Lagoa Informa nº136 - 17.09.2020

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Quinta-feira, 17.09.2020 | € 1,00

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Associação Ideias do Levante comemora 25 anos P10-11 Quinzenário | Ano VI | Nº 136 | Diretor: Rui Pires Santos

Desporto arranca no concelho

País entra em Estado de Contingência Regras estão em vigor desde 15 de setembro e visam controlar aumento de casos da covid-19. P3

Beleza lagoense em alta no Miss Teen Algarve Lara Vicente e Marta Cabrita são duas das participantes do concelho no concurso. P6

EDUCAÇÃO Crianças vivem experiências únicas com Projeto 20 P3

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CONCURSO Os treinos já começaram nos diferentes clubes e modalidades, acompanhando o início do ano escolar. Muitas regras são a nova realidade e a incerteza paira ainda no ar. P8-9 PUB

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

P2 // PÁGINA DOIS EDITORIAL

APS E AUTARCAS LOCAIS

Estado de Contingência DIRETOR: Rui Pires Santos REDAÇÃO: Ana Sofia Varela COLABORADORES: Jorge Eusébio, Mónica Pontes PAGINAÇÃO: Vanessa Correia FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351 PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos NIF: 508 134 595 Nº REGISTO ERC: 126668 DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa EMAIL: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa TIRAGEM: 3.000 exemplares PERIODICIDADE: Quinzenal ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/

DISCUTEM DRAGAGENS DO RIO

Desde a passada terça-feira que voltamos a contar com um conjunto de regras para fazer face ao sucessivo aumento de novos casos de covid-19 no país. O Estado de Contingência foi anunciado pelo governo e permite a tomada e a imposição de certas medidas de contenção que em situação normal não seriam possíveis. Este mês de setembro – e também parte de outubro – será um período importante para controlar a propagação do vírus, antes da chegada do Inverno, das constipações e das gripes. Sem que tenhamos de abdicar de viver as nossas vidas, devemos voltar a ter cuidados redobrados que, por vezes, já esquecemos.

Os presidentes da Assembleia Municipal de Lagoa, da Câmara e da Junta de Freguesia de Ferragudo reuniram-se com o responsável da Administração dos Portos de Sines e do Algarve para tentar clarificar algumas questões acerca do projeto de Aprofundamento e Alargamento do Canal de Navegação do Rio Arade. No final da sessão, que decorreu no dia 11 de setembro, a APS comprometeu-se a enviar os elementos que foram solicitados pelas entidades locais. É de valorizar o facto do encontro se ter realizado, ainda que após a consulta pública, e que aquela entidade gestora do Porto Comercial de Portimão tenha mostrado abertura para informar, com mais exatidão, as autarquias e a população local.

Hoje já compreendemos que a doença não vai desaparecer tão cedo e que vai continuar entre nós. A muitos nada ou pouco afetará, mas para os mais frágeis como os idosos, poderá ser dolorosa e até fatal. São estes, os mais vulneráveis, que devem ser protegidos, não só com as regras ditadas pela Direção-Geral da Saúde, mas também com o comportamento individual – e responsável – de todos. Aliás, na Suécia, país que optou pela imunidade de grupo no combate à doença, com resultados nefastos numa primeira fase, mas que agora apresenta melhores números, a ‘responsabilidade individual e social’ é uma das principais ‘medidas’ adotadas. Porque a sociedade e a cultura daquele país assim o permitem.

AUMENTO GENERALIZADO DE CASOS ATIVOS PREOCUPA Apesar do concelho de Lagoa ainda continuar um pouco aquém de números alarmantes, como os que se verificam nalguns concelhos mais próximos, são agora 18 os casos ativos. Na região algarvia, no início da semana eram 284 casos. Os dados relacionados com Lagoa não representam um ‘perigo’ alto, mas o regresso às aulas e o maior movimento entre concelhos aumenta a probabilidade do risco de contágio. Para já, o governo criou novas medidas, em vigor desde dia 15 de setembro, que espera que sejam suficientes para controlar a pandemia e evitar a sobrecarga dos serviços de saúde.

Por cá, é importante que tomemos consciência de que esta é uma fase importante para que não voltemos a um período de confinamento que ninguém deseja. Por isso, é preciso maior rigor e empenho para que possamos ser um exemplo no combate ao novo coronavírus, como nos chegaram a distinguir em maio. Aqui ao lado, Espanha está com cerca de 10 mil casos diários. A situação parece fora de controlo e cabe-nos a nós impedir que o mesmo aconteça deste lado da fronteira, sob pena de sofrermos ainda mais na saúde e na economia.

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

ABERTURA // P3 OPINIÃO

MEDIDAS ESTÃO EM VIGOR DESDE 15 DE SETEMBRO

Regras mais apertadas para controlar pandemia O governo lançou um conjunto de novas limitações que têm como objetivo a prevenção de surtos de covid-19. // Ana Sofia Varela

O

Conselho de Ministros aprovou novas regras, que entraram em vigor em todo o país na passada terça-feira, 15 de setembro, numa ação que pretende evitar a perda de controlo da evolução da pandemia da covid-19. Na explicação de António Costa, primeiro-ministro, na semana passada, foi destacada a ideia de que os cidadãos têm de ter a consciência de que o con-

trolo da propagação depende do comportamento individual. "Temos um Serviço Nacional de Saúde robusto e fortalecido, com excelentes profissionais, mas a melhor forma de os ajudarmos é evitarmos a propagação. E o melhor é adotarmos todas as medidas preventivas que dependem exclusivamente de nós, como a utilização da máscara, a lavagem frequente das mãos ou a utilização da aplicação Stayaway Covid", disse. António Costa acrescentou

que se o conjunto destas regras for cumprido, a pandemia não vai desaparecer e até poderá ter um aumento, mas "será um crescimento sob controlo, e isso será decisivo". A data escolhida para esta nova fase está ligada ao final do período de férias dos portugueses e ao regresso às escolas, que vão provocar um acréscimo de movimento nos concelhos e, por sua vez, vão aumentar a probabilidade de contágio.

AS MEDIDAS Máximo de dez pessoas As concentrações de grupos superiores a dez pessoas, excepto se pertencerem ao mesmo agregado familiar, ficam proibidas. Esta medida aplica-se à via pública e ao interior de estabelecimentos. Estabelecimentos abrem às 10 horas Os espaços comerciais só podem abrir às 10 horas, com exceção de cafés, ginásios, cabeleireiros e pastelarias, que podem abrir portas mais cedo. Horários são decisão da Câmara Municipal O presidente da Câmara Municipal de Lagoa passa a ter a autoridade de decidir, com base em pareceres solicitados às autoridades de saúde e forças de se-

gurança, a que horas encerram os estabelecimentos comerciais e supermercados no concelho, sendo que o fecho não pode acontecer após as 23 horas. Restaurantes mantêm horário de funcionamento Apesar do alargamento das medidas a todo o país, o horário de funcionamento dos restaurantes mantém-se inalterado. Só podem admitir novos clientes até à meia-noite e podem estar abertos até mais 60 minutos no máximo. Ainda assim, não podem existir grupos com mais de dez pessoas. Quatro pessoas por mesa em centros comerciais Uma das novidades deste plano de contingência é a limitação, nas zonas de restauração de

centros comerciais, de quatro clientes por mesa. A mesma regra aplica-se a cafés, pastelarias e restaurantes que fiquem a uma distância de até 300 metros de escolas. Só haverá exceção no caso de as pessoas no grupo pertencerem ao mesmo agregado familiar. Consumo de álcool somente até às 20 horas As áreas de serviço e postos de abastecimento de combustíveis estão proibidas de vender álcool. Os estabelecimentos de comércio a retalho, supermercados e hipermercados, só podem vendê-lo até às 20 horas. É proibido o consumo de álcool nos espaços exteriores dos estabelecimentos de restauração e bebidas após as 20h00, salvo no âmbito do serviço de refeições.

Não basta dizer Não Não basta dizer Não ao que está programado para o rio. Há que criar uma alternativa ecologicamente melhor e que sirva também o concelho de Lagoa, fazendo com que este não sirva apenas para caixote de lixo. É, sempre foi, uma aberração querer navios de 300 metros no atual cais de Portimão e consAgostinho Custódio truir uma marina na foz do rio para barcos de 20 ou 30 metros. Porque não ao contrário, se até daria para dois grandes barcos ao mesmo tempo e com a vantagem de ter espaço para estacionar pelo menos 80 autocarros de apoio? A Marina de Ferragudo é polémica sobretudo pelo volume de betão previsto. Quanto a mim, deveria também ser mais amiga do ambiente na utilização de materiais e no volume de construção de habitações. No entanto, a construção da mesma implicaria um insignificante volume de dragagens no leito do rio e qualificaria qualitativamente toda e respetiva área. Basta de transformar o rio apenas com o objetivo do lucro imediato, sem preocupações com as consequências a médio e a longo prazo. A atual Marina da Rocha, seguramente, será destruída em meia dúzia de anos se as dragagens previstas avançarem, já que está assente apenas nas areias existentes. Mais, parece que foi construída para durar e ser paga em apenas 12 ou 15 anos. Tudo isto faz-me lembrar a história da galinha e dos ovos de ouro. A nossa vontade de enriquecer, no imediato, é tão grande que a pressão sobre a galinha é cada vez maior. Esta, cada vez mais, ficará enfraquecida e no limite morrerá. Só aí nos daremos conta da nossa tragédia. O Rio Arade é a nossa Galinha dos Ovos de Ouro. Quanto melhor for tratado, mais valiosos e abundantes serão os seus ovos.

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40 crianças viveram experiências únicas com Projeto 20 Passear no mar ao lado de golfinhos, descer em slide do cimo das árvores e conhecer animais exóticos foram apenas algumas das atividades inclusivas que mais de 40 crianças e jovens do concelho de Lagoa tiveram oportunidade de realizar através da ação ‘MoviVINTa-te!’, dinamizada pelo Projeto 20 – CLDS 4G Lagoa. Este programa está a promover também atividades de valorização profissional com pessoas em situação de desemprego, de apoio à integração profissional e de intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil. Este projeto está integrado nos Contratos Locais de Desenvolvimento Social 4G, da responsabilidade do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, cuja entidade coordenadora, em Lagoa, é a ADR-CCS da Quinta de São Pedro. PUB

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

P4 // SOCIEDADE SETEMBRO É O MÊS DA ALFABETIZAÇÃO E DAS LITERACIAS

Lagoa move-se contra baixa literacia e analfabetismo Município participa com um programa diversificado de atividades.

A

Biblioteca Municipal, a Escola de Artes Mestre Fernando Rodrigues e vários palcos do concelho, além dos meios online da Câmara de Lagoa, vão apresentar diferentes propostas que têm como pano de fundo o combate ao analfabetismo e às baixas literacias que ainda existem no país e no Algarve. O desafio foi lançado a nível nacional às instituições e agentes locais e o Município de Lagoa associou-se à iniciativa. Assim, na Biblioteca Municipal de Lagoa terá lugar o ‘Clube de escrita criativa’, animado por

D.R.

David Roque, às 18h30 de cada segunda-feira (7, 14, 21 e 28 de setembro). ‘A Música’ é outra das atividades promovidas no mesmo espaço, com o músico e professor João Miguel Cunha, às 18h00 de cada quarta-feira (9, 16, 23 e 30 de setembro). ‘Semear histórias’ é uma proposta para os dias 22, 25 e 29 de setembro, sempre às 10h00. Ainda na biblioteca, decorre ‘Comunidade de leitores’, dinamizada por Cristina Calvino, pelas 18h30, a 24 de setembro. No dia seguinte, à mesma hora, regressam as tertúlias apresentadas por Maria Luísa Francisco. Na Escola de Artes Mestre Fernando Rodrigues vai comemorar-se o Dia Internacional da Paz a 21 de setembro, a partir das 10h00 com a atividade ‘Artes plásticas pela Paz’.

Diversas iniciativas assinalam Dia Internacional da Alfabetização Na página de facebook do Município evocam-se as ‘Jornadas Europeias do Património 2020’, a decorrer nos dias 25, 26 e 27 de setembro, com um jogo

(quizz) sobre história local. Estas iniciativas pretendem assinalar o Dia Internacional da Alfabetização, que, em Lagoa, coincidiu com o feriado munici-

pal, celebrado a 8 de setembro, num apelo à responsabilidade social individual e coletiva no combate ao analfabetismo e às baixas literacias. PUB

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

P6 // SOCIEDADE CONCURSO MISS TEEN ALGARVE ELEGERÁ REPRESENTANTE DA REGIÃO FOTOS: ANA SOFIA VARELA

“Pensei que não seria aceite”

“Não me via a participar no concurso”

Lara Vicente tem 16 anos, é de Estômbar e no futuro tem ambições de seguir política ou advocacia.

Marta Cabrita tem 17 anos, é de Lagoa e gostaria de seguir moda ou advocacia.

A

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jovem estudante Lara Vicente, que completa 17 anos no final de 2020, desejava inscrever-se num concurso relacionado com o mundo da moda, mas a sua altura levou-a sempre a não tentar a sua sorte. “Sempre pensei que não seria aceite num concurso de beleza porque era muito pequena”, confidencia. Durante o confinamento devido à covid-19, recebeu uma mensagem da organização do Concurso Nacional de Beleza a incentivá-la, o que veio a fazer mais tarde. Um mês depois recebeu a notícia que tinha passado à fase de pré-seleção, que teria oportunidade de realizar um curso e de participar na categoria de Miss Teen Algarve. Será avaliada pela postura, pela personalidade e pela interação com outras pessoas. Lara Vicente é uma das representantes do concelho de Lagoa, estando a concorrer nas categorias de Miss Teen, com avaliação pelo júri, Miss Popular, votação por telefo-

ne, e Miss Fotogenia, votação online. “Moro em Estômbar e nem faria sentido não representar este município. Sinto-me muito orgulhosa e tenho tido muito apoio da minha família, namorado e amigas”, conta ao Lagoa Informa. Apesar de ter entrado nesta aventura, tem os seus objetivos bem delineados. “Por agora é isto que quero fazer, mas não é algo que eu quisesse para o meu futuro, porque tenho outros planos. Quero ir para a Faculdade de Direito, em Lisboa, para frequentar advocacia e exercer a profissão de advogada ou ir para a política, porque são duas coisas que gosto muito”, revela, reforçando que desde o sexto ano que tem este objetivo. Aliás, já milita na Juventude Social Democrata em Lagoa. Quanto ao concurso, defende que “a Miss é mais do que um simples concurso de beleza, porque há a oportunidade de conhecer outras pessoas, outras culturas numa experiência diferente”, analisa.

ma foto de Marta Cabrita, a jovem de 17 anos, foi comentada no ‘instagram’ e, num instante recebeu uma mensagem privada da organização do Concurso Nacional de Beleza, com a sugestão de participação. Ainda ponderou se devia aceitar. “Tive de pensar um bocadinho. Em primeiro por causa da escola, porque podia interferir com os estudos e, em segundo, porque não me conseguia ver a participar num concurso destes e, muito menos, que me elegessem para isso”, admite Marta Cabrita. Este sempre foi um mundo que a fascinou e era algo a que queria estar ligada. “Acho muito bonito a moda, a fotografia, os desfiles, mas se não conseguir chegar a esse patamar, queria ser advogada”, explica. Acredita que o concurso poderá ter uma grande importância, não só a nível da beleza e de eleger uma representante portuguesa, mas também pelas mensagens que estão associadas ao concurso. “Nós não es-

tamos somente a falar de beleza, mas também de causas ambientais e naturais”, refere. Todas as concorrentes têm três desafios a cumprir para transmitir mensagens que possam tornar o mundo melhor. Têm de plantar uma árvore, criar e divulgar uma mensagem sobre a covid-19 e mostrar o que consideram ser o empoderamento feminino. Acerca deste último assunto, “estou a pensar dizer que nós mulheres, com ou sem maquilhagem, somos lindas de qualquer forma, de qualquer maneira, tendo ou não tendo roupa cara. Quero mostrar que mulheres são lindas tanto ao natural como pintadas”, destaca. A jovem de Lagoa concorre em três categorias, que estão abertas a votação. A Miss Teen é eleita pelo júri do concurso, e o público vota para as categorias de Miss Fotogenia e Miss Popular. Considera ser uma grande honra representar o concelho de Lagoa, onde nasceu, estuda e vive.

Há oito concorrentes de Lagoa Além de Marta Cabrita e Lara Vicente, a concorrer na categoria Teen, que contactaram o Lagoa Informa, há mais participantes a representar o concelho de Lagoa neste concurso. Podem ser escolhidas, como Miss Queen, Iara Albuquerque,

Madelon Geerlings e Daniela Santos, enquanto à Miss Teen concorrem Luna Cândido, Mara Reis e Paula Jucan. As votações das representantes algarvias podem ser feitas online (https://missqueenportugal.com/algarve/).

O Concurso de Beleza Nacional ‘Miss Queen Portugal’ decorre em três categorias: Teen, jovens solteiras dos 13 aos 18 anos, Queen, mulheres solteiras, sem filhos dos 17 aos 29 anos, e Mrs, mulheres casadas ou divorciadas dos 18 aos 35 anos

ou solteiras acima dos 29 anos. Devido à covid-19 ainda não há datas fixadas para a seleção regional no Algarve, estando a decorrer a votação para a Miss Popular e Miss Fotogenia. Após esta fase será escolhida a representante nacional.


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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

P8 // REPORTAGEM CLUBES DO CONCELHO ENFRENTAM UMA REALIDADE DIFERENTE

Adaptação marca o regresso aos pavilhões Lagoa Académico Clube, ACD Ferragudo e Che Lagoense já têm equipas e atletas em ação, muito embora os quadros competitivos não estejam totalmente definidos ou mesmo programados. FOTOS: KÁTIA VIOLA

lado, todos querem recomeçar as atividades, mas, por outro, há um elevado número de dúvidas e até alguma apreensão, que nós procuramos sempre esclarecer”. As equipas do clube de Ferragudo estão a treinar na Nave Desportiva, numa altura em que os pavilhões de Estômbar e Parchal, igualmente utilizados pelo basquetebol, ainda não abriram portas. “Preferimos concentrar toda a nossa atividade na Nave. É mais fácil quanto à logística, porque, embora tenhamos alguma autonomia sobre o espaço, são instalações que pertencem à Câmara e cujos funcionários estão afetos a esta entidade”. Brevemente, serão abertos outros espaços desportivos, procurando ainda o clube definir, desde logo, os horários de utilização para toda a época.

Instalações próprias facilitam muito

No Lagoa Académico Clube, os escalões mais jovens de andebol iniciaram recentemente os treinos // Hélio Nascimento

O

s dias que correm não estão nada fáceis para os clubes que têm modalidades de pavilhão e cujos atletas estão a voltar, gradualmente, à atividade. O Lagoa Informa fez um périplo por alguns dos principais emblemas do concelho e ficou a saber, por exemplo, que o Lagoa Académico Clube (LAC) recebeu na semana passada uma diretriz da Federação de Andebol, aconselhando à suspensão dos jogos dos escalões de formação. Ou seja, os treinos continuam, mas o quadro competitivo ainda se mantém em ‘banho maria’. O LAC reiniciou os treinos de andebol primeiro com os seniores, juniores e juvenis, e só depois com os escalões mais jovens. “Todos os dias temos novidades, mesmo em relação aos quadros competitivos, como ainda agora sucedeu, em que os jogos da formação foram suspensos, até aos escalões de juniores, tanto em

masculinos como em femininos. Com os seniores já é diferente, e, se não houver alterações, os campeonatos arrancam em outubro. Mas paira a incerteza em termos de futuro próximo”, analisa Nuno Russo, em nome da Comissão Administrativa que gere o clube. O LAC está preparado para todos os cenários, nomeadamente o da reativação em todos os escalões, mas é preciso “uma enorme capacidade de adaptação” para fazer face à imprevisibilidade do momento. Atento às diretrizes emanadas pela entidade federativa, bem como aos planos da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do próprio Município de Lagoa, o clube reconhece que se trata de um “processo complicado para os jovens”, que gostam de jogar andebol e viram interrompida, precocemente, a última temporada. “A expetativa é muita e é sempre difícil gerir este tipo de frustração”, vinca Nuno Russo. “Os pais têm reagido bem e reconhecem que é algo que ultrapassa o clube. Nós, para além do

cumprimento dos planos das entidades responsáveis, temos ainda de reduzir todos os riscos”, sustenta o membro da Comissão Administrativa. Acrescente-se que o LAC também tem natação e polo aquático, modalidades que aguardam pela disponibilidade das piscinas e respetivas diretrizes.

Reuniões preparatórias com atletas e pais Em Ferragudo, também já se joga. O basquetebol regressou na semana passada, em todos os escalões, menos no mini-basket. Primeiro foram os seniores, depois as outras equipas, a partir do momento em que a Câmara Municipal de Lagoa deu autorização, cumprindo, naturalmente, as normas da DGS. “Agora, é tudo mais volátil, inclusive em termos do número de atletas. Alguns ainda estão de férias, mas a tendência é para aumentar”, opina o professor Manuel Noites, vice-presidente da ACD Ferragudo e diretor da modalidade. “Temos efetuado várias reu-

niões preparatórias, com os atletas, pais e encarregados de educação, sempre antes das equipas voltarem aos treinos. Reunimo-nos numa noite e no dia seguinte estamos no pavilhão, numa espécie de apresentação semanal daquilo que vamos fazer”, explica

O Che Lagoense é outro dos emblemas do concelho que enfrenta as limitações inerentes à retoma da prática desportiva, muito embora o facto de dispor de instalações próprias facilite muito os treinos, como atesta o presidente José Armando. “Dentro da normalidade, respeitando todos os planos de contingência, a prática do badminton está a correr bem. Ou melhor, corre satisfatoriamente, atendendo ao que agora é normal”. O badminton

“É um misto de sensações. Por um lado, todos querem recomeçar as atividades, mas, por outro, há um elevado número de dúvidas e até alguma apreensão, que nós procuramos sempre esclarecer” Manuel Noites (ACD Ferragudo) Manuel Noites. A ansiedade dos miúdos faz-se sentir e os progenitores não lhes ficam atrás. “É um misto de sensações. Por um

arrancou na mesma altura em que foi dada 'luz verde' às disciplinas individuais, após a visita de uma delegação da entidade de saúde al-


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REPORTAGEM // P9 D.R.

garvia. “Todas as nossas valências foram devidamente fiscalizadas e, repito, o facto de se tratar de uma modalidade individual e de dispormos de pavilhão próprio contribuiu para este salutar recomeço”, salienta o líder da coletividade do Parchal. A ginástica ainda não reatou os trabalhos, algo que, segundo José Armando, deve estar por dias, certamente durante esta semana, no que respeita à variante rítmica e aos trampolins. Já a ginástica acrobática suscita ainda algumas dúvidas, em relação a datas de regresso, uma vez que é considerada uma “disciplina de alto risco”. Mas também não deve tardar muito tempo. Com alguns atletas ainda de férias, situação que se vai alterar em virtude do início do ano escolar, o badminton do Che Lagoense deve voltar a ter perto de 70 atletas em ação. Quem está de fora, mas por outras razões, é Bernardo Atilano, hoje em dia a referência máxima do clube, internacional por Portugal e com pretensões de se qualifi-

O basquetebol da ACD regressou à atividade na semana passada

O badminton da Che Lagoense está no ativo, mas a ginástica ainda não

car para os Jogos Olímpicos, marcados, entretanto, para o próximo ano. “O Bernardo está parado há

ta o presidente José Armando. Foram os próprios médicos da federação “a aconselhar esta paragem,

cerca de duas/três semanas, devido a uma lesão. Trata-se de uma contratura a nível da cintura”, con-

de modo a que, quando estiver totalmente recuperado, possa voltar mais forte”.

Atletismo e futebol voltam a ditar leis na Bela Vista A realidade da Associação Académica da Bela Vista é algo diferente da dos restantes clubes do concelho, porque, como se sabe, as suas principais modalidades, o atletismo e o futebol, decorrem ao ar livre. Só esta semana, porém, recomeçaram os trabalhos, primeiro no futebol, logo na segunda-feira, e depois no atletismo, no dia seguinte. “Estamos a atuar, naturalmente, dentro das regras que são ditadas e impostas pela Direção-Geral de Saúde e pelo Município. Estava tudo preparado, a começar pelos nossos técnicos”, garante Paulo Roberto, o presidente do clube. No futebol – único emblema do concelho certificado pela Federação Portuguesa de Futebol – a recreação ainda não teve luz verde, mas os ‘Pongas’ não tardarão a dar largas às suas habilidades. Os benjamins, infantis e iniciados já

treinam, sobretudo em termos de trabalho individual, com a novidade de o clube dispor, pela primeira vez, do escalão de iniciados. “É uma situação nova para todos. Começámos pelas equipas de competição, para articular todos os procedimentos, e daqui a mais uma semana esperamos que a máquina esteja oleada para dar a vez aos mais pequenos”, conta Carlos Sequeira, o coordenador-geral. O futebol vai movimentar, para já, cerca de 160 miúdos, enquanto o atletismo tem números que rondam os 130. A propósito de atletismo, Paulo Roberto lembra que “a modalidade, praticamente, não parou, já que estivemos apenas duas semanas sem atividade”. Há um mês, por exemplo, o clube participou no Campeonato Nacional de Equipas (apuramento para a fase final), naquele que foi “o melhor resul-

tado de sempre”, com a obtenção de um 5º lugar, depois do sexto do ano passado. A época, aliás, continua em curso, sendo que as novas inscrições só se vão efetuar em outubro. “O facto de ser um desporto individual e de os atletas andarem quase sempre em pistas separadas reduz os problemas”, anota Carlos Sequeira, referindo-se, obviamente, às restrições provocadas pela pandemia. Curiosa é a reação dos pais e encarregados de educação, todos desejosos do arranque das respetivas épocas desportivas. “Temos falado e reunido, e a opinião geral é essa. Querem ver os filhos a praticar desporto, mas, atenção, estão também conscientes da fase complicada que atravessamos e incutem essa responsabilidade aos petizes”, concluem os nossos interlocutores da coletividade do Parchal.

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

P10 // ENTREVISTA CINECLUBE É NOVO PROJETO DA ASSOCIAÇÃO

Ideias do Levante celebra 25 anos a ‘semear’ cultura Roberto Estorninho, presidente da Direção, é um dos rostos desta entidade. Em entrevista ao Lagoa Informa explica como a cultura tem um papel fundamental na vida em sociedade. FOTOS: KÁTIA VIOLA

// Ana Sofia Varela

N

a altura em que a associação Ideias do Levante assinala as 'bodas de prata', o responsável Roberto Estorninho revela quais são os próximos projetos a avançar no futuro. Houve ainda tempo para destacar algumas das dificuldades relacionadas com a covid-19.

O que mudou na cultura em Lagoa nestes 25 anos? Resumir 25 anos em poucas palavras poderá passar por um maior investimento na variedade, quantidade e qualidade, aos níveis da planificação, condições, promoção e produção, projeção, equipamento, recursos humanos e público. Surgiram, ao longo destes anos, projetos que foram concedendo uma identidade cultural a Lagoa. Têm surgido mais oportunidades e, com elas, mais agentes culturais têm desenvolvido atividade no concelho. A implementação dos anos temáticos pela Câmara Municipal de Lagoa, a nosso ver, tem feito surgir mais ideias, projetos, participação, integração e inclusão.

Qual foi o papel da Ideias do Levante nessa mudança? Por ser uma associação cultural, uma entidade independente e um meio para a manifestação de cidadania ativa, é capaz de criar projetos, individualmente ou em conjunto, que colmatem necessi-

dades culturais e artísticas. Além de produtores e promotores, assumimos o papel de formadores de público e indivíduos. Temos chegado a pessoas de diversas nacionalidades e a Ideias do Levante, como coletividade que também emancipa o papel do cidadão nas atividades culturais, contribui para a dinamização da sociedade. Tem a sua génese na participação ativa dos cidadãos, que procuram promover atividades no campo cultural e artístico.

A associação celebra 25 anos. Qual o balanço que faz? É um balanço de expressa gratidão por cada momento criado, vivido, partilhado e concretizado. A associação foi fundada a 27 de abril de 1995, altura em que começámos a atividade oficialmente. Trouxemos gradualmente um ‘levante’ de ideias. A muita vontade de concretizar traduziu-se, ao longo dos anos, num constante desassossego. Com um currículo próspero e reconhecido no panorama local, regional, nacional e internacional, realizámos em 25 anos, mais de duas mil iniciativas, onde constam centenas de espetáculos, formações, apontamentos. Fomos considerados uma ‘associação modelo’ por entidades que enalteceram e reconheceram o trabalho artístico, social e comunitário, aliado a uma gestão proactiva e multidisciplinar. Através da internet e redes sociais temos chegado a públicos distantes. É a nossa vontade de (re)criar,

Em 1995 um grupo de amigos resolveu dinamizar um projeto cujo um dos rostos é Roberto Estorninho (re)adaptar e (re)pensar, aliada à resiliência, confiança e apoio dos sócios, amigos, colaboradores e parceiros estratégicos, que nos faz prevalecer fiéis ao lema ‘Agarrem os vossos sonhos’.

Quais são as principais dificuldades que atravessa? De modo geral, encaramos a maior parte dos entraves como oportunidades e desafios à criatividade e engenho. Apesar de dispormos de instalações cedidas pela Câmara de Lagoa, a falta de um espaço físico, com uma maior

área, continua a gerar dificuldades para criar e gerir aulas, ensaios de grupo e conjunto, com um maior número de participantes. Com a pandemia, esta dificuldade acentuou-se, pois, as salas que dispomos a tempo inteiro são pequenas e a única com uma área adequada é no Centro de Estudos e Formação de Lagoa, fruto de uma cedência anual e renovável. É repartida com várias instituições, o que nos limita, a nível de horários e de atividades. Somos, contudo, gratos pelo que nos é permitido utilizar e trabalhamos com o que temos.

Ainda assim, há projetos pensados para o futuro? Além de consolidar os que estão em curso, pretendemos trazer um conjunto de iniciativas quer online, quer presencial. Para 2021, ponderamos a realização de projetos em parceria com entidades locais ou de outros pontos do Algarve. Estão a ser equacionadas parcerias pontuais, nacionais e internacionais. Somos, de momento, a única associação portuguesa na rede cultural europeia ‘AMATEO’, onde temos vindo a trocar experiências.

GRACE BORGAN

Projetos e eventos mais relevantes da Ideias do Levante A associação produz e promove eventos em áreas como a música, a dança, o teatro, o cinema e a fotografia. Tem núcleos relacionados com as artes plásticas, a literatura, o marketing local e regional e o bioLevante - yoga, pilates, terapias, alimentação vegan e vegetariana. Além da formação, recitais e peças de teatro, destaca-se pela promoção da Semana Coral de Lagoa, o Festival de Dança de Lagoa LEVANTARTE, A Magia das 1001 Noites, a Noite de Ópera, o Opera Rocks, o Concerto de Natal do Coral Ideias do Levante, os Concertos Dell’Acqua e os Class’Ic!. Em 2020, foram novidades o projeto '(as)simetrias', bem como os concursos ‘Lagoa pelos nossos Olhos’ (fotografia) e ‘Poetas de Lagoa’ (literário). A Magia da 1001 Noites é um dos eventos mais emblemáticos


Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

ENTREVISTA // P11 Pandemia obrigou a adaptação de iniciativas

O Coral Ideias do Levante foi fundado em 1996 e é outra das apostas da associação cultural

A Ideias do Levante já trabalha a nível administrativo em regime online desde 2000, por isso não teve dificuldades durante o período de confinamento. No entanto, as aulas, workshops, sessões, performances e espetáculos tiveram de ser adaptados ao regime online, sendo a Direção da associação obrigada a adiar para 2021 as iniciativas mais emblemáticas. A Direção ativou o plano de contingência a 20 de março e suspendeu todas as sessões e serviços presenciais, tendo vindo a organizar aulas individuais, quer presencial, quer via online, de forma gradual, seguindo as recomendações da Direção-Geral da Saúde e as orientações da Câmara Municipal de Lagoa. O regresso presencial deverá decorrer este mês ou em outubro, se as condições o permitirem, explica Roberto Estorninho ao Lagoa Informa.

Um dos que avançará é o Cineclube de Lagoa. Como vai funcionar?

Situação financeira foi abalada

Será um retomar de uma atividade que dinamizávamos internamente. Estamos numa fase de experimentação e de conversação com outros cineclubes do Algarve, para aprender e quiçá trabalhar em conjunto no futuro. Entretanto, já temos previsto um calendário para este ano e estamos a disponibilizar, na página do facebook do Cineclube de Lagoa, alguns títulos de cinema. Ponderamos organizar ações de formação, concursos, mostras de curtas, documentários, apresentações e projeções no exterior. Dado que a associação dispõe de uma variedade de núcleos artísticos, quem sabe se o Cineclube não será mais um pretexto para incentivar a produção cinematográfica local e o surgimento de talentos num futuro próximo?

Também têm iniciativas para os mais novos? Durante muitos anos, as atividades destinavam-se, quase exclusivamente, a adultos e jovens com mais de 16 anos. A convite da Câmara Municipal dinamizámos, por alguns anos, atividades extracurriculares nas escolas do concelho. A partir de 2011, passámos a dispor de um leque de ações para os mais novos, como são exemplo

as aulas de instrumentos – piano, guitarra e sopros –, de teatro infantil e de artes plásticas – pintura e desenho. Também realizamos workshops de teatro, música, cinema e fotografia. Em todas estas sessões são trabalhados conceitos como união, entreajuda, integração social e criatividade.

Como vê o papel da cultura num concelho como Lagoa? É essencial e estratégico. A cultura não pode ser vista como uma despesa, mas como um investimento, porque é um pilar para o bem-estar de uma sociedade, uma fonte de conhecimento, de aprendizagem, de coesão social e desenvolvimento de um território. Usos, costumes, artes, crenças, história e quotidiano atual fazem também parte da cultura de um povo e devem ser preservados, estudados, promovidos e enaltecidos para que nunca se perca o reconhecimento desta consciência da singularidade do coletivo.

O que ainda falta a Lagoa a nível de oferta? O concelho já vem apresentando um conjunto de propostas bastante interessante, quer por intermédio dos agentes culturais, quer da comunidade artística e empresarial. Poderia sugerir algumas iniciativas como uma feira de artesanato, um festival de artes de rua,

um espaço café concerto, uma rede de parceria cultural entre as associações locais, a reativação de uma banda filarmónica e a criação de um museu (do concelho) de Lagoa, um festival da tradição oral ou de usos e costumes.

O Roberto é também uma figura da cultura em Lagoa. Que sonhos tem para concretizar? Estou ligado a várias áreas a nível académico, profissional e pessoal. A cultura é uma delas. Viajei por diversas artes desde muito jovem o que me levou, num patamar amador, para muitos espaços e experiências que recordo com nostalgia. Tive formação pontual e regular. Dancei e pintei em vários estilos, fiz teatro clássico e experimental, escrevi poesia em português e em inglês, experimentei diferentes instrumentos musicais com os quais cruzei outras disciplinas artísticas. Atualmente, no pouco tempo que me resta para as artes, enquanto executante, canto no Coral Ideias do Levante e registo momentos, sobretudo paisagens, em vídeo e fotografia, principalmente do concelho de Lagoa. Terminei o meu percurso académico há alguns anos, com a conclusão de um doutoramento em gestão, mas optei por continuar a estudar, mas, desta vez, conteúdos relacionados com as PUB

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A nível financeiro, a pandemia provocou um abalo nas contas da associação, o que levou a Direção a redefinir a gestão de apoios, necessidades, motivações e prioridades. Foi, contudo, graças ao apoio das autarquias locais, sócios, colaboradores e outras entidades da sociedade civil que a associação conseguiu superar obstáculos. “Gostaria de saudar todos os que apoiam e depositam confiança nesta e noutras associações, assim como aqueles que são amadores ou profissionais da cultura”, conclui Roberto Estorninho. “É graças ao talento, profissionalismo e empenho de quem colabora connosco, que a associação se define e evolui, seja através do trabalho dos professores, formadores, coreógrafos, maestros, compositores, encenadores, escritores, músicos, bailarinos, atores, gestores, facilitadores, cozinheiros, técnicos de luz e som, administrativos, pessoal da manutenção e limpeza, seja através da colaboração de quem nos acompanha, apoia, promove e patrocina”, conclui.

artes. Espero concluir, em 2021, um curso de produção de vídeo que se junta a um leque de cursos e workshops de cinema e fotografia, que frequentei. Bebi de muitos espetáculos, exposições, livros, formações, aulas, ensaios, viagens e conversas nos entretantos. Pelo caminho, apaixonei-me pela gestão cultural e o meu sonho é que esta paixão continue a concretizar-se por muito tempo, aliada à paixão que tenho pelo concelho de Lagoa e pelo mundo da cultura. Espero continuar a ser útil à Ideias do Levante, ao concelho, ao Algarve. Não pretendo ter

a visão de um gestor entendendo a cultura como algo que surge apenas a partir do entretenimento, porque esta é um acumular de vidas, de experiências, de manifestações artísticas (re)criando histórias e formando sociedades. Sou grato pelo apoio, confiança e compreensão da minha família, amigos, professores, colegas, e entidades públicas e privadas, independente da forma, conteúdo e quantidade. Sem eles, nada disto teria sido possível e não estaria aqui. Sem eles, talvez muita produção e promoção cultural não tivesse existido. PUB


Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

P12 // DESPORTO OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO AVANÇAM

Estádio da Bela Vista quer estar entre os melhores Rampas de treino colocam recinto no top nacional para a prática de atletismo. Início das obras previsto para a Primavera de 2021.

A

Câmara Municipal de Lagoa vai avançar com obras de renovação da pista de atletismo do Estádio da Bela Vista, no Parchal. O objetivo é colocar este equipamento entre os melhores para a prática desportiva, sobretudo na modalidade de atletismo, uma das que tem um maior número de atletas, além de uma forte expressão no concelho. “Vamos acrescentar uma nova valência, as rampas de treino, que vão tornar esta pista numa das melhores do nosso país”, afirma Luís Encarnação, presidente da Câmara de Lagoa, ao anunciar o lançamento da obra. Para além das três rampas de treino, dotadas de diferentes ní-

D.R.

veis de inclinação, que conferem diferenciação a este equipamento, a pista vai também receber um novo piso. Estão igualmente previstos arranjos exteriores de baixa manutenção, recorrendo para isso a relva artificial. Após uma década de intensa utilização, a Câmara de Lagoa prevê que as obras no Estádio Municipal da Bela Vista possam começar antes da Primavera de 2021. A autarquia estima ainda que o prazo de execução será de 180 dias. Por esta razão, refere que é de esperar que os trabalhos fiquem concluídos até final do próximo ano. O valor definido para esta requalificação é de 602.668,00 euros.

Infraestrutura desportiva tem sido uma referência para a região PUB


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OPINIÃO // P13 Amigos, amigos, rivalidades à parte Ao contrário do que se possa pensar, a palavra rival não resulta das disputas fundamentalistas e fanáticas entre alguns energúmenos do Benfica e do Porto. Óscar Sardinha Mestre em etiqueta e protocolo

A origem etimológica da palavra ‘rival’ tem raízes no latim ‘rivales’ referindo-se à população que dependia do mesmo rio – ‘rivus’, em latim. Remontando à antiga Roma, os cursos de água eram essenciais para a sobrevivência da espécie humana, pelo que prevalecia a velha máxima do ‘salve-se quem puder!’. Este espírito individualista dava origem às mais diversas desavenças uma vez que, naqueles tempos, havia uns que tinham a mania que eram mais espertos do que outros e havia uns que, efetivamente eram mesmo mais espertos do que outros. Como tal, uma coisa levava à outra e volta e meia as comadres zangavam-se e havia caldeirada. Felizmente que hoje em dia a rivalidade apenas existe entre os energúmenos que destroem o futebol. Entre as populações que partilham os rios reina um sentimento coletivo de partilha, de união, de interesse comum, resultante da beleza natural que o curso dos rios emana como sucede, por exemplo, com as populações que coabitam nas margens do Arade. Se me é permitido o atrevimento, diria mesmo que vivemos num espírito propício à regionalização!

São inúmeros os exemplos que sustentam esta tese. Veja-se desde logo a cooperação registada no decurso dos primeiros meses da pandemia em que uma das margens, ao invés de expor as fragilidades da margem oposta, a guiou na descoberta de medidas que ali pudessem ser também superiormente aplicadas! Claro que neste contexto de harmonia também há espaço para a inovação! A época balnear é um exemplo disso mesmo. Enquanto uns optaram pela inclusão de assistentes de praia que cumpriram o seu trabalho de forma eficaz assistindo aos veraneantes a tomar banho, assistindo às pessoas a comer bolas de Berlim, assistindo aos nadadores salvadores a tentar engatar miúdas, assistindo ao presidente da república em atos heroicos de salvamento, outros optaram por investir na inteligência (artificial, claro) associada à contagem de pessoas nas praia, não deixando no entanto de pensar naqueles cujas aptidões informáticas são duvidosas, pelo que, quando foi necessário, lá estava o papel a dizer “Avariado”! Mas ainda assim o espírito era análogo: proporcionar uma falsa sensação de segurança nas praias.

Para começar imagine-se a oportunidade que este projeto constitui para os Indiana Jones subaquáticos que têm agora uma oportunidade de ouro para descobrir navios naufragados e tesouros de piratas antigos (e, se calhar, de piratas mais recentes) aprisionados no fundo do rio. Quem sabe se o espólio que ali será encontrado não dá para pagar a divida pública do país… Depois, seria expectável que os trabalhos que, eventualmente, algum dia se iniciarão pudessem causar algum frisson entre as populações rivais (rival, na versão etimológica da palavra). Mas não, daqui resultou uma parceria

zer para o algarve mais uns milhares de turistas por ano, açambarcar mais uns cobres e aumentar a sua projeção lá fora, todavia, quem na realidade irá beneficiar com este projeto será a margem esquerda. Digo isto essencialmente por duas razões: em primeiro lugar porque, uma vez executado este projeto, as praias da margem esquerda serão recarregadas com as mais finas, sedosas e limpas areias brancas que só o Arade pode proporcionar, conferindo-lhe um toque caribenho; em segundo lugar porque, sendo a margem esquerda indiscutivelmente a mais linda das duas margens, é expectável que os charters de turistas descarregados pelos navios

O mais recente episódio das dragagens do Arade constitui um caso de estudo relativamente à forma como o sentimento coletivo pode e deve prevalecer. em que, uma vez mais, o interesse público se sobrepôs aos interesses particulares dos habitantes de qualquer uma das margens.

de cruzeiro sejam direcionados para as belezas naturais daquela margem, até porque, não é todos os dias que se podem ver girafas em apartamentos.

É verdade que, quando este projeto terminar, a margem direita constituir-se-á como uma nova porta de entrada rio-a-dentro permitindo tra-

No meio disto tudo, talvez o ambiente possa vir a ser ligeiramente prejudicado. Mas também, a verdade é que não pode ganhar sempre!

Sentido? Não interessa a direção, diferentes os caminhos, cujo alvo é o coração.

O Universo, de monstruosa dimensão, deixa perdido e submerso quem anda por pura paixão.

Amália, chamou-lhe de “Estranha forma de vida”.

A máquina, essa de diferentes ritmos e bateres, embora de pulsar forte e estrondoso, não se faz ouvir.

Perceber o enfoque da poetisa, o sentido de “Amor que arde sem se ver”, outrora iludido e ao avesso algo estranho este ser.

O mais recente episódio das dragagens do Arade constitui um caso de estudo relativamente à forma como o sentimento coletivo pode e deve prevalecer.

Ao sul… “Sentir”

Carlos Gordinho Professor

Acordar não é radiante, mas necessário é ligar, também o regresso é pouco interessante. Estás, mas não, não dizes o que dizes, afinal não és, não estás, é só para deixares felizes. PUB

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

P14 // OPINIÃO

‘Maus’ Hábitos, ‘Bons’ Hábitos!

João Reis Professor

Cá estamos nós, de novo, num ‘estado de contingência’. É um estado crítico que acarreta dúvidas e incertezas. Nada a que não estejamos habituados… Ainda há bem pouco tempo, passáramos por um ‘estado de emergência’ que, com dois ‘prolongamentos’, nos entreteve de meados de Março a princípios de Maio, seguindo-se um ‘estado de calamidade’ que, se não me engano, foi até 1 de Julho. De facto, não nos importam os nomes dados àqueles ‘estados’; é-nos indiferente – com um nome ou com outro, estes ‘estados’ servem, todos, para dar condições aos Governos para determinarem medidas excepcionais, necessárias à salvaguarda (neste caso) da saúde pública. Nunca pondo a Constituição da República em causa, aquelas medidas, em maior ou menor grau, têm vindo a influenciar a nossa liberdade, os nossos afectos (ou a falta deles), os negócios, a cultura e as artes, o trabalho e a educação, os prazeres e a saúde (a Covid-19 passou a ser a doença, quase em exclusividade), tudo bem acompanhado pelo ‘bombardeamento’ noticioso que nos

vai sugando a esperança. O que mais me custa, porém, é que as crianças não possam brincar com os amigos… Desta vez, a crise é pandémica - todo o Mundo a sofre; nós, incluídos! Só que, antes desta, temos vindo a passar por outras – umas, por causas económicas (a recente Troika, por exemplo); outras, por causas sociais; outras, ainda, por causas políticas. O ‘Zé’ é que é sempre o mesmo!! Em retrospectiva, parece que temos andado de ‘estado crítico’ em ‘estado crítico’ desde a 1ª República, há mais de um século (sem contarmos com as últimas dinastias da Monarquia, desde Alcácer Quibir e o pateta do D. Sebastião…). Já devíamos, pois, estar habituados… Mal conseguimos um alívio com ‘3 bochechadas de ar’ e já lá vem ‘um cachação’!! -x-x-x-xParece, no entanto, que, sob pressão, temos conseguido desenvencilhar-nos de algumas aflições, entendendo-nos no conjunto ‘Governo+Governados’, como acontece com a presente pandemia, que condicionou os responsá-

veis da nossa governação à tomada das medidas adequadas à contenção do contágio deste abominável ‘novo coronavírus’. Ouvidos técnicos e entendidos nas áreas concernentes - médicos, epidemiologistas, matemáticos, sociólogos – foi possível, depois, informar a população, de forma oportuna, objectiva e sem arrogâncias, embora compreensivelmente dolorosa, das ‘novas regras’ de conduta, e vê-las compreendidas e aceites por, praticamente, toda a gente. Houve falhas? Claro, houve! Os ‘terramotos’ nunca trazem ‘índices’ para consultas, nem ‘lembretes’. O desconfinamento, de tão desejado, aliviou a pressão e deu inconvenientes folgas; e a tragédia nos Lares de Idosos, que expôs tantos erros anteriores… nem é de falar; mas é de lembrar! Confesso que não gostaria de ‘estar na pele’ de governantes, nestes tempos difíceis - para nós e para eles… Mas, se estar sob pressão ajuda, cabe-nos a todos, também em tempos de acalmia política ou social ou sanitária, a manutenção daquela pressão sobre os governos, exigindo, com responsabi-

Já devíamos estar habituados…Mal conseguimos um alívio com ‘3 bochechadas de ar’ e já lá vem ‘um cachação’!! lidade, sugerindo e desejando ser ouvidos, insistindo pela eficiência das medidas tomadas. À falta de outros meios, podemos, sempre, usar as colunas dos jornais. Entendendo-nos assim, estamos – +mandados e mandantes’ - a cumprir a essência da DEMOCRACIA. Quando oiço alguém queixando-se “É o país que temos!”, costumo responder “Não! É o país que somos, temos todos de ser responsabilizados”. É um outro HÁBITO a adquirir!

Dores pessoais e transmissíveis Numa época em que o distanciamento físico é um imperativo sanitário, existem vários direitos e deveres do dia a dia que ficaram mais difíceis de exercer. Rui Simão Solicitador

Para muitas pessoas, a idade ou outros fatores de risco são barreiras reais que impedem a obtenção de cuidados ou a possibilidade de conseguir um atendimento junto de serviços que outrora lhes eram facilmente acessíveis. Esta é, ainda por cima, uma realidade transversal a muitas áreas sociais. Em ano de pandemia, como seria de esperar, o campo da saúde é o mais afetado e muitas foram as consultas, tratamentos ou exames de diagnóstico, que ficaram em suspenso e à espera de serem reagendados. A Organização Mundial de Saúde reconheceu já que a pandemia de Covid-19 afetou a qualidade dos serviços de saúde em todo o mundo e prejudicou o acesso a cuidados essenciais. Resulta da própria natureza médica desses serviços - e fisiológica do nosso corpo - que não possamos (ainda) fazer-nos representar por outra pessoa que atue em nosso interesse junto de um médico, de um enfermeiro ou de um técnico de diagnóstico. Por outro lado, num plano menos médico e mais jurídico, existem muitas dores (sobretudo de cabeça) que têm ficado igualmente pendentes, devido

ao facto de precisarem de ser tratadas no interesse de alguém que, por exemplo, está num lar, isolado por uma cerca sanitária, pertence a um grupo de risco ou que simplesmente não consiga um atendimento presencial num serviço que sempre pensou que estaria disponível.

ao cumprimento de deveres deontológicos como é um solicitador. Tanto num caso como no outro, o solicitador saberá como redigir a procuração e a que forma é que a mesma deve ser sujeita, dependendo dos efeitos que pretende que produza através dos poderes nela atribuídos.

Ao contrário do que acontece no plano médico, para curar estas dores de cabeça pode recorrer ao mecanismo legal da representação voluntária, atribuindo a outra pessoa poderes para agir no seu interesse.

Já que os efeitos da pandemia são mundiais, importa lembrar que em alguns casos é até possível que essa procuração possa ser apostilada (certificada) para ser usada noutros países.

Simplificando: Pode passar uma procuração.

Saiba ainda que os solicitadores dispõem de uma aspirina, perdão… certificado digital que lhes permite realizar diversos serviços online, evitando deslocações à maioria das

Se os assuntos forem tão triviais como gerir pequenos contratos de serviços públicos essenciais (como água, luz, telefone ou internet) pode ser suficiente passar uma procuração a um familiar próximo e que esteja disponível para tratar desses assuntos por si. Até porque estas dores, do foro burocrático-encefálico, tendem a ser partilhadas pelos familiares mais próximos à medida que o tempo vai passando sem que o tratamento surja. Já se pretender resolver questões mais complexas, como gerir património imobiliário, interagir com Bancos, Conservatórias, Finanças, Câmaras Municipais, ou cumprir quaisquer outros deveres legais, o ideal será contactar um profissional habilitado, sujeito a sigilo e seguro profissional e

repartições públicas. Deixa assim de ter de pensar em agendamentos, penar em filas e pode poupar perdas de tempo frustrantes. Manter o distanciamento físico de outras pessoas não tem necessariamente de impedir o exercício dos nossos direitos e deveres. Se estiver bem representado, pode até encontrar a cura para tratar definitivamente muitas daquelas enxaquecas crónicas que ainda não foram superadas. *Artigo publicado ao abrigo da parceria entre o Lagoa Informa e a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 17.09.2020 // Nº 136

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17 de setembro 2020 • Quinta-feira

PERCURSOS JÁ ESTÃO ESGOTADOS

Evento ao ar livre revela histórias do antigamente

Môce dum Cabréstre leva ‘Vou Ficar’ ao Auditório Carlos do Carmo

D.R.

Iniciativa passa por Ferragudo, Estômbar, Senhora da Rocha e Lagoa.

O

s Percursos Performativos no Património estão de regresso com a terceira edição, numa iniciativa que promove um conjunto de trajetos pedestres que visam interagir com elementos representativos do seu território. Ferragudo (4 outubro), Estômbar (11 outubro), Senhora da Rocha (18 outubro) e Lagoa (25 outubro) são os cenários deste ano e já estão todos esgotados. Cada percurso é temático e suporta-se numa narrativa histórica que procura reforçar os laços de afetividade com o património material e imaterial, a história e as tradições. Partindo da geografia do território concelhio e das suas

Homem detido em Lagoa por posse de arma proibida

As sessões são promovidas pela Câmara no âmbito do 365 Algarve paisagens urbanas, o evento conta com momentos de teatro e de música, na rua, nos quatro locais onde irá decorrer. As performances tratam, entre outros aspetos, de acontecimentos e pessoas preponderantes no

desenrolar da vida do concelho, resultando daí autênticas viagens no tempo. Neste périplo, a organização procura também sensibilizar para a salvaguarda do património cultural e da identidade local.

A GNR deteve, em flagrante delito, a 10 de setembro, um homem de 35 anos, pelo crime de posse de arma proibida, em Lagoa. Após uma denúncia de violência doméstica, os militares apuraram que a companheira do suspeito, de 19 anos, teria sido alvo de agressões físicas e ameaças de morte com recurso a arma de fogo ao fim de três meses a residirem juntos. No decorrer das diligências policiais, foi realizada uma busca domiciliária e outra em veículo, que culminaram na apreensão de uma arma de fogo, com os canos serrados, e 27 cartuchos dissimulados no interior de uma mochila nas imediações da residência. O detido ficou nas instalações da GNR e foi presente ao Tribunal Judicial de Portimão.

José Narciso é o convidado de tertúlia no Convento de São José

A 11 de outubro

Sporting Lagoense comemora 82º aniversário O Sporting Clube Lagoense assinala, a 11 de outubro, o seu 82º aniversário e vai organizar um conjunto de iniciativas para festejar a data.

O comediante Dário Guerreiro, conhecido por Môce dum Cabréstre, sobe ao palco do Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, com a tour do seu segundo solo de stand up comedy ‘Vou Ficar’, marcado para 10 de outubro, às 21h30. Nesta sessão, o artista algarvio revela a razão pela qual ainda não saiu de casa da mãe, fala sobre as consequências dessa decisão e dirá uma enxurrada de desabafos viscerais e escatológicos. Os bilhetes estão disponíveis online (https://bit. ly/3hkTCiH), podendo também ser adquiridos com antecedência no Centro Cultural Convento de S. José, de terça-feira a sábado, entre as 9h00 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30. O uso de máscara é obrigatório.

Entre os dias 5 e 10 desse mês vai decorrer um torneio de sueca e no dia 11 de outubro realiza-se um concurso de pesca de mar. À noite, na sede da coletividade, tem

lugar um jantar para a entrega de prémios e apresentação das equipas de atletismo, boxe e futsal feminino. A animação musical está a cargo do grupo Ritmo Jovem.

As tertúlias mensais da Lions Clube de Lagoa voltam a ser realizadas no auditório do Convento de São José, a partir do próximo sábado. Assim, no dia 19 de setembro, às 18h30, decorre uma sessão, cujo convidado será o pintor José Narciso, seguida de uma visita guiada à sua obra exposta no mesmo edifício. O artista disponibiliza 30% do valor das vendas, que obtiver durante a mostra ‘Entre Máscaras Reinventados Diálogos’, aos Lions de Lagoa.

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