Lagoa Informa nº164 - 14.10.2021

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Quinta-feira, 14.10.2021 | € 1,00

Manuel Rodrigues soma mais quatro títulos Atleta lagoense, agora a correr a nível individual, está em alta e sagrou-se campeão nacional de veteranos nos 5000, 3000 obstáculos, 1500 e 800 metros, em Lisboa. P16

Quinzenário | Ano VII | Nº 164 | Diretor: Rui Pires Santos

José Pedro Brito, o artesão de ‘mãos livres’ É de Lagoa, mas tem atelier em Portimão. Recorda os primeiros tempos na FATACIL, onde aos 16 anos ajudava a montar os ‘stands’, conta as influências e as dificuldades para se dedicar a esta atividade, salientando que “o artesanato precisa de ser acarinhado”. P8-9

Autarquia candidata-se a programa habitacional Câmara Municipal apresentou uma candidatura ao Programa ‘1º Direito’, do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), para avançar com a Estratégia Local de Habitação. Está previsto um investimento de 11 milhões de euros. P3

Bóia promove diferentes abordagens de arte Cultura para todos é um dos lemas da associação, que aposta também no projeto 'la(b)goa' para formar novos públicos. P10

EVENTO Ideias do Levante leva música sacra às freguesias P6

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CULTURA Artis XXI promove ciclo de concertos nas igrejas P7 PUB

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16:00 Acolhimento | Ferragudo d’ Honra 16:45 Momento artístico

CICLO DE CONFERÊNCIAS

17:00 Painel 2 – Arquivo(s) e Memória(s) Moderação: Luís Filipe Oliveira | Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UALG

COMEMORATIVO DO 5º CENTENÁRIO DE CRIAÇÃO DA POVOAÇÃO PAINEL 2 - ARQUIVO(S) E MEMÓRIA(S)

23 OUT

O Castelão do Arade - Joaquim José Coelho de Carvalho, sua vida e obra José Carlos Vilhena Mesquita | Faculdade de Economia - UALG Corpus codicorum do concelho de Lagoa: a documentação patente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo - Apresentação do projeto João Costa | CHAM - Centro de Humanidade; Faculdade de Ciências Sociais e Humanas NOVA; Centro de Estudos Históricas - NOVA A memória arquivística da Paróquia de Ferragudo: conhecer para salvaguardar Diogo Vivas | Câmara Municipal de Lagoa

2021

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E DESPORTIVA DE FERRAGUDO FERRAGUDO - LAGOA

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LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 14.10.2021 // Nº 164

ABERTURA // P3 D.R.

INVESTIMENTO ASCENDE AOS 11 MILHÕES DE EUROS

Câmara candidatou-se ao programa habitacional ‘1º Direito’

Ferragudo continua a assinalar 500 anos

Ciclo de conferências debate

Autarquia prepara-se para colocar em prática a Estratégia Local de Habitação para promover condições a quem não tem capacidade financeira para comprar casa.

memórias e história paroquial CM LAGOA

A Associação Cultural e Desportiva de Ferragudo acolhe o próximo painel do ciclo de conferências ‘Ferragudo: 500 anos a Viver o Mar’, no dia 23 de outubro, a partir das 16h30. Alusivo ao arquivo e memórias, o segundo painel conta com três comunicações. A primeira será sobre a figura de Joaquim José Coelho de Carvalho, por José Carlos Vilhena Mesquita, da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, seguindo-se uma comunicação sobre o concelho de Lagoa, por João Costa, do Centro de Humanidades da NOVA FCSH/ Centro de Estudos Ibéricos – NOVA, e sobre a memória arquivística da Paróquia de Ferragudo, por Diogo Vivas, da Câmara Municipal de Lagoa. Apesar de gratuita, a participação necessita de inscrição prévia online (https://forms.gle/PhCEVwXfDKSodxGw8). O próximo painel será no dia 23 de novembro e destacará a História Paroquial. Ferragudo celebrou os 500 anos da fundação da povoação em 2020. Foi instituída pela carta de privilégios da Rainha D. Leonor, de 21 de agosto de 1520. No entanto, as festividades foram adiadas devido à covid-19, tendo sido retomado este ciclo de conferências no mês passado.

Cerimónia será no Auditório Carlos do Carmo

Novo executivo camarário toma posse

Execução decorrerá entre 2021 e 2026

A

Câmara Municipal de Lagoa apresentou uma candidatura ao Programa ‘1º Direito’, do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), para avançar com a Estratégia Local de Habitação. Segundo a autarquia, está previsto um investimento de 11 milhões de euros, com o objetivo de criar condições de habitação para as famílias do concelho. O programa público do IHRU disponibiliza verbas aos municípios para que criem soluções para pessoas que vivem em casas sem condições e para quem não tem capacidade financeira para adquirir ou arrendar um imóvel. “Este é mais um passo fundamental para garantir que todos os lagoenses possam ter uma habitação condigna. É uma oportunidade de financiamento única que o não pode ser desperdiçada”, argumenta Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal.

“O programa assenta numa dinâmica promocional predominantemente dirigida à reabilitação do edificado e ao arrendamento. Aposta também em abordagens integradas e participativas que promovam a inclusão social e territorial, mediante a cooperação entre políticas e organismos setoriais, entre as administrações central, regional e local e entre os setores público, privado e cooperativo”, esclareceu a autarquia lagoense, no início de outubro, quando anunciou esta candidatura. A execução deverá ocorrer entre 2021 e 2026, sendo que a Estratégia Local de Habitação no concelho prevê a construção de 43 fogos na cidade de Lagoa e na freguesia de Porches. Está ainda prevista a aquisição de prédios e frações devolutas, situadas nas Áreas de Reabilitação Urbana já definidas, para que sejam arranjadas.

Outra das soluções previstas é o arrendamento de frações para o subarrendamento a um valor mensal mais acessível. Alguns imóveis, que já são propriedade da Câmara Municipal, serão reabilitados e corrigidas anomalias estruturais. Nestas intervenções, a autarquia apostará na melhoria da eficiência energética, tendo esta medida duas mais valias. Por um lado, beneficia as famílias residentes, pois terão mais conforto, por outro promove a poupança nos consumos de eletricidade para aquecimento. “Também as famílias proprietárias de habitações que necessitem de realizar obras de reabilitação e que não tenham condições financeiras para realizá-las, podem recorrer a este instrumento que terá uma comparticipação não reembolsável até ao montante máximo previsto no regulamento do programa ‘1º Direito’”, concluiu a autarquia.

A cerimónia de tomada de posse dos elementos eleitos nas autárquicas de 26 de setembro está marcada para esta quinta-feira, 14 de outubro, às 18h00, no Auditório Carlos do Carmo. A receção dos futuros autarcas e convidados começará 15 minutos antes. A sessão terá início com um momento musical por Carla Pontes e Jeferson de Mello, seguindo-se às 18h15 a tomada de posse dos eleitos da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal. Às 19h00, terá ainda lugar a primeira reunião da Assembleia. A iniciativa será transmitida em direto na Rádio Lagoa e online na Lagoa TV (www.lagoatv.pt/direto).

Situada na Urbanização Covas da Areia

Cáritas Paroquial abriu loja para bens doados A Cáritas Paroquial de Nossa Senhora da Luz tem uma nova loja, desde 4 de outubro, na Urbanização Covas da Areia, nas traseiras da bomba de combustível da Cepsa. É neste espaço que será agora possível à instituição armazenar os bens alimentares e não alimentares, doados ou angariados, destinados às famílias dos beneficiários com maiores necessidades. Nesse dia, a Cáritas contou com a ajuda de vários voluntários para arrumar o local e acondicionar os bens.

DIRETOR: Rui Pires Santos • REDAÇÃO: Ana Sofia Varela • COLABORADORES: Jorge Eusébio • PAGINAÇÃO: Vanessa Correia • FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques . 914 935 351 • PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa • CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos • DETENTOR DO CAPITAL 100% Rui Pires Santos • NIF: 508 134 595 DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 • SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa • EMAIL: lagoainforma@gmail.com • Nº REGISTO ERC: 126668 • TELEFONE: 282 381 546 /967 823 648 • IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA, Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa • TIRAGEM: 3.000 exemplares PERIODICIDADE: Quinzenal • ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/


LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 14.10.2021 // Nº 164

P4 // SOCIEDADE REGULAMENTO DE INCENTIVO FOI APROVADO EM SETEMBRO

Reabilitação Urbana avança na cidade D.R.

Medidas pretendem salvaguardar e valorizar património.

C

Autarquia será reguladora, investidora e dinamizadora da economia

om a aprovação do Programa Estratégico de Reabilitação Urbana (PERU), na Assembleia Municipal, de 15 de setembro, a Câmara concretiza a Operação de Reabilitação Urbana (ORU) para a cidade. Este instrumento de gestão política pública de regeneração levará a que a autarquia assuma as funções de regulador, investidor, dinamizador e facilitador. O programa pretende valorizar o património, dando prioridade à reabilitação sustentável. Com um prazo de execução de 10 anos (2021-2031), está previsto um investimento superior a 12 milhões de euros, na criação e reabilitação de equipamentos e de espaço público, mas também na criação de habitação pública através da aquisição para reabilitação

de frações devolutas e de prédios degradados ou em ruínas. Já o programa de incentivo e apoio à reabilitação urbana, #Rea(bili)tarLagoa, concretiza o previsto no artigo 75º do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana (RJRU), que permite aos municípios, através da criação de regulamento, conceder apoios financeiros a intervenções de reabilitação realizadas no âmbito da ORU. Os apoios financeiros previstos no âmbito do regulamento aprovado dividem-se em apoio técnico, prestado pelo município, na determinação das obras a realizar e na atribuição de verbas para as intervenções de reabilitação, realizadas com projeto. Este incentivo tem a dupla função de incentivar a economia, com ‘novas oportunidades’ quer para projetistas, quer para empresas ligadas à construção civil. A autarquia destaca ainda a redução e isenção das taxas urbanísticas, sobretudo as de licencia-

mento de obras de edificação ou de admissão de comunicação prévia. No combate à desertificação há a redução do IMI, no ano da realização da obra, para as obras de conservação e manutenção e que não atinjam os dois níveis do índice de conservação necessários à obtenção do benefício fiscal previsto no Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), e a redução do IMI em prédios e frações arrendados para habitação própria permanente, em regime de arrendamento a custos controlados. A nível ambiental está prevista a redução no valor das taxas de emissão de Licença ou de Admissão de Comunicação Prévia para edifícios com sistemas de produção renovável, e redução no valor do IMI para prédios ou frações destinadas a habitação com sistema de produção renovável, incentivo aplicável a painéis fotovoltaicos para auto-consumo, sistemas de aquecimento central e bombas de calor geotérmicas para climatização. PUB


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LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 14.10.2021 // Nº 164

P6 // SOCIEDADE ESPETÁCULOS A 17 E 24 DE OUTUBRO

Música sacra viaja até às freguesias D.R.

Evento visita igrejas no Parchal, Lagoa e Porches em outubro, mas prossegue em novembro com concertos noutras freguesia do concelho. // Rui Pires Santos

O

Festival de Música Sacra de Lagoa, que começou a 3 de outubro, e contou com novo espetáculo no dia 10, apresenta mais um concerto este domingo, dia 17, desta feita na Igreja de S. Francisco de Assis, no Parchal, às 17h00. Salomé Matias (flauta-transversal) e Tiago Santos (clarinete) apresentam um momento musical intitulado ‘Da paixão à viagem’ composto por andamentos e excertos de oratórias, cantatas, óperas e outras obras sacras de compositores como Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Grabiel Fauré, Jules Massenet, Georg Friedrich Händel, entre outros. A 24 de outubro, também às

17h00, é a vez da Igreja Matriz de Lagoa receber o Quinteto Sull’a Corda, que apresentará uma viagem musical ‘de Napoli a Leipzig’. Fazem parte deste quinteto Rebecca Christopherson (violino 1), Daniela Dahmen-Quintas (violino 2), Elisabete Martins (viola), Bárbara Santos (violoncelo) e Bruno Vítor (contrabaixo). A formação irá interpretar obras de Giovanni Battista Pergolesi, Johann Sebastian Bach, entre outros. No final do mês, a 31 de outubro (17h00), é a vez da Igreja Matriz de Porches receber Lux aeterna e Dell’Acqua, com Carla Pontes (soprano), Grace Borgan (flauta-transversal) e Cristiana Silva (piano). Esta primeira edição do even-

Quinteto Sull'a Corda atua no próximo dia 24 de outubro to, que se prolonga até novembro, é organizada pela Ideias do Levante e reúne vários projetos em torno da música sacra nos diversos espaços religiosos do con-

celho, promovendo também um intercâmbio entre instituições, investigadores, historiadores, artistas e público. Os concertos têm entrada gra-

tuita, mas são limitados à lotação de cada espaço, pelo que é necessário efetuar reserva por telefone (282 380 434), avisa a organização do evento. PUB


LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 14.10.2021 // Nº 164

SOCIEDADE // P7 EVENTO DE MÚSICA DE CÂMARA ESTÁ AGENDADO PARA ESTE MÊS

Ciclo de Concertos da Artis XXI chega às igrejas D.R.

Espetáculos têm início marcado para as 19h00 e têm como palco vários espaços religiosos do concelho.

15 OUT • 19h00 Igreja Matriz de Estômbar À Luz da Saudade (soprano e harpa) 22 OUT • 19h00 Igreja de Matriz Porches Concertango (Flauta transversal e guitarra)

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ma oferta cultural de qualidade e descentralizada é uma das particularidades da 3º edição do Ciclo de Concertos Artis XXI, evento que decorre durante o mês de outubro e tem o apoio da Câmara Municipal de Lagoa. A novidade deste ano é a realização dos espetáculos nas diversas igrejas do concelho, permitindo assim levar a música de câmara a novos espaços e a novos públicos. O ciclo começou a 8 de outubro, com um concerto na Igreja de Ferragudo, protagonizado pelo Quarteto D’Arco. O próximo realiza-se já esta sexta-feira, dia 15, na Igreja Matriz de Estômbar, às 19h00. ‘À Luz da Saudade’ é o nome do espetáculo que conta com a soprano Patrycia Gabriel e Ana Castanhito na harpa. "A primeira parte inclui música francesa e as palavras perfumadas dos poetas daquele país. Na segunda, será homenageada a herança portuguesa, com canções e poemas que fa-

PROGRAMA

23 OUT • 19h00 Igreja da Mexilhoeira da Carregação Encontros – Quarteto de Guitarra Concordia 24 OUT • 19h00 Igreja do Parchal Sons da Guitarra Portuguesa 29 OUT • 19h00 Igreja Matriz de Lagoa De Berlioz a Messiaen (Mezzo – soprano, tenor e piano) Ciclo conta ainda com um ensaio comentado para as escolas e concertos pedagógicos lam de saudade", diz a associação.

Porches e Mexilhoeira Na sexta-feira seguinte, a 22 de outubro, é a vez da Igreja Matriz de Porches, receber o ciclo com o espetáculo Concertango, de flauta transversal e guitarra, numa dualidade de sons que se completam. Por um lado, o timbre doce da flauta explora as melodias, por outro, a guitarra transmite a harmonia. No programa apresen-

tado, interpretado pela flautista Rute Gomes e pelo guitarrista João Mendes, será possível ouvir a abordagem destes intérpretes ao repertório para flauta e guitarra do século XX e XXI. No dia seguinte, dia 23 de outubro, a Igreja da Mexilhoeira da Carregação é palco de ‘Encontros’, com o Quarteto de Guitarras Concordis, composto por Eudoro Grade, Rui Gama, Jorge Pires, Pedro Rufino.

Parchal e Lagoa A Igreja do Parchal recebe, a 24 de outubro, o quinto concerto deste ciclo, com o título ‘Sons da Guitarra Portuguesa’, com Mariana Martins e João Vaz. O evento fecha a 29, na Igreja Matriz de Lagoa com o espetáculo ‘De Berlioz a Messiaen - um século de canção’, com Beatriz Miranda (mezzo-soprano), João Pedro Cabral (tenor) e Daniel Godinho (piano). Do romantismo francês ao modernis-

mo de Debussy, Ravel, Poulenc e Messiaen, esta seleção de canções e duetos aborda também alguns dos temas mais recorrentes como o amor, a mitologia, a natureza e o exotismo. Os dias dos espetáculos contam ainda com um ensaio comentado para as escolas e com concertos pedagógicos, de forma a que os jovens tenham oportunidade de assistir, contribuindo assim para a formação de públicos.

Festa foi a 4 de outubro

Centro Popular de Lagoa assinalou Dia do Animal e do Médico Veterinário O Dia do Animal e o Dia do Médico Veterinário foi celebrado, no dia 4 de outubro, no Centro Popular de Lagoa. Por grupos e em horários di-

ferentes, no parque do infantário, as crianças aprenderam quais os cuidados básicos a ter com um animal com Luísa Silva, médica veterinária do Canil Municipal de PUB

Lagoa, e com Irene Nunes, presidente da Associação Jardim da Aryel. “Esta foi uma atividade multigeracional que contou com a par-

ticipação de um grupo de idosos do lar. Ninguém escondeu o prazer e a alegria de interagir e fazer festinhas aos cães Noa, Dalila e Alzira, ao gato Ziggy e à cabra

Heidi”, descreve a instituição. A sessão contou com a participação de Anabela Simão, vice-presidente da Câmara, e de Mário Guerreiro, vereador.

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LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 14.10.2021 // Nº 164

P8 // REPORTAGEM JOSÉ PEDRO BRITO COMPROU UM FORNO A PRESTAÇÕES E NUNCA DESISTIU DE DAR ASAS AO SONHO DA SUA VIDA

A grande conquista pessoal de um artesão de mãos livres Tem a base instalada em Lagoa e o atelier em Portimão. Andou pela FATACIL, chegou a fazer 30 feiras no Verão e defende o verdadeiro artesanato com todas as suas forças. FOTOS: KÁTIA VIOLA

José Pedro Brito e uma das suas muitas peças decorativas. Puro artesanato, como ele gosta de dizer… // Hélio Nascimento

O

atelier chama-se ‘Mãos Livres’, um nome apropriado para quem faz da arte manual a sua vida. José Pedro Brito anda ‘nisto’ desde sempre e nem se vê a fazer outra coisa senão moldar matéria prima e construir as suas obras. “Artesão porquê? Não foi uma herança, embora a minha mãe tivesse jeito

queimar as pontas para furar a madeira, colocar num fio, fazer pulseiras e até utilizar o caroço da cereja”, começa por contar o artesão, enquanto procede a uma paragem na sua atividade diária. “Depois descobri o barro seco, juntava-lhe água, enfim. Fui para arte e design, era mais uma aprendizagem teórica, até porque aqui, no Algarve, não havia nada do género, apesar de Lagoa ser uma

“Desde miúdo sempre fui muito ligado a tudo que pudesse construir com as mãos e muito cedo comecei a dobrar garfos, queimar as pontas para furar a madeira, colocar num fio, fazer pulseiras e até utilizar o caroço da cereja” para as artes. Foi uma conquista pessoal. Desde miúdo sempre fui muito ligado a tudo que pudesse construir com as mãos e muito cedo comecei a dobrar garfos,

terra rica em olaria, sobretudo na zona de Porches. Mas nem uma escola existia, para lá do local onde estava o mestre Rodrigues”, prossegue José Pedro, que tem

toda a história fresca na memória. Nesta sequência, evoca os primeiros tempos na FATACIL, onde, com 16 anos, ajudava a montar os stands. “Fiquei fascinado com tantas peças, até que um dia desisti da escola. Já chegava de teoria. Fui para o 'Fundo de Desemprego' e conheci a psicóloga Antónia. Expliquei-lhe o turbilhão que existia na minha cabeça e ela deu uma ajuda tremenda”. É assim que o nosso artesão ruma às Caldas da Rainha, onde tinha aberto um centro de formação profissional. “Era complicado entrar. A zona tinha muitas fábricas e formava pessoas, para desenvolver trabalho, mas os locais tinham preferência”.

Artesão a 200 por cento O sonho, no entanto, ganhou forma. Entraram no centro três algarvios, um deles o João Pedro. Corria o ano de 1987. “Era o ideal para mim. O Cencal (Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica) era a primeira escola do género e estive lá dois anos, muito intensivos. “Tinha

um subsídio e fiz formação de modelador, ou seja, foi o começo que me abriu mais a mente. Havia jeito para o desenho e para pegar na madeira, mas comecei então a trabalhar a grés”, certamente no pontapé de saída daquilo que continua a fazer até aos dias de hoje. Facilidades, todavia, é que

nem pensar. José Pedro não tinha curso de vidrados ou cozedura e teve de comprar um forno a prestações, com a grande ajuda da tia Mimi. “Da família, foi ela que sempre me incentivou. O meu pai dizia que não dá nada… só que o sonho nunca fechou e fui batalhando”. A grés, um material feito a partir de argila de grão fino, plástica, sedimentária e refratária, que suporta altas temperaturas, como a cerâmica, passou a ser parte integrante da sua vida. “Depois casei, tive filhos, e, como a minha mulher era da zona da Beira Alta, tive de arranjar casa e pedir um empréstimo. Precisava de outro emprego e trabalhei 19 anos numa firma de rent-a-car, ao mesmo tempo que fazia a FATACIL”. Na carismática feira de Lagoa, andou quase 30 anos, desde o tempo em que “era o puto que acabava a escola e ia para lá, porque a Câmara Municipal de Lagoa contratava, entre aspas, adolescentes durante mês e meio, para montar a FATACIL”. José Pedro conheceu então muitos artesãos. “Era puro artesanato e via tudo a evoluir. Entretanto, a firma de rent-a-car faliu. Não quero mais patrões, disse cá para mim. Agora vou ser artesão a 200 por cento”.

O público não está educado para apreciar artesanato José Pedro sublinha que “às vezes é difícil sobreviver, sobretudo porque o público não está educado para apreciar o artesanato” e as obras nem sempre são valorizadas. “É caro? Só pode ser, porque tem custos e não é toda a gente que o faz. Mas tem de ser artesanato verdadeiro. Sei que toda a gente tem direito à vida, mas não misturem as coisas. Se pagar 300 euros num stand e o vizinho, que está ao lado, vende mais porque é comercial e foi aos armazéns do chinês buscar pulseiras de cortiça e por aí…”, lamenta o artista. “Volto a falar de Loulé, que está a dar cartas, já recebe estrangeiros e tudo. Enquanto não metermos na cabeça que é preciso qualidade no trabalho, não saímos da cepa torta”, adianta. Depois, sobre a tal educação que preconiza, explica que chegou a dar aulas a miúdos, que, ao início, até tinham medo de sujar mãos. No entanto, “acabaram por avançar com o projeto, oxidaram, limparam, vidraram e no final ficaram todos maravilhados”.


LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 14.10.2021 // Nº 164

REPORTAGEM // P9 Feiras de norte a sul do país Estava decidido. José Pedro tinha na altura 43 ou 44 anos e um amigo, Napoleão Mira, disse-lhe “compra uma carrinha e vai à tua vida”. Sem hesitar, o artista fez-se à estrada e percorreu feiras

começou a ser um espaço mais de gastronomia e espetáculo e o artesanato ficou de lado. Davam-me 18 contos para ir ao certame, sou desse tempo, mas saí de lá a pagar 350 euros pelo stand. Só que nunca quis borlas”, acentua, agora

“Compra uma carrinha e vai à tua vida”. Sem hesitar, o artista fez-se à estrada e percorreu feiras de norte a sul do país, tendo um calendário próprio, tomando as devidas opções sobre os melhores locais a visitar e expor de norte a sul do país, tendo um calendário próprio, no qual fazia as suas escolhas e tomava as opções sobre os melhores locais a visitar e expor. “O meu trabalho é peça a peça, sem pressão, sempre sozinho. Se calhar, não me adaptei a ganhar muito dinheiro… fazia as feiras, porque para lojas não vale a pena, querem 50 por cento do preço, é impossível”, salienta. A pandemia, naturalmente, deu “um estalo” em muitos dos planos de José Pedro. “Espero que para o ano tudo melhore. Ultimamente, vinha apostando num outro tipo de feiras, mais genuínas, e desisti da FATACIL, porque

mais resignado. “Descobri terras que dão mais valor aos artesãos, casos de Loulé e Tavira, que têm clientes conhecedores. Agora, faço Cabanas, Conceição de Tavira, feiras pequenas, mas que valem a pena. Vou à Dieta Mediterrânica e a São Brás de Alportel, à Feira da Serra, que, aproveito para dizer, espero bem que volte com outras ideias. É que há quem vá ao chinês e diga que é arte”, protesta José Pedro, sem papas na língua quando tem de criticar ou enfatizar certos procedimentos.

Rico… só de espírito José Pedro lamenta que em várias

“A liberdade tem de ser total” “Não me vejo a fazer outra coisa e por algum motivo dei o nome de ‘Mãos Livres’ ao meu atelier. A liberdade tem de ser total”, argumenta José Pedro, garantindo que o seu passatempo está “sempre ligado à arte e à cerâmica”. As ideias, essas, surgem em qualquer momento e em todos os lugares. “Pode ser numa viagem, numa conversa, na praia ou numa caminhada. Ou a ver um programa”, atesta, confessando que adora ir à praia dar um mergulho quando está sem inspiração. “Fecho a porta e regresso meia hora depois”. Por fim, um apelo: “O artesanato precisa de ser acarinhado. É preciso mais cultura. E há tanta gente de valor, como na Serra de Monchique, onde se trabalha tão bem a verga e a cerâmica. Quero acreditar que a pandemia fez bem a muita gente para se reinventar esta arte”.

cidades algarvias, “como Portimão”, não haja o verdadeiro artesanato. “É a segunda profissão mais antiga do mundo, do tempo da Pré-História. Por exemplo, Loulé aposta a sério, com o seu ‘Loulé Criativo’, um trabalho espetacular, com os tradicionais e novos artesãos, mais os designers. Senão crescemos com isto…é que a malta nova não liga muito, porque isto não é para ser rico. Só se for de espírito”. O seu trabalho em grés, cuja pasta dá para ir ao forno e depois se ‘transforma’ em obras únicas e maciças, é dedicado exclusivamente a peças decorativas. “Trabalho com colecionadores de presépios, de Santo António, mochos e agora até de gatos, ouriços e camaleões. Faço de tudo um pouco, desde que me dê prazer”. A inspiração surge porque “sempre fui criativo”, mas há situações embaraçosas, como sucedeu na fase do confinamento, em que “nem feiras havia”. Regra geral, são os estrangeiros os mais interessados. “Compram bem e são a base da minha clientela. Para o português é caro, só que o meu material é de exceção. Uma cozedura a 900 graus, vai depois outra vez ao forno, a 1200, com os óxidos e os vidrados. Demora até a peça ficar feita”, justifica José Pedro, mostrando uma peça à reportagem do Lagoa Informa, de uma mãe deficiente, sem pernas, mas que queria ser mãe a todo o custo. “Foi uma notícia da televisão que me inspirou e resolvi fazer esta homenagem. Tive de me adaptar também a trabalhos pequenos, porque as peças grandes podem custar de 200 a 300 euros e estes gatinhos vendo-os a 15 euros”, aludindo ainda a peças de encaixe, mais fáceis para o cidadão estrangeiro transportar.

Fornos em Lagoa e atelier em Portimão José Pedro funciona em Lagoa, onde tem os fornos, e também em Portimão, onde está sediado o seu Atelier Mãos Livres, perto da rua do comércio. “Em Lagoa

O artesão dá largas à criatividade e aproveita a inspiração

Muitos dos trabalhos de José Pedro são para colecionadores é a minha base, na garagem emprestada pela tia, que vou decorar agora à minha maneira. No atelier há muita luz, o que é indispensável”, diz o artesão, que nasceu em Coimbra, “por acidente”, como gosta de salientar. “O meu pai é de Lagoa e a minha mãe de Estremoz. Tenho três irmãos e vivi em Beja, Estremoz, Elvas e, já no Algarve, em Loulé, Portimão e Lagoa”. Aos 52 anos, com um segundo casamento, tem dois filhos e uma neta. “Todos nos ajudamos uns aos outros, o que é importante. Desejo é que a minha neta possa vir o mais rápido possível para aqui, para se sujar”, brinca José Pedro, pronto a passar o testemunho se for caso disso. Para trás já estão muitos anos de arte e um extenso rol de participações em feiras por esse país fora. “Cheguei a fazer 30 feiras no Verão, mas agora estou mais se-

letivo”, acrescenta o homem que está inserido na Associação de Artesãos de Monchique, como convidado na Fóia. “Somos 18 e é um trabalho espetacular”. O único apoio, aliás, surge destas associações, porque “individualmente é complicado”. Na circunstância, dá conta de um pedido para vender na Praia da Rocha, que não conseguiu “porque pedem muito dinheiro para alugar um espaço”. Assim, reconhece, não dá. “Ainda lá vendi dois anos, mas tive problemas com os vizinhos. Quando passa a polícia, todos fogem… ficávamos nós, aí uns quatro, que estamos legalizados, mas há pessoas que julgam que somos do tipo que não querem trabalhar, às vezes até pensam mal de nós. O meu pai também não acreditava”, ironiza, com a simplicidade e o orgulho de quem conseguiu triunfar na profissão escolhida. PUB

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LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 14.10.2021 // Nº 164

P10 // CULTURA LA(B)GOA É OUTRA DAS INICIATIVAS QUE JÁ COMEÇOU

Sucesso do Festival ‘Paragem’ é para repetir D.R.

Associação cultural ‘Bóia’, sediada em Carvoeiro, tem vindo a promover a formação de novos públicos.

Cultura é para todos

// Ana Sofia Varela

A

segunda edição do Festival ‘Paragem: práticas artísticas contemporâneas em época balnear’, que se realizou entre os dias 9 e 11, 16 e 18 de setembro, voltou a ser um sucesso e a surpreender. Isto porque, a base é levar a arte a locais diferentes, onde ninguém espera encontrá-la. Apesar de ser uma estimativa, este ano, o evento contou com mais de meia centena de pessoas por sessão. A edição zero já tinha acontecido em 2019 pelas mãos de Filipa Brito e Nelson Guerreiro, responsáveis pela associação cultural ‘Bóia’, sediada na Praia do Carvoeiro. Com animação muito experimental, o que se mantém é o tema: ‘férias no Algarve’. “Os artistas pensam e abordam essa questão. Os trabalhos são todos inseridos em espaços não convencionais e, também por essa razão, dá-se uma fricção entre o público que sabe o que está a acontecer e aqueles que estão apenas a passar ou a passear”, começa por explicar Filipa Brito, natural de Lagoa. Ou seja, alguém pode estar no passadiço para ver o pôr do sol e tirar uma ‘selfie’ e encontrar uma ação desta programação. Desafiaram 30 artistas a ‘estar de férias no Algarve’ em part-time, para apresentar trabalhos que mostraram a sua experiência, contam. O resultado traduziu-se em seis concertos, 14 performances, dois espetáculos de teatro íntimo, um workshop para crianças e jovens, um ‘happening’ com mais de 150 participantes nas ruas de Carvoeiro, uma festa, a apresentação de dez obras de artes plásticas e visuais e dois recitais líricos surpresa no barco na visita às grutas e no Largo de Carvoeiro. São espetáculos “direcionados para a performance, música experimental, projeção de vídeo, teatro íntimo em suite do hotel”, descreve Filipa Brito, acrescentando que esta edição contou também

Espetáculo 'As Argilosas' apresentado pela dupla Electro-Domésticas com o artista João Ferro, com peças enquadradas na paisagem, fora do passadiço, em Carvoeiro. “Estamos a trabalhar num contexto que, à partida, é um pouco resistente a este tipo de propostas, até porque estas não existiam cá de forma tão regular. A ‘Bóia’ está a ocupar um espaço livre e complementa a oferta cultural do município e de outras associações. Nesse sentido, trabalhámos este tema das férias, algo presente no imaginário da maioria das pessoas, e começámos os dois a pensar como poderíamos apresentar esta temática do ponto de vista artístico e estético”, revela Nelson Guerreiro. Chegaram à conclusão que existiam equipamentos hoteleiros e uma paisagem apreciada que poderiam ser o cenário ideal. Iniciaram a programação e, ao mesmo tempo, reinterpretaram e reinventaram o território. O comboio turístico, os campos de ténis, piscinas, quartos de hotel passaram a ser novas ‘plataformas’ de arte e, coincidindo com o nome do Festival, novas ‘paragens’. “Há quem venha à procura de reconhecer a imagem no guia turístico, fazer a sua ‘selfie’ no Miradouro da Nossa Senhora da Encarnação e encontra propostas artísticas, experimentais, ousadas. De repente, numa visita ao Algar Seco têm um concerto ou espetáculo de dança contemporânea”, diferencia o responsável. São sobretudo estrangeiros os

que estão mais ávidos de cultura, mas há residentes a aderir, o que ajuda a envolver a população local. Pensam ter tido uma média de 50 a 70 pessoas por sessão, consoante o local, ainda que muitos tenham assistido a mais de um espetáculo, o que no total ronda as 1500 pessoas. “Não nos importamos de trabalhar para as mesmas pessoas, mas temos que ir conquistando novos públicos”, refere.

Alargar festival a outros pontos É ponto assente que a ‘Paragem’ terá sempre lugar na época balnear, pois o tema central é o ‘estar de férias no Algarve’. “Estamos muito felizes com o reinventar deste conceito e não temos necessidade de o alterar. Será todos os anos, em Carvoeiro, mas queremos alargá-lo a outras freguesias como Estômbar, Parchal, Ferragudo e a locais como o Calvário”, exemplifica Nelson Guerreiro. “São sítios interessantes, sobre os quais nunca ninguém pensou deste ponto de vista da oferta artístico-cultural”, reforça Filipa Brito. Levar a cultura a zonas um pouco inusitadas pode auxiliar a concretizar o objetivo principal de formação de novos públicos e despertar a população para novas facetas de arte, acreditam.

Formação de públicos e direito à escolha O projeto ‘la(b)goa’ é outra iniciativa criada de raiz por esta as-

sociação local com a intenção de mudar a perceção que as pessoas têm da cultura. Levar quem não tem o hábito de ‘consumir’ artes, a olhar para elas de outra forma é uma das intenções. Esta ação começou, por isso, nas escolas, no Agrupamento ESPAMOL, mas será também aberta à restante comunidade do concelho. “Temos de chegar aos miúdos nas escolas, para que comecem a ter outra consciência e sensibilidade sobre o mundo e sobre as artes”, sublinha Filipa Brito. É um ‘laboratório de afinação do gosto de olhar as artes’, um programa de formação de públicos que pretende criar massa crítica. “Estamos num território que não tinha uma oferta regular de práticas artísticas contemporâneas”, justifica Nelson Guerreiro. Filipa Brito fala na primeira pessoa para exemplificar. “Vivia em Carvoeiro e fiz andebol, porque, naquele tempo, era a única atividade que existia. Se houvesse dança ou artes plásticas seria algo que teria frequentado. Os miúdos têm de ter acesso a diferentes iniciativas para terem hipótese de escolher e isso também é um exercício de cidadania”, diz. Neste caminho, os responsáveis pela associação afirmam que têm tido o apoio do município e sentem que há uma sensibilidade em relação a estes projetos. Contaram ainda com o apoio da Direção Geral das Artes no ano passado, pela primeira vez.

“Há algo curioso que é as pessoas acharem que isto não é para aqui. Inconscientemente estão a passar um atestado de incultura a si e às pessoas de cá, ao mesmo tempo que fazem uma declaração de ‘desamor’ à sua terra. E eu pergunto: ‘Não é para aqui porquê? Todas as pessoas têm direito” a tomar contacto com novas realidades, formas de cultura e artes. É também por esta razão que o lema da ‘Bóia’ é ‘a salvar vidas desde 2018’. “Está relacionado com o queremos fazer na vida das pessoas. Este resgate está ligado ao aumento de sensibilidade, de conhecimento, de partilha e a possibilidade de ser mais feliz através das artes e da cultura”, explica Nelson Guerreiro.

La(b)goa para escolas e não só A ‘Bóia’ quer divulgar o la(b)goa a mais pessoas, mas a covid-19 impediu que o processo fosse mais abrangente para já. O primeiro workshop intitulado ‘Fazer e Desfazer’ decorreu entre 27 e 29 de setembro, com apresentação pública no dia 30, para os alunos entre o 10º e 12º ano da ESPAMOL. As questões de género, inclusão, transsexualidade, igualdade de direitos foram os temas para abrir consciências e confrontar os jovens com estas realidades. Está previsto um workshop por mês em áreas como a iniciação ao teatro, à escrita, à dança. E uma das metas passa por associar atividades iniciadas neste projeto ao Festival ‘Paragem’. Ou seja, que os resultados finais possam ser apresentados ao público ao ser inseridos na programação. Para envolver a população, a ‘Bóia’ quer também realizar ações em espaços convencionais de cultura, como o Auditório, para várias gerações, para ir tentando mudar mentalidades aos poucos. “É um trabalho árduo”, mas concretizável, acredita Nelson Guerreiro.


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EDUCAÇÃO // P11 PROGRAMA UAARE DA ESPAMOL

Unidade de Atletas de Alto Rendimento O Programa UAARE - Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola é regulado pela Portaria n.º 275/2019, de 27 de agosto e visa uma articulação eficaz entre os agrupamentos de escola, os encarregados de educação, as federações desportivas (ver art. 3º) e seus agentes e os municípios, entre outros interessados, tendo por objetivo conciliar a atividade escolar com a prática desportiva de alunos/atletas (ver art. 2º) do ensino básico e secundário enquadrados no regime de alto rendimento, seleções nacionais e ou com potencial talento desportivo. A Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE) constitui uma estrutura técnico-pedagógica facilitadora do rendimento desportivo e do sucesso escolar, que, no Agrupamento ESPAMOL, conta com o apoio dos mais diversos intervenientes. Destacamos aqui alguns: - Coordenadora Regional (Prof. Ângela Abrantes): responsável pela monitorização da ação

pedagógica na rede de Escolas UAARE a nível local/regional; - Equipa de escola UAARE: equipa constituída pelo professor acompanhante, pelos professores da sala de estudo aprender mais e pelo psicólogo escolar; - Professor Acompanhante (Prof. Célia Rodrigues): efetua a gestão dos percursos individuais de aprendizagem dos alunos UAARE, articula com todos os intervenientes dos percursos escolar e desportivo do aluno-atleta e propõe e organiza aulas de apoio ao estudo, tendo por base as necessidades dos alunos UAARE; - Professores da Sala de Estudo Aprender Mais (SEAM+) são os professores que promovem o apoio presencial, síncrono e assíncrono, aos alunos UAARE e articulam com os professores dos conselhos de turma; - Os Interlocutores Desportivos: elemento que representam a federação, associação ou o clube desportivo junto da escola UAARE, para o desenvolvimen-

to da carreira dupla dos alunos-atletas; - Os Encarregados de Educação dos alunos-atletas UAARE, responsáveis pela articulação regular com a escola UAARE. Para prestar todo o tipo de apoio (presencial, online, curricular, acompanhamento, et), o Agrupamento conta com as Salas de Estudo Aprender Mais (SEAM+): Sala B1 na ESPAMOL e CAA Jacinto Correia: ambientes de aprendizagem individualizada, onde também são prestados os apoios UAARE. O trabalho desenvolvido nos últimos três anos na ESPAMOL tem sido referência a nível nacional e os dados do sucesso referente a esses anos é nota de destaque, a saber: Ano letivo 2018/19 - Total de atletas - 29; Modalidades - 8; desempenho académico médio global - 91,28% Ano letivo 2019/20 - Total de atletas - 37; Modalidades - 12; desempenho académico médio global - 97,54% Ano letivo 2020/21 - Total de

atletas - 40; Modalidades - 10; desempenho académico médio global - 98,30% Ano letivo 2021/22 - Total de atletas - 84; Modalidades - 9 (Andebol, canoagem, vela, badminton, futebol, natação, ténis, ballet, salto de obstáculo); nº de professores SEAM+ 14. A Equipa UAARE ESPAMOL está pronta para ajudar os nossos alunos-atletas a vencerem campeonatos, a conquistarem sonhos e ultrapassarem obstáculos. Em conjunto com as federações, clubes desportivos, treinadores e interlocutores desportivos,

encarregados de educação e pais, estamos cá, para ‘fazer acontecer’ no processo complexo da conciliação do sucesso desportivo e escolar, da conciliação das carreiras duplas dos nossos alunos-atletas UAARE. Certamente o novo ano escolar a todos colocará novos desafios. Porém, como disse Michael Jordan, “com talento ganhamos partidas; com trabalho em equipa, ganhamos campeonatos”. A todos, desejamos um ano de muito sucesso desportivo e académico. Artigo produzido pelo Agrupamento ESPAMOL PUB


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P12 // SAÚDE Cancro de mama em homens e a deteção precoce do diagnóstico, e geralmente já se disseminou para os linfonodos e tecidos adjacentes. A extensão da disseminação é um dos fatores mais importantes para o prognóstico do cancro de mama.

vável que exista um benefício real em realizar rastreio do cancro de mama em homens na população em geral, por exemplo, com mamografias e outros exames.

O cancro de mama é um tumor maligno que se origina nas células do tecido mamário. Um tumor maligno é um grupo de células cancerígenas que pode invadir os tecidos adjacentes ou disseminar (metástase) para outros órgãos. O cancro de mama ocorre principalmente em mulheres, mas os homens também podem ter a doença. É importante mencionar que muitas pessoas não sabem que os homens têm tecido mamário e podem desenvolver o cancro de mama. Deteção Precoce do Cancro de Mama em Homens Diagnosticar o cancro de mama cedo aumenta as hipóteses de um tratamento bem-sucedido. No entanto, como o cancro de mama em homens é raro, é pouco pro-

Diferenças que afetam o diagnóstico precoce do cancro de mama entre homens e mulheres. Existem muitas semelhanças entre o cancro de mama em homens e mulheres, mas existem também algumas diferenças importantes que impedem o diagnóstico precoce da doença: •

Tamanho da mama: A diferença mais óbvia entre a mama masculina e a feminina é o tamanho. Como os homens têm pouco tecido mamário, é mais fácil observar ou sentir pequenas massas (tumores). Por outro lado, como os homens têm tecido mamário escasso, os tumores não necessitam crescer muito para atingir a aréola, a pele que cobre a mama e os músculos sob a mama. O cancro de mama em homens tende a ser um pouco menor do que nas mulheres no momento

Ausência de um programa de consciencialização: Uma diferença é que o cancro de mama é comum entre mulheres e raro entre os homens. As mulheres geralmente são mais conscientes desta doença e os seus possíveis sinais de alerta, mas a maioria dos homens não percebe que têm um pequeno risco de serem afetados. Alguns homens ignoram os nódulos mamários ou pensam que são causados por uma inflamação ou algum outro motivo, e não procuram assistência médica, deixando o tumor crescer. Alguns homens têm vergonha quando encontram um nódulo na mama e temem que alguém possa questionar a sua masculinidade. Isto também pode retardar o diagnóstico e reduzir as hipóteses de su-

cesso no tratamento. •

Homens do grupo de risco: Exames cuidadosos da mama podem ser úteis para rastrear os homens com um forte histórico familiar de cancro de mama ou mutações no gene BRCA. O rastreamento com mamografias e ultrassom não foi estudado em homens, e muitas vezes só são realizados se for diagnosticado um nódulo. Os homens que têm um alto risco para cancro de mama devem discutir o assunto com o seu médico.

Aconselhamento genético: Se tem histórico familiar para cancro de mama (homem ou mulher), cancro de ovário, cancro de pâncreas e/ou cancro de próstata que pode ser causado por uma mutação no gene BRCA e/ou se alguém na sua família tem essa mutação, deve avaliar a possibilidade de realizar exames genéticos para determinar se herdou uma mutação no gene BRCA. Se o exame diagnosticar uma mutação,

deve procurar o seu médico ou um oncologista. Outros tipos de cancro, incluindo o cancro de próstata, cancro de pâncreas e cancro de testículo foram associados a mutações de BRCA. Se está a pensar em fazer o teste genético, recomenda-se consultar antes um especialista em genética. É importante entender o que o teste genético pode (ou não) dizer, e pesar cuidadosamente os benefícios e riscos do teste. Os resultados dos testes nem sempre são elucidativos, e mesmo que sejam, nem sempre está claro o que deve ser feito. Pode haver outras preocupações como, o que os resultados podem significar para os outros membros da família.

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OPINIÃO // P13 Posso ajudar o meu filho a gerir as emoções?

Sónia Francisca Silva Psicóloga Clínica (Especialista em Neuropsicologia e Psicogerontologia) Email: sfspsicologia@ sapo.pt

As crianças precisam sentir-se seguras para que possam vir a ser adultos assertivos. Essa segurança é construída no seu mundo psicológico através de uma vinculação de qualidade a figuras de afeto, que serão os seus modelos. As crianças aprendem por imitação, pelo exemplo. A criança não nasce a saber gerir as suas emoções, tal como não nasce a andar e a falar, é necessário aprender, será então importante o papel do meio envolvente no facilitar a aprendizagem das suas capacidades de autorregulação emocional. Portanto, a maturação neurológica, o temperamento e os modelos parentais são condicionantes no processo de regulação emocional. Sendo os pais modelos, será importante falar sobre os seus próprios sentimentos e emoções com as crianças, ajudando os filhos a identificar e a exprimir as suas próprias emoções e que possam também verbalizá-las de forma assertiva, diria “legendar as emoções”. A criança vai observar os pais, enquanto modelos de regulação emo-

cional, como reagem em diversas situações e vai também perceber como reagem às reações exageradas dela própria. Tente não dizer “Não vale a pena ficares triste” ou “Não faz sentido ficares zangada”, dê-lhe espaço

e tente que ela pense qual será a consequência de cada uma das soluções, tentando encontrar aquela que é emocionalmente mais ajustada à situação. Podem recorrer ao ‘role-playing’ (encenação) para a pôr em prática. Será

A maturação neurológica, o temperamento e os modelos parentais são condicionantes no processo de regulação emocional para falar do que sente, sem julgar, e tente manter a calma. Se possível, fale de uma experiência sua idêntica que já tenha ocorrido e como reagiu; se não resultar o descontrolo cognitivo já deu origem ao desregular fisiológico e aí é preferível afastar-se para a criança experienciar a emoção até ao fim. Mostre-lhe que quando ela acalmar estará disponível para falar. Trabalhe com a criança a resolução de problemas, principalmente problemas difíceis que podem desencadear emoções intensas. Perante um problema, encontrem diversas soluções

Ajude a criança a utilizar o ‘mindfulness’ para acalmar, por exemplo: “Imagina que és uma árvore que está crescendo, os teus pés são as raízes e o corpo o tronco; em 3 respirações vais levantando os braços e desenhas um círculo (copa da árvore), depois só com uma expiração desces os braços”. Recomendo o livro ‘Os Anos Incríveis’- Guia de Resolução de Problemas para Pais de Crianças dos 2 aos 8 anos, de Carolyn Webster-Stratton , o livro ‘Respira’ de Inês Castel-Branco e o site https://bysofiacacao.com/ .

importante também rever situações em que houve explosões emocionais, para pensarem como poderia ter sido diferente e antecipar futuras. O trabalho de resolução de problemas é muito interessante porque também estimula o desenvolvimento do lobo pré-frontal do cérebro da criança, que é aquele que leva mais tempo a desenvolver-se do ponto de vista da maturação neurobiológica, daí a dificuldade dos jovens, em planear e sequenciar e, por conseguinte, ter a melhor perceção das consequências das suas ações. PUB


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P14 // DIVERSOS CLASSIFICADOS

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A fechar... D.R.

14 de outubro de 2021 • Quinta-feira

FESTIVAL COMEÇOU NO DIA 2 COM DÁRIO GUERREIRO

‘Humorfest’ mostra o melhor da comédia

Atletismo: Manuel Rodrigues imparável conquista quatro títulos nacionais

‘Boeing Boeing’, ‘O Teu Talk Show’ e ‘Monólogos da Vagina’ são os próximos espetáculos. Bilhetes custam 10 euros. D.R.

E

stá de regresso o Humorfesf – Festival de Humor de Lagoa, que promete o regresso da boa disposição e das gargalhadas ao Auditório Carlos do Carmo. O evento arrancou no início do mês, com a peça ‘Vou Ficar’, de Dário Guerreiro, mais conhecido por ‘Môce Dum Cabréste’, mas tem ainda mais três agendadas. Já este sábado, 16 de outubro, às 21h30, sobe ao palco o espetáculo ‘Boeing Boeing’, que relata as peripécias de um Casanova dos tempos modernos. Bernardo, um arquiteto, está noivo de três mulheres: Janete, Julietta e Judite, três hospedeiras de bordo, de diferentes países com quem vive sem que saibam a existência uma das outras. Berta, a fiel empregada doméstica de Bernardo, é cúmplice neste jogo amoroso, trocando as fotografias, roupas de cama e ementas para que nenhuma das noivas desconfie da presença de outras mulheres. No fim de semana seguinte, dia 23, às 21h30, é a vez de António Raminhos (vencedor da última edição do Humorfest), acompanhado por Luís Filipe Borges, apresentarem ‘O Teu Talk Show’, um espetáculo cujos convidados dos humoristas são personalidades e artistas locais. A fechar o festival, o Auditório Carlos do Carmo recebe a 24

O atleta lagoense Manuel Rodrigues, agora a correr a nível individual, esteve em plano de evidência nas últimas duas semanas ao somar quatro títulos de campeão nacional. No passado fim de semana sagrou-se, em Lisboa, campeão nacional de veteranos nos 5000 metros. Uns dias antes, a 3 e 4 de outubro, também na capital, venceu as provas de 3000 metros obstáculos, 1500 e 800 metros, no total de três títulos nacionais. Foram dois fins de semana em cheio que lhe permitiram trazer quatro medalhas para Lagoa. “Melhor era impossível, senti-me muito bem. Tenho treinado sozinho e achava que podia não estar na melhor forma, mas fiz uma ótima prova. Sinto que continuo a evoluir”, afirmou ao Lagoa Informa após estes triunfos. A correr sem clube por opção, sente que isso valorizou ainda mais as suas vitórias. “Atualmente treino sozinho, mas acho que não tem prejudicado o meu rendimento. Estas conquistas têm também um sabor mais especial por isso. Para já, pretendo continuar como individual, já recebi pedidos de alguns clubes para os representar, mas de momento quero continuar assim. No futuro se verá”, acrescentou.

Galeria Manuela Vale expõe ‘Um Olhar Sobre...’ até novembro Até ao final do mês estão agendadas três apresentações de outubro, às 21h30, os ‘Monólogos da Vagina’, com Marta Andrino, Teresa Guilherme e Melânia Gomes, num espetáculo que tem sido um sucesso por onde tem passado, abordando temas como sexo, prostituição, imagem corporal, amor, estupro, menstruação, masturbação, nascimento, orgasmo, os vários nomes comuns para a vagina ou simplesmente como uma parte física do corpo feminino. Os bilhetes custam 10 euros (20% desconto com passaporte cultural, cartão Lagoa Social ou Passaporte Rota do Petisco 2021)

OS ESPETÁCULOS 16 OUT • 21h30 Boeing Boeing 23 OUT • 21h30 O Teu Talk Show 24 OUT • 21h30 Monólogos da Vagina Bilhetes à venda em: ticketline, Worten, FNAC, Auditório Carlos do Carmo e Balcão Único da Câmara Municipal. e estão à venda em Ticketline, Worten, Fnac, Auditório Carlos do Carmo e Balcão Único da Câmara Municipal.

A exposição ‘Um Olhar Sobre…’ de Sónia Balão está patente, até 5 de novembro, na Galeria Manuela Vale da Escola Mestre Fernando Rodrigues. Com entrada gratuita, a mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 17h00, sendo necessário o cumprimento das normas recomendadas pela Direção-Geral da Saúde.

Natação: Filipe Santos, atleta do LAC, sagrou-se vice-campeão da Europa O nadador Filipe Santos, que representa o Lagoa Académico Clube, sagrou-se vice-campeão da Europa nos 50 livres ao serviço da seleção nacional no Campeonato Europeu para atletas com Síndrome de Down que decorreu até ao passado fim de semana em Ferrara, Itália. O atleta conquistou também o bronze nos 200 metros mariposa e nos 4x200 livres e quatro ouros (4 x50 estilos, 4 x50 livres, 4×100 estilos e 4×100 livres).

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