Lagoa Informa nº127 - 14_05_2020

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Quinta-feira,14.05.2020 | € 1,00

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Quinzenário | Ano V | Nº 127 | Diretor: Rui Pires Santos

Concertos online dão algum ânimo a artistas Festival Multicultural ‘A Nossa gente, a nossa identidade’, transmitido no facebook, proporciona um palco e alguma esperança aos artistas do concelho. P10

Comércio começa a reabrir em Lagoa

SOCIEDADE Testes à COVID-19 prosseguem nas creches P16

CIDADANIA Propostas para OP apresentadas no site da Câmara P16

EDUCAÇÃO Renovação de matrículas por via digital P2

ARTE Ana Nobre pinta mural no circuito Carlos Boto P5 PUB

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Pequenas lojas de portas abertas anseiam por clientes. Cabeleireiros cheios de trabalho e sem mãos a medir. Cafés e pastelarias reiniciam atividade a 18 de maio. P6

FATACIL cancelada Decisão tomada em sintonia com a AMAL cancela certame e outros grandes eventos do Verão algarvio, dando sequência à resolução do Conselho de Ministros, de 7 de maio. Feira regressa em 2021. P16

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QUINTA-FEIRA, 14.05.2020 | Nº 127

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// Página Dois MÁSCARAS COMEÇAM

DIRETOR: Rui Pires Santos REDAÇÃO: Ana Sofia Varela COLABORADORES: Jorge Eusébio, Mónica Pontes PAGINAÇÃO: Vanessa Correia FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351 PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos NIF: 508 134 595

A CHEGAR À POPULAÇÃO A entrega de máscaras à população do concelho teve início na passada terça-feira, 12 de maio, num processo gradual que se irá prolongar por mais alguns dias. Há muito esperadas pelas pessoas que as solicitavam à Câmara Municipal desde o início do mês, a vantagem destas que agora chegam aos lagoenses é que são reutilizáveis e, por isso, têm uma duração mais prolongada. Este será um meio de proteção que terá de nos acompanhar ao longo dos próximos meses…

Nº REGISTO ERC: 126668 DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa

COVID-19: LAGOA SEM NOVOS CASOS DESDE 22 DE ABRIL

EMAIL: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa TIRAGEM: 1.500 exemplares PERIODICIDADE: Quinzenal ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/

À data do fecho desta edição, na terça-feira, 12 de maio, o concelho de Lagoa não registava mais confirmações de infeções pelo novo coronavírus, a COVID-19. Aliás, desde 22 de abril que não há novos casos conhecidos. São apenas registados, desde o início da pandemia, seis recuperações, duas mortes e dois casos ainda ativos. No Algarve havia 348 pessoas infetadas, número que também tem vindo a estabilizar.

Ano letivo 2020/2021

Renovação de matrículas online A matrícula ou renovação para o ano letivo 2020/2021, será realizada online, no site do Ministério da Educação, com acesso através das credenciais do Portal das Finanças ou com leitor do Cartão de Cidadão. A medida é tomada devido à pandemia da COVID-19, para evitar deslocações à escola, ainda que quem não tenha acesso online possa marcar por telefone (282 340 310) um atendimento presencial, no Agrupamento ESPAMOL. Até 30 de junho podem ser efetuados os registos de primeira matrícula, renovações e pedidos de transferência de escola para a educação pré-escolar e matrícula, no 1º ano, do 1º ciclo. A partir de 26 de junho, após a definição da situação escolar do aluno, podem ser reaalizados os registos nos outros anos iniciais de ciclo, como o 5º, 7º e 10º anos, as renovações e os pedidos de transferência de escola nos 1º, 2º, 3º ciclos do ensino básico e ensino secundário.

União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro

Oferta de tablets a idosos ao Centro Popular Os idosos do Centro Popular de Lagoa receberam tablets oferecidos pela União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, num investimento que pretende aproximar os utentes das famílias. Esta é a segunda aquisição feita pela União das Freguesias, neste tipo de equipamento tecnológico, pois já antes a mesma autarquia tinha “investido 10 mil euros na compra de tablets e meios de acesso à Internet para as escolas”. A decisão de oferecer estes recursos aos idosos é uma forma de promover a comunicação com os familiares, atenuando a saudade e a solidão, imposta pelo novo coronavírus, a COVID-19, que levou os lares a proibir visitas para evitar a propagação da doença a um dos maiores grupos de risco. PUB


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// Sociedade ANA SOFIA VARELA

ECONOMIA ‘SCHROLL FLAVOURS’ CONTINUA PRODUÇÃO

Empresário dinamarquês prossegue exportação Reunião clarificou posição de empresários

Apesar da COVID-19, a venda de ervas aromáticas para o norte da Europa mantém-se a bom ritmo.

Operadores prontos para abrir D.R.

As maiores encomendas vindas do exterior são de coentros, manjericão e hortelã marroquina Len

Port

A

inda que a pandemia tenha colocado alguns problemas no escoamento de produtos, o empresário dinamarquês Brian Knudsen, que produz ervas aromáticas e ruibarbos em terrenos situados no concelho de Lagoa, continua a exportar os seus produtos para o norte da Europa. “Neste momento, não nos podemos queixar. Sabemos que há colegas que estão em pior situação. Tivemos algumas perturbações com a COVID-19, mas continuamos a trabalhar’’, explica o empresário. A ‘Schroll Flavours’ continua de forma gradual e confiante cultivando, colhendo e exportando os seus produtos sem grandes problemas relacionados com o coronavírus.

A devastação causada pela COVID-19, as medidas de emergência decretadas pelo Governo português e a sua continuidade em Portugal e no resto do mundo, “não teve impacto negativo na produção total da empresa”, diz Knudsen. A empresa perdeu quase 90% dos revendedores habituais e clientes na compra de produtos alimentares, mas conseguiu substituir essa quebra com os supermercados e fornecedores online. Os trabalhadores agrícolas da ‘Schroll Flavors’ seguem as regras de distanciamento social, estando a empresa aberta e em funções apenas com os colaboradores que entregam ou carregam mercadorias. As maiores encomendas vindas do exterior são de coentros, manjericão e hortelã marroquina, seguidas de tomilho e cebolinho. Em menores quantidades estão o

alecrim e a erva-príncipe. Com as condições climáticas ideais – solo, luz solar e rega adequada – a empresa consegue produzir todos os tipos de ervas aromáticas e medicinais durante os 12 meses. Entre março e janeiro do ano seguinte, empregados portugueses, dinamarqueses e indianos fazem a colheita dos produtos que posteriormente serão carregados em camiões e enviados para países escandinavos e outros do centro da Europa, sem restrições fronteiriças, como Bélgica, França, Alemanha, Suíça e Reino Unido. Fundada pelo residente e empreendedor dinamarquês Brian Knudsen, a ‘Schroll Flavors’ especializou-se, desde 2016, no cultivo de ervas aromáticas e medicinais e na exportação de grande parte da sua colheita durante todo o ano para o norte da Europa.

negócios nas praias a 1 de junho Os concessionários de serviços de apoio às praias no concelho reuniram com Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, a 11 de maio, no Auditório Carlos do Carmo, onde acertaram posições acerca da abertura destes espaços balneares. Participaram proprietários de restaurantes, apoios de praia, das marítimo-turísticas e das concessões, que se mostraram prontos para retomar a atividade a 1 de junho. Em causa está uma preocupação que se agravou desde a semana passada, com as declarações de Tiago Antunes, secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, relacionadas com a abertura de praias ou não, que só foi decidida ontem, 13 de maio, já após o fecho desta edição, em Conselho de Ministros. Defendem que as praias não fechem, devendo existir orientações com normas claras, que a autarquia e operadores possam implementar em articulação com as entidades de saúde e a Agência Portuguesa do Ambiente. E que haja abertura para os empresários adaptarem-nas à sua realidade, porque cada praia é diferente, mesmo dentro do próprio concelho ou região. “De uma forma geral estão de acordo com a autarquia e disponíveis para abrir a época balnear, que seguramente será diferente. Não vamos ter o nível de turismo de 2019 e isso refletir-se-á na ocupação das praias”, refere Luís Encarnação.

Valor global atinge os 915 mil euros

Autarquia aprova protocolos e contratos programa A Câmara Municipal de Lagoa aprovou, a 5 de maio, vários protocolos e contratos programa no valor global de 915 mil euros, destinados a associações, clubes desportivos e IPSS. A verba para a área social ronda os 695 mil euros, num aumento de 15% relativamente ao ano anterior. No apoio aos clubes e associações desportivas há uma redução de cerca 15%, sendo este um valor total de 220 mil euros. O ajuste, explica a autarquia, justifica-se pela redução de atividade nos clubes e associações depois de decretado o Estado de Emergência. Os reforços nas verbas para apoio social surgem devido à maior vulnerabilidade das famílias em resultado das situações de 'layoff' e desemprego. Nesse sentido, foram analisados os termos em que a Câmara Municipal teria de apoiar financeiramente as IPSS e garantir a sustentabilidade das instituições, de modo a que o apoio a idosos, acompanhados nos seus domicílios, não fosse prejudicado. PUB

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Sociedade //

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PINTURA INICIATIVA DA UNIÃO DAS FREGUESIAS DE LAGOA E CARVOEIRO

Talento de Ana Nobre dá cor a Lagoa LAGOA INFORMA

FOTOS: D.R.

O novo mural está relacionado com a natureza, bem-estar e saúde e conta com caricaturas divertidas

Novo mural junto ao circuito de marcha e corrida Carlos Boto. Rui

F

Pires Santos

icou concluído no início de maio o mural pintado pela artista Ana Nobre que embeleza a área do circuito de corrida e marcha Carlos Boto com cores vivas e divertidas caricaturas. Numa iniciativa da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, a artista levou este desafio muito a sério e ficou satisfeita com o resultado final e com ‘feedback’ recebido. “Esta pintura surgiu no seguimento de uma que já tinha feito noutra zona do circuito Carlos Boto, a convite da União das Freguesias. Depois desafiaram-me para esta, apresentei a ideia e o projeto. Assim que aprovaram, avancei. O primeiro mural que fiz tinha a ver com o circuito pedo-

nal e com desporto. Este está relacionado com natureza, bem-estar, saúde e alimentação saudável, temas que adaptei ao meu estilo mais de caricatura e de cores vivas e divertidas”, explica Ana Nobre ao Lagoa Informa, orgulhosa com o trabalho realizado. “Criei primeiro um desenho pintado, que foi aprovado. Depois fiz o desenho a lápis diretamente no muro para ter as linhas base. Seguiram-se os contornos a preto para conseguir ver bem, pois com o sol é mais difícil trabalhar só no lápis, e o preenchimento com cor e das linhas para dar movimento. Finalizei com o reforço do contorno a preto para ficar mais vistoso”, descreve. Residente no concelho, a artista plástica já tinha feito outros murais em locais privados, mas gostou particularmente desta experiência mais ‘pública’. “O meu trabalho normalmente é sobre tela, dou aulas de pintura e faço exposições, portanto num meio mais fechado. Os murais surgiram

mais recentemente pela dimensão e pela maior mais visibilidade do trabalho do artista. Pintar na rua é algo que adoro, é um bom desafio e permite mostrar o trabalho a mais pessoas”, salienta.

Mais projetos O sucesso e reconhecimento destes dois murais, começa já a dar frutos e a artista prepara-se para outros projetos semelhantes. “Gostava de pôr mais trabalhos meus nas ruas do concelho e estou com um plano para lançar um mural noutra freguesia. Não posso adiantar muito mais por agora, porque é algo que ainda estamos a falar, mas acredito que é uma ideia que pode ajudar a embelezar muitas zonas do nosso concelho”, refere. Este período difícil por causa da pandemia da COVID-19 não está a ser nada fácil e Ana Nobre salienta que se torna ainda mais complicado para os artistas. “A área da arte já era complicada, mas agora ainda ficou mais.

Eu dava aulas na escola pública e na Escola de Artes de Lagoa, fazia as minhas pinturas e no ano passado fui tirar um curso de design gráfico para combinar a minha área plástica com o design, na esperança de conseguir mais trabalho. Mas com isto que aconteceu ficou tudo parado e todos os

planos caíram por terra. Este ano ficou uma desgraça para as áreas criativas e artísticas. Estou a começar agora com aulas online e este mural veio dar um pouco de motivação e ânimo num período muito difícil”, reconhece a artista plástica, também licenciada em pintura. PUB

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// Sociedade

MOVIMENTO PEQUENAS LOJAS ABERTAS MARCAM PRIMEIRA FASE DE DESCONFINAMENTO

Comércio local começa a ‘respirar’ O álcool gel, a desinfeção e o uso de máscaras são as medidas que previnem a propagação e que se tornam obrigatórias nos espaços que abriram a 4 de maio. Os proprietários começam agora a ver uma pequena luz ao fundo do túnel. FOTOS: LAGOA INFORMA

Sílvia Diogo, proprietária da 'Novelos e Novelinhos', conseguiu manter algumas vendas pela Internet

Ana

Sofia Varela

A

inda não há muitos espaços abertos em Lagoa, mas já se nota mais movimento na rua e abriram algumas pequenas lojas que vão fazendo mexer o comércio tradicional, desde o início desta semana. A primeira fase de desconfinamento, que se iniciou no dia 4 de maio, é assim marcada por um alívio para alguns pequenos empresários, que aos poucos começam a retomar os negócios.

Cabeleireiros, comércio de automóveis, livrarias, biblioteca e serviços públicos com balcões descentralizados são alguns dos estabelecimentos que se incluem na primeira etapa do programa do Governo. Um dos espaços mais procurados após dois meses de isolamento é o cabeleireiro, que tem diversas marcações e solicitações, do mais pequeno espaço ao maior. “Houve uma procura muito grande nestes dias. Já temos o mês de maio cheio de marcações”, garan-

tiu Sérgio Perdizeiro, hairstylist no grupo Victor Picardo, situado no Parque Empresarial de Lagoa. As mudanças são, porém, mais do que muitas neste novo período, que exige muitas preocupações e cuidados acrescidos. O serviço só “funciona por marcação e cada cabeleireiro atende apenas um cliente. Às vezes, quando estava a fazer uma coloração, no tempo de pausa, podia cortar o cabelo a outra pessoa. Agora isso já não é possível”, compara. Segundo o profissional, agora,

Ana Cristina atende clientes seguindo as indicações do Governo

o cliente tem de levar máscara e desinfetar as mãos à entrada do estabelecimento, só podendo entrar após o espaço onde permanece enquanto corta o cabelo estar desinfetado. “Caso ainda esteja cá um cliente, temos uma cadeira no exterior do estabelecimento para a pessoa seguinte esperar”, acrescenta. Só há quatro cabeleireiros para quatro clientes o que garante o menor número de pessoas no espaço, tendo sido dispensados os assistentes. O grupo retirou

também todos os sofás de espera do interior, nem há revistas, salienta Sérgio Perdizeiro. A umas centenas de metros, na Rua Francisco Sá Carneiro, o salão ‘Atreve-te’ tem as mesmas regras. “Assim que se entra é necessário desinfetar as mãos. Os clientes têm de trazer máscara. Já funcionava por marcação, por isso, nesse aspeto é igual”, refere a proprietária Ana Cristina. Só tem serviço de cabeleireiro e sentiu uma quebra a cem por cento, pois teve de encerrar o espaço

DESCONFINAMENTO POR FASES 4 DE MAIO Desde o início deste mês é obrigatório o isolamento de pessoas doentes e em vigilância ativa, havendo também o dever cívico de recolhimento domiciliário. São proibidos os eventos e ajuntamentos com mais de dez pessoas e há uma lotação máxima de cinco pessoas por cada cem metros quadrados em espaços fechados. Entre as medidas de alívio do isolamento encontra-se também a permissão de familiares nos funerais, ainda que o exercício profissional continue em regime de teletrabalho, sempre que as funções assim o permitam. A partir deste dia, os transportes públicos passaram a poder ter uma ocupação de dois terços da capacidade total, sendo obrigatório o uso de máscara pelos utentes. Abriram os balcões desconcentrados dos serviços públicos, mas o atendimento é feito por marcação prévia e é obrigatório o uso de máscara. As lojas com até 200 metros quadrados, com porta para a rua, abriram também, assim como os cabeleireiros, manicures e serviços

similares, e é possível praticar desportos individuais ao ar livre, sem utilização de balneários nem piscinas. Foi possível ainda abrir livrarias, bibliotecas e arquivos, bem como os espaços de comércio automóvel.

18 DE MAIO Na fase intermédia de desconfinamento, que se inicia na próxima segunda-feira, é permitido que abram as lojas com porta para a rua que tenham até 400 metros quadrados ou partes de lojas até esta dimensão, ficando as maiores sujeitas a decisão da autarquia local. É, no entanto, obrigatório uso de máscara. Os restaurantes, cafés e pastelarias, incluindo os que têm esplanadas, reabrem, mas só podem ter lotação a 50 por cento do que o habitual, não podendo encerrar após as 23h00. Esta data marca o regresso à escola dos alunos do 11º, 12º ano, 2º e 3º ano de outras ofertas formativas, equipamentos sociais na área da deficiência, creches e jardins de infância. Abrem os mu-

seus, monumentos, palácios e galerias de arte.

30 E 31 DE MAIO O último fim de semana de maio marca o regresso das competições oficiais da primeira liga de futebol e da Taça de Portugal, bem como as celebrações comunitárias de acordo com regras a definir entre Direção Geral de Saúde e as diversas confissões religiosas.

1 DE JUNHO No calendário, o primeiro dia de junho tem como medidas de desconfinamento a abertura das Lojas do Cidadão, com atendimento por marcação prévia, e das lojas com mais de 400 metros quadrados ou inseridas em centros comerciais. Os cinemas, teatros, auditórios, salas de espetáculo podem abrir mas com lugares marcados, lotação reduzida e distanciamento físico. O teletrabalho passa a ser parcial, com horários desfasados ou equipas em espelho.


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Sociedade // durante o Estado de Emergência. Agora retoma a normalidade possível, cumprindo as imposições. “Sempre que cada cliente sai, todo o equipamento e o espaço é desinfetado”, assegura. Um procedimento que passará a ser rotina nos próximos tempos, mas que para Ana Cristina é necessário. “Se é para nos protegermos, se tem de ser assim, porque não? Acho que basta colocarmos a máscara, desinfetar e ter cuidado”, defende. Na porta ao lado, também a retrosaria ‘Novelos e Novelinhos’ está aberta, mas com horário reduzido. Abre das 10h00 às 19h00, com paragem para almoço entre as 13h00 e as 15h00. Voltou ao comércio no dia 11 de maio, com todas as medidas obrigatórias, e já nota uma forte afluência das pessoas. Só permite a entrada de uma pessoa na loja de cada vez, o uso de máscara é obrigatório, e junto à porta está o álcool gel para que os clientes o usem à entrada e à saída. Se não o fizerem não podem tocar em nada no interior do espaço. Sílvia Diogo, proprietária da retrosaria, acrescenta também que dá preferência

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Câmara estuda alargamento de esplanadas A Câmara Municipal de Lagoa está a analisar o aumento das esplanadas de restaurantes e bares para apoiar os proprietários destes negócios no concelho. Luís Encarnação, presidente da autarquia, explicou que, “como têm de cumprir as regras e criar um maior afastamento entre mesas, a Câmara está a estudar o alargamento desses espaços no exterior para ajudar a mitigar constrangimentos. “Sempre que não haja perturbação da circulação rodoviária e pedonal, a autarquia avaliará a hipótese. No entanto, estamos também, com a Divisão de Planeamento Estratégico, a estudar algumas alterações no trânsito, como mudanças de sentido ou transformar determinadas vias em pedonais para privilegiar as esplanadas neste Verão e evitar a ocupação dos restaurantes no interior”, esclareceu o presidente da autarquia. Já antes, tinha sido decidida a gratuitidade da ocupação do espaço público em 2020, no âmbito do apoio às empresas e Empresários em Nome Individual (ENI). Grupo Victor Picardo modificou espaços para seguir as regras aos pagamentos por multibanco. Tenta minimizar qualquer contacto, mas acredita que basta uma pessoa não ter cuidado “para estragar tudo. Nós até podemos ter cuidado, mas se houver alguém que não o tenha, é o que basta”, defende. Nota que as pessoas estão a tentar regressar à vida normal,

mas afirma que nem todas estão muito preocupadas. “Acho que algumas pessoas ainda não viram bem o problema que esta doença é. Ainda não têm consciência da gravidade”, argumenta. Só não contabiliza uma perda a cem por cento, porque continuou a vender os artigos que produz através da página da retrosa-

ria no facebook. “Ainda consegui fazer algumas coisas, porque ninguém facilita no que toca às despesas. Agora, por exemplo, estou a fazer máscaras e há muitas pessoas a aderir à compra”, revela. Ainda assim, nem todos os seus clientes, como é o caso dos mais idosos, têm acesso ou sabem trabalhar com as novas

tecnologias. Em época normal também costumava promover workshops e encontros de convívio, que ficam agora sem data para acontecer, pois não é possível cumprir o distanciamento social necessário. Ainda assim, esta afluência de clientes já lhe dá uma maior esperança de conseguir dar a volta. PUB

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// Sociedade

DESCONFINAMENTO SERVIÇOS ABERTOS AO PÚBLICO MAS COM LIMITAÇÕES

Balcão Único, Biblioteca e Arquivo Municipal já abriram Máscara e distanciamento social obrigatórios e em alguns casos marcação prévia.

A

briram na passada segunda-feira, 11 de maio, os serviços municipais do Balcão Único, Biblioteca e Arquivo Municipal, ainda que se mantenha a prioridade ao acesso online. Nesta abertura, o uso da máscara será obrigatório no atendimento presencial. O Balcão Único Municipal de Lagoa é um dos serviços que reabre o atendimento ao público em dois turnos diários. O primeiro período de atendimento decorre entre as 8h30 e as 12h15, enquanto o segundo acontece entre as 14h00 e as 17h45. O atendimento geral e o atendimento sobre execuções fiscais são duas das áreas deste serviço municipal que retomam o funcionamento regular. Já a consulta de processos físicos deverá ser solicitada e agendada previamente, sempre que possível via online, através do endereço

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http://servicosonline.cm-lagoa. pt/. No caso do atendimento técnico também é necessária marcação prévia a realizar às terças e quintas-feiras entre as 9h30 e as 12h00. Por seu lado, a Biblioteca Municipal, além de disponibilizar serviços online, passou desde a passada segunda-feira a estar aberta, de manhã entre as 10h00h e as 13h00, e à tarde entre as 14h00 e as 18h00. A entrada é permitida a um só utente de cada vez e o acesso é apenas ao balcão de atendimento. Já no Arquivo Municipal, de modo a assegurar resposta às necessidades dos utilizadores, garantindo simultaneamente a segurança dos trabalhadores, para qualquer esclarecimento ou os interessados deverão enviar um email para arquivo@cm-lagoa.pt ou contactar através do telefone 282 380 435 para qualquer pe-

Apesar de aberta ao público, a prioridade continua a ser os serviços online dido de informação. Só se a natureza do pedido justificar uma consulta presencial haverá um agendamento prévio. Esta decisão do Município de Lagoa surge na sequência da pas-

sagem do Estado de Emergência Nacional para Calamidade Pública e no contexto do plano de desconfinamento em curso. Assim, no acesso aos espaços públicos cobertos deverão ser

A leitura é um dos melhores exercícios para estimular o cérebro pois permite a formação de novas ligações entre neurónios e reforça as que já existiam, contribuindo para o desenvolvimento de capacidades cognitivas como a perceção, memória, raciocínio e concentração que são fundamentais para o processo de aprendizagem nas crianças.

A leitura… um dos melhores exercícios para manter o cérebro em forma

Ler é um processo complexo e como tal implica a ação de várias áreas do cérebro, tais como a da visão (descodificação das letras), da audição (associação som/letra), da memória (recordação da palavra e significado da mesma) e da lógica (atribuição de significado a partir do contexto). A decodificação (correspondência letra-som) assume um papel fundamental na aprendizagem da leitura, pois a criança tem de ser capaz de converter as letras nos sons que estas representam, para mais tarde conseguir reconhecer uma palavra no seu todo e aceder ao seu significado, possibilitando uma leitura rápida e automática, sem qualquer esforço associado. A leitura requer a ativação de alguns dos lobos do cérebro: os lobos occipital e temporal são de imediato ativados para ver e reconhecer as palavras; o lobo frontal é ativado quando evocamos mentalmente os sons das palavras que lemos e o lobo temporal entra em ação para interpretar a informação lida, atingindo a fase de compreensão leitora.

adotadas, como práticas regulares as medidas de prevenção recomendadas, o uso de máscaras, a higienização das mãos e a observação de distância física entre as pessoas.

A ativação regular do lobo frontal, através da leitura, desenvolve a capacidade de raciocínio, de resolução de problemas, de planeamento, a tomada de decisão, memória de trabalho e, como se não bastasse, promove a empatia (capacidade de nos colocarmos no lugar do outro), além de diminuir os níveis de ansiedade. A leitura é, portanto, uma atividade que permite estimular o cérebro de forma gratuita e acessível, proporcionando benefícios em todas as fases da vida, razão pela qual deve ser incluída na rotina diária, desde logo na barriga da mãe e mantida durante toda a vida. Aproveite os momentos de leitura em família e exercite o cérebro de todos! Consulte ainda a página #Educação Feliz em Casa# no site da Câmara Municipal de Lagoa em (www.cm-lagoa. pt) e descubra mais atividades que pode realizar em família.

1 estrela – não gostei nada; 2 estrelas – não gostei; 3 estrelas – gostei mais ou menos; 4 estrelas – gostei; 5 estrelas – adorei

Câmara Municipal de Lagoa


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// Reportagem

CONCERTOS PROFISSIONAIS FORAM OS PRIMEIROS A PARAR E TEMEM SER OS ÚLTIMOS A REGRESSAR

Espetáculos online ajudam artistas de Lagoa A maioria ficou sem local para mostrar o seu talento e viu as atuações serem canceladas até outubro. Sem rendimentos, não sabem como será o futuro. FOTOS: CM LAGOA

Ana

Sofia Varela

J

á está confirmado pelo Governo que os festivais de música só retomam no dia 30 de setembro para evitar a propagação do novo coronavírus, a COVID-19. Muitos artistas locais, que não têm ainda mais informações sobre a forma como voltarão à atividade, estão numa situação precária. Isto após um Inverno parado, porque no Algarve a sazonalidade ainda é uma realidade bem patente. A Câmara Municipal de Lagoa foi pioneira numa iniciativa que é adjetivada como positiva, mas que se mostra insuficiente para manter os rendimentos deste grupo de profissionais. A autarquia resolveu agendar espetáculos para transmitir as gravações através das redes sociais, pagando aos artistas um ‘cachet’. Chama-se Festival Multicultural ‘A Nossa gente, a nossa identidade’ e entrará na casa da população todos

xxxxx Luana Velasquez tinha concertos agendados para os Açores e Brasil mas foram cancelados artistas contactados pelo Lagoa Informa, ainda que admitam que será apenas uma pequena ‘bolsa de oxigénio’ perante o cenário

“Nós os artistas fomos os primeiros a parar e pelo andamento da situação seremos os últimos a trabalhar, por causa dos aglomerados. Não é fácil e espero que isto melhore”, afirma Beto Kalulu. “Cheguei a receber mensagens de colegas que viram e disseram que se todas as Câmaras fossem assim os artistas estavam bem”, diz Luana Velasquez. os fins de semana até julho, consoante a evolução da pandemia. A medida é vista com agrado e muito elogiada pelos diversos

que se coloca no futuro, com as portas encerradas ou semi-abertas ao turismo, festas de Verão canceladas e unidades hoteleiras a

funcionar a meio gás. Querem acreditar que isto será uma nuvem passageira, mas é apenas esse o verbo empregado, pois, no fundo, o medo de uma quebra nos rendimentos, para alimentar as famílias, fala mais alto.

Concertos cancelados Uma das vozes contactada pelo Lagoa Informa é Ricardo Sousa, que já teve o seu reportório transmitido pela Câmara Municipal no dia 19 de abril, na estreia desta ideia piloto, no âmbito da celebração do 19º aniversário de elevação a cidade. “Qualquer iniciativa para ajudar qualquer atividade no nosso concelho é boa. E se é para auxiliar as pessoas, esta foi uma boa forma de apoiar os músicos. O problema é que somos muitos e não conseguirá chegar a todos”, lamenta o lagoense. Até outubro, os concertos que tinha agendados foram cancelados, quer a nível regional, nacional e internacional, ainda que a maioria fosse no Algarve. “Resta saber se as coisas voltam e quando voltam. Basicamente agora é viver dia a dia”, revela. A verdade é que, neste momento, Ricardo Sousa contabiliza uma perda de rendimentos a cem por

cento e apesar de estar coletado, pagar impostos e segurança social, o que recebe é muito pouco. “Só tenho um apoio da Segurança Social, relativamente pequeno em comparação com o que faturava. Estou a receber menos do que a prestação que pagava”, conta Ricardo Sousa. Um corte brutal no meio de subsistência que o leva a temer pelo futuro e a ponderar outras possibilidades. “Abrir fronteiras será muito complicado. Temo uma segunda vaga como todas as pessoas. A minha visão é que estamos todos no mesmo barco e temos que ir analisando dia a dia, semana a semana e fazer opções, porque se eu não poder tocar no próximo ano ou dois, tenho de arranjar uma nova atividade ou tenho de me reinventar. Não posso ficar sentado à espera de subsídios ou ajudas que a Câmara ou o Estado possam dar”, valida. Apesar de ter algum trabalho no Inverno, em pleno Verão, a partir de maio, contabilizava cinco espetáculos por semana, o que ronda uma média de 20 por mês. “Há muitas atividades que vão abrindo, mas a nossa, a parte artística, a cultural, sobretudo a que lida com o público, não. Os

teatros abrem mais cedo, bem como alguns concertos com lugares marcados, mas nós provavelmente seremos dos últimos a voltar à atividade. E saber em que termos...Não faço a mínima ideia do que acontecerá”, afirma Ricardo Sousa.

Espalhar magia É sem rodeios que Paulo Cabrita, mágico há 27 anos, elogia a iniciativa da Câmara Municipal de Lagoa de apoiar os artistas locais. “É muito favorável e louvável. Com a COVID-19 ficámos todos sem trabalho e, tendo a Câmara um papel importante em dar a mão aos artistas que são filhos de Lagoa, como eu, e àqueles que lá residem, esta é uma atitude que só posso considerar nobre. Mas não é só o facto de nos apoiar. Tem também um papel muito importante para as pessoas que estão em isolamento”, explica o mágico. É que, agora, mais do que nunca, na opinião deste artista, é necessário “mostrar que a sociedade necessita da cultura”. “Como já tenho experiência em televisão limitei-me a olhar para uma Câmara, sem público, ainda que o meu espetáculo viva dos espetadores. Sem eles, não


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Reportagem // ções do Dia da Liberdade, teve uma dupla experiência. Sentiu-se de ‘coração cheio’ por cantar para as pessoas que estão confinadas em casa, mas, “por outro lado, tinha o coração em mil pedacinhos”. No palco não tinha os músicos, como habitual, nem público. “Gosto muito de viver o momento, interagir, e assim é muito

Paulo Cabrita reconhece que não foi fácil atuar sem público à sua frente consigo ganhar estímulo. Não faço magia em ‘playback’! Ainda assim, face a esta situação excecional, tentei imaginar que através daquela câmara iria transmitir para as pessoas que estão em casa, confinadas, a tentar ultrapassar este problema social, sabendo que podia contribuir para animar muitas famílias, sobretudo com crianças”, conta Paulo Cabrita, que teve o espetáculo transmitido no sábado, 8 de maio. O mágico é, tal como tantos outros artistas do país, profissional por conta própria, sendo a única atividade que tem. Tal como outros foi apanhado desprevenido pelo novo coronavírus que entrou já no dicionário da sociedade. “Parou tudo de um dia para o outro. Não fui o único, foram todos. Esta doença atingiu toda a gente”, acrescenta. É procurado para diversos tipos de espetáculos, mas é na hotelaria que concentra as atuações que faz, sobretudo entre abril e outubro, altura que diz não ter tempo para parar. “Este ano foi… Tenho amigos diretores de hotéis que desabafaram que se viram obrigados a encerrar. Alguns prestaram-se para servir de alojamento de pessoas” com sintomas ou em quarentena, devido à COVID-19, e outros tiveram de colocar os funcionários no IEFP, relata ao Lagoa Informa.

Maior abertura Mais do que uma ajuda aos artistas, o cantor Beto Kalulu acredita que Lagoa, ao transmitir os espetáculos em diferido, mostrou que pode existir uma maior abertura entre estes profissionais e a Câmara. “Acho que até foi uma das poucas autarquias com este género de projeto. Foi produtivo, porque acredito que tenha sido uma forma de criar uma maior abertura entre a Câmara e os artistas do concelho, de criar uma melhor união entre a política e a cultura”,

defende o músico com forte ligação a Angola. Com uma agenda recheada na época alta do turismo, Beto Kalulu viu os concertos serem cancelados. “Nós os artistas fomos os primeiros a parar e pelo andamento da situação seremos os últimos a trabalhar, por causa dos aglomerados. Não é fácil e espero que isto melhore”, diz. Após um Inverno sem trabalho, esta paragem chegou e afundou os planos que todos tinham para o futuro. “Este apoio foi positivo e com esta grave situação, acho que será um meio das pessoas se unirem mais para um melhor ambiente entre todos. Já fizemos uma lista de músicos do concelho, com mais de 200 artistas, que vivem da música a tempo inteiro, mas também aqueles que têm outros trabalhos, para organizarmos uma associação”, revela Beto Kalulu. E,

tas de Lagoa que já tem um palmarés invejável e também sofreu as consequências desta pandemia. Reconhece, contudo, que há muitos outros colegas em pior situação a nível de subsistência. “Achei esta ideia muito interessante e foi uma boa iniciativa porque tenho muitos colegas que vivem da música. Com a pandemia, muitos não têm onde tocar, porque vivem apenas disto. Acho que foi muito bom da parte da Câmara de Lagoa ajudar esses artistas. Ponho-me no lugar deles e acho que se fizessem isso por mim ia ficar muito grata. Cheguei a receber mensagens de colegas meus que viram e disseram que se todas as Câmaras fossem assim os artistas estavam bem”, declara. Com uma maturidade fora do normal para os 14 anos, Luana falou com o Lagoa Informa sobre o que mudou na sua vida e sobre os

“Tentei imaginar que através daquela câmara iria transmitir para as pessoas que estão em casa, confinadas, a tentar ultrapassar este problema social”, revela Paulo Cabrita.

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ça ser má, considera que esta foi uma oportunidade de as pessoas pararem para pensar. “Às vezes achámos que determinadas coisas são fúteis e, no final, são genuínas. É o caso de ir dar um passeio à praia. Tínhamos por garantido”, diz assertiva. “Esta quarentena fez-me pensar muito e tenho receio quando isto voltar mais ao

“Qualquer iniciativa para ajudar qualquer atividade no nosso concelho é boa. E se é para auxiliar as pessoas, esta foi uma boa forma de apoiar os músicos”, defende Ricardo Sousa diferente. Quando canto, quando vou para um espetáculo, dou tudo de mim para poder passar às pessoas e neste caso não estava ali ninguém”, confidencia. Ainda assim, fica contente por Lagoa ter tido uma iniciativa positiva. Com esta pandemia, sentiu medo de contrair o vírus, pois frequenta a escola em Portimão e viaja para a cidade vizinha de autocarro. “Não tive medo por mim, mas porque vivo perto dos meus avós e tinha receio de apanhar e passar-lhes”, conta. Apesar de toda a doen-

normal. E não apenas pela saúde, mas pela minha sanidade mental, caso haja uma segunda vaga. Está a deixar-me maluca não poder ter os meus concertos, estar com os meus amigos e ir à escola”, assegura. Neste tempo de paragem, ainda que com uma telescola muito ocupada, pois Luana frequenta o 8º ano, a artista lagoense aproveitou para pensar no caminho que quer seguir. Estava dividida entre medicina e teatro, mas deverão ser as artes cénicas a levar a melhor na escolha da jovem. D.R.

Ricardo Sousa acha que esta foi uma boa forma de apoiar os músicos D.R.

por esta razão, afirma ter todo o interesse em agendar uma reunião com Luís Encarnação, presidente da Câmara de Lagoa. Também antes do seu concerto, transmitido a 1 de maio, apelou ainda a Graça Fonseca, ministra da Cultura, para que olhe para os artistas radicados no Algarve. “O problema que existe é que são sempre os mesmos músicos a ter direito a tudo e os outros não recebem nada”, lamenta.

Lançamento adiado Apesar de ainda viver com os pais, Luana Velasquez é uma das artis-

receios gerados. “Supostamente o lançamento do meu segundo CD estava marcado para abril, mas com esta situação não chegou a sair, porque as fábricas fecharam, apesar de estar tudo encaminhado. Agora está dependente. O primeiro lançamento tem de ser feito em Ponte de Sor, local onde ganhei o concurso, cujo prémio era o CD. Só posso divulgar noutros concelhos quando for lançado lá. Também tinha viagens para os Açores e para o Brasil, mas foi tudo cancelado”, conta. Do concerto transmitido no dia 25 de Abril, nas comemora-

Beto Kalulu receia que os artistas sejam os últimos a regressar ao ativo


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// Opinião Ética e fair-play Embora transversais à sociedade em geral, a ética e o fair play, estão muito associados à prática desportiva, sobretudo na vertente competitiva. Como promotores da prática desportiva, cabe às associações, coletividades e clubes, serem também os primeiros cultores do jogo limpo.

Carlos Romão Reis

Neste curto trecho vou apenas cingir-me ao comportamento de alguns adeptos e de alguns pais de atletas mais jovens relativamente às decisões dos árbitros e à animosidade contra a equipa adversária. No entanto, todos sabemos que a reação de um indivíduo inserido num

da multidão, potencia comportamentos e atitudes que o adepto nunca teria na sua vida quotidiana, de que são exemplos flagrantes as gratuitas e condenáveis ofensas dirigidas a atletas de outras raças, que curiosamente são idolatrados quando ele, ou os da sua etnia, pertencem ao nosso clube. Não menos preocupante é a constante intromissão nas opções do treinador da equipa que apoiam, sobretudo quando o seu filho, por justificável motivo, não é opção.

para diminuir a carga emotiva que se sente nos recintos desportivos nos jogos dos escalões de formação.

A par da campanha lançada pelo governo através do IPDJ com a implementação do PNED – Plano Nacional de Ética no Desporto, é papel dos clu-

As redes sociais e os canais de comunicação fazem eco de exemplos de fair play de jovens atletas que reconhecem a injustiça de uma decisão incorreta mas involuntária, tomada em frações de segundo e são eles próprios a isentar o adversário da responsabilidade em determinado lance.

Não menos preocupante é a constante intromissão nas opções do treinador da equipa que apoiam, sobretudo quando o seu filho (...) não é opção. grupo é imprevisível e muitas vezes a falsa cobertura dada pelo anonimato

bes e dos seus agentes (treinadores e diretores) dar um contributo decisivo

Contudo, essa campanha só produzirá o efeito pretendido se contar adicionalmente com uma visível e insistente ação pedagógica por parte dos clubes para tentar ”educar” os seus espetadores, com mensagens simples mas incisivas que os direcione para o prazer de desfrutar da beleza, emoção e imprevisibilidade do desporto.

Deixo uma nota aos clubes, pais e adeptos: Sem árbitros não há competições. Sabemos o que acontece quando os jogos são apitados por elementos afetos à equipa visitada. Embora voluntariamente, eles privam-se do convívio com a família, muitas vezes a troco

de uma retribuição irrisória, para que o seu filho possa competir. Experimente pegar num apito e entrar no recinto para dirigir uma partida. Lembre-se que pelo seu mau comportamento pode ser expulso de um pavilhão se o árbitro assim decidir. Tal como na sua profissão, claro que na arbitragem também há maus elementos, mas esses acabam afastados naturalmente, por incompetência ou falta de empatia com os outros agentes da modalidade. Evite protagonizar cenas lamentáveis e ridículas. Reserve a sua energia para se desdobrar no esforço de poder proporcionar ao seu filho a salutar prática da modalidade que escolheu e o entusiasmo para aplaudir o desempenho das três equipas. Lembre-se, aquele é apenas um jogo. Dele, em nada depende a vida ou o futuro do seu filho. Quantas vezes os jovens que são adversários em campo, são colegas nas escolas, companheiros nas seleções ou amigos na rua. Levante bem alto a bandeira da ética e faça por merecer o cartão branco. PUB

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Opinião //

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Vírus

João Reis Professor

Imagine-se! Como terá sido uma epidemia em tempos antigos – uma epidemia qualquer, em qualquer época – antes de Cristo, na Velha Grécia, ou no majestoso Império Romano ou, mais tarde, na Idade Média, na Europa; e por aí afora. Imagine-se uma pequena aldeia, uma dúzia de famílias, lá longe, no “cu-de-Judas”; em certa altura, começam a aperceber-se que, subitamente, há pessoas muito doentes, sem forças, que empalidecem, que incham, que têm dores e… morrem. A resposta que ocorre a quem assiste áquilo é dali fugir e procurar refúgio em qualquer outra povoação; se já for infectado, “pega” a outros que contagiarão ainda outros; e começa a epidemia que irá expandir-se tanto quanto as deslocações das gentes.

e corrigir, tendo-se verificado grandes alterações na organização das sociedades. René Dubos, microbiologista e escritor francês, refere que “as epidemias foram, muitas vezes, mais influentes do que estadistas e exércitos a moldar o curso da História”. Dessas grandes transformações, vale a pena destacar a que se seguiu à peste-negra, no séc. XIV, na Europa, que matou cerca de um terço da população. Tão grande, abrangente e longa, no tempo, veio a ser chamada “RENASCIMENTO” tendo trazido profundas mudanças à sociedade, à política, ao trabalho, à economia, às artes e à cultura, e à ciência, marcando a transição do feudalismo para as primeiras formas do capitalismo. -x-x-x-

Terá sido mais ou menos assim, nos surtos que a História nos permite conhecer – da cólera às pestes, da varíola ao ébola, do tifo à febre amarela, o

Calhou-nos, agora, uma epidemia de tamanho mundial – uma pandemia; advinda de um mal que passa à Histó-

... a Humanidade foi sempre capaz de responder e corrigir, tendo-se verificado grandes alterações na organização das sociedades. “desbaste” das populações dos 5 continentes foi sempre estimado em muitos milhões. As causas destes aterradores episódios, originados por bactérias ou vírus, radicaram sempre no encontro de fome, miséria e completa falta de higiene, todas elas “filhas” de graves desequilíbrios económicos e da ignorância. A História, que nos informa do “antes” das pragas, também nos ensina o “depois”; e, de uma forma geral, a Humanidade foi sempre capaz de responder

ria sob o nome de “covid-19”. Por ser no tempo das nossas vidas, dói-nos mais! Terá começado num mercado MISERÁVEL, de “clientela duvidosa”, lá bem no oriente, num país misto de RIQUEZA e POBREZA, ATRASO e PROGRESSO, de regime político totalitário. Tomada, no início, como “coisa passageira”, não terá merecido a devida atenção. E o resultado é o que se sabe; e que se vive… Chegado ao ocidente, às cidades grandes, onde as populações mais se concentram, começou a devastação. Nenhum país estava preparado; nenhum serviço nacional de saúde se aguentaria. Fron-

... e, toda a gente começou a redescobrir a amizade, a família, a solidariedade, a generosidade, a força de espírito e, até, o bom humor ... teiras abertas na Europa, há anos, em paz, voltaram a encerrar-se – não por causa das pessoas que circulavam, mas por causa do vírus que, talvez, carregassem. De quase todos os Governos, as medidas de protecção foram surgindo; foram ouvidos e entendidos os homens e as mulheres da ciência; Forças Armadas e de Segurança postas em prontidão; os profissionais de saúde, heróica e abnegadamente, avançaram. Os povos dos diferentes países, de uma forma geral, perceberam e aceitaram os convites e os conselhos de isolamento e clausura voluntária; e, toda a gente começou a REDESCOBRIR a amizade, a família, a solidariedade, a generosidade, a força de espírito e, até, o bom humor; voltou o vagar e a capacidade de classificar melhor QUEM e O QUE, de facto, vale e conta MAIS. Declarados os Estados de Emergência e de Calamidade (nomes diferentes para a mesma atitude), novas regras sociais têm vindo a ser introduzidas… E O MUNDO FECHOU! OBRAS!!!

– banca, mercados, bolsas, multinacionais – um mundo anónimo, desumano, cruelmente cego - que tem permitido que as duas dúzias de pessoas mais ricas do planeta detenham tantos bens e recursos como cerca de metade da população mais pobre, isto é, quase 4 mil milhões de seres humanos. Ora, os mais pobres destes pobres, nas condições de “vida” que conseguirem ter, podem conduzir ao aparecimento de outros novos agentes infecciosos o que, como se vê agora, NÃO AGRADA A NINGUÉM! Daí que, as OBRAS a que o MUNDO tem de se submeter (já iniciadas, aliás – porque se começou a pensar…) devam convocar e congregar, não só as ciências, mas também a cultura e as artes, a educação e o trabalho, a religião e a política; também a economia e a finança MAS submissas à POLÍTICA , que deverá ser inteligente, humilde, com espírito de missão, determinação e coragem, capaz de gerir a vontade dos cidadãos na RECONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE MUNDIAL.

PARA Será um NOVO RENASCIMENTO!

-x-x-xA esta crise – de saúde pública – deverá seguir-se outra – a da Economia; sendo, por conceito, a arte ou a ciência que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços, tem vindo a dominar, cada vez mais, todas as áreas da nossa vida (qualquer leigo apercebe-se disso), favorecendo o consumismo, ao mesmo tempo que se tem rendido ao mundo da finança

Longo e demorado, como o primeiro! MAS ESTA OPORTUNIDADE NÃO PODE SER PERDIDA!!! ASSIM SEJA! “Humanos, tereis de mudar de vida se quereis evitar o fim bastante próximo” escreve o Cientista Catedrático Carlos Fiolhais, no prefácio ao livro “A Terra Inabitável” de David Wallace-Wells, de 2019.

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// Saúde

Exercícios simples para combater a osteoporose sem sair de casa A prática de exercício físico é fundamental em todas as fases da nossa vida, nomeadamente no nosso bem-estar, mas também pode ser um importante aliado na mitigação de diversas doenças, como é o caso da osteoporose. A atividade física, em altura de quarentena, é um excelente passatempo e têm múltiplos benefícios para doentes com osteoporose, uma vez que permite o reforço da densidade óssea e muscular.

óssea, que leva a que os ossos fiquem mais porosos e quebradiços. Esta é uma doença com elevada prevalência junto dos mais idosos uma vez que existe uma perda de massa óssea com o aumento da idade. Estima-se que aos 75 anos cerca de metade da população terá osteoporose. Os idosos são também o grande grupo de risco para a COVID-19 e que têm de permanecer o mais possível em casa.

A osteoporose é uma doença que afeta o esqueleto, tornando os ossos mais finos e fáceis de fraturar pela redução da massa

Esta é a altura ideal para praticar alguns exercícios simples e seguros para fazer dentro de casa. Para as pessoas com os-

Numa altura em que sair de casa não é uma possibilidade, a atividade física não deve ser esquecida, sendo aconselhada a prática regular.

Aproveitando este dia Mundial da Atividade Física, a International Ostheoporosis Foundation apresenta vários exercícios para fazer em casa, usando pesos ou bandas elásticas (se não tiver halteres ou bandas elásticas pode usar um pacote de arroz ou de leite), uma cadeira e um tapete de ginástica, em casos em que é possível deitar-se no chão. Antes dos movimentos, é essencial aquecer articulações e músculos, e os exercícios devem ser executados lentamente e de acordo com as possibilidades e limites de cada um. Alguns exemplos são:

teoporose a atividade física, regular e adaptada às capacidades físicas de cada doente, possibilita grandes melhorias na sua qualidade de vida, pois permite manter a massa óssea e reduzir o risco de fratura, reforçar os músculos e articulações, contribuindo para uma melhor postura e melhorar o equilíbrio e diminuir o risco de quedas e consequentes fraturas.

1. Ponte

2. Marcha

3. Fortalecimento de pulsos

4. Fortalecimento das coxas

Deite-se de costas com os joelhos dobrados. Se necessário, use uma almofada por baixo da cabeça. Mantenha os seus braços relaxados ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para baixo e contraia os músculos da barriga. Pressionando os calcanhares no chão, eleve os quadris e contraia os glúteos. Mantenha os ombros no chão e os joelhos alinhados com os pés. Mantenha a posição durante 3 a 5 segundos e volte a pousar lentamente as suas costas no chão. Repita o movimento até 10 vezes.

Mantenha-se de pé com os pés afastados à largura das ancas. Levante um joelho até onde lhe for confortável, mas não acima do nível da anca, e balance o braço oposto. Baixe o seu pé até ao chão e repita o movimento com a outra perna. Continue a marcha, mantendo o pé firme quando volta ao chão. Tente manter os movimentos durante, pelo menos, 2 minutos. Se necessário, apoie-se numa superfície estável.

No chão, apoie-se nas mãos e joelhos. Mantenha os joelhos alinhados com as ancas e as palmas das mãos no chão, viradas para a frente, alinhadas com os ombros. Oscile o corpo para a frente e para trás, para a esquerda e para a direita. Repita 8 a 12 vezes, até 3 séries.

Posicione-se de pé com os pés afastados à largura das ancas e os joelhos flexíveis. Mantenha a parte de cima do corpo direita, os ombros para trás e relaxados, olhando para a frente. Dê um passo em frente, e mantenha o pé que está à frente firme no chão. Baixe as ancas e dobre os joelhos até o seu calcanhar se levantar do chão. Permaneça com o peso no seu calcanhar da frente, enquanto retoma a posição inicial. Repita entre 8 a 12 vezes com cada perna, até 3 séries. Se necessário, apoie-se numa superfície estável.

vel, uma vez que nem todos os exercícios são adequados aos portadores de osteoporose e devem ser considerados outros fatores, como a gravidade da doença ou a existência de outras patologias.

Para consultar mais informação sobre a osteoporose visite ossosfortes.pt

Alguns exercícios recomendados podem ser visualizados no site da International Osteoporosis Foundation, e mais exercícios e vídeos podem ser pesquisados no site da Royal Osteoporosis Society, em https://

theros.org.uk/information-and-support/ living-with-osteoporosis/exercise-and-physical-activity-for-osteoporosis O acompanhamento médico é indispensáPUB

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A fechar...

COVID-19

LAGOA INFORMA

Os números de Lagoa até dia 12 de maio 14 de maio 2020 Quinta-feira

10

Casos

2

Ativos

2

Mortes

CONFIRMAÇÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE NÃO SE REALIZA

FATACIL volta em 2021 Luís Encarnação lamenta, mas reforça que não havia condições para avançar. 90 por cento da feira já estava vendida. CM LAGOA

Ana

Sofia Varela

testa dois lares ilegais Durante o passado fim de semana, dois lares ilegais do concelho, situados em Lagoa e no Parchal, foram submetidos a testes à COVID-19, numa iniciativa do Algarve Biomedical Center (ABC). Até ao fecho desta edição não eram ainda conhecidos os resultados. Entretanto, desde o dia 10 de maio, começaram a decorrer os testes em todas as creches do concelho, preparando a abertura que se iniciará a 18 de maio. Educadoras e auxiliares fizeram o despiste da doença e os resultados serão conhecidos nos próximos dias. Também na Santa Casa da Misericórdia de Estômbar, que tem uma Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração, apoio domiciliário e centro de dia, realizaram-se testes na passada terça e quarta-feira. Os resultados deverão ser conhecidos amanhã, 15 de maio.

A

Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa (FATACIL) não se realiza em agosto deste ano, pela primeira vez em 40 anos. “O espírito é evitar a aglomeração de pessoas e a FATACIL tem tido um enorme crescimento nos últimos anos. Só em 2019 tivemos 195 mil pessoas a visitar o recinto e, em muitos dias, registámos mais de 20 mil entradas. Queremos continuar a fazer esta feira como as pessoas sempre a conheceram e não condicionada pela COVID-19. Decidimos quer pela determinação do Governo, quer pela posição unânime que foi tomada na AMAL”, esclarece Luís Encarnação. A decisão até já tinha sido tomada em reunião da Câmara, na sequência da resolução do Conselho de Ministros a 7 de maio, e foi validada, na segunda-feira, 11 de maio, pela Comunidade Intermunicipal do Algarve que reuniu os 16 presidentes das autarquias da região para tomarem uma posição conjunta em relação aos grandes eventos de Verão. É o caso da FATACIL, mas também de outras festas como o Festival do Marisco, a Feira Medieval de Silves, os Dias Medievais de Castro Marim, o Festival da Sardinha. Ao Lagoa Informa, Luís Encarnação, presidente da Câmara de Lagoa, justifica que apesar de

Despiste à COVID-19

Câmara Municipal arranca A próxima edição regressa entre 20 e 29 de agosto de 2021 não ser um festival de música, pois é uma feira generalista, a integra-se nos eventos similares mencionados no Despacho do Conselho de Ministros. O autarca lagoense lamenta, mas acredita que é preferível respeitar a lei e garantir a segurança das pessoas. “Neste momento, temos que atuar com responsabilidade. Para nós foi uma decisão difícil, porque, desde 2013, fomos capazes de recuperar esta feira que estava a perder expositores, visitantes e notoriedade. Em seis anos recuperámo-la e lançámo-la para um patamar, onde nunca tinha estado”, lamenta Luís Encarnação. Ainda mais numa altura em que foi reconhecida com o Prémio Cinco Estrelas. “É também esse

prestígio e notoriedade que não pode ser perdido com a realização de uma edição com limitações e restrições. Nunca atingiria o nível a que já nos habituou. Vamos fazer este hiato, na esperança da próxima edição, entre 20 e 29 de agosto de 2021, ser mesmo a melhor FATACIL de sempre. É uma promessa do município de Lagoa”, assegura. Com o cancelamento do certame, a autarquia reembolsará os expositores que já tinham pago os stands. “Tínhamos 90 por cento da feira vendida e agora vamos iniciar o processo de cancelamento, que já estava previsto no nosso regulamento, até porque era uma situação de alguma forma previsível”, explicou Luís Encarnação.

com 7º Orçamento Participativo O período de submissão das propostas para o Orçamento Participativo Lagoa 2020 decorre entre 13 e 31 de maio, através de uma plataforma digital. A edição deste ano, em plena pandemia, levou a que autarquia alterasse a habitual metodologia de recolha e discussão de sugestões, em sessões em cada freguesia, para minimizar riscos para a saúde pública. Quem tiver interesse em contribuir deve aceder online (https://op.cm-lagoa.pt/) e são substituídos os habituais encontros por esta forma de comunicação. O investimento de referência mantém-se nos 300 mil euros, até um máximo de 100 mil euros por projeto. Para apoiar os munícipes nesta nova forma de participação foi também criado um vídeo informativo, onde são explicadas as várias fases do Orçamento Participativo de Lagoa e os passos a percorrer no momento de submissão das propostas. Os serviços da autarquia, através do Gabinete de Igualdade e Cidadania, e as diversas Juntas de Freguesia estarão disponíveis para ajudar os interessados que pretendam inscrever-se na plataforma digital do Orçamento Participativo de Lagoa. Dinamizado sem interrupções desde 2014, o Orçamento Participativo incorpora a estratégia da Câmara Municipal para incentivar a participação pública, através de fatores positivos e construtivos para o concelho.

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