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Apoio à natalidade chegou aos 455 mil euros Quinzenário | Ano VI | Nº 147 | Diretor: Rui Pires Santos
Verbas atribuídas a agregados familiares do concelho entre 2016 e 2020. P6
NUNO COELHO
“Há cada vez mais famílias a pedir-nos ajuda”
VACINAÇÃO Bombeiros de Lagoa receberam primeira dose P3 FERRAGUDO Luís Alberto e Pedro Cardoso candidatos à Junta P7
Padre é natural de Carvoeiro e está há cerca de um ano na paróquia de Lagoa. Fala do seu percurso, da infância, dos tempos atuais da igreja e do auxílio social prestado, em período de pandemia, a cerca de 40 famílias. P8-10
AMBIENTE Novos carros elétricos garantem poupança P16 PUB
Autarquia financia áreas desportivas na ESPAMOL Protocolo assinado com Ministério da Educação prevê um campo de futebol de 7, um de basquetebol, outro de vólei de praia e um circuito de manutenção, a concluir até final de 2022. P3 PUB
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 18.02.2021 // Nº 147
P2 // PÁGINA DOIS EDITORIAL
Pandemia e futuro DIRETOR: Rui Pires Santos REDAÇÃO: Ana Sofia Varela COLABORADORES: Jorge Eusébio, Mónica Pontes PAGINAÇÃO: Vanessa Correia FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351 PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos DETENTOR DO CAPITAL 100% Rui Pires Santos NIF: 508 134 595 Nº REGISTO ERC: 126668 DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa EMAIL: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa TIRAGEM: 2.000 exemplares PERIODICIDADE: Quinzenal ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/
Os números da pandemia começam a ser animadores e já há quem fale em desconfinamento. Faz sentido, mas não para já. É necessário baixar as infeções a números semelhantes aos do Verão passado, reduzindo assim também os internamentos, de modo a não voltarmos a passar por uma vaga tão dramática como a que vivemos em janeiro e a qual ainda estamos a superar. Previsivelmente, a reabertura da economia apenas vai acontecer no início de abril e até lá as autoridades de saúde e o Governo têm tempo para preparar um plano, prever diferentes cenários e mostrarem maior rigor, de modo a não cometer alguns erros do passado. Por outro lado, nesta terceira vaga ficámos a saber duas coisas: há e haverá sempre quem não aprenda e há outros tantos irresponsáveis que teimam em não cumprir. Com muitas dúvidas a assolarem os especialistas e os excessos de estudos que dizem coisas diferentes das novas variantes do vírus SARS-CoV-2, começamos também a perceber que o regresso à vida de antes pode demorar. Teremos ‘liberdade’, mas não a mesma ‘liberdade’ de ação. Cabe-nos apostar em alguma capacidade de
adaptação, mas também em projetar o futuro, porque ele está lá e precisa de ir sendo preparado. A covid-19 limita o país, a região e o concelho, mas não nos impede de caminhar, de forma mais lenta, é certo. Nesse sentido, revelamos nesta edição alguns dados de um novo projeto que vai avançar no concelho, na Escola Secundária Padre António Martins de Oliveira (ESPAMOL).
Neste Lagoa Informa, apresentamos também uma entrevista ao padre Nuno Coelho, que há cerca de um ano voltou ao concelho que o viu crescer. Neste regresso, fala de como foi recebido, do que sentiu, da sua primeira missa, do momento atual da pandemia, das questões sociais que afetam as pessoas e do atual estado da igreja.
Rui Pires Santos
A informação já tinha sido revelada em entrevista dada ao Lagoa Informa pela professora Emília Vicente, diretora do agrupamento. Para este número obtivemos mais alguns dados que aqui divulgamos. Num protocolo entre a Câmara Municipal de Lagoa e o Ministério da Educação, a autarquia vai construir, no recinto escolar, um campo de futebol de 7, com relva sintética, e uma zona de lazer com dois campos desportivos e um circuito de manutenção. Esta intervenção significará um aumento da oferta desportiva no concelho, não só para os alunos, em horário escolar, mas também para as associações do concelho e para a população, que poderá ter acesso àquela área. Uma boa iniciativa que vai ter reflexos e impacto na comunidade lagoense. PUB
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 18.02.2021 // Nº 147
ABERTURA // P3 D.R.
PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA E O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Lagoa ganha novos espaços desportivos Autarquia vai criar campos para a prática de diferentes modalidades na ESPAMOL para alunos, associações e população. LAGOA INFORMA
Candidatura do Feder já foi aprovada
Três escolas livres de amianto A Câmara Municipal de Lagoa candidatou-se ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder), com vista a receber verbas para a remoção de amianto em três das escolas do concelho, e já recebeu a aprovação no início deste mês. Assim, será removido todo o fibrocimento da Escola Básica Professor João Cónim, em Estômbar, numa área de 214,12 metros quadrados, da Escola Básica Rio Arade, no Parchal, numa área de intervenção de 2376,19 metros quadrados e na Secundária Padre António Martins de Oliveira, em Lagoa, em 2107 metros quadrados. Para substituir a atual cobertura serão aplicados painéis isotérmicos ‘sandwich’, sendo o projeto financiado pelo Feder em 335 857 euros. Serão melhoradas, segundo a autarquia, as condições de segurança, saúde, eficiência térmica e de impermeabilização dos edifícios nos estabelecimentos escolares.
Metade da corporação recebeu primeira dose
47 bombeiros vacinados É nesta área que vão ser criados os campos de basquetebol, vólei de praia e um circuito de manutenção // Rui Pires Santos
U
m campo sintético de futebol de 7, outro de basquetebol, um de vólei de praia e seis estações com ginásios de rua fazem parte do protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Lagoa e o Ministério da Educação para a criação de áreas desportivas na Escola Secundária Padre António Martins de Oliveira (ESPAMOL), com o objetivo de melhorar as condições da prática desportiva para alunos e população. Nos próximos dias deverá avançar o concurso público e a obra poderá começar em meados de 2021, num projeto financiado pela autarquia. A conclusão só
deverá ocorrer em 2022. O atual campo de alcatrão da escola, o mesmo desde o ano de inauguração do estabelecimento, em 1989, que serve para a prática de educação física dos alunos, vai dar lugar a um relvado de futebol de 7. Ficará à disposição dos estudantes durante o horário escolar e após as 18h00, poderá ser utilizado por clubes e associações do concelho, uma vez que terá postes de iluminação. Ao lado, numa área que fica do lado direito do portão principal do estabelecimento de ensino, será criada uma nova estrutura de raiz. Um campo de basquetebol, um campo de vólei de praia, um circuito de corrida e manutenção, com seis estações com parques
geriátricos, além de algumas zonas verdes e de lazer. Durante o dia, serão para utilização exclusiva da escola, mas depois das 18h00 e aos fins de semana estarão abertos à população. Esta nova zona desportiva será independente do recinto escolar, terá uma vedação e apenas uma porta a ligar ao estabelecimento. O acesso pela população será feito por uma entrada a criar, exterior à escola. Também esta zona desportiva terá iluminação para que possa ser utilizada fora do horário diurno. Desta forma, aumenta assim a oferta de espaços para a prática desportiva no concelho de Lagoa, não só para as associações, como também para a população.
A corporação de Bombeiros Voluntários de Lagoa viu serem vacinados, contra a covid-19, 47 dos seus elementos na semana passada. A 11 de fevereiro receberam a primeira dose 43 ‘soldados da paz’, aos quais se seguiram mais quatro no dia seguinte. Apesar disso, as doses chegaram apenas para metade dos bombeiros, tendo sido dada prioridade aos elementos profissionais, que são os que estão na linha da frente. “Os bombeiros estão agora mais tranquilos para poderem desempenhar a sua atividade normal no terreno”, afirmou ao Lagoa Informa Vítor Rio, comandante dos bombeiros voluntários.
Risco moderado em perspetiva
Covid-19: Casos baixam no concelho Os casos de infeção da covid-19 no concelho estão a registar uma baixa consistente nas últimas duas semanas, acompanhando a tendência nacional. Assim, até 14 de fevereiro, Lagoa contava com 63 pessoas infetadas nos 15 dias anteriores e 51 casos ativos, registando alguns dos melhores números da região. Ainda em nível elevado, prevê-se que o concelho baixe para risco moderado em breve. Para tal, precisa de ter abaixo de 55 novos casos nos últimos 14 dias. PUB
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P4 // SOCIEDADE INVESTIMENTO NA RECOLHA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Câmara instala 47 novos contentores de lixo e de reciclagem no concelho Até maio, a autarquia concretiza a colocação destes equipamentos numa aposta que ronda os 492 mil euros. CM LAGOA
12 ilhas ecológicas e 37 pontos de recolha de indiferenciados
A
Câmara Municipal de Lagoa está a colocar novos contentores subterrâneos de recolha do lixo em diversos locais do concelho, desde 6 de fevereiro. No total, serão instalados 47 novos equipamentos, num investimento que ronda um total de cerca de 492 mil euros. A intervenção deverá prolongar-se até final de maio. Segundo descreve a Câmara Municipal de Lagoa, os 47 contentores distribuem-se por 12 ilhas ecológicas e 37 pontos de recolha de lixo indiferenciado. Alguns dos locais que já receberam ou receberão, em breve, as
estruturas são a Rua das Forças Armadas e a antiga Estrada Nacional 125, em Estômbar, a Praia da Angrinha, em Ferragudo, a Rua Jacinto Correia e a Urbanização Cova da Areia, em Lagoa, o Monte Carvoeiro, as Ruas João Paulo II, do Cabeço de Pias e Manuel Afonso Maia, em Carvoeiro, bem como a Rua da Cova Redonda e a Quinta das Palmeiras, em Porches. Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, considera que esta tendência, evidenciada pelos números crescentes no que toca a esta área, reforçam a sua decisão de continuar a priorizar esta linha de políticas municipais.
“Os investimentos realizados nos últimos anos para aumentar o número de ilhas ecológicas tem dado os seus frutos. Estamos agora a intensificar o caminho que nos falta fazer para nos aproximarmos das metas europeias para a recolha seletiva”, justifica o autarca. A recolha de resíduos é um dos temas que está integrado no conjunto de cuidados com o espaço público em que a Câmara Municipal se tem focado. A autarquia considera, aliás, que este é um pilar da construção de um concelho cada vez melhor para viver, visitar, estudar ou trabalhar.
Sorteios são transmitidos em ‘streaming’
Autarquia entregou prémios do ‘Val€ comprar no comércio local’ A entrega dos primeiros nove grandes prémios da campanha ‘Val€ comprar no comércio local’ decorreu com uma pequena cerimónia, no dia 5 de fevereiro, no auditório do Convento de São José, em Lagoa. A sessão simbólica contou com a participação de Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, e de Paulo Alentejano, presidente da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), na qual ambos entregaram os nove primeiros prémios no valor de 1500, 750 e 250 euros. Os restantes 105 contemplados com valores entre os 150 e
os 20 euros têm vindo a levantar os prémios, no secretariado do recinto da FATACIL, onde se encontra instalado o Balcão do Empreendedor do Município de Lagoa. Esta sessão é referente ao primeiro sorteio da campanha, que engloba dez mil euros, de um total de 50 mil, que serão entregues até ao final deste programa. A tômbola de onde saíram os prémios entregues continha 8010 talões, equivalentes a 80100 euros de compras feitas no comércio local de Lagoa, entre 25 de dezembro de 2020 e 25 de janeiro de 2021. Os sorteios são transmitidos PUB
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em 'streaming', em direto no site do município (www.cmlagoa.pt), a partir das 14h30 do último dia útil dos meses de fevereiro, março, abril e maio, sendo que no mesmo local serão publicadas todas as informações relacionadas com a campanha. A autarquia também já distribuiu 72 mil euros pelos desempregados inscritos e indicados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, em vales de 40 euros cada. “Com esta campanha, o município de Lagoa apoia a economia local, num momento de acentuadas dificuldades para as empresas”, afirma o autarca.
No primeiro mês foram a sorteio 8010 cupões PUB
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ESCLARECIMENTO RELATIVAMENTE A FATURAS COM DATAS LIMITES DE PAGAMENTO COINCIDENTES A Câmara Municipal de Lagoa, na reunião de 31 de março de 2020, a fim de apoiar as famílias, empresas, empresários em nome individual e terceiro sector, aprovou a prorrogação por 120 dias do prazo de pagamento voluntário das faturas de consumo de água emitidas pelo Município até setembro de 2020 (fatura referente ao consumo de água em setembro, emitida em outubro de 2020), conforme se ilustra no quadro seguinte: Data de emissão da fatura
Abril/20 Maio/20 Junho/20 Julho/20 Agosto/20 Setembro/20 Outubro/20
Prazo antes da prorrogação Junho/20 Julho/20 Agosto/20 Setembro/20 Outubro/20 Novembro/20 Dezembro/20
Prazo limite de pagamento prorrogado Agosto/20 Setembro/20 Outubro/20 Novembro/20 Dezembro/20 Janeiro/21 Fevereiro/21
Assim, no passado mês de novembro/20 foi emitida a respetiva fatura sem prorrogação de prazo limite para pagamento, coincidindo o seu término com o do pagamento da fatura emitida em setembro/20, situação que também se verificará com a emissão da fatura em dezembro/20, a qual coincidirá com as datas de pagamento da fatura emitida em outubro/20, conforme se apresenta no quadro seguinte: Data de emissão da fatura Novembro/2020 Dezembro/2020
Prazo limite de pagamento
Janeiro/2021 Fevereiro/2021
O Município de Lagoa relembra que os utilizadores podem requerer nos Serviços Online ou no Balcão Único a aplicação de tarifário especial, juntando documento comprovativo de que reúnem os respetivos requisitos: a) Tarifário Social – Aplicável aos utilizadores domésticos em situação de carência económica comprovada pelo sistema da Segurança Social, que beneficiem de, pelo menos, uma das seguintes prestações sociais: Complemento Solidário para Idosos, o Rendimento Social de Inserção, o Subsidio Social de Desemprego, o 1º escalão do abono de família ou a pensão social de invalidez. b)
Tarifário para Famílias Numerosas - Aplicável aos utilizadores finais domésticos cuja composição do agregado familiar ultrapasse os quatro elementos.
Conscientes de que muitos consumidores vivem uma situação económica vulnerável, informamos, que o titular do contrato poderá requerer o pagamento em prestações das faturas, cujos prazos foram prorrogados, desde que dentro do prazo limite de pagamento, mediante requerimento junto dos serviços online ou do Balcão Único.
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 18.02.2021 // Nº 147
P6 // SOCIEDADE VERBA DESTINADA AOS NOVOS PAIS NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
455 mil euros aplicados no incentivo à natalidade Programa beneficia famílias lagoenses e comércio local, no qual os apoios têm de ser gastos.
O
D.R
programa municipal de incentivo à natalidade criado em 2016 pela Câmara de Lagoa, já apoiou famílias residentes no concelho com mais de 455 mil euros. No total, foram recebidas pela autarquia 406 candidaturas, das quais foram aprovadas 322. Deste montante global, mais de metade foram atribuídos durante os anos de 2019 e 2020, dos quais 154.412,22€ durante o ano de 2020 e 129.127,71€ em 2019 (ver quadro). O valor do apoio a cada família, por altura do nascimento de uma criança, pode ir, na atualidade, até aos dois mil euros. As condições de candidatura a esta verba exigem que os pais sejam residentes no concelho há mais
de dois anos contínuos e recenseados há pelo menos um ano. Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal, considera que “este incentivo específico é muito importante para o aumento da natalidade no concelho, à fixação das famílias e à melhoria das condições de vida dos lagoenses”. O autarca acrescenta que este programa produz um duplo efeito, uma vez que, além de ajudar as famílias, nomeadamente jovens que estão a iniciar a sua vida profissional e a constituir novos núcleos familiares, contribui também para a dinamização do comércio local, já que o dinheiro deste apoio tem de ser gasto nos estabelecimentos do concelho de Lagoa”.
NÚMEROS
2016: 4.510,43€ 2017: 49.943,13€ 2018: 117.708,89€ 2019: 129.127,71€ 2020: 154.412,22€ TOTAL: 455.702,38€ Fonte: Serviços de Ação Social da CML
O concelho tem vindo a destacar-se no apoio aos novos pais
Opinião • 'O Ritz do Dafundo'
João Reis Professor
Pensei poder ser relaxante, para o leitor e para mim, um afastamento dos assuntos mais badalados desta parva actualidade – a pandemia e a política. Em vez de ‘OPINIÃO’, uma ‘croniqueta’ despretensiosa, para desopilar. ..... Como acontece a muita gente, nestes tempos de clausura, também eu entrei em contacto com alguém que não via, nem ouvia, há muitos anos – um velho colega de curso, o Nogueira, de Pombal. Depois de ‘identificados’, e do ‘como é que estás?’, vieram os ‘relatórios’ do que mais nos apoquenta nesta chamada ‘3ª idade’ – a saúde – passando, a seguir, à narrativa, necessariamente resumida, de mais de meio século. Depois, vieram os “eh pá! Tu lembras-te de…?” E, aí, meus amigos, foi um caudal de recordações difícil de descrever! O Nogueira, eu e outros 28 jovens formámos a turma do 1º ano do INEF (Instituto Nac. de Educ. Física - actualmente, Faculdade de Motricidade Humana) no princípio dos 60. Situa-se, ainda, na Cruz Quebrada, junto do Estádio Nacional em cujos campos de treino decorriam algumas aulas das ‘cadeiras’ práticas. A partir do primeiro dia tivemos, todos, de começar a procurar alojamento; as magras mesadas com que contávamos (só uma meia dúzia seria
‘meninos de bem’, onde se contava, p. ex. o José Cid; sim, o cantor - bom moço, aliás) obrigavam-nos a desejar um quarto, a dividir por dois, de preferência… Com sorte, alguns conseguiram, também, a alimentação. A maioria, porém, foi testando as tascas do Dafundo, nossa zona de alojamento, a cerca de 1,5 Km do INEF. Alguém ‘topou’, em certa altura, uma taberna/tasca que mereceu ser analisada – a proximidade, o preço (*), a qualidade/quantidade e o asseio q.b. eram convidativos. Passado o portão de ferro, um quintal, que tinha, à esquerda, a taberna e, à direita, a sala de jantar e cozinha. Mobília? Uma enorme mesa rectangular, rodeada de bancos onde se sentavam 12 pessoas, à larga, ou 18, apertadinhos… Por companheiros comensais, principalmente ao almoço, tínhamos empregados da Fábrica de Baterias TUDOR, bombeiros da corporação do Dafundo e dois polícias, nos dias em que eram destacados para aquelas áreas. As conversas, a alegria (às vezes, também a partilha de alguma tristeza…) atravessavam aquela mesa, em bom ambiente. O negócio do casal Sr. Manuel e D. Maria ia singrando, com muito trabalho; por isso, chamaram, lá da terra (arredores de ‘Biana’
do Castelo) a ‘Xenhora Conxeixão’, para ajudante da cozinha, que se tornaria figura típica ‘inesquexível’. O
a Conceição: – “É verdade, esquexi-me; vou já tirar”. E, metendo os dedos no puré, “arrancou” as azeitonas.
Uma enorme mesa rectangular, rodeada de bancos onde se sentavam 12 pessoas, à larga, ou 18, apertadinhos… tasco passou a ser o nosso refeitório e ganhou um nome – ‘O RITZ DO DAFUNDO’ que, misteriosamente, assim apareceu escrito a tinta azul, na fachada. O Baltazar, colega (de alcunha ‘o Seta-Rúbia’ – muito veloz na corrida e de cabelo ruivo) é que não gostava muito; era mais esquisito! Só lá ia, às vezes. Foi naquele dia, porque soube que o almoço seria peixe-espada grelhado, que adorava. Entrou, cumprimentou e sentou-se num espaçozinho que lhe arranjaram. Rapidamente, a Xenhora Conxeixão, deixando o alguidar onde estava amanhando mais peixe, gritou: – “Vou já xervi-lo, Xr. Baltajar!” E trouxe o prato, com uma enorme posta de peixe-espada, rodeado de farto puré de batata encimado por seis azeitonas. Baltazar: – “Ó Sra. Conceição, não sabe que não gosto de azeitonas?” E
“Ó Conceição – exclama o Baltazar – então está a tirá-las com as mãos, tal como estavam a arranjar o peixe?” – “O peixe está limpo; eu própria o lavei”, explicou a Conceição. Toda a assembleia “rosnou: – “Baltazar, cala-te e come!!”, a que se seguiu uma geral e sonora gargalhada. Houvesse, naquele tempo, uma ASAE e a higiene estaria mais presente; mas, aquela tasca, 'O RITZ DO DAFUNDO', não teria a mesma piada! Tão bom recordar!!! (*) Uma refeição custava dez escudos; convertidos para a moeda actual = 5 CÊNTIMOS. * Escrito sem a aplicação do novo acordo ortográfico
Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 18.02.2021 // Nº 147
POLÍTICA // P7 AUTÁRQUICAS 2021: MAIS DOIS NOME CONFIRMADOS PARA AS ELEIÇÕES
Luís Alberto e Pedro Cardoso discutem Junta de Ferragudo Candidatos pelo PS e pelo movimento Lagoa Primeiro, respetivamente. FOTOS: D.R
Movimento Lagoa Primeiro escolhe Paulo Bernardo
Luís Alberto quer voltar a um cargo que bem conhece
Pedro Cardoso pretende destronar o PS do poder
// Rui Pires Santos
lista, ainda que já tenham sido feitos convites a algumas pessoas por parte do candidato. Pedro Cardoso surgirá como a novidade na vila nas próximas eleições. Não é residente na freguesia, mas está ligado a ela há 34 anos e é onde exerce funções no ISN, atualmente como sota-patrão. Nunca esteve ligado à política e, ao Lagoa Informa, explicou porque disse sim ao convite recebido:
E
stá confirmado o que já se esperava, num cenário revelado pelo Lagoa Informa na edição nº144, de 7 de janeiro: Luís Alberto é o candidato do PS à Junta de Freguesia de Ferragudo nas autárquicas de 2021. O anúncio oficial ainda está por fazer, mas parece haver unanimidade entre os socialistas quan-
to à candidatura. Já o movimento Lagoa Primeiro revelou que Pedro Cardoso, responsável pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), é o seu candidato àquela Junta. Desta forma, Luís Alberto vai apresentar a candidatura a um cargo que conhece bem e que desempenhou durante 12 anos, entre 2005 e 2017. Por saber, está ainda quem serão os principais elementos da
“para tentar fazer por Ferragudo o que fiz a nível profissional e fazê-lo pela vila e pelos ferragudenses”. Por conhecer estão ainda os candidatos dos restantes partidos à junta de Ferragudo, sendo que têm existido dificuldades em encontrar os nomes desejados, uma vez que alguns deles não se têm mostrado disponíveis para entrar no combate político.
Depois dos nomes de Clemente Camarinha (União das Freguesias de Estômbar e Parchal) e de Pedro Cardoso (Freguesia de Ferragudo), o movimento Lagoa Primeiro, liderado por Francisco Martins, vai anunciar Paulo Bernardo como o candidato à União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro. Funcionário da autarquia, onde desempenhou funções nas Piscinas Municipais, Bernardo é assim o escolhido para as eleições. Joaquim João será o candidato natural do PS, mas a oficialização só deverá acontecer em abril. No PSD, Luís Tito será o nome mais provável e deverá ser anunciado nas próximas semanas.
No secretariado da FATACIL
Lagoa tem novo espaço para empreendedores e desempregados O concelho tem desde dezembro de 2020 um novo espaço para apoiar empreendedores e desempregados, criado pela Câmara Municipal. Localizado no secretariado do Parque de Feiras e Exposições – FATACIL, chama-se Fábrica do Empreendedor de Lagoa e, segun-
do a autarquia, “pretende promover soluções inovadoras e com impacto social ao nível do desenvolvimento local”. Focada na promoção da empregabilidade, coopera com outras instituições e investe no trabalho em rede, em articulação com o tecido empresarial local e
regional. Com este projeto, o Município oferece um espaço de apoio gratuito a desempregados e trabalhadores precários do concelho, mas também às empresas. Em nota enviada às redações, a autarquia acrescenta que “a criação de negócios, a promoção
de competências empreendedoras, a dinamização de projetos de intervenção comunitária e de animação territorial são entendidas como uma forma de co-criar comunidades sustentáveis no concelho”. Durante o mês de fevereiro, o Município está a promover um ci-
clo de formação direcionado para empreendedores e desempregados. ‘Desmarca-te’ é o título do primeiro programa de formação gratuito e online, que está a decorrer, e que, segundo a autarquia, deverá ter continuidade ao longo do ano. PUB
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P8 // ENTREVISTA PERCURSO COM PASSAGENS POR VÁRIOS PONTOS DO ALGARVE
“Há pessoas que ainda hoje não me conseguem chamar padre Nuno” Teve uma vida normal, mas foi há quase 20 anos que sentiu o chamamento e decidiu entrar no Seminário. Hoje, na sua cidade natal, ainda há quem não se esqueça do jovem que foi. FOTOS: ANA SOFIA VARELA
ra! Sempre disse ao Dom Manuel Neto Quintas, o nosso bispo na Diocese do Algarve, que estaria onde a igreja precisasse de mim. Quando somos ordenados, uma das perguntas que o bispo Dom Manuel nos faz, durante o rito, é
de cada um. Teve dificuldades quando chegou a Lagoa? Aqui em Lagoa, propriamente dito, sim. Tive algumas dificuldades de aceitação, porque é a
“O regresso a Lagoa? Segundo o Evangelho, ninguém faz milagres na sua terra! Sempre disse ao Dom Manuel Neto Quintas, o nosso bispo na Diocese do Algarve, que estaria onde a igreja precisasse de mim” se prometemos obediência e reverência. Essa pergunta sempre fez eco no meu coração e, por isso, sempre me regi por essa obediência. O bispo diz-me ‘preciso de ti aqui’. Posso até nem concordar, mas vou por obediência para onde ele me pede. E foi assim que vim para cá. Nunca foi um desejo vir para a própria terra, mas vim por necessidade da igreja.
Padre Nuno Coelho ficou responsável por três paróquias no concelho // Ana Sofia Varela
N
uno Coelho é de Carvoeiro e é o padre responsável pela paróquia da Nossa Senhora da Luz, em Lagoa, bem como pelas da Mexilhoeira da Carregação e do Parchal. Tem 44 anos e retornar ao seu concelho, agora como pároco, foi um acaso. Há um ano que está na Matriz da cidade, onde tem visto a covid-19 colocar à prova a população, naquela que descreve como uma Sexta-feira Santa constante. Qual foi o seu percurso? Foi o normal, como o de qualquer jovem. Andei na catequese que, mais tarde, deixei, mas à qual voltei depois. Fui crismado, fui catequista e acólito, mas não foi por aí que me senti chamado. Tive uma
vida normal, namorei, trabalhei na Câmara Municipal de Lagoa. Estava na secção de limpeza quando saí. Aos 26 ou 27 anos, o padre Rui Barros convidou-me para um encontro no Seminário durante a ‘Semana Santa’. Já antes, num convívio fraterno, houve ali um toque de Deus, mas fui fazendo uma vida normal. Naquela ‘Semana Santa’ é que as coisas se transformaram. Ainda assim, continuei a trabalhar. No ano seguinte, o reitor do Seminário, na altura o padre Mário de Sousa [pároco na Matriz de Portimão], telefonou-me a dizer que contava comigo para o encontro da ‘Semana Santa’. Disse-lhe que não podia, que tinha de ajudar na paróquia, ao que ele respondeu muito rápido: ‘Está bem, mas depois quando entrares no Seminário como fazes?’. Aquela pergunta
ficou a tocar cá dentro e foi, a partir daí, que tomei a decisão de ir para o Seminário. Nunca foi, portanto, um desejo antigo? Não, nunca foi um objetivo de criança ser padre. Surgiu naquela altura, naquele momento. Deus toca-nos nos momentos certos e nunca é tarde para nos chamar. Isso foi há quanto tempo? Tenho 44 anos, há quase 20, tendo em conta o percurso e a ordenação. É responsável pela paróquia da Nossa Senhora da Luz em Lagoa. Sente-se satisfeito por ter vindo para cá? É assim, segundo o Evangelho, ninguém faz milagres na sua ter-
Foi uma vantagem para si, para adaptar a mensagem, o facto de ter tido uma vida normal? É provável que sim. Como vivi os problemas do dia a dia, trabalhei e tive algumas dificuldades, muitas das vezes, percebo as situações que as pessoas atravessam. Isso vai também na sensibilidade
tal questão, conhecem-me desde sempre. ‘Agora ele vem para aqui mandar, é padre, é novo’. Houve preconceito? O preconceito a nível de não aceitar bem ideias diferentes… Havia pessoas que tinham o estatuto de orientar as situações, mas quando entra um padre novo, todos esses estatutos caem. É mesmo do direito canônico. Não substitui muitas pessoas, trabalho com quem quer realmente trabalhar e levar para a frente um projeto novo e diferente. Qual é a realidade dos jovens neste momento? É difícil, não só pela pandemia, mas também porque viviam mui-
Lagoa passará a ter Cáritas da Igreja da Nossa Senhora da Luz A constituição da Cáritas Paroquial da Igreja da Nossa Senhora da Luz de Lagoa já está a avançar. Será uma Instituição Particular de Solidariedade Social que dará autonomia para chegar mais longe. O apoio sócio-caritativo é prestado pela Conferência São Vicente de Paulo, que pediu para que a paróquia efetuasse esta mudança. Só falta, segundo o Padre Nuno Coelho, chegar a homologação dos estatutos por Dom Manuel Quintas, bispo do Algarve, para depois regularizar a IPSS na Segurança Social e nas Finanças. Quem é apoiado na atualidade continuará a sê-lo pela Cáritas, quando estiver constituída, pois uma entidade substitui a outra.
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ENTREVISTA // P9 Um percurso pelo Algarve que ditou regresso a Lagoa O atual padre da Paróquia da Nossa Senhora da Luz nasceu em Carvoeiro, tem 44 anos, e há quase 20 descobriu a vocação, depois de ter tido uma juventude normal. Quando sentiu o apelo, foi frequentar o Seminário em Évora, onde esteve seis anos. Nos últimos dois, foi para a Católica para complementar o curso e terminar o Mestrado Integrado em Teologia. Quando acabou a formação foi estagiar para Quelfes, em Olhão, onde esteve um ano. Foi ordenado a 28 de junho de 2013 e, daí ficou responsável pelas paróquias de Sagres, Vila do Bispo e Raposeira. Ao fim de um ano, o bispo mandou que se mudasse para a paróquia de Aljezur, Odeceixe e Bordeira. Após dois anos acumulou, de novo, as três paróquias que já tinha tido no concelho de Vila do Bispo, substituindo o padre que lá estava antes. No ano seguinte, contou com a ajuda de outro pároco, ainda que fosse Nuno Coelho o responsável pelas seis paróquias. Durante dois meses acumulou ainda três paróquias de Monchique. “Foi uma correria”, conta. Quando a situação foi regularizada, ficou apenas com Aljezur, onde no total esteve cinco anos, mas depois pediu ao bispo Dom Manuel para sair de lá. “Foi daí que vim para a Mexilhoeira da Carregação e para o Parchal, para substituir o padre Domingues, que havia falecido. Acumulei com Lagoa, quando o padre Zé Nunes saiu devido à idade”, concluiu.
to em função de perfazer etapas e depois seguir caminho. Está a ser complicado reverter essa situação, mas vamos partindo pedra sobre pedra. O que se recorda da sua infância cá? Um miúdo rebelde, porque não gostava de vir à catequese (risos). Parece um contrassenso... Uma das coisas que me recordo, julgo que se passou na altura da profissão de fé, foi de fugir à confissão. Vim a muito custo confessar-me. Era muito rebelde. Quando fiz a profissão de fé, depois, estive muitos anos sem voltar à igreja, porque morava no campo e como tinha de vir a pé para Lagoa, era
muito aos livros e aos guias, mas que ensinassem a partir do coração e que as crianças pudessem também ser elas próprias. Sempre lhes disse, por exemplo, que prefiro que venham à igreja mostrar onde está Jesus, em vez de estarem numa sala fechados. Aquele tem de ser um momento onde eles possam sentir alegria de estar ali e isso faz-se a partir da experiência pessoal. Recorda-se de como foi a sua primeira missa cá? Foi logo no dia a seguir a ser ordenado, no dia 29 de junho de 2013, aqui. Foi muito gratificante poder celebrar quase de imediato, ainda que estivesse um pouco nervoso.
“A paróquia, através do grupo sócio-caritativo, já apoia mais de 40 famílias e todos os dias aparecem mais. Nós, em colaboração com o município e com outras entidades, vamos fazendo o possível” uma ‘chatice’. A brincadeira com os amigos era melhor, depois, algumas catequistas, eram velhinhas, tínhamos que ali estar e não fazer barulho. Lembro-me dessa criança rebelde... Também tentou mudar essa forma de catequese? Algo que transmiti às catequistas é que devem ser elas próprias. Sempre lhes pedi que fossem elas mesmas, que não se agarrassem
No entanto, sentia o apoio dos padres que me acompanharam, principalmente, os que foram meus padrinhos de ordenação, o padre Zé Nunes e o padre Aquino. Sentia, sobretudo, que este celebrar Cristo é aquilo que nós somos. Hoje ainda me pergunto como é possível, sendo eu frágil e também pecador, trazer a este altar Jesus no sacramento da Eucaristia. O voltar e ser padre na paróquia que me viu crescer e
nascer é um misto de responsabilidade. Um filho que se torna pai, e, às vezes, não é fácil ser filho da terra e ter de ser pai, pastor daqueles que cá estão, mas faço isso com alegria. É caminhar com aqueles que me viram crescer. Também lhe chegam à missa aquelas pessoas que se lembram de si em pequeno? Há pessoas que ainda hoje não me conseguem chamar padre Nuno. Quando estou com outras pessoas à volta esforçam-se e é ‘padre Nuno isto’, ‘padre Nuno aquilo’. Mas quando estou sozinho com elas é ‘oh Nuno isto, ‘oh Nuno aquilo’. Acho engraçado. Os jovens, esses, não têm cá problemas. Tratam-me por Nuno e eu não me pareço mal com isso. Já lhe aconteceu algo insólito no seu percurso? Numa missa, no Rogil, uma pequenita andava de um lado para o outro. Lá tinham a noção de que o padre era ‘papão’ e não gostava de crianças. Ela andava pela igreja e eu disse que a deixassem andar à vontade, desde que não fosse para a rua. Dali a um bocadinho ela estava ao pé de mim. Peguei nela, sentei-a ao colo e ela ficou muito contente o tempo todo. Faço muito isso com as crianças. Uma peripécia, que fosse algo mais desastroso, não me aconteceu. Às vezes, engano-me, mas tenho um acólito aqui que está sempre atento e que diz logo que me esqueci… É esta convivência que se vai tendo, que ajuda também a aprender, porque o padre não sabe tudo e vou aprendendo todos os dias. APOIO A FAMÍLIAS AUMENTOU Sendo um homem ligado à fé, como tem lidado com a pandemia? Por um lado, com alguns receios,
sobretudo pelas dificuldades que esta pandemia tem colocado na vida das pessoas. Para mim, não é tanto o contágio, mas o que está para lá do contágio. Qual é a realidade atual? A nível económico estamos a ver que está cada vez mais difícil. Estão a surgir cada vez mais carenciados. Neste momento, a paróquia, através do grupo sócio-caritativo, já apoia mais de 40 famílias e todos os dias aparecem
tanciamentos e, à porta, temos sempre uma equipa que ajuda a orientar os lugares, a garantir a desinfeção das mãos e a colocação correta da máscara. Tem sido uma descoberta e uma redescoberta da fé também. Têm-se agarrado mais à fé e à esperança? É difícil gerir emoções. As pessoas que vão despertando para a fé percebem que o vírus não é obra de Deus. No entanto, Deus,
“A primeira missa cá foi no dia a seguir a ser ordenado, a 29 de junho. Foi muito gratificante, ainda que estivesse um pouco nervoso. (...) Voltar e ser padre na paróquia que me viu crescer é um misto de responsabilidade” mais a precisar de auxílio. Nós, em colaboração com o município e com outras entidades, vamos fazendo o possível para ajudar e chegar ao máximo de pessoas. A covid-19 também coloca as pessoas à prova? Há algum receio, mas também vi que, quando houve o primeiro confinamento e a igreja foi a primeira a cancelar as celebrações das eucaristias, houve para algumas pessoas dor. Foi duro não poder celebrar a fé. Quando reabriu, no início, houve ali dois ou três domingos, em que estavam quase a medo. Pelo menos, na minha realidade de Lagoa, Mexilhoeira da Carregação e Parchal. Depois perceberam que era seguro estar na igreja. Temos todos os lugares marcados, asseguramos os dis-
Paróquia ajuda diversas famílias em dificuldades com bens essenciais
até nas situações menos boas, aproveita, digamos assim, para nos ajudar a compreender a beleza do amor que tem por nós. É alguém que caminha a nosso lado e que nos orienta. Mas a covid-19 teve esse aspeto positivo de recordar que é necessário ajudar o próximo? Tem as duas vertentes. Por um lado, vemos que há muitos que se preocupam com o outro. Colocámos à entrada dois cestos e pedimos às pessoas que apoiem com aquilo que entenderem, incentivando a partilha. Não controlamos, pois cada um dá o que pode e se puder. Pode ser só um pacote de arroz. E houve um acréscimo quase diário. Sempre que a igreja está aberta, as pessoas trazem bens. Por outro lado, devido ao
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P10 // ENTREVISTA cebe duas vezes e há alguém que não recebe de lado nenhum. Essa é a nossa luta. São mais famílias… da classe média? Estão a chegar pedidos de apoio de pessoas que estavam numa situação financeira boa, estável, mas que agora se veem em grandes dificuldades. O pior são os que se escondem, porque têm vergonha de pedir.
Responsável admite abrir a igreja a quem quiser rezar sozinho cansaço de estar fechado e a esta incerteza que, muitas vezes, nos é apresentada pelo Governo, em que parece que não sabe em que pé está, muita gente ficou destabilizada e destabilizou também para a irresponsabilidade. Há pessoas a baixar os braços. No primeiro confinamento tiveram muito medo e seguraram-se. Quando as estruturas superiores passaram quase a 'deixar andar', as pessoas deixaram de se preocupar. Vimos o aumento brutal dos casos depois do Natal e do Ano Novo. Foi culpa da irresponsabilidade. Mas vamos imputá-la a quem? Ao Go-
Houve um aumento recorrente de pedidos de ajuda? A responsável do sócio-caritativo informou que, no ano passado, ajudávamos por mês cerca de 30 famílias. No Natal houve um aumento substancial e a auxiliámos mais de 60. No mês de janeiro apoiámos 40 e este mês já apareceram mais. Todas as semanas aparece uma ou duas a pedir auxílio, sobretudo a nível da alimentação. É um apoio só para quem frequenta a igreja? Não, pois nós não olhamos a cre-
Às vezes, engano-me, mas tenho um acólito aqui que está sempre atento e que diz logo que me esqueci… É esta convivência que se vai tendo, que ajuda também a aprender, porque o padre não sabe tudo verno, a este ou àquele? A responsabilidade é de todos nós. Sempre tentei apelar para a necessidade desse cuidado que temos que ter uns com os outros. Como serão as missas depois? Quando desconfinarmos julgo que será como no ano passado. Nós não estamos impedidos de celebrar. Foi uma decisão da Conferência Episcopal, porque a igreja olha para a vida como um dom. E se continuássemos a celebrar seria um contrassenso, porque correríamos o risco de ser promotores dessa propagação. Acho que ao desconfinarmos será com a mesma segurança que fizemos até aqui.
dos, nem a raças. Quem precisa de apoio e que se dirija ao sócio-caritativo da paróquia será apoiado, mediante todos os trâmites legais normais. E nisso, a responsável tem sido uma lutadora para que seja igual para todos. Quando uma pessoa chega, à partida, é-lhe logo dado um cabaz de alimentos para que possa fazer face às dificuldades mais urgentes. O que se faz depois é cruzar os dados com todas as outras instituições, porque sabemos que há alturas em que, mesmo assim, há quem se tente aproveitar das situações. E o que queremos é que a ajuda chegue a todos e a quem realmente precisa. Se uma pessoa está a receber do lado A e vai receber ao lado B, re-
A tal pobreza envergonhada? Sim. E essa é a que mais me preocupa. Por isso, apelo sempre para que, quando se apercebam que há uma família com necessidades, nos digam, porque se a pessoa não vem até nós, vamos nós até ela para falarmos e tentarmos perceber como ajudar. Tem-lhe chegado muitos casos assim? Alguns. Qual é a área de influência deste apoio? Agimos sobretudo na área da paróquia da Nossa Senhora da Luz, mas se houver alguém de uma paróquia vizinha que necessite, faz-se esse cruzamento de dados para que esse apoio chegue. Mencionou também o Parchal e a Mexilhoeira da Carregação? São outras paróquias, mas também estamos a apoiar nessa zona, ainda que aqui seja muito mais. Chega-lhe a necessidade de apoio psicológico aos mais idosos? Para já não temos essa estrutura. Como padre, sim, ainda que não sejam muitos porque a igreja está confinada. Estou a pensar voltar a abrir a igreja para que possam cá vir rezar sozinhos. A celebração da eucaristia é feita sem presença de fiéis, mas queria ter a porta aberta para quem necessitar de rezar, de se confessar ou apenas conversar. Estarei disponível mesmo por telefone. UMA IGREJA EM RENOVAÇÃO As pessoas têm vindo a perder a ligação à religião? Há fases que são quase cíclicas. Há alturas em que alguns jovens chegam a um determinado momento, como a receção dos sacramentos, e depois partem. Isso parte também da forma como lhes é incutida e transmitida a fé, pelos catequistas, pelo padre e pela família. A fé não é algo que se adquire, como um produto no supermercado. É um dom, uma oferta que Deus faz, mas tem de ser alimentada. Por outro lado, tem a ver com a forma como se
transmite a mensagem. Se for mais dura, austera, as pessoas fogem, se é muito ligeira também as afasta porque não lhes diz nada. Tento ter um meio termo. Um dia perguntaram-me como cativava os jovens. Não faço nada. Anuncio Cristo na sua forma mais plena. Tenho uma ligação forte com eles, estou sempre disponível, principalmente para os mais pequenos. É algo de que sinto falta, porque desde o confinamento em março que, aqui em Lagoa, não retomamos a catequese. Sempre que o íamos fazer, os casos aumentavam ou havia turmas em isolamento na escola… Alguns ainda vieram à missa com os pais e, para mim, era uma alegria. Gosto de dialogar com eles. Nas homilias, quando há crianças faço sempre perguntas aos miúdos. Eles ficam presos e respondem. Não se sentem diminuídos e integram a celebração litúrgica.
A igreja é constituída por pessoas e não somos todos iguais. A base é esta, não podemos fugir, mas há sempre uma forma de lidar com as situações. Os jovens padres estão a trazer algo de novo à igreja? Sim, cada um na sua forma de ser traz sempre algo de novo. Há riscos de alguns quererem viver algo que eles próprios não viveram, na questão dos ritos e do ritualismo. Às vezes, é um risco, mas trazem sempre algo novo quer para a igreja quer para a sociedade e comunidade.
A igreja tem vindo a adaptar-se à evolução da sociedade? Sim, a igreja sempre se adaptou. Ainda que, muitas das vezes, de fora, digam que ficou fechada e que está muito fechada em si mesmo.
Este Papa foi uma lufada de ‘ar fresco’ para quebrar preconceitos e mentalidades? E para chegar mais longe! Os últimos três Papas foram todos diferentes, mas acho que há uma sequência em todos eles. O João Paulo II foi o que abriu e 'escancarou' as portas. Bento XVI veio arrumar muitos aspetos, porque ao contrário do que as pessoas julgam é um homem humilde e simples. O passo que ele deu, de sair por não conseguir levar o barco como deveria, foi um ato de humildade muito grande. Já o Francisco é aquela pessoa terra a terra, do contacto com as pessoas e do falar sem preconceitos. Diz o que tem a dizer de forma simples e isso tem levado a mensagem a muitos, crentes e não crentes. O gesto que ele teve, quando sobe a Praça de São Pedro vazia, tocou muitas pessoas. Uma igreja vazia, mas cheia.
Há assuntos em que não podem ir contra as bases… É verdade. Há também situações que são vistas caso a caso. Estamos a falar de pessoas e não pode tudo ser tratado da mesma forma.
Ele é um símbolo da igualdade? Ele trouxe muito essa questão, mas também é uma pessoa que pondera muito bem e faz, não segundo as ideias de muitos, mas segundo o Evangelho.
Ajuda também a passar a mensagem aos mais velhos? Se os miúdos percebem, os mais velhos também percebem... Não uso uma linguagem de 'criancice', mas é uma linguagem que chega a todos. Nas homilias falo muito daquilo que é o dia a dia, os problemas das comunidades.
Pandemia tem sido uma Quaresma constante O covid-19 privou muito as pessoas e obrigou-as a parar, refletir e redescobrir. O padre Nuno Coelho compara a pandemia a “uma constante Sexta-feira Santa”, que levou as pessoas a estarem em silêncio. “A máscara veio mostrar-nos também que temos que ouvir e estar atentos aos que estão ao nosso lado, porque muitos sofrem em silêncio. Não é por acaso que quando usamos a máscara o que fica de fora são os ouvidos”, argumenta. Neste período de privação, Nuno Coelho deixa uma mensagem aos lagoenses e aos seus paroquianos. “Que tenham confiança. Deus ajudar-nos-á a vencer esta dificuldade. É necessário que sejamos responsáveis, ainda que nos custe, pois somos ‘dos abraços e dos afetos’. Principalmente, neste momento tão difícil em que estamos separados uns dos outros”, apela. Apesar de só agora começar efetivamente a Quaresma, tem sido algo que se prolongou desde março de 2020. “Tenhamos nós essa confiança, preparemos o nosso coração para depois podermos florescer e na Páscoa da Ressurreição”, termina.
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P12 // OPINIÃO Arrependimento em vésperas de São Valentim
Francisco Serra Loureiro Solicitador
Com o aproximar de mais um Dia de São Valentim, quantos de vós se encontram já a pensar em como surpreender o seu par com a oferta de uma prenda que simbolize o amor entre ambos? Infelizmente, em confinamento e com as restrições impostas pelo panorama pandémico que assola o nosso dia a dia, não nos é permitido passear livremente, olhar as montras e entrar nas lojas até encontrar o presente perfeito. Deste modo, nada como optar por outros meios de comércio. Assim, e atendendo ao panorama que enfrentamos, ganha cada vez mais sentido a aquisição de bens à distância recorrendo, não raras vezes, à encomenda de um produto através de, por exemplo, um site, modalidade em crescimento e que se vai tornando como preferencial de muitos portugueses. Mas, não raras vezes, a vida traz surpresas e nunca se sabe se, de repente, um desconhecido entra na sua vida e o seu namoro ou casamento termina abruptamente. E agora, o que fazer ao presente encomendado que era perfeito para quem agora deixou de o ser? Ou, não sendo tão pessimista, se simplesmente aquela prenda que encomendou com tanta certeza não for bem aquilo
que estava a contar? Bem, nestes casos podemos mesmo arrepender-nos em vésperas de São Valentim. Como contrato diferenciado do comércio tradicional, devemos referir que o contrato celebrado à distância observa algumas especificidades, das quais gostaríamos de destacar o apelidado “direito de arrependimento”. Nestes casos, a Lei prevê a possibilidade de o consumidor poder resolver o contrato sem incorrer em quaisquer custos e sem indicar qualquer motivo. Salvo algumas exceções como são, por exemplo, conteúdos digitais, produtos que não possam ser devolvidos por questões de higiene ou proteção de saúde, ou mesmo produtos que tenham sido adquiridos com especificidades a pedido do consumidor, esta é uma faculdade que se aplica à maioria dos contratos celebrados nestes termos e que, infelizmente, muitos dos consumidores não têm conhecimento. Compreende-se esta possibilidade, já que o consumidor adquiriu o produto sem ter um prévio contacto com o mesmo. Assim, passa a ter a possibilidade de, após análise, poder devolver o mesmo se entender que não corresponde às suas expetativas iniciais. Este tempo vulgarmente chamado de
“cooling off”, pois permite colmatar uma eventual precipitação por parte do consumidor aquando da encomenda efetuada online, decorre durante um período de 14 dias após adquirir a posse física dos bens, prazo em que o consumidor pode comunicar esta sua vontade ao comerciante sem indicar o porquê de o querer fazer.
Acresce dizer que se o fornecedor não cumprir com o referido reembolso no período estipulado, fica obrigado a devolver em dobro, no prazo de 15 dias úteis, os montantes pagos pelo consumidor, sem prejuízo de acrescer uma eventual indemnização ao consumidor por danos patrimoniais e não patrimoniais.
Com esta comunicação, surgem obrigações tanto para o consumidor, como para o fornecedor. Se o primeiro tem de, num prazo de 14 dias
Para esta e para outras matérias relacionadas com Direito do Consumo, nunca deixe de fazer valer os seus direitos como consumidor e, se preci-
Como contrato diferenciado do comércio tradicional, devemos referir que o contrato celebrado à distância observa algumas especificidades, das quais gostaríamos de destacar o “direito de arrependimento” após a sua comunicação, restituir o produto, garantindo o seu estado de conservação, já o segundo tem de reembolsar o consumidor de todos os pagamentos recebidos à data da aquisição pelo mesmo meio de pagamento utilizado pelo consumidor.
sar de ajuda, pode sempre contar com o auxílio do seu Solicitador. *Artigo publicado ao abrigo da parceria entre o Lagoa Informa e a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução PUB
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OPINIÃO // P13
O Associativismo deve ser uma mão estendida a todos No outro dia ouvi, numa rádio nacional, uma jovem a falar, com muita ternura, da sua avó como alguém que sempre a apoiou incondicionalmente. Sempre que representava, cantava ou praticava desporto, a avó era e é a sua fã número um, aplaudindo-a como se ela fosse sempre a melhor, a mais brilhante. Agostinho Custódio
Hoje, a jovem reconhece que, apesar do enorme entusiasmo da avó, muito do que fazia não era assim tão perfeito, concluindo, com muita alegria,
Os avós desempenham um papel muito importante no crescimento dos mais novos que dos avós não se espera sinceridade, mas AMOR. A dedicação desta avó continua ainda hoje e sempre que a neta se desloca ao Algarve, prepara-lhe o melhor acolhimento.
Realmente os avós desempenham/ podem desempenhar um papel muito importante e específico no crescimento dos mais novos, sendo o relacionamento com idosos indispensável numa sociedade que se quer equilibrada. A nossa terceira idade é, cada vez mais, ativa, sensível e altamente qualificada académica e culturalmente. Eles ajudam: 1- A direcionar a vida para o Amor e o Carinho. A maturidade que se adquire ao longo do tempo permite centrar a relação no coração, dando mais valor ao essencial. É somente num clima amoroso que o melhor de nós vem ao de cima, desenvolve-se e domina, moldando de forma robusta a nossa personalidade. Para amarmos necessitamos de ser amados desde que nascemos. Só o amor gera amor. 2- A caminhar para o Bem e isso implica a prática das Virtudes Humanas. Tal como os Pontos Cardeais, são qua-
tro: - A Prudência que significa pensar antes de agir, medindo sempre as consequências das nossas ações, dos nossos projetos e das nossas atitudes. Muitos dos acidentes na vida, tal como na estrada, dão-se porque não somos capazes de parar (para pensar) antes de acontecer vícios, inimizades, etc). - A Justiça como virtude não significa cumprir as leis dos Estados mas orientar-se pela Lei principal: o AMOR. Se amarmos sem medida, com certeza que daremos aos outros tudo o que lhes é devido e contribuiremos decisivamente para um mundo mais harmonioso e pacífico, capaz de proporcionar a Qualidade de vida que todos ambicionamos. - A Fortaleza é a capacidade que, quando desenvolvida, temos de ser firmes e constantes no caminho do BEM, resistindo a todas as tentações para o mal que todos os dias nos batem à porta. - A Temperança significa tempero, equilíbrio, moderação. Se o mundo nos oferece tantas coisas boas porque
não usufrui-las, desde que isso não seja motivo de exploração, escravização ou de miséria dos outros? Normalmente o que é mau não é o uso mas o abuso. 3- A tornar cada Coletividade numa família em que cada um seja conhecido pelo nome a tratado como pessoa. As nossas atividades culturais ou desportivas não são sobretudo para ganhar medalhas nem ajudar os sócios a passar simplesmente o tempo, como uma droga. Elas devem ser sempre uma mão estendida ao outro para caminhar connosco, ultrapassar as dificuldades da vida e exteriorizar tudo o que tem de bom. Só assim construiremos o Homem-Novo, aquele que promove o diálogo, a inclusão, a tolerância, a bondade, …, sem apontar o dedo da discriminação, da condenação, do medo, …, praticando livremente tudo o que faz crescer o nosso interior, tornando-nos gigantes por dentro.
CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO Delegação Regional do Algarve
Com o agravamento da pandemia tenho privilegiado a aquisição de produtos na internet. No entanto, ao fazer as minhas pesquisas tenho encontrado produtos de marca a preços muito convidativos. Como sei se são imitação? A DECO INFORMA… A contrafação é uma das atividades mais frequentes de desrespeito da propriedade industrial e consiste em utilizar, como sendo criação sua, a reprodução total ou parcial da criação de outro.
mos que era uma imitação. Contudo, outras vezes, a cópia é tão fiel ao original que não é fácil perceber se é ou não um produto contrafeito.
A contrafação é considerada crime, e são punidos tanto o fabrico como a comercialização desse tipo de produtos.
Uma das formas de detetar a contrafação é pelo preço: os produtos contrafeitos são habitualmente bastante mais baratos do que o original. Mas e qual será o problema da contrafação, se estamos a pagar menos por um produto que é praticamente igual a outro muito mais caro?
Por vezes, é bastante fácil detetar a contrafação. Já todos vimos produtos em que imediatamente constatá-
Em primeiro lugar, os produtos contrafeitos são geralmente de menor qualidade, por isso é provável que PUB
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Era a alegria da casa Seus queridos pais e manos Nunca a irão esquecer Por muitos e largos anos.
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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 18.02.2021 // Nº 147
EDUCAÇÃO // P15 Em fevereiro comemora-se o Dia dos Namorados, também conhecido por 'Dia de São Valentim'. É uma data especial, em que se celebra o amor entre casais e namorados, mas também é o dia de demonstrar afeto pelos nossos amigos e familiares. Afinal o amor pode ser vivido de inúmeras maneiras.
por parte da criança) • Faça atividades de memória auditiva: peça à criança para colocar por ordem as personagens que tentaram ajudar o lobo na busca por uma namorada • Peça à criança que conte a história por palavras suas • Realize atividade de consciência fonológica: encontrar palavras que rimam, que comecem pela mesma sílaba ou som, divida palavras em sílabas • Aproveite para expandir o vocabulário da criança, pesquisando com ela o significado de palavras desconhecidas ou palavras relacionadas com temas abordados na história (por exemplo: primavera, amor, floresta)
O livro deste mês conta a história de um lobo que queria ter uma namorada para pôr fim à sua solidão. Mas é tão difícil encontrar o amor… Como é que ele sabe que encontrou o amor da sua vida?
No mês de fevereiro o livro recomendado é…
Venham descobrir esta história divertida e romântica que nos ensina que o amor não se procura, encontra-se!
Temas a abordar: • Amor • Vocabulário • Capacidade de síntese • Amizade • Animais • Rimas
Titulo: O lobo queria ter uma namorada Autor: Orianne Lallemand Editora: Zero a oito (Disponível para requisição na Biblioteca Municipal de Lagoa)
Este livro merece: : (Peça à criança para enumerar o número de estrelas que considera que esta história merece. A classificação irá ajudar a perceber qual o tipo de leitura que lhe agrada mais)
1 estrela – não gostei nada; 2 estrelas – não gostei; 3 estrelas – gostei mais ou menos; 4 estrelas – gostei; 5 estrelas – adorei Consulte ainda a página #Educação Feliz em Casa# no site da Câmara Municipal de Lagoa em www.cm-lagoa.pt e descubra mais atividades que pode realizar em família.
Depois da leitura… • Realize perguntas de compreensão (de resposta direta ou que impliquem uma opinião ou justificação
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18 de fevereiro 2021 • Quinta-feira
INVESTIMENTO DE 335 MIL EUROS EM QUATRO ANOS
Autarquia substitui viaturas a diesel por elétricas
Praia da Marinha foi eleita uma das mais românticas e seguras CM LAGOA
O site ‘European Best Destinations’ e a revista ‘Forbes US’, seguidos por milhões de apaixonados por viagens, sugeriram a Praia da Marinha, situada no concelho, como um de 16 locais da Europa mais sedutores para reinventar o Dia de São Valentim em segurança. A data celebrada no domingo, 14 de fevereiro, foi passada sob o signo da pandemia, por isso a distinção foi complementada com o selo de ‘mais seguro’. O espaço no litoral lagoense reúne, segundo os especialistas, condições de exceção criadas pela natureza. A Câmara Municipal salienta ainda que requalificou há pouco tempo o acesso, criou um espaço de estacionamento e um miradouro sobranceiro à arriba.
PNPSE promove a interação da comunidade ESPAMOL
17 veículos elétricos renovam frota camarária
Aquisição permite reduzir milhares de euros em manutenção e ter veículos amigos do ambiente.
A
Câmara Municipal de Lagoa adquiriu 17 veículos elétricos no início de 2021 para apoio aos seus vários serviços. A compra das viaturas, que já estão em utilização, permite à autarquia renovar a sua frota e co-
meçar a retirar de circulação carros já esgotados e mais poluentes. O investimento envolvido na troca de automóveis a diesel por veículos elétricos rondou os 335 mil euros, a pagar em quatro anos, e contará com uma comparticipação do Fundo Ambiental. Em nota às redações, a Câmara sublinha que “as novas viaturas foram adquiridas na modalidade de aluguer operacional – ‘renting’ –, o que permite ao Município não ter que realizar um grande esforço financeiro para as adquirir, além de deixar de ter custos
com a manutenção e poder voltar a substitui-las, ao fim de quatros anos, algo que é muito importante nos veículos elétricos, uma vez que estes estão em constante evolução”. A autarquia acrescenta que este “é mais um passo na construção de ‘Lagoa, Cidade Sustentável’, o tema definido pelo órgão executivo, para o biénio de 20202021, e o primeiro passo para que, num futuro próximo, a frota de veículos ligeiros do Município seja constituída apenas por viaturas amigas do ambiente”.
O Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira de Lagoa (ESPAMOL) tem implementado o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar (PNPSE), que visa a promoção do ensino de qualidade para todos. Assenta numa abordagem de proximidade entre o aluno, a escola, a família e a comunidade, proporcionando o estabelecimento de relações positivas, participativas e cooperantes, atenuando as problemáticas e promovendo o sucesso escolar. Serão levadas a cabo sete ações, que têm de ser agora adaptadas à pandemia, e que promovem a ‘proximidade’, mesmo à distância, na comunidade escolar. As atividades estão a ser divulgadas nas redes sociais do Agrupamento.
Folia do Carnaval assinalada online A pandemia impediu que este ano o Carnaval fosse comemorado nos moldes habituais, mas a Câmara de Lagoa procurou assinalar a data na passada terça-feira, 16 de fevereiro. Assim, promoveu a transmissão dos concertos de Xico Barata e Bruno Cunha, nas redes sociais do município, revivendo ainda alguns momentos dos anos anteriores.
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