Quinta-feira, 06.08.2020 | € 1,00
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Escritor lagoense lança livro 'Ik-Lipse' Quinzenário | Ano VI | Nº 133 | Diretor: Rui Pires Santos
ECONOMIA Hotelaria com quebras de 50 por cento P3
RENOVAÇÃO Posto de Turismo de Carvoeiro entra em obras P5
SAÚDE Francisco Martins indicado para vogal da ARS Algarve P4
P10-11
DESPORTO Federação certifica ‘Os Pongas’ com duas estrelas P16
Concurso Nacional de Vinhos será em Lagoa
Enoturismo pretende fidelizar turistas Luís Encarnação foi anfitrião na assinatura de protocolo entre RTA e Comissão Vitivinícola. P8
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Em novembro, durante quatro dias, mais de 500 vinhos participam numa iniciativa que premiará os melhores do país e onde os néctares algarvios estarão em destaque. P9 PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
P2 // PÁGINA DOIS EDITORIAL
Um exemplo nos vinhos DIRETOR: Rui Pires Santos REDAÇÃO: Ana Sofia Varela COLABORADORES: Jorge Eusébio, Mónica Pontes PAGINAÇÃO: Vanessa Correia FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351 PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos NIF: 508 134 595 Nº REGISTO ERC: 126668 DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa
Fazendo jus à sua história, o concelho vai recuperando visibilidade e notoriedade na produção e promoção de vinho. O trabalho feito pela Câmara Municipal nos últimos cinco, seis anos é meritório e tem dado frutos. Ainda que, porventura, incompreendida por alguns, esta é uma aposta ganha e Lagoa está hoje no mapa dos principais municípios vinhateiros, tendo sido exponencial o aumento de produtores nos últimos tempos. Também por isso, o concelho foi agora escolhido para receber, em novembro, o Concurso Nacional de Vinhos. Este foi um trabalho de fundo, conjunto, não só da autarquia, como também de empresários que investiram porque aqui também encontraram condições ideais para o fazer. Parabéns Lagoa! Num Verão atípico para todos, devido ao novo coronavírus, a hotelaria no concelho, tal como em toda a região, está a sofrer um forte revés. Com uma ocupação média de 40% em julho, longe dos 90% registados em 2019, este não está a ser um período fácil. Agosto será melhor, assim parece, mas dificilmente será suficiente para colmatar as perdas já registadas.
APOIO ESCOLAR REFORÇADO EM TEMPO DE PANDEMIA A Câmara Municipal de Lagoa mantém o apoio escolar do ano letivo anterior e alarga algumas das medidas a mais alunos e a famílias em dificuldades devido à covid-19. É o caso do material escolar para alunos da pré e do primeiro ciclo, mas também do transporte gratuito para todos os alunos do secundário na ESPAMOL, residentes no concelho, e para os que frequentam a Unidade de Apoio ao Alto Rendimento. Alarga-a ainda aos estudantes que vivem nas Sesmarias, Bela Vista e Ferragudo, sem acesso a transporte público, tendo para isso criado um novo circuito de transporte escolar.
‘OS PONGAS’ CONQUISTAM CERTIFICAÇÃO
Ainda assim, há que pensar que o pior já passou, que a ‘luta’ continua e que ainda é possível minimizar ‘estragos’. Vai ser duro, será necessário muito sacrifício e entreajuda, mas só assim poderemos aguentar e superar as consequências da covid-19.
A Federação Portuguesa de Futebol atribuiu duas estrelas na certificação da escola ‘Os Pongas’, da Associação Académica da Bela Vista, no Parchal. A conclusão deste processo, que se iniciou há dois anos, marca, desta forma, toda a persistência e esforço que o clube tem investido para conseguir alcançar esta meta.
EMAIL: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa TIRAGEM: 3.000 exemplares PERIODICIDADE: Quinzenal ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/
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Entretanto, porque não podemos continuar parados, chegam boas notícias do programa Viva+, da Câmara Municipal. As inscrições e renovações abrem a 16 de agosto para modalidades como a ginástica sénior, a yoga e a zumba. As sessões serão realizadas seguindo as normas de segurança da Direção-Geral da Saúde, com planos de contingência criados para o efeito. Nem todos nós temos a noção da importância que estas atividades têm para alguns dos nossos munícipes, nomeadamente para os seniores. É nestes espaços que muitos têm momentos de atividade física salutar, de convívio e alegria. A pandemia obrigou à paragem e isso teve efeitos negativos em muitas pessoas. É agora momento de ir preparando, em segurança e de forma informada, o regresso porque a vida tem de continuar.
Rui Pires Santos
Parchal
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QUATRO PRAIAS REGISTAM ALTA OCUPAÇÃO As praias da Marinha, Benagil, Albandeira e Vale de Centeanes são os pontos que estão a registar maior pressão com níveis de ocupação acima do recomendado, o que motivou uma reunião entre Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, e representantes de saúde, turismo, ambiente, segurança e proteção civil. Já foram tomadas medidas, mas sensibilizar os veraneantes para escolher areais menos concorridos é a palavra chave.
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
ABERTURA // P3 JULHO DIMINUI QUEBRAS NO TURISMO
Hotelaria de Lagoa está com 40 por cento de ocupação A situação do concelho é semelhante à da região e, apesar da lenta retoma, os números de dormidas ainda não são suficientes para planificar os próximos meses. ANA SOFIA VARELA
// Ana Sofia Varela
A
hotelaria do concelho de Lagoa está a registar cerca de 40 por cento de ocupação, quando em julho do ano passado, se situava entre os 90 e os 95. Uma queda abrupta nos valores de uma época alta, marcada pelo novo coronavírus, a covid-19, que coloca os empresários em dificuldades para enfrentar os próximos meses. “O concelho no pré-covid tinha 90 por cento da sua atividade económica ligada, direta ou indiretamente, ao turismo”, afirmou Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa. A maioria dos setores sofre ainda os efeitos desta pandemia, pois está dependente da afluência a este destino turístico, algo que em 2020 não acontece com a mesma intensidade e fulgor que noutros anos. “A restauração e a hotelaria estiveram paradas durante muito tempo e estão agora a recuperar aos poucos. Mesmo assim, em
Lagoa, a nível de dormidas em unidades estamos com 40 por cento de ocupação, quando deveríamos estar nos 90 ou 95 por cento. Alguns até estariam nos 100 por cento. Há aqui um grande revés para todos os setores”, considera o autarca. Esta é uma realidade similar em todo o Algarve. Uma região que estava a registar 14,6 pontos percentuais de crescimento nas dormidas em janeiro e fevereiro de 2020 e que, de repente, em março reduz para 50 por cento a atividade. “Estávamos com um início de ano fantástico, a atenuar sazonalidade, a diversificar mercados e, nos meses de abril e maio, ficámos a zero, com o confinamento e o regresso a casa de muitos dos turistas que estavam na região”, destaca João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA). Já em junho, os números na região, segundo a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), foram de quase 11 por cento de
Ferragudo continua a ser um local de eleição para muitos turistas taxa de ocupação, face aos 80 do ano anterior. “A 28 de maio começámos a reconstruir as nossas ligações aéreas, ainda que apenas no espaço europeu. Em julho, temos cerca de 35 por cento das rotas que tínhamos em período homólogo de 2019 e, em agosto, subirá para 50 por cento”, explica o responsável da RTA. E nem os mercados de pro-
ximidade devem ‘ajudar’ como noutras crises, porque esta é uma realidade atípica. Ainda assim, Lagoa tem muita segunda habitação, sobretudo de estrangeiros, que podem escolher o concelho para descansar durante uma temporada, esbatendo os efeitos nefastos na economia local. Afinal, tal como o Algarve se tem mantido constante no número de casos diários de pessoas
infetadas com covid-19, também Lagoa, quase praticamente não regista casos ativos que possam provocar receio aos turistas. Aliás, a procura tem sido maior por territórios de baixa densidade, mas também por tipologias de alojamento que permitem maior isolamento social, como casas particulares, tendo Lagoa locais que se enquadram nalgumas destas características.
ANA SOFIA VARELA
Intervenção social no concelho
ADR coordena programa dos Contratos Locais
ADR quer motivar a comunidade a construir uma sociedade coesa
A ADR-CCS da Quinta de São Pedro assume, pela segunda vez, a responsabilidade de coordenar e executar o programa dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS). O Projeto 20-CLDS 4G Lagoa é o novo programa de intervenção social do concelho que entra
na quarta geração, é promovido pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, co-financiado pelo CRESC Algarve 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Social Europeu. A Instituição Particular de Solidariedade Social, sediada na
Mexilhoeira da Carregação, revela que abraça agora o Projeto 20, encarado como uma mais-valia para a promoção da integração profissional, pessoal e social, que capacitará as pessoas para que estas contribuam para uma sociedade mais envolvida, coesa e responsável. PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
P4 // SOCIEDADE LAGOA INFORMA
SUBSTITUI TIAGO BOTELHO QUE TOMOU POSSE EM 2015
Francisco Martins será vogal na ARS Algarve
O atual adjunto da secretária de Estado Jamila Madeira desempenhará funções na Administração de Saúde do Algarve. // Ana Sofia Varela
F
rancisco Martins, adjunto de Jamila Madeira, secretária de Estado Adjunta e da Saúde, deixará este cargo para integrar o Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve. Ao que o Lagoa Informa apurou o antigo presidente da Câmara Municipal e atual presidente da concelhia do Partido Socialista (PS) será indicado para substituir Tiago Botelho (PSD) como vogal nesta entidade, que termi-
na a sua comissão de serviço, iniciada em 2015. Assim, o enfermeiro de profissão deixará o atual cargo para voltar ao Algarve, onde exercerá uma nova função, que até já estaria prevista há alguns meses. Só terá sido adiada devido à pandemia do novo coronavírus, a covid-19. A indicação deverá ser publicada nos próximos dias em Diário da República, oficializando esta substituição, à qual se seguirá a tomada de posse. Francisco Martins tinha re-
nunciado à presidência da Câmara Municipal em julho de 2019, justificando a decisão com problemas de saúde, que condicionavam a sua atividade. Estava no segundo mandato. Meses mais tarde, foi nomeado para adjunto de Jamila Madeira. A socialista foi eleita deputada pelo círculo eleitoral de Faro, nas últimas legislativas, em outubro de 2019, sendo que um mês mais tarde foi escolhida para assumir a pasta da secretaria da Saúde. Nessa altura indicou o ex-autarca para trabalhar consigo.
O antigo autarca está de regresso à região O atual líder da Comissão Concelhia do Partido Socialista de Lagoa é enfermeiro, tendo
concluído o curso na Escola de Enfermagem de Faro, em dezembro de 1990. PUB
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
SOCIEDADE // P5 ESPAÇO DEVERÁ ESTAR PRONTO A TEMPO DA PRÓXIMA ÉPOCA BALNEAR
Posto de Turismo de Carvoeiro sofre obras de renovação O antigo edifício da Junta de Freguesia é o local provisório onde os turistas podem procurar informações, sugestões e produtos algarvios. ANA SOFIA VARELA
// Ana Sofia Varela
O
Imóvel está fechado mas um aviso na porta indica a nova localização
Posto de Turismo de Carvoeiro, no largo da praia, está fechado para receber obras de melhoramento, passando o serviço, entretanto, para o edifício da antiga Junta de Freguesia, no Beco do Galeão, de forma temporária. As instalações provisórias foram cedidas para a Câmara Municipal de Lagoa avançar, entretanto, com o procedimento que renovará o espaço, inaugurado em 2009. “São intervenções que identificámos como prioritárias para continuar a atender os turistas e dar-lhes todas as informações
que são necessárias”, justificou Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa. Para acautelar que quem visita o concelho não fica sem um local onde possa saber mais sobre o território e as experiências que são proporcionadas, o posto foi colocado no Beco do Galeão, número 7, a poucos metros de distância do edifício original no Largo da Praia. Segundo o que o autarca divulgou a intervenção deverá demorar alguns meses, sendo que, se a processo decorrer nos trâmites estimados, o espaço até estar pronto a tempo do início da próxima época balnear. A antiga junta tem, assim, ex-
postos nas vitrines os produtos que identificam a região, bem como guias de turismo e outras informações úteis a estrangeiros e portugueses para que desfrutem do concelho. João Fernandes, responsável pela Região de Turismo do Algarve (RTA), agradece o compromisso da autarquia para com este setor e para com a necessidade de acolher bem os visitantes, guiando-os pela riqueza do território. “Uma diligência rápida, em circunstâncias difíceis de ultrapassar, como a necessidade de intervir no posto original, sem deixar ninguém sem acesso à informação durante esse período”, acrescenta João Fernandes. PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
P6 // SOCIEDADE D.R.
JANTAR JUNTOU CHEFS LOUIS ANJOS E ROLAND KLEIN
Bon Bon promove produtos do Algarve FOTOS: KÁTIA VIOLA
‘Honeymooners’ divulgam concelho
‘Influencers’ mostram que concelho é destino seguro
Jantar foi um sucesso e realizou-se de acordo com todas as normas de segurança
Iguarias revelaram sabores da região e contaram com um 'toque' internacional.
Subconcessão do Algarve Litoral lançou concursos
Lagoa contemplada no projeto de melhoria da rede rodoviária
O
restaurante Bon Bon, do empresário Nuno Diogo, voltou a promover, a 23 de julho, mais um jantar para divulgação dos produtos e da gastronomia algarvia. Desta vez, ao chef Louis Anjos juntou-se o chef Roland Klein, do Avenida de Lagos, para dar um toque internacional na confeção de alguns pratos. Esta foi uma experiência gastronómica muito diversificada, do agrado de todos, e contou ainda com a promoção de alguns vinhos nacionais, dois deles algarvios: Quinta do Barradas e Morgado do Quintão. As iguarias revelaram os verdadeiros sabores da região, com pratos como Barriga de Atum, Salada Montanheira e Dashi, Gamba Violeta, alho e coentros, Garoupa, tomatada e lima kaffir lombo de borrego e cenoura algarvia, acompanhados da sobremesa de Laranja, Batata Doce e Amêndoa. O toque internacional neste jantar foi o coelho de escabeche, gema de ovo e caviar, da autoria de Roland Klein.
Diversos ‘influencers’ estão a descobrir o concelho de Lagoa, neste Verão de 2020, como é exemplo os ‘Honeymooners’, um dos projetos online mais populares do mercado de viagens, fotografia e ‘lifestyle’, com presença nas redes sociais em Portugal. Só este perfil de viagens já permitiu que as imagens e histórias deste destino turístico tivessem sido vistos, durante as últimas duas semanas, por mais de três milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, vários comunicadores-viajantes e outras personalidades famosas, estão a revelar nas redes sociais, os recantos da rendilhada costa, os segredos do Arade, mas também os vinhos, os barros e chaminés que são a identidade do concelho. O Município de Lagoa, convergindo com esta tendência, está também a implementar a sua estratégia de promoção turística do concelho que passa por reforçar este destino como seguro para famílias e jovens casais.
O concelho de Lagoa é um dos que está incluído nas obras de melhoria da rede rodoviária da Subconcessão do Algarve Litoral, cujos concursos públicos já foram lançados. A Estrada Nacional 124-1 que atravessa o território lagoense, desde o litoral até Silves, é a via que será alvo de intervenções e que está integrada num pacote de 1,6 milhões de euros, numa extensão de mais de 128 quilómetros em todo o Algarve. O anúncio foi feito pelo Conselho de Administração das Infraestruturas de Portugal, que reuniu com a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), tendo a notícia sido bem-recebida por todos os autarcas. As obras visam promover a conservação do pavimento e a melhoria da sinalização vertical e horizontal.
Roland Klein foi o chef convidado
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Sabores típicos algarvios foram 'prato forte' desta iniciativa No final, todos os participantes neste jantar receberam como oferta um avental com o logotipo do Bon Bon e da Vista Alegre, três variedades de sal marinho e uma garrafa de azeite Monte Rosa.
Esta iniciativa contou com os parceiros Saboreal, Kubidoce, Morgado do Quintão, Mister Wine, Sovipral, Decante Vinhos, Quinta do Barradas, Vista Alegre e Salmarim.
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29/07/2020 14:48
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
P8 // REPORTAGEM SETOR SERÁ 'MOTOR' NA DINAMIZAÇÃO DE VINHOS
Protocolo de Enoturismo assinado em Carvoeiro Município foi o anfitrião de um acordo entre Região de Turismo do Algarve e Comissão Vitivinícola para consolidar o segmento no mercado interno alargado. KÁTIA VIOLA
João Fernandes, Sara Silva e Luís Encarnação mostraram as vantagens de fidelizar turistas através do enoturismo // Ana Sofia Varela
L
agoa sempre foi terra de vinhos e continua a ter vários produtores a apostar no concelho para instalar uma adega. A oferta do enoturismo também já começa a ser habitual para a maioria dos produtores, mas é necessário reforçar este segmento, pois é uma forma de fidelizar turistas. Esta foi uma das ideias lançadas pela Região de Turismo (RTA) e pela Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA) a 23 de julho, aquando da assinatura de um protocolo em Carvoeiro, que pretende consolidar e dar outro impulso à oferta de enoturismo já existente na região, com o Município de Lagoa a apadrinhar a cerimónia. “Sou um entusiasta do enoturismo, primeiro, porque acho que tem um enorme potencial para ajudar a mitigar a questão da sazonalidade, segundo, e não menos importante, tem capacidade de ajudar a fidelizar os turistas que nos visitam”, começou por defender Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa. Como referiu o autarca, há cada vez mais pessoas a “viajar pela gastronomia e vinho”, do que pelo sol e praia e esta é uma oportunidade que deve ser refor-
çada, acrescentou. Aliás, Lagoa é um dos concelhos que no passado deu ‘nome’ aos vinhos do Algarve e, depois de ter perdido o fulgor, tem vindo a ser, nos últimos anos, o local escolhido por vários produtores para instalar uma adega. E a maioria já tem oferta de enoturismo, mesmo que ainda em pequena escala. “Do último apuramento que fizemos, constatámos que já metade dos nossos produtores têm alguma oferta, seja a simples prova de vinhos a uma experiência mais aprimorada, como participar nas vindimas”, avança Sara Silva, presidente da CVA. O que o protocolo assinado em Carvoeiro pretende é colocar à disposição da Comissão os meios da RTA para ajudar a dar um impulso a este segmento, começando pelo mercado interno alargado de Portugal e Espanha. “Temos vindo a desenhar um conjunto de atividades conjuntas, por exemplo, no Consulado de Sevilha, na Embaixada de Madrid, na Bolsa de Turismo de Lisboa, na FITUR, para divulgar o vinho e as quintas que já têm enoturismo. Há aqui uma oportunidade de ouro e temos encontrado na área também muita perspicácia para a diplomacia económica. Vamos ter apoio do cônsul de Sevilha e do embaixador de Madrid e queremos consolidar o que já é uma
prática”, refere João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve. Dando como exemplo a Cidade do Cabo, na África do Sul, um destino semelhante ao Algarve, “50 por cento da produção é vendida no local, o que permite vender a um preço mais competitivo, sem concorrência agressiva, fidelizando os clientes”, revela o responsável do turismo algarvio. Alerta, porém, que o produtor deve mudar o ‘mindset’ para estar à frente de um enoturismo.
Vinho na restauração para criar ‘experiências’ Uma das razões que leva os turistas a viajar são as experiências que guardarão como recordações e que os farão voltar no futuro. E o vinho é um desses produtos. “Não é a mesma coisa acompanhar uma excelente cataplana, que se faz maravilhosamente em Lagoa e no Algarve, com uma cerveja, em vez de um bom vinho branco da região. Tem outro gosto e, aqui, entramos no campo das experiências. É nesse campo que devemos trabalhar, pois é isso que hoje os turistas procuram”, argumenta Luís Encarnação. É por isso importante colocar à mesa os produtos locais como a laranja ou o vinho para criar uma diferenciação. “Todos temos até a responsabilidade enquanto con-
sumidores de chegar a um restaurante e pedir um vinho algarvio. Há também que levar a que o vinho se torne o próprio mote da visitação. Vemos muitas das quintas que hoje produzem no Algarve a evoluir, a criar espaços na área da produção, a criar espaços de vendas, a dinamizar essa visita também com animação”, afirma João Fernandes.
Garantir oferta com 'selo de qualidade’ Uma das premissas que levará ao
sucesso é garantir que a oferta está disponível e que é bem direcionada. “Não é só a capacidade de acolher em várias línguas, de disponibilizar as visitas por um período mais alargado que não só de segunda a sexta-feira, alargar aos turistas nacionais e internacionais, mas também aos residentes”, diz Sara Silva, presidente da CVA. É que quem vive na região também pode encarnar o papel de turistas e ir à descoberta do que o Algarve tem a nível de enoturismo, dos vinhos e das experiências. Qualquer que seja o visitante, para a responsável da CVA é ainda necessário “criar experiências, incentivar o elo de comunicação entre consumidor e produtor”, pois é uma das formas de diferenciar a oferta em relação a um mercado saturado e massificado como o do setor dos vinhos. “A pessoa pode visitar a quinta, ser recebida pelo produtor, ouvir a história daquele espaço, da família e isso, ajudará certamente a fidelizar o consumidor aos vinhos do Algarve. Há um bom caminho a percorrer. Somos uma região recente nesse sentido, mas temos potencialidade e estamos numa região de excelência do turismo”, concluiu Sara Silva.
Profissionalização do setor é essencial Outro mote dado por Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, durante a cerimónia foi a questão da profissionalização dos ‘players’ da área. “Há um longo caminho para percorrer, porque é preciso também que os profissionais da área possam educar os turistas a provar os vinhos e combiná-los com a excelente gastronomia que temos. Há aqui uma janela de oportunidade, pois quem visita uma região, quer provar aquilo que é endógeno”, constata o autarca. Em breve, será assinado um protocolo entre o turismo e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para formar quem trabalha na hotelaria, sendo que uma das temáticas é a dos vinhos. Ainda que seja sempre necessário vender os néctares de outras regiões no Algarve, porque ainda não há uma produção própria que seja autossuficiente para a procura existente. Ainda assim, é essencial que os profissionais da hotelaria e restauração sejam capazes de aconselhar a experimentar os vinhos locais.
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
REPORTAGEM // P9 PARTICIPAM MEIO MILHAR DE NÉCTARES
Lagoa escolhida para promover Concurso Nacional de Vinhos ANA SOFIA VARELA
O primeiro dia da iniciativa, que decorre em novembro, será dedicado ao produto de origem algarvia. // Ana Sofia Varela
M
ais de 500 vinhos portugueses estarão em Lagoa, entre 23 e 27 de novembro, para ganhar distinções no Concurso Nacional de Vinhos. A Câmara Municipal apresentou uma candidatura para receber o evento, que está integrado no concurso europeu, e foi a escolhida, anunciou Luís Encarnação, presidente da autarquia. “Respondemos ao convite para a candidatura e hoje estamos muito felizes por termos sido contemplados com esta responsabilidade, ao que parece de modo unânime. É mais uma forma de continuarmos a afirmar
o concelho enquanto território produtor de vinhos, naquele que é um bem que faz parte da nossa identidade”, salientou o autarca. Também José Arruda, secretário-geral da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), explicou ao Lagoa Informa, que estarão no concelho cerca de “40 júris, nesse fim de semana, e que estão programadas provas de manhã e visitas a adegas e quintas à tarde”. O dia 23 será, aliás, apenas dedicado aos vinhos algarvios, com o apoio da Comissão Vitivinícola. O evento, promovido pela AMPV, antecede e está incluído nesse concurso europeu, no qual a associação já participa há 12
anos, mas que antes se chamava ‘La Selezione del Sindaco’. Será em maio de 2021 em Itália. José Arruda destaca que “as regiões do país estão a trabalhar muito bem e há vinhos muito bons. O Algarve e os Açores eram regiões que produziam menos, mas, entretanto, deram um salto enorme em termos de qualidade, sendo hoje regiões muito interessantes e diferentes. Tem sido uma batalha da Câmara de Lagoa há muitos anos, inclusive quando em 2016 foi ‘Cidade do Vinho’, e o grande objetivo foi trazer a temática para a atualidade de novo”, esclareceu o secretário-geral. O facto de acolher este con-
O concelho será a 'casa' de um evento que elege os melhores do país curso será também um apoio aos produtores que têm vindo a sofrer com a covid-19. “O setor do vinho sofreu brutalmente e no Algarve isso ainda é muito
mais acentuado, porque o principal canal de distribuição aqui é a restauração e a hotelaria e ambos estiveram parados” nestes últimos meses, diz o autarca. PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
P10 // ENTREVISTA AUTOR RECORDA A INFÂNCIA QUE PASSOU NO CONCELHO
Escritor lagoense deseja apresentar livro na terra Natal A obra de Fernando Pessoa foi um dos assuntos falados durante a conversa com Ivo Santos, natural de Lagoa e autor de ‘Ik-Lipse’. FOTOS: KÁTIA VIOLA
// Lélia Madeira
A
obra do lagoense foi editada em 2019, mas a apresentação foi sucessivamente adiada, devido às suas diversas ocupações.
O livro ‘Ik-Lipse’ é escrito em coautoria com o Criado Vasques. Quem é o Criado Vasques? A obra nasceu quando participei num seminário sobre a construção do Eu. Entretanto, comecei a estudar Fernando Pessoa e encontrei em José Gil a opção de Pessoa usar esse Eu como um ato de pensamento. Ao identificar-se com o mundo exterior, Pessoa consegue vazar o seu corpo para que vários atos de pensamento surjam. É o que permite o diálogo entre os diferentes heterónimos e o Fernando Pessoa ortónimo. Durante os meses do seminário, fiz a experiência de colocar os meus sentimentos na rua, permitindo que surja um outro que não partilha dos mesmos sentimentos que nós. Um conflito com alguém e esse alguém surgiu como sendo o Criado Vasques. Um outro dentro do mesmo corpo, mas um outro diferente do Ivo.
conhecimento em alguma coisa e tirar proveito.
Quais são, então, as diferenças entre o Criado Vasques e o Ivo?
Não gostando de ler, onde é que encontra inspiração para escrever?
O Criado Vasques era mais incisivo, mais bruto, mais velho, já não tinha nada a perder. Eu, Ivo, sou mais calmo, mais relaxado, mais passivo nas decisões. O Criado Vasques chamava-me um pouco à razão. Não me deixava perder a noção das coisas.
Com a filosofia, consigo analisar de onde parte a emoção e isso faz-me ver alguma ingenuidade nas pessoas. A ingenuidade dos seus atos é a maneira poética do agora. Todas as pessoas são poesia, basta mexerem-se. Nos livros de poesia, encontro a inspiração para traduzir a filosofia, o pensamento racional.
O encontro que acontece neste livro entre a filosofia e a literatura aconteceu naturalmente? Como estudante de filosofia, era normal olhar para o mundo de maneira diferente. Torna-se inevitável começarmos a analisar tudo com base em critérios filosóficos. A poesia surge devido ao facto de eu não gostar de ler. Para mim, ler é uma tortura. Sempre que leio, quero aplicar o meu
Atualmente a viver em Coimbra, o autor recorda algumas histórias da adolescência passadas em Lagoa
Estão agendadas apresentações públicas do livro ‘Ik-Lipse’? Estamos a agendar. Gostaria de fazer apresentações para o público, na Biblioteca de Lagoa e em vários locais de Coimbra. Gostaria também de fazer apresentações para alunos do secundário, para terem contacto com alguém que estuda filosofia e escreve poesia, duas
disciplinas que não são muito tidas em conta. Gostaria de mostrar que o que escrevemos pode ser lido.
Apresentar o livro na sua terra é um objetivo? Tenho um enorme desejo em fazer uma apresentação na minha cidade e até já tinha alguns planos traçados nesse sentido, todavia, dado a situação atual provocada pelo novo coronavírus, vi-me obrigado a replanear as apresentações. Agora tudo tem que ser feito com o maior cuidado para a segurança de todos os presentes e essa é a minha maior preocupação. Mas mantenho vivo o desejo de realizar a primeira apresentação do livro na cidade que me viu crescer. TORRE DA LAPA É ENCANTO
Com que regularidade vem a Lagoa? Reservo as idas a Lagoa para as festividades: Páscoa, Nossa Se-
nhora da Luz e Natal. Se tiver oportunidade durante o Verão aproveito também para visitar a FATACIL, feira com a qual tenho uma relação especial, dado que foi lá que vi os meus primeiros concertos e contactei pela primeira vez com músicos profissionais, enquanto esperava pacientemente para receber autógrafos após as atuações.
Ainda tem a família cá? Sim. A minha avó Libertária e os meus avós maternos: a Madalena e o Virgílio. Tenho também os meus tios que mantêm ainda uma relação com a cidade.
O que recorda da infância na cidade? Da infância não recordo muito. Percorria a pé o caminho entre a escola primária e a papelaria da minha mãe, a Genylola. Já sobre a adolescência, tenho por hábito contar um episódio que se repetiu durante bastante tempo e que
me marcou: costumava regressar à casa da minha avó Madalena a pé, com o meu grupo de amigos, assim que as aulas terminavam. Estudávamos na Escola Jacinto Correia e pelo caminho parávamos junto à Biblioteca de Lagoa. Quando o Arquivo foi inaugurado apercebemo-nos rapidamente que podíamos matar a sede no dispensador de água e, como tal, lá íamos todos em grupo pedir copos para podermos beber água. Isto repetia-se todos os dias, porém, o grupo ia ficando cada vez mais pequeno até restar só eu e um grande amigo: o Tiago Raposo. Nós os dois durante um ano inteiro, pelo menos, passávamos lá todos os dias, sempre à mesma hora, de tal forma que as funcionárias do Arquivo já nos colocavam dois copos no dispensador para que nos servíssemos sem as importunar. Esta relação sempre foi muito curiosa para mim: o hábito teimoso de dois jovens e a assistência cuidadosa a um hábito
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
ENTREVISTA // P11 aproxima-se mais das rimas grandes do hip-hop, que nos deixam ofegantes quando as dizemos.
Nota biográfica Ivo Santos tem 27 anos e é natural de Lagoa, no Algarve. Estudou guitarra clássica e lecionou esse instrumento na Academia de Música de Lagos. Licenciou-se em Filosofia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e, atualmente, é aluno de Mestrado de Estudos Artísticos. Em junho de 2019, publicou o livro de poesia e prosa poética ‘Ik-Lipse’. O gosto pela escrita tem-se desenvolvido também através de ensaios filosóficos, textos críticos e de opinião, um dos quais pode ser lido no jornal online ‘Observador’. O jovem autor é igualmente um dos membros do CITAC – Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra.
que se mantinha para que, creio eu, nós não o perdêssemos.
O que mais gosta no concelho? É, sem sombra de dúvidas a recém restaurada Torre da Lapa. É bastante próxima da casa onde passei a minha infância e ia até lá imensas vezes de bicicleta. Para mim era a Torre Assombrada (e ainda o é). Percorria de bicicleta, de uma ponta a outra, aquele que é agora o ‘Caminho dos Promontórios’ e também o ‘Percurso dos Sete Vales Suspensos’. Com o meu pai e a minha irmã mais velha, com os amigos e até mesmo sozinho. Conhecia todos aqueles caminhos, as casas em ruínas, as entradas para as praias, as melhores paisagens, tudo. E agora fico de coração partido por regressar e ver que ainda são aprovadas e permitidas construções sobre aquelas falésias. Infelizmente a preservação do património natural e a exploração sustentável dos seus recursos é algo que, todos nós, ainda temos que aprender; recusar a ideia de luxo como abundância seria, a meu ver, o primeiro passo. Isso permitiria devolver significado aos locais, às paisagens, às pessoas e às coisas. Devolvíamos-lhes o mistério, o romantismo e desejaríamos preservá-las, por isso, ao invés de as querer consumir e aprisionar para sempre como um objecto potenciador do nosso prazer pessoal e instantâneo. O INÍCIO DA ESCRITA
Indo um pouco atrás no tem-
po: com que idade surgiu o gosto pela escrita? A minha irmã mais velha, a Hélia, escrevia bastante. Quando saíamos juntos, eu escrevia nos guardanapos e nos postais que havia no café. Tinha a noção de que ela escrevia melhor do que eu. Eu não gosto de competição, mas tenho um lado competitivo em segredo. Vejo uma pessoa a fazer uma coisa e penso: eu também sou capaz de fazer aquilo. Então, vou tentando. Há uns tempos, quando estava a arrumar a minha casa no Algarve, encontrei um poema que escrevi no quarto ano. Acho que era o meu primeiro poema e até estava bastante bem escrito. Fiquei surpreendido com o Ivo do quarto ano.
O poema era sobre o quê? Era sobre o Natal e o Menino Jesus. Não me lembro bem, mas tinha alguma sensibilidade, o que é interessante. Pensava que era um jovem menos cuidadoso, mas parece que não.
A sua formação musical ajuda-o no seu processo de escrita? Com o passar do tempo, o meu estilo de poesia foi mudando. Agora, os meus poemas caem num género que já foi praticado pela Beat Generation, que influenciou o Bob Dylan. Apesar de a minha formação musical ser clássica e de ouvir mais rock e metal, ouvi muito hip-hop. Depois de partilhar os meus poemas com um jovem que faz hip-hop, apercebi-me de que a cadência poética que tenho agora
Isso não aconteceu de forma intencional… Foi quase uma bola de neve, começar a descobrir essas formas de escrever poesia e a dialogar com pessoas sobre como constroem poemas. Tenho um amigo que escreve os poemas e os vai melhorando com o tempo. No meu caso, o poema começa a surgir, porque existe um tema que me inquieta. Há um momento em que tem de sair e, quando o poema está escrito, está escrito. Já fiz a experiência de corrigir versos, mas torna-se difícil, porque sinto que não tenho autoridade para mudar.
Além da pronúncia, o que tem mais de algarvio? Tem a chamada ‘alma algarvia’? Houve uma altura que pensava: não quero mais voltar ao Algarve, porque fico triste, sempre que lá vou. Este ano, comecei a tirar o Mestrado em Estudos Artísticos e deparei-me com uma canção que o Giacometti gravou dos pescadores em Portimão, chamada ‘Leva, leva’, e com um texto que ele escreveu sobre essa canção. Se não tivermos relação com o Algarve, passa-nos ao lado, mas, vieram-me as lágrimas aos olhos. Foi o meu momento de reconciliação com o Algarve. Cheguei à conclusão de que, afinal, existe uma alma algarvia em mim. Para o Giacometti, o que dizem de o povo algarvio ser mais fechado é só uma lenda, porque, quando se consegue entrar nele, percebemos que existe uma abertura à comunidade. O Giacometti fez-me ter essa noção de compaixão, de receber o estrangeiro tão bem como eu próprio me receberia a mim.
Então, o que perguntaria a Fernando Pessoa, por exemplo? Gostava de sair com ele, observar o que ele fazia, estar apenas. Acredito que nada do que ele contruiu foi ao acaso. Temos a ideia de alguém meio perdido, que bebe absinto e fuma ópio, mas, a meu ver, ele era bastante metódico e consciente da sociedade. Queria perceber como é que ele era capaz de fazer tanta coisa, porque, hoje em dia, não temos tempo para nada. A quantidade de páginas escritas e de heterónimos é impressionante. Era isso. Em vez de criar o personagem, preferia andar como uma sombra do autor e, de vez em quando, se ele quisesse conversar comigo, podia conversar.
O Ivo também faz teatro. Já pensou em explorar outras áreas da escrita, como a dramaturgia? Já. Eu faço teatro no CITAC. Através dos estudos de etnomusicologia, surgiu-nos a ideia de fazer uma peça a partir das canções populares, fazendo uma análise
sociológica, psicológica, filosófica, e escrever um texto que fosse uma partitura para o movimento, para as expressões. Seria uma coreografia com atores, cantores e músicos do GEFAC, que é um grupo etnográfico da Universidade de Coimbra. Seria um trabalho conjunto, que envolve muita gente, mas a conjuntura atual não nos permite prosseguir.
Neste momento, está a escrever algum livro? Tenho outro livro já terminado. À parte disso, está a surgir-me uma outra problemática, que poderá traduzir-se num pequeno romance, em prosa. Há uns tempos, tinha muita vontade de ser velho. Fascinava-me o facto de os velhos guardarem uma força que os jovens não têm. Eu queria essa força. Para mim, existe um romance poético na velhice. As coisas que agora estou a escrever andam à volta da velhice. Os velhinhos e as pessoas do campo têm ensinamentos incríveis. O que eles dizem não tem a carga fria da universidade.
Há algum personagem icónico da literatura que gostava de ter sido o Ivo a criar? Não gostava de criar personagens, gostava de ter conversas com os autores e imaginar o que essa pessoa sentiu para aquele poema sair. PUB
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OPINIÃO // P13
Crises !!!
João Reis Professor
Para nos “salvarmos” da pandemia, houve que “esquecer” a economia. Não foi preciso ir à bruxa para se imaginar o tamanho da crise que nos viria cair em cima. No que toca ao nosso (?) Algarve, tão subordinado ao turismo, a realidade é cruel – cerca de 30 000 desempregados, hotéis sem hóspedes, restaurantes fechados, comércio apático. Entretanto, gente responsável, da Região e do País, apressa-se a procurar culpados (para além do vírus) – uns apontam o dedo ao governo do nosso mais antigo aliado, o Reino Unido, que não permite que os seus cidadãos venham cá de férias sem fazer uma quarentena no regresso. Esquecem-se que, também eles, precisam de poupar divisas. Outros acusam a Direcção-Geral de Saúde de ter falhado na prevenção e na orientação do combate à doença; outros, ainda, responsabilizam o Ministério dos Negócios Estrangeiros por não ter sido suficientemente diligente nas relações diplomáticas com o Governo de Sua Majestade , nem ter sido capaz de aliciar outros mercados.
algarvias e nacionais) que, desde os anos 60, deixaram que a atenção fosse posta, de forma quase exclusiva, no turismo, isto é, que a economia da região tivesse, naquela “ indústria”, a sua qua-
UMA OVA!!! A “culpa” foi só, e sempre das “circunstâncias”!!! Agora… quem permitiu que muitas dessas circunstâncias ocorressem foram as autoridades (políticas e técnicas,
Em 2017, nesta mesma coluna, “escrevinhei” o que, agora, releio – “no princípio do “boom” turístico na região, tinha imaginado um Algarve moderno, acolhedor, organizado e genuinamente
algarvio, capaz de “pedir meças”, pela beleza, a uma Côte d’Azur, na França, ou a uma Riviera italiana, com as suas glamorosas praias de S. Tropez, Cannes, San Remo, Nice ou Génova. Teria,
UMA OVA!!! A “culpa” foi só, e sempre das “circunstâncias”!!! Agora… quem permitiu que muitas dessas circunstâncias ocorressem foram as autoridades... se única valia – agricultura, fruticultura, pecuária, pesca, indústria conserveira, outras actividades relativas ao mar e, principalmente, a capacitação/ formação das populações para operar naqueles vários sectores, não foram “tidos nem achados”. Parece que ninguém, responsável, previu (pensando) que um dia poderia faltar a habitual multidão de clientes do veraneio, por qualquer motivo inesperado, como é o actual.
para tal, sido necessário um plano que predefinisse orientações coordenadoras do desenvolvimento das várias e possíveis áreas da actividade económica, a exemplo do que sabíamos ter acontecido naquelas outras paragens; para além do turismo, de cuidada qualidade e sem massificação, aquelas regiões contam com Centros de Investigação Científica e Tecnológica, Centros Universitários, Festivais de Belas Artes, Cinema e Música, agricultura avançada, pesca (industrial, desportiva e turística), tudo assente num grande respeito pela natureza e uma permanente disciplina do urbanismo”. Mas não tivemos plano nem orienta-
ções; e, quando tal não há, instala-se a “balda”, de que se aproveitam os especuladores, os aventureiros, os sem-escrúpulos. x-x-x Na última página do “meu” semanário do passado 18 de Julho surge este título “Algarve quer renovar economia”. O artigo fala da actividade desenvolvida pela União Empresarial do Algarve-AlgFuturo, no sentido de programar a Renovação Económica do Algarve. Valha-nos isso! Tenhamos esperança! Melhor tarde que nunca! O primeiro e mais importante passo está dado, quando esta União Empresarial reconhece que “está inequivocamente demonstrado que o actual modelo económico levou a graves erros e efeitos destrutivos”, destacando exactamente “o excesso de dependência face ao turismo e também à desordenada construção – 300 mil alojamentos entre 1971 e 2011 – e muitos mais milhares a partir de 2003, quando foi criado o “apetitoso” IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis )”. Mais casas, mais IMI’s! Estou certo que o lema escolhido – “Na rota da excelência” – será cumprido por aquela organização e pelo seu Presidente, Dr. José Vitorino, conhecido defensor das causas algarvias. Força, meu Caro Amigo! Os nativos do Algarve apoiam-vos!
Hepatites crónicas e a importância do diagnóstico precoce Arsénio Santos Coordenador do Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado da SPMI
Comemora-se a 28 de julho o Dia Mundial das Hepatites, dia em que pessoas e organizações de todo o mundo unem esforços para sensibilizar as populações e os decisores para a importância destas doenças. O dia 28 de julho foi escolhido em 2010 durante a 63ª Assembleia Mundial da Saúde da Organização Mundial da Saúde, por ser o dia de aniversário de Baruch Blumberg, que descobriu o vírus da hepatite B e por isso ganhou o Prémio Nobel da Medicina em 1976. Nos últimos anos, a comemoração deste dia ganhou particular destaque pelo facto de a OMS ter assumido o objetivo de erradicar a hepatite C até 2030. Existem cinco diferentes vírus causadores de hepatite (A, B, C, D e E), mas as hepatites B e C são as mais importantes, por evoluírem para a cronicidade e assim causarem graves problemas de saúde: provocam inflamação crónica do fígado, que, quando não tratada, pode evoluir para cirrose e cancro hepático.
A transmissão das hepatites B e C dá-se através da exposição ao sangue ou fluidos corporais de uma pessoa infetada. Assim, têm maior risco de estar infetadas pessoas com história de uso de drogas injetáveis, de relações sexuais não protegidas com múltiplos parceiros, de transfusões sanguíneas antes de 1990, de exposição a práticas de saúde e de estética sem os devidos cuidados de higiene e assepsia, entre outras. Em Portugal, foram já identificados e tratados largos milhares de doentes com hepatite B ou C, mas calcula-se que poderão ainda existir algumas dezenas de milhar de casos não diagnosticados. Os testes de diagnóstico estão recomendados em qualquer pessoa com alteração das análises hepáticas e naqueles em que se considere alguma possibilidade de exposição a estes vírus, no presente ou no passado. No nosso país, os testes de diagnóstico das hepatites estão acessíveis através de todos os serviços de saúde, nomeadamente centros de saúde, hospitais,
laboratórios de análises e algumas farmácias. O diagnóstico precoce traz grandes benefícios para as pessoas infetadas, pois permite o tratamento antes que se instalem lesões hepáticas, e para a saúde de toda a comunidade, já que ao eliminar o foco de infeção evita a propagação do vírus. É um grande desafio conseguir identificar os portadores destes vírus em grupos populacionais vulneráveis e de abordagem difícil: utilizadores ativos de drogas injetáveis, reclusos, trabalhadores do sexo, sem-abrigo e imigrantes. Estão em curso em todo o país iniciativas dirigidas a essas populações, indo ao encontro das pessoas em risco e oferecendo-lhes a possibilidade de rastreio e de tratamento. Do ponto de vista de cada indivíduo infetado, é muito compensador o diagnóstico precoce da doença, pois todas as formas de hepatite são, atualmente, tratáveis. O tratamento da hepatite C é um dos maiores casos de sucesso da Medicina moderna, existindo medica-
mentos que, tomados durante 8 a 12 semanas, curam a infeção em quase 100% dos casos; a hepatite B exige frequentemente medicação crónica, mas que impede a progressão da doença hepática. Em tempos de pandemia pela COVID-19, as outras doenças não desapareceram e as hepatites crónicas não deixaram de constituir um importante problema de saúde pública. O Dia Mundial das Hepatites é uma excelente oportunidade para divulgar o conhecimento sobre estas doenças, motivar os profissionais de saúde para o rastreio, diagnóstico e tratamento das mesmas e sensibilizar as autoridades de saúde e os decisores políticos para a necessidade de alocarem os recursos indispensáveis.
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 06.08.2020 // Nº 133
P14 // OPINIÃO Titulo: Um dia na praia Autor: Bernardo Carvalho Editora: Planeta Tangerina (Disponível para requisição na Biblioteca Municipal de Lagoa)
No mês de agosto o livro recomendado é…
“Um dia na praia” insere-se na categoria dos “livros-álbum” que propõem uma abordagem diferente daquela a que estamos habituados, pois são maioritariamente constituídos por ilustrações. Permitem que adultos e crianças, ao compartilharem a sua leitura, partilhem de igual forma a interpretação da história. A presença reduzida ou até ausência de texto fazem com que as imagens e a forma como se interrelacionam tenham maior destaque na construção da história. Assim, muitas vezes as crianças veem o que um adulto não tinha percebido ou estabelecem relações entre o que ouviram das palavras escritas e as imagens que o olhar do adulto não foi capaz de captar.
• Construção e organização do discurso • Vocabulário • Capacidade de síntese
Depois da leitura… • Realize perguntas de compreensão (Quais as personagens? O que aconteceu?) • Peça à criança que continue a história pensando sobre o que irá acontecer depois • Recorra à técnica de colagem de diversos materiais e contrua um dos cenários da história • Peça à criança para construir um barco com recurso a materiais recicláveis
Este livro merece: : (Peça à criança para enumerar o número de estrelas que considera que esta história merece. A classificação irá ajudar a perceber qual o tipo de leitura que lhe agrada mais)
Para além disso, a leitura desses livros é inesgotável. A cada leitura, observamos coisas novas e entendemos outras, não existindo limites para a imaginação. Vamos até à praia?
Porquê este livro? Chegamos ao mês das férias de verão e com ele vem a vontade de ir à praia e viver inúmeras aventuras. Este livro, para além de ter como cenário a praia, permitirá aos leitores criarem diversas histórias com base nas ilustrações.
Temas a abordar: • Criatividade • Imaginação • Emoções
1 estrela – não gostei nada; 2 estrelas – não gostei; 3 estrelas – gostei mais ou menos; 4 estrelas – gostei; 5 estrelas – adorei Consulte ainda a página #Educação Feliz em Casa# no site da Câmara Municipal de Lagoa em www.cm-lagoa.pt e descubra mais atividades que pode realizar em família.
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6 de agosto 2020 • Quinta-feira
AUTARQUIA CONTINUA A APOSTAR NA EDUCAÇÃO
Câmara apoia alunos com material escolar e transporte D.R.
O auxílio será direcionado para as famílias em dificuldades devido ao atual contexto de pandemia.
inscrições a 16 de agosto O Programa Municipal Viva+ retoma na época 2020/2021, estando as inscrições e renovações abertas a partir de 16 de agosto. O objetivo é continuar a promover hábitos de vida saudáveis no concelho, estando previstas modalidades como a ginástica sénior, yoga e a zumba, além do já conhecido aconselhamento para a alimentação e atividade física, do GAPAAF. As sessões serão realizadas seguindo as normas de segurança e higiene da Direção-Geral da Saúde, com planos de contingência específicos.
‘Os Pongas’ ganham duas estrelas
A
Câmara Municipal de Lagoa dará aos alunos do pré-escolar e primeiro ciclo, cadernos escolares e outros materiais, num apoio que está incluído num pacote de medidas para o próximo ano letivo 2020/2021. Este auxílio que o Município direciona para as famílias em dificuldades, tendo em conta o atual contexto de pandemia, integra os vários níveis de formação, desde o pré-escolar, ao primeiro ciclo do ensino básico e secundário. «O investimento da Câmara Municipal de Lagoa na área da educação, durante o ano letivo 2019/2020, ascendeu a cerca de um milhão de euros”, afirmou o presidente da autarquia Luís Encarnação, na última reunião do Conselho Municipal de Educação, a 16 de julho 2020. No próximo ano essa aposta será para continuar assegura o autarca. Outra das medidas será a dis-
Programa Viva+ abre
na certificação de clubes da Federação
Material escolar e transporte gratuito serão reforçados este ano letivo ponibilização de transporte escolar gratuito a todos os estudantes do ensino secundário, residentes no concelho e que frequentem a Escola Secundária Padre António Martins de Oliveira de Lagoa (ESPAMOL). Ficam também incluídos nesta medida os alunos que integram o projeto Unidade de Apoio ao Alto Rendimento no mesmo estabelecimento de ensino (UAARE). A autarquia mantém ainda o apoio aos estudantes do pré-escolar até ao terceiro ciclo que antes já estavam con-
templados pelas competências da autarquia. No entanto, o Município vai alargar o transporte escolar gratuito a todos os estudantes que prossigam o ensino secundário no concelho de Lagoa. Assim, desenvolveu um novo circuito de transporte para facilitar a mobilidade destes alunos que residem nas localidades de Sesmarias, Bela Vista e Ferragudo, que não tenham acesso a transporte público que lhes permita cumprir os horários escolares.
A Associação Académica da Bela Vista, no Parchal, conseguiu duas estrelas na certificação da Escola de Futebol ‘Os Pongas’, no início de agosto. O clube alcançou assim um dia histórico, com a conclusão do processo de certificação de clubes pela Federação Portuguesa de Futebol, iniciado há dois anos. Segundo a escola ‘Os Pongas’ o procedimento tem vindo a crescer e a amadurecer ao longo dos últimos meses, com a ajuda de toda a estrutura e vários elementos do clube, da Associação de Futebol do Algarve e da Câmara Municipal. O trabalho, a persistência e o esforço foram, desta forma, reconhecidos.
Educação: Vouchers para manuais disponíveis este mês Os vouchers para o levantamento dos manuais escolares gratuitos podem ser descarregados na plataforma online Mega durante este mês pelos alunos ou encarregados de educação. São apontadas duas datas para diferentes ciclos do ensino. Assim, desde segunda-feira, dia 3 de agosto já estavam disponíveis os vouchers para os 2º, 3º, 4º, 6º, 8º, 9º, 11º e 12º anos de escolaridade. No caso dos anos de início de ciclo, como o 1º, 5º, 7º e 10º, apenas podem ser descarregados a partir de 13 de agosto. É necessário, porém, verificar se a escola já emitiu os vouchers.
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