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LAC aposta forte nas atividades aquáticas Clube aumentou número de praticantes, e avançou com a natação adaptada. Quinzenário | Ano VI | Nº 140 | Diretor: Rui Pires Santos
P8-10
Autarquia atenta à evolução da covid-19 Números da pandemia não são ainda alarmantes no concelho, mas Luís Encarnação diz estar atento e preparado para tomar medidas caso a situação se altere. Se Lagoa somar 55 casos em 14 dias, terá restrições mais apertadas. P3
Santa Casa da Misericórdia de Lagoa ‘renasce’
SOCIEDADE
Luís Encarnação visitou obras no terreno P16
EDUCAÇÃO
ADR expõe pandemia através do olhar das crianças P6
ARTE
Pintura de Patico escolhida para concurso nacional P13
AMBIENTE
BE repudia loteamento nas Alagoas Brancas P6 PUB
Paulo Francisco é o novo provedor da instituição e com a sua equipa pretende dinamizar a entidade, aproximá-la dos cidadãos e ajudar os mais necessitados. Apoio domiciliário, centro de dia e uma cantina social são as valências a avançar nos próximos meses. P4-5 PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 12.11.2020 // Nº 140
P2 // PÁGINA DOIS D.R.
EDITORIAL
Mais do mesmo DIRETOR: Rui Pires Santos REDAÇÃO: Ana Sofia Varela COLABORADORES: Jorge Eusébio, Mónica Pontes PAGINAÇÃO: Vanessa Correia FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351 PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos NIF: 508 134 595 Nº REGISTO ERC: 126668 DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa
Por ser a atualidade e por nos afetar a todos, direta ou indiretamente, podia falar neste editorial só da covid-19, do aumento de casos, da fase pior que está para vir, dos cuidados, etc. Mas tudo isso já foi dito e repetido e há pessoas que teimam em não ouvir e em não dar importância. Daí o recente e preocupante aumento de casos. Por isso, digo apenas e só – correndo o risco de me repetir – que está nas mãos dos irresponsáveis e dos egoístas da nossa sociedade o que teremos nos próximos meses. São as pessoas com comportamentos de irresponsabilidade, de egoísmo e de ignorância nas mais diversas áreas que, também agora, estão a refletir essas ‘qualidades’ na pandemia. O vírus agradece e assim vai causando danos nas pessoas, na economia e no setor social... Um dos maiores problemas que aí vem é o social e esse será o grande desafio da nossa comunidade, da nossa sociedade. Muita gente vai mesmo precisar de apoio e as instituições e o Estado terão de estar à altura. Tanto quanto um teste à espécie humana, a covid-19 traz consigo um teste à sociedade e às instituições de apoio. Se há uns meses achava exagero quando alguns especialistas diziam que não voltariamos a ter uma vida tal e qual como a tínhamos antes, hoje começo a achar que isso já é bem provável. Os excessos da humanidade começam a ter as primeiras consequências, mais visíveis, na liberdade dos cidadãos e nas limitações a que estes são agora sujeitos. Ninguém tem uma bola de cristal, nem sabe o que vai acontecer, ao certo, nos próximos meses.
EMAIL: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa TIRAGEM: 3.000 exemplares PERIODICIDADE: Quinzenal ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/
A Santa Casa da Misericórdia ‘renasceu’ e surge numa altura importante da vida de muitos lagoenses. A nova direção tomou posse em janeiro deste ano e, em entrevista ao Lagoa Informa, o novo provedor da instituição, Paulo Francisco, revela alguns dos projetos e das ideias que a sua equipa tem para dinamizar a entidade e apoiar os cidadãos mais carenciados. A Misericórdia será assim mais uma IPSS importante nos meses difíceis que se avizinham e poderá ser o suporte de alguns dos nossos cidadãos a viver uma situação difícil em termos económicos.
No total podem ser criados mais de 250 postos de trabalho
14 projetos no concelho representam 28 milhões de euros de investimento O Balcão do Empreendedor da Câmara Municipal de Lagoa está a acompanhar 14 projetos, de diversos setores de atividade, que representam, no conjunto, um investimento de 28 milhões de euros e a criação de 250 postos de trabalho. A autarquia especifica que estas apostas dos privados são em áreas como a agricultura, o desporto, o comércio e o turismo, estando alguns numa fase de concretização e outras em fase inicial de projeto. “O conjunto de investimentos que o Balcão do Empreendedor está a acolher” é uma prova “da capacidade do concelho para atrair investimentos vindos do exterior e motivar iniciativas internas, mesmo em condições tão adversas como as geradas pela pandemia” do covid-19, afirma o presidente da autarquia Luís Encarnação. “O desenvolvimento do território, a atração de investimentos e a consequente criação de emprego e de riqueza, são objetivos estratégicos do município”, acrescenta ainda o responsável, que considera que neste contexto é “de vital importância o combate à sazonalidade e à dependência do turismo, colocando o foco na atração de novos investimentos complementares e alternativos ao produto turístico já consolidado”. PUB
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Mas porque também ainda temos coisas boas para abordar, nesta edição apresentamos uma reportagem com o Lagoa Académico Clube e a recente aposta na natação adaptada e em todas as atividades aquáticas. Com um aumento do número de praticantes este ano, são já cerca de 80 atletas entre natação, natação adaptada e polo aquático, num emblema mais conhecido pelo andebol, mas que parece agora apresentar uma proposta mais sólida e consistente para esta modalidade. Uma palavra ainda para o nosso artista Patico que teve uma pintura sua escolhida para fazer parte da Exposição/Concurso Internacional de Homenagem aos 100 anos de Amália Rodrigues, uma organização Fundação Amália Rodrigues e do Centro Português de Serigrafia. Um motivo de orgulho para o pintor, mas também para Lagoa e para os lagoenses. Parabéns Patico!
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 12.11.2020 // Nº 140
ABERTURA // P3 AUTARQUIA ESTÁ ATENTA AOS NÚMEROS DOS MUNICÍPIOS LIMÍTROFES
Lagoa longe de restrições com 21 casos ativos numa semana Apesar da média de infeções estar a aumentar no Algarve, o concelho ainda consegue estar distante do limite máximo de 55 casos em 14 dias. D.R.
Eventos cancelados, mas Estátuas Vivas mantêm-se Algumas das iniciativas que estavam previstas já foram canceladas e outras ainda está a ser estudada qual a solução a tomar. “Íamos receber o Rallye Casinos do Algarve em novembro, mas já fomos informados que foi adiado para dezembro. O Concurso de Vinhos mantém-se, porque é um evento fechado ao público e será fácil de controlar. Entretanto, já tomámos a decisão de este ano não realizar o jantar de Natal com os trabalhadores da Câmara, nem o almoço de Natal para os seniores do concelho”, avança Luís Encarnação. Para já, o que não significa que seja uma decisão definitiva, pois dependerá da evolução do vírus, será mantida a edição deste ano das ‘Estátuas Vivas’ e a colocação da iluminação natalícia, bem como ações que sigam as orientações da Direção-Geral de Saúde.
A autarquia está de prevenção e já cancelou alguns eventos que poderiam levar a ajuntamentos // Ana Sofia Varela
O
número de casos ativos de covid-19 em Lagoa, durante os primeiros sete dias após a divulgação do governo da entrada em vigor de uma lista territorial de risco, não gera preocupações graves à Câmara Municipal. Pelo menos para já, nesta primeira fase. Apesar de este ser um cenário que pode mudar a qualquer momento, só foram contabilizados 21 novos casos entre 30 de outubro e 5 de novembro. Ao Lagoa Informa, Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal, revelou que “os números no concelho seguem a tendência de aumento verificada na região e no país, estando a ser monitoriza-
dos a cada dia que passa”. Foi desde o primeiro anúncio, no final de outubro, que a autarquia começou a contabilizar estes novos casos e a acompanhar as regras criadas para evitar a propagação da covid-19. A situação de cada concelho é avaliada a cada 14 dias, sendo a próxima hoje, dia 12, e, em Lagoa, o rácio que corresponde aos 240 casos por cada cem mil habitantes é de 55 pessoas infetadas. “É com esse número em mente que estamos de prevenção”, explica o autarca. O facto de ter 21 casos em sete dias, significa que Lagoa está dentro de uma média mais confortável que outros concelhos próximos. “No entanto, estes valores, para nós, não são suficientes, nem
são tranquilizantes. Olhamos para a região e vemos que as coisas estão a ficar muito complicadas. De nada servirá se Lagoa ficar fora daquele grupo de concelhos de risco, mas tiver à volta outros nessa situação. É preciso não perdermos de vista que há muitos lagoenses que trabalham nos municípios vizinhos, sobretudo em Portimão”, diz Luís Encarnação. Aliás, o concelho limítrofe tem tido números mais elevados do que a média que teria de ter para não entrar na lista de risco. Não podem ser ultrapassados 133 novos casos, em 14 dias, mas entre dia 1 e dia 7, contabilizou 95. Em Lagoa, os casos que existem para já não geram motivos para alarme maior, porque não se
referem a surtos, mas a situações isoladas, em diferentes zonas. “Estamos, contudo, preparados para tomarmos as medidas que forem adequadas para mitigar qualquer mudança de cenário. Temos tido a felicidade, até ao momento, de não termos tido qualquer caso nas nossas Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e de os casos em cada um dos agrupamentos escolares terem sido isolados”, admite Luís Encarnação. Um dos exemplos que o autarca dá é o caso das Zonas de Apoio à População (ZAP). “A da Santa Isabel foi acionada na semana passada para receber um doente com covid para quarentena. As das escolas foram desmobilizadas, mas as unidades hoteleiras estão em prevenção”, descreve. “Até ao final do ano será muito difícil e temos de encarar isto ‘esperando o melhor, mas preparados sempre
para o pior’”, conclui.
Novas regras A inclusão na lista de risco territorial da covid significa que o concelho entra em dever cívico de recolhimento domiciliário, o desfasamento de horários obrigatório ou o teletrabalho caso a profissão o permita, o encerramento dos estabelecimentos comerciais às 22h00, restaurantes com grupos limitados a seis pessoas e funcionamento até às 22h30, eventos e celebrações limitados a cinco pessoas, exceto se forem do mesmo agregado familiar. Além destas, com a passagem ao Estado de Emergência, entre 9 e 23 de novembro, aplica-se uma restrição de circulação na via pública todos os dias, entre as 23h00 e as 5h00, que é alargada ao período entre as 13h00 e as 5h00 ao fim de semana, exceto no caso de deslocações urgentes e inadiáveis. PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 12.11.2020 // Nº 140
P4 // ENTREVISTA PAULO FRANCISCO, O NOVO PROVEDOR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LAGOA
“Somos movidos pelo espírito de missão” LAGOA INFORMA
Instituição vai contar no futuro com as valências de Apoio Domiciliário, Centro de Dia e uma cantina social. // Rui Pires Santos
A
nova mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Lagoa tomou posse a 27 de janeiro deste ano e foi eleita para o quadriénio 20202023. Em entrevista ao Lagoa Informa, Paulo Francisco, o novo provedor, fala dos objetivos e dos planos futuros da equipa que lidera.
Quantos irmãos tem a Misericórdia de Lagoa? Cerca de 60 a 70 irmãos/associados.
Até à vossa chegada em que situação se encontrava a Misericórdia de Lagoa em termos de funcionamento? Apesar de ter estado sempre ao serviço da comunidade onde se insere, a Santa Casa da Misericórdia de Lagoa passou por vários períodos conturbados ao longo da sua história, chegando até à altura da nossa tomada de posse sem nenhuma resposta social no terreno. No entanto, e devido ao esforço da mesa cessante, podemos sublinhar a importância da solidez financeira em que esta Instituição se encontra, possibilitando assim sonhar com projetos de resposta social à comunidade e para aqueles que mais necessitam.
O que o moveu e à sua equipa a avançar com uma lista e a assumir os destinos da instituição? Esta equipa foi formada a convite da mesa administrativa cessante e, desde a primeira hora, que somos movidos pelo espírito de missão que caracteriza todos os elementos da nova mesa, pela vontade concretizada em voltar esta instituição para a comunidade, munindo a mesma de fer-
O novo provedor pretende dar uma nova dinâmica à Misericórdia ramentas inovadoras no apoio aos mais idosos, à ajuda aos mais necessitados, indo ao encontro de todos os membros da nossa comunidade. Somos uma instituição com história, mas ainda mais
vos desafios sociais que a situação pandémica vai deixar na sociedade. A equipa que lidero pretende utilizar as sinergias possíveis com as instituições públicas, para usar com inteligência o investimento
“Fomos movidos pela vontade de voltar esta instituição para a comunidade, munindo a mesma de ferramentas inovadoras no apoio aos mais idosos, à ajuda aos mais necessitados” com futuro, e que apelamos ao apoio da autarquia, da freguesia e da comunidade para os projetos e respostas sociais que desejamos abraçar num futuro próximo.
Ainda mais nesta fase… Sim, a importância do setor social é demasiado evidente nos tempos que atravessamos e considero um instrumento determinante no desenvolvimento e coesão de um concelho, por isso defendo, que é fundamental criar condições para que o setor possa progredir, através do reforço da sua capacitação e recursos financeiros, para que consiga dar resposta aos no-
que temos ao nosso dispor, sem colocar em causa o futuro e o equilíbrio desta instituição. E este investimento serve três objetivos: o primeiro, de implementar projetos sustentáveis aos vários níveis e aglutinadores de parcerias com entidades a todos os níveis; o segundo de criar postos de trabalho e equipas para um trabalho profissional e responsável de respostas imediatas; e o terceiro, de que os dois objetivos anteriores sejam socialmente úteis para o nosso concelho e região.
Qual deve ser o papel da Misericórdia na sociedade la-
goense? Uma Santa Casa está aberta a todos, sem discriminação e virada para o futuro. Estar cada vez mais atenta aos sinais dos tempos, nunca perdendo as suas raízes, a sua missão e visão, desenvolvendo um novo tipo de serviço que vai ao encontro de novas metodologias de intervenção social. É importante o papel central de uma Misericórdia na nossa comunidade, enquanto ‘Casa Mãe’, aglutinadora, reparadora, acolhedora, e ao mesmo tempo um polo dinamizador de ação de solidariedade para com todos os que estão a seu cargo, e ainda instituição de auxílio vital para com as famílias.
Que apoios têm disponíveis? Hoje ainda não dispomos de
muitos apoios, no entanto, temos pontualmente contribuído no auxílio na compra de bens essenciais e medicamentos para casos muito urgentes em situações solicitadas a esta instituição. Em março de 2020, foi efetuado um protocolo de cedência temporária do ex-Hospital da Misericórdia para a instalação de uma Zona de Apoio à População no âmbito da covid-19 com o Município de Lagoa, que compete apoiar pelos meios adequados, a cooperação com Instituições de Solidariedade Social e em parceria com a administração central, em programas e projetos de ação social e da saúde de âmbito municipal. De momento, não existe nenhuma valência social em atividade, situação que esperamos inverter, com a concretização
A instituição A Santa Casa da Misericórdia de Lagoa, instituída nos princípios do Séc. XVII, é uma associação de fiéis com personalidade jurídica canónica, cujo fim é a prática das Catorze Obras de Misericórdia, tanto corporais como espirituais, visando o serviço e apoio com solidariedade a todos os que precisarem, bem como a realização de atos de culto católico, de harmonia com o seu espírito tradicional, informado pelos princípios do humanismo e da doutrina e moral cristãs. A Santa Casa da Misericórdia tem também reconhecida a sua personalidade jurídica civil, com estatuto de Instituição de Solidariedade Social.
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 12.11.2020 // Nº 140
ENTREVISTA // P5 D.R.
A MESA ADMINISTRATIVA
Recenseamento Geral
INE recruta delegados para Censos
Provedor: Paulo Jorge Silva Francisco Vice-Provedor: Manuel António Conceição Nunes Secretário: Inácio Manuel Mimoso Martins Gravanita Tesoureiro: Jorge Miguel Sintra da Encarnação Vogal: Maria Eugénia Pereira Vieira
O Instituto Nacional de Estatística (INE) realiza, em 2021, o XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação Censos. A dimensão desta operação estatística implica o recrutamento de 140 delegados sub-regionais e de 450 delegados municipais, em todo o país. A inscrição pode ser realizada online (https://bit.ly/3jTSfIJ).
dos projetos em curso por esta mesa administrativa.
Como pretende dinamizar a instituição? Está em fase de planeamento um projeto integrado de criação do Serviço de Apoio Domiciliário, projeto piloto da União das Misericórdias Portuguesas, diferenciador do que existe atualmente, com respostas alargadas, e do Serviço de Centro de Dia, que tem como objetivo o acompanhamento da autonomia das pessoas, a prevenção de situações de dependência e essencialmente a manutenção das pessoas nas suas residências, colaborando assim no aumento da esperança de vida com qualidade. Ambos estão validados com o parecer favorável pela Rede do Conselho Local de Ação Social.
A nova equipa da instituição está a preparar um conjunto de projetos de apoio social
Há outros projetos? Sim, iremos ter também um conjunto de atividades em articulação com o Município de Lagoa, de resposta imediata à comunidade, nomeadamente a implementação de uma cantina social, onde procurará ir ao encontro das necessidades da comunidade, contribuindo na dignidade e esperança junto de quem mais precisa. Estamos também envolvidos na candidatura destes projetos ao programa financeiro PARES 3.0 (Programa
O património Apesar da Santa Casa da Misericórdia possuir outros bens, destacam-se pelas suas características arquitetónicas o antigo Hospital de Lagoa, que começou como um pequeno albergue contíguo à Casa do Despacho, por sua vez anexa à igreja da Misericórdia. Durante centenas de anos distribuiu assistência e caridade. Até 1854, o edifício manteve a modesta traça, mas em 1862 surgiu a necessidade de um espaço maior. Inaugurado em 1867, foi este imóvel visado pelo rei D. Carlos e D. Amélia em 1897, o mesmo que seria destruído por um devastador incêndio três anos depois. Quando foi pensado em reativá-lo houve unanimidade de não o fazer no edifício incendiado, mas junto à saída sul da vila. Foi a 17 de abril de 1911 que se procedeu à inauguração do terceiro e mais moderno hospital, aquele que hoje é reconhecido como tal. A Igreja da Misericórdia na cidade de Lagoa, edificada no século XVI, encontra-se no coração da malha urbana da cidade. A frontaria, reconstruída após os parcos estragos provocados pelo terramoto de 1755, exibe um frontão recortado, enquadrado por dois volumosos pináculos, com escudo encimado por coroa real em relevo ao centro, que substituiu o anterior, mais ornamentado.
Formação de andebol
de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais), que prevê projetos que criem novos lugares nas respostas sociais elegíveis, no entanto, e caso não sejam contemplados com apoio financeiro, a autarquia lagoense validou o apoio financeiro aos mesmos, caso contrário seria de todo impossível a sua concretização.
niais que possuímos, nomeadamente o ‘Encontro de Irmãos’, espaço de debate de ideias e projetos nos dias de hoje, exposições e concertos na Igreja da Misericórdia de Lagoa. Pretendemos também colaborar ativamente com a Paróquia de Lagoa na sua ação missionária e na realização de atos de culto católico.
De onde vem o financiamento da Santa Casa?
Têm voluntariado?
De fundos próprios da instituição e das quotizações da Irmandade, e, no futuro, caso as candidaturas sejam aprovadas, de apoios governamentais.
De momento não, mas queremos desenvolvê-lo como eixo de proximidade com os nossos públicos, com o objetivo de resposta social no reforço da cidadania ativa e fortalecendo a sociedade civil.
Como vão viabilizar a instituição?
Como encara o futuro das Misericórdias?
Apesar de possuirmos uma estrutura financeira estável, aguardamos por outros financiamentos, nomeadamente através do programa de alargamento da rede social, PARES 3.0 e através de protocolo a celebrar com o Município, para suporte do projeto integrado a desenvolver brevemente e de resposta imediata à comunidade.
Como uma peça fundamental, na rede de apoio social de proximidade. A filosofia de trabalho que caracteriza as Misericórdias aliado aos modelos inovadores em curso permitem em todas as áreas de resposta social ter nas Misericórdias a garantia de um futuro promissor. Estas são o instrumento importante e de preferência do Estado e do Poder Local no cumprimento da sua irrenunciável função de proteção social. Num futuro próximo é necessário um setor social solidário com capacidade e resposta na qualidade dos serviços prestados à comunidade.
Que outras iniciativas podem promover para estarem mais perto da população? O apoio na distribuição de medicamentos, refeições, e outros apoios à comunidade. Atividades culturais nos espaços patrimo-
LAC convida a experimentar desporto A Escola de Formação de Andebol do Lagoa Académico Clube convida os mais pequenos a experimentar este desporto. Os interessados podem participar nas sessões que decorrem às terças e quintas-feiras, das 18h00 às 19h15, no Pavilhão Municipal de Lagoa, se tiverem entre 5 e 8 anos. Há ainda treinos para crianças dos 9 aos 12 anos às segundas e quartas-feiras, das 18h00 às 19h15, no Pavilhão Municipal de Lagoa, e às sextas-feiras, das 18h30 às 19h30, no Pavilhão da Escola Jacinto Correia.
Europeu sub-21
Portugal joga com Chipre O Estádio Municipal da Bela Vista, no Parchal, recebe a partida entre a seleção nacional portuguesa sub-21 contra a equipa do Chipre, no dia 15 de novembro, às 19h30. Esta partida é uma das três últimas da seleção nacional, no grupo 7, da fase de qualificação para o Campeonato da Europa Eslovénia/Hungria 2021. PUB
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P6 // SOCIEDADE SESSÃO DE RECONHECIMENTO PROMOVIDA PELA AUTARQUIA
Homenagem a reformados da educação
ADR colocou crianças a exteriorizar vivências sentidas durante a pandemia
CM LAGOA
Distinção era para ter sido feita na Gala da Educação, que foi cancelada devido à pandemia.
O
s trabalhadores do concelho de Lagoa, na área da educação, que se aposentaram durante o último ano, foram distinguidos por Luís Encarnação, presidente da Câmara, no dia 30 de outubro. Maria da Glória Carneiro, Elizabete Rodrigues, João Carlos Duarte, Eliza Barros, Maria Helena Baltazar, Rosa da Glória, Mariana Melporto, Otília Domingos e Anne Elizabete Oliveira foram os homenageados. “Uma das missões mais im-
Estas foram as homenageadas que puderam estar presentes portantes e nobres que uma autarquia pode assumir é a de ajudar a formar mulheres e homens que, na posse de boas ferramentas, possam ser cidadãos mais completos e capacitados", afirmou o autarca na sessão de reconheci-
mento. O agradecimento público às pessoas que concluíram o tempo de serviço em instituições públicas ou privadas, estava previsto no programa da Gala da Educação 2020, mas a pandemia impossibilitou a realização do evento.
Conselho Regional elegeu nova composição
Luís Encarnação representante do Algarve no Conselho Económico e Social O Conselho Regional do Algarve aprovou a nova composição da Comissão Permanente e os representantes do Algarve no Conselho Económico e Social, na reunião que decorreu a 27 de outubro. Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, foi designado como membro efetivo no Conselho Económico e Social deste órgão, tendo ainda sido escolhido como membro suplente Francisco Amaral, autarca de Cas-
tro Marim, ambos aprovados por maioria. Para a Comissão Permanente do Conselho Regional, órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, foi reeleito Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé. José Carlos Rolo, presidente da autarquia de Albufeira, é o vice-presidente, enquanto Ana Paula Martins (Tavira), Rogério Bacalhau (Faro),
Osvaldo Gonçalves (Alcoutim), Vítor Neto (Associação Empresarial NERA) e Paulo Alentejano (ACRAL) são vogais. O Conselho Regional do Algarve é composto pelos presidentes das câmaras municipais, por dois representantes das freguesias e cerca de vinte instituições do tecido económico e social, podendo participar todos os membros do Conselho de Coordenação Intersectorial, embora sem direito a voto. PUB
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CLDS 4G organizou ações do Espaço Família 20
O Projeto 20 - CLDS 4G, dinamizado pela ADR Quinta de São Pedro, desenvolveu, no mês outubro, atividades com as crianças e jovens de Lagoa, no âmbito da ação Espaço Família 20, para perceber como veem a pandemia da covid-19 e como estão a vivenciar as mudanças que os seus quotidianos sofreram. Usando o método ‘Photovoice’, ou seja, dando voz à experiência individual e coletiva através de imagens, as crianças partilharam sentimentos acerca destas alterações na rotina diária. No final, os responsáveis tiveram oportunidade de abordar e conhecer os aspetos positivos e negativos desta nova realidade, pelo olhar dos mais pequenos e na primeira pessoa. A fotorreportagem intitulada ‘Ontem, hoje e amanhã’ ilustra o processo criativo das crianças, ao registar a visão da evolução temporal em três tempos de alguns aspetos do dia a dia, onde ressalta a resiliência e a capacidade de adaptação, abrindo a janela a um futuro diferente, explica a ADR em nota de imprenssa. As atividades realizadas podem ser vistas nas redes sociais do Projeto 20. A fotorreportagem está também disponível no canal de YouTube do Projeto 20. As ações estiveram integradas na Semana Europeia de Luta Contra a Pobreza e Exclusão Social da EAPN, que decorreu entre 15 e 27 de outubro, à qual Lagoa se associou.
Promotor da obra é a Edifícios Atlântico
BE repudia concessão de alvará pela Câmara nas Alagoas Brancas O Bloco de Esquerda de Lagoa mostrou indignação e repúdio pela concessão do alvará de loteamento à Edifícios Atlântico SA, promotora do loteamento urbano a ser concretizado no sítio das Alagoas Brancas. Com esta construção “é eliminada a zona húmida que funciona como bacia de retenção das águas em períodos de grandes chuvadas. Assim, o risco de inundações aumentará prejudicando drasticamente áreas residenciais e de equipamentos”, afirma o BE. A estrutura política reforça ainda que a área coberta levará a que as águas escoem para zonas mais baixas e sejam encaminhadas para “o único aqueduto com 2,5 metros de largura, atravessando a EN125 e que recebe todas as águas das Alagoas Brancas e zonas altas envolventes”, argumenta. Os bloquistas afirmam que o município deveria “ter a coragem e dignidade de melhorar as condições ambientais existentes” naquele local, mantendo “uma área de observação da natureza e de educação ambiental, preservando a fauna e a flora” existente e mantendo condições para as aves migratórias. “A destruição das Alagoas Brancas constituirá um crime ambiental, colocando em causa valores superiores como a conservação de espécies raras no nosso país”, como “o íbis-preto, conforme atestou a associação Almargem”, diz o BE, acrescentando que “a construção de mais um hipermercado”, que se soma aos cinco existentes nas imediações, não trará “mais valias económicas, nem os anunciados empregos, pois o excesso de oferta” criará dificuldades às superfícies comerciais já implementadas e esmagará o pequeno comércio local. PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 12.11.2020 // Nº 140
P8 // REPORTAGEM APOSTA NA NATAÇÃO ADAPTADA É UMA DAS FACES MAIS VISÍVEIS DO PROJETO COM NOVOS TÉCNICOS
Maior crescimento de sempre nas atividades aquáticas do LAC Nuno Russo, da Comissão Administrativa, e Guilherme Sá, o coordenador que transita de Rio Maior, falam de uma realidade só ao nível das grandes cidades que têm forte densidade populacional. FOTOS: KÁTIA VIOLA
// Hélio Nascimento
O
Lagoa Académico Clube (LAC) decidiu fazer uma mudança do ponto de vista técnico em matéria de atividades aquáticas, procurando uma solução que suporte outro tipo de ambição e que diversifique a oferta das suas modalidades. “Em conjunto com a Câmara Municipal de Lagoa, resolvemos avançar com a aposta, criando uma equipa técnica com mais elementos”, conta Nuno Russo, membro da Comissão Administrativa do clube, ao Lagoa Informa, no início de uma conversa em que nos foi dada a conhecer uma nova realidade, sobretudo a nível da natação, que agora, além da dita natação pura, comporta a natação adaptada e o Masters, uma categoria para atletas acima dos 25 anos que tenham abandonado a alta competição, mas que possam, na circunstância, continuar a prática da modalidade. “Fomos buscar o Guilherme Sá, um técnico de créditos firmados, para nosso coordenador. Estava no Centro de Alto Rendimento de Rio Maior e aceitou o desafio”, prossegue Nuno Russo. “A ideia é dar uma dimensão diferente ao clube e aos seus atletas, com todas as condições, mais completa, melhor e também mais diversificada, com as melhores pessoas para desenvolver o projeto”. Além da natação pura – com todos os escalões, dos cadetes aos seniores – e da adaptada e do Masters, o LAC manteve a aposta
Preparados para saltar para a piscina, os atletas revelam total concentração em mais uma sessão de treino no polo aquático. “O Guilherme é o coordenador e com ele estão Paulo Sousa, Paulo Vaz e Rafael Costa, todos novos no clube, para lá do Ricardo Gonçalves, que permanece à frente do polo aquático, na sequência da sua enorme entrega à modalidade e ao nosso emblema. Precisava de mais apoio e é isso que agora vai ter”, garante o dirigente, acompanhado por Ana Filomena, também membro da Comissão Administrativa. Os lagoenses têm correspondido às novas ofertas e ao apelo da coletividade, e a verdade é que, mesmo num ano de imensas vicissitudes, o LAC regista já o “maior
crescimento de sempre”, o que enche de orgulho os seus responsáveis. “O número de atletas cresce quase diariamente e não é só a população de Lagoa que escolhe a piscina e o nosso clube”, enfatiza Nuno Russo, palavras corroboradas por Guilherme Sá, que, entretanto, se junta à conversa. “Temos 23 meninos novos e isso é muito bom. É ao nível das grandes cidades, não de uma como Lagoa, que tem menor número de habitantes. Um registo desses, que aponte para um fluxo contínuo anual de 20 miúdos, é excelente. Ou seja, temos muita matéria-prima” reconhece o técnico.
Paulo Sousa, Nuno Russo, Guilherme Sá, Ana Filomena e Ricardo Gonçalves falaram à nossa reportagem
Atletas de renome na natação adaptada A aposta na natação adaptada é uma das mais interessantes ‘bandeiras’ do momento presente, na vida do LAC. “O repto foi lançado pelo presidente da Câmara, Luís Encarnação, com duas grandes componentes: permitir que atletas de renome internacional representem o nosso clube e sejam um orgulho para o concelho, e, ao mesmo tempo, que os atletas da escola de natação que tenham dificuldades de algum tipo possam competir na natação adaptada”, explica Nuno Russo. O LAC tem agora três campeões nesta vertente, Filipe Santos, porventura o mais reconhecido e recordista mundial, e ainda Alexandre Martins e Pedro Oliveira. “Foi uma situação que abraçámos com toda a força. Demos uma resposta aos que já cá estavam, abrindo-lhes outras portas, e passámos a dispor de uma equipa fortíssima, superiormente dirigida pelo Paulo Sousa”. Este registo de mais praticantes, a que se associa um inerente salto qualitativo, é ainda mais significativo se nos lembrarmos que estamos em pleno período pandémico, com todos os problemas e condicionalismos que são do conhecimento geral. “Encerrámos
as nossas instalações em março e desde logo a nossa maior preocupação foi a segurança dos atletas. Definimos um plano e seguimos à risca os planos de contingência do Município e da Direção Geral da Saúde”. No entanto, logo que foi possível, “começámos a treinar e as piscinas abriram para a competição, tudo isto assente na relação profícua e sólida que temos com a Câmara”, salienta Nuno Russo, confirmando que o reatar das atividades tem “as óbvias condicionantes” desta fase e que os “atletas do polo aquático são os mais limitados”, uma vez que a modalidade, tal como o râguebi, é considerada de alto risco. Neste contexto, assinale-se, os grupos de nadadores foram divididos, de modo a que não haja uma “grande enchente na piscina”, em horários desfasados e também idealizados para agir de acordo com as normas em vigor. “Todos treinam. Temos limitações, é claro, mas todos treinam”, explica Guilherme Sá, exemplificando com o preenchimento do horário entre as 7 e as 21 horas, depois de devidamente estudado o equilíbrio entre a disponibilidade das seis pistas da piscina, os horários escolares e a afluência de outros praticantes.
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REPORTAGEM // P9 Com trabalho, as coisas vão acontecer O novo coordenador técnico de todas estas disciplinas, Guilherme Sá, tem 28 anos e passou quase metade deles em Rio Maior. “Aceitei a proposta do LAC pelo desafio profissional que encerra e pelas condições de trabalho que estão ao nosso dispor. Estive dez anos em Rio Maior, onde estudei e andei no terreno, primeiro ensinando miúdos a nadar e depois passando para as classes de alto rendimento. É toda esta experiência que transportei para Lagoa,
Agora, é desenvolver o trabalho, pouco a pouco, sem grandes expetativas nesta fase inicial e ainda precoce para ter outro tipo de ideias. Quero ensinar e dar a conhecer o que aprendi, dando já uma certeza: para os que gostarem de trabalhar, as coisas vão acontecer”, promete Guilherme Sá, satisfeito com a “matéria-prima” que encontrou e até admirado com o número crescente de novos praticantes. “A curto/médio prazo quero alargar o horizonte dos atletas, efetuando estágios lá fora, para os
“A curto/médio prazo quero alargar o horizonte dos atletas, efetuando estágios lá fora, para os motivar e não os cingir só a Lagoa e ao Algarve. Vai passar por aí, por apresentar-lhes o mundo da natação...” para rentabilizá-la e ajudar o clube”, assinala o jovem professor. “Cheguei pós-pandemia e procedi a uma primeira avaliação.
motivar e não os cingir só a Lagoa e ao Algarve. Vai passar por aí, por apresentar-lhes o mundo da natação, e, depois disso, como já
referi, têm de trabalhar para chegar o mais longe possível”, acentua o técnico, garantindo que “os resultados, por ora, não são prioridade nem constituem objetivo”. No projeto de Guilherme Sá, tudo tem o seu tempo. “Os resultados serão uma consequência do processo que vai ser desenvolvido”, atira.
Há mais meninas a nadar Ana Filomena, colega de Nuno Russo na Comissão Administrativa, acrescenta mais um dado curioso a esta ‘cimeira’ de atividades aquáticas, em plena sala contígua à zona da piscina onde alguns alunos continuam as suas braçadas. “Há mais meninas do que meninos a nadar”, enfatiza, acrescentando que “nem é preciso convidar amigas para o clube, porque a mensagem vai passando, e, por arrasto, umas trazem as outras”. As boas condições de treino constituem outro fator que merece unanimidade, e Guilherme Sá até aproveita para gracejar. “Condições? A piscina tem água, está bom!”. Depois, mais a sério, destaca a coordenação exemplar em termos de espaço e de ocupação, em conjunto com o Município e, num caso particular, com o polo
E lá se foi a “simpática receita” da FATACIL O Lagoa Académico Clube tem o apoio da Câmara e da Junta de Freguesia, cerca de 50 por cento do orçamento, e, depois, gere e cria receitas fundamentais para a sua sobrevivência, caso das mensalidades, quotas, eventos e da exploração do bar. “Temos despesas com as deslocações das equipas, equipamentos, alimentação, seguros e inscrições, entre outros itens. Os encarregados de educação também ajudam, tal como os nossos patrocinadores. É obrigatório gerar receitas para fazer face a tantas despesas”, aponta Nuno Russo, lamentando que a “simpática receita da FATACIL”, onde o clube comparece ‘pro bono’ e em peso, tenha ido por água abaixo, uma vez que a tradicional feira de Verão de Lagoa não se realizou devido à pandemia. No entanto, o dirigente acredita que esta diversificação da oferta do clube “vai dar uma maior visibilidade e assim atrairá outras pessoas para apoiar os atletas”.
aquático. “Se continuarmos com este crescimento, temos de pensar em outro plano”, arrisca dizer o técnico, mas a resposta de Nuno Russo estava pronta e foi clara: “Outra piscina!”. Já nos comentários finais, o dirigente lembra que a escola de natação está sob a alçada do Município e pode ser frequentada, inclusive, por bebés. Se os jovens revelarem aptidão para a competição, transitam depois para o clube. E, por falar em provas,
Guilherme Sá aborda ainda o plano competitivo, retomado recentemente, em que a duração das provas foi reduzida para menos de metade. “Normalmente, eram umas quatro horas, mas agora, caso do Torneio de Abertura realizado em Lagos, demorou apenas uma hora e meia, o que, do ponto de vista de cativar os pais é, extremamente positivo. Para ver o filho nadar alguns minutos estavam quatro horas na piscina, o que era saturante”.
Paulo Sousa: o prazer de mudar a vida dos outros
O técnico Paulo Sousa e os seus campeões Pedro Oliveira, Alexandre Martins e Filipe Santos Paulo Sousa é outra das novidades nas modalidades aquáticas do LAC, sendo o treinador responsável pela natação adaptada, onde pontifica Filipe Santos, recordista mundial dos 50 metros mariposa e detentor, também, da melhor marca de sempre nos 25 metros mariposa. A dupla funciona desde 2005 e agora defende as cores do emblema lagoense. “Decidi que este é um bom local para continuar o projeto, sobretudo ao nível das condições de que dispomos”, opina o técnico, que já trabalhou no Ferreiras e estava, ultimamente, no O2 Portimão. “O Lagoa já abarcava esta vertente, que quero implementar no concelho, através de alguma
massificação, captando o maior número de atletas com deficiência”, explica Paulo Sousa, de 48 anos, licenciado em desporto e um nome grado na natação, em especial na adaptada. O LAC tem agora três atletas de alta competição, o já citado Filipe Santos e ainda Pedro Oliveira e Alexandre Martins. “Acredito que existam mais talentos para a equipa de competição. Tenho até outros miúdos sinalizados, que podem ser igualmente captados”, prossegue o técnico, que prefere focar-se no presente em vez de fazer juízos do passado. “Nós mudamos, como toda a gente. Sem comparar, descortinamos o que queremos e qual o clube que está
disposto a crescer. Temos imenso por fazer, repare que temos somente 12 atletas a nível nacional e há muitos outros por descobrir e por a nadar”. Paulo Sousa destaca a aposta do clube e da Câmara e agora “é esperar que estes atletas sirvam de exemplo para outros”. De resto, frisa, “trabalhamos para o presente, o passado é a nossa experiência”.
Massificar e criar escolas Filipe Santos, de 32 anos, é uma das maiores referências da natação adaptada. Portador de síndrome de Down, tem colecionado títulos, recordes e marcas que fazem dele um expoente máximo no desporto paralímpico. “O Fi-
lipe não nadava, não corria, hoje é um atleta de alta competição. É isto que me leva a trabalhar nesta área: o prazer, o amor e a gratidão de poder mudar a vida dos outros. Há muitos ‘Filipes’ por aí, por isso é necessário massificar e criar mais escolas para detetar e captar mais alunos”, garante Paulo Sousa, no final de uma sessão de treino e num local que lhe traz boas memórias. “Às vezes lembro-me que em 2014 estava aqui, nesta piscina, com o Filipe, na preparação para grandes eventos. Temos de estar num sítio que nos dê as melhores condições”, insiste o técnico. Os treinos são diários, das 9 horas ao meio-dia, sendo a primeira hora passada no ginásio, onde o trio de campeões ganha flexibilidade e sensibilidade de movimentos. Vem a propósito referir que os portadores de síndrome de Down apresentam, em conjunto com a limitação intelectual, uma série de limitações físico-motoras (mãos e pés pequenos, por exemplo) que criam uma situação de completa desigualdade perante adversários apenas com deficiência intelectual. A nível regional, nacional, europeu e mundial os nadadores com síndrome de Down têm competições próprias, mas o mesmo não sucede nos Jogos Paralímpicos.
Paulo Sousa foi até um dos mentores da criação de um site que alertou o mundo da natação adaptada para esta injustiça. A ideia nasceu quando Filipe Santos, portador de síndrome de Down (trissomia 21), bateu o recorde mundial dos 50 metros mariposa, em 2015, mas não teve oportunidade de participar nos Jogos Paralímpicos. Em Portugal, há muito que a Federação Portuguesa de Natação reconhece uma classificação própria, designada por classe S21, mas, ao nível paralímpico, estes atletas integram a classe S14. “É simples de se ver e perceber, mas o assunto vai ser esquecido. Podes ser campeão mundial, mas não vais aos Jogos Paralímpicos”, salienta Paulo Sousa acerca desta injustiça. Mas a vida continua e “o Filipe, para o ano, quer manter os seus recordes e os seus títulos nacionais nas quatro provas, e pretende, é óbvio, representar Portugal no Europeu”, vinca o treinador, prometendo “trabalhar para isso e para o Mundial de 2022, possivelmente em Albufeira”. Os três nadadores do LAC irão participar, em 2021, no Nacional de Inverno e no Nacional de Verão, seguindo-se o já citado Europeu, onde Filipe Santos, segundo do ranking, vai certamente marcar presença.
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P10 // REPORTAGEM
Duas equipas à espera de competição no polo aquático D.R.
O polo aquático necessita de mais clubes e de mais treinadores
“Já conhecia o clube e os atletas, que até tinha defrontado, com os quais tenho boa relação, fruto da proximidade entre as duas cidades. A adaptação? Foi fácil, mas difícil foi mudar as mentalidades em relação ao tipo treino”, confessa o técnico, que estava habituado a um contexto de competição, mais elevado e mais a sério. “A modalidade existia aqui, claro, mas era mais tipo oferta do que competição. Era preciso mudar as mentalidades, sobretudo dos mais novos, o que fui conseguindo ao longo dos treinos. Passámos dos três treinos por semana para os seis, como fazia em Portimão”, algo que, em sua opinião, é mais consentâneo com a exigência competitiva.
Uma lufada de ar fresco Ricardo Gonçalves mantém-se como treinador do polo aquático, sendo o único que transita da anterior equipa técnica. Tem 29 anos e aos oito já nadava na piscina da Portinado, em Portimão. “Aprendi a nadar, fiz a etapa de formação na escola de natação, frequentei as aulas, e, depois quando tinha entre 11 e 12 anos, fui para o mini
polo”, explica, à laia de introdução, o antigo bicampeão nacional de polo, que, pela Portinado, chegou a participar em competições europeias, para além de ter representado a Seleção Nacional. No LAC, é já a oitava época de Ricardo Gonçalves nestas funções, após ter concluído o curso de educação física e desporto.
“Temos 24 atletas federados, mais alguns alunos da escola de natação na vertente de iniciação. E estão abertas as inscrições para todas as classes”, diz Ricardo, dando ainda conta de um conjunto de atletas, que são seniores e ex-jogadores do clube, que participam em torneios de caráter não oficial. “Vêm cá matar o bichinho”, completa.
“A competir, temos dois escalões, mas agora está tudo parado, porque o polo foi considerado desporto de alto risco, assim como o râguebi. A Federação procura baixar para médio risco, como o basquetebol e o andebol, pelo que estamos ainda a aguardar retoma da atividade e à espera de respostas”, lamenta o treinador da modalidade. Os escalões que disputam competições oficiais são os sub14 mistos e os sub-16 masculinos, numa realidade, a algarvia, em que o polo só existe em Lagoa e Portimão. “Importa que a modalidade se desenvolva, para darmos um salto e termos mais cursos e novos treinadores”, preconiza Ricardo, elogiando a aposta do Município lagoense nos últimos anos, depois de uma aposta mais virada para o andebol. “Foi difícil mudar e marcar uma presença ativa, inclusive junto dos encarregados de educação e dirigentes. O percurso demorou tempo, mas esta comissão administrativa do LAC representou uma lufada ar fresco e estou completamente satisfeito. Vê o clube como um todo e este ano há uma aposta grande
NÚMEROS 250 Número atual de atletas do Lagoa Académico Clube, incluindo os que jogam andebol. 80 Praticantes da natação, natação adaptada e polo aquático. 5 Treinadores das atividades aquáticas. 24 Jogadores federados do LAC no polo aquático.
nas modalidades aquáticas”. Apesar da paragem forçada da competição, devido à covid-19, o polo não baixa os braços. “Agora? Vamos aguardar pela retoma dos calendários e depois tentar participar nos Regionais de Lisboa, para dar ritmo competitivo aos atletas. O grupo sub-16 está há cinco anos comigo e é forte, cresceu e tem talento, e acredito que não ficamos atrás de outras equipas de outras associações que jogam com mais regularidade”. PUB
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CULTURA // P13 PINTURA DE PATICO PATENTE EM GALERIA DE LISBOA
“Um dos pontos mais altos da minha carreira” Obra em concurso de homenagem a Amália Rodrigues. D.R.
O artista sente-se orgulhoso por ter sido escolhido entre centenas de obras participantes // Rui Pires Santos
U
ma obra do pintor lagoense Patico foi escolhida para integrar a Exposição/Concurso Internacional de Homenagem aos 100 anos de Amália Rodrigues. “Senti um grande orgulho, pois adoro a Amália. Gosto da obra poética e cantada dela. Sou um apaixonado por esta fadista. Já devo ter feito seis ou sete pinturas sobre ela”, afirma ao Lagoa Informa o artista, que confidencia que este é um momento especial: “É um dos pontos altos da minha carreira de pintor”, salienta.
A mostra contará com cerca de 60 obras selecionadas de centenas que concorreram, em modalidades, como pintura, fotografia ou escultura. Estará patente de 19 de novembro a 17 de dezembro na Galeria António Prates, em Lisboa, sendo organizada pela Fundação Amália Rodrigues e pelo Centro Português de Serigrafia.
‘Diálogos com (a) Terra’ em Portimão A Casa Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, terá patente até final de novembro, a exposição de pintura ‘Diálogos com
(a) Terra’, da autoria de Patico. O artista lagoense, natural de Monforte, pinta há 25 anos e admite que gosta de misturar tintas, utilizar materiais distintos como telas, cerâmica, madeira, papel aos quais, por vezes, lhes junta a poesia. Patico tem um vasto currículo de exposições e diversas edições literárias. Nesta mostra associa-se à causa solidária dos gémeos Simão e Gabriel, com a doação de parte das receitas de eventuais vendas. As obras podem ser vistas em Portimãode segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 16h30. PUB
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E quando é difícil aprender a ler e escrever… O que fazer? Aprender a ler e a escrever é frequentemente um processo que ocorre de forma natural. No entanto, algumas crianças podem manifestar dificuldades que comprometem todo o processo de aprendizagem e interferem, consequentemente, com o seu sucesso escolar. Por norma, estas crianças apresentam sentimentos de frustração, baixa auto-estima, falta de confiança e pouca motivação para as aprendizagens escolares. Em termos de classificação, as dificuldades de aprendizagem podem ser definidas como “Perturbação Específica da Aprendizagem”, que se constitui como uma perturbação do neurodesenvolvimento que dificulta a capacidade de aprender ou utilizar competências específicas de leitura e escrita (competências linguísticas, cognitivas e/ou sensório-motoras). No âmbito desta perturbação, poderemos incluir diversos diagnósticos, nomeadamente: • Perturbação de Leitura e Escrita – decorrente de alterações da linguagem; • Dislexia - perturbação do neurodesenvolvimento caracterizada por dificuldades na consciência fonológica e memória de trabalho, refletindo-se ao nível da leitura e escrita; • Disortografia – perturbação ao nível da escrita, verificando-se erros fonológicos e ortográficos. O diagnóstico é possível através de uma avaliação que se quer detalhada e fidedigna e que é realizada por técnicos/as especializados/as das áreas da terapia da fala, psicologia e neuropsicologia, após dois anos de ensino formal. Pretende-se fundamentalmente evitar falsos diagnósticos e permitir que a criança se desenvolva ao seu ritmo e ultrapasse as dificuldades de forma espontânea. Neste contexto, torna-se assim muito importante que os/as agentes educativos/as (família, professores, educadores, entre outros) conheçam os sinais de alerta para que se possa levar a cabo a avaliação, fundamental para o processo de intervenção que terá muito mais sucesso se for realizado atempadamente. E que sinais são esses? Na rubrica deste mês, damos a conhecer alguns deles. Esteja atento/a e contribua para que o processo de aprendizagem da leitura e da escrita seja gratificante para a sua criança! Ao nível do Pré-Escolar
Ao nível do 1º ciclo
• Atraso no desenvolvimento da linguagem
• Dificuldade de compreensão oral
• Dificuldade na aquisição dos • Dificuldade na correspondência letrasons da fala -som • Dificuldade ao nível da memória
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José Santos
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AVISO n.º 52/SOU/2020 20/2013/1122 LUIS ANTÓNIO ALVES DA ENCARNAÇÃO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE LAGOA (ALGARVE). Faz saber que, em cumprimento do disposto na al. b) do nº 2 do artº 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na atual redação, foi concedido em 13/08/2020, a Edifícios Atlântico, SA, na qualidade de entidade promotora, o Alvará de loteamento nº 1/2020, na sequência do projeto aprovado em reuniões desta Câmara Municipal realizadas a 29/10/2013, 07/05/2019 e 28/07/2020, em conformidade com o parecer nº. 1922A emitido pela Divisão de Urbanismo em 25/09/2013 e nº 4679 de 09/04/2019, o loteamento urbano a levar a efeito no Sítio das Alagoas, da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, Concelho de Lagoa, que incide na Unidade de Execução - Zona de Atividades Económicas de Expansão 2 (AEE2) – Do Plano de Urbanização de Lagoa, que abrange a totalidade dos prédios da referida Unidade de Execução, a saber: prédio rústico, com a área de 73 130,00 m2, inscrito na respectiva matriz rústica sob o nº 80, da Secção “N”, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lagoa sob o nº 2867-Lagoa; prédio rústico, com a área de 10 080,00 m2, inscrito na respetiva matriz rústica sob o nº 77 da Seção “N”, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lagoa sob o nº 2703-Lagoa; prédio rústico, com a área de 9 310,00 m2, inscrito na respetiva matriz rústica sob o nº 75 da Seção “N”, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lagoa sob o nº 4054-Lagoa; prédio rústico, com a área de 4 160,00 m2, , inscrito na respetiva matriz rústica sob o nº 83 da Seção “N”, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lagoa sob o nº 4285-Lagoa; prédio urbano, com a área de 1 491,00 m2, inscrito na respetiva matriz urbana sob o artigo nº 5508 da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lagoa sob o nº 3045-Lagoa; prédio urbano, com a área de 13 380,00 m2, , inscrito na respetiva matriz urbana sob o artigo nº 5330 da União de Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lagoa sob o nº 3732-Lagoa. A realização do loteamento fica sujeita às seguintes prescrições: 1). É autorizada a constituição de 11 lotes de terreno, numerados do 1 ao 11 inclusive, com as áreas, respetivamente, de 8 810,00 m2; 7 285,00 m2; 4 535,00 m2; 4 500.00 m2; 5 200,00 m2; 8 013,00 m2; 4 430,00 m2; 4 430,00 m2; 4 340,00 m2; 4 150,00 m2 e 982,00 m2, destinados a comércio/serviços/indústria e ainda uma área de 264,80 m2 destinada a depósito de gás, sendo a mesma espaço comum dos referidos lotes, totalizando a área de 56 939,80 m2, com a localização, áreas de construção e implantação previstas na planta de síntese, constante do processo. É ainda autorizada a constituição de duas parcelas de terreno, designadas por A e B destinados a Equipamento, onde ficam inseridos os prédios pertença do Município de Lagoa (designados por A1 e B1) com a área de 11 778,10 m2, e os a ceder pelo promotor (designados por A2, B2 e B3) com a área de 15 822,40 m2, os A’s com uso de Equipamento Desportivo e os B’s com uso de Serviços da Câmara Municipal de Lagoa, com a localização prevista nas plantas constantes do processo. São igualmente pertença do Município as parcelas designadas por C1, C2 e C3, a parcela D que passa para o Domínio Público Municipal, saindo do Domínio Privado Municipal, e a área de 143,76 m2 integrada em prédio confinante, com a localização prevista nas plantas constantes do processo. A titular do presente alvará cedeu ainda à Câmara Municipal, a título gratuito, a área de 22 335,34 m2 destinada a arruamentos, estacionamentos e passeios, e a área de 9 980,60 m2 destinados a Espaços Verdes de utilidade coletiva, todas com a localização prevista na planta anexa a este alvará, devidamente autenticada e rubricada. As obras de urbanização deverão estar concluídas no prazo de 24 (vinte e quatro) meses e deverão respeitar os respetivos projetos devidamente aprovados e as condições fixadas. Será prestada a caução a que se referem os nºs 1, 2 e 3, do art.º 54º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16/12, com as alterações vigentes, no montante de 1 550 000,00 (um milhão e quinhentos e cinquenta mil euros), através de Hipoteca constituída sob os lotes 4, 5, 8 e 9 do presente alvará. A hipoteca atrás mencionada destina-se a garantir a execução das seguintes obras de urbanização: Construção de rede viária e sinalização, estacionamento e passeios, rede de abastecimento de águas, rede de esgotos domésticos e pluviais, instalações elétricas, sistema elevatório de esgotos, rede de gás, telecomunicações e arranjos exteriores. Para conhecimento geral se publica o presente, que vai ser publicado na página da Internet do Município, e nos edifícios dos Paços do Concelho. E eu, Luís Ricardo Rodrigues Gabriel Bentes, Dirigente Intermédio de 3º Grau da Câmara Municipal de Lagoa (Algarve), o subscrevi. Paços do Concelho de Lagoa (Algarve), aos 12 de outubro de 2020.
Rua Fonseca de Almeida, 23 8400-346 Lagoa, Algarve henricat@mail.telepac.pt
O Presidente da Câmara
Tel. 282 341 261· Fax 282 342 494
(Luís António Alves da Encarnação)
LAGOA Rua Dr. Fonseca de Almeida,13 Telf. 282 352 518 | Tlm. 961 958 978
Lagoa Informa | Edição Nº 140 - 12.11.2020
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 12.11.2020 // Nº 140
OPINIÃO // P15 Uma em cada quatro pessoas no mundo morre de complicações relacionadas com a trombose José Meireles Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar da SPMI
O Dia Mundial da Trombose celebrou-se a 13 de outubro, data escolhida pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase para assinalar um problema crescente na nossa sociedade – o tromboembolismo venoso e a fibrilhação auricular. A data coincide com o nascimento de Rudolf Virchow, um patologista alemão do séc. XIX que foi pioneiro no estudo das causas da trombose. O tromboembolismo venoso caracteriza-se pela formação de uma trombose (ou coágulo) na veia de uma perna (ou outros locais) e que se pode libertar e alojar na circulação pulmonar (embolia pulmonar), o que pode ser fatal. Os sintomas da trombose são inchaço (edema), alterações na cor da pele (rubor) e da temperatura (calor) do membro; da embolia pulmonar são falta de ar, dor torácica, palpitações, desmaio. A fibrilhação auricular é uma alteração no funcionamento do coração que aumenta o risco de formação de coágulos na aurícula esquerda, que se podem deslocar provocando um aci-
dente vascular cerebral. O tromboembolismo é considerado a terceira causa de morte cardiovascular no mundo, ultrapassando na União Europeia o número de mortes por neoplasias da próstata e da mama, SIDA e por acidentes rodoviários. Uma em cada quatro pessoas no mundo morre de complicações relacionadas com a trombose. O risco é maior nos obesos, aumenta com a idade e pensa-se que a prevalência irá duplicar até 2050. É uma doença multifatorial complexa, assente na interação de fatores inatos com adquiridos, predisponentes para trombose. São fatores de risco elevado um internamento hospitalar por doença, cirurgia ou imobilidade, traumatismo com fratura de grande osso; moderado a idade acima dos 60 anos, história pessoal ou familiar de tromboembolismo, neoplasia e/ ou quimioterapia, uso de terapêutica hormonal de substituição; ligeiro a obesidade, gravidez ou puerpério (período após o parto), tabagismo, entre outros.
Os fatores inatos não são modificáveis (como algumas mutações que aumentam o risco para trombose, vulgo trombofilias); alguns dos fatores adquiridos podem ser modificados (como o tabagismo ou terapia hormonal) mas outros não, como uma intervenção cirúrgica ou uma fratura óssea. Mais de 60% dos casos de tromboembolismo venoso estão relacionados com cuidados de saúde e, nestes casos, o risco pode ser diminuído através tromboprofilaxia, com medicamentos que diminuem o risco de formação de trombos (anticoagulantes). Já o tratamento após um episódio de tromboembolismo venoso passa pelo uso de anticoagulantes em doses superiores, geralmente por um mínimo de três meses, mas o tempo de tratamento deverá ser decidido em conjunto com o Médico, tendo em conta os fatores do doente e do evento que causou a trombose.
a síndrome pós-trombótica em que persistem dor e alterações da pele no membro que sofreu trombose, ou a complicação mais grave que é a hipertensão pulmonar. Esta pode ser curável através de cirurgia (uma operação em que são retirados os remanescentes de coágulos das artérias pulmonares) ou, quando isso não é possível, com medicamentos que dilatam as artérias pulmonares, mas estes são de uso exclusivo hospitalar e em Portugal só são disponibilizados em Centros de Referência para o seu tratamento.
O tratamento adequado minimiza o risco de mortalidade na fase aguda, bem como o risco de desenvolver complicações a longo prazo, como PUB
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12 de novembro 2020 • Quinta-feira
EMPREITADAS EM LAGOA E CARVOEIRO
Luís Encarnação visitou obras
Monte Santo volta a ser eleito ‘Resort Mais Romântico da Europa’
Refeitório de uma escola, requalificações de espaços públicos e a criação de um novo percurso acessível são alguns exemplos. CM LAGOA
Os World Travel Awards reconheceram, a 2 de novembro, pelo sexto ano consecutivo, o Monte Santo Resort com o prémio de 'Mais Romântico da Europa'. Além deste galardão, voltou a ser distinguido, pelo segundo ano, com um prémio nacional, conseguindo arrecadar o ‘Portugal Leading Hotel Residences’. Situado em Carvoeiro, este é um empreendimento de cinco estrelas concebido para férias exclusivas em família ou uma ‘escapadinha’ romântica. Tem cerca de oito hectares, sendo composto por 133 unidades de alojamento, seis piscinas exteriores, uma interior, um spa, restaurante, ginásio e um circuito de manutenção.
'Mãos na Arte' para crianças com necessidades educativas
O presidente da Câmara quis ver de perto o andamentos dos trabalhos
L
uís Encarnação, presidente da Câmara Municipal, percorreu um conjunto de projetos que estão a ser desenvolvidos na União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, a 4 de novembro, para se inteirar sobre a forma como estão a decorrer. Uma das intervenções que visitou foi a da ampliação do refeitório da EB Jacinto Correia, que ronda os 803 mil euros e que permitirá o aumento da capacidade da sala para os 500 lugares. Possibilitará, segundo a autarquia, que as refeições sejam servidas aos diversos alunos em simultâneo, oferecendo também melhores condições de trabalho. Ainda naquela zona da freguesia, Luís Encarnação visitou
a requalificação da envolvente ao Bairro Zeca Afonso, que custa aos cofres da autarquia, 149 mil euros, e que reordenará o espaço público e o percurso viário, criando mais lugares de estacionamento. O novo percurso acessível desde a reta do Vale de Deus à rotunda do Slide & Splash custa cerca de 120 mil euros e reforçará as ligações entre a cidade e Estômbar, através da ampliação de um caminho de cerca de 750 metros, com uma largura que varia entre 1,5 e 2 metros, pavimentado com betão poroso, material permeável à água, que é um dos eixos estruturantes da futura rede de percursos de mobilidade. No final desta deslocação, Luís
Encarnação foi verificar o andamento das obras que estão a decorrer na Praia da Marinha e em Vale de Centeanes. No primeiro local, está a ser requalificado o acesso à praia, através do reordenamento do estacionamento e do passeio paralelo à via, e que ronda os 432 mil euros. Já a obra de requalificação do espaço público em Vale de Centeanes, custa 396 mil euros, e situa-se na zona da Urbanização ‘Algarvesol’. O objetivo é melhorar o saneamento básico, os espaços exteriores e as vias de comunicação. Foram repavimentadas as ruas, incluídas novas ilhas ecológicas, criados mais lugares de estacionamento e revistos os sentidos de trânsito.
O projeto 'Mãos na Arte', para crianças com necessidades pedagógicas específicas, que frequentam os estabelecimentos de Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo de Ensino Básico das Escolas da rede pública retoma este ano letivo de 2020/21 com meia centena de crianças. O projeto desenvolve-se na Escola de Artes de Lagoa Mestre Fernando Rodrigues. Até final do ano letivo estão previstas mais 48 oficinas para crianças e jovens dos Agrupamentos de Escolas Rio Arade e Padre António Martins de Oliveira.
Plataforma My Polis apresentada a 13 de novembro Os resultados do Orçamento Participativo 2020 e a plataforma My Polis são apresentados no dia 13 de novembro, às 15h00, no Auditório do Centro Cultural do Convento de São José. A iniciativa chegou a estar marcada para 30 de outubro, mas foi adiada para esta sexta-feira. A Câmara Municipal de Lagoa pretende estimular a democracia participativa a nível local e, em simultâneo, gerar novas dinâmicas “que reforcem a cidadania ativa e a construção de uma sociedade civil forte, informada, cooperante e responsável”. Além dos projetos vencedores nesta edição, será apresentada a plataforma My Polis, na qual os utilizadores são convidados a apresentar propostas de melhoria do concelho.
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