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Marcelo regressa a Lagoa para visitar Centro Popular P5
Quinzenário | Ano VI | Nº 134 | Diretor: Rui Pires Santos
POLÍTICA Jorge Pardal deixa executivo da Câmara P4
Ferragudo a ‘ferro e fogo’
SOCIEDADE Praia de Carvoeiro ‘cresce’ 10 metros para banhistas P6 CULTURA Comédia ‘Marafada Quarentena’ visita concelho P16 DESPORTO Castores do Arade sextos classificados em prova nacional P3 PUB
População descontente com dragagens no Rio Arade. APS desmistifica questão, defende projeto e garante que o mesmo está de acordo com a legislação. Políticos aproveitam tema para ‘campanha’ no Facebook. A contestação marca a comemoração dos 500 anos da povoação. P8-9
PS dividido na corrida à Junta de Freguesia nas autárquicas de 2021. Três militantes já se posicionaram e pretendem avançar. P3 PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
P2 // PÁGINA DOIS ESPAÇO DO LEITOR DIRETOR: Rui Pires Santos REDAÇÃO: Ana Sofia Varela COLABORADORES: Jorge Eusébio, Mónica Pontes PAGINAÇÃO: Vanessa Correia FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351 PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos NIF: 508 134 595 Nº REGISTO ERC: 126668 DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa EMAIL: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa
VALE POSTAL DESAPARECE ENTRE PARCHAL E CARVOEIRO Há mais de um mês que estou para saber de um vale postal que coloquei a 7 de julho nos CTT do Parchal e endereçado a um familiar em Carvoeiro. Até hoje nunca foi recebido. Já me desloquei três vezes aos CTT do Parchal e duas vezes ao posto de Lagoa. Ninguém sabe do vale, nem me devolvem o valor do mesmo (20 euros). Na última deslocação aos CTT de Lagoa, a 11 de agosto, a única resposta que obtive era de que devia fazer uma segunda via. Mas agora o que pretendo é a devolução do dinheiro. Já fiz queixa nos CTT. Estou indignado com a situação e por não devolverem o dinheiro. Arsénio Pacheco Parchal Leitor Identificado
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Tem praias maravilhosas De beleza natural Com arribas alcantiladas Na sua zona litoral. Com areais fabulosos Água límpida azulada Recantos maravilhosos Numa praia abrigada. São recantos naturais Com arribas rendilhadas De beleza são demais Águas límpidas banhadas. Mar de águas transparentes De complexidade beleza Que agrada os visitantes Amantes da natureza... As arribas imponentes Enquadram os areais Nos imersos ambientes Tão belos e naturais. A generosa recompensa A grande tranquilidade Brancura e transparência Uma grande realidade.
PERIODICIDADE: Quinzenal
O cheiro a maresia Nas pequenas enseadas Dissipa.se da escadaria Ás vezes serpenteadas.
ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/
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A lota de Portimão, situada no Parchal, foi uma das que integrou um programa da Docapesca de doação de pescado a famílias carenciadas locais. A empresa que gere estas infraestruturas entregou nos últimos três meses, a 21 Juntas de Freguesia onde se inserem estes equipamentos no país, oito toneladas de peixe fresco a agregados desfavorecidos, que viram a sua situação agravar-se com a pandemia da covid-19. O peixe foi comprado em 13 lotas de todo o país, beneficiando também a comunidade piscatória.
REAÇÃO ‘TARDIA’ AO PROJETO DE PORTIMÃO É verdade que a consulta pública poderá não ter sido bem publicitada, mas a verdade é que só a dez dias do final do prazo é que o assunto das obras no Rio Arade começou a ser tema de conversa em Ferragudo. Este é um projeto que tem sido adiado. Deviam os responsáveis ter acertado agulhas com as entidades e autarquias locais, mas o poder local também poderia provavelmente ter pressionado a APS para ser ouvida.
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
ABERTURA // P3 TRÊS CANDIDATOS A CANDIDATOS NA CALHA
Autárquicas de 2021 dividem PS em Ferragudo LAGOA INFORMA
Sónia Silva pode ser a surpresa socialista na corrida à Junta de Freguesia. // Rui Pires Santos
A
mais de um ano de distância das eleições autárquicas, previstas para outubro de 2021, começam já os movimentos de bastidores sobre os potenciais candidatos aos diferentes órgãos autárquicos do concelho. E em Ferragudo a ‘batalha’ parece estar só a começar, com o PS local em destaque. Segundo apurou o Lagoa Informa, por esta altura são já três os militantes que se posicionam para avançar com uma candidatura à liderança da Junta de Freguesia pelos socialistas e parecem decididos a não ‘arredar pé’. Luís Veríssimo, atual presidente não descarta uma recandidatura, Luís Alberto, ex-presidente, está disposto a regressar e Sónia Silva, atual ‘número dois’ de Veríssimo, quer liderar uma mudança na freguesia, sentindo que terá já apoios partidário e popular suficientes para se assumir como candidata e vencer as eleições. “É uma figura típica da vila, vista como defensora acérrima da terra. É filha da freguesia e tem sido ‘uma mulher de armas’, no terreno, a resolver muitos assun-
tos durante o atual mandato de Luís Veríssimo”, diz ao Lagoa Informa um militante do partido. Sónia Silva, de 45 anos até na “área do PSD terá apoios”, caso decida avançar, garante a mesma fonte. Ainda sem o peso político de Veríssimo ou de Luís Alberto, a potencial candidata tem somado experiência, mostrado iniciativa e ganho visibilidade na resolução de vários processos na Junta nos últimos três anos, onde desempenha o cargo de tesoureira. E já terá mesmo a sua equipa constituída e apalavrada, sendo que Miguel Cristina será um dos elementos que a vai acompanhar. A dar força a esta potencial candidatura, está ainda o facto de Luís Veríssimo ser visto por vários militantes como um presidente ausente, até porque mantém a sua atividade profissional como arquiteto, que o impede de estar mais tempo na Junta de Freguesia. Divergências de opinião em alguns ‘dossiers’ estarão também na origem do avanço de Sónia Silva.
Veríssimo e Alberto A concelhia já estará ao corrente das intenções dos três militantes e pode ter uma ‘batata quente’
A atual tesoureira da Junta de Freguesia mostra-se disponível para avançar e já terá equipa formada nas mãos. Veríssimo, de 67 anos, ainda não terá decidido, mas pondera ser candidato em determinada conjuntura. E aqui o seu peso político poderá ser fator determinante. Por sua vez, Luís Alberto, de 50 anos, até outubro de 2019 secretário da vereação na Câmara Municipal de Lagoa e ativo militante do partido, estará a equacionar um regresso à política, ele que foi presidente da Junta de Freguesia de Ferragudo entre 2005 e 2017.
Certo é que antes do final do ano, uma decisão terá de ser tomada sobre qual será o candidato socialista à Freguesia de Ferragudo e a bola estará agora do lado da concelhia, liderada por Francisco Martins.
O PSD, com dificuldades crónicas em Ferragudo, território historicamente socialista, também já está no terreno a avaliar algumas possibilidades para o seu cabeça
de lista à Junta de Freguesia. Alguns nomes terão sido já sondados, não oficialmente, mas ainda é cedo para decisões, que só devem ser tomadas mais para o final do ano e anunciadas já em 2021. Esperar para ver, poderá ser uma das estratégias, perante a divisão que se adivinha nos socialistas. Certo é que dois nomes começam a ganhar alguma visibilidade na área 'laranja': Ângela Venâncio Quadros, advogada, e Carla Guerreiro, empresária e ex-bancária.
KCCA alcançou ainda o sexto lugar coletivo entre 34 clubes, terminando esta segunda fase do nacional com 500 pontos. A competição realizou-se à porta fechada, fruto
das limitações impostas pela pandemia, só sendo permitida a entrada a agentes da canoagem, tendo a Federação transmitido as provas no seu canal no youtube.
PSD estuda possibilidades
Segunda fase do Nacional de Velocidade
Castores do Arade em sexto lugar por clubes Os atletas do Kayak Clube Castores do Arade regressaram ao Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, com a equipa mais jovem, de atletas entre os 11 e os 16 anos,
para participar na segunda fase do Campeonato Nacional de Velocidade. Os algarvios, dos escalões iniciados, infantis e cadetes consegui-
ram conquistar 18 finais nacionais, das quais 11 foram ‘A’, onde se disputam os nove primeiros lugares, e sete foram ‘B’, para as posições entre o décimo e o décimo oitavo. O
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
P4 // SOCIEDADE OBRAS JÁ FORAM CONCLUÍDAS
Renovado campo de jogos da Escola Básica de Estômbar CM LAGOA
Colocação de relva sintética foi uma das principais intervenções.
A
instalação de um relvado sintético, a revisão do sistema de escoamento de águas pluviais, a reparação e pintura dos muros foram os melhoramentos de que beneficiou o recinto desportivo da Escola Básica de Estômbar, integrada no Agrupamento de Escolas Rio Arade (AERA). O custo desta intervenção promovida pela autarquia ascendeu aos 28.135 euros (+IVA). O ano letivo de 2020/21 vai assim começar com melhores
condições neste estabelecimento de ensino para a prática de atividade física, lúdica e desportiva, enquanto vertente essencial ao desenvolvimento e saúde das crianças. Luís Encarnação, presidente da Câmara de Lagoa, lembra que “a Escola Básica de Estômbar funciona num edifício do chamado ‘Plano Centenário’ e que estes equipamentos representam uma forma particular de património arquitetónico que nos cabe reconhecer e valorizar”.
Este espaço desportivo vem proporcionar melhores condições aos alunos
Vereador já comunicou saída a Luís Encarnação
Cem mil euros para arranjos
Jorge Pardal deixa executivo da Câmara O vereador socialista na Câmara de Lagoa, Jorge Pardal, vai deixar a política e não fará parte da próxima lista às eleições autárquicas de outubro de 2021. A decisão foi tomada há vários meses e comunicada ao presidente do Município, Luís Encarnação. Razões de ordem pessoal estarão na origem da saída. Ainda assim, Jorge Pardal vai manter-se em funções até final do atual mandato. O Lagoa Informa tentou contactar, por duas vezes, Jorge Pardal para confirmar as razões da sua saída da atividade política, mas este nunca atendeu o telefone ou devolveu as chamadas. Segundo apurou o Lagoa Informa, ao longo dos últimos dois anos, ainda com Francisco Martins na presidência da autarquia,
o vereador, com os pelouros das obras e praias, entre outros, já teria ameaçado sair, embora nunca o tenha formalizado ou manifestado junto do presidente. Recorde-se que, em entrevista ao Lagoa Informa, em setembro de 2019, um mês após ter deixado a liderança da Câmara Municipal, Francisco Martins lançou algumas farpas dirigidas ao setor das obras e, implicitamente, a Jorge Pardal. Sinal disso, após a saída de Francisco Martins, o vereador terá mesmo comunicado aos seus diretos colaboradores que partir daí “se iniciava um novo mandato”. Algumas fontes sugerem ainda a pouca disponibilidade do vereador em fazer atendimento aos munícipes, situação que foi gerando algum desconforto interPUB
Cemitério de Lagoa D.R.
foi alvo de melhorias e de ampliação
Jorge Pardal fica até final do mandato e deixará depois a política no, quer com Francisco Martins, quer mais recentemente com Luís Encarnação. Refira-se que Jorge Pardal foi até 2013 presidente da Junta de Freguesia de Carvoeiro, ficando
impossibilitado de uma recandidatura devido à limitação de mandatos. Em 2013 foi nomeado por Francisco Martins secretário da vereação e em 2017 foi eleito vereador da autarquia.
A Câmara Municipal de Lagoa concluiu uma intervenção de requalificação do cemitério na cidade para que esta ficasse com mais condições. A capela foi arranjada, foi criado um edifício de 108 ossários e construídos 42 novos gavetões, aumentando a capacidade do espaço. Segundo divulgou a autarquia, também os arruamentos e a reparação do portão principal fizeram parte da intervenção que rondou os 108 mil euros, mais IVA. Esta é apenas uma das obras que a autarquia levou a cabo durante a altura de confinamento, devido à covid-19.
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
SOCIEDADE // P5 PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITARÁ CENTRO POPULAR
Marcelo Rebelo de Sousa elogia contenção da covid-19 O governante esteve em Lagoa reunido com os autarcas da região, onde se inteirou sobre a ocupação hoteleira e as consequências da pandemia no concelho. ANA SOFIA VARELA
‘Figuras de peso’ escolhem Lagoa No mesmo dia em que o chefe de Estado esteve alojado no concelho estavam também outras personalidades conhecidas. É o caso de António Costa, primeiro-ministro, que esteve na sua casa de férias em Carvoeiro. Aliás, Marcelo Rebelo de Sousa ficou hospedado na mesma vila para reunir com o governante e foi o atraso na sessão de trabalho que levou a que já não chegasse a horas de visitar o Centro Popular de Lagoa. Também a 4 de agosto estava no concelho Dom Duarte e António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas. Também o treinador José Mourinho e John Terry, ex-futebolista e agora membro da equipa técnica do Aston Villa estiveram nesse dia numa praia de Lagoa.
Governante jantou num restaurante inaugurado pouco antes da pandemia se instalar
// Ana Sofia Varela
O
Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa esteve em Lagoa, a 4 de agosto, para saber qual a situação do concelho no que toca à covid-19 e ao efeito da pandemia na economia e sociedade. O governante reuniu durante breves minutos, em particular, com Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal, tendo-lhe pedido um pequeno balanço em relação a esta nova doença. Quis saber “qual era a situação em relação à evolução da covid-19 e ficou impressionado, pela positiva, quando lhe disse que, em quase cinco meses, só tínhamos registado 19 casos positivos no total”, quando há cerca de 23 mil habitantes no concelho, contou ao Lagoa Informa o autarca. Um número que é, do ponto
de vista do presidente da Câmara, “assinalável”, tendo em conta que ainda na última semana, os números nos arredores eram superiores. “Não fico tranquilo por só ter um caso ativo, neste momento, pois, hoje (10 agosto), em Portimão, há 32, em Lagos 25, em Albufeira 46 e em Silves 17”, partilha Luís Encarnação. A capacidade de conter o vírus, aliada a alguma sorte, pode mudar a qualquer momento, sendo necessária a atuação rápida e a constante atenção à situação dos concelhos periféricos. Outra das coisas que o Presidente quis saber foi como estava a ocupação hoteleira. “Tive oportunidade de lhe explicar que em Lagoa temos uma particularidade. Embora as unidades hoteleiras tenham estado, nessa altura, na ordem dos 40 a 50 por cento de ocupação, as nossas praias, sobre-
tudo as de nascente, estão cheias. É como se não houvesse covid e a conclusão lógica é que vêm pessoas de todo o Algarve para Lagoa”, argumenta. O Presidente da República tem mostrado preocupação quanto ao impacto da pandemia na região e a forma como esta tem influência na economia do país. “Tem uma particularidade diferente e brutal no Algarve, porque vivemos muito do turismo e, de facto, desde o princípio tem manifestado essa preocupação. A presença dele entre nós é também um sinal que quer dar de que o Algarve é seguro e que as pessoas podem vir”, afirma Luís Encarnação em declarações ao Lagoa Informa.
Otimismo sem entrar em euforias Durante a visita, a que se seguiu o
jantar no restaurante ‘Gaspacho & Migas', Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que fica contente pelos números positivos que Portugal tem apresentado, mas ainda recomenda cuidado. “Estes processos são complexos. Olhamos à nossa volta e vemos o agravamento da situação em muitos países da Europa e do mundo. Até diremos que Portugal está, nesta fase, um bocadinho contracorrente. Todo o otimismo deve ser muito controlado, porque não é adquirido que haja vacina tão depressa, nem que haja medicamentos para enfrentar este problema tão depressa”, justifica o chefe de Estado. Em relação a este ciclo de jantares que tem realizado com os autarcas algarvios, Marcelo Rebelo de Sousa considera que houve “uma subida rápida na ocupação hoteleira, para algures entre os 40 e 50 por cento, mas ainda é pouco comparado com o que era o panorama em anos anteriores. Os autarcas não pararam e, sobretudo os presidentes de Câmara têm apresentado o caderno reivindicativo ao governo, que não escondeu estar a acompanhar em duas frentes a situação do Algarve”, avança. O chefe de Estado refere que uma das frentes é a estrutural, com investimentos e projetos de fundo, onde o Hospital Central, a falta de água, a ferrovia e mobilidade ganham destaque. A outra frente é o turismo, que neste âmbito necessita de apoio com a criação de mecanismos que ga-
rantam o emprego no setor. “Todos temos a noção que em Portugal, como noutros países europeus, este processo do turismo é lento. Depende da evolução da pandemia, das economias, dos transportes aéreos. É uma luta que tem de ser travada. Saúdo os presidentes de Câmara do Algarve que têm dado as mãos e têm feito o impossível para vencer essa batalha”, sublinha. Fundamenta ainda que estes jantares com os autarcas e as sucessivas deslocações à região se devem a uma especial atenção que quer dar a este território. O turismo no Algarve “tem uma incidência fundamental na economia em percentagem, em emprego, em criação de riqueza, em contributo para o país, que não há noutras regiões”, conclui.
Prometido é devido O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa prometeu que retornaria a Lagoa para visitar o Centro Popular. A deslocação àquela instituição fazia parte do programa de dia 4 de agosto, mas uma reunião de trabalho em Carvoeiro, com António Costa, primeiro-ministro, atrasou o chefe de Estado mais de uma hora. Por ter faltado ao compromisso, assegurou que voltaria ao concelho. Como esta quinta-feira, dia 20 de agosto, deverá deslocar-se a Portimão para mais um jantar com os autarcas algarvios, deverá cumprir a promessa de ir ao Centro Popular hoje.
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
P6 // SOCIEDADE ANA SOFIA VARELA
BARCOS ‘CEDEM’ ESPAÇO A PESSOAS
Praia de Carvoeiro ‘cresce’ 10 metros Corredor destinado a embarcações foi reduzido para 15 metros a 13 de agosto. Capitania do Porto de Portimão tomou decisão em articulação com a Câmara Municipal de Lagoa.
// Rui Pires Santos
E
m plena pandemia da covid-19, a Praia de Carvoeiro surgiu no Verão de 2020 com um corredor à atividade de pesca – e aproveitado pelas embarcações turísticas – mais largo, com 25 metros, o que reduziu a área para os veraneantes, tornando a praia mais pequena. Esta alteração obrigou a que as pessoas estivessem no areal sem conseguir cumprir o devido distanciamento social recomendado pela Direção-Geral da Saúde. A situação foi corrigida a 13 de agosto, numa articulação entre a Capitania do Porto de Portimão e a Câmara Municipal de Lagoa, com
a área destinada aos banhistas a aumentar 10 metros, no período das 9h30 às 19h30. “O que existe em Carvoeiro é um corredor de pesca, que é aproveitado pelas embarcações marítimo-turísticas. Como a atividade de pesca na vila é muito reduzida, em conjunto com o Município de Lagoa, a Capitania do Porto de Portimão decidiu realizar uma redução da área para disponibilizar mais espaço para os banhistas”, explica ao Lagoa Informa Rodrigo Gonzalez dos Paços, capitão do Porto de Portimão. Ao longo das últimas semanas foram chegando várias queixas à capitania, bem como contactos da
Câmara Municipal e da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, que conduziram a esta decisão. “Este é um ano atípico. Inicialmente foi delineado um plano, mas a Capitania sempre o considerou dinâmico, por isso foi reajustando a várias velocidades. Mantemos um diálogo continuo com os municípios e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tanto nestas matérias como noutras, com o objetivo de perceber o ‘feedback’ dos utentes e das entidades, ajustando a gestão dos areais, prevalecendo sempre a segurança”, salienta. Tendo em vista o próximo ano, esta matéria vai ser alvo de atenção muito em breve. “Vamos estudar
O corredor de pesca foi reduzido e garante mais espaço aos banhistas com calma, depois desta época balnear, a melhor solução. Poderá haver outra a solução em que se con-
siga equilibrar o uso das praias sem prejudicar os banhistas”, esclarece Rodrigo Gonzalez dos Paços. PUB
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P8 // REPORTAGEM JOSÉ LUÍS CACHO, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINSTRAÇÃO, DIZ NÃO CONHECER CONTESTAÇÃO
Ferragudo em ‘pé de guerra’ com dragagens da APS A deposição de areias nas Praias do Molhe e Pintadinho, o alargamento do canal de navegação do Rio Arade e a intervenção na Angrinha são contestadas pela população.
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// Ana Sofia Varela
O
projeto de ‘Aprofundamento e Alargamento do Canal Navegação do Porto de Portimão’, da autoria da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) foi colocado em consulta pública em agosto e fez surgir uma onda de contestação em Ferragudo face às obras que permitirão a entrada e acostagem de navios com 334 metros de comprimento. Em causa estão, sobretudo, três questões, além das consequências de um tráfego de navios de cruzeiros mais intenso do que habitual. A primeira é a colocação de dragados nas Praias do Pintadinho e Molhe, seguindo-se a intervenção na Angrinha, a bacia de rotação dos navios em frente à vila e, por fim, a alegada inviabilização da Marina, um projeto de 2008 que ainda não avançou. A população organizou-se nas redes sociais, como o facebook, para criar o movimento ‘Defensores de Ferragudo | NÃO à destruição! SIM à preservação!’, mostrando a sua indignação. Os membros são residentes, visitantes, autarcas e ex-autarcas locais. Até já circula uma petição contra o projeto devido às consequências que julgam que poderá causar no ambiente, na qualidade da água, nos elementos de valor arqueológico e na vertente sociocultural. Até a Câmara Municipal de Lagoa, que não se junta a estes movimentos, mas apoia a população, apresentou um parecer desfavorável na consulta pública. E foi quase no fim do prazo que houve a perceção que o documento teria entrado nesta fase de discussão, havendo diversos relatos de que não houve ‘muita publicidade’ a dar conhecimento, ainda que esta seja já uma intenção antiga da APS. Contactado pelo Lagoa Informa José Luís Cacho, presidente do Conselho de Administração da APS, admite não conhecer “a contestação” e acrescenta que a entidade não irá “fazer nada
No total está prevista a retirada de quatro milhões de metros cúbicos do canal de navegação do Rio Arade do lado de Lagoa”. Ainda assim, questionado sobre as diferentes preocupações que têm vindo a ser levantadas pela autarquia e pela comunidade, o responsável assegura que tudo está acautelado no processo que entrou agora em análise pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA). Houve um total de 86 participações, um número considerável tendo em conta a média habitual de contributos nestes processos.
Marina inviabilizada Ao Lagoa Informa Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, nem vacila na hora de começar a descrever as incertezas que a autarquia tem. E foram essas dúvidas que levaram a que este órgão autárquico criasse uma Comissão de Técnicos que emitiu um parecer desfavorável. Logo à partida está a questão da Marina de Ferragudo, que apesar de nunca ter saído do papel em 12 anos, é agora um dos protagonistas principais. “A bacia de manobra [com 500 metros de diâmetro] que está colocada a montante do rio”, mesmo à entrada
do Porto de Pesca da DocaPesca, “interferirá com a área da Marina de Ferragudo. Serão retiradas areias o que condicionará um projeto que não morreu; que apenas está suspenso”, argumenta o autarca. Acrescenta ainda que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve declarou a caducidade da Declaração de Impacte Ambiental (DIA), há alguns anos, o que levou a que autarquia fizesse o mesmo. Nessa altura, o promotor, “não satisfeito com essa deliberação, intentou uma ação no Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé”, garante. Por esta razão, até haver uma transição em julgado, o projeto está suspenso. José Luís Cacho, responsável pela APS, por seu turno, diz não ter qualquer informação sobre a Marina de Ferragudo. “Não sei se caducou ou não, mas de qualquer forma, penso que está fora da nossa área de jurisdição e que pertencerá à DocaPesca. Não tenho conhecimento de qualquer conflito entre um projeto e outro”, refere. No documento, que reúne a comunicação entre a APS e diver-
sas entidades a quem foram pedidas informações, existe informação sobre a caducidade do DIA, enviada pela CCDR e um esclarecimento da autarquia lagoense sobre esta situação. Questionado pelo Lagoa Informa, Luís Encarnação garante que “há a intenção do promotor seguir com a obra” e avança que
também o investidor “contestou este estudo de impacto ambiental, porque, no fundo, um projeto para a margem direita interfere” com um Projeto de Interesse Nacional (PIN) “na margem esquerda”. Apesar do autarca considerar importante para Portimão e para a região as intenções da APS, defende que não é menos importan-
APS defende não querer criar problemas a ninguém José Luís Cacho, responsável pela APS, esclarece que a dragagem do Rio Arade é uma parte da intervenção a fazer, pois há também o melhoramento da segurança de amarração de embarcações em Portimão, empreitada que já está a decorrer. “O que falta fazer é a obra que melhora a acessibilidade marítima, para os navios poderem ter condições de manobra e de atração dentro do porto. Melhora a acessibilidade marítima e todos vão beneficiar”, acrescenta. Caso consiga avaliação positiva segue-se o lançamento da obra e será seguido o calendário anunciado, afirma. “Estes processos são longos, têm condicionamentos importantes, como a arqueologia, situação com a qual estamos a ter todos os cuidados possíveis, e nós estamos a procurar fazer uma obra que não crie problemas a ninguém. Temos interesse que este projeto corra da melhor maneira possível”, assegura o presidente do Conselho de Administração da APS ao Lagoa Informa.
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
REPORTAGEM // P9 te para Lagoa, e mais sustentável, a criação da Marina.
abandonadas que dão aquela imagem deprimente”, refere.
Intervenção na Angrinha e junto ao ISN
Dragados no Pintadinho e Molhe
Outro dos aspetos que causa dúvidas à autarquia é a obra que será feita na Angrinha e junto ao Instituto de Socorro a Náufragos (ISN). José Luís Cacho, da APS, desvaloriza a questão, argumentando que “não é uma intervenção especial”. O espaço está “degradado e o que está previsto é melhorar aquela zona, a proteção existente, respeitando a sua funcionalidade. Não vamos construir nem fazer mais nada naquele local”, assegura ao Lagoa Informa. Segundo o documento é uma obra de retenção e proteção da margem devido às dragagens que serão realizadas. Será alterado o molhe existente ao lado do ISN, mas não está prevista nenhuma relocalização do edifício. A in-
A intervenção para alargamento e aprofundamento do canal de navegação, a uma quota de menos 10 metros para criar condições de navegabilidade destas embarcações de grande dimensão e calado (até 8,33 metros), prevê a retirada de mais de quatro milhões de metros cúbicos de dragados. A população não quer que o cenário da passada década de 90 se repita e sejam colocadas areias sem qualidade nas praias do concelho. “É o dobro do volume da maior dragagem feita até hoje no Rio Arade e é dez vezes maior do que a que foi feita nos anos 90. A minha pergunta é: ‘onde é que vai ser colocada essa areia?’ Já sabemos que uma parte será para assorear as praias do Pintadinho e do Molhe. Recargas de areia são bem-
"Estes processos são longos, têm condicionamentos importantes e estamos a procurar fazer uma obra que não crie problemas a ninguém", diz APS fraestrutura (enrocado) serve para evitar que as areias se acumulem em frente ao ISN e impeçam a saída das embarcações. Esta garantia não descansa Luís Encarnação que tem “reticências” quanto ao que pode acontecer em Ferragudo. “É verdade que a Angrinha é uma praia artificial, criada com as areias de dragagens anteriores, mas hoje tem um valor natural para o concelho que não pode ser descurado. Temos um projeto que liga à requalificação da baixa de Ferragudo e à zona do Castelo”, revela o autarca. Está previsto “um arranjo paisagístico, com passagem pedonal, a retirada de todas as barracas dos pescadores
-vindas, porque as nossas praias são pequenas e muito sujeitas à dinâmica das marés”, argumenta. O problema será a qualidade das areias a usar nestes espaços. Ou seja, se são contaminadas ou limpas. Nesta questão José Luís Cacho nem prolonga a resposta, escudando-se na lei. Têm de ser areias limpas, porque “vamos cumprir a legislação”, afirma. A entidade promotora do projeto tem, segundo o documento em consulta, prevista a recarga de diversas praias em concelhos algarvios. “Prevê-se que a descarga dos materiais e também face à sua natureza (nomeadamente siltes e outros materiais sem característi-
cas para depósito em praias) seja realizada em área identificada no Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo (PSOEM), para depósito de dragados do Porto de Portimão, sendo ainda uma pequena fração de areias utilizada para recarga direta das praias do Molhe e Pintadinho (40 mil metros cúbicos), as quais se situam na área de jurisdição do Porto de Portimão e revelam na atualidade uma forte erosão, constituindo portanto uma compensação local. Face à articulação com a APA/ARH Algarve, prevê-se que as areias com condições para a alimentação de praias (1,020 milhões de metros cúbicos) possam ser lançadas em vários pontos na deriva litoral para alimentação de outras praias da região do Algarve (Praia da Luz, Alvor, Meia Praia, Salgados, Ponta da Piedade)”, lê-se no documento. Apesar destas garantias, Luís Encarnação invoca o passado para mostrar que não quer que sejam cometidos erros ou deslizes. “As gerações a seguir à minha nunca conheceram Ferragudo e o Parchal de outra forma, mas eu recordo-me. A água encostava à muralha da Igreja. Tudo isso foi alterado de forma drástica, porque as areias foram depositadas neste lado do Rio. Era temporário e o temporário tornou-se definitivo”, afirma. Mesmo a colocação em alto mar não descansa o autarca que alerta que deve ser depositada numa zona que não afete a atividade piscatória, nem a fauna ou flora. As dragagens devem ainda ter em conta o património arqueológico submerso existente e, identificado, para preservá-lo e valorizá-lo.
Uma visão de sustentabilidade O autarca lagoense não está em guerra com Portimão, nem tem “nada contra os projetos que beneficiem outros concelhos. Não podem é prejudicar, deliberadamente ou mesmo sem intenção, Lagoa”, resume. Queixa-se de a autarquia não ter sido chamada a analisar o processo ou a reunir com os respon-
Isilda Gomes respeita posição de Luís Encarnação O projeto é da APS, é implementado na margem portimonense do Rio Arade e é benéfico em termos económicos para a região, há questões que devem ser acauteladas e que foram levantadas por Luís Encarnação e pelos movimentos de cidadãos que integra munícipes de Portimão. Ao Lagoa Informa, Isilda Gomes, presidente da Câmara Municipal de Portimão, refere a importância da obra para o concelho, mas também para a região algarvia. “Acho que deve servir a região, mas servir a região é respeitar também todos os municípios. Se a obra trouxer algum constrangimento para qualquer município, naturalmente que esse constrangimento deve ser ultrapassado e tem de ser resolvido”, assume. “Respeito as posições que têm sido tomadas, sendo certo que espero que sejam encontradas as melhores soluções para os problemas levantados pelos meus colegas. O turismo de cruzeiros é importante, mas não é só essa a vertente prevista para este porto, pois está também contemplado que seja de carga e descarga, e daí a importância estratégica deste porto para o sul do país”, esclarece.
sáveis da APS para mostrar a visão que tem de sustentabilidade. “Pedir a participação seria o mínimo. É uma questão que também interfere com o nosso território e não fomos ouvidos nem achados. É inaceitável”, reclama. Enuncia um estudo que aponta para o aumento em dez vezes do número de passageiros a desembarcar e um crescimento de escalas, que agora ronda as 50, mas que podem chegar às 300. “Terá um impacto brutal no nosso território e neste nicho de turismo de qualidade que temos em Lagoa”, alerta. Vai contra a ideia de sustentabilidade que a autarquia defende. “Dizem que esses barcos de grande calado, até 334 metros de comprimento, têm um nível de poluição que corresponde a dez mil veículos. Para nós não deixa de ser preocupante, porque temos uma das pérolas da região algarvia”. Recapitulando, o documento prevê o alargamento do canal para 215 metros, face aos atuais 150 metros, com uma cota de rasto de dez metros negativos, face aos atuais oito negativos, e duas bacias de rotação, no anteporto e em frente ao Cais de Comércio e Turismo, esta última já existente. Será alargada dos atuais 355 me-
tros para os 500 metros de diâmetro. Neste documento em análise, a entidade promotora refere que os impactes negativos “são, em larga maioria, não significativos, constituindo perturbações localizadas e temporárias” provocadas pelas dragagens e proteções marginais, “bem como da afetação de áreas emersas junto à margem esquerda que serão ocupadas pelo alargamento do canal e bacia de rotação existente (parte da Angrinha e a área de margem, entre a DocaPesca e a foz da ribeira de Ferragudo), que tendo sido formada por deposição de materiais de anteriores dragagens, passará agora de novo a ser uma área imersa”, lê-se. Refere que esta zona seria afetada de qualquer forma, “caso se mantivesse válida a autorização, que, entretanto, caducou, para a construção da Marina de Ferragudo com um porto de pesca associado”. Há, aliás, referência no mesmo documento a uma série de medidas de minimização das consequências da intervenção, sobretudo a nível arqueológico, mas também de contaminações do ambiente, qualidade do ar e água. A obra tem como período temporal para a execução um ano. PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
P10 // COMUNIDADE TRABALHO INCANSÁVEL EM PROL DO BEM ESTAR ANIMAL
Carvoeiro Cat Charity mantém lema ‘ajudar gatos é a nossa paixão’ KÁTIA VIOLA
CCCA PRECISA DE BENS PARA ANIMAIS A associação apela a todos os que queiram ajudar a Carvoeiro Cat Charity para a doação de ração seca e húmida para cães e gatos e também areia para gatos. Os interessados podem obter mais informações contactando Corinna Janiec (916335350).
Corinna Janiec, presidente da Carvoeiro Cat Charity, diz que a associação está sempre a precisar de voluntários
A associação de proteção animal nasceu em 2012, cuida de 240 gatos e também de colónias. // Tatiana Pimentel
C
hegou a Portugal com “um gato”, nunca pensou “criar uma fundação” e muito menos que chegaria a um momento em que teria a seu cuidado centenas de animais. É desta forma que Corinna Janiec, presidente da Carvoeiro Cat Charity Associação
(CCCA) começa por contar a história desta entidade, sediada nesta freguesia do concelho, ao Lagoa Informa. “Cheguei em 2001 e vi muitos gatos na rua. Comecei de imediato a alimentá-los e, mais tarde, a castrá-los. Tentei dar o meu melhor sem ajudas. Em 2012, juntaram-se mais pessoas e pensámos que era melhor tornarmo-nos uma entidade oficial. Assim, começámos a obter apoios e doações que antes não recebíamos,” explica a responsável. No início, a CCCA só acolhia gatos, mas, entretanto, começaram a aparecer também cães e era impossível não tratar deles. “Sou uma amante de animais”, reforça.
“É muito difícil ficar longe dos meus animais” “A última vez que fui à Alemanha chorei ‘baba e ranho’”, por causa das saudades. Até “uma senhora me perguntou se podia ajudar. Eu respondi que ninguém podia”, conta entre risos. “Agora rio-me, mas não volto lá, porque não consigo ficar separada” dos animais, apesar de saber que “tinha pessoas ótimas a cuidar deles. “Foi a primeira vez em 10 anos que os deixei e foi complicado, são os meus bebés”, confessa enternecida.
Acumula um emprego com este trabalho a tempo inteiro. As suas manhãs são dedicadas a tratar dos animais com os voluntários da Carvoeiro Cat Charity. “É um trabalho full-time sem pagamento”, afirma. Além dos animais do abrigo também trata de 16 colónias de gatos em Lagoa e, no final do dia, volta para a associação para realizar outras tarefas necessárias, como cuidar dos gatos doentes. Estes animais, em Portugal, estarem habituados a viver em colónias nas ruas. A associação tenta não levá-los para o abrigo. “Trazemo-los quando estão doentes ou em situações de risco, mas têm sempre de ser esterilizados, vacinados e testados para despiste de doenças”, como o vírus da imunodeficiência (equivalente à SIDA felina) e a leucemia felina, descreve. “Se tiverem essas doenças não é um problema, pois temos um abrigo especial para estes gatos afetados,” assegura a responsável. No total, presta cuidados a 240 felídeos. E é por esta razão que o voluntariado é tão importante. “É um grupo perfeito, muito prestável e nunca falha. Os elementos estão organizados por dias. A maior parte é estrangeira, mas temos três portugueses. A Paula é
fabulosa e vem sempre aos fins de semana, já o Pestana está a construir abrigos para os gatos. Eles limpam o chão, as taças de água e comida, trocam tudo o que está sujo, dão mimos e atenção. São os primeiros que reparam quando há mudanças de comportamento nos gatos e avisam se algum precisa de ir ao veterinário”, conta a fundadora. Corinna Janiec admite que a CCCA precisa sempre de voluntários. “Há dias em que só tenho uma pessoa e convém ter sempre duas para dividir o trabalho”,
justifica. Conta, porém, com uma equipa que a deixa orgulhosa e a quem agradece o empenho. “Mesmo com a pandemia da covid-19, os voluntários estiveram sempre presentes. Não é algo que qualquer pessoa faria, pois é muito tempo passado no abrigo. Por exemplo, de manhã vêm entre três a quatro horas e é trabalho pesado. É ótimo poder contar com eles”, enaltece. Qualquer pessoa pode adotar um cão ou um gato, sendo o primeiro passo contactar o CCCA por telefone ou pelo facebook para marcar uma deslocação ao espaço. “O gato é que escolhe a pessoa, porque é muito importante que eles gostem dos novos donos. O passo seguinte é ir ao veterinário para colocar um ‘chip’. Assinam também um contrato de adoção que especifica que, em caso de doença, têm de nos devolver o animal caso não tenham possibilidades financeiras de o tratar. Pensamos no bem-estar do animal acima de tudo,” diz de forma assertiva. A responsável confessou que se viu obrigada a colocar uma câmara na entrada do CCCA, devido a algumas situações complicadas. Chegaram a atirar “animais, por cima do portão, para o interior do espaço. Uma vez um cão magoou a perna devido à queda e fomos encontrá-lo deitado em sofrimento. Para evitarmos este género de situações colocámos uma câmara”, recorda ainda. PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
CULTURA // P11 ‘ENTRE MÁSCARAS REINVENTADOS DIÁLOGOS’
No recinto da FATACIL
Exposição de José Narciso no Convento
Wanda Stuart hoje em Lagoa
Mostra pode ser vista até 26 de setembro. D.R.
O
artista plástico José Narciso apresenta aos lagoenses a exposição ‘Entre Máscaras Reinventados Diálogos’, que está patente na sala Manuel Gamboa do Centro Cultural Convento S. José até 26 de setembro. A pintura de José Narciso começa com a exploração da figura humana. Esta é uma oportunidade de conhecer a obra singular do artista, que caminha entre o objetivo e o abstrato, criando a sua própria realidade fantástica. As visitas podem realizar-se de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 13h00 e das 14h00 às 18h00 e aos sábados, entre as 14h00 às 18h00. O Centro Cultural Convento de S. José está aberto ao público, de acordo com
‘Anos 80 com Wanda Stuart’ é o espetáculo que hoje dia 20 de agosto, às 21h00, vai animar o recinto da FATACIL, na sequência do Festival ‘A Cultura sai à Rua’. A famosa artista promete uma noite recheada de clássicos dos anos 80 da música portuguesa e internacional que todos conhecem. Os bilhetes custam cinco euros e podem ser adquiridos em ticketline.pt. O concerto realiza-se cumprindo todas as normas de segurança e higiene, em recintos ao ar livre, de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde e planos de contingência criados para o efeito. A iniciativa integra a programação que a autarquia desenvolveu para atenuar as dificuldades dos artistas.
Eventos cancelados
Autarquia reembolsa valor de bilhetes
A mostra pode ser visitada de segunda a sábado as normas indicadas pela DGS no combate à disseminação da covid-19, cumprindo todas as di-
retrizes de segurança e distanciamento, promovendo desta forma uma visita segura à exposição.
A Câmara Municipal de Lagoa reembolsará as pessoas que já tinham adquirido as entradas para os espetáculos ‘Raminhos, o sentido da coisa…e isso!’, ‘Saídos da Casca’, ‘Festival Ventania - Orquestra Sinfonia nº 7 - Jorge Salgueiro’ e concerto promenade ‘Notas do Mundo’, com a Orquestra Clássica do Sul. Os eventos foram cancelados entre março e abril devido à pandemia da covid-19, sendo que agora será restituído o valor dos bilhetes adquiridos nas bilheteiras físicas como o Centro Cultural Convento de S. José, o Auditório Carlos do Carmo ou o Balcão Único. O pedido deve ser efetuado até final de outubro, no Centro Cultural Convento de S. José. Os interessados podem obter mais informações por telefone (282 380 434). A autarquia informa ainda que os bilhetes comprados na Ticketline, Worten ou Fnac, serão restituídos pela Ticketline, devendo para tal os compradores entrar em contacto com a entidade. PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
OPINIÃO // P13
Registo Automóvel Online
Diana Veiga Solicitadora
Quer comprar ou vender um veículo? Se a resposta é sim, então, certifique-se de que recebe/entrega o título de registo de propriedade e o livrete ou o Documento Único Automóvel (D.U.A). Deve garantir também, através do pedido de uma Certidão Permanente do Registo Automóvel dos Registos em Vigor, que não recai sobre o veículo qualquer tipo de ónus ou encargos, como, por exemplo, penhoras. Sabia que o registo de propriedade do veículo é obrigatório e deve ser realizado no prazo de 60 dias após a compra do mesmo!? É verdade, tem até 60 dias para efetuar esta mudança, por isso, se vai adquirir um veículo novo ou usado, saiba como proceder a esta alteração. A forma mais célere de alterar o registo de propriedade automóvel é através do chamado Automóvel Online, que é um projeto que pretende simplificar a burocracia associada à compra e ven-
da de um automóvel, novo ou usado. O serviço Automóvel Online evita a deslocação de ambos os intervenientes a uma Conservatória, bem como a perda de tempo em filas de espera, sendo possível a sua realização num escritório do/a Solicitador/a. Para tal, são necessários os seguintes documentos para se poder realizar a alteração pretendida: Documentos de identificação (vendedor/comprador /locatário/usufrutuário), Título de Registo de Propriedade, Livrete ou Documento Único Automóvel (DUA) e ainda uma Declaração para Registo de Propriedade. Todos os interessados são avisados quando o registo online é realizado e concluído e, após esta etapa, o Documento Único Automóvel/Certificado de Matrícula segue, por correio, para a residência ou sede do titular. Além da alteração de titularidade do proprietário, o serviço Automóvel
A forma mais célere de alterar o registo de propriedade automóvel é através do chamado Automóvel Online, que é um projeto que pretende simplificar a burocracia associada à compra e venda de um automóvel, novo ou usado. Online engloba uma variedade de atos de registo tais como o registo inicial de propriedade, penhoras, alteração de contratos, bem como diversos atos relacionados com compra e venda e locação financeira. Para além destes, inclui ainda registo com reserva de propriedade, cancelamento de registo, alterações de informação, hipotecas, registo de ação, registo de decisão judicial e todos os registos relacionados com transmissão de propriedade. Tudo isto efetuado completamente online!!
Para auxiliá-lo em todo este processo já sabe que pode sempre contar com o seu/sua Solicitador/a! *Artigo publicado ao abrigo da parceria entre o Lagoa Informa e a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução
CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO Delegação Regional do Algarve
Qual foi a razão que levou à retirada do mercado da máscara Mei Shu KN 95? A DECO INFORMA… A máscara Mei Shu Hu KN 95, rotulada como pertencendo à categoria FFP2, deveria filtrar, pelo menos, 94% das partículas de pequena dimensão, segundo a norma que regula estes equipamentos (EN 149:2001+A1:2009), mas retém menos (no máximo, 93%), revela o site do Sistema de Alerta Rápido para Produtos não Alimentares (Rapex). Além disso, não se adapta bem à cara.
culas ou microrganismos pode passar pela máscara, aumentando o risco de infeção”, avisa o Rapex. O alerta sobre a disponibilidade do produto em Portugal chegou-nos de um leitor, via Twitter, que o encontrou à venda no Continente – no entanto, havia a possibilidade de estar disponível noutros estabelecimentos. Alertámos a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que já tinha proibido a sua venda em Portugal, e contactámos a cadeia de hipermercados.
“Uma quantidade excessiva de partí-
O Continente reagiu ao nosso conPUB
Tel: 282 423 377 | Tlm: 963704897 Porto de Pesca, Docapesca Parchal - Lagoa
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tacto, indicando: “Assim que alertada pela autoridade económica para este facto, o produto foi retirado de comercialização e a Modelo Continente irá ressarcir os clientes que o pretendam devolver”. Entretanto, a ASAE revogou a decisão, sendo permitida a venda da máscara, em Portugal, desde 23 de julho. No site do Rapex, mantém-se o alerta para a falta de segurança, criado pela autoridade belga.
sobre a presença no mercado europeu de máscaras de filtragem não conformes com os regulamentos. A maioria são do tipo FFP2 ou equivalente e foram encontradas em diferentes países. Identificado o problema e ordenada a retirada do produto do mercado num Estado-membro, os restantes devem seguir o exemplo. Permaneceremos atentos a esta questão.
Nas últimas semanas, têm surgido, no Sistema de Alerta Rápido da União Europeia, várias notificações PUB
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
P14 // OPINIÃO
Ao sul … “Ambições” e projetos pessoais
Carlos Gordinho Professor
O tema da corrida de hoje levou-nos à tertúlia de 15 km, sobre o tema da ambição e projetos pessoais dos treinadores, treinadores jovens, dirigentes e até mesmo alguns pais, com o intuito de valorização dos seus. É um fenómeno maior no universo do futebol, mas não está fora de outras modalidades, embora em dimensões e mediatismos menores. É hoje muito comum assistirmos a treinadores utilizarem as redes sociais digitais para a sua auto promoção, tomando em algumas situações, proporções tóxicas. Utilizam de forma desonesta todos os meios que os rodeiam, roçam a falta de respeito por quem está ao seu lado e que os suportam e os ajudam a estarem presentes, mas, nem assim, conseguem sair da sua própria cápsula e perceber que sozinhos não rumam a lugar algum. Aceitamos a legitimidade das ambições, as boas ambições de cada um, desde que respeitando quem os rodeia e quem lhes dá a oportunidade de estar presentes e ativos. Criar projetos pessoais, fazendo a subjugação de outros em prol dos meus princí-
pios e ambições, confesso que é algo que me deixa pensativo, ainda mais quando levadas a cabo por agentes responsáveis pela transmissão de valores e desenvolvimento de jovens. Isto deteto há vários anos no nosso concelho e no nosso tecido associativo.
um negócio pessoal ou estruturo algo onde possa fomentar um produto.
Projetos pessoais que utilizam agentes públicos para alimentar egos, projetos pessoais que brotam por naturezas diferentes, desde questões financeiras; questões de integração, aceitação e reconhecimento social; questões de divergências pessoais e como é óbvio por questões de ambição pessoal.
É muito comum assistirmos a treinadores utilizarem as redes sociais digitais para a sua auto promoção, tomando em algumas situações, proporções tóxicas. Utilizam de forma desonesta todos os meios que os rodeiam...
Fazer depender de uma pessoa o desenvolvimento e produção de projetos desportivos, formação de grupos e núcleos de atletas, oriundos de divergências com outras estruturas e levar à criação de núcleos por orgulho pessoal, são alguns dos motivos e estratégias utilizados por quem promove este fenómeno. Por norma, se pretendo um projeto pessoal, associado aos valores anteriormente apresentados, promovo
Utilizar a dinâmica pública, sobrecarregar o sistema político, saturar a gestão logístico financeira, dividir e fragmentar a coesão coletiva e associativa, em prol de um sentido de
pertença, é algo sobre o qual devíamos fazer uma reflexão e evitar que futuramente este fenómeno não continue a ganhar dimensão e expressão. Este fenómeno fez criar no nosso concelho núcleos, novos clubes e coletividades. Hoje algumas estão moribundas, criaram-se estruturas dependentes de individualidades téc-
nicas ou dirigentes, que moribundas ficaram, aquando o não concretizar dos objetivos pessoais de quem os criou. Investem enquanto seu nutrir, exigem enquanto reis, manipulam as peças no tabuleiro a seu belo prazer, até à hora do momento final da etapa, deixando depois heranças e cons-
trangimentos para outros. No fim, não correu melhor porque nunca tiveram o apoio pretendido e de direito e sempre que algo não funcionou, a culpa foi sempre dos outros. Há quem lhes chame projetos,…, importa questionarmo-nos é se os alicerces são fiáveis e sustentáveis.
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 20.08.2020 // Nº 134
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EDITAL N.º 57 /2020 A VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA (ALGARVE), ANABELA SIMÃO CORREIA ROCHA Faz público que, de acordo com a deliberação da Câmara Municipal de 27 de julho do corrente ano e em cumprimento do artigo 101.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto –Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro, submete -se a consulta pública, pelo prazo de 30 dias, a contar da data da publicação do presente Edital na 2.ª série do Diário da República, o Projeto de Regulamento Municipal de Trânsito, Circulação e Estacionamento de Lagoa. Mais torna público, que a Proposta supracitada encontra-se disponível, para consulta pública, no Balcão Único da Câmara Municipal, sito na Rua Dr. Ernesto Cabrita, em Lagoa, durante o horário de atendimento, das 09h00 às 16h30, bem como nas sedes das freguesias do concelho e na página oficial deste Município em www.cm-lagoa.pt Os interessados podem apresentar os seus contributos no referido prazo, a contar da data do presente edital, mediante comunicação escrita que contenha o nome completo, morada ou sede, profissão, número de identificação fiscal e o respetivo endereço de correio eletrónico e dando consentimento para que este seja utilizado para os fins previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 112.º do CPA. No âmbito da consulta pública serão consideradas e apreciadas todas as sugestões que forem apresentadas, por escrito, dentro do prazo, dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, endereçadas ou entregues no Balcão Único do Município de Lagoa, ou enviados através do endereço eletrónico geral@cm-lagoa.pt e se relacionem especificamente com a proposta de alteração ao regulamento em causa. E, para constar e produzir os devidos efeitos, se publica este EDITAL e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de estilo e no SITE desta Câmara Municipal, no sítio www.cm-lagoa.pt. Lagoa, 29 de julho de 2020 A Vice- Presidente da Câmara (Anabela Simão Correia Rocha)
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Lagoa Informa | Edição Nº 134 - 20.08.2020
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A fechar... Ferragudo comemora 500 anos 20 de agosto 2020 • Quinta-feira
SESSÃO AO AR LIVRE PROMETE MUITAS GARGALHADAS
Espetáculo ‘Marafada Quarentena’ em Lagoa Peça sobe a diferentes palcos do concelho integrada no programa da autarquia 'A Cultura sai à Rua'. D.R.
// Ana Sofia Varela
Rocha cai na cabeça de homem na praia da Marinha
A
comédia ‘Marafada Quarentena’, com o selo de qualidade do Boa Esperança, atravessa o rio para provocar gargalhadas em Lagoa. Após a estreia em Portimão, o elenco liderado por Carlos Pacheco, já atuou a 18 de agosto, em Porches, estando agendadas mais duas sessões, uma para dia 25, no recinto das tasquinhas, em Estômbar, e outra para 1 de setembro, no recinto da FATACIL, ambas às 21h00. Ao Lagoa Informa Carlos Pacheco, presidente da coletividade, ator e encenador, conta que a comédia que escreveu retrata uma família portuguesa que viveu a quarentena imposta pelo governo num apartamento. A recetividade do público em Portimão tem sido muito boa, como avançou o ator, sendo de esperar que em Lagoa seja também um sucesso. “Fizeram a proposta para que apresentássemos o espetáculo na ‘Cultura sai à Rua’, às terças-feiras, para não colidir com as sessões em Portimão. Não podemos apresentar a peça nos mesmos moldes, pois o cenário é diferente e não foi possível trazer os materiais, por uma questão logística”, explica. O que não significa que este perca
A freguesia de Ferragudo assinala esta sexta-feira, 21 de agosto, os 500 anos da sua fundação com um conjunto de iniciativas a decorrer no exterior do edifício do Instituto de Socorro a Náufragos. Logo pela manhã, às 9h00, terá lugar uma encenação e declamação da carta que criou o lugar de Ferragudo, protagonizada pela companhia Te.trito. Às 19h15 há um curto apontamento musical com Helena Madeira e a sua harpa, antes do início da apresentação pública do livro, 'Barlavento: Histórias do Algarve' de Luís António dos Santos, agendada para as 19h30. Seguem-se as intervenções do presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Luís Encarnação, do presidente da Junta de Ferragudo, Luís Veríssimo, e também de David Roque, autor da revisão do texto e do estudo interpretativo, e de Tomás Santos (testemunho sobre o Dr. Luís António dos Santos). O dia ficará também marcado pela contestação contra a construção do novo Porto de Cruzeiros de Portimão, que se realizará às 18h00, no Largo Rainha D. Leonor.
O piquete da Polícia Marítima de Portimão recebeu um alerta, na tarde de dia 9 de agosto, através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa), de que um homem de nacionalidade espanhola, estava a 20 metros da falésia na praia da Marinha, em Lagoa, e teria caído um pedaço de rocha na sua cabeça. O homem foi retirado do local pelo nadador-salvador, com recurso a uma mota de água de salvamento, que o transportou para a praia de Benagil, onde aguardava uma ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com dois elementos dos Bombeiros Voluntários de Lagoa, para transportarem a vítima para o hospital de Portimão. Este acidente leva a que Autoridade Marítima Nacional reforce o alerta para que as pessoas se mantenham em segurança, respeitando a sinalização nas praias e não se aproximando de arribas instáveis. D.R.
Carlos Pacheco destaca carinho com que é recebido no concelho qualidade, até porque é realizado ao ar livre e “as noites têm estado magníficas”, diz. Carlos Pacheco está expectante com a recetividade dos lagoenses, mas esta não é a primeira vez que o elenco sobe aos palcos no concelho. Aliás, é já uma tradição que a revista que coloca em cena no Boa Esperança todos os anos passe por Lagoa. “Um dos locais onde mais gosto de atuar, quando saímos de Portimão, e onde sou muito bem recebido é em Lagoa. É uma cidade da cultura, que dedica uma especial atenção a este setor e vemos também que os la-
goenses a acarinham.”, confessa o ator, que reside no concelho há muitos anos. Com esta comédia, o elenco quer criar “índices de segurança, para que as pessoas voltem a ter confiança, que se sintam bem a assistir a uma peça de teatro”, conclui. Muito mudou na forma de estar dos atores, sobretudo de Carlos Pacheco, habituado à grande interação e contacto com o público, agora limitada devido à pandemia. As entradas custam cinco euros e podem ser adquiridas no ticketline ou no local dos eventos até às 20h00.
Formação online sobre morcegos No âmbito da noite internacional dos morcegos ‘International Bat Night’, o Município de Lagoa vai promover, a 29 de agosto, a formação online de Iniciação à observação de morcegos, que terá lugar em plataforma Zoom. A formação será dinamizada pelos especialistas Francisco Amorim e Virgínia Duro, tendo a duração de quatro horas. Inscrições e informações através dos seguintes contactos: 282 380 456 ou sitio.fontes@cm-lagoa.pt.
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