 665
PARCHAL
282 418 081
FERRAGUDO
282 461 361
URGÊNCIAS NÚM. NACIONAL SOCORRO 112 BOMBEIROS LAGOA 282 352 888 GNR LAGOA
Munícipio de Lagoa (ALGARVE)
282 380 190
GNR CARVOEIRO
282 356 460
PIQUETE DE ÁGUAS
964 423 244
PUB
→ PROCURA-SE Procuro casa ou apartamento, T2 ou T3 com urgência Entre Lagoa e a Mexilhoeira Tlm. 926 513 028 → PROCURA-SE Procuro ao ano, casa ou apartamento, T3 ou T4 Sem Mobílias Entre Lagoa, Sesmarias e Portimão Tlm. 966 276 486
EMPREGO → PRECISA-SE Sovereign – Consultoria Lda, admite Contabilista Certificado com experiência e conhecimento da língua Inglesa para trabalhar nas suas instalações em Lagoa Oferece as seguintes condições: Contrato inicial a tempo parcial e a termo de 6 meses com possibilidade de renovação passando a tempo completo; Possibilidade de integrar
equipa dinâmica, jovem e experiente; Salário acima da média; Entrada imediata; Caso esteja interessado/a nesta oportunidade, candidate-se enviando o seu CV para port@sovereigngroup.com → PRECISA-SE João Raposo admite: instalador de reclamos ordenado a combinar Contacto: 282 341 255 geral@joaoraposo.net → PROCURA-SE Rapariga procura trabalho para tomar conta de senhora de idade, não acamada, durante o dia. Contacto: 930 431 660 → PROCURA-SE Procuro trabalho para tomar conta de crianças a partir dos 4 anos. Contacto: 930 431 660 → PROCURA-SE Procuro trabalho com urgência como ajudante de cozinha ou jardineiro Contacto: 968 590 138
DIVERSOS → PROCURA-SE Procuro para alugar garagem para um ou dois carros no concelho de Lagoa Tlm: 962 751 075
PUB
PUB
PUB
José Santos
Tlm. 919 710 153 Rua Fonseca de Almeida, 23 8400-346 Lagoa, Algarve henricat@mail.telepac.pt Tel. 282 341 261· Fax 282 342 494
LAGOA Rua Dr. Fonseca de Almeida,13 Telf. 282 352 518 | Tlm. 961 958 978
EDITAL N.º 20 /2020 O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA (ALGARVE), LUÍS ANTÓNIO ALVES ENCARNAÇÃO Faz público que, em cumprimento e para os efeitos do disposto no artigo 56.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que a Câmara Municipal de Lagoa, na sua reunião extraordinária de 31 de março do corrente ano, em conformidade com o estado de emergência atual decretado com fundamento na verificação da situação de calamidade pública provocada pelo COVID-19, deliberou aprovar a seguinte proposta do Senhor Presidente sobre as medidas excecionais relativas à situação epidemiológica do novo corona vírus COVID-19, para apoio a particulares, empresas e terceiro setor: “PARTICULARES - Prorrogação por 120 dias, do prazo de pagamento voluntário das faturas de consumo de água emitidas pelo Município, até setembro 2020 (fatura referente ao consumo de água em setembro, emitida em outubro 2020). - Suspensão da Interrupção de fornecimento de água por falta de pagamento até setembro 2020. - Reforço orçamental das verbas do Fundo de Emergência Social, para incremento das respostas sociais, de apoio a indivíduos e famílias residentes no concelho de Lagoa que se encontrem em situação de carência económica emergente e pontual, ao nível de: alimentação; despesas de saúde com medicação, e meios complementares de diagnóstico; comparticipação no pagamento de dívidas inerentes ao consumo doméstico de eletricidade e gás e outras ajudas técnicas, nos termos do Regulamento em vigor, até ao montante de 80.000,00€. - Reforço orçamental das verbas do Programa de Apoio ao Arrendamento para Famílias Carenciadas, até ao montante de 20.000,00€. - Reforço, em termos de Recursos Humanos e apoio material, do Serviço de Ação Social, para apoio aos indivíduos e famílias, com residência no concelho de Lagoa, em situação de carência económica e vulnerabilidade social, por consequência da situação de pandemia COVID - 19 EMPRESAS/ENI - Prorrogação por 120 dias, do prazo de pagamento voluntário das faturas de consumo de água emitidas pelo Município, até setembro 2020 (fatura referente ao consumo de água em setembro, emitida em outubro 2020). - Suspensão da Interrupção de fornecimento de água por falta de pagamento até setembro 2020. - Isenção de pagamento da taxa de ocupação de espaço público para as empresas/ENI que encerrem parcialmente ou totalmente a sua atividade por consequência da situação de pandemia com COVID – 19, mediante requerimento e análise casuística. - Isenção de pagamento da taxa de publicidade para as empresas/ENI, com sede social no concelho de Lagoa, que encerrem parcialmente ou totalmente a sua atividade por consequência da situação de pandemia com COVID - 19, mediante requerimento e análise casuística. - Isenção das rendas dos espaços municipais concessionados, até setembro de 2020. - Isenção de pagamento das taxas fixas de Água, Resíduos Sólidos Urbanos e Saneamento, nas faturas de fornecimento de água, para as empresas/ENI que encerrem parcialmente ou totalmente a sua atividade por consequência da situação de pandemia com COVID - 19, mediante requerimento e análise casuística. - Reforço, em termos de Recursos Humanos e apoio material, do Gabinete de Apoio ao Empreendedor, para desempenho em termos de apoio técnico, jurídico e financeiro, às empresas e ENI, com sede social no concelho de Lagoa, que encerrem parcialmente ou totalmente a sua atividade, por consequência da situação de pandemia com COVID – 19. TERCEIRO SETOR - Prorrogação por 120 dias, do prazo de pagamento voluntário das faturas de consumo de água emitidas pelo Município, até setembro 2020 (fatura referente ao consumo de água em setembro, emitida em outubro 2020). - Suspensão da Interrupção de fornecimento de água por falta de pagamento até setembro 2020. - Reforço da verba na rúbrica de despesas de apoio financeiro às IPSS, prevista no Orçamento Municipal para o ano financeiro de 2020, em sede de apoio extraordinário, para fazer face às dificuldades de tesouraria, decorrentes da situação de pandemia com COVID 19, até ao montante de 400.000,00€.” E, para constar e produzir os devidos efeitos, se publica este EDITAL e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de estilo e no SITE desta Câmara Municipal, no sítio www.cm-lagoa.pt Lagoa, 31 de março de 2020 O Presidente da Câmara (Luís António Alves Encarnação) Lagoa Informa | Edição Nº 125 - 16.04.2020
A fechar...
COVID-19
D.R.
Os números de Lagoa até dia 13 de abril 16 de abril 2020 Quinta-feira
7
5
Casos
Ativos
2
Mortes
REUNIÃO ASSEMBLEIA MUNICIPAL POR VIDEOCONFERÊNCIA
Revisão do Orçamento aprovada por maioria PSD absteve-se por não se rever em alguns investimentos e por falta de outros considerados essenciais. ANA SOFIA VARELA
Rui
Pires Santos
A
primeira Revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano para o ano de 2020 foi aprovada pela maioria do PS, em sessão extraordinária da Assembleia Municipal realizada a 8 de abril. PSD, CDU e Bloco de Esquerda optaram pela abstenção, com os social-democratas a justificarem a sua posição por o documento não conter “investimentos essenciais para prosseguir com a restruturação do concelho no caminho do desenvolvimento sustentável e progressivo”. Além disso, reforçam que este orçamento “insiste em investimentos” nos quais o partido laranja não se revê. A Assembleia, que durou cerca de três horas e meia, ficou também marcada por ter sido a primeira na história do concelho a realizar-se por videoconferência, devido ao Estado de Emergência decretado pelo Governo por causa da pandemia do COVID-19. Na sessão foram ainda votados por maioria os Documentos de Prestação de Contas relativos ao ano financeiro de 2019, com votos contra do PSD. Na declaração de voto apresentada, os social-democratas justificam a posição com “a total ausência de execução no terreno das obras
Forbes aponta Algarve como melhor lugar do mundo A revista norte-americana Forbes elegeu o Algarve como um dos três melhores lugares para um reformado morar após a pandemia do novo coronavírus. A publicação parte de uma perspetiva pós-crise para considerar o Algarve, região onde se encontra Lagoa, Mazatlan, no México, e Cayo, em Belize, locais de eleição a nível mundial. A revista justifica que na costa algarvia é possível acordar “todas as manhãs ao som dos pescadores locais e das campainhas das bicicletas”. Acrescenta que a região não só é um dos melhores lugares do mundo para a reforma, mas também para viver. Destaca ainda a luz solar durante todo o ano e a segurança no país. “Portugal é considerado o terceiro país mais seguro do mundo”, escreve a publicação, que não deixa de referir, também, os “importantes investimentos em boas infraestruturas”. Mas há muitas mais vantagens, como as grandes praias, o idioma, uma vez que o “inglês é amplamente falado” e o custo de vida acessível.
Câmara e APAV protegem vítimas de violência doméstica
Social-democratas votaram contra contas de 2019 previstas” e “a falta de perceção de verdadeiras medidas que se possam considerar diferenciadoras e impactantes na qualidade de vida” dos lagoenses. Por unanimidade foi aprovada a proposta da Câmara Municipal para aquisição de serviços de limpeza e desobstrução de coletores de águas residuais, limpeza de fossas e de poços de bombagem, anos de 2020 a 2022, pelo valor de 182.155,50€, além de uma outra para a empreitada de trabalhos diversos de manutenção nos trilhos e passadiços, pelo valor de 295.398,15€. Foi ainda aprovada
por unanimidade a proposta da autarquia relativa ao Concurso Público da Empreitada de trabalhos diversos da Orla Costeira, pelo valor global de 298.784,06€. Ao Lagoa Informa, o presidente da Assembleia Municipal, José Águas da Cruz, mostrou-se satisfeito pela forma como se desenrolou a sessão. “Correu muito bem e superou mesmo as minhas expectativas. Foi um momento histórico na Assembleia Municipal de Lagoa, que pela primeira vez se realizou por videoconferência, numa situação inédita no Algarve”, salientou.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e a Câmara Municipal de Lagoa associaram-se na luta contra a violência doméstica numa altura em que a população está em isolamento social familiar devido ao COVID-19. Assim, as entidades alertam as vítimas de maus tratos para a possibilidade de pedir ajuda através de telefone (800202148 ou 116006 ou 112) ou de email (violencia.covid@cig.gov.pt). Reforçam também que a comunidade deve estar atenta a qualquer sinal de violência que possa testemunhar no bairro onde vive, denunciando-o.
Aqualab está certificado para efetuar testes no concelho A quem for prescrito no concelho de Lagoa um teste ao novo coronavírus através das Áreas Dedicadas ao atendimento de casos suspeitos de COVID-19 (ADC-Comunidade) ou da linha SNS 24, pode recorrer ao laboratório certificado Aqualab sito na Rua Miguel Bombarda nº 6. A marcação prévia dos testes é obrigatória e deverá ser efetuada através de telefone (282356281 ou 289580898) entre segunda e sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas.
PUB
PUB
Clínica Veterinária
Consultas
Dra. Cristina Mosteias
Cirurgia Análises Clínicas Ortopedia Imagiologia (Rx, Eco)
Marcações: +351 282 185 058 paws.clawsclinicavet@gmail.com
Urgências - 966 982 904 Horário: Segunda a Sexta 10h-13h e 16h-19:30h Sábado 9:30h - 13:30h
Rua Município São Domingos, Lote 5 R/C dto. | 8400-415 Lagoa