Lagoa Informa nº174 - 10.03.2022 by Algarve Vivo

Quinta-feira, 10.03.2022 | € 1,00

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Quinzenário | Ano VII | Nº 174 | Diretor: Rui Pires Santos

CULTURA Bailado ‘Tempus Fugit’ com estreia nacional em Lagoa P16 EDUCAÇÃO Autarquia promove jogos tradicionais para crianças P16

Logrise, uma tecnológica de sucesso do concelho Nelson Maló, do Parchal, e Ricardo Viegas, de Silves, apostaram numa startup na área do marketing digital e, em pouco mais de dois anos, já contam com 10 colaboradores. Sediados no centro de Lagoa, têm clientes em Portugal e em diversos países europeus. P8-9

Lagoenses ao lado da Ucrânia

Parchalense campeão distrital em futsal feminino

A equipa da Sociedade Recreativa Boa União Parchalense conquistou a vitória no passado fim de semana. P3

Numa semana foram enviadas cinco carrinhas com donativos para a Associação de Ucranianos do Algarve. Grupo ‘Mais Lagoa’ continua a recolher bens. Lagoa Business Center também está a angariar alimentos. Ao concelho já chegaram 22 cidadãos ucranianos, acolhidos por familiares. P2-3 PUB

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Formação gratuita sobre vinhos começa em março Ação é organizada pela autarquia e conta com quatro sessões na Biblioteca Municipal. P3 PUB

LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 10.03.2022 // Nº 174

P2 // ABERTURA NUMA SEMANA JÁ FORAM ENVIADAS CINCO CARRINHAS

Lagoenses mostram solidariedade para com Ucrânia Maria João Santos tomou a dianteira e começou uma angariação de bens que, de forma muito rápida, se organizou e tem tido o apoio de muitos residentes com donativos. FOTOS: ANA SOFIA VARELA

Novo espaço a partir de dia 20 A partir de 20 de março, este movimento muda-se para um espaço onde funcionou uma parafarmácia, junto à Pastelaria Algarve. Foi cedido por Paulo Sousa, da Farmácia Maceta. Nessa fase, serão necessárias estantes de prateleiras. “Aproveito para fazer este apelo, a quem as tenha e possa cedê-las”, afirma. Nessa altura, as famílias referenciadas pelos serviços de ação social da Câmara Municipal dirigir-se-ão a este grupo para receber ajuda. “Vão receber cabazes de comida e roupa consoante o agregado familiar. Será apenas para famílias que sejam referenciadas por esses serviços”, avisa.

Maria João Santos recebe donativos de um lagoense // Ana Sofia Varela

apenas algumas das dádivas. O ‘movimento’ informal começou a 28 de fevereiro, apenas quatro dias após o início do ataque militar da Rússia à Ucrânia. Desde essa altura, já foram angariados bens suficientes para encher cinco carrinhas que seguiram para a sede da Associação de Ucranianos do Algarve. Além da divulgação, Maria João Santos ligou a Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, para explicar a sua intenção e pedir esse transporte. “O presidente disponibilizou-se de imediato e disse que ia articular com os serviços sociais da autarquia. E ainda bem, porque assim este movimento solidário

inda a manhã vai a meio e já há muito trabalho para fazer. De dez em dez minutos alguém aparece à porta do edifício, em Lagoa, no Largo Alves Roçadas, que por estes dias se transformou num ponto de recolha de bens para ajudar os ucranianos. Uns querem saber o que faz falta e outros já trazem sacos cheios para ajudar esta causa. Maria João Santos é o rosto principal que, como administradora do grupo no Facebook ‘Mais Lagoa’, colocou mãos à obra e, em poucos dias, conseguiu montar uma estrutura, organizar voluntariado e articular-se com os servi-

ços sociais da Câmara de Lagoa. “Isto estava a mexer comigo, da mesma maneira que com muitas outras pessoas. Liguei a uma amiga que conhece o dono deste imóvel, onde funcionava a ‘Gazeta de Lagoa’, para lhe pedir que o contactasse e visse se seria possível ceder-nos o espaço. A partir daí, lancei o desafio nas redes sociais e junto da população para a angariação de bens e tentei arranjar outros apoios”, conta ao Lagoa Informa. Roupa, medicamentos e estantes com alimentos, onde, a meio ganha destaque uma faixa branca com diversas mãos pintadas a azul e amarelo, as duas cores da bandeira ucraniana, são

Voluntários oferecem fitas

Fraldas de adulto e produtos de higiene continuam a fazer falta

ganhou outra força. Agradeço, por isso, à Câmara e, em especial, ao presidente. Também Joaquim João, presidente da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, se mostrou disponível para apoiar, bem como as restantes juntas”, revela Maria João. Se por um lado, o apoio das autarquias agiliza a resposta efetiva que está a ser prestada, por outro lado, o que se faz ‘dentro de portas’ e a generosidade da população é tão ou mais importante. O espaço funciona das 10h00 às 20h00 e é, nessa altura, que os donativos são triados, ensacados e acondicionados para serem enviados. Este é o ponto de recolha principal, mas as Juntas e Uniões das Freguesias no concelho também se tornaram pontos de recolha do ‘Mais Lagoa’. “À medida que vão tendo uma grande quantidade de donativos enviam-nos para cá”, avança, sendo feita a separação. Os bens são enviados para a Associação quando há volume suficiente para encher uma viatura, mas este movimento informal já começa a armazenar algum ‘stock’ para que seja possível

dar resposta a refugiados que se desloquem para Lagoa. Voluntariado organizado Já nas instalações, com áreas distintas, cada voluntário separa o que chega e organiza os produtos por zonas. À porta estão os sacos-cama, roupa de homem de cores escuras, muletas, caixas com medicamentos e material relacionado com primeiros socorros. Todos estes donativos seguirão para a frente de guerra noutra carrinha. “Temos uma equipa de médicos ucranianos, que trabalham no nosso SNS que verifica as caixas de medicamentos doadas. Só são enviadas as seladas. Separam compressas, álcool, analgésicos, ben-u-ron. Depois traduzem para ucraniano a descrição do medicamento e colocam notas sobre a forma como deve ser administrado ao doente”, explica a responsável. “Temos tido também a amabilidade da Farmácia Maceta e da Farmácia Lagoa que nos fizeram chegar muito material”, acrescenta. Gerir recursos Na outra ponta da divisão, há uma

Lanternas para colocar na cabeça também são necessárias

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ABERTURA // P3 D.R.

BREVES LAC solidário O Lagoa Académico Clube foi um dos que resolveu apoiar esta iniciativa do ‘Mais Lagoa’, tendo promovido a recolha de bens, a 5 de março, no Pavilhão Municipal Jacinto Correia, durante os jogos que se realizaram à tarde. Apelaram à doação de medicamentos, roupa, alimentos e produtos de higiene.

Fitas com as cores da Ucrânia pela paz O ‘Mais Lagoa’ oferece a cada cidadão que se desloca ao ponto de recolha oficial duas fitas, uma azul e outra amarela, num gesto que simboliza o apoio ao povo da Ucrânia. Há também no local um livro de honra para quem escrever uma mensagem de paz.

Um ‘miminho’ para as crianças As voluntárias que têm separado e ensacado as roupas para as crianças que estão nos centros de refugiados nas fronteiras daquele país, estão a colocar um pequeno saco com gomas ou um brinquedo para as surpreender quando recebem as peças de vestuário.

Doentes ostomizados A SOS Oncológico, cuja responsável é Maria João Santos, associou-se a este movimento para pedir a doação de material para doentes ostomizados para fazer chegar aos pacientes ucranianos. mesa onde é realizada a triagem dos bens, exceto a roupa. “Temos estantes, onde separamos cereais, bolachas, arroz, águas, comida para animais, massas, enlatados, comidas pré-cozinhadas... Separamos em caixas de plástico, resistentes, que foram doadas por uma empresa da zona do Algoz que ia enviá-las para a reciclagem. Quando estiverem cheias, embrulhamos em película aderente para seguirem para a Ucrânia”, mostra a administradora do ‘Mais Lagoa’.

Um laço que simboliza o povo ucraniano No entanto, já estão a ser criados ‘stocks’ para a chegada dos refugiados. O município já estipulou que, nessa altura, a alimentação seja dada, aos dias de semana, pela cantina dos serviços sociais e, aos fins de semana, pelo Centro Popular, revela ainda. A outra divisão ao lado é só para a roupa. São vários sacos de roupa para mulher e jovens. Numa mesa, há já várias peças para bebés e, ao fundo, cobertores, mantas e lençóis. “As roupas vêm limpas e em muito bom estado, o que facilita imenso o nosso trabalho. Há, inclusive, pessoas que têm ido comprar, sobretudo, roupinhas de bebé para dar. De propósito!”, atitudes que levam Maria João Santos a elogiar a população de Lagoa. A prioridade, neste momento, é a roupa de mulher, criança, bebé e jovem, pois são essas pessoas que estão na fronteira. “Até hoje já enviamos quatro vezes e é bem possível que hoje [segunda-feira] se encha outra. Numa semana, encher cinco carrinhas é muito bom”, descreve, acrescentando que o apoio dos lagoenses “está a ser fabuloso”, que “há equipas desportivas que têm feito os seus jogos e aproveitam para apelar para as pessoas trazerem as coisas” e que

No passado fim de semana

“há empresas que também têm vindo trazer bens”. Ainda assim, a recolha continuará a ser necessária. Até à data, segundo Luís Encarnação, já chegaram ao concelho 22 “cidadãos ucranianos que foram acolhidos por familiares”. Está previsto que cheguem mais 13 no imediato, número que poderá aumentar. Ração para precaver abandono Como Maria João Santos explica, a comida para os animais já não será enviada, pois há famílias que trazem os animais de estimação e será preciso ajudá-las. “Com as dificuldades que vão ter, um dos cenários que poderá verificar-se é o de abandono de animais e nós queremos evitá-lo”, afirma. Esta foi uma medida tomada em articulação o Jardim da Aryel, pois conforme esclareceu Irene Nunes, a responsável dessa associação, “a Ucrânia é um dos principais fornecedores de comida animal e, com esta situação, não se sabe como será o futuro. Ainda que haja alguma produção em Portugal também os cereais vêm de lá”, refere Maria João. Esta associação enviou, entretanto, um grande carregamento de comida para os animais, mas agora irá guardar para quem chegar.

Lagoa Business Center também está a recolher bens

sagrou-se campeã distrital A formação de futsal feminino da Sociedade Recreativa União Boa Parchalense conquistou o título distrital no passado fim de semana, 6 de março, ao vencer em casa o Castromarinense por 5-0. Este é o primeiro título distrital do clube em futsal feminino, numa modalidade recente no emblema, mas que tem vindo a crescer com sucesso, como comprova esta conquista. Entretanto, já este sábado, 12 de março, às 16h30, em Tavira, a equipa volta à competição e vai defrontar o Farense na final da Taça do Algarve, e tentar a ‘dobradinha’.

Inicio a 22 de março

Autarquia promove formação gratuita sobre vinhos O município de Lagoa, em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão e a Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA), promove uma ação integrada no programa ‘Formação + Próxima’, sobre os Vinhos do Algarve. Com início a 22 de março, às 15h00, a formação decorrerá na Biblioteca Municipal de Lagoa ao longo de quatro sessões entre março e abril. A participação é gratuita, estando sujeita a inscrição obrigatória e ao limite de 25 vagas. A formação foi estruturada pela CVA para que os participantes aprendam a identificar as principais características dos vinhos do Algarve, num programa marcado por diferentes dinâmicas, ritmos e ambientes, onde se destacam masterclasses dinamizadas por produtores lagoenses, visitas a adegas do concelho ou diferentes provas ao longo das sessões. Os interessados deverão estar registados na Academia Digital. Para efetuar a inscrição poderá contactar os seguintes e-mails: tania.neves@escolas.turismodeportugal.pt ou turismo@cm-lagoa.pt, onde poderão também solicitar por mais informações.

Em andebol D.R.

Outra das entidades que se uniu em prol da ajuda humanitária à comunidade ucraniana foi o Lagoa Business Center, no centro da cidade. Esta é a resposta ao apelo que tem vindo a ser realizado para ajudar o povo que está na Ucrânia e os refugiados que estão em fuga para as fronteiras daquele país, devido ao ataque militar da Rússia. O espaço lagoense, que engloba diversas empresas locais, está a angariar produtos e roupas e a entregá-los à Associação Anjos da Misericórdia de Albufeira. Quem quiser contribuir pode dar roupa quente, toalhas, lençóis, cobertores, almofadas, champô, gel de banho, fraldas, toalhitas, produtos de higiene, ligaduras, compressas, álcool, água oxigenada, creme cicatrizante, analgésicos, alimentos enlatados, bolachas, cereais, sumos, massas, arroz, leite e leite em pó, café, chocolate em pó, azeite, comida para bebés, alimentação para animais. O espaço está sediado na Rua Coronel Figueiredo, loja oito, primeiro piso, podendo os donativos ser entregues das 9h00 às 20h00 nestas instalações.

Equipa de futsal feminino do Parchalense

Lagoa Académico Clube em terceiro lugar no Torneio Santo António Maria Claret A equipa de juvenis masculinos do Lagoa Académico Clube (LAC) foi terceira classificada no II Torneio Santo António Maria Claret, disputado, entre 25 e 28 de fevereiro, no Colégio Internato dos Carvalhos, em Vila Nova de Gaia. A competição juntou algumas das melhores formações nacionais de andebol neste escalão, como Benfica, FC Porto, ABC ou FC Gaia. Ainda assim, os jovens jogadores do LAC mostraram a sua qualidade e conquistaram o terceiro lugar, somando a eleição de dois atletas como melhores em campo: André Pratas no encontro com o GD CIC e David Lourenço na partida frente ao e FC Porto. Este último foi ainda distinguido com o prémio de Melhor Pivot do Torneio. A participação neste torneio serviu de preparação para a fase nacional para a qual a equipa se apurou, depois de ter alcançado apenas vitórias.

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P4 // EDUCAÇÃO AGRUPAMENTO ESPAMOL

Balanço do primeiro semestre 2021/22 da UAARE F indo um primeiro semestre de alguma normalidade e regresso aos treinos, competições e azáfama escolar, é importante refletir e fazer um breve balanço do projeto Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE), pela importância que este assume no nosso concelho e principalmente na vida dos nossos jovens atletas, partilhando convosco os resultados académicos e desportivos dos nossos 45 alunos-atletas UAARE, apenas possíveis pelo trabalho conjunto que pais, professores, diretores de turma, interlocutores desportivos, treinadores, coordenadores desportivos, Câmara Municipal, todos juntos, desenvolvemos, todos os dias, para a conciliação e sucesso das carreiras duplas destes jovens. Neste momento, encontram-se abrangidos pelo projeto UAARE do Agrupamento ESPAMOL, 45 alunos (38 do nível III, 4 do nível II e 3 englobados na alínea d)). De entre as modalidades praticadas encontra-se o andebol (18 alunos), canoagem (12), natação (5), ballet (3), badminton (3) futebol (1), basquetebol (1), salto de obstáculos (1) e ténis (1). Durante os meses de julho a dezembro, tivemos 20 chamadas a seleções nacionais, 26 lugares de pódio e 18 participações em provas internacionais. Apesar da elevada carga horária, estes jovens tiveram uma taxa de desempenho académico de 95,1%, valores estes acima da média nacional (90,04%), sendo que 75,68% dos alunos têm classificação positiva a todas as disciplinas (acima da média nacional de 62,85%) e 86,05% pretendem ingressar o ensino superior, com aspirações em cursos tão diversos como engenharias, ciências do desporto, fisioterapia, medicina, economia e gestão. Ao nível do apoio académico, na Sala de Estudo Aprender Mais da UAARE, neste semestre, foram prestadas 233 aulas de apoio, distribuídas pelas disciplinas de Português, Matemática, Biologia e Geologia, Inglês, Física e Química, História e Cultura das Artes e

NA OUTRA MARGEM João Leote e Edmundo Inácio são destaques no ‘Março Jovem’

D.R.

MÚSICA • O Portimão Arena será palco este sábado, 12 de março, às 21h00, de um concerto que junta João Leote e Edmundo Inácio, os dois artistas que, em fevereiro, foram finalistas do concurso televisivo ‘The Voice Portugal’, transmitido pela RTP1. As entradas custam dois euros e podem ser adquiridas online na bol. pt. e nos locais habituais. O espetáculo está integrado na programação do ‘Março Jovem’, iniciativa que apresenta ainda como novidade o Concurso de Fado Amador, nas categorias juvenil, para crianças e jovens até aos 16 anos, e sénior, para maiores de 17 anos. Haverá duas eliminatórias, a 13 de março, às 16h00, no Clube de Instrução e Recreio Mexilhoeirense, e no dia 27, às 16h00, no Clube Desportivo e Recreativo da Pedra Mourinha. A final será no TEMPO, a 2 de abril, às 21h00. Outras das sugestões é a atuação dos ‘Giletes D’Aço’, no dia 16, às 21h00, no TEMPO, e a ‘Battle of the Bands Marginália 2022’, sendo as próximas eliminatórias a 12 e 19 de março, às 21h30, nas instalações do Clube Desportivo e Recreativo da Pedra Mourinha. A final reunirá as três melhores bandas no dia 26, também às 21h30. Estes eventos têm entrada livre.

Feira de Velharias e Mercado Mensal estão de regresso ANTIGUIDADES • O Parque de Feiras e Exposições de Porti-

Geometria Descritiva A, do 5º ao 12º ano. No ensino básico, nas avaliações de final deste primeiro semestre, os alunos-atletas obtiveram uma média de 4,14. No ensino secundário, a média dos nossos alunos-atletas foi de 15,1 valores. Como é (poderá ser) do vosso conhecimento, este ano, temos no projeto uma psicóloga, só para os nossos alunos-atletas – a Dra. Diana Prudêncio. Neste âmbito, foram realizados 48 acompanhamentos de psicologia com vista ao preenchimento do Perfil do Aluno UAARE, bem como à identificação de eventuais problemas e necessidades. Paralelamente realizou-se uma sessão online, que juntou todos os alunos-atletas, intitulada ‘Com os Nervos à Flor da Pele’, com o objetivo de abordar a ansiedade e fornecer dicas de como combatê-la. A psicóloga UAARE realizou igualmente 54 contactos formais com encarregados de educação, por forma a estabelecer a ponte entre família e UAARE e perceber a sua opinião acerca do desenvolvimento do projeto, tendo sempre em vista a sua melho-

ria. Apesar das dificuldades, da carga desportiva e escolar, os nossos alunos-atletas brilham a nível regional, nacional e, às vezes, internacional, conciliando essas conquistas desportivas com o sucesso escolar e enchendo-nos de vaidade. Estamos muito orgulhosos dos nossos alunos-atletas. Eles e nós, todos os intervenientes neste projeto, estamos de parabéns e não podia deixar de partilhar este contentamento! Continuaremos a trabalhar e a contar com o apoio de todos porque o sucesso é a meta, mas o esforço é e será sempre o caminho; porque a vida não é (nem pode ser) uma corrida de velocidade, mas sim de resistência. Estamos e estaremos cá todos para apoiar os alunos-atletas UAARE, no sucesso e na dificuldade, sempre com resiliência. Em nome do Agrupamento ESPAMOL, obrigada a todos os que fazem acontecer, a todos os que integram este esforço e trabalho conjunto. Bem hajam! Célia Rodrigues (Professora Acompanhante do Projeto UAARE - ESPAMOL)

mão recebe, de novo, a Feira de Velharias e o Mercado Mensal. As duas iniciativas são, assim, retomadas depois de terem sido suspensas por um longo período, devido à covid-19. A Feira das Velharias é promovida ao primeiro e terceiro domingo do mês, estando a próxima prevista para dia 20 de março, das 8h30 às 12h30. Por sua vez, o Mercado Mensal decorre sempre na primeira segunda-feira do mês, entre as 8h30 e as 15h00. Em abril será no dia 4.

Teia D’Impulsos promove conversas dedicadas às ‘Terras do Arade’ PATRIMÓNIO • A associação Teia D’Impulsos volta a organizar tertúlias, em formato presencial, entre março e maio. Serão cinco conversas dedicadas ao tema ‘Terras do Arade - Valorizar o Património’, nas mais diversas vertentes e em diferentes territórios da região. A primeira sessão está agendada para esta quinta-feira, 10 de março, às 21h00, no Café na Ria, na Zona Ribeirinha de Alvor, sob o mote ‘Património Natural das Terras do Arade – Desafios à Sustentabilidade’. Em paralelo, a associação está a angariar verbas para o Projeto Hope, que nasceu em 2016, com o objetivo de melhorar o bem-estar dos doentes oncológicos com a instalação de aquários nas unidades hospitalares. Este ano, a Teia D’Impulsos volta a recolher fundos para instalar um aquário, mas desta vez, na Pediatria da unidade de Portimão do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, sendo a meta 1500 euros. Os interessados podem obter mais informações na página Facebook da associação.

Parque da Juventude recebe Taça de Portugal de BMX Race DESPORTO • A ronda 1 e 2 da Taça de Portugal de BMX Race está agendada para decorrer no Parque da Juventude de Portimão, este fim de semana. A primeira etapa está marcada para dia 12, a partir das 16h00, enquanto a segunda prova será no domingo, dia 13, às 10h30.

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SOCIEDADE // P5 ÁGUAS DA CRUZ NO 3º CONGRESSO ANAM

Atletismo

"Cidadãos devem perceber vantagens da regionalização"

Celina Huizinga

LAGOA INFORMA

Encontro na Covilhã reuniu líderes de Assembleias Municipais de todo o país.

osé Águas da Cruz, presidente da Assembleia Municipal de Lagoa, participou, a 19 de fevereiro, no Congresso da Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM), que se realizou na Covilhã, onde defendeu a importância da regionalização e do processo de descentralização. “A regionalização constitui um velho anseio e um enorme desafio para o Poder Local Democrático, no qual as Assembleias Municipais terão um papel decisivo a desempenhar. As Assembleias Municipais serão o fórum por excelência da democracia local, uma vez que que deverão promover a discussão e estimular a participação cidadã no deba-

te desta temática. Só um debate sério e informado, sem preconceitos, envolvendo os cidadãos e os demais atores locais, em cada um dos nossos territórios, poderá desmistificar os ‘mitos urbanos’ associados à regionalização”, explicou Águas da Cruz. O líder da Assembleia Municipal de Lagoa sublinhou ainda que “a regionalização só será bem-sucedida se o processo de descentralização em curso também o for e se os cidadãos perceberem as vantagens desta reforma administrativa do Estado”. Por sua vez, Albino Almeida, presidente da ANAM, acredita que “o sucesso da descentralização passa pelo envolvimento dos municípios, não só na sua ver-

Águas da Cruz marcou presença no congresso da ANAM tente executiva, mas também na sua vertente deliberativa, o que

implica mais capacitação para as Assembleias Municipais.”

em alta com o Sporting Lagoense A atleta Celina Huizinga voltou a estar em plano de destaque, desta vez no 45º Cross Internacional das Amendoeiras em Flor, realizado a 27 de fevereiro, nas Açoteias, no concelho de Albufeira, confirmando o bom momento de forma que atravessa. Na prova, que inclui o Campeonato Regional de Corta Mato e o Interassociações de Corta Mato Jovem, a atleta do Sporting Lagoense sagrou-se campeã regional em juvenis femininos e foi ainda terceira classificada a título individual em representação da seleção do Algarve, ao nível nacional de seleções regionais. Alcançou ainda um segundo lugar coletivo pela seleção do Algarve, a nível nacional. Em evidência esteve também a atleta do clube Clara Glória, que foi terceira classificada em infantis femininos. PUB

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P6 // SOCIEDADE BADMINTON: CLUBES DO CONCELHO MOSTRAM FORÇA

Che Lagoense e Universo dos Mistérios em destaque Torneio de não-seniores organizado pelo clube do Parchal. FOTOS: D.R.

A Che Lagoense dominou o primeiro torneio de clubes não-seniores

primeiro torneio de clubes não-seniores em badminton organizado pela ACD Che Lagoense, realizado a 19 de fevereiro, foi dominado pelo clube da casa, mas também

Sofia Cabrita (Universo dos Mistérios)

com bons resultados obtidos pelo Universos dos Mistérios, formação de Estômbar. Foram muitos os primeiros e segundos lugares conquistados pela Che Lagoense nos mais di-

versos escalões, com destaque, a singulares, para Tomás Soares (1º em sub-9), Miguel Sousa (2º em sub-9), Gabriel Martins (2º em sub-11), Martim Marques (1º em sub-13), Guilherme Negrita (2º

em sub-13), Filipe Barradas (1º em sub-15), Lourenço Pinto (2º em sub-15), Alexandre Bernardo (1º em sub-17), Gustavo Santos (2º em sub-17), Maria Wilkinson (1ª em sub-17), Isabella Wilkinson (2ª em

sub-17) e André Algarve (1º em sub-19.) Também em pares foram vários os triunfos somados. O Universo dos Mistérios também esteve em bom plano, com triunfos de Sofia Cabrita e Pedro Catrocho (sub-11) a singulares e a pares mistos, Dimitri Tura (sub-17) nas provas de pares com Miguel Sequeira, Anastásia Iurkova e Daniela Alexandre a singulares e pares mistos (sub19), com Jaime Fernandes. Os outros primeiros lugares foram alcançados por Anna Tura em singulares e Laís Baltazar em pares mistos, ambos no escalão de sub-13. A estes somam-se mais dez segundas classificações nos diversos escalões. A prova contou com um total de 77 atletas e a participação de mais um clube algarvio e dois de Lisboa. PUB

VINHOS DO ALGARVE Formação a iniciar a 22 de março 2022 | 4 sessões

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P8 // REPORTAGEM STARTUP ABRIU PORTAS EM OUTUBRO DE 2019

Jovens empreendedores ‘dão cartas’ no marketing digital em Lagoa FOTOS: ANA SOFIA VARELA

Chama-se Logrise, tem um volume de negócios entre os 200 e os 500 mil euros, emprega dez pessoas, tem clientes em Portugal, Espanha, França, Suíça, Bélgica e Inglaterra e a ambição é continuar a crescer. // Ana Sofia Varela

evolver ao utilizador o poder sobre os seus dados. Amplificar, chegar a mais clientes e potenciar a visibilidade de um negócio. Estas são as bases de um projeto nascido e criado em Lagoa, pelas mãos de Nelson Maló, do Parchal, e Ricardo Viegas, de Silves. Passam discretos na vida da cidade, mas a Logrise já chega a muitos clientes em Portugal, Espanha, França, Suíça, Bélgica e Inglaterra. Têm um volume de negócios que se situa entre os 200 e os 500 mil euros e continuam a trabalhar para crescer. Em termos práticos, os jovens empresários têm um software (Amplifier) que agrega vários pontos de investimento de marketing, possibilitando que uma pessoa que não é entendida nesta área e que não pode pagar a uma agência, agregue tudo num só local de forma simples. O dono de um estabelecimento, pode, assim, direcionar campanhas para uma plataforma online com o objetivo de captar novos clientes ou

BREVES A etapa anterior O projeto que antecede a criação da empresa é um catálogo 'B2B' que permitia que os vendedores efetuassem descontos ao cliente, sobretudo da restauração. Iria reduzir os custos, porque evitava deslocações e a pessoa podia fazer o pedido online. “Não houve grande adesão nessa altura, mas depois, durante a pandemia, todos queriam e nós não tínhamos. Já não estávamos aí”, conta Ricardo Viegas.

Nome ‘Log’ está ligado ao registo, neste caso de dados, de API, ‘Rise’ está relacionado com o crescimento, com o crescer através dos dados, explica Ricardo Viegas, acrescentando que há ainda pequenos truques para tornar a palavra mais forte, com a utilização do ‘r’, do ‘g’.

ganhar mais visibilidade. “Alguns empresários investem na formação em marketing e é um ótimo caminho, mas uma Pequena ou Média Empresa (PME) não terá tempo para tudo. Pode ter uma pessoa só para essa área, mas sai muito mais caro do que um software. Isto não substitui tudo, nem agência, nem freelancers, mas este custo é muito mais efetivo e o resultado é, essencialmente, o mesmo. Nós não estamos à procura da grande empresa, da multinacional. Estamos a trabalhar para os 98 por cento que não têm estes recursos”, explica Ricardo Viegas ao Lagoa Informa. A simplicidade é, portanto, um dos aspetos mais atrativos, conforme acrescenta. Pois, qualquer utilizador pode aceder ao seu ‘dashboard’, escolher entre as diversas plataformas existentes (Google, Facebook, Instagram, Pinterest, Amazon, Tik Tok, Snapchat), quanto quer pagar e iniciar uma campanha. “Pode monitorizar valores, sem necessitar de outros relatórios. Em qualquer momento tem acesso à sua área e para verificar os dados e se a campanha está a funcionar”, explica. Ou seja, confirmar se aquilo que promove está a chegar aos potenciais clientes. Na atualidade, há uma equipa da Logrise que irá verificar e trabalhar nesses dados, mas a intenção é que, no futuro, seja implementada mais inteligência artificial para que quando o cliente clique, possa ter campanhas automáticas e especializadas. É uma verdadeira democratização do marketing digital na sua forma mais simples, pois até o modelo de negócio é semelhante à subscrição de uma Netflix, compara o jovem empreendedor. “A pessoa usa, quando já não quer cancela. Não há fidelização, nem cartas registadas com aviso de receção... Usa, paga um período de 30 dias, e antes do dia limite de cobrança, se já não quiser cancela, se quiser renova. É tudo automa-

Nelson Maló e Ricardo Viegas decidiram arriscar e continuam a trabalhar para o sucesso tizado”, descreve Ricardo Viegas. No caso do Algarve é possível arriscar que este serviço quase que ‘assenta como uma luva’ devido à sazonalidade. “Temos clientes que começam em março e terminam em setembro e nós permitimos”, diz. “Trabalhamos de forma clara e não apenas para o cliente do Algarve, mas de várias localizações e setores. Temos uma PME que está nos ‘cinco por cento’, que é o ‘score’ das que mais faturam em

Abriram em outubro de 2019 e daí para cá tem havido muita abordagem a empresas de uma forma digital, havendo depois um contacto com um comercial ou vendedor para apresentar o produto. “Quando o apresentamos e a pessoa percebe o que é possível fazer é muito mais simples”, conta. A carteira de clientes passa da espiritualidade a flores, mobiliário, por lojas físicas, ao e-commerce. Qualquer pessoa pode ser um potencial utilizador desde que pro-

"À medida que a empresa cresce o que é preciso é talento, boas pessoas, ambiciosas e é isso que procuramos" Portugal, como temos uma empresa que vende flores. Não nos faz diferença, porque o sistema é um agregador de dados e segmentação dos mesmos”, justifica. Os mercados mais pequenos são, aliás, os mais disponíveis para procurar uma solução mais simplificada como esta.

cure um marketing direcionado, com objetivos concretos e rápidos. “Também tentamos ajudar, quase num formato de consultadoria, não pago, chamando a atenção para algumas questões. Ainda hoje estava a falar com uma cliente que só tem Facebook e alertei-a que está a ‘meter muitos ovos no mes-

mo cesto’ ao colocar todo o negócio nas ‘mãos’ de uma rede social que não controla e sobre a qual não prevemos o seu futuro”, exemplifica. Esta é a rede social mais usada em Portugal para divulgar pequenas empresas, mas os jovens recomendam o investimento em mais do que uma. “Que tenha, por exemplo, Facebook e Google. Curiosamente, a segunda rede mais usada em Portugal é o Pinterest, ainda que ninguém o use neste sentido. O Tik Tok está a ganhar forma, mas continua a estar direcionada para uma franja muito jovem de utilizadores que pode gerar muitos cliques, ainda que gere poucas conversões, porque esses utilizadores ainda não têm poder de compra. Pode ser interessante para determinadas marcas ou na área da promoção de eventos específicos”, analisa. Capital próprio e investidores A criação da empresa por estes dois jovens foi realizada com capital próprio. “Não temos apoio nenhum e não é uma crítica. É uma forma de estar. Ainda tivemos investidores, crescemos e voltamos a capitais próprios. Continuamos com os investidores que moram na

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REPORTAGEM // P9 Praia da Luz, são dinamarqueses e tinham uma empresa na Suécia, da qual venderam uma parte, vieram para o Algarve e investiram na nossa empresa. Já criaram outras. São empreendedores em série”, confidencia. Não estão na operação todos os dias, mas são mentores acessíveis a quem os jovens podem telefonar, esclarecer dúvidas e apoiarem-se na experiência que eles têm acumulada ao longo de mais de 20 anos. “Consideramos o primeiro ano um ano zero, porque tivemos de aprender um conjunto de coisas e só em 2021 é que tivemos condições para alavancar a empresa. O volume de negócios depende, mas anda entre os 200 e os 500 mil euros, porque funcionamos com mensalidades, com avenças. Em 2019, o volume foi irrelevante, em 2020 passamos para quatro pessoas e houve algum aumento ainda que pouco. Em 2021 passamos de quatro mil euros para 20 mil euros e a partir daí começou a crescer”, revela. Um futuro imprevisível A Logrise continua num mercado crescente, que na Europa vale sete mil milhões. Em princípio, este conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia não os afetará de forma direta, porque o marketing digital vai continuar. “E no limite dos limites, em vez de olharmos para a direita, olhamos para o outro lado do Atlântico, adaptamo-nos ao Brasil e aí temos um novo mercado. O maior risco pode ter a ver com os clientes que não tenham bens para vender. Isso já acontece, devido a esta crise de produtos. Temos clientes em Espanha que só receberam o ‘stock’ de outubro em março, com muitos meses de atraso”, descreve. Antes deste conflito ainda tinham a ideia que a Croácia ou os países nórdicos poderiam ser um bom local para a Logrise entrar, mas com a situação atual já não será uma realidade tão evidente. “Maratona sempre em sprint” Escolheram Lagoa para sediar a

startup devido à sua centralidade, que permite chegar a mais pessoas na região. Têm colaboradores residentes entre Faro e Lagos e utilizam um modelo de trabalho híbrido entre presencial e teletrabalho. Algo implementado antes da pandemia, o que facilitou na altura dos confinamentos. “À medida que a empresa cresce o que é preciso é talento, boas pessoas, ambiciosas e é isso que procuramos. Costumo dizer, estamos numa maratona, mas sempre em ‘sprint’”, acrescenta. Fragilidade da saúde mental é umas mazelas da pandemia Falando sobre a atualidade, Ricardo Viegas brinca ao dizer que, se calhar, seria mais fácil lidar com uma crise financeira. “Estivemos em pandemia, agora é um conflito geopolítico que é ainda mais complexo, quando seria necessária estabilidade”, atesta. Coloca, porém, o tom de brincadeira de parte, quando questionado sobre os entraves da pandemia. “Tivemos um conjunto de oportunidades e, as dificuldades são mais ligadas a aspetos que ainda se vão notar muito. São do foro social e psicológico. Foi criada uma nova realidade e exigido que as pessoas começassem a lidar com a ansiedade e com a solidão. Para algumas pessoas, é complicado gerir esses aspetos. Nós, por exemplo, pagamos a todos os colaboradores um seguro de saúde, podendo ser usado para uma consulta de psicologia, e falamos abertamente sobre a saúde mental no local de trabalho. Não é nenhum tabu para nós”, afirma o empresário. “Uma pessoa que tinha covid e, infelizmente, faleceu um familiar seu... Não teve direito a ir ao funeral. Isso aconteceu-nos e não há nada que nos prepare para esta violência da realidade. É o mais difícil para nós”, resume. Uma empresa jovem e humanista A preocupação com o bem-estar e com um bom ambiente de trabalho é uma constante para os jovens empresários. “Acreditamos que o colabora-

dor tem de ter tempo para o trabalho, saúde mental e social. Não queremos que trabalhem horas a fio. Somos muito orientados para os resultados e, apesar de termos um período em que temos de estar mais disponíveis, para falar com os clientes ou reuniões, não somos ‘gestores de portas’. Não estou preocupado se a pessoa entrou às 9h00 e saiu às 18h00”, confidencia. São dez trabalhadores, a maioria jovens, mas, em breve, podem ser mais, se a empresa continuar a crescer. Os que trabalham na Logrise, segundo Ricardo Viegas, têm alguns benefícios. “O seguro de saúde abrange o agregado familiar e, para quem tem filhos, é algo relevante. Queremos garantir que se tiverem uma urgência conseguem ter acesso aos serviços. O mesmo para os filhos, pois se a criança não estiver bem, os pais também não estarão. Temos um programa de benefícios com descontos e com a possibilidade de pagar com um saldo digital. A pessoa pode converter esses valores num conjunto de serviços de farmácia, tecnologia, creche e jardim de infância para os filhos, PPR, lares. Podem escolher”, enumera. Têm sempre café, água e fruta fresca. A reciclagem e as questões da sustentabilidade também não passam ao lado. Um colaborador

Abrir uma empresa juntos era uma ambição antiga Nelson Maló e Ricardo Viegas são amigos há mais de dez anos e sempre quiseram fazer algo juntos, mas enquanto a oportunidade não surgia, trabalhavam por conta de outrem, na área da tecnologia. Entraram em alguns concursos, ganharam uns e noutros ficaram em segundo, mas ainda não tinham tido o empurrão necessário. Entre os projetos no ‘curriculum’ há alguns na área dos vinhos e um de IOT, direcionado para diabéticos. “Recordava que a pessoa tinha de tomar a insulina e, quando não se verificava a toma, através da não abertura da caixa, disparava uma informação para os familiares”, descreve. Outro estava relacionado com o colecionismo e a banda desenhada. “Os comic têm vários arcos, depois há um arco principal e outros aspetos, e nós juntámos tudo numa base de dados única, que facilitava a troca de informações” sobre o que cada um possuía, caracteriza. Ainda apresentaram à companhia de seguros ‘Fidelidade’ a possibilidade de o acordo amigável, em caso de acidente, ser efetuado por telefone. “Não vou dizer que foi por nós ou se já estavam a desenvolver, mas acabaram por implementar essa medida”, acrescenta o empresário. Resolveram arriscar em 2019 e abrir a empresa, que é quase “saltar de paraquedas sem saber se ele abre”, metaforiza Ricardo Viegas. Até aqui, o balanço é positivo.

que esteve em estágio profissional pediu para implementar a reciclagem e assim o fizeram. “Ter tuppewares em vidro para que, quem vai ao take away, possa ter uma embalagem reutilizável evitando custos a nível da sustentabilidade” é outros dos exemplos que Ricardo Viegas apresenta. A maioria das pessoas encara estas soluções como pouco usuais,

mas para Ricardo e Nelson, o importante é dar condições aos colaboradores, pois o sucesso deles será o sucesso dos empresários. “Temos que garantir que têm todas as condições. Por vezes é fácil, outras vezes não, mas tentamos todos os dias. Estamos também disponíveis para formar as pessoas. Para ensinar e dar novas oportunidades”, conclui.

Parte da equipa da Logrise que está no escritório sediado em Lagoa PUB

+351 282 343 306

geral@tecnoconcept.pt

www.tecnoconcept.pt

Rua Dr. João António da Silva Vieira Lote 3, 2º Frente Direito 8400 – 417 Lagoa

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P10 // PUBLIREPORTAGEM D.R.

TW STORAGE & TRANSPORT, LDA.

Precisa de espaço? Este é o novo slogan da TW Storage & Transport Lda, empresa de armazenamento e mudanças, sediada em Lagoa. Com mais de 15 anos de experiência no ramo, a TW decidiu avançar com o seu projeto de ‘Self storage’. A empresa oferece agora um serviço de aluguer mensal de boxes ou ‘mini armazéns’, destinados ao armazenamento de bens pessoais ou de empresas. A TW dispõe de vários tamanhos de boxes, adequadas às necessidades de cada cliente. Este conceito americano pretende resolver um problema muito simples: a falta de espaço nas casas e nas empresas. A quem se destina um 'Self Storage'? Precisa de mais espaço? Vive num apartamento e tem falta de espaço para guardar os seus bens? Vai mudar de casa? Vendeu a casa mas a sua próxima residência não está pronta a habitar? Vai fazer umas arrumações? Tem bens que prefere não manter em sua casa, mas também não se quer desfazer? Tem um hobbie? Os materiais/equipamentos do seu hobbie ocupam-lhe demasiado espaço em casa? Tem uma empresa? Tem um negócio, mas não dispõe de espaço para guardar todo o seu stock ou arquivo? Na TW sabemos que cada cliente procura soluções diferentes e acreditamos que o ‘Self Storage’, sendo uma

opção bastante versátil, adapta-se às necessidades de cada um. O que é o ‘Self Storage’? Um serviço de ‘Self storage’ fornece espaços individuais e fechados com cadeado, de vários tamanhos destinados para o aluguer particular ou empresarial. Estes espaços, também conhecidos por ‘mini armazéns’ ou ‘boxes de armazenamento’, oferecem mais controlo ao cliente. Este terá acesso aos seus bens a qualquer momento durante o horário de funcionamento, podendo adicionar ou retirar bens sempre que desejar. A dimensão das boxes vai desde 1m2 (2,35m3) até aos 12m2 (36m3). Apenas o cliente tem acesso aos seus bens, oferecendo assim segurança e privacidade total. O que posso armazenar dentro da box? Quase tudo pode ser armazenado nas boxes da TW, com algumas exceções. Para garantir a segurança de todos os clientes, existem itens que não são permitidos no armazenamento. Produtos inflamáveis, explosivos, animais, alimentos e qualquer tipo de material ou substância proibida por lei são proibidos.

cessário para armazenar e transportar os mesmos e guarda os bens dos clientes em segurança. Em qualquer fase do processo, a equipa da TW está sempre pronta para o ajudar. Todo o material de embalamento pode ser comprado nas nossas instalações. A TW orgulha-se de ser uma empresa que abraça a sustentabilidade. Para além da reciclagem de materiais, preocupa-se com o meio ambiente e o impacto que o ser humano tem no mesmo. Materiais como o plástico, papel/ cartão, esferovite, entre outros, são separados e enviados para reciclagem. Desde 2016, a TW já reciclou mais de 16 toneladas de papel e cartão.

A TW não oferece apenas serviço de armazenamento. Enquanto as outras empresas do ramo fornecem apenas um espaço de armazenamento, a TW oferece um serviço completo aos seus clientes. Realiza a sua mudança ou o transporte dos seus bens para armazenamento, fornece todo o material de embalamento ne-

VISITE-NOS EM WWW.TWSTORAGE.NET OU PRESENCIALMENTE NAS NOSSAS INSTALAÇÕES TW Storage & Transport LDA Rua dos Torneiros lote 1 8400-654 Lagoa Segunda a Sexta das 08.30h às 17.00h Tel: 282 449 126 PUB

PRECISA-SE Instalador de ar condicionado Instalador de sistemas solares Ajudantes para instalação de ar condicionado Remuneração acima da média Enviar currículo para: vivaldo@sacl.net Vale de Lousas - Alcantarilha

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POLÍTICA // P11

ABEL SANTOS | Ex-presidente de Câmara e militante do PS

JOAQUIM CABRITA | Advogado e militante do PSD

Considerando a seca severa e extrema, que se vive no país, em especial no Alentejo e no Algarve, torna-se urgente uma profunda intervenção na busca de soluções para esta realidade, que vem sendo adiada por quem de direito, ano após ano.

importação de eletricidade do exterior com custos agravados, para a indústria e o erário público. Impõe-se um Plano Estratégico Nacional.

As alterações climáticas são uma realidade inegável e no Algarve elas traduzem-se de forma muito percetível na seca e consequente falta de água.

Voltemos ao problema premente do risco do aquecimento e da escassez de água do nosso país. O acentuado declínio nas últimas duas décadas do nível freático, segundo o IPMA, as bacias hidrográficas estão abaixo da média, assistimos a uma seca meteorológica de 99%, o que equivale a dizer que as albufeiras têm água no máximo para dois anos. Alguns debates e convenções têm sucedido, mas não têm passado do papel.

É verdade que o Algarve é, natural e historicamente, uma zona onde não chove muito, mas nos últimos anos o fenómeno da seca tem-se vindo a agudizar.

O clima, as suas alterações e consequências

Desde que chova um pouco e entre alguma água nas nossas barragens, o tema é esquecido, não se encarando a sério esta realidade, que impera há mais de 20 anos. Assiste-se, cada vez mais, a uma floresta que morre, de entre outros pertinentes sinais e denúncias que a natureza apresenta. Atualmente, estamos à beira duma catástrofe, não só entre nós, mas também à escala planetária. Sem água, não há vida. Este precioso líquido, está presente em tudo o que se cria, produz ou transforma. Só existirá água se chover, mas para que chova, tem que haver um cuidado extremo na contenção do aquecimento do planeta. Tem de haver uma consciência global. Todos temos de ter presente, e em análise, o impacto e os efeitos das alterações climáticas, que já são devastadoras e bem visíveis, pondo em causa a vida humana. Nas alterações que já se verificaram, a temperatura média da terra aumentou um grau desde o início da revolução industrial. Se não forem reduzidas as emissões de gases com efeito estufa, (dióxido de carbono) e outros, que provocam demasiados desequilíbrios, a subida poderá verificar-se até meados deste século entre 1,5 e 3 graus, o que será confrangedor, em todos os aspetos – humano e económico – segundo os investigadores nesta matéria. Cabe aos governos consciencializarem-se desta realidade. Torna-se urgente a transição da energia nuclear e dos combustíveis fósseis. Há que acelerar a sua reconversão para uma energia limpa. Como alternativas temos a solar/fotovoltaica, hidroelétrica, eólica e outras, hoje, insuficientes na sua produção, perante as necessidades da indústria e do consumo doméstico. Não podendo as energias fósseis e as nucleares serem desativadas como desejado, embora reconheça o risco que causam ao ambiente, como Portugal recentemente o fez, sem alternativa, ficando mais dependente da

A APA fez o alarme do cenário dos nossos rios, alguns secos, onde o Guadiana apresenta reduzido caudal. Portugal e Espanha, mais que nunca, têm que repensar a partilha dos recursos da água. Igualmente tem que haver contenção de nos perímetros de rega, em ambos os países. Impõe-se a não autorização da expansão de novas plantações de culturas intensivas. Há que apoiar a construção de pequenas barragens no mundo rural. Para o Algarve está previsto um Plano de Eficácia Hídrica, que consta no PRR, que revê o reaproveitamento das águas residuais e da dessalinização da água do mar há muito falado. Porque não pensar noutra barragem para a região? Poupar água é o lema, a começar pela Autarquia, com grandes perdas, devido às velhas condutas de distribuição domiciliária. O controlo e a monitorização dos consumos impõem-se. No uso diário, atos simples. Há que reduzir o consumo durante a lavagem da louça, enquanto se escova os dentes ou no banho, bem como evitar avarias do ‘pingo pingo’ e outras práticas, para o racionamento deste tão precioso e escasso líquido. Tudo pode ser diferente, se nos focarmos neste objetivo.

A falta de água não é só culpa dos outros

Se para o turismo o alargar dos dias quentes e secos pode ser interessante, a verdade é que sem água não há vida e quando ela falta tudo o resto fica afetado. A seca vem, aliás, colocar maiores problemas à pretendida diversificação económica da região, já que a agricultura é, dentre as várias, uma alternativa evidente, mas sem água fica muito limitada, pois mesmo que o devaneio abacateiro tenha limites, qualquer produção viável exigirá sempre alguma água. Se do lado do consumo, pode-se apenas, e pouco, mitigar o problema, há que procurar solução em dois outros caminhos. Por um lado, na redução das enormes perdas existentes nos sistemas de distribuição e, por outro, na busca de alternativas técnicas para reter o máximo de água nos, poucos, períodos em que a temos e para introduzir no consumo outras águas, como a do mar, com a dessalinização e a recuperada das estações de tratamento, que pode ter utilidades na rega. O problema em Portugal é a morosidade da tomada de decisões e quando respeita ao Algarve, por sermos periféricos, ainda é pior. A seca regista-se já, de forma percetível e consecutiva há vários anos, mas entre a dúvida se o caminho é reter mais água com novas barragens, se é desviá-la do guadiana, ou se é tirá-la do mar, a verdade é que à exceção da barragem de Odelouca, pouco mais se fez. E ainda andamos a discutir os méritos da dessalinização, quando tantos países a têm e, parece-me óbvio, dever ser uma solução necessariamente parcelar, mas essencial, por ser a única que não depende da meteorologia e, portanto, pode atuar nos períodos piores, ou para se não chegar a eles. Neste momento, com os fundos do PRR e a

grave situação, não faz sentido perder mais tempo, há que rapidamente avançar com a dessalinizadora e implementar rapidamente o controlo de perdas e a substituição das condutas, onde mais é preciso. Só que conhecendo a inércia que o Partido Socialista tem, muitas vezes, quanto às grandes decisões (aguarda-se sempre por mais um estudo), com um Governo e a maioria das Câmaras do partido, espero que não se perca a oportunidade. Em Lagoa, já se podia ter avançado com a substituição de condutas, cuja vetustez é conhecida e para o que o PSD tinha solicitado e obtido apoio financeiro para que se avançasse em 2014. A verdade é que sempre reconhecendo os executivos socialistas essa importância e prioridade, nada de significativo se fez. É verdade que se está a implementar mecanismo de controlo e avaliação das perdas, mas há condutas adutoras para as quais não é preciso estudo, é sabido que têm que ser substituídas, tantas as roturas que já tiveram. E esta é uma obra para ser feita no início dos mandatos (porque ninguém quer ir para eleições com as ruas e estradas esventradas), pelo que, tendo o município capacidade financeira para isso, espera-se que não se perca mais uma oportunidade, porque a má gestão da água e a possível falta dela não é só culpa dos outros. -----Uma breve nota para repudiar a invasão da Ucrânia a que qualquer europeu, democrata e de bom senso, não pode ficar indiferente. A Rússia não tem qualquer razão, pelo simples facto de que invadiu um Estado soberano, que não a ameaçava, nem tem que lhe prestar vassalagem. Era legítimo à Rússia ‘temer’ o ocidente quando defendia um modelo social e uma ideologia diferente e alternativa, mas hoje isso desapareceu. A Rússia só tem um problema, é um regime autocrático, por isso, tem que ser forçada a cessar este ataque, mas depois deve integrar-se e ser recebida na comunidade internacional como qualquer outro Estado e contribuir para o único objetivo que deve presidir à comunidade internacional e que é a felicidade dos Povos. Só assim poderemos contribuir para ‘normalizar’ a Rússia.

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P12 // OPINIÃO Realização de atos autênticos, termos de autenticação de documentos particulares e reconhecimentos por videoconferência Tetyana Popilevych Solicitadora

‘Pandemia’ é uma palavra que há uns tempos nem nos ocorria pela mente e, nos últimos dois anos, tornou-se a mais usada no nosso vocabulário. Durante a pandemia tivemos uma ‘chuva legislativa’ a cair sobre nós, adaptando a nossa vida a uma nova realidade. A emergência de saúde pública provocou a utilização de meios de comunicação à distância, tanto no setor público como no privado. Neste sentido, nasceu um Decreto-Lei que permite a realização, através de videoconferência, de atos autênticos, termos de autenticação de documentos particulares autenticados e reconhecimentos que até agora requeriam a presença física dos intervenientes. É um regime temporário, que entrará em vigor no dia 4 de abril de 2022, e vigorará pelo período de dois anos. Quais são os atos que poderão ser praticados por videoconferência? Factos jurídicos que determinem a constituição, o reconhecimento, a aquisição, a modificação e a extinção dos direitos de propriedade, usufruto, uso e habitação, superfície ou servidão (por

exemplo: compra e venda do imóvel e doação do imóvel). Poderá, também, ser efetuado por este meio o processo de separação ou divórcio por mútuo consentimento, assim como o procedimento de habilitação de herdeiros com ou sem registos. A possibilidade de realização destes atos por videoconferência por profissionais habi-

no Algarve, será possível usar a plataforma informática disponibilizada pelo Ministério da Justiça, com endereço eletrónico https://justiça.gov.pt, como alternativa à deslocação. A realização dos atos abrangidos por este regime carece do agendamento prévio e o acesso à referida

... Caso haja a compra e venda de um imóvel e encontrando-se, por exemplo, o comprador no Porto e o vendedor no Algarve, será possível usar a plataforma informática disponibilizada pelo Ministério da Justiça litados abrange apenas o território nacional. O que significa isto exatamente? Significa que, a partir do momento da entrada em vigor deste diploma, caso haja a compra e venda de um imóvel e encontrando-se, por exemplo, o comprador no Porto e o vendedor

plataforma depende da autenticação do utilizador por meio do Cartão de Cidadão ou da Chave Móvel Digital. O sistema permitirá, ainda, a validação do profissional através do recurso ao Sistema de Certificado de Atributos Profissionais ou certificado profissional, no caso dos solicitadores.

A prática dos atos mencionados implica a gravação audiovisual, para a qual os intervenientes deverão prestar o seu consentimento. Após a leitura e explicação do documento que titula o ato e verificação da qualidade de gravação, o mesmo é assinado com assinatura eletrónica qualificada e é disponibilizada aos intervenientes uma cópia eletrónica. Os documentos instrutórios do ato são submetidos na plataforma informática por um solicitador ou advogado que poderá acompanhar ou representar o interveniente. Esta nova ferramenta poderá ter um impacto significativo e positivo na vida dos cidadãos e das empresas, evitando deslocações desnecessárias, ou poderá ser um meio de titulação que oferece poucas garantias, implicando a abundância de burocracia e revelando pouca utilidade pública. O tempo dirá. *Artigo publicado ao abrigo da parceria entre o Lagoa Informa e a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução

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OPINIÃO // P13 Ao sul… A difícil tarefa de ser professor!

Carlos Gordinho Professor

Se quisermos perceber como está a sociedade, entremos no seio de uma escola e percebemo-lo de imediato. A população escolar espelha bem o que é a sociedade, no contexto dos valores, princípios, atitudes e saber estar. É bárbara a tarefa de lidar com a comunidade estudantil com a qual nos deparamos hoje. Tentamos arranjar justificação para a mesma, alegando dois anos de pandemia, muitos momentos de isolamento, necessidade de extroverter comportamentos, hábitos perdidos, mas honestamente, só por si não é justificação. Não direi que não possa existir essa influência, contudo, antes deste fenómeno a que fomos submetidos, a pandemia da deturpação de valores já se vinha a fazer sentir, o desrespeito pela escola e o facto de não saber estar em sociedade, já se fazia sentir há algum tempo. Apetece-me dizer que, isto sim, poderá tornar-se uma grande e preocupante pandemia ou perguntar-me se muito do que passamos na escola, enquanto professores, não é sofrer de Bullying. A tarefa do professor de hoje, reflete-se muito na gestão de conflitos, equilíbrio de recursos humanos, organização de grupos/ massas e ultrapassar obstáculos e barreiras diárias, além de ter que se autoequilibrar, motivar e solucionar, enganar e por vezes enganar-se. Alunos com pouca predisposição

para aprender, com pouca vontade de participar, com nenhum interesse em colaborar, com falta de referências humanas e sociais, ausência de educação (termo que arranjei para substituição de má educação), vazios de respeito pelo próximo, é aquilo com que nos deparamos diariamente na nossa árdua missão de transmitir ou facultar alguns momentos de puro interesse, na missão de ser professor. Ter alunos que teimam em não respeitar os demais, não sabendo estar em contexto de sala de aula, não respeitando os sinais de verdadeira cidadania e os princípios básicos do que é viver num mundo social e humano. A escola não dá educação, ajuda-a melhorar e a desenvolver. A educação terá que vir de fora da escola, da família, de casa, de onde quer que seja, porque quando entram na escola os alunos terão que vir carregados, além dos livros, também de uma carga de princípios, que os faria seguramente, tornar o peso dos livros e cadernos, mais leve. Sei que existem alunos que não deviam trazer na mochila qualquer livro, mas sim que o peso do que carregam às costas seriam somente valores, princípios, ética, respeito, postura entre outros. ‘Perder’ constantemente 10, 15, 20 ou 25 minutos para iniciar uma aula

para que a mesma possa ter algo de produtivo; constantemente apelar aos alunos para que fiquem sossegados; que se acalmem; que façam menos barulho; que tomem atenção e se concentrem; a repetir a mesma coisa duas ou três vezes, até que percebam o que irá ser a atividade (e nem todos o conseguem); apelar ao respeito por quem quer estar de forma positiva; fazer ver que as atitudes e posturas não estão a ser as mais corretas, perante os outros; pedir para não utilizar linguagem desapropriada e fazer de conta que não ouvimos os palavrões; pedir para melhorar a postura corporal e cívica; somos constantemente, ignorados nesta missão quase impossível. “Olha estás a gozar comigo?” - Siiiimm!” “Achas que estás a agir bem? - E qual é o mal?” Na verdade, percebo que a própria escola e o seu sistema e processo, também se torna pouco motivante para os alunos (e não só), e que de uma forma diferente, a escola devia ser/fazer diferente, tornando-se mais motivante, interessante, talvez mais objetiva. Contudo, não pode uma vez mais justificar a deturpação de valores e princípios a que hoje estamos submetidos.

neste sentido, poder-se-á estar a hipotecar a equidade da sociedade. A democracia tem este risco e, embora seja este o melhor regime para crescer, é preciso saber viver na mesma e definir limites. Importa que este crescer seja no bom sentido. Não precisamos de mais leis, de mais regras, de mais normas, precisamos sim de mais humanismo, de mais respeito, de mais consciência cívica. Se pensarmos bem, nem de regras precisaríamos para viver. E isto é a escola de hoje, onde entramos diariamente de sorriso, com expectativas de melhor ir fazer, mas de onde acabamos por sair exaustos, com dificuldade em sorrir e com o sentimento de que muito melhor podia ter sido feito ou quanto cansativo foi sem ‘produzir’ quase nada. A escola não poderá ser apenas o local onde vamos cumprir horário da profissão que escolhemos, cumprir um dever como obrigatoriedade e chegar ao final do mês e ser pouco recompensado pelo esforço e dedicação. Os tempos em que a maturidade profissional nos dava mais e melhor qualidade, acabaram e parecemos estar hoje a caminhar a galope num sentido e rumo inverso, o tempo de maturação profissional está a deixar-nos mais distanciados, mais longe.

A educação é determinante para o desenvolvimento das sociedades, das nações e não existir investimento

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO Delegação Regional do Algarve

“Conhece a pegada do desperdício alimentar?” A DECO INFORMA…

uma questão económica.

Sabia que, todos os anos, os portugueses deitam para o lixo um milhão de toneladas de alimentos, o que significa um desperdício em média de 132 quilos de comida.

É pertinente ensinar aos jovens a importância de adotar atitudes e comportamentos mais ecológicos e poupados, nomeadamente, no que respeita ao desperdício alimentar. A DECO deixa-lhe algumas recomendações: • Faça uma lista adequada às necessidades do seu agregado familiar antes de ir ao supermercado. • Organize as suas compras em casa

As sobras alimentares de ontem podem tornar-se pratos principais hoje. O combate ao desperdício alimentar deve ser encarado não só do ponto de vista ambiental, mas também como

das as áreas. • Retire os produtos frescos pouco tempo antes de serem consumidos. • Consuma preferencialmente os alimentos que se encontram há mais tempo no frigorífico. • Seja criativo com as sobras alimentares: Usar sobras de carne num empadão, transformar pão duro em torradas ou fruta madura em batidos são formas simples de evitar o desperdício.

D.R.

A 15 de março

Oficina ‘À Boca do Berço’ na Biblioteca Municipal A Biblioteca Municipal de Lagoa recebe, a 15 de março, a oficina ‘À Boca do Berço’, de Bru Junça, licenciada em Educação de Infância e pós-graduada em Livro Infantil. O objetivo da iniciativa é explorar a importância, nos primeiros anos de

por ordem de expiração da validade dos produtos de modo que sejam os primeiros a ser consumidos. • Não quebre a cadeia do frio. Se comprar produtos refrigerados ou congelados, leve-os para casa em sacos isotérmicos. Também não se deve congelar um alimento descongelado. • Não encha demasiado o frigorífico, para permitir a circulação do ar em redor dos alimentos, bem como uma temperatura uniforme em to-

vida, do vasto património da tradição oral portuguesa em diversos tipos de texto: canções de embalar, lengalengas, trava-línguas, canções, ensalmos ou orações e estabelecer pontes entre textos da tradição oral portuguesa e textos da li-

teratura para crianças. A ação realiza-se na Sala Polivalente da Biblioteca entre as 9h30 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h00. O acesso é gratuito, mas as vagas são limitadas e sujeitas a inscrição através do email biblioteca@cm-lagoa.pt.

LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 10.03.2022 // Nº 174

P14 // DIVERSOS CLASSIFICADOS Está à procura de emprego? Ou é empresário e procura um funcionário? Então está no lugar certo. O Lagoa Informa disponibiliza um espaço de anúncios gratuitos para o efeito. Para colocar o anúncio basta enviar email para lagoainforma@gmail.com.

EMPREGO As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP.

Pasteleiro Nº oferta: 589102399

Contrato a termo certo 8 meses Pasteleiro para ser pessoa responsável por assegurar os serviços de pastelaria, cumprindo os standards e os procedimentos estabelecidos ARMAÇÃO DE PERA

ADOÇÃO

Farmacêutico Nº oferta: 589070733

Contrato sem termo O profissional deverá ser responsável, pontual e assíduo. Deverá ser licenciado em ciências farmacêuticas PORTIMÃO Motorista de autocarros Nº oferta: 589104865

Contrato a Termo certo 6 meses Vagas para motorista de autocarros de dois andares, para circuito citadino. PORTIMÃO

Padeiro Nº oferta: 589102392

Contrato a termo certo 8 meses Padeiro com experiência para ser responsável pela confeção e preparação do pão e outros produtos de pastelaria. ARMAÇÃO DE PERA Empregado de Quartos / Housekiping Nº oferta: 589102264

Contrato a termo certo 8 meses O empregado de quartos ocupa-se do asseio e arrumação dos quartos e locais de acesso (como os corredores), do recebimento e entrega de roupas aos hóspedes e da troca das roupas ARMAÇÃO DE PERA Carpinteiros e similares Nº oferta: 589085519

Contrato sem termo Carpinteiro, com experiência na montagem de estruturas em madeira em interiores e exteriores U.F. DE ESTÔMBAR E PARCHAL Fisioterapeuta Nº oferta: 589107084

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Cantinho da Poesia A lenha de esteva era a energia

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Esteva a lenha usada A nossa grande valia Era aceso de madrugada No inverno todo o dia.

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Era queimada na lareira No forno cozia o pão E um jantar à maneira Se não havia o fogão. Com a raiz arrancada Para trazer arreigota Em braçados, arranjada Sobre outra sobreposta. Em carros era carregada Colocada no monturo Ficando ali bem arrumada Naquele local seguro. Ali perto da habitação Pra lareira abastecer A fim de cozer alimentação E a casa, até aquecer. Foi até aos anos sessenta Era a energia do Alentejo Foi a lenha que sustenta Energia a sul do rio Tejo. Deodato Paias

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10 de março de 2022 • Quinta-feira

A 2 DE ABRIL, NO AUDITÓRIO CARLOS DO CARMO

Bailado ‘Tempus Fugit’ estreia em Lagoa D.R.

Bilhetes custam oito euros. Menores de 12 anos têm entrada gratuita.

As peças ‘Monólogos da Vagina’, com Teresa Guilherme, Marta Andrino e Melânia Gomes, e ‘Coisas de Mulheres’, de Ana Arrebentinha, abriram da melhor forma a edição de 2022 do Humorfest, contando com duas noites de casa cheia e muito boa disposição no Auditório Carlos do Carmo. O próximo espetáculo do festival realiza-se a 19 e 20 de março, com a peça 'Monólogos do Pénis' a subir ao palco às 19h00 e 17h00, respetivamente. Segue-se no dia 26, o espetáculo ‘Escolhas’, protagonizado por Pedro Tochas, às 19h00. A fechar a edição deste ano, ‘Nunsense’, comédia falada em inglês, estará em cena entre 7 e 10 de abril. Os bilhetes para os espetáculos estão à venda na ticketline, Fnac, Worten, Auditório Carlos do Carmo, Centro Cultural Convento de S. José e Balcão Único da Câmara de Lagoa.

companhia de dança LaMov Ballet apresenta em Lagoa, a 2 de abril, às 19h00, o espetáculo ‘Tempus Fugit’ no Auditório Carlos do Carmo, numa estreia nacional. Neste bailado, os movimentos dos bailarinos são explosivos, dinâmicos, em momentos extremos e infinitos. O trabalho é uma jornada frenética, emocionante e até dolorosa, e representa a passagem da vida e o que deixamos nela em nosso rastro. Em 'Tempus Fugit', a passagem do tempo e a sua fugacidade servem de base a esta proposta coreográfica, que se soma à quinzena de espetáculos que LaMov Ballet tem estreado ao longo da sua carreira. Os bilhetes custam oito eu-

Ação de informação sobre demência em Ferragudo Os espetáculos de bailado estão de regresso ao auditório ros e estão à venda na ticketline, Fnac, Worten, Auditório Carlos do Carmo, Centro Cultural Convento de S. José e Balcão Único da Câmara Municipal de Lagoa. Estão disponíveis descontos de 20 por cento para portado-

res do Passaporte Cultural, Cartão Lagoa Social ou Passaporte Rota do Petisco 2021. Os menores de 12 anos têm entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no Auditório Carlos do Carmo.

A 22 de março

‘Os Maias – Episódios da Vida Romântica’ no Auditório Carlos do Carmo O espetáculo de teatro ‘Os Maias – Episódios da Vida Romântica’ sobe ao palco do Auditório Carlos do Carmo a 22 de março, com duas sessões, uma agendada para

Primeiros espetáculos do Humorfest com casa cheia

as 10h30 outra para as 15h00. Trata-se de uma adaptação original da célebre obra de Eça de Queirós ‘Os Maias’, interpretada pelo grupo de teatro ‘Há Cultura’.

A primeira sessão é dirigida aos alunos do ensino secundário e a segunda é destinada ao público em geral. A entrada para o evento é gratuita.

‘Quando a demência nos bate à porta’ é a ação de informação que irá decorrer a 17 de março, às 14h30, na Assembleia de Freguesia de Ferragudo (1º andar do edifício do mercado). A iniciativa, promovida pela associação Alzheimer Portugal, é gratuita e destina-se à população do concelho. Mais informações e inscrições através do 965 276 590 ou em geral.algarve@alzheimerportugal.org.

Câmara organiza evento de jogos tradicionais A Câmara Lagoa vai organizar o 28º Encontro de Jogos Tradicionais Lagoa 2022, entre os dias 14 e 23 de março, das 10h00 às 11h30. A atividade pretende dar a conhecer aos mais novos as brincadeiras de antigamente e destinam-se a todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico das escolas do concelho, nas seguintes datas: 14 e 15 de março – Circuito de Marcha e Corrida Carlos Boto (Lagoa); 16 e 17 de março – Jardim junto ao Rio Arade (Mexilhoeira da Carregação); 18 e 21 de março – Praia da Angrinha (Ferragudo); 22 e 23 de março – Sítio das Fontes (Estômbar).

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