Quinta-feira, 14.01.2016 | € 1,00
Quinzenário | Ano II | Nº 15 | Diretor: Rui Pires Santos
Carvoeiro vai ter auditório ao ar livre até junho PÁG. 4
Centenas revivem tradição do Dia de Reis ACD Che Lagoense Fazendo a diferença nas vertentes desportiva e social Concerto Paulo Gonzo abre temporada de espetáculos
Largo 5 de Outubro encheu-se de público. Desfile dos Reis Magos começou junto ao Auditório e terminou no centro da cidade com uma animada festa, apesar da chuva.
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Autarquia e IPSS ponderam receber refugiados Câmara Municipal e instituições de solidariedade avaliam condições para receção de foragidos dos cenários de guerra no Médio Oriente. PÁG. 3
‘Artilheiro’ Filipe Borges impõe a lei do golo Com meia época decorrida, o avançado do GD Lagoa é - aos 38 anos - o melhor marcador da equipa que constitui a grande sensação do Campeonato da 1ª Divisão Distrital. PÁG. 10 e 11
Música Orquestra Sinfónica da Força Aérea a 23 de janeiro Literatura Lagoa citada em livro de Rodrigues dos Santos
Andebol Torneio internacional ‘mexeu’ com cidade PUB
Rua Coronel Figueiredo, 8400-306 Lagoa E: geral@lagoabusinesscenter.com | Telf: 282 353 555 | Tlm: 967 239 048 ARRENDAMENTO DE ESCRITÓRIOS | COWORKING | SALA REUNIÕES
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// Página Dois KÁTIA VIOLA
EDITORIAL
Cansados de eleições No próximo dia 24 voltamos a ter umas eleições, desta vez Presidenciais. Todos andamos cansados da política e esta era uma oportunidade para assistirmos a uma campanha diferente. Mas não. Todos sabemos que Marcelo Rebelo de Sousa vai ganhar, falta saber é se arruma o assunto logo à primeira volta. Não sendo do ponto de vista político um admirador de Marcelo, gostei da forma simples como está a fazer a sua campanha, sem grandes meios, grandes multidões, sem motorista nem ‘máquina’ por detrás de si. Contudo, isto não é inocente, é pensado. Sabe que não precisará destas mordomias, em função da imagem que cultivou durante anos como comentador. Uns acham que esta postura é arrogância e presunção, por estar convencido da vitória. Eu acho que é inteligência - coisa que não lhe falta - e coragem para marcar a diferença. Sampaio da Nóvoa será, à partida, o candidato melhor colocado para fazer frente a Marcelo, e tem mantido uma agradável postura e contribuído para uma campanha diferente. Já Maria de Belém traz-nos à memória campanhas puramente políticas e quase partidárias. Marisa Matias e Edgar Silva apenas estão nesta luta pelos partidos. Na minha perspetiva eram dispensáveis. É um desperdício de meios e nada têm acrescentado. É mais do mesmo. Os portugueses dizem-se fartos dos políticos e estas Presidenciais eram uma boa maneira de o demonstrar, não elegendo nenhum dos candidatos ligados às estruturas partidárias. Nessa perspetiva, Henrique Neto e Paulo Morais surgiriam como quem melhor poderia desempenhar o cargo. Seria uma lufada de ar fresco na política pela independência e ideias próprias que apresentam apesar de ambos, no passado, terem estado ligados a partidos. Os dois conseguem fugir ao politicamente correto, são frontais e manifestam muito do que sente a maior parte dos portugueses. A questão é que grande parte dos cidadãos que tanto criticam acaba sempre por votar naqueles que veem há anos e anos na política, muitos deles alimentando-se do pretexto da experiência. E eu pergunto: A experiência do despesismo? De debates pobres de conteúdo na Assembleia da República? De conduzir um país a défices excessivos todos os anos? Ou de chamar três vezes o FMI a Portugal para ajudar as finanças do país? Sim, nestes casos experiência não lhes falta… Entretanto, durante a pré-campanha, falou-se nos custos que os antigos Presidentes da República acarretam para o Orçamento de Estado, em função das regalias que mantêm mesmo após deixarem o cargo. Enquanto Ramalho Eanes gasta 50 mil euros/ ano de despesas de representação, Mário Soares e Jorge Sampaio, juntos, despendem mais de 500 mil. Parece-me excessivo, até porque nenhum deles terá reformas baixas. Agora vamos ver quanto gastará Cavaco Silva…
Rui Pires Santos
Diretor: Rui Pires Santos Colaboradores: Len Port, Manuel Cabrita, Marisa Avelino e José Manuel Oliveira
A FIGURA filipe borges O GD Lagoa está a realizar uma época de sonho, sempre no topo da classificação do Campeonato da I Divisão Distrital. Num conjunto com muito talento, destaca-se o avançado Filipe Borges que, aos 38 anos, é o melhor marcador da equipa com 15 golos. Advogado de profissão, mantém a paixão e o entusiasmo pelo futebol, sendo um exemplo para os companheiros de equipa, mas também para os adversários. Pela postura e pelo desempenho.
comemorações do dia de reis em lagoa O Lagoa Informa acompanhou a comemoração do Dia de Reis na cidade e sentiu o entusiasmo da população que saiu à rua para assinalar a data. Mais de 400 pessoas juntaram-se no Jardim 5 de Outubro, depois de um percurso iniciado no Auditório, para os Cantares das Janeiras. Uma festa bonita, que deu vida ao centro. Uma iniciativa de louvar, a cargo da autarquia.
Acd che lagoense é exemplo COMUNITÁRIO Implantada há mais de duas décadas numa área residencial projetada como um mero dormitório, a Associação Cultural e Desportiva da CHE Lagoense começou desde cedo a fazer a diferença no seio da comunidade e tem ampliado a todo o concelho o seu papel nas vertentes desportiva e social. Dispondo de instalações modelares, a instituição dá cartas no apoio às crianças e aos idosos e realiza, a partir do Parchal, um eficaz trabalho em profundidade.
Design e Paginação: Rui Machado Fotografia: Eduardo Jacinto e Kátia Viola Redação: Lagoa Business Center Rua Coronel Figueiredo, Loja 12 8400-306 Lagoa Email: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 353 555 /96 782 36 48 Nº registo ERC: 126668 Depósito Legal nº: 394540/15 Impressão: FIG - Indústrias Gráficas Tiragem: 4.000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Proprietário e Editor: PressRoma, Edição de Publicações, Lda. NIF. 508 134 595
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Abertura //
3 D.R.
Solidariedade IPSS analisam com autarquia condições existentes
Lagoa está a equacionar acolher refugiados Numa primeira reunião promovida pela Câmara Municipal, no passado dia 30 de dezembro, manifestaram “disponibilidade” para “analisar” a situação o Centro Popular de Lagoa e a Associação Desportiva e Recreativa da Quinta de São Pedro. Texto: José Manuel Oliveira/ Manuel Cabrita
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uma altura em que continuam a chegar à Europa milhares de migrantes, arriscando as vidas na travessia em frágeis e superlotadas embarcações mesmo sob mau tempo e na sua maioria com crianças para fugir à guerra na Síria e no Iraque, o concelho de Lagoa está a avaliar as condições necessárias para acolher alguns refugiados. Em reunião promovida pela Câmara Municipal no dia 30 de dezembro transato com responsáveis de instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho, pelo menos duas - o Centro Popular de Lagoa e a Associação Desportiva e Recreativa (ADR) da Quinta de São Pedro, situada na Mexilhoeira da Carregação - manifestaram “disponibilidade”, em colaboração com a autarquia e o apoio financeiro do Estado, de “analisar” o processo de auxílio a refugiados junto de dirigentes do Alto Comissariado para as Migrações, instituto público da dependência do Conselho de Ministros, revelou ao Lagoa Informa a vereadora do pelouro de Ação Social, Anabela Simão. Até final de janeiro haverá uma outra reunião para clarificar a situação com as instituições. Prudência Em tempo de crise, o tema está a ser tratado de forma muito cautelosa, tanto pela edilidade como pelas IPSS. Para já, pretende-se apurar o número de famílias de refugiados que poderá ser acolhido, as vagas em creches, o alojamento a casais, a idosos e o apoio ao nível de alimentação e higiene, entre outras condições sociais a disponibilizar. O programa de auxílio, que será prestado através da rede social do concelho de Lagoa, poderá abranger seis meses
Trânsito normalizado
Reabriu o pontão de Ferragudo
Instituições do concelho de Lagoa manifestam disponibilidade para receber refugiados
ou mais. Segundo apurou Lagoa Informa, cerca de 50 refugiados poderão vir a beneficiar deste apoio nesta zona do barlavento algarvio. A aguardar “É muito prematuro dizer alguma coisa. Estamos a ´apalpar’ o terreno, a aguardar ”, observou com prudência ao nosso jornal fonte do Centro Popular de Lagoa, ao ser questionada sobre o que poderá proporcionar esta instituição fundada na década de 1980 e que conta com infantário, creche, ocupação de tempos livres e serviço de apoio domiciliário para idosos. “Só depois de serem pedidos esclarecimentos ao Alto Comissariado para as Migrações e de recebermos o regulamento desse organismo, poderá haver disponibilidade de Lagoa através da rede social para acolher pessoas em instituições. Para já, não sabemos, pelo que
é precoce dizer seja o que for”, acrescentou a mesma fonte. De resto, admitiu como “um pouco sensível” o tema dos refugiados para abordar a possibilidade, ou não, de vir a receber famílias, independentemente do apelo agora lançado em Lagoa. Já em relação à ADR da Quinta de São Pedro, não foi possível chegar ao contacto com qualquer dirigente até à hora do fecho desta edição. Recorde-se que esta instituição particular de solidariedade social possui creche, ensino pré-escolar e incide ainda a sua ação ao nível do apoio técnico a desempregados, visitas a entidades empregadoras e auxílio preventivo de pobreza às famílias, entre outros serviços, além de se notabilizar igualmente pelo conhecido projeto A Fábrica, ao promover uma relação de proximidade com os cidadãos.
Abriu à circulação de viaturas no passado dia 7 o pontão de atravessamento do canal da Rua do Regato em Ferragudo, junto ao quiosque, sem qualquer tipo de restrições, após obras na sua estrutura de suporte. Os trabalhos ficaram concluídos em 30 dias, tendo sido feita a respetiva consolidação, em betão armado que, numa análise inicial, apresentava irregularidades e deterioração. Essa situação implicou uma intervenção urgente.
‘A Nossa gente, a Nossa Identidade’
Autarquia apresenta eventos do ano
No próximo sábado, dia 16, a Câmara Municipal de Lagoa vai apresentar os grandes eventos de 2016, ano que terá como temática ‘A Nossa Gente, a Nossa Identidade’. A cerimónia decorrerá no Auditório Municipal e antecederá o concerto de Paulo Gonzo (ver pág. 13), numa data que assinala também a comemoração dos 245 anos da elevação de Lagoa a concelho. O presidente da autarquia, Francisco Martins, explicará numa breve intervenção como será celebrado o ano temático e anunciará algumas novidades em termos de eventos culturais.
Fim de ano em grande
CHE Lagoense assume disponibilidade Outra IPSS que também poderá vir a acolher refugiados é a Associação Cultural e Desportiva da Cooperativa de Habitação Económica (CHE) Lagoense, uma das principais referências neste concelho. “Já manifestámos à Câmara a nossa disponibilidade total para apoiar todo e qualquer projeto que a autarquia desenvolva no sentido de acolher e orientar os refugiados, de acordo com as orientações da edilidade”, afirmou ao Lagoa Informa Rita Ruivinho, vice-presidente da direção desta instituição. A responsável adiantou ao nosso jornal: “Gostaríamos muito de nos envolver nesse processo. Sei que estiveram numa reunião praticamente todas as instituições do município e, pelo que apurei, parece que todas estão imbuídas deste espírito de abertura e colaboração.”
‘Arade Music Fest’ esgotou Ao segundo ano, o ‘Arade Music Fest’, a passagem de ano organizada pela autarquia no Centro de Congressos do Arade, no Parchal, esgotou em tempo recorde, culminando com grande sucesso. Cerca de 500 pessoas, entre jantar de gala e festa pós-repasto, assinalaram a entrada em 2016, com muita animação e um vistoso espetáculo de fogo-de-artifício.
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Obras Requalificação da zona envolvente do Forte de Nossa Senhora da Encarnação
Auditório ao ar livre avança em Carvoeiro e fica pronto até ao Verão Obras começaram no início de janeiro, custam cerca de 120 mil euros e devem ficar concluídas em finais de maio. Rui
CM Lagoa
Pires Santos
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epois da inauguração em 2015 do passadiço em madeira que liga o Algar seco ao Forte de Nossa Senhora da Encarnação, em Carvoeiro, avançaram no início deste mês os trabalhos para a requalificação da zona envolvente. Uma área ajardinada e com auditório ao ar livre, para diversos eventos culturais, será o novo cenário já a partir do mês de junho, altura prevista para a conclusão das obras. Trata-se de uma das zonas mais belas do concelho de Lagoa e que agora vai ser enriquecida através da criação daquela estrutura, capacitada para receber agradáveis espetáculos ao ar livre, apresentando-se como relevante alterna-
A nova estrutura vao conferir ainda mais beleza àquela zona
tiva aos espaços de lazer na vila, ao mesmo tempo que conferirá outra envolvente ao Forte de Nossa Senhora de Encarnação. Refira-se que esta importante estrutura militar tem grande importância histórica, pois o Forte, situado no alto da arriba a nas-
à disposição da população
cente da Praia de Carvoeiro, tem como referência à sua edificação o séc. XVII, tendo sido edificado a partir de 1697 com o objetivo de proteger a zona portuária utilizada para a pesca, desde sempre um contributo primordial para a economia da população local.
A 1 de janeiro em Ferragudo D.R.
Banho de mar contou com mais de 200 participantes D.R.
Gabinete presta apoio psicológico A Câmara Municipal de Lagoa tem à disposição da população desde 1 de dezembro o Gabinete de Intervenção Social. A funcionar na Unidade de Ação Social e Saúde da autarquia, esta estrutura presta inúmeros serviços à comunidade através de um apoio de qualidade, gratuito e de fácil acesso. Conta com diversos profissionais com experiência no trabalho social. Entre as várias competências, presta apoio psicológico a crianças e jovens dos 6 aos 18 anos e adultos e vai promover sessões psicoeducativas no âmbito das competências parentais, gestão e economia doméstica. Terá também a competência de formação de grupos de apoio à
toxicodependência e alcoolismo e de apoio à família. O Gabinete de Intervenção Social vai ainda realizar visitas domiciliárias regulares à população idosa, no sentido de realizar um levantamento de necessidades emergentes. Para além do atendimento na sede, está prevista a deslocação dos técnicos a vários pontos do concelho para apoio presencial, o qual será realizado mediante marcação por contacto direto ou através da Linha Verde 800 272 475. Para mais informações, contactar diretamente a Unidade de Ação Social e Saúde da autarquia ou pelo endereço eletrónico lagoasocial@cm-lagoa.pt.
Foram muitos os banhistas trajados a rigor e que não se assustaram com o tempo desagradável
Já é tradição em Ferragudo e o banho de mar do passado dia 1 de janeiro na Praia do Pintadinho contou com mais de 200 pessoas que se fizeram à água, apesar do tempo chuvoso e desagradável. Após um aquecimento, os ‘heróis’ trajados a rigor foram ao mar, numa manhã em que a tem-
peratura da água (18 graus) era superior à da atmosfera. Os mais resistentes ainda ficaram alguns minutos, outros pouco tempo aguentaram na água. Contudo, o mergulho ‘anti-gripes’, como é apelidado por muitos, estava dado. Esta é uma iniciativa da Junta
de Freguesia de Ferragudo que tem vindo a reunir cada vez mais adeptos e que promete continuar a crescer, face ao entusiasmo manifestado pelos participantes. Todos receberam uma t-shirt e tiveram direito a um cacau quente fornecido pelo restaurante Pintadinho.
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Sociedade //
ANIMAÇÃO CENTENAS DE POPULARES PARTICIPARAM NOS FESTEJOS
Mesmo à chuva, Janeiras e Reis galvanizam centro de Lagoa Nem o mau tempo afastou as cerca de 400 pessoas que assistiram, no sábado à tarde, ao espetáculo no Largo 5 de Outubro com quatro grupos folclóricos. Texto: José Manuel Oliveira Fotos: Kátia Viola
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o som da música tradicional portuguesa, com guitarras e ferrinhos, entre outros instrumentos, os membros do Grupo Cantares Fonte Nova, de Estômbar, abriram a animação que no passado dia 9 assinalou em Lagoa as Janeiras e os Reis. Nesta iniciativa da Câmara Municipal, inserida na programação ‘Lagoa Cidade do Vinho 2016’, participaram também o Rancho Folclórico de São Bartolomeu de Messines, o Grupo Folclórico de Faro e o Rancho Folclórico do Calvário, que encerrou o espetáculo. E nem a chuva, que a certa altura decidiu entrar em cena, afastou as cerca de 400 pessoas que assistiram ao evento com bastante entusiasmo. No final, algumas senhoras não resistiram a um pezinho de dança. Antes, porém, e sob a orientação de militares da GNR, ocorreu desde o Auditório Municipal o desfile ‘O Caminho dos Reis Magos’, com charrete puxada por um cavalo bem tratado, e acompanhada pelos elementos dos quatro grupos folclóricos participantes e escuteiros, entre outros, até ao Largo 5 de Outubro, onde chegaram cerca das 15h00. Os Reis Magos foram, então, oferecer presentes ao Menino Jesus, num presépio ali instalado. “De porta em porta” “Os versos referem-se quase todos à cristandade, alusivos ao nascimento do Menino Jesus e tudo o mais. Na minha geração, quem não passou pela Igreja para fazer o batismo, a primeira comunhão, a crisma e outras celebrações? Nos tem-
População mostrou entusiasmo no Dia de Reis
pos da criançada, andávamos de porta em porta na casa dos ricos. Esta tradição, no entanto, já se perdeu um pouco no tempo”, começou por recordar ao Lagoa Informa José Pinto, de 58 anos, responsável pelo Fonte Nova. E acrescentou: “Neste período dos cânticos das Janeiras e dos Reis, temos mais uns amigos que complementam o grupo. São pessoas que querem manter viva a tradição. Aliás, o nosso empenho é exatamente esse - a continuação e divulgação de hábitos que fazem parte da nossa cultura.” Afinal, é mais estimulante hoje ou
antigamente? “São duas situações completamente distintas. O porta-a-porta é uma situação em que as pessoas querem manter a tradição, tal como neste sábado fizemos no coreto de Lagoa. Aqui resume-se mais ao encontro dos grupos. As pessoas limitaram-se a recolher versos e depois alteram-se, ou não, em função também de zona para zona. As músicas são as mesmas, mas as quadras estão sempre atuais, às vezes diferem nalgumas palavras. Se alterássemos as letras, estaríamos a desvirtuar esta tradição”, notou aquele responsável.
“Dá mais vida à cidade”
“Festa muito bonita e alegre”
“Agora, espero um bom carnaval”
O espetáculo é engraçado e constitui uma inovação para Lagoa. Sempre dá mais vida a Maria José Santos, esta cidade. É empregada de mesa certo que poderia haver mais festas, mas também muitas outras coisas fazem falta. Mas pronto, é assim… Nem há um cinema. Além disso, é preciso melhorar os espaços nas ruas, por exemplo. O turismo não existe em Lagoa, só noutras zonas deste concelho.
“É uma festa muito bonita, que traz alegria e animação a esta cidade. As pessoas estão satisfeitas e canCnaba Fazsuipzur, tam. Na Ucrânia, desempregado nesta altura é Natal e também há festas. O pior é a neve e o muito frio que lá se sente. Aqui em Lagoa, o tempo está melhor. Gosto deste tipo de espetáculos e ambientes. O problema, agora, é que não tenho trabalho.
“Acho que isto é maravilhoso. Ainda bem que se pensou numa iniciativa assim, é muito importante para a Hermínia Tenil, tradição, para as aposentada pessoas relembrarem os usos e costumes de antigamente. Noutros tempos, também cantava as Janeiras e os Reis, mas era de porta em porta, havia convívios, era tudo muito interessante. Espero que agora haja um bom Carnaval.”
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opinião A economia não é ciência Hoje há, creio, uma nociva generalização no uso da palavra “ciência” pois esta cria no receptor a ideia de que uma declaração vinda dela é de confiança. Até falamos de “ciência” política e outras (as sociais e humanas), sem se saber muito J. Alves Pinto bem o que se entende por isso e onde a prova experimental muito raramente chega ao nível do critério exigido por uma verdadeira “ciência”. Podemos, é claro, discutir a noção de “ciência” mas o que diria Galileu duma “ciência” que não tem maneira de antecipar ou prever e mais frequentemente nem sequer experimentar ou proceder a verificações empíricas? Por isto sou, por norma, muito desconfiado em relação às declarações dos economistas. Basta pensar que nenhum economista recebedor do prémio “dito Nobel” previu a crise financeira de 2008 e a profunda recessão que se lhe seguiu. Mesmo sujeitandome a críticas horríveis de família e amigos não considero a “economia” como uma “ciência”. Mas os economistas que gostam das matemáticas e dos modelos sofisticados divertem-se a alinhar a sua disciplina com critérios de validade das ciências experimentais e os professores de economia continuam a fazer crer aos seus alunos que eles estudam uma “ciência” e os média atribuem aos “Nobel de economia” uma autoridade comparável aos Nobel da Física, por exemplo. Chamar-lhe “prémio Nobel de economia” não é apenas exagerado é também um abuso de linguagem já que se trata de um prémio atribuído pelo Banco Central da Suécia e chama-se na realidade “Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel” tendo sido criado em 1968 enquanto os “verdadeiros” prémios Nobel (Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz) foram criados em 1895 e atribuídos pela primeira vez em 1901. Feitas estas reservas, um livro sobre economia impressionou-me, “A Riqueza Oculta das Nações” de Gabriel Zucman”. O rápido crescimento da desigualdade económica colocou a maioria da riqueza do mundo nos bolsos de cada vez menos (os famosos 1% e leia-se sobre isso “L’économie des inégalités” de Thomas Piketty) e uma solução muito discutida para diminuir esse desequilíbrio seria aumentar significativamente a taxa de tributação dos ricos, diminuindo assim a taxa sobre a classe média. Mas com uma enorme quantidade da riqueza do mundo escondida em paraísos fiscais, em países como Suíça (ou controlados pela Suiça), Luxemburgo ou as Ilhas Cayman, esta riqueza não pode ser totalmente contabilizada e tributada de forma justa e ninguém, (economistas, banqueiros, políticos, …) tem sido capaz de quantificar exactamente a parte oculta dos activos do mundo. Zucman calcula que esta verba ascende aos 5,8 biliões de euros (5.800.000.000.000 €) e estão retidos em contas situadas nos paraísos fiscais e depois dos cálculos oferece uma agenda ambiciosa para a reforma do sistema. Somente pela compreensão da enormidade da riqueza oculta é que podemos começar a estimar o tipo de ações que forçariam os paraísos fiscais a desistir de suas práticas. Se queremos encontrar uma maneira de resolver o problema da crescente desigualdade económica, “A Riqueza Oculta das Nações” é uma leitura essencial.
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LITERATURA LIVRO ‘AS FLORES DE LÓTUS’
Lagoa na rota do mais recente romance de José Rodrigues dos Santos Com mais de 70 mil exemplares publicados em sucessivas edições no curto espaço de dois meses, a 14ª obra ficcional do conhecido jornalista televisivo decorre nas primeiras décadas do século XX e tem referências à então vila de Lagoa. D.R.
Quem é José Rodrigues dos Santos Nascido no ano de 1964 em Moçambique, José Rodrigues dos Santos abraçou o jornalismo em 1981, na Rádio Macau, tendo ainda trabalhado na BBC e sido colaborador permanente da CNN. Doutorado em Ciências da Comunicação, é professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP, tendo sido galardoado pela CNN e pelo Clube Português de Imprensa.
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Cabrita
ançado no final de outubro passado, ‘As Flores de Lótus’ já vai na terceira edição e atingiu uma tiragem de 70 000 exemplares, sob chancela editorial da Gradiva, tendo obtido assinalável venda neste Natal. A narrativa transporta o leitor de Lisboa a Tóquio, com passagens por Irkutsk, Xangai… e Lagoa, onde um dos principais personagens, o capitão Artur, passa férias na casa dos avós paternos, de apelido Teixeira. Para além de ir às lapas na “praia do Carvoeiro” com o primo Francisco, carteiro nesta localidade piscatória, Artur escuta atentamente as opiniões do avô Adérito Teixeira, um monárquico convicto, na altura em que se implanta a República e os governos e crises políticas se sucedem a um ritmo alucinante. Contactado pelo Lagoa Informa sobre os motivos que o levaram a escolher a então insignificante Lagoa como um dos locais abordados no enredo, que se desdobra por diversos palcos à escala mundial, José Rodrigues dos Santos explica que “a personagem do Artur Teixeira é inspirada na vida do último governador de Macau, o general Rocha Vieira, que é desta terra, sendo essa a razão pela qual a trama do meu mais recente livro passa
por aqui”. Curioso o facto, lamentado pelo jornalista e escritor, de “ainda não conhecer pessoalmente o concelho de Lagoa”, muito embora manifeste vontade de colmatar essa lacuna “assim que possível”. Quatro famílias – quatro destinos No que toca à sua 14ª criação literária, com 683 páginas bastante descritivas, José Rodrigues dos Santos convida o leitor a viajar pelas primeiras décadas do século XX, quando germinam as sementes do autoritarismo: da Europa à Ásia, as ondas de choque do comunismo e do fascismo irão abalar a humanidade e atingir em cheio quatro famílias. Depois de assistir à queda da monarquia, o capitão Artur vê as esperanças dos republicanos afundarem-se num caos de instabilidade. Adere à revolução militar de 28 de maio de 1926 e recebe uma missão: convencer Salazar a tornar-se ditador. Ao mesmo tempo, Satake Fukui cresce num Japão dilacerado entre a tradição e a modernidade. O seu confronto com o militarista Sawa reflete um braço de ferro que ameaça mergulhar o país, e o mundo, numa catástrofe sem precedentes. Enquanto isso, Lian-hua nasce com olhos azuis, os mesmos que veem a China arrastada para um choque titânico
Agora… as Presidenciais! Em 1976, Ramalho Eanes foi convidado por cidadãos, militares e civis, para se candidatar à Presidência da República. Eanes não vinha de partidos políticos, mas veria aquele convite ser secundado por alguns deles, da direita João Reis à esquerda. Aceitou o convite, candidatou-se e venceu. Eu gostaria que tivesse continuado a ser assim: o povo, através das suas organizações, a convidar quem, reconhecidamente, tivesse demonstrado, na sua actividade cívica, as qualidades e as capacidades para representar o Estado. Desta forma, garantiria a sua ISENÇÃO, no desempenho daquelas funções. Em vez disso, temos tido candidatos autopropostos e/ou “nomeados” pelos partidos, o que, não sendo “desclassificável”, constitui um óbice à sua acção, que se pretende despartidarizada. Não duvido que os dez candidatos às próximas eleições sejam todos cidadãos cheios de vontade de fazer bem, patriotas bem-intencionados, como, aliás, o foram os ex-presidentes, incluindo o próximo futuro-ex. Mas a sua origem num qualquer partido retira-lhes a independência que é desejável e necessária para arbitrar. Esta génese partidária tem feito com que os eleitos vindos da chamada “esquerda” sejam criticados e, até, insultados pela chamada “direita”, e vice-versa: Se intervém, é acossado por um lado; se não intervém, é assobiado pelo outro. “Preso por ter cão e preso por não ter”. Respeito é que não se vê! E isso não me parece de aceitar já que, uma vez eleito, é o Presidente de todos os Portugueses.
José Rodrigues dos Santos autografa exemplar de “As Flores de Lótus” Manuel
opinião
O livro já vai para a quarta edição
entre os nacionalistas, os comunistas e os japoneses. Apanhada no fogo cruzado, é raptada por um radical comunista: o jovem Mao Tse-tung. Por outro lado, os bolcheviques acabam de conquistar a Sibéria e batem à porta da pequena quinta dos Skuratov. Estaline iniciou as coletivizações e a família de Nadezhda é lançada num ciclo de medo, fome e sofrimento. São estes os perfis traçados em “As Flores de Lótus”, revelando o autor ao Lagoa Informa que o lançamento de “O Pavilhão Púrpura”, segundo volume da saga, “acontecerá nesta Primavera.”
Sem ligações partidárias está, aparentemente, um candidato – Nóvoa - conhecido nos meios universitários; fora desse meio, porém, ninguém o conhece, é névoa. Mas vai pedindo o apoio dos partidos... Todos se vão perfilando perante os eleitores, apresentando, quase narcisisticamente, as suas qualidades messiânicas – “eu sou o maior, o melhor, o mais sábio”. Porque nenhum deles foi convidado, como foi Eanes, os eleitores têm de fazer um esforço suplementar para descobrir o mais capaz, seleccionando o que dizem, lendo nas entrelinhas, deitando-se a adivinhar. À parte este trabalho preparatório do nosso voto resta-nos invejar, novamente, aqueles pequenos países do Norte da Europa, velhas democracias onde só se vota para o Parlamento e, por ele, o Governo. Têm é um rei - que dura uma vida, não vem da direita nem da esquerda; vem de fora, de Fora do sistema partidário, unindo o povo. Mas, cá, temos uma República – diz a Constituição em vigor... Votem bem!!!
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// Reportagem
ASSOCIATIVISMO ACD CHE LAGOENSE tem 23 ANOS AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
“Procuramos contribuir para elevar a qualidade de vida no município” Instituição de referência no concelho, a Associação Cultural e Desportiva da CHE Lagoense nasceu a 15 de abril de 1992 e tem contribuído decisivamente para que o bairro do Parchal seja muito mais que um mero dormitório. Texto
e fotos: Manuel Cabrita
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nstituição de solidariedade social de utilidade pública desde 19 de outubro de 1999, “a ACD CHE Lagoense respira saúde dentro das dificuldades normais de uma associação como esta na atual conjuntura, através do equilíbrio das receitas e das despesas”, diz José Armando Silva, atual presidente da direção: “Conseguimos com uma gestão muito cuidada levar este projeto social por bons caminhos e manter o nível e a qualidade que sempre nos pautaram.” Sobre as ofertas sociais existentes, a vice-presidente da direção e responsável pelas valências pedagógico-educativas, Rita Ruivinho, esclarece que “estão em funcionamento creche, ATL e centro de idosos. A nível de creche e jardim-de-infância, temos à volta de 120 crianças, abrangendo as zonas de Parchal, Ferragudo, Mexilhoeira da Carregação e Estômbar. No ATL, são cerca de 180 miúdos que vêm das escolas que funcionam nas mesmas localidades, o que totaliza perto de 300 utentes de palmo e meio.” No Verão, as Férias Desportivas “chegam a abranger 400 crianças que em circunstâncias normais não teriam qualquer ocupação durante este período de pausa escolar e que assim podem experimentar um manancial de atividades, sendo que muitas das suas famílias trabalham no turismo”, reforça. Laços solidários No que toca ao centro de convívio de idosos, “contamos com perto de 90 seniores, entre os 50 e tal anos e os quase 90. Por exemplo, as muito concorridas aulas de cavaquinho, que começaram quase por brincadeira, atraem algumas dezenas de participantes, capazes de ler uma pauta de música e que tocam e cantam em vários eventos, aonde vamos por convite”, refere a responsável ao Lagoa Informa, antes de elencar a oferta de ginástica, hidroginástica, informática, bricolagem, olaria e artes dramáticas. “Esta é uma ótima forma de gerarem laços entre si, fundamentais para as pessoas de certa idade, algumas das quais vivendo sozinhas. Desse modo, ganham ânimo para saírem de casa, tanto mais que adaptamos os horários às suas rotinas diárias. Os idosos são muito ativos e estão sempre prontos a participar nas nossas atividades, interagindo e promovendo diversas iniciativas, com um calendário semanal muito preenchido”, explica Rita Ruivinho. Toda esta dinâmica envolve 52 funcionários vinculados à associação, sem contar com os voluntários, “o que nos cria dores de cabeça mensais por causa da verba relativa aos compromissos salariais,
Orçamento de 950 mil euros O valor orçamentado para 2016 contempla gastos na ordem dos 950.806,73 euros e rendimentos de 951.390,36 euros, estimando-se que no final se verifique um saldo positivo de 583,63 euros. Segundo José Armando, para alcançar o patamar de serviço social que presta, a ACD tem como “parceira fundamental” a autarquia de Lagoa, secundada pela Segurança Social, “com a qual estabelecemos acordos de cooperação para as valências de creche, atividades de tempos livres (ATL) e centro de convívio sénior, embora não esteja coberto o número total de utentes, que fica um pouco aquém”. Já com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, foram protocoladas parcerias para estágios profissionais, contratos de emprego e inserção. Referência ainda para a União das Freguesias de Estômbar e Parchal, “que nos faculta uma pequena verba, o mesmo sucedendo com a Junta de Freguesia de Ferragudo, enquanto algumas empresas apoiam esporadicamente iniciativas da instituição.” A ACD CHE Lagoense continua a consolidar o seu relevante papel na comunidade local
pois grande fatia do nosso orçamento está afetada aos recursos humanos”, esclarece José Armando Silva. “Definimos para estes projetos o critério da qualidade, ou seja, não fazemos por fazer, queremos realizar as coisas com técnicos qualificados e orgulhamo-nos de não publicitar as nossas as atividades, pois não há nada melhor que o boca a boca por utentes satisfeitos”, complementa a sua colega da direção. Desporto para todos Na componente desportiva, o presidente especifica: “O badminton movimenta cinco dezenas de atletas na competição e cento e tantos nas escolas de formação, a partir dos 4 anitos, o que explica a manutenção do nosso nível competitivo na modalidade ao longo destes anos. Quanto à ginástica rítmica, temos uma centena de meninas, ao passo que o karaté atrai duas dezenas de jovens. Com fortes tradições no voleibol e no futsal feminino, ambas as modalidades encontram-se suspensas, devido aos elevados gastos que
implicam e porque o investimento que era feito servia basicamente para alimentar outros clubes.” Badminton em alta Segundo o dirigente, “no ano findo obtivemos uma série de excelentes resultados desportivos, até porque vamos subindo a fasquia. Somos há mais de uma década dos clubes com mais títulos nacionais, com cerca de 200 conquistados em várias modalidades. Há, portanto, uma cadência regular de bons resultados, fruto do trabalho efetuado e da qualidade dos nossos atletas, um dos quais representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Londres em badminton, o Pedro Martins. Presentemente, está na eminência de repetir a proeza e ir ao Rio de Janeiro. Trata-se de um atleta dotado, que não poupa sacrifícios - quer a título físico quer familiar e mesmo monetário - para atingir os seus propósitos. Ele está atualmente num périplo internacional para lograr os pontos necessários à qualificação olímpica.” “Mas o que não falta são outros jogado-
res nos escalões não seniores de um valor incalculável e que já fazem a sua travessia em provas internacionais, como o Miguel Rocha, o Ricardo Silva, a Daniela Conceição, a Mariana Leite, a Mariana Chang, etc, com uma capacidade enorme e nos quais investimos numa perspetiva de futuro. É por estas e por outras que somos campeões nacionais de equipas mistas pelo quarto ano consecutivo, o que nos tem dado entrada direta na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de Badminton. Neste ano voltaremos a enviar provavelmente à França - uma comitiva de 12 elementos durante uma semana, com o que tudo isso representa em termos de gastos”, afirma José Armando Silva. Para o presidente, “o impacto da modalidade tem sido de tal ordem que nos mantemos no top nacional há uma década, embora por decisão da Federação Portuguesa de Badminton tenhamos que jogar sempre fora nas provas nacionais, isto é, no Centro de Alto Rendimento das Caldas da Rainha… Imagine-se os transtornos para todos os clubes em deslocações, alojamento
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Reportagem //
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Inscrições abertas
Triatlo a 30 e 31 de Janeiro
Corpos sociais Na atualidade, a ACD CHE Lagoense é gerida pelos seguintes elementos: Assembleia Geral - Diamantino Ruivinho (presidente), Cristina Nunes (1ª secretária) e Júlia Freitas (2ª secretária); Direção - José Armando Silva (presidente), Rita Ruivinho (vice-presidente), Patrícia Fernandes (tesoureira), Maria Lucília Sebastião e Henrique Coelho (vogais); Conselho Fiscal - Mafalda Silva (presidente), Susana Ruivinho e Joaquim Carmelino (vogais). Rita Ruivinho e José Armando Silva
Aula de cavaquinho no Centro de Convívio Sénior
e alimentação, sem qualquer tipo de retorno.” Preocupação social O presidente da direção considera “fulcrais as parcerias com a Câmara de Lagoa e que têm abrangido diversos executivos, independentemente das cores partidárias. Isso também está relacionado com a nossa postura e o trabalho realizado, verificando-se abertura dos dois lados e total predisposição para colaborarmos.” A vice-presidente, por seu turno, ressalva que “na própria direção temos sensibilidades políticas diferentes e - no entanto - sempre conseguimos colocar o interesse da instituição à frente de tudo e trabalhar em conjunto sem quaisquer clivagens.” Resultante de parceria com a edilidade, funciona na instituição o GASP – Gabinete de Apoio So-
cial de Proximidade e a associação colabora ainda no FES – Fundo de Emergência Social, assim como tem representação no Conselho Municipal de Educação, na CPCJ – Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e no CLAS – Conselho Local de Ação Social. Nesse âmbito, um “problema premente” que a responsável assinala prende-se com as dificuldades de várias famílias em pagar as mensalidades da creche ou do ATL. “A nossa forma de agir tem sido solicitar às pessoas que nos escrevam uma carta, expondo a sua situação. Em todos os casos, sem exceção, as famílias têm sido beneficiadas, de modo a que as crianças não saiam da instituição”, realça Rita Ruivinho. O futuro prepara-se hoje Apesar de apenas contar com meia centena de associados, “pois não obrigamos o utente a ser
sócio”, a entidade proporciona atividades desportivas gratuitamente, o mesmo acontecendo com o centro de convívio sénior, enquanto a creche e o ATL são comparticipados pelas famílias das crianças, ao abrigo das regras da Segurança Social. Não é por isso, contudo, que a associação se inibe no assinalável trabalho comunitário desenvolvido ao longo de 23 anos de ação social, nem se acomoda à sombra dos louros, conforme sublinha o presidente de direção: “Há sempre projetos a fervilhar na nossa mente. Alimentamos mesmo uma ideia antiga, e que não nos larga, relacionada com a construção de uma estrutura para idosos em formato diferente.” E exemplifica: “Desejamos dar continuidade ao centro de convívio, com muitas propostas e desafios, à semelhança do que existe numa localidade holandesa na periferia de Amesterdão, que visitámos há uns anos e que funciona como um condomínio em que os moradores não precisam sair, porque dispõem de supermercado, cabeleireiro, café, cinema, posto de saúde, biblioteca, etc, tudo muito humanizado. Trata-se de algo que envolverá centenas de milhar de euros e não será nada fácil concretizar…!” “Este concelho poderá enfermar de algumas lacunas, mas aqui existe qualidade de vida e isso tem muito a ver com o papel de instituições como a nossa, em que todos os dias se procura contribuir para que viver no município seja cada vez mais apetecível”, perfilham os dois dirigentes da ACD CHE Lagoense.
Lagoa será palco da 3ª edição do Troféu Diogo Lopes, uma prova de triatlo de inverno que terá lugar a 30 e 31 de janeiro, numa organização do Kayak Clube Castores do Arade e da Câmara local. No dia 30 decorrerá a prova de natação (400 metros) nas Piscinas Municipais a partir das 15h00. No dia 31 realizar-se-ão a corrida (9h00) a partir das Quinta dos Vales e a canoeagem às 11h00 no rio Arade, em frente ao Hotel Riverside.As inscrições podem ser efetuadas até 25 de janeiro através do seguinte contacto: castores. arade@gmail.com.
Futebol internacional
Atlântico Cup traz nórdicos O Estádio Municipal da Bela Vista vai ser palco, entre 31 de janeiro e 3 de fevereiro, da Atlântico Cup, um torneio de futebol sénior que vai contar com a presença de equipas nórdicas. A organização está a cargo do antigo jogador do Benfica, o sueco Stefan Schwartz, que reside em Portugal.
ATLETISMO
Marcha e corrida em Porches A vila de Porches receberá no próximo domingo, dia 17 de janeiro, uma marcha/corrida, numa organização da Câmara Municipal de Lagoa e da Junta de Freguesia local. A concentração é às 9h30 junto ao polidesportivo e a prova tem início às 10h00. A iniciativa conta com um percurso de 5 quilómetros, enquanto a corrida decorrerá ao longo de 8. As inscrições são feitas no local no dia da iniciativa. PUB
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// Desporto
futebol Avançado é o melhor marcador da equipa
Advogado goleador do GD Lagoa faz a diferença aos 38 anos Quinze golos em 12 jogos fazem de Filipe Borges o artilheiro do clube lagoense, que está a realizar uma época acima das expetativas, sempre nos lugares cimeiros do Campeonato Distrital da 1ª Divisão. O jogador e capitão explica ao Lagoa Informa o segredo do sucesso e recusa, para já, ‘pendurar as chuteiras’. Texto: José Manuel Oliveira Fotos: Kátia Viola
Advogado desde 2004 é especialista na área criminal
F
ilipe Borges, capitão e melhor marcador da equipa sénior do Grupo Desportivo de Lagoa, já com 15 golos no Campeonato da 1ª. Divisão da Associação de Futebol do Algarve, destaca o “misto de juventude e experiência” e os “laços de amizade muito fortes entre os jogadores”, aponta o antigo internacional holandês Van Basten como o seu principal ídolo e lamenta não ter podido aproveitar um convite da Académica de Coimbra por questões ligadas aos seus estudos universitários. Em entrevista ao Lagoa Informa, recusa, para já, apostar na subida de divisão e não sabe quando irá dar por concluída a sua carreira futebolística. Qual é o segredo para aos 38 anos ainda jogar futebol e ser o melhor marcador do GD Lagoa? Antes de mais, é um imenso prazer para mim treinar. Já tive colegas da minha idade e alguns mais novos que deixaram de jogar e perderam o prazer em treinar. E eu, apesar da idade, continuo a sentir-me bem ao vir para Lagoa todos os dias ou três ou quatro vezes por semana para os treinos e a preparar os jogos. Treinar é aquilo que me mantém em forma, apesar de sermos todos amadores, ganhando apenas o prémio de jogo por vitória. Levamos isto a sério desde a estrutura diretiva, passando pelos nossos treinadores, os quais realizam um excelente trabalho, até aos jogadores.
Filipe Burnay Pereira de Almeida Borges, de 38 anos (nasceu em Lisboa a 29/11/1977), casado e há seis meses pai de uma menina, é advogado desde 2004, em Lagos, onde reside e trabalha com o pai. As suas especialidades em Direito são, sobretudo, a área criminal e a de Direito de Família, além de negócios imobiliários. Levanta-se todos os dias às 07h.00/07h.30 para ir dar uma volta com as duas cadelas durante cerca de trinta minutos. Pelas 08h30/09h00 já está no escritório. Ao final da tarde, por volta das 19H00, uma viatura do Grupo Desportivo de Lagoa chega a Lagos, de onde Filipe Borges segue para o treino com outros colegas que ali se concentram - João Almeida (Vila do Bispo), Cristiano (Burgau), Ruben (Odiáxere), Tony (Lagos) e Hagi (Montes de Alvor). Filipe Borges pretende terminar a carreira futebolística no GD Lagoa
Como foi o início da sua carreira e quais os técnicos que mais o marcaram? Comecei a jogar com sete, oito anos. Estudei na Escola Internacional do Algarve e a minha primeira equipa foi o Ecubal, federada e pertencente a este estabelecimento de ensino. Depois, com oito, nove anos, fiz o meu percurso em Lagos nas camadas jovens. Primeiro, foi nos iniciados e juvenis do Centro de Lagos, com o conhecido técnico na altura, ‘Calitas’ (Carlos Conceição), uma das grandes referências
como treinador no início da minha carreira, e Carlos “Camelo”, com quem fui pela primeira vez capitão de equipa.
de um clube federado, o CDUL, formado por estudantes, tendo subido de divisão, após o que voltei ao Algarve.
Seguiu-se o Esp. de Lagos... Sim, ingressei nos juniores do Clube de Futebol Esperança de Lagos apenas durante uma época, porque em seguida fui estudar para a Universidade Católica, em Lisboa, tendo seguido o curso de Direito. Nessa altura, estive durante uma época sem jogar. Mais tarde, recomecei nas equipas de universidade, a que se seguiu uma
E então? Nesta fase, o meu primeiro clube foi o Estrelas de Bensafrim. É que apesar de ter começado a treinar
“Jogamos juntos há 4/5 anos e é muito difícil vencerem-nos”
Adoção de gatinhos O Lagoa Informa, numa parceria com a Carvoeiro Cat Charity, vai apresentar nas próximas edições diferentes gatinhos que estão na posse desta associação e que se encontram disponíveis para adoção. São muitas dezenas de pequenos felinos, saudáveis e brincalhões, que querem encontrar um dono. Os três gatinhos que aqui apresentamos têm entre seis a oito meses, estão esterilizados e prontos para adoção. Mais informações através do seguinte contacto: 966 056 300.
Anginha
Tiger
no Esperança de Lagos, iniciei o meu estágio profissional em Faro, pelo que não conseguia conciliar a atividade desportiva com a minha carreira na advocacia. Só depois joguei durante várias épocas no Esperança. Seguiram-se duas temporadas no Silves, na 2ª Divisão B.
Fofinho
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Desporto //
“Acho que os árbitros têm muito respeito por mim porque tento sempre dialogar com eles de uma forma cordial durante os jogos e acalmar os meus colegas” pouco mais. Quando assim acontece, envio sempre uma mensagem ao meu treinador, informando-o de que, por motivos profissionais, porque estou numa audiência, não consigo ir ao treino. Mas não é muito normal haver sessões nos tribunais durante a noite, pelo menos no Algarve.
É de 25 golos a média por época do jogador
Tem jogado sempre como avançado. Qual a média de golos por época? A minha média é 25 golos. Alguma vez lhe surgiu a possibilidade de jogar num clube de primeiro plano do futebol português? Surgiu. Quando ingressei na Universidade Católica, em Lisboa, tive uma proposta para ir à experiência para a Académica de Coimbra. Era uma boa possibilidade, pois dava-me a hipótese de continuar os estudos. Só desisti da ideia de jogar em Coimbra porque já tinha completado várias cadeiras na universidade que frequentava. E como a Católica na altura era semi-pública, as cadeiras não tinham equivalência à Universidade de Coimbra. Como tal, iria perder algumas. Foi uma grande oportunidade na minha carreira futebolística que não pude aproveitar. Sente mágoa por não ter chegado à I Liga? Como qualquer jogador, é claro que gostava de ter jogado numa equipa da I Liga. Contudo, sempre privilegiei os estudos e a minha carreira em Direito. Apesar de ser sempre titular nos clubes pelos quais tenho passado, de gostar muito de jogar e de sentir pena por não ter tentado chegar mais longe, nunca apostei muito nesse sentido porque a minha vida era a universidade. Meti sempre à frente de tudo o objetivo pela minha atividade profissional. Como concilia a advocacia com o futebol, embora sendo amador? Como gere a situação se, por exemplo, estiver numa audiência que se arraste pela noite num tribunal em dia de treino? Já me tem acontecido faltar aos treinos em Lagoa porque as coisas se prolongam um
Com a sua idade e experiência no futebol, quais os conselhos que costuma transmitir aos mais jovens? Além de ser o mais velho, também sou o capitão de equipa. Tenho essa função dentro e fora do campo. O que lhes digo sempre nos treinos e nos jogos é para treinarem muito e ouvirem os mais velhos, não apenas a mim, como outros que estão no Grupo Desportivo de Lagoa e verem os bons exemplos existentes, para serem humildes. Hoje em dia, os jovens querem tudo muito à pressa e por vezes não sabem escutar os mais velhos. Um aspeto bastante positivo no nosso plantel é haver um misto de experiência e juventude que se conjuga muito bem. De que forma consegue gerir situações mais agitadas em campo, até com árbitros? Acho que têm muito respeito por mim porque tento sempre dialogar com eles de uma forma cordial durante os jogos e acalmar os meus colegas. Até onde poderá chegar esta época o Grupo Desportivo de Lagoa? A aposta passa pelo título e subida à III Divisão Nacional? Mentiria se dissesse que não pensamos nisso. O primeiro lugar no Campeonato da 1ª. Divisão Distrital e consequente conquista do título não era o nosso objetivo inicial, mas o facto é que temos uma boa equipa e é muito difícil vencerem-nos. Somos muito fortes dentro e fora do campo. Formamos um plantel que se encontra junto há quatro, cinco anos, com laços de amizade muito fortes entre os jogadores. E aqueles que o têm reforçado estão muito bem integrados no nosso grupo. E aí é que estão o nosso espírito e a nossa força. Como é ser o goleador? Sou a referência do ataque da equipa. Os meus colegas sabem que se cruzarem bem uma bola normalmente é golo [risos] porque devido às minhas características sou forte no jogo de cabeça. Como se costuma dizer, já jogamos de olhos fechados, temos automatismos muito fortes e assim torna-se mais fácil para todos nós. Agora,
“Um aspeto bastante positivo no nosso plantel é haver um misto de experiência e juventude que se conjuga muito bem”
se vamos ou não subir de divisão… Temos de ver a nossa realidade. O clube é amador, não recebemos salários, enquanto na nossa divisão clubes como o Ferreiras, o Quarteirense e o Moncarapacho apostaram muito na subida. O que temos é uma força que, se calhar, outros não têm: um grupo muito forte. Pensa jogar até que idade? Aos 40 anos ou até mais? [risos] O melhor é pensar um dia, uma época de cada vez. Os meus colegas, por graça, estão sempre a dizer que ‘esta é que é a última’. A minha filha tem seis meses e eu penso muito em deixar de jogar futebol, mas ao mesmo tempo continuo a sentir vontade de treinar. E enquanto assim for, com esta adrenalina do jogo que ainda tenho muita, não sei se esta será a minha última época, ou será a próxima. No futuro, admite tornar-se treinador? Ainda não pensei muito nessa situação. Mas reconheço que não tenho perfil para treinador. Talvez como adjunto num escalão de jovens. Tenho sido muitas vezes capitão de equipa, sempre me dei bem com todos. Sinto-me mais com capacidade para unir um bom grupo de trabalho do que para exercer as funções de treinador. No dia em que deixar de jogar, será difícil para mim, mas irei afastarme do futebol. Há outras coisas para fazer. Como, por exemplo? Gosto de jogar ténis e de usar a bicicleta. O GD de Lagoa será o seu último clube? Sem dúvida. Esta é a terceira época no clube e ao longo da minha carreira posso dizer que é aqui onde, talvez, tenha sido melhor tratado e acarinhado pelas pessoas, pela direção, pelos colegas. Sintome bem em Lagoa. Quais os seus ídolos no futebol português e a nível internacional? A nível nacional, como sou avançado, recordo muito bem o Rui Águas, o Nuno Gomes e o Rui Costa, apesar de não ter jogado na minha posição. Já em termos internacionais, destaco o holandês Van Basten (Ajax e AC Milan), o meu jogador de eleição, e o Rudd van Nistelrroy (Manchester United e Real Madrid). Inclusivamente, muitas vezes chamavam-me Van Basten porque também sou alto [1m86] e a forma de jogar era idêntica. Ele era aquilo que considero um avançado de topo, ou seja, bom no jogo de cabeça, que domina e remata bem a bola. Foi um dos avançados mais completos que surgiram até hoje.
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// Desporto
Andebol Lagoa Académico Clube esteve perto de vencer em Juvenis masculinos
Qualidade elevou fasquia Muito público e competitividade marcaram mais uma edição do Torneio Internacional Cidade de Lagoa. Rui
D.R.
Pires Santos
O
andebol voltou a mostrar toda a sua pujança no concelho com a 3ª edição do Torneio Internacional Cidade de Lagoa, que se disputou entre 20 e 23 de dezembro no Pavilhão Municipal Jacinto Correia e contou com a presença das melhores equipas nacionais ao nível da formação, além de dois clubes espanhóis que são referência nos escalões mais novos. Este ano, o Lagoa Académico Clube (LAC) não conquistou a vitória em nenhum dos escalões, mas esteve perto de o conseguir nos juvenis masculinos, depois de ter perdido por um golo de diferença (24-25) frente aos espanhóis do Montequinto no último jogo. Em prova estiveram os escalões de infantis femininos e masculinos, iniciados femininos e juvenis masculinos, numa competição que foi, pelo terceiro ano consecutivo, uma grande festa e reuniu mais de 300 participantes (atletas, treinadores e dirigentes), contando quase sempre com as bancadas cheias de público. Ao Lagoa Informa, o vereador de Desporto da Câmara Munici-
Emoção e competitividade marcaram a terceira edição de um torneio onde o LAC não venceu mas mostrou talento
pal de Lagoa, Luís Encarnação, fez um balanço positivo deste torneio. Segundo o responsável autárquico, “e com enorme satisfação que o Município acompanha o
crescimento de um evento que ajudou a nascer. O nível das equipas e a qualidade do andebol praticado nesta terceira edição são um bom testemunho do sucesso já alcançado. Lagoa tem uma forte
tradição na prática da modalidade que, aliás, detêm o estatuto de estratégica para o desenvolvimento desportivo concelhio. O torneio é, por isso, não só um excelente veiculo de divulgação do andebol,
como uma oportunidade para os nossos atletas experimentarem um nível competitivo superior e ainda um forte instrumento de promoção de Lagoa como destino turístico.”
RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES Infantis femininos
INFANTIS MASCULINOS
iniciados femininos
JUVENIS MASCULINOS
1ª Jornada 20/12/2015
1ª Jornada 20/12/2015
1ª Jornada 21/12/2015
1ª Jornada 21/12/2015
Ginásio C. Sul- BM Montequinto: 43 - 18 Lagoa AC- SL Benfica: 33 - 26
JAC Alcanena-CA Leça: Lagoa AC- C BM Solúcar:
2ª Jornada 21/12/2015
2ª Jornada 22/12/2015
Lagoa AC-JAC Alcanena: CA Leça- C BM Solúcar:
13 - 32 18 - 21
2ª Jornada 21/12/2015 JAC Alcanena-C BM Solúcar: Lagoa AC-CA Leça:
19 - 16 12 - 26
3ª Jornada 22/12/2015 Lagoa AC-6 C BM Solúcar: CA Leça-JAC Alcanena:
1º JAC Alcanena 2º C BM Solúcar 3º CA Leça 4º Lagoa AC
17 - 37 32 - 38
3ª Jornada 22/12/2015 6 - 27 21 - 28
Classificação
Lagoa AC-Ginásio C. Sul: BM Montequinto-SL Benfica:
SL Benfica-Ginásio C. Sul: Lagoa AC-BM Montequinto:
24-39 27- 26
Melhor marcadora: Madalena Pereira (JAC Alcanena) - 27 golos Melhor guarda-redes: Lydia Salado (C. BM Solúcar) Melhor jogadora: Madalena Pereira (JAC Alcanena)
1º Ginásio C. Sul 2º Lagoa AC 3º SL Benfica 4º BM Montequinto
Melhor marcador: Lucas Rio (Lagoa Ac) - 35 golos Melhor guarda-redes: Pedro Tonicher (SL Benfica) Melhor jogador: Tomás Ferreira (Ginásio C. Sul)
C BM Solúcar-JAC Alcanena: Lagoa AC- CA Leça:
34 - 18 38 - 25
26 - 36 26 - 27
BM Montequinto- SL Benfica: Lagoa AC-FC Porto:
29 - 26 26 - 17
3ª Jornada 23/12/2015 24 - 34 22 - 27
Classificação 9 pts 7 pts 5 pts 3 pts
FC Porto- BM Montequinto: Lagoa AC- SL Benfica: 2ª Jornada 22/12/2015
3ª Jornada 23/12/2015
Classificação 9 pts 7 pts 5 pts 3 pts
CA Leça- C BM Solúcar: JAC Alcanena- Lagoa AC:
33 - 43 27 - 19
1º Leça 2º JAC Alcanena 3º Lagoa AC 4º BM Solúcar
Melhor marcador: Joana Resende (CA Leça) - 33 golos Melhor guarda-redes: Ariana Neves - (JAC Alcanena) Melhor jogadora: Joana Resende (CA Leça)
Lagoa AC-BM Montequinto: SL Benfica-FC Porto:
24 - 25 31 - 34
Classificação 9 pts 7 pts 5 tps 3 pts
1º BM Montequinto 2º Lagoa AC 3º SL Benfica 4º FC Porto
9 pts 7 pts 5 pts 5 pts
Melhor marcador: Ruben Santos (FC Porto) - 27 golos Melhor guarda-redes: João Pimenta (Lagoa AC) Melhor jogador: António Serradilha (BM Montequinto)
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Cultura //
13 D.R.
Música Festival regressa com o melhor da cultura e dança árabe
Versão dupla do Al-Mutamid em Lagoa Espetáculos agendados para 29 de janeiro e 20 de fevereiro.
A
passagem por Lagoa é já obrigatória para o Festival Al-Mutamid, evento dedicado à música e à dança das três culturas de Al-Andaluz (muçulmana, cristã e judia-sefardita) e que anualmente se realiza em diferentes cidades algarvias. O primeiro espetáculo do festival realiza-se em Lagoa já no próximo dia 29, no Convento de S. José (21h30). O protagonista é o grupo ‘Ensemble Alpharabius’, que interpreta algumas das ‘jóias’ da música culta árabe, aproximando o público às composições clássicas de Marrocos, Turquia, Síria e Egito. O conjunto conta também com a atuação de uma bailarina de dança oriental, num espetáculo repleto de colorido e beleza, que transmite a sensualidade do bailado unido à música. O festival segue depois para outras localidades da região algarvia, antes de regressar a Lagoa, a 20 de fevereiro, desta feita no Auditório Municipal, para o último concerto com os iranianos ‘Yaran Ensemble’. O grupo vai tocar música clássica persa, ‘folk’ e também melodias e ritmos místicos, bem como rituais persas com diversos instrumentos de enorme beleza visual e sonora. Em palco estará igualmente uma bailarina a interpretar danças persas, onde se tocam as linhas da elegância do ballet clássico e a geometria e a teatralidade da dança clássica indiana. Os bilhetes estão à venda e podem ser adquiridos no Auditório Municipal e no Convento de S. José. Mais informações através dos seguintes contactos: 282 380 434 / 282 380 452.
D.R.
No Auditório Municipal
Paulo Gonzo atua este sábado No próximo sábado, 16 de janeiro, Paulo Gonzo vem a Lagoa para um concerto que vai ter lugar no Auditório Municipal, pelas 21h30. Referência incontornável da música pop produzida em Portugal nas duas últimas décadas, o artista comemora 40 anos de carreira. Os bilhetes estão à venda no Auditório Municipal de Lagoa (282 380 452), Convento de S. José (282 380 434) e Ticketline Portugal.
Força Aérea dá música
Concerto de Ano Novo com Banda Sinfónica O Auditório Municipal de Lagoa vai ser palco a 23 de janeiro (21h30), sábado, de um concerto de Ano Novo protagonizado pela Banda Sinfónica da Força Aérea, num espetáculo de excelente qualidade musical. Os bilhetes estão à venda no Auditório Municipal de Lagoa e Convento de S. José: 282 380 434.
Em janeiro
Real Compromisso Marítimo encerra
Festival Al-Mutamid vai passar duas vezes por Lagoa
no início do ano
Associação Arqueológica oferece pódio à Biblioteca Municipal D.R.
Momento da oferta do pódio
A Associação Arqueológica do Algarve (AAA) doou um pódio ao Município de Lagoa para usufruto na Biblioteca Municipal. A oferta decorreu no passado dia 5 de janeiro, numa cerimónia que contou com a presença da presidente da associação, Jenny Compton, e da diretora da Biblioteca, Clara Andrade. “Quisemos demonstrar o nosso apreço pela Câmara de Lagoa e, em particular, pela Biblioteca e seus funcionários por nos receberem mensalmente nestas instalações, em especial aquando
dos ciclios culturais que promovemos com alguma regularidade” afirmou Compton. Refira-se que a AAA, organização sem fins lucrativos, conta com 30 anos de existência e tem promovido a cultura e o conhecimento arqueológico algarvio, através de palestras, excursões, bolsas de investigação científica e subsídios a estudantes universitários. Quanto à Biblioteca, disponibiliza a sua nova sala de congressos para eventos realizados pelo associativismo local.
A Casa do Real Compromisso Marítimo de Ferragudo está encerrada ao longo do mês de janeiro, estando a preparar as atividades e ações para o ano. Quaisquer contatos neste período deverão ser efetuados para a Junta de Freguesia de Ferragudo através dos seguintes contactos: 282461369 - geral@f-ferragudo.pt.
durante este mês
Promoção de aulas na Ideias do Levante Os alunos inscritos que tragam um amigo para se inscrever nas aulas regulares de teatro, dança, coral, pintura, yoga e zumba da associação Ideias do Levante terão direito a um desconto de 50 por cento na próxima mensalidade. Mais informações e inscrições/marcações através do www. ideiasdolevante.net, do www.portasdosol.info, ou do número 965017845.
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// Diversos
opinião
D.R.
Marque na sua agenda…
O Árbitro
15 de janeiro Teatro: ‘Instruções para Voar’ Auditório Municipal de Lagoa 15h00 e 21h30 16 de Janeiro Concerto de Paulo Gonzo Auditório Municipal de Lagoa 21h30
Arrepiados Algarvios
18 a 30 de janeiro Exposição de Pintura ‘Momentos de Calma’ Biblioteca Municipal de Lagoa
INGREDIENTES: • • • •
20 de janeiro ‘Que futuro para a comida?’ Projeção de filme Sala Polivalente da Biblioteca Municipal 18h30
250gr de amêndoa 250gr de açúcar 2 claras raspa de limão a gosto
PREPARAÇÃO: 1. Triturar as amêndoas na trituradora até ficarem em pedaços pequenos, mas não em pó (guardar algumas para no final colocar em cima de cada biscoito).
23 de janeiro Concerto de Ano Novo Banda Sinfónica da Força Aérea. Auditório Municipal de Lagoa 21h30
2. Bater as claras até criar um castelo firme. De seguida introduzir aos poucos o açúcar como se estivesse a criar um merengue, sempre a bater. 3. Introduzir as amêndoas picadas e um pouco de raspa de limão (dá um toque especial e corta a doçura) e mexer com uma colher de pau até a massa ficar bem envolvida.
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4. Por fim, forrar um tabuleiro de levar ao forno com papel anti-aderente e deitar espaçadas colheradas da massa. Por cada colher colocar por cima uma amêndoa pelada inteira. 5. Levar o tabuleiro a um forno pré-aquecido a 100ºC. Os biscoitos devem ficar prontos em cerca de uma hora. Pode-se também aumentar a temperatura para 170ºC e assim eles ficam mais estaladiços por fora e suaves por dentro. Neste caso, ficam prontos em 30 a 40 minutos, dependendo do tamanho.
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Farmácias com serviço noturno 14 A 16 DE JANEIRO LAGOA (LAGOA) 17 A 23 DE JANEIRO JOSÉ MACETA (LAGOA) 24 A 28 DE JANEIRO SOUSA PIRES (LAGOA)
O árbitro é essencial em qualquer jogo, para garantir que o mesmo decorre de acordo com as regras e se faz com a lisura e o respeito que se impõe. De um bom árbitro espera-se que conheça bem as regras, para as fazer aplicar, mas também que as saiba interJoaquim Martins pretar, que tenha a inteliCabrita gência e a sagacidade para Advogado perceber o que é essencial e o que é acessório e que a cada momento não destrua o jogo, nem o impeça de fluir. Todas as regras têm um objetivo a cumprir e o que importa é assegurar que esse objetivo se atinge, em truques nem manigâncias. Mas o árbitro será ainda melhor se conhecer os jogadores, tiver com eles um à vontade descomprometido, que lhe permita explicar as regras, mas também uma respeitabilidade e uma credibilidade que faça com que os jogadores acatem, sem grande contestação, o que lhes é imposto. Quanto maior for a credibilidade do árbitro e o seu conhecimento profundo da matéria, mais facilmente ele regerá o jogo e o levará a desenrolar-se sem problemas. É verdade que normalmente o árbitro terá um clube, sendo do meio, terá a sua preferência. Mas se quiser ser um bom árbitro, respeitado e credível, é bom que revele essa preferência, que a dê a conhecer e não finja uma distância inexistente. Mas por isso é que nem todos servem para árbitro, é que tendo essa preferência, ele tem, simultaneamente, de ter a capacidade de não se deixar influenciar por ela e muito menos de querer conduzir o resultado para o que convir à sua preferência. Ao árbitro cabe reger o jogo, não lhe cabe decidir o resultado. Por estas razões, relativamente óbvias, e porque a Constituição Portuguesa prevê a figura do Presidente da República como um poder moderador, o garante do cumprimento das regras constitucionais e o órgão político a quem cabe representar a essência do país, é que o seu papel se assemelha ao de um árbitro e a sua escolha deve fazer-se tendo em conta esses critérios e não os de alguém que diz ou espera impor políticas ou mudar o país. É absolutamente errado candidatar-se a Presidente com uma proposta de ação política e um rol de medidas para a mudança do rumo do país. Tal papel não cabe ao Presidente e essa postura só serviria para trazer mais complicações ao normal desenrolar da vida política e ao relacionamento entre os órgãos de soberania. O Presidente é um garante, não um executor das políticas. O melhor Presidente é o que se apresenta próximo dos demais intervenientes, dialogante e suficientemente conhecedor das regras e com experiência quanto ao seu funcionamento, para as fazer cumprir. Não deixará de ter clube, nem o deve esconder, mas deve ter a disponibilidade e a capacidade de análise para, em cada momento, perceber qual é o interesse deste jogo (que é a vida do país) e não se deixar influenciar por essa preferência, antes assegurando que o resultado e a qualidade da exibição dos agentes se obtém no intransigente respeito das regras constitucionais e de acordo com o único interesse relevante, a qualidade de vida de todos nós, cidadãos. É a escolha deste árbitro que está nas mãos de todos e creio que não há muitas dúvidas, quanto a quem dos candidatos presentes está melhor colocado para garantir o bom desempenho deste papel.
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14 de janeiro de 2016 - Quinta-feira
D.R.
Dia de Reis Festa junta diferentes gerações
Crianças visitaram Centro Sénior de Lagoa Projeto Bisa e Companhia levou meninos do Espaço Lúdico Pedagógico ao Centro Sénior de Lagoa. D.R.
D.R.
Peça ‘Instruções para Voar’ no Auditório Municipal A peça de teatro ‘Instruções para Voar’ passa amanhã, 15 de janeiro, no Auditório Municipal de Lagoa (21h30), num texto inédito de Lídia Jorge, criado para a ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve. ‘Instruções para Voar’ conta a história de dois migrantes, um homem e uma mulher, de origens geográficas diversas, que se encontram num mesmo tempo e num mesmo espaço. O centro das suas problemáticas é a figura da mãe ausente. O espetáculo conta com as interpretações de Luís Vicente e de Elisabete Martins.
Alimentação do futuro em discussão A Biblioteca Municipal de Lagoa vai promover a 20 de janeiro, entre as 18h30 e as 20h00, uma iniciativa designada ‘Que futuro para a comida?’. A ação conta com a projeção de um filme e a partilha de ideias sobre esta temática. Crianças e idosos festejaram Dia de Reis no Centro Sénior de Lagoa
O
Dia de Reis foi de grande festa no Centro Sénior de Lagoa, que recebeu a visita das crianças do Espaço Lúdico Pedagógico, numa iniciativa do projeto Bisa e Companhia, dos Serviços Sociais, Culturais e Des-
portivos dos Trabalhadores da Câmara. Para este dia foi ensaiada uma canção especial – ‘As nossas janeiras’ – e os meninos fizeram também coroas alusivas à data para oferecer aos seniores.
A tarde foi, deste modo, recheada de momentos divertidos e de alegria partilhada, com direito a um lanche, às canções e a um ‘bailarico’. Houve ainda tempo para sortear diversos bens alimentares.
a 30 de janeiro
Concerto de Ano Novo com Orquestra de Jazz A Orquestra de Jazz do Algarve (OJA) vai promover um concerto de Ano Novo a 30 de janeiro no Auditório Municipal, pelas 21h30. O espetáculo reunirá músicos talentosos, que têm proporcionado momentos de grande virtuosismo nos seus eventos.
Neste concerto a OJA apresenta alguns temas de ‘Count Basie’, como os clássicos ‘One Mint Julep’ ou ‘Fight Of The Foo Foo Fighters’, a que se juntarão vários ‘standards’ na voz de Manuela Lopes: ‘Somewhere Over The Rainbow’, ‘The Look Of Love’ ou ‘Sweet Georgia Brown’. PUB
Mercado de Ferragudo em obras para receber multibanco A Junta de Freguesia de Ferragudo vai promover a instalação de uma caixa ATM (Multibanco) no Mercado da vila, na sequência de negociações mantidas com o Novo Banco. Por isso, devido às obras de remodelação necessárias para a colocação daquele equipamento, o Mercado de Ferragudo encontra-se presentemente de portas fechadas, voltando a funcionar no dia 18 de janeiro.
Exposição ‘A Identidade do Algarve’ no Convento de S. José A Câmara Municipal de Lagoa, numa parceria com a RAalg (Rede de Arquivos do Algarve), apresenta a exposição ‘A Identidade do Algarve: forais, alvarás e cartas régias’, que estará patente no Convento de S. José de 16 de janeiro a 26 de fevereiro. A interessante mostra, que reúne alguns documentos de inegável valor histórico, permite conhecer a evolução da administração régia da região e a consequente formação dos concelhos que integram o distrito de Faro. PUB