Lagoa Informa nº154 - 27.05.2021

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Quinta-feira, 27.05.2021 | € 1,00

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Vinhos do concelho entre os melhores

Quinzenário | Ano VI | Nº 154 | Diretor: Rui Pires Santos

Luís Encarnação quer critérios justos para avaliação da covid-19 Autarca sensibilizou secretário de Estado para o facto de a inclusão de turistas na contagem prejudicar o Algarve e alerta para a importância do comportamento responsável dos cidadãos. P9 PUB

PS apresenta os candidatos “que nunca viraram a cara a Lagoa” Partido promoveu sessão pública que serviu para oficializar os cabeças de lista às eleições de outubro. P8

MÁRIO VIEIRA

“O objetivo do PSD é ganhar as eleições” Líder dos social-democratas critica o executivo do PS por falta de obra e alerta que o PSD “é o único partido que consegue fazer pontes com todos e encontrar soluções governativas”, caso não saia uma maioria das próximas autárquicas. P4-6

PATRIMÓNIO Percursos Performativos de regresso P2

CULTURA David Roque lança livro sobre Ferragudo P9 PUB

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Dona Niza e Algarve Moscatel conquistam prémios e comprovam qualidade dos néctares produzidos em Lagoa. P3

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NATAÇÃO Competição inicia com torneio de cadetes P16

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

P2 // PÁGINA DOIS EVENTO DECORRE NAS QUATRO FREGUESIAS

Cinco Percursos Performativos voltam à rua a partir de junho

DIRETOR: Rui Pires Santos REDAÇÃO: Ana Sofia Varela COLABORADORES: Jorge Eusébio PAGINAÇÃO: Vanessa Correia FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos DETENTOR DO CAPITAL 100% Rui Pires Santos

// Ana Sofia Varela

NIF: 508 134 595 Nº REGISTO ERC: 126668

O

DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa EMAIL: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa TIRAGEM: 3.000 exemplares PERIODICIDADE: Quinzenal ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/

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evento ‘Percursos Performativos no Património’ começa no dia 20 junho, em Ferragudo, estando agendadas cinco atividades em todas as freguesias do concelho. Com a quarta edição a realizar-se a partir do próximo mês e até outubro deste ano, o Festival de Artes Performativas de Lagoa, promovido pela Câmara Municipal e incluído na programação cultural em rede ‘Bezaranha 2021’, tem como objetivo motivar a interação com o património cultural e natural, através de elementos mais representativos do território. O tema desta edição será a ‘Água: Património Comum da Humanidade’, sendo realizadas performances assentes em narrativas históricas que procuram envolver as populações locais e visitantes, na salvaguarda dos bens materiais e imateriais, partindo do conhecimento da história e da memória que os sítios e monumentos têm, descreve a Câmara Municipal.

Cinco caminhos para descobrir Assim, segundo a programação, o PUB

O SILVA

ANA SOFIA VARELA

Quarta edição contempla diversas iniciativas até outubro e terá como tema central a água.

PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa

Todos os percursos têm como tema a 'Água: Património Comum da Humanidade' primeiro percurso será ‘Ferragudo e o Algarve nos inícios do século XX’ e terá lugar naquela vila piscatória, no dia 20 de junho, às 18h00. Seguir-se-á, a 18 de julho, a partir das 18h00, ‘Um facho que ilumina os meus passos’, no Farol da Alfanzina, em Carvoeiro, e, a 8 de agosto, também a partir das 18h00, ‘O oleiro que sonhava ser limpa-chaminés’, em Porches. O quarto percurso agendado será ‘Levando a água ao seu moinho’, a 26 de setembro, a partir das 17h00, e terá lugar no sítio das Fontes, em Estômbar. A última atividade será ‘Ecos de liberdade’, está marcada para 5 de outubro, em Lagoa, a partir das 15h00, na Rua 25 de Abril e

noutros espaços da baixa. As inscrições são gratuitas, mas limitadas a 50 pessoas por percurso, podendo ser realizadas online (https://tinyurl.com/percursosperformativos). Em alternativa, os interessados podem inscrever-se no Auditório Carlos do Carmo ou no Centro Cultural Convento de São José. Os Percursos Performativos, segundo a organização, convidam a ingressar em viagens no tempo, ao questionar a génese e razão das coisas, contando ainda como é que Lagoa evoluiu ao longo dos últimos séculos, bem como que figuras contribuíram para a construção do concelho e da identidade dos cidadãos que o habitam.

PROGRAMA Percurso 1 • Ferragudo 20 de junho . 18h00 Ferragudo e o Algarve nos inícios do século XX Percurso 2 • Farol de Alfanzina, em Carvoeiro 18 de julho . 18h00 Um facho que ilumina os meus passos Percurso 3 • Porches 8 de agosto . 18h00 O oleiro que sonhava ser limpa-chaminés Percurso 4 • Sítio das Fontes de Estômbar 26 de setembro . 17h00 Levando a água ao seu moinho Percurso 5 • Lagoa 5 de outubro . 15h00 Ecos de liberdade

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

ABERTURA // P3 DONA NIZA FOI O GRANDE VENCEDOR DO XIII CONCURSO DE VINHOS DO ALGARVE

“Prémio é um grande estímulo para continuar e manter a qualidade” O empresário João Raposo ficou feliz com distinção e até já recebeu contactos e encomendas de vários pontos do país. // Rui Pires Santos

O

vinho Dona Niza Arinto 2019 fez história ao ser o primeiro branco a vencer o Concurso de Vinhos do Algarve, realizado a 6 de maio, numa organização da Comissão Vitivinícola do Algarve. Esta foi uma excelente notícia para Lagoa, mas também para o empresário e produtor João Raposo, responsável pela marca, que diz sentir-se orgulhoso. “Foi muito importante. Todos gostamos de algum reconhecimento, dá-nos estímulo e motivação para continuarmos a desenvolver o nosso trabalho com qualidade. Por outro lado, queremos também contribuir para

KÁTIA VIOLA

que Lagoa volte a ser uma terra de vinho de primeiro plano com o nosso parceiro e enólogo, o engenheiro João Marques do Ó, que é uma grande técnico”, afirma ao Lagoa Informa. O prémio garantiu quase de imediato visibilidade ao néctar e João Raposo já recebeu inúmeras encomendas de caixas de “Porto, Lisboa e outras zonas do país”, de pessoas e empresários que pretendem conhecer este vinho. Num ano muito difícil devido à pandemia, o Dona Niza registou grandes quebras nas vendas, “superiores a 60 por cento”, revela. “Os nossos maiores clientes são os restaurantes, que estiveram fechados. Está a ser difícil, mas com muito esforço, resiliência e calma vamos conseguindo manter a esperança de que as coisas irão melhorar”, acrescenta. No concurso foram provados 135 vinhos do Algarve, entre brancos, rosés e tintos de excelente qualidade de 32 produtores, o que traduz um aumento de 20% no número de vinhos inscritos, e de

aproximadamente 30% do número de produtores participantes, em comparação com a última edição. Foram premiados com Medalha de Ouro os vinhos Marquês dos Vales Grace Vineyard Tinto 2014 (Quinta dos Vales) e o Lagoa Reserva Branco 2019 (Única), enquanto o Dialog Tinto 2014 (Quinta dos Vales) ganhou a Medalha de Prata.

Autarquia felicita A Câmara de Lagoa, que nos últimos anos tem apostado forte na promoção dos vinhos, não deixou passar em claro este prémio, até porque outros produtores do concelho receberam distinções. “Quero em nome do município felicitar o produtor do Dona Niza pelo prémio alcançado. É sem dúvida um vinho de grande qualidade que Lagoa tem para oferecer a quem nos procura, enquanto destino turístico. Quero, igualmente, felicitar os outros vinhos pela qualidade que apresentam”, afirmou Luís Encarnação, presidente da autarquia.

João Raposo, o produtor do Dona Niza

ANA SOFIA VARELA

Distinguido no evento Cidades de Vinho

Algarve Moscatel da Única conquista Grande Medalha de Ouro

Enólogo João Marques do Ó

Outro vinho que esteve em destaque foi o Algarve Moscatel, da adega Única, premiado com a Grande Medalha de Ouro no Concurso Cidades do Vinho, uma organização conjunta entre a Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) e a Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal (ARVP). Os resultados foram divulgados pela organização no passado dia 14 de maio, tendo a Única

sido distinguida pela qualidade superior de um dos seus vinhos e do trabalho do enólogo João Marques do Ó. Em concurso estiveram mais de 550 referências e, além do Algarve Moscatel, foram galardoados outros cinco vinhos. A Medalha de Ouro foi atribuída ao Lagoa Palhete (Morgado do Quintão), ao Marquês dos Vales – Grande Escolha e Marquês dos Vales – Duo Tinto (Quinta dos Vales),

enquanto a Medalha de Prata foi entregue ao Reserva Branco (Única) e ao Dialog Verdelho 2019 (Quinta dos Vales). Nesta primeira edição do concurso foram premiados 160 vinhos, 12 com as Grandes Medalhas de Ouro, 90 com as Medalhas de Ouro e 58 obtiveram Medalhas de Prata. Os resultados da primeira edição do Concurso Cidades do Vinho, que decorreu de 7 a 9 de

maio em Lagoa, poderão ser consultados nos sites deste concurso, da AMPV e da ARVP. A cerimónia da entrega de prémios irá decorrer no próximo mês de junho, entre os dias 9 e 13, durante a Feira Nacional da Agricultura, em Santarém. Os vinhos inscritos nesta iniciativa participaram também no Concurso Internacional em Itália, realizado entre 21 a 23 de maio, no Castelvetro di Modena. PUB

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

P4 // ENTREVISTA MÁRIO VIEIRA, CABEÇA DE LISTA DO PSD À CÂMARA NAS PRÓXIMAS AUTÁRQUICAS

“O Partido Social Democrata apresenta-se a eleições para ganhar" Presidente da concelhia do partido e candidato ao ato eleitoral previsto para outubro revela confiança e aponta o dedo à gestão socialista. Prevê um resultado ‘renhido’ e garante que, no cenário atual, o seu partido é o “único que consegue fazer pontes com todos e encontrar soluções governativas”. FOTOS: ANA SOFIA VARELA

// Rui Pires Santos

O

partido apresenta listas aos órgãos autárquicos com inúmeras pessoas sem ligações à política e com muitas mulheres. Qual o objetivo ou mensagem que pretende passar? O PSD foi poder em Lagoa durante 28 anos e foi acusado de manter sempre as mesmas pessoas nas listas. Não se está a fazer uma renovação a pedido, mas obviamente que um partido que há oito anos não está no poder tem de saber interpretar os sinais de mudança. Como tal, entendeu não fazer um corte com o passado – e a lista à Assembleia Municipal mostra isso mesmo –, mas percebeu que tem de se abrir mais à sociedade. O facto de ter mais mulheres não é porque procurámos preencher espaços e cumprir quotas, é porque convidámos pessoas que estivessem efetivamente disponíveis para política. Queremos pessoas comprometidas com esta missão. Grande parte dos elementos que integram as nossas listas, talvez 90 por cento, nunca estiveram na política. São gente nova que queremos aproveitar, assente nos valores que o partido defende. Diz que um dos seus objetivos é abrir o partido à sociedade. Que tem feito o PSD nesse sentido? Estou na liderança da concelhia há cerca de um ano e quatro meses. No entanto, mesmo antes disso, o meu antecessor, começou a fomentar a JSD e constituiu as MSD, exatamente nessa procura de uma nova dinâmica e de renovação dos quadros, nunca afastando os que já estavam e deram muito ao partido. Mesmo os vereadores do PSD na Câmara, nos últimos quatros anos, têm feito um esforço enorme em passar toda a informação possível cá para fora, de modo a que os cidadãos saibam o que se passa, mostrando com transparência a nossa atividade. Basicamente, trouxemos jovens e mulheres para a política e procurámos sempre informar as pessoas da nossa atividade.

O candidato salienta que o PS não concretizou nenhum dos grandes projetos prometidos em 2017 A lista para a Assembleia Municipal recupera nomes com peso no partido e é uma aposta forte para as próximas eleições? Quando se fala em renovar, não se pode partir do princípio que se vai deixar de apostar nas pessoas que serviram o partido e que podem ainda ser úteis. Aproveita-se é a experiência e o conhecimento que têm. Estou a falar do Joaquim

pode ser desbaratada. Entendemos que são militantes com valor e que podem ter grande importância num órgão como a Assembleia Municipal, que precisa de pessoas com experiência política. Descura-se muito a atividade deste órgão, mas na realidade é tão importante como a Câmara, porque é lá que se discutem as políticas do concelho. Por isso, escolhemos

“Perante o cenário atual, em que se prevê um resultado muito dividido, somos o único partido que consegue fazer pontes com todos e encontrar soluções governativas” Cabrita, do José Inácio e do Rui Correia, elementos que exerceram cargos de responsabilidade no concelho, cuja experiência não

estas pessoas, uma vez podem representar uma enorme mais valia para um melhor desempenho da Assembleia Municipal.

AS PROPOSTAS Como vai desenvolver a sua campanha? O PSD está a preparar uma campanha virada para o futuro. Não podemos esquecer os 28 anos em que presidimos a Câmara, em que fizemos um conjunto de obras que, felizmente, hoje estão aí e a provar que o concelho é o que é, porque foi o PSD que ajudou com o trabalho que desenvolveu nesses anos. Mas também chegou a altura, passados oito anos de fora do poder, de apresentar e responder a outras necessidades que o concelho tem para continuar a desenvolver-se. Não vamos evitar criticar seja o que for e, evidentemente, não podemos esquecer o que foi prometido e não foi cumprido, pois isso faz parte da política. E ninguém pode dizer que estamos sempre a criticar, pois colaborámos nestes quatro anos num conjunto de propostas para que as coisas melhorassem. A nossa campanha vai ser basica-

mente virada para o futuro, mas também recuperar alguns projetos que, nos últimos oito anos, temos vindo a insistir, porque infelizmente 90 por cento deles não foram concretizados pelo executivo do PS. Como por exemplo? No nosso programa, queríamos que o recinto da FATACIL fosse um espaço virado para o empreendedorismo, com dinâmicas e atividades ao longo do ano, mas o PS decidiu avançar com outro projeto – o Parque Urbano de Lagoa –, embora até hoje não tenha surgido nada. Hoje o Parque de Feiras e Exposições de Lagoa continua a servir só para realizar a FATACIL. Queremos apostar neste espaço, desenvolvê-lo e dinamizá-lo, pois Lagoa precisa de um local que atraia atividades económicas. Por outro lado, a mobilidade urbana e a dignificação dos polos turísticos são muito importantes. Foi prometida por outros partidos, mas


Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

ENTREVISTA // P5 “Não vamos evitar criticar seja o que for e não podemos esquecer o que foi prometido e não foi cumprido. Ninguém pode dizer que estamos sempre a criticar, pois colaborámos nestes quatro anos com um conjunto de propostas para que as coisas melhorassem” O PSD está contra o silo de Ferragudo e prefere a criação de três ou quatro bolsas de estacionamento na vila o que é facto é que passados oito anos pouco se fez. O que faltou fazer nesse campo? A ligação Lagoa/Carvoeiro merece outra dignidade e não me refiro à estrada que usamos tradicionalmente. Quando falamos de Carvoeiro é de toda a freguesia! Das Sesmarias, de Vale de Milho, de Centeanes e da Rocha Brava. É necessário um conjunto de redes rodoviárias com segurança e qualidade para automóveis e pessoas. O mesmo se aplica a Ferragudo. E em Porches e na Senhora da Rocha pouco se fez, só a ciclovia. Mas na realidade não se criou uma mobilidade à Senhora da Rocha. Depois há a questão do estacionamento. Em que zonas? Carvoeiro é um dos principais polos turísticos e precisa de respostas de estacionamento. Foi prometido um silo e, ao longo de oito anos, esse projeto esteve previsto em orçamento, mas passado este tempo não fizeram o que prometeram. Nós temos soluções e apostamos nelas. Carvoeiro necessita urgentemente de uma solução de mobilidade. Em Ferragudo também falta estacionamento. Sempre fomos contra o silo de Ferragudo, pois é uma obra que está orçamentada em cerca de 2,5 milhões, mas pelas nossas contas pode mesmo chegar aos 3,5 milhões. Não responde às necessidades de uma vila que tem um potencial enorme, mas que não pode ser descaracterizada com a construção de um edifício automóvel. É também importante perceber que apenas há dificuldades de estacionamento em Ferragudo em três ou quatro meses, por isso temos de ser inteligentes e saber arranjar soluções. Qual é a solução do PSD? Apoiamos projetos que resolvam o problema de estacionamento com a criação de três ou quatro

bolsas de estacionamento na malha urbana da vila, uma delas na Angrinha. Não vale a pena concentrar tudo num espaço só. Não faz sentido, na nossa perspetiva, contruir um estacionamento para 150 carros num lado da vila, quando toda a vida e atividade está no lado contrário. O silo não é solução para Ferragudo e veja-se o caso de Armação de Pêra. Custou uma fortuna à Câmara, está dois meses aberto e tem de fechar o resto do ano, porque estando aberto dá prejuízo, e não resolve problema nenhum. Além disso, está localizado numa zona da vila, quando a maior parte da atividade comercial e turística acontece precisamente no lado oposto.

em Lagoa, não acontece em lado nenhum. É um ex-presidente de Câmara que sai do PSD, vai para o PS, ganha eleições, consegue uma maioria absoluta e depois volta a sair e agora quer voltar. Como o partido não o aceitou, decidiu avançar através de um movimento independente. Isto vai fazer confusão a algumas pessoas e acho que os cidadãos estão expetantes. Há pessoas que se vão sentir indignadas ou traídas, outras não e irão apoiar, mas serão com certeza umas eleições muito difíceis, diferentes de todas as anteriores, até pela pandemia. Isto além da entrada em cena do Chega, que poderá baralhar um pouco mais.

O partido tem sido crítico também quanto ao Parque Escolar da Mexilhoeira da Carregação… Sempre fomos contra essa obra. A Câmara vai gastar 5,5 milhões de euros numa escola primária! O PSD quando saiu da autarquia, em 2013, tinha um projeto para remodelar aquele espaço, por valores bem mais baixos. O PS fez um primeiro projeto que depois já não servia e gastou uma fortuna em projetos. Voltou a fazer um novo e agora este prevê um custo de 5,5 milhões numa escola para 180 alunos! Os alunos da Mexilhoeira merecem uma escola melhor, mas se pensarmos bem este valor é demasiado para uma só escola, quando temos vários estabelecimentos do concelho a precisar de intervenções. O PSD sempre foi muito rigoroso a gastar dinheiro e com menos dinheiro fez mais obra do que este executivo socialista tem feito.

É unânime que o PSD não atravessa o melhor período a nível nacional e regional. Acha que em Lagoa o partido pode discutir a vitória nas próximas eleições autárquicas? As eleições autárquicas, por norma, são muito diferentes das nacionais, basta olhar para o histórico. Acho que os cidadãos nas autárquicas continuam a votar uma percentagem no partido, mas a maioria olha para as pessoas e para as listas. O PSD vai apresentar um conjunto de pessoas que não têm ligação ao partido. Temos cerca de 200 militantes, as nossas listas têm cerca de 100 pessoas e dessas só talvez 20 por cento são militantes. O Partido Social Democrata a nível local, em Lagoa, tem feito um trabalho sério e espera obter reconhecimento desse bom desempenho. E o resultado que pretendemos é ganhar as eleições, porque fizemos um bom trabalho nestes quatro anos. Votamos contra quando o tínhamos de fazer, aprovámos e concordámos com muita coisa e também contribuímos para a melhoria de projetos através de intervenções construtivas.

Esta eleição promete ser diferente, com a entrada de novos atores políticos, um movimento independente e um novo partido. Sente que a população está mais interessada nestas autárquicas? Acho que estas eleições serão atípicas. O que está a acontecer

Quais foram as maiores vitórias

“O PSD sempre foi muito rigoroso a gastar dinheiro e com menos dinheiro fez mais obra do que este executivo socialista” “Com o dinheiro que este executivo teve, o PSD teria requalificado as vias de acesso às zonas turísticas de Porches, Carvoeiro e Ferragudo e recuperado um conjunto de património, aproveitando os incentivos à reabilitação urbana” “Câmara ingovernável sem maioria? Acredito que quem for eleito, independentemente do vencedor, tem a responsabilidade de respeitar os resultados e encontrar soluções. Estar nesta altura a pensar em coligações é uma falta de respeito para com os eleitores”

do PSD nestes quatro anos? Foi cada vez que intervimos em debate nas reuniões de Câmara e conseguimos fazer com que o executivo voltasse atrás e ponderasse se aquela era a melhor solução. Aconteceu algumas vezes, por isso houve coisas melhoradas, só é pena que não tivesse aconte-

cido mais. Votar contra é o mais fácil, mas procurámos sempre apresentar recomendações. Algumas foram aprovadas e melhoraram vários projetos. AVALIAÇÃO AO PS Como analisa estes quase oito anos do ‘reinado’ socialista em


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P6 // ENTREVISTA "Queremos devolver a Lagoa uma dinâmica de progresso" O que distingue a sua candidatura da do PS? Temos oito anos para fazer uma comparação. Nós queremos fazer um trabalho diferente do que o PS fez nestes quatro anos e devolver a Lagoa uma dinâmica de progresso e criar estruturas para que o concelho continue a ser atrativo. A nossa candidatura é contra a inércia de um partido que teve em 2017 maioria absolutíssima, mas que em quatro anos pouco fez e ficou encostado à vitória conquistada. E do movimento Lagoa Primeiro? O Lagoa Primeiro está ligado ao Partido Socialista e surge de uma divergência interna entre as pessoas que contribuíram para a vitória do PS em 2013 e em 2017. Depois disso algo aconteceu para provocar a desunião. Na prática, os principais rostos do movimento são todos do PS. No fundo, o Lagoa Primeiro é o resultado do fracasso da governação socialista, nomeadamente no período 2017/2021. O social-democrata defende que não é altura para pensar em coligações Lagoa? Estes oito anos tiveram duas fases. Não posso ser injusto e dizer que tudo correu mal. O PS quando chegou ao poder, como é natural, entrou com forte dinâmica e com vontade de fazer coisas. É verdade, trouxe um conjunto de ideias e projetos e foi por isso que conseguiu em 2017 uma vitória histórica. Acho que levaram quatro anos a perceber como as coisas funcionavam e em agosto de 2017, dois meses antes das eleições, apresentaram na FATACIL um conjunto de obras, referindo que o PSD não tinha deixado nenhum projeto em carteira, e que então aqueles seriam os grandes projetos para os próximos anos. O que é certo é que até hoje, desses projetos não se concretizou nada! O concelho de Lagoa precisava de uma nova linguagem, de maior visibilidade e o PS fez isso bem, embora tenha sido mais comunicação que concretização. Começou a divulgar mais Lagoa, a comunicar tudo o que fazia e as potencialidades do concelho, coisa que o PSD não fez nos últimos anos em que esteve no poder. Não foi tudo mau, mas depois de 2017 o PS ficou embriagado pela vitória. Como assim? Dos 10, 12 projetos apresentados na FATACIL 2017 nenhum foi feito, nomeadamente o grande Parque Urbano de Lagoa, com picadeiro, tudo no valor de sete milhões, para concretizar em quatro ou cinco anos. A requalificação da baixa de Ferragudo ficou no papel. O Pátio da Música não avançou. Os dois silos (Carvoeiro e Ferragudo) também não, a requalificação da Escola da Mexilhoeira da Carregação não arrancou e já mudaram o projeto que tinha sido apresentado. Ou seja, estes últi-

mos quatro anos, foram anos perdidos. Nestes anos, Lagoa pode ter ganho em termos de imagem, de projeção para o exterior, mas perdeu no cuidar do concelho. Não podemos divulgar um destino, mas depois não investir nele, nem dar condições aos que aqui vivem ou nos visitam. Além disso, a nível patrimonial, nada foi feito. A reabilitação urbana foi zero. Foi iniciada em 2017 a revisão do PDM, mas ainda não está pronta, quando este é um documento fundamental para o futuro. Nestes oito anos, o PS teve tudo na mão, nunca foi impedido de fazer nada. Tiveram dinheiro, diziam ter projetos, mas infelizmente em oito anos, o concelho não regrediu, mas também não avançou como podia ter avançado. O que houve de positivo nestes anos? É verdade que o PS desenvolveu um conjunto de eventos importantes, como a noite Black & White, que nós não faríamos da mesma maneira, mas faríamos algo de certeza. O Lagoa Wine Show foi também uma boa iniciativa, embora a promoção do vinho também fosse uma prioridade nossa, se bem que através de parcerias com a adega e da recuperação do seu património. Houve um conjunto de iniciativas e espetáculos que promoveram e que correram bem. Também desenvolveu o projeto de melhoramento das acessibilidades a Portimão, através da ponte velha. Também o Parque do Calvário foi um investimento positivo e uma intervenção importante. Contudo, temos de perceber a conjuntura da Câmara antes de 2013, quando não havia dinheiro. O PS já apanhou um período diferente a partir de 2013.

O que teria o PSD feito diferente se estivesse no poder? Com o dinheiro que este executivo teve, o PSD teria requalificado as vias de acesso às zonas turísticas de Porches, Carvoeiro e Ferragudo através de redes viárias. Teria recuperado um conjunto de património, aproveitando os incentivos à reabilitação urbana. Iria de certeza adquirir edifícios para fazer reabilitação urbana efetiva, tanto para instalação de serviços camarários, mas principalmente para habitação jovem. E melhorar efetivamente a qualidade de vida nas áreas urbanas com a construção de verdadeiros parques urbanos. COLIGAÇÕES O PSD está disponível para uma coligação pós-eleitoral, caso não haja uma maioria? O Partido Social Democrata apresenta-se nestas eleições para ganhar. Todas são difíceis de vencer. Recordo que em 1985 o partido ganhou as eleições, quando nada fazia prever isso, pois o PS vinha de uma maioria absoluta de Abel Santos. E foi através de uma divisão que o PS perdeu… parece que a história está a repetir-se. O tempo é outro, é certo, mas na altura surgiu o PRD, enquanto agora há um movimento independente. Seja como for, o PSD vai lutar e a apresentar as melhores soluções para ganhar as autárquicas. E se não ganhar? Não colocamos essa hipótese. E não havendo maioria absolutas, o PSD é um partido responsável e vai esforçar-se para encontrar soluções para que a Câmara seja governável. Não será por nós que o município se vai tornar ingovernável, por os partidos não se entenderem. Temos consciência que destas elei-

ções pode resultar uma vitória sem maioria e estaremos à altura das nossas responsabilidades. Isso não o preocupa? Não, porque acredito que as pessoas que forem eleitas, independentemente de quem ganhar, têm responsabilidade de respeitar os resultados e encontrar soluções. Estar já nesta altura a pensar em coligações é uma falta de respeito para com os eleitores. Cada partido deve apresentar as suas soluções para os eleitores poderem escolher. No final, após as eleições, os partidos devem respeitar os resultados e a responsabilidade de criar condições para a governabilidade, seja no poder, seja na oposição. Neste momento, o PSD

não coloca a hipótese de uma coligação. Uma Câmara sem maioria de um partido é governável? Sim, a prova disso foi quando o PSD ganhou as eleições em 1985 (tomou posse em 1986), procurou entendimentos com outros partidos e a Câmara foi governável e até conduziu a 28 anos de governação do Partido Social Democrata. Acho que o PSD, neste momento, ganhando as eleições, garante estabilidade e governabilidade à Câmara. Perante o cenário atual, em que se prevê um resultado muito dividido, somos o único partido que consegue fazer pontes com todos e encontrar soluções governativas. PUB

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

P8 // POLÍTICA LUÍS ENCARNAÇÃO NA APRESENTAÇÃO PÚBLICA DOS CABEÇAS DE LISTA DO PS ÀS AUTÁRQUICAS

“Sempre estivemos cá, nunca voltámos a cara a Lagoa” Autarca diz ter um trabalho para continuar e destacou a batalha contra a pandemia. Sessão contou com a participação de Luís Graça, presidente da Federação do PS Algarve. FOTOS: D.R.

// Rui Pires Santos

O

PS Lagoa promoveu a 17 de maio uma sessão para a apresentação pública dos seus cabeças de lista aos diferentes órgãos às próximas eleições autárquicas. Luís Encarnação, presidente da concelhia, e candidato do partido à Câmara, destacou o trabalho realizado, nomeadamente durante a pandemia, e sublinhou que esta foi “a equipa que esteve sempre ao lado dos lagoenses”. “Esta é a candidatura da continuidade. Apresentamo-nos aos lagoenses com o intuito de prosseguir o trabalho iniciado em 2013. Na altura, assumimos que este seria um projeto para 10/12 anos, nunca menos de três mandatos. Dando sequência a esse compromisso, estamos cá! Os mesmos, aqueles que sempre estiveram ao lado dos lagoenses, que nunca os abandonaram, para dar continuidade a esse trabalho”, salientou,

de 2019, e que agora se candidata pelo movimento Lagoa Primeiro. “Estes são os autarcas que estiveram sempre cá. Nunca voltámos a cara a Lagoa, nos bons momentos, quando colocávamos o concelho no mapa, quando fazíamos festas e eventos de grande impacto, quando pegámos numa FATACIL moribunda em 2013 e a transformámos ao ponto de a edição de 2019 ter sido a melhor de sempre em número de visitantes (195 mil), em venda bilhetes e em receitas. Mas também ficámos cá nos momentos difíceis, da pandemia e da incerteza, enquanto fechavam as repartições públicas e as empresas. Mas nós estivemos aqui a ajudar os lagoenses, levando-lhes comida, bens de primeira necessidade, apoiando quem precisava. Sempre estivemos cá e queremos continuar”, reiterou.

As prioridades “O que assumimos desde há cerca um ano e três/quatro meses a esta

“Uma das nossas prioridades, com a pandemia, passou a ser cuidar dos lagoenses, daqueles que mais precisam, cuidar das empresas, sempre com o compromisso de não deixar ninguém para trás” numa alusão à saída de Francisco Martins da autarquia, em julho

parte, com a pandemia, foi o redefinir das nossas prioridades, que

Luís Encarnação diz que pretende dar continuidade ao projeto iniciado em 2013 passaram a ser cuidar dos lagoenses, daqueles que mais precisam, cuidar das empresas, das instituições, sempre com o compromisso de não deixar ninguém para trás. É isso que temos feito e vamos continuar a fazer”, explicou Luís Encarnação, lançando os desafios para o próximo mandato. “Ainda temos muito para fazer. O principal objetivo desta candidatura é continuar a batalha contra a pandemia, defender os interesses dos lagoenses e estimular a economia. Depois é dar continuidade ao trabalho realizado, sobretudo depois de agosto de 2019, altura em que assumi a presidência da Câmara Municipal. Nessa altura, houve o redefinir

Estes são os cabeças de lista do Partido Socialista para as próximas eleições autárquicas

de algumas estratégias, nomeadamente cuidar do espaço público, a recolha dos resíduos, a limpeza urbana dos nossos jardins, cuidar das estradas e caminhos. Iremos dar continuidade à aposta forte na Educação e no Desporto, onde somos um concelho de referência, mas também na Cultura. O projeto desta equipa é tornar Lagoa num espaço cada vez melhor para viver, trabalhar e visitar e tranformando o concelho numa verdadeira cidade educadora, mas também ativa, saudável, inteligente, sustentável, tornando-a numa marca, porque a nossa principal atividade económica é o turismo. Por isso, é importante que saibamos projetar a marca Lagoa”, sublinhou.

Elogios da Federação Além dos cabeças de lista, Águas da Cruz (Assembleia Municipal), Joaquim João (UF Lagoa e Carvoeiro), Luís Bentes (JF Porches), Joaquim Varela (UF Estômbar e Parchal) e Luís Alberto (JF Ferragudo), marcou presença na sessão Luís Graça, presidente da Federação distrital do PS e deputado pelo Algarve na Assembleia da República. Elogiou o atual presidente da Câmara de Lagoa e mostrou confiança numa vitória nas autárquicas. “Estou perante um grande presidente de Câmara, um grande militante socialista. Luís Encarnação, já eras um dos nossos melhores quando nos conhecemos há muitos anos na Juventude Socialista e hoje não tenho dúvida nenhuma que és um dos nossos melhores no Algarve”, referiu Luís Graça. “O Partido Socialista apresenta-se a estas eleições com humildade, com a cabeça levantada e com pessoas que sempre deram a cara por Lagoa e que vão ficar sempre aqui. A nossa expetativa e desejo é vencer estas eleições e eleger o Luís Encarnação e estes cabeças de lista aos restantes órgãos autárquicos”, acrescentou.


Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

SOCIEDADE// P9 AUTARQUIA ESPERA DESCIDA DE CASOS PARA NÃO RECUAR

Apresentação no dia 28 de maio

Concelho quer critérios justos para covid-19

David Roque lança livro sobre Ferragudo

Luís Encarnação sensibilizou secretário de Estado para o facto de a inclusão de turistas na contagem prejudicar concelhos algarvios.

A apresentação pública da obra ‘Ferragudo: Uma economia local no Algarve Setecentista’, da autoria de David Roque, está agendada para sexta-feira, 28 de maio, às 18h30, no largo do cais ribeirinho, na Rua Infante Santo. A publicação era para ter sido apresentada no ano passado, mas foi adiada devido à covid-19, sendo agora realizada ainda no âmbito da celebração dos 500 Anos da Criação do Lugar de Ferragudo. A autarquia apresenta assim a obra do historiador em 179 páginas. O acesso ao evento é livre, mas sujeito à lotação de lugares sentados, conforme as normas da Direção-Geral da Saúde.

CM LAGOA

// Ana Sofia Varela

Cerimónia será no Convento de São José dia 31

O

Governo está a estudar um ajustamento às medidas relacionadas com o covid-19, mas Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, colocou na ordem do dia uma questão que pode influenciar a avaliação do plano de desconfinamento. “Lagoa tem uma incidência em função dos cerca de 22700 habitantes no concelho, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Estatística de 2019. Estamos a receber turistas desde a semana passada e, por isso, temos cá mais pessoas. Alguns dos casos registados são de visitantes. No entanto, a base de avaliação não foi alterada e não tem este fator em conta. Não é justo, porque, às tantas, temos 30 ou 40 mil pessoas e continuamos a ter uma incidência baseada nas 23 mil pessoas que habitam no concelho”, explicou o autarca em declarações ao Lagoa Informa. E foi com este pressuposto que Luís Encarnação deu nota desta preocupação ao secretário de Estado responsável, sendo um assunto que merecerá insistência junto deste governante e da Comunidade Intermunicipal Amal. “Não é justo e não está correto. É preciso fazer um ajuste a este nível”, defende. E podem ser duas as opções em cima da mesa. Ou os turistas não contam para os números dos concelhos ou a base de avaliação é alargada. “Senão, não estamos em pé de igualdade com os demais, com todas as consequências que isso tem para Lagoa

Sorteio do ‘Val€ comprar no comércio local’ A campanha ‘Val€ comprar no comércio local’ promove o quinto sorteio da iniciativa no próximo dia 31 de maio, no Convento de São José, às 14h30. Esta medida pretende apoiar a economia lagoense, numa altura em que as dificuldades são acentuadas para as empresas, devido à covid-19. A intenção é, por isso, atrair clientes para a restauração e comércio tradicional do concelho, promovendo a economia circular. O sorteio será transmitido no canal de Youtube do município. Esta é uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Lagoa e da Associação de Comércio e Serviços do Algarve.

Homem de 27 anos ficou ferido

Estrangeiro caiu no Algar Seco Próxima avaliação será esta quinta-feira, 27 de maio e para a região. Seja o nosso caso, seja Tavira, Vila do Bispo, Albufeira ou outro qualquer concelho do Algarve. Não é só esse que é prejudicado, mas toda a região. Isto tem de ser analisado”, acrescenta Luís Encarnação. Na última avaliação do Governo, a 20 de maio, Lagoa recebeu um aviso, pois tinha mais de 120 casos por cada cem mil habitantes acumulados nos 14 dias anteriores. Esta quinta-feira, dia 27 de maio, haverá uma nova avaliação e, caso o concelho esteja dentro dos limites definidos como de risco de contágio moderado ou suba para elevado poderá ser penalizado. Apesar desta realidade, Luís Encarnação mantinha-se confiante, na segunda-feira, 24 de maio, de que o concelho baixaria o número de casos até esta avaliação. “Se a tendência de decréscimo se mantiver, Lagoa deixará de fi-

car numa situação de alerta. Nos últimos nove dias, o concelho tinha registado dez novos casos, o que representa uma média muito baixa de propagação do vírus. Nestes últimos dias que nos separam até à próxima contagem vão ser expurgados da contagem 16 casos”, justificava o autarca no início desta semana. Luís Encarnação recorda que o concelho nunca esteve numa situação alarmante. O limite de 27 casos acumulados em 14 dias coloca-o em risco moderado e o dobro desse número, 54, em risco elevado. Na última avaliação, Lagoa tinha 36 casos, mas tem vindo a baixar os números. Ainda assim, será essencial continuar a adotar comportamentos de segurança sanitária para evitar surtos e contágios, permitindo que a economia reabra sem sobressaltos, alerta o autarca.

Um homem com 27 anos, natural do Bangladesh, sofreu no dia 15 de maio uma queda quando passeava com um grupo de amigos no Algar Seco, no concelho, tendo ficado ferido. O alerta para a ocorrência foi recebido pelo piquete do Comando-local da Polícia Marítima de Portimão às 13h38, através dos Bombeiros Voluntários de Lagoa, que informou que um indivíduo tinha caído no Algar Seco e necessitava de assistência. Por se encontrar num local de difícil acesso, a vítima foi retirada através da embarcação, que a transportou para o cais de Ferragudo, onde a esperava uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Lagoa para a levar para o Centro Hospitalar Universitário do Algarve.

Candidaturas para monitores e participantes

Abertas inscrições para férias desportivas A Câmara Municipal abriu as inscrições para monitores e participantes nas Férias Desportivas de Verão, que vão decorrer entre 12 de julho e 3 de setembro. A autarquia informa que os participantes devem ter entre 6 e 14 anos. A atividade custa entre 12,50 e 45 euros por quinzena, consoante a criança frequente as Férias Desportivas num só período, da manhã ou da tarde, ou todo o dia, estando incluído almoço neste caso. Os monitores podem candidatar-se desde que tenham 16 anos, até 4 de junho, na secretaria do Pavilhão Municipal, em Lagoa. PUB

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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

P10 // DESPORTO CANOÍSTA NÃO CONSEGUIU VENCER A FINAL DA TAÇA DO MUNDO

Kevin Santos esteve muito perto do apuramento para Tóquio D.R.

Atleta quase conseguia qualificar-se para uma das vagas dos próximos Jogos Olímpicos, mas ficou em terceiro a 17 centésimos do vencedor.

O

atleta Kevin Santos, do Kayak Clube Castores do Arade, ficou a escassos centésimos de conseguir o apuramento, no dia 21 de maio, na Rússia, para participar nos Jogos Olímpicos. Em K1 200, o canoísta de 26 anos, não foi além do 3º lugar, com o tempo de 36,271 segundos, a 17 centésimos do vencedor, o lituano Mindaugas Maldonis, que garantiu o apuramento para Tóquio 2020, e a um centésimo do 2º classificado, o ucraniano Oleh Kukharyk. Atleta do Kayak Clube Castores do Arade, o mais alto canoísta português federado, com 1,96 metros, tentava a primeira pre-

sença olímpica e teve o melhor arranque da regata, que liderou, mas acabou por não resistir ao ataque dos adversários, descreve a Federação Portuguesa de Canoagem. Apesar de ter vencido a eliminatória, na primeira prova da Taça do Mundo o atleta lagoense falhou a partida e apenas conseguiu um 5º lugar. Na sexta-feira, 21 de maio, não conseguiu ultrapassar outros dois atletas, tendo ficado para trás o sonho de ser olímpico já este ano. Por sua vez, o K4 500m, já apurado para os Jogos Olímpicos, com Emanuel Silva e David Varela fez a primeira competição oficial desde o Mundial de 2019. Ficou em 4º lugar a apenas 0,04 déci-

mas da embarcação Bielorussa, 1’23’’93 contra 1’23’97 da tripulação portuguesa. No pódio ficaram ainda os atletas alemães, tendo os vencedores sido os canoístas espanhóis. A dois meses dos Jogos Olímpicos, a equipa portuguesa continua a lutar para recuperar as centésimas que permitam conquistar uma medalha em Tóquio. No ‘photo-finish’ a margem para o bronze é mínima.

Campeonato Regional de Fundo No Campeonato Regional realizado na Mexilhoeira da Carregação, a 15 de maio, numa competição organizada pelo Kayak Clube Cas-

Clube lagoense arrecadou nove títulos na competição regional tores do Arade, Câmara Municipal de Lagoa e Federação Portuguesa de Canoagem, participaram sete clubes e cerca de 150 atletas. O KCCA renovou o título coletivo obtido no ano anterior, com

2386 pontos, tendo ficado em 2º o CN Litoral Alentejano, com 900 pontos, e em 3º o GD de Alcoutim, com 624. Nas provas individuais, os Castores venceram nove dos 15 títulos em disputa. PUB


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Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

P12 // OPINIÃO A Responsabilidade do Médico de Família na Prevenção do AVC O SNS sobre o qual todos falam, bem ou mal, é um serviço público aos cidadãos que dele esperam capacidade de resposta e assistência clínica de qualidade. Rui Cernadas Médico especialista em Medicina Geral e Familiar e Membro da Comissão Científica da Sociedade Portuguesa do AVC

O desejo de cada cidadão ter o seu médico de família deve encontrar da parte dos médicos de família uma elevada responsabilidade profissional com a sua comunidade de utentes. Os médicos de família devem exercer a promoção da saúde e a prevenção de doença, assumindo de vez um papel decisivo na chamada ‘prevenção primária’. Este período terrível de combate à infeção pela covid-19 deixou os utentes longe dos seus médicos e os centros de saúde entrincheiraram-se em 'muros' que, dificultam o acesso e a proximidade, os princípios fundamentais dos Cuidados Primários e da Medicina Geral e Familiar.

Não é possível cumprir o objetivo dos cuidados antecipados à população, reduzindo o risco de aparecimento de determinadas patologias e atuar sobre os fatores de risco de modo atempado e precoce, se o acesso aos médicos de família não for retomado urgentemente! Quando pensamos no acidente vascular cerebral, o AVC, temos de recordar que a idade é, também, como no caso da covid-19, o mais importante e mais forte fator de risco. E não devemos esquecer o peso da história familiar de AVC, como possível preditor de eventos. Mas se estes fatores, idade ou genética, são fatores de risco que os médicos não podem modificar, outras questões são tidas como modificáveis. Por exemplo, os benefícios da atividade física regular e continuada, bem como o seu impacto no controlo

da hipertensão arterial, da diabetes e do peso. Ou a importância de cumprir os tratamentos indicados pelos médicos, tomando os medicamentos diariamente, nos horários e doses prescritas. E é preciso procurar, identificar e tratar o mais precocemente possível as pessoas que têm e desconhecem valores elevados de pressão arterial, lembrando que, a hipertensão é o fator de risco modificável mais importante e com maior influência na tragédia do AVC. Temos de insistir no combate ao uso exagerado do sal, açúcar e gorduras na alimentação, reforçando a ingestão de frutas e de legumes. E o tabaco! O tabagismo é a primeira causa evitável de doença, incapacidade e morte, contribuindo qual vírus fumegante para quase todas as dez

principais causas de morte a nível mundial! A ação do médico de família e a acessibilidade aos seus doentes e o inverso, não se podem limitar ou reduzir a contactos telefónicos ou às tecnologias de comunicação à distância. A 'normalidade' da pandemia não pode abrir mais as portas a outras ‘pandemias’ preveníveis e igualmente dolorosas, trágicas e dispendiosas, embora menos mediáticas... E falo entre muitas outras, da doença hipertensiva, da diabetes, da insuficiência cardíaca, da doença pulmonar obstrutiva crónica, das doenças neurodegenerativas, do AVC obviamente. Fica em 2021 o meu apelo à responsabilidade dos médicos de família um sonho e um desejo renovado pela prevenção primária e pelo combate de sempre contra a doença e o AVC em particular!

Evite erros na renovação da carta de condução

Carina Nobre Solicitadora

Passou a ser possível efetuar a renovação ou substituição da carta de condução através da internet, permitindo ao condutor um desconto de 10 por cento caso opte por este procedimento online. Deixa, assim, de ser necessário deslocar-se para filas quase intermináveis e perder horas do seu tempo junto do Instituto da Mobilidade e dos Transportes. A revalidação da carta de condução é um procedimento obrigatório, mas a altura certa não é igual para todos os condutores, existindo vários fatores como a idade do condutor, o ano em que obteve o seu título de condução e as categorias que tem averbadas ao seu título. As regras para os condutores de veículos das categorias A, B, ciclomotores e tratores agrícolas são as seguintes: quando a carta foi obtida antes de janeiro de 2013, a renovação é fixada aos 50 anos, aos 60 anos, aos 65 anos, aos 70 anos e posteriormente de 2 em 2 anos; caso a carta tenha sido obtida depois de janeiro de 2013 e antes de 30 de julho

de 2016, a revalidação é a que consta no título de condução. Após a primeira renovação, deverá voltar a fazê-lo de 15 em 15 anos até completar os 60 anos de idade; e se adquiriu a carta a partir de 30 de julho de 2016, a revalidação deverá ser feita de 15 em 15 anos, até aos 60 anos de idade. Caso tenha mais de 60 anos de idade é sempre exigível atestado médico, independentemente da data de emissão da carta de condução. É ainda importante referir que passou a ser exigível a renovação da carta de condução de 2 em 2 anos para condutores com 70 anos de idade. Existem períodos de revalidação específicos para as categorias C1, C1E, C, CE, D1, D1E, D e DE, bem como para as categorias B e BE que exerçam a condução de ambulâncias, veículos de bombeiros, transporte de doentes, transporte escolar, transporte coletivo de crianças ou automóveis ligeiros de aluguer para transporte de passageiros, sendo exigível para os condutores com idade igual ou superior a 50 PUB

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anos a apresentação de certificado de avaliação psicológica. Face às constantes alterações legislativas, continua a existir um grande desconhecimento por parte dos condutores sobre este tema, o que leva a consequências desagradáveis. Caso não renove o seu título de condução dentro do prazo legalmente previsto, poderá ser sancionado com uma coima entre os €120 aos €600. Desse modo, é aconselhável que proceda à revalidação nos 6 meses anteriores à caducidade, para evitar as seguintes situações: se ficar mais de dois anos sem renovar o seu título de condução, poderá proceder à revalidação sem estar condicionado a um exame especial; após 2 anos e a menos de 5 anos do fim da validade da carta, a revalidação fica sujeita à aprovação do condutor numa prova prática por cada categoria que tencione revalidar; após 5 anos e a menos de 10 anos do fim da validade da carta de condução,

a revalidação está sujeita a que o condutor frequente com aproveitamento um curso específico de formação e que seja aprovado numa prova prática por cada categoria que pretenda revalidar; e, ainda, no caso de deixar passar mais de 10 anos sem renovar o seu título, o mesmo é cancelado e caso pretenda voltar a conduzir será necessário inscrever-se numa escola de condução para obtê-lo de novo. Evite situações indesejáveis, como ser surpreendido numa operação stop e aperceber-se de que o seu título de condução caducou. Procure um Solicitador para o auxiliar no processo de renovação da sua carta de condução, bem como para tratar de outros pedidos inerentes ao seu título, como a substituição ou a emissão de segunda via em caso de extravio ou roubo. *Artigo publicado ao abrigo da parceria entre o Lagoa Informa e a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução PUB


Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

OPINIÃO // P13 Tolerância ou Intolerância Quando acontecem situações a que não estamos habituados, como a que estamos a viver de pandemia, isso permite-nos melhor perceber o estado em que nos encontramos em diversas vertentes da nossa vida em sociedade.

Nelson Santos

Segundo a minha forma de analisar a intolerância, esta pode ser “boa ou má”, ou seja: Pode ser boa e contribuir para avanços positivos ou má e ser ela própria um fator de atrasos e retrocessos. Dando alguns exemplos, a intolerância é boa quando as pessoas não permitem que se cometam injustiças contra outras pessoas, venham elas de instituições, de empresas ou de pessoas mal-intencionadas; Ela é boa também quando as pessoas optam por não tolerar que alguns se apoderem do que lhes não pertence e que é de toda a comunidade, utilizando estratagemas indignos e in-

toleráveis portanto; Ela é ainda boa quando as pessoas ganham coragem de se associar, de se unir, de se juntar, percebendo finalmente que não mais devem tolerar que a sua desunião permita o cometimento de atos lesivos ou atentados sobre o que é de todos, por parte daqueles que sempre procuram aproveitar-se da tolerância dos demais. É certo que poderia continuar dando exemplos, seja ao nível político, económico ou comportamental sobre a “intolerância boa e construtiva”, mas para além do espaço não o permitir, também entendo que o tema não se esgotará e que mais oportunidades virão para se falar e escrever sobre ele. Falemos então um pouco sobre a “intolerância má ou negativa”, ou seja: Partindo do princípio que a tolerância ou intolerância têm sempre como

origem e veículo as pessoas e os seus comportamentos, também é claro que são os nossos atos e atitudes, as nossas ações e reações, a forma como nos exprimimos ou reagimos que vão revelando o nosso estado sociocultural, assim como o estado geral da nossa sociedade, se não a cada momento, pelo menos a cada geração. Esta pandemia revelou-nos também um nível de impreparação muito preocupante no que toca à tolerância entre pessoas. Disparar uns contra os outros sem perceber nem conhecer as razões de cada um, revela-nos alguma intolerância onde ela precisamente não deveria existir. A facilidade com que se aponta o dedo à mais pequena falha de outros, deveria merecer-nos algum sentido autocrítico já que, ninguém sendo perfeito, por vezes cometemos os mesmos erros que a outros criticamos.

Bem sei que quando não entendemos ou não temos respostas para as situações ou fenómenos que vivemos, é difícil definir o alvo exato da indignação ou intolerância. Mas uns contra os outros é que não pois todos somos vítimas do que está a acontecer. Temos por isso de ser capazes de nos entreajudarmos e tolerarmos, percebendo quem é o inimigo e contra ele demonstrarmos toda a nossa intolerância. Durante este tempo de pandemia, e já lá vai mais de um ano, todos nos vimos privados das nossas organizações associativas, através das quais normalmente recebemos e damos contributos importantes para a melhoria dos nossos relacionamentos sociais e coletivos, sofrendo nós também aqui uma perda significativa.

Ao sul… “Sportinguismos à parte!" Assistimos recentemente a duas conquistas do Sporting Clube de Portugal, de elevado valor desportivo, não só clubístico, mas de valor social, ético e humano. Carlos Gordinho Professor

Refiro-me à conquista da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e à conquista da Liga Europeia de Clubes, de Futsal. A minha reflexão, em nada tem a ver, com o sentido clubista, mas acima de tudo com os princípios e valores que cada uma destas conquistas suporta e transporta. A capacidade que foi demonstrada em acreditar num modelo que privilegia a formação como diferenciação. Conquistas que são fruto de um plano de formação e investimento pessoal de grande valor. Por trás destes troféus, existe o trabalho dos treinadores da formação, que a montante desenvolvem um trabalho profícuo. Também estes são vencedores.

A capacidade e coragem de acreditar não só em jovens (alguns ainda com idades de juniores), mas acreditar que jogadores (seres humanos), oriundos de níveis competitivos diferentes e inferiores, bem como de “estratos sociais por vezes menos favoráveis”, fazem com que se torne possível fazer crer que o mundo está ao alcance de 'quase' todos, desde que lhes sejam criadas as oportunidades e neles acreditarmos. Porque em suma, todos são seres humanos, que vestem da mesma forma e que lutam por um mesmo objetivo, que os leva em conjunto a uma mesma conquista. A capacidade de recrutar as pessoas certas para os lugares certos, em função das filosofias e linhas de orientação das estruturas, levando a que as escolhas se identifiquem com os mesmos princípios e valores. A coragem de assumir algo que é diferente dos demais, criando espaço, tempo, tolerância e acreditar que se pode correr riscos, de algo não corPUB

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rer tão bem, como o desejado, mas o mais importante é questionar e focar na expressão “e se correr bem?”. Assumir este compromisso, é ter a plena consciência que poderá não estar tantas vezes perto do êxito, mas muito mais perto do que é o sucesso, embora, tenhamos todos a consciência que os êxitos são um alicerce importante do sucesso. Ter a capacidade de perceber que é necessária uma boa liderança, em diferentes níveis hierárquicos, como suporte e estabilidade dos momentos cruciais, difíceis e determinantes, associada à mescla de experiência com a irreverência e juventude, é mais um ponto de valorização e determinante das conquistas. Ter a capacidade de ser diferente e assumir essa diferença. Ter a capacidade de acreditar quando acreditar é o que menos se espera.

acreditar nos mesmos e o afirmar como uma prova de resiliência. Estas vitórias foram mais do que umas simples vitórias de competições, foram sim momentos que marcam a prova de superação, convicção, coragem, equilíbrio e ponderação. Com estes, espero que renasça a imagem de que é possível criar “projetos” (algo inexistente no seio do futebol), sermos fiéis ao que queremos com esses projetos e assimilarmos que provavelmente, poderemos ganhar menos vezes ou não! Retire-se alguns valores, princípios e exemplos destas conquistas. Esta é uma vitória, não só do SCP, não apenas do futebol, mas acima de tudo é uma vitória do DESPORTO e da SOCIEDADE, se para estes exemplos conseguirmos olhar de forma diferente e fora da perspetiva clubística. O todo vale mais que o individual.

Ter a capacidade de passar valores, PUB


Lagoa Informa // QUINTA-FEIRA, 27.05.2021 // Nº 154

P14 // DIVERSOS CLASSIFICADOS

Cantinho da Poesia

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Nossa Maria João Era uma grande estrela Do teatro e televisão Nunca vamos esquecê-la

Com isto vou terminar Muito tinha para dizer Mas tem de continuar O espetáculo de viver…

Já não temos outra igual Que nos dê tanta alegria Mas ela teve que abalar Porque chegou o seu dia

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27 de maio de 2021 • Quinta-feira

INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS ATÉ 15 DE JUNHO

Conservatório de Artes aposta em novos cursos Associação Artis XXI alargará a oferta de formações livres nas áreas de expressão dramática e plástica. D.R.

// Ana Sofia Varela

A

s inscrições para o novo ciclo formativo do Conservatório de Artes de Lagoa, gerido pela associação Artis XXI, estarão abertas, numa primeira fase até dia 15 de junho. E uma das novidades será a oferta mais alargada de cursos, conforme explica David Marques, diretor executivo. “Apesar do período de pandemia que vivemos, continuamos ativos, com a mesma dinâmica e missão. Retomámos algumas práticas, como é o caso da formação de públicos e a música, mas alargámos as atividades da Artis XXI muito além disso. São exemplo a artes plásticas e a expressão dramática com os cursos livres”, esclarece. Neste caso, as novas vertentes que estarão disponíveis são a de técnica vocal, teatro, oficinas de expressões e flauta de bissel, além de cursos livres de outros instrumentos que já existiam antes no Conservatório e que estão integradas nos grupos dos sopros, cordas dedilhadas e cordas friccionadas, teclas e percussão. Outra das novidades será uma parceria com a Rock School de Inglaterra que contemplará cursos livres nas áreas do pop rock, que permite a obtenção de

Escola de Trânsito de Lagoa reabriu com nova dinâmica A Câmara Municipal de Lagoa reabriu, a 23 de abril, as portas da Escola de Trânsito com uma nova dinâmica, com mais e melhores equipamentos, possibilitando o retomar da formação de segurança e prevenção rodoviária, para as turmas dos diferentes ciclos de ensino, do pré-escolar ao secundário. O espaço funciona das 9h00 às 17h30, de segunda-feira a sábado, para a população, e entre as 9h00 e as 12h30, nos dias úteis, para as escolas. As atividades realizadas permitem ao participante identificar atitudes e comportamentos de risco rodoviário, perigos na via pública e a necessidade de utilizar de forma consciente os sistemas de proteção individuais de segurança. No que toca às atividades para as escolas, as ações são divididas em duas partes, uma teórica e uma prática. As marcações para grupos escolares podem ser realizadas através do Serviço de Educação, enquanto a população pode utilizar o espaço sem marcação prévia. A autarquia alerta, porém, que se os utilizadores particulares forem crianças, têm de ser acompanhados por um adulto.

Torneio de reabertura de cadetes marca regresso da natação Segunda edição do Festival de Piano decorre entre 5 e 27 de junho um certificado de reconhecimento a nível internacional, após a realização de um exame. Neste próximo ano letivo mantém-se ainda a oferta dos cursos oficiais com algumas vagas financiadas pelo Ministério da Educação, através de um contrato-programa datado de 2018. Os cursos integrados nesta área são o de iniciação musical, para o primeiro ciclo do ensino básico, e os cursos básicos de música, direcionados para alunos do 2º e 3º ciclos. Neste último, o Conservatório tem uma parceria com os Agrupamentos Escola Secundária Padre António Martins Oliveira de Lagoa (ESPAMOL) e Silves Sul.

Os interessados podem contactar a Artis XXI para marcar aulas abertas ou fazer as inscrições por telefone (282 180 619) ou email (secretariado.cal@artis21. pt). Há ainda mais informação disponível na página Facebook e no site do conservatório (http:// www.artis21.pt/CAL/). Além desta nova dinâmica, regressam também os eventos como o segundo Festival de Piano de Lagoa, entre 5 e 27 de junho, no Auditório Municipal Carlos do Carmo e no Sítio das Fontes, em Estômbar. A Artis XXI participa também no programa de Dinamização e Valorização dos Monumentos do Algarve.

As competições dos atletas de natação pura dos escalões cadetes, filiados na Federação Portuguesa, retornam este fim de semana, dias 29 e 30 de maio, com o Torneio de Reabertura de Cadetes, nas Piscinas Municipais de Lagoa. A prova é dirigida a nadadores entre os 8 e os 12 anos, decorrendo de acordo com as orientações impostas pela Direção-Geral da Saúde. Assim, no sábado, a partir das 14h00, haverá a receção dos participantes, seguindo-se, às 15h30, as provas que terminarão às 19h00. No dia seguinte, a competição inicia-se às 9h00 terminando às 13h00.

Lagoa Informa regressa a 9 de junho A próxima edição do Lagoa Informa vai estar disponível a 9 de junho, quarta-feira. Uma vez que na quinta-feira, dia 10, é feriado (Dia de Camões, Portugal e das Comunidades), e para garantir uma distribuição mais efetiva, o jornal chegará aos nossos leitores um dia mais cedo do que é habitual, mas sempre com a mesma atualidade e conteúdos informativos de proximidade.

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