Lagoa Informa nº181 - 30.06.2022 by Algarve Vivo

Quinta-feira, 30.06.2022 | € 1,00

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Manuel Rodrigues revalida título

MÚSICA 'Lagoa Jazz Fest' no Sítio das Fontes P6 PORCHES Ação informativa sobre demências a 28 de julho P16 BASQUETEBOL Leonor Neves na seleção nacional de sub-16 P2 OPINIÃO: JUVENTUDE P15

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Evento realiza-se entre 14 e 17 de julho na zona histórica de Lagoa e mostra diferentes culturas através de artes musicais, dança, gastronomia, exposições e artigos e peças tradicionais. P3

Conservatório de Artes abre curso de teatro

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PORTAS E JANELAS

Cerca da Lapa, 8400-426 Lagoa Lat: 37° 7’ 44’ N | Long: 8° 26’ 49’ O Tel.: 917 241 031 | Tel.: 282 343 325

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P11

Mercado de Culturas dinamiza centro da cidade

Esta será a novidade do novo ano letivo. Artis XXI concorreu a programa do Ministério da Educação e alarga o ensino a uma área há muito ambicionada. Candidaturas estão a decorrer. P8-9

www.pvctech.pt

O atleta agora ao serviço da AABV foi campeão nacional nos 3000 metros obstáculos no escalão de veteranos e reconhece que atravessa “um dos melhores momentos da carreira desportiva”.

PVC

ALUMÍNIO

POUPANÇA DE ENERGIA Mude as suas janelas para melhorar a sua qualidade de vida e poupar energia

Futsal feminino do Parchalense faz história Equipa garantiu a subida à 2ª divisão nacional e ainda brilhou na ‘Final Four’, onde se apresentou um grande nível e alcançou o terceiro lugar. P11 PUB

LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

P2 // PÁGINA DOIS CM LAGOA

EDITORIAL

Paixão, entusiasmo e… sete anos Muitas vezes, durante o dia a dia, no meio de tanto ritmo, rotinas, preocupações, percalços e decisões que temos de tomar nos nossos trabalhos e nas nossas vidas, acabamos por esquecer uma palavra importante: paixão. É um termo com um significado forte, é certo, mas é seguramente o que move muitos de nós nas nossas ações, nas nossas ‘lutas’, relações, conquistas e ambições. Por vezes, admito, em alturas de desânimo, essa palavra cai no esquecimento, mas há sempre um momento, nem que seja o último ou o mais decisivo, em que ela volta a elevar-se e passa novamente a ser o ‘motor’ deste projeto chamado Lagoa Informa, que comemora, neste mês de junho de 2022, sete anos. Todos eles têm sido diferentes, com desafios distintos, conquistas e obstáculos, mas sempre com entusiasmo, ambição de fazer diferente e espírito crítico para tentar criar algo melhor. Nos períodos de dificuldade, que sempre surgem, a dúvida cresce e a energia desvanece um pouco. Mas é aí que voltamos um pouco atrás, à génese deste projeto, olhamos para o trabalho desenvolvido, para as edições realizadas e para o impacto que provocaram... Recordamos a fidelidade dos nossos leitores e o papel que temos vindo a desempenhar junto deles. Aí, a ‘chama’ reacende e o entusiasmo renasce. Porque uma coisa vos garanto: sem paixão, gosto pelo que se faz e emoção, este projeto não existiria. As dificuldades já nos teriam remetido para outro lugar ou para outra profissão. Se fosse fácil e lucrativo, como alguns possam imaginar, outros projetos semelhantes já teriam nascido noutros concelhos ou mesmo em Lagoa. Somos uma equipa de quatro pessoas que põe em prática este jornal e dá o melhor de si, em diferentes áreas, com polivalência, extrapolando muitas vezes as suas funções, para fazer o melhor possível, às vezes em circunstâncias complicadas. Não somos grandes, nem os melhores, mas damos o nosso máximo, projetamos o nosso entusiasmo e empenho neste jornal para que o mesmo seja vivo, positivo, dinâmico e do agrado dos leitores. Longe de agradar a todos, sabemos que estamos a valorizar o concelho, os lagoenses nas suas mais diversas áreas de atividade, os clubes e associações, mas também a cultura e as tradições desta terra. Passaram sete anos, mas acho que ainda podemos fazer melhor, inovar e manter a importância do papel. Sim, porque promover a leitura, defender o formato impresso e apoiar a cultura são e têm sido também propósitos do Lagoa Informa. A excelência Junho coincide também com o final de época para

inúmeras modalidades desportivas e é, normalmente, um período de alegria e satisfação para Lagoa. Este ano, mais uma vez, vários clubes e atletas, de diferentes modalidades, conquistaram títulos e obtiveram desempenhos de excelência, que são motivo para festejar. O futsal feminino da SRUB Parchalense subiu à 2ª divisão nacional, fez uma fantástica ‘Final Four’ e o clube, dirigentes, técnicos e atletas estão de parabéns pelo trabalho sustentado que têm vindo a desenvolver. O Lagoa Académico Clube conheceu também uma temporada de grande nível ao chegar à ‘Final Four’ nacional nos escalões de sub-16 e sub-18 masculinos, em andebol. Nas próximas edições iremos apresentar reportagens com estas equipas de futsal e andebol. A ACD Ferragudo também conheceu uma época muito positiva e, a nível individual, a atleta Leonor Neves participou nos últimos dias num estágio de observação da seleção nacional de sub-16, reunindo hipóteses de ser convocada para o Campeonato da Europa de Basquetebol. Em atletismo, Manuel Rodrigues voltou a ser campeão nacional de veteranos nos 3000 metros obstáculos em pista coberta pela Associação Académica da Bela Vista. Por outro lado, Alexandre Bernardo foi o único portugês convidado para a representar o país na Escola de Verão de badminton na Finlândia. Estes são apenas alguns exemplos de sucesso desportivo, que demonstram a qualidade do trabalho desenvolvido pelos clubes e associações, o talento e dedicação dos atletas e as condições que o concelho oferece para a prática diferentes modalidades. Por isso, Lagoa está de parabéns! A finalizar, uma palavra aos nossos leitores: obrigado pela preferência, por perguntarem pelo Lagoa Informa e por permitirem que sejamos a vossa companhia em vários momentos de leitura. Isso faz-nos felizes e dá-nos a 'paixão' para continuar. Até breve!

D.R.

Leonor Neves em estágio de observação da seleção nacional A atleta da ACD Ferragudo Leonor Neves participou no estágio de observação da seleção nacional de sub-16 de basquetebol. Os treinos decorreram entre

25 e 29 de junho, em Cantanhede e serviram para avaliar atletas, com vista à convocatória para o europeu, que terá lugar de 19 a 27 de agosto, em Matosinhos.

Alexandre Bernardo representa Portugal na RSL BEC Summer School 2022 O atleta de badminton Alexandre Bernardo foi selecionado para representar Portugal na 40ª edição da RSL BEC Summer School, a escola de Verão da modalidade, que terá lugar na Finlândia, entre 4 e 11 de julho. Com 14 anos, o lagoense que representa a Che Lagoense será o único português convidado a participar neste evento desportivo no Centro de Alto Rendimento Olímpico em Lahti, na Finlândia, para o qual apenas são escolhidos os melhores de cada país europeu. Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, recebeu o atleta, na semana passada. “É também graças às extraordinárias participações dos nossos atletas, nas mais diversas modalidades, que Lagoa é uma referência a nível regional, nacional e, em alguns casos, até internacional. É com muita satisfação que verifico que uma das modalidades estratégicas do concelho, o badminton, continua em grande crescimento e a angariar representações que em muito nos orgulham enquanto lagoenses”. O autarca congratulou Alexandre Bernardo, que integra a Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE), por este feito.

Exposição de fotografia

Bruno Gonçalves mostra ‘Extremus’ na vila de Ferragudo em julho O ‘caçador’ de tornados lagoense Bruno Gonçalves vai apresentar uma exposição de fotografia intitulada ‘Extremus’, que estará patente no Real Compromisso Marítimo de Ferragudo entre 5 e 29 de julho. As dinâmicas do planeta terra na atmosfera, em vulcões ou noutros locais igualmente poderosos, podem gerar imagens com uma beleza ímpar, mas destruidora e a exposição pretende mostrar esse lado mais intenso e belo aos olhos de um fotógrafo de tempestades e de eventos severos. A mostra pode ser apreciada entre as 16h00 e as 22h00.

Entre 14 de julho e 31 de agosto

‘Ho’oponopono’ em exposição na Escola de Artes em Lagoa

Rui Pires Santos

Atleta da ACD Ferragudo

Evento de badminton será na Finlândia em julho

A Escola de Artes Mestre Fernando Rodrigues, em Lagoa, recebe a exposição de pintura dos alunos da artista plástica Meire Gomes, intitulada ‘Ho’oponopono’, que estará em exibição na Galeria Manuela Vale entre 14 de julho a 31 de agosto. A mostra, segundo a artista, pretende “consciencializar e alertar a humanidade para a tarefa de corrigir as nossas atitudes e sensibilizar para as consequências de estarmos a cometer um crime ecológico”. Crianças e adultos, sob a orientação da artista e professora, realizaram uma pesquisa e executaram trabalhos sobre animais que estão em sofrimento, uns por ignorância, outros por vaidade humana, que deram origem a estas pinturas. A exposição tem entrada gratuita e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, entre as 9h30 e as 12h00 e entre as 14h30 e as 17h00.

LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

ABERTURA // P3 CM LAGOA

ENTRE 14 E 17 DE JULHO

Magia do Mercado de Culturas está de regresso Evento mostra diferentes costumes e está de portas abertas entre as 19h00 e as 00h30.

Partida do Pavilhão Desportivo Municipal a 6 de julho

‘Caminhadas ao Luar’ começam em Lagoa D.R.

A Câmara volta a promover este Verão as ‘Caminhadas ao Luar’ e a primeira sessão tem início a 6 de julho, quarta-feira, às 20h30, com ponto de encontro no Pavilhão Municipal de Lagoa. A iniciativa pretende incentivar os munícipes a aumentar os níveis de atividade física, contribuindo para um estilo de vida mais saudável. Nos últimos anos, tem ganho cada vez mais adeptos. Existem dois percursos que se adaptam às capacidades de cada um dos participantes: a caminhada de cinco quilómetros e a corrida de dez. O evento percorre todas as freguesias em julho e agosto. No dia 13 julho terá partida no Largo da Ermida da Sra. da Rocha, em Porches, no dia 20 julho no Largo da Igreja de Estômbar, a 27 julho no Estádio da Belavista, no Parchal, a 3 agosto no Largo Rainha D. Leonor, em Ferragudo, e, por fim, a 10 agosto no Largo da Praia do Carvoeiro. As inscrições podem ser efetuadas nos serviços desportivos muncipais e na uniões e juntas de freguesia. CM LAGOA

Cerca de dez mil velas serão acesas ao início da noite

Mercado de Culturas à Luz das Velas vai iluminar as ruas do centro histórico de Lagoa entre 14 e 17 de julho. Durante quatro dias, entre as 19h00 e as 00h30, não faltarão motivos de interesse para conhecer diferentes culturas através de artes musicais, da dança, da gastronomia, exposições, artigos e peças tradicionais de inúmeros países. A sétima edição do evento tem como temática ‘Diverculturas & Diversons’, pretendendo

representar a identidade cultural e musical de seis áreas geográficas do mundo que estiveram em destaque nos mercados dos anos anteriores: Islâmica, Judaica-sefardita, Celta, Rota da Seda, África e Mediterrâneo. Nos vários palcos irão estar conjuntos e artistas como Kilema (Madagáscar), Lu Yanan (China), Banda Atlântica (Angola/Portugal), Miko Ke Madarini (Espanha), Algibre (Portugal), Zé Francisco (Portugal), El Laff (Marrocos/Es-

panha), Mónica Pereira (Portugal) e Cherif Bacisko (Guiné-Bissau). Um dos pontos altos do mercado será o momento em que serão acesas as dez mil velas que conferem uma atmosfera mágica a este evento, que apresenta várias propostas culturais em diferentes espaços da cidade (ver quadro). A entrada é livre e a organização está a cargo do município de Lagoa, com a produção da Ibérica Eventos.

MERCADO DE CULTURAS À LUZ DAS VELAS 14 a 17 JUL • 19h00 às 00h30 Local: Ruas do centro histórico de Lagoa

PROGRAMA DIÁRIO 19h00 Abertura 19h00-00h00 Exposição de pintura e colagens ‘Culturas do Mundo’, de Ana Paula Almeida Sala de Exposições do Convento de São José – 1º andar 19h00-00h00: Exposição de Bonsai Pátio de entrada do Convento de São José 19h00-00h00: Jardim Zen Frente ao Convento São José 20h20-21h00: Lu Yanan (China) – Música tradicional chinesa Cenário 3 (Igreja

do Convento São José) 20h30: Início do acendimento das velas 20h40-21h10, 22h00-22h30 e 23h10-23h40: El Laff – Músicas e danças do Magrebe e Mediterrâneo Oriental Animação itinerante 21h10-21h50 e 22h30-23h10: Milo Ke Mandarini Músicas do nordeste ibérico Cenário 4 21h20-22h00 e 22h30-23h30: Kilema – Música tradicional de Madagáscar Cenário 2

21h30- 22h10 e 22h50- 23h30: Banda Atlântica – Música tradicional african Cenário 6 21h50-22h30 e 23h00-23h40: Zé Francisco Trio –Sonoridades do Mediterrâneo Cenário 1 22h00-22h40 e 23h20-00h00: Algibre – Música judaico-sefardita Cenário 5 23h40: Mónica Pereira – Espetáculo de dança tribal e fogo inspirado na cultura celta Cenário 4

A 13 de junho

Bandeira Azul hasteada em seis praias Seis areais de Lagoa viram ser hasteada a Bandeira Azul a 13 de junho, sendo que dois deles contam também com o galardão de ‘Praia Acessível, Praia para Todos’. A Praia Grande, em Ferragudo, foi palco da cerimónia oficial que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Luís Encarnação, do executivo camarário e representantes da Agência Portuguesa do Ambiente, da Autoridade Marítima, Região de Turismo do Algarve e dos presidentes das Juntas e Uniões de Freguesias. Assim, nesta época balnear, o concelho terá Bandeira Azul nas praias do Vale do Olival, Senhora da Rocha, Vale Centeanes, Carvoeiro, Caneiros e Praia Grande. Foi ainda hasteada a Bandeira ‘Praia Acessível, Praia para Todos’ em Carvoeiro e na Senhora da Rocha, que disponibilizarão cadeiras anfíbias para que os utentes com limitação de mobilidade possam ir a banhos. Em paralelo, a autarquia procura garantir a acessibilidade inclusiva nos percursos até às áreas concessionadas e zonas de conforto por meio de passadeiras transitáveis, mesmo por cadeiras de rodas.

Concurso ambiental

Escola Jacinto Correia premiada na recolha de rolhas de cortiça A 4 de junho, decorreu no Auditório Carlos do Carmo mais uma entrega de prémios no âmbito do projeto ‘Concurso de Resíduos de Rolhas de Cortiça’. A Escola Jacinto Correia foi pela segunda vez galardoada com um prémio monetário.

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P4 // SOCIEDADE D.R.

RELATO DE UMA AVENTURA

O caminho mais longo entre Faro e Chaves Os dias da minha grande aventura ao tomar parte como copiloto no caminho mais longo, entre Chaves e Faro. Dia 18 de abril, na viagem para Chaves com dormida num Hotel na cidade, mais amuralhada da Europa. Elvas. Dia 19, viagem de Elvas para Chaves, por estradas do país vizinho: Auto-vias e vias rápidas, sem qualquer pagamento. Algo caricato aconteceu já perto da fronteira Espanha - Portugal, uma placa, informava o pagamento eletrônico a x de quilómetros. O meu filho, Paulo Paias, condutor da viatura, sai por caminhos camarários e chegamos à Cidade de Chaves, sem pagar as portagens anunciadas. Dias 20 a 24, inicia-se então a viagem no caminho mais longo, dividido em cinco etapas: Chaves a Peso da Régua - Mortágua - Tomar - Ferreira do Alentejo - Faro. O caminho mais longo foi per-

corrido por caminhos romanos e florestais, com passagens mais icónicas para desenvolver a adrenalina dos pilotos e copilotos. Alguns troços em péssimo estado de conservação e perigosos, subindo e descendo, montes e serras e atravessando nos vales, barrancos e ribeiras, cuja paisagem era deslumbrante e encantadora. Um desafio delirante, excessivo e extravagante dada à sua diversidade e dificuldade. Em certos percursos fez-me lembrar as minhas deslocações, também em veículos (4x4) nas velhas picadas no Norte de Angola, quando em 1965, 1966 e 1967, cumpri a minha comissão na Província de Angola. Dia a dia as etapas com percursos cada vez mais complicados, fazendo ainda parte, troços muito mais difíceis, chamados de alternativas mais radicais, que só seriam percorridos pelos pilotos

mais aventureiros e mais conhecedores da força dos seus veículos e que o quisessem fazer (subidas e descidas de grande elevação em caminhos, complicados e muito difíceis). Aconteceu no primeiro troço de alternativas radicais, o Paulo sem me deixar pensar no risco, meteu-se a caminho numa subida íngreme, que me deu um certo calor, certamente com dó do Land Rover. Noutras aventuras, também nada menos complicadas, já me sentia mais à vontade, pois já tinha feito o exame ao piloto e à viatura, verificando o seu talento na condução e a potencialidade da viatura que conduzia. Foram dias bem passados numa aventura desconhecida, surpreendente, mas fascinante, que por vezes me deixava atónito, mas maravilhado com o desafio de tamanha adversidade e delirante

Deodato e Paulo Paias percorreram a N2 com a excessiva afronta, só para idosos aventureiros e que tivessem passado por outras afrontas, onde aprenderam a viver com o medo. O que muito me preocupava era uma avaria em certos sítios que só de helicóptero poderia sair de lá. Muito me agradou a camaradagem e a partilha na ajuda, sempre que havia uma avaria ou uma viatura ficava atolada, como aconteceu. Verifiquei que há humildade e muita solidariedade, entre todas as pessoas que faziam parte do grupo que seguiam nas trintas viaturas de várias marcas,

mas todas com tração às quatro rodas, só assim conseguiriam ultrapassar todos os obstáculos encontrados nas diversas etapas. Obrigado meu querido filho, pela aventura e pela afronta e pelo desafio de que muito gostei. Também obrigado pela tua coragem e dedicação na condução em todos os percursos, que fizeste, nomeadamente na maneira de controlar e ultrapassar todos os obstáculos encontrados. Os meus parabéns. Para o próximo ano, sou voluntário se a saúde o permitir. Deodato António Paias PUB

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LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

P6 // SOCIEDADE ESTE FIM DE SEMANA, ENTRE 1 E 3 DE JULHO

Magia do Jazz regressa ao Sítio das Fontes

Câmara Municipal de Lagoa

Quarteto de Desidério Lázaro (Portugal), trios de José Luís Kaele (Espanha), Motion (Polónia) e quinteto de António Lizana sobem ao palco. CM LAGOA

Ler e aprender durante as férias Como estimular as capacidades leitoras durante a pausa letiva do Verão As férias de Verão são um período longo onde algumas aprendizagens escolares são esquecidas. A literatura científica diz-nos que para desenvolvermos praticamente qualquer capacidade, temos de a praticar de forma contínua e durante algum tempo. A leitura também tem de ser treinada com regularidade, principalmente nas crianças, que ainda não consolidaram este mecanismo. As crianças que leem durante o Verão, apresentam-se melhor preparadas no início do ano letivo seguinte, pois não necessitam de rever tantas matérias e estão prontas para adquirir novos conhecimentos. Tendo isto em conta, apresentamos de seguida algumas dicas para que possam apoiar as vossas crianças na estimulação das suas capacidades leitoras, durante o período de férias: Leiam em família ou façam jogos de palavras nos momentos de pausa – as férias com certeza vão proporcionar muitos momentos de pausa, onde pode reinar o aborrecimento ou o não saber o que fazer. Esses momentos podem ser utilizados para ler aquele livro que tem ficado parado na estante, ou juntar a família para jogar a algum jogo de palavras.

Grandes nomes do jazz mundial voltam a passar pelo festival // Rui Pires Santos

bom som do jazz num dos melhores cenários naturais do Algarve está de regresso ao concelho com mais uma edição do ‘Lagoa Jazz Fest’. O evento realiza-se já este fim d semana, entre 1 e 3 de julho, no habitual e sempre belo Sítio das Fontes, em Estômbar, e promete um cartaz diverso e de qualidade que fará vibrar os amantes deste género musical. O Quarteto de Desidério Lá-

zaro (Portugal), o José Luís Kaele Trio (Espanha), o Quinteto de António Lizana e Motion Trio (Polónia) são apenas algumas das propostas deste festival, que conta com dois palcos e a participação de oito conjuntos de diferentes países. Como é habitual, a zona 'lounge' estará aberta ao público antes e depois dos espetáculos, também ela com música ambiente, permitindo desfrutar da beleza natural do Sítio das Fontes. O evento conta já com 16 edições, recebeu alguns dos grandes

nomes do jazz mundial e tem merecido o reconhecimento do público e dos artistas que têm passado pelo palco do festival. Os bilhetes pata cada dia custam dez euros e podem ser adquiridos na Bol.pt, Worten, Fnac, CTT, Auditório Carlos do Carmo, Centro Cultural Convento S. José, Balcão Único da Câmara de Lagoa ou bilheteira no local. Está disponível um desconto de 20 por cento para portadores do Passaporte Cultural, Cartão Lagoa Social ou passaporte Rota do Petisco.

PROGRAMA 1 de julho – sexta-feira PALCO PRINCIPAL Vein Trio (CHE) Michael Arbenz - piano Thomas Lähns - contrabaixo Florian Arbenz – bateria

2 de julho – sábado PALCO PRINCIPAL Motion trio (POL) Janusz Wojtarowicz – acordeão Pawel Baranek – acordeão Marcin Galazyn – acordeão

2ª Parte 4teto de Desidério Lázaro (PRT) Desidério Lázaro – saxofones Mário Delgado – guitarra elétrica Cícero Lee – baixo elétrico Carlos Miguel – bateria

PALCO 2 Tércio Nanook

PALCO 2 Ana Rodrigues e Pablo Banazol

3 de julho – domingo PALCO PRINCIPAL José Luis Kaele Trio (ESP) José Luis Kaele - piano Cesar Diez - contrabaixo Diego Martin – bateria

2ª Parte 5teto de António Lizana (ESP) Antonio Lizana – saxofones e voz Daniel Garcia Diego – piano/teclados e coros Jesús Caparrós – baixo elétrico Shayan Fathi – bateria/percussão Mawi de Cádiz – dança e coros PALCO 2 Carlos Santos e Matt Lester

Encorajem a escrita de um diário de férias – muitas crianças vivem aventuras durante as suas férias que vão recordar para o resto da vida. Pode ser entregue um caderno à criança, que servirá de diário das férias, onde irá anotar, para recordar, todos os momentos importantes. Desta forma pode promover-se a motivação para a leitura e escrita e estimular-se a capacidade de escrita criativa. Dirijam-se à Biblioteca Municipal – a Biblioteca Municipal de Lagoa não fecha no Verão, e mantém o mesmo horário. Portanto, as férias podem ser uma boa oportunidade de visitarem este local, e conhecerem a grande oferta de livros existente. Em família, cada membro pode escolher um livro adequado à sua faixa etária e interesses, e apresentá-lo aos restantes membros depois de o ter lido. Façam viagens – É nas férias de Verão que mais se viaja em família. As viagens dão-nos imensas oportunidades de conhecermos novos aspetos do mundo, e realizarmos imensas aprendizagens. No entanto, é sempre importante sublinhar que para se viajar, não é preciso sair de casa. Um bom livro, por exemplo, pode levar-nos a tempos que já passaram, a sítios que nem existem e a conhecermos personagens que vivem no imaginário. Da parte do Município de Lagoa, desejamos umas boas férias aos adultos, se for o caso, e também às suas crianças. Continuem a ler e a aprender e verão que o próximo ano letivo correrá da melhor forma!

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LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

P8 // CULTURA ANA SOFIA VARELA

CANDIDATURAS ESTÃO A DECORRER

Artis XXI abre curso oficial de teatro Conservatório de Artes de Lagoa concorreu a programa do Ministério da Educação, alargando, no próximo ano letivo, o ensino a uma nova área, há muito ambicionada. // Ana Sofia Varela

grande novidade para o próximo ano letivo 2022/2023 no Conservatório de Artes de Lagoa será a abertura de um curso oficial de teatro, financiado pelo Ministério da Educação. Isto porque, a associação Artis XXI, que gere o espaço, concorreu ao programa da tutela para disponibilizar esta oferta. É uma ambição que começou a ser trabalhada há algum tempo, mas que ainda não tinha sido concretizada. “A nível nacional houve uma grande luta das pessoas ligadas ao teatro para que exista o ensino oficial desta arte. A decisão da abertura do contrato-patrocínio é uma vitória. E nós estamos empenhados e determinados em conseguir implementar esta oferta em Lagoa e Silves, concelho onde também desenvolvemos a oferta da música”, explica Elsa Mathei, diretora artística da Artis XXI. Será, um curso do regime articulado, financiado pelo Ministério, onde serão seguidas orientações pedagógicas específicas e um programa, que, no final, dará direito a uma certificação. “Isto vai ao encontro dos nossos objetivos iniciais de promover dinâmicas multidisciplinares. Tanto que nos chamamos Conservatório de Artes e não de Mú-

sica. Este novo curso permitirá, por exemplo, que o aluno que está a estudar um instrumento, possa complementar com esta vertente”, salienta. E apesar de ainda não haver muitas definições em relação ao curso, por ainda estar a ser avaliada a candidatura, já há algumas certezas. “Estamos a preparar o terreno”, adianta a responsável. Regime articulado É neste âmbito que o nome de Francisca Marinheira surge, pois será a responsável pelo novo curso. “Para já, será dirigido a alunos do 5º e 7º ano, com um conjunto de disciplinas, entre as quais interpretação, voz, improvisação, técnica e produção teatral”, descreve de forma sucinta a artista. Alguns dos conceitos que serão trabalhados estão ligados a uma abordagem física, de improvisação, consciência corporal, comunicação não verbal, mas também de colocação e projeção da voz, uso da respiração abdominal, dicção, articulação, interpretação textual. É com alguma expetativa que Francisca Marinheira abraça este novo desafio com crianças e jovens. “Eles são um diamante em bruto. Ainda não têm vícios e, geralmente, em determinados aspetos, é mais fácil trabalhar com crianças do que com adultos. Já

Segunda fase de inscrições até 13 de julho A Artis XXI abriu um segundo período de candidaturas para os cursos de iniciação musical e para o básico de música, que estará aberto até dia 13 de julho. Também está em processo de pré-inscrição o curso básico de teatro, pois o número de vagas ainda está dependente da aprovação do Ministério da Educação. Os interessados podem encontrar mais informação online (artis21.pt).

Elsa Mathei, Francisca Marinheira e Márcia Estima têm boas expetativas em relação ao novo curso tenho colaborado noutros projetos com a Artis XXI e este será a ‘cereja no topo do bolo’, até porque é algo pelo qual temos lutado muito”, revela ao Lagoa Informa a artista e professora. “Acredito que vamos descobrir talentos. Temos um Auditório com uma equipa fabulosa com qual é espetacular trabalhar e tenho a perspetiva de juntar a música e o teatro em algumas apresentações. É muito trabalhoso, exige bastante dedicação e a colaboração dos nossos colegas, mas não é nada que não tenhamos feito já”, considera. Tanto que, à semelhança do que acontece com o ensino da música, deverão decorrer aulas abertas a familiares e encarregados de educação, ao longo do ano, podem ser convidados artistas para workshops ou planeadas residências artísticas, descreve. A verdade é que o curso terá limitação de vagas, que, por enquanto, ainda não são conhecidas. Ainda assim, Elsa Mathei, assinala a atitude da Câmara Municipal de Lagoa que tem financiado os cursos de alunos que não tiveram acesso às vagas do Ministério da Educação, no regime articulado da música. “A autarquia tem sido um motor que tem permitido que uma série de crianças não sejam ex-

cluídas e não fiquem de fora deste ensino. Isso também nos permitiu chegar a mais alunos e a quem tem mesmo interesse”, elogia. Procura tem vindo a crescer Os cursos mantêm-se como no ano letivo que agora termina. “Há bastante procura na iniciação musical, ao nível do primeiro ciclo, e também do curso básico, ambos no regime articulado”, sublinha Márcia Estima, diretora pedagógica da Artis XXI.

no conjunto dos cursos oficiais foi frequentado por cerca de 60 alunos. Para o ano letivo 2022/2023 já há cerca de 80 inscritos para prestar provas em julho. ‘Diferentemente’ abriu novas portas O espetáculo de teatro inclusivo ‘Diferente-Mente’, apresentado no início deste ano, em Lagoa e Lagos, pela Artis XXI e pela Questão Repetida, “foi uma alavanca para as pessoas das associa-

“A autarquia tem sido um motor que tem permitido que uma série de crianças não sejam excluídas deste ensino. Isso também nos permitiu chegar a mais alunos e a quem tem mesmo interesse” “O curso que vamos abrir, de teatro, também tem tido muita procura”, acrescenta, referindo que ainda está numa fase de pré-inscrição. Já os cursos livres não têm limitação em termos de vagas. Segundo a responsável, o Conservatório de Artes de Lagoa,

ções despertarem e confiarem no nosso trabalho”, assume Elsa Mathei. Esse trabalho, que foi uma estreia da Companhia d’Algibeira, mereceu uma nomeação para o ‘Prémio Acesso Cultura’, que promove a inclusão em diversas vertentes. As associações algarvias não

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CULTURA // P9 D.R.

Angariação de produtos para ajudar refugiados

CAB organiza Gala da Paz O Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, é palco de uma Gala da Paz, a 6 de julho, às 19h00. O evento é organizado pela Classical Academy of Ballet com carácter solidário, apresentando dança no estilo clássico e contemporâneo. Participam neste espetáculo jovens bailarinos desta academia, que foi galardoada, há pouco tempo, com o prémio ‘Melhor Escola’ no ‘YAGP Berlim’. A entrada é gratuita, mediante a contribuição monetária ou entrega de bens a reverter a favor dos refugiados ucranianos. São necessários material de primeiros socorros, produtos alimentares, de saúde, de bebé e de higiene pessoal. Os donativos recolhidos serão entregues à SOS Oncológico.

Junto ao Pavilhão do Arade

Festas do Parchal entre 15 e 17 de julho 'Diferente-Mente' marcou o início de uma nova era de projetos venceram, mas o simples facto de terem “recebido um email desta entidade a dizer que tinham adorado” foi muito positivo. Ainda mais, porque coloca Lagoa em destaque ao nível de territórios inclusivos, algo em que a autarquia tem vindo a apostar. “Temos tido uma intérprete de língua gestual portuguesa em todos os espetáculos”, destaca. A associação recebeu também uma

te do grupo de trabalho e ganhou financiamento para, durante três anos, oferecer formação a pessoas com estas limitações. “É um terreno novo para nós, mas é uma oportunidade de dar novas ferramentas”, afirma. Da comunidade para a comunidade “Este ano, não conseguimos abrir o teatro, mas a Francisca Mari-

“A nível nacional houve uma grande luta das pessoas ligadas ao teatro para que exista o ensino oficial. Nós estamos empenhados e determinados em conseguir implementar esta oferta em Lagoa” verba da Direção Geral das Artes para um projeto bianual que prepare terreno para a inclusão. Por sua vez, “a ASMAL já mostrou interesse em criar um projeto com as associações”, avança Elsa Mathei. Neste âmbito da deficiência, a responsável efetuou uma candidatura à Gulbenkian, com par-

nheira acabou por colaborar em projetos nossos. Foi o caso da Ensemble de Flautas, lançado por nós e desenvolvido por alunos da ESPAMOL. No entanto, tivemos de cancelar devido à covid. Outro, era um projeto da Márcia Estima, diretora pedagógica da Artis, relacionado com a declamação de poesia”, explica Elsa Mathei.

O início do próximo ano letivo também já está bastante preenchido, com diversas iniciativas. Assim, em setembro, será apresentado ‘Mulheres Reflexo’, em outubro decorrem os concertos Artis e, em novembro, será a música antiga. A novidade será mesmo o evento de setembro, que é uma peça de teatro participativo, com um grupo de alunas do curso técnico de apoio à infância da ESPAMOL, do 11º ano, dirigido e encenado por Francisca Marinheira. “Elas têm a disciplina de expressão dramática e musical e achamos bem incluí-las neste projeto, que conta comigo como atriz e encenadora, com uma bailarina, com a Elsa Mathei no cravo e com as alunas. E isto também é inclusão”, defende a professora. Por sua vez, Elsa Mathei, afirma que a Artis está a “tentar apostar, não só em espetáculos com profissionais, mas também naqueles que integram a componente de mediação cultural” e de envolvimento da comunidade. O Festival de Piano foi um dos exemplos. “Correu muito bem, fomos ao encontro dos seniores, tivemos uma oficina de experimentação, onde eles puderam ver um piano por dentro”, exemplifica a diretora artística.

A vila do Parchal comemora o seu aniversário com a sua festa popular marcada para os dias 15, 16 e 17 de julho, no parque de estacionamento do Pavilhão do Arade. Os petiscos são um dos pratos fortes tal como a música, que estará a cargo de ‘Deja vu’ e ‘As Band’, no dia 15, e do Duo Bruno & Magda e da Banda Hi Fi, no dia 6. A fechar as comemorações, a 17 de julho, sobem ao palco o Duo Emanuel e Tânia, seguindo-se um desfile de marchas populares. Haverá ainda espaço para o comércio de doces e artesanato. A entrada é livre. A organização é da União das Freguesias de Estômbar e Parchal.

Festival tem como cabeça de cartaz Toy

Caracol regressa para reinar em Porches O Festival do Caracol regressa em força a Porches,entre 8 e 10 de julho, com vários espetáculos musicais que irão animar as noites, junto ao polidesportivo da vila. As portas do recinto abrem às 18h00, com música ambiente e petiscos variados, sendo que o caracol será sempre o mais requisitado. Às 20h00, têm início os espetáculos com música de baile, sendo que o concerto principal acontece às 22h00. No primeiro dia, a animação começa com Ricardo Glória, seguindo-se depois Belito Campos. No sábado, é a vez do Duo M&M, antes da entrada, às 22h00, de Toy. No domingo, dia 10, sobe ao palco o Duo Emanuel e Tânia, seguindo-se a atuação de ‘Remember Me’. A entrada diária custa 2,5 euros, o bilhete diário com um pires de caracóis e a uma bebida 5 euros, enquanto a entrada para os três dias é 6 euros.

Prova organizada pela Analgarve

Natação adaptada do LAC em oitavo lugar Os atletas do LAC Filipe Santos, João Pedro Antunes e Alexandre Silva, competiram, a 11 e 12 de junho, no Open de Natação Adaptada, organizado pela Analgarve. Por equipas, os atletas ficaram em 8º lugar e nos respetivos escalões obtiveram as seguintes classificações: Filipe Santos (2º aos 50L, 3º aos 100L, 2º aos 50C, 2º aos 50M, 2º aos 100M); Alexandre Silva (9º aos 50L, 7º aos 100L, 7 aos 50C, 5º aos 50M, 4º aos 100M); João Antunes (12º aos 50L, 8º aos 100L, 6º aos 200L). PUB

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LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

P10 // DESPORTO MÁRIO MOREIRA

DAVID LOURENÇO JOGA ANDEBOL NO LAC

O testemunho apaixonado de um aluno-atleta UAARE Tudo começou, como em muitos outros casos, por intermédio de amigos, que já praticavam a modalidade, e pela divulgação feita nas AEC, através da professora Sónia Vieira. Foi assim que um folheto chegou a casa, acompanhado de um pedido simples: “Mãe, posso ir?”. Nada fazia adivinhar a paixão e entrega total que se seguiria. Contudo, de início o futebol foi o desporto escolhido por David Lourenço. “Comecei no futebol, no GD Lagoa, dos 5 aos 6/7 anos, mas vi logo que não era para mim, não gostava muito, fui mais pelo meu irmão. Como era gordinho, fui para ver se emagrecia”, confessa, com um sorriso que traz sempre no rosto. E acrescenta: “Depois tentei o andebol, porque o André e a Diana andavam lá e eram os meus amigos de infância”. A paixão pela modalidade foi galopante, mas nem tudo são rosas. “A parte mais difícil de um desportista é o sacrifício, perdemos muita coisa! Perdemos e ganhamos, é certo! Perdemos as saídas com amigos, as festas, os momentos com a família e abdicamos de muitas coisas em prol do compromisso. Temos de honrar os compromissos que temos com o desporto, com o clube, com o treinador e com a equipa. Depois há a questão da família. Há vezes que os meus pais vão de férias e não posso ir”, salienta. O melhor “A melhor parte do desporto é

toda ela em si, porque ganhamos uma família, amigos que são para a vida, conhecimentos e valores fundamentais que não se resumem ao desporto, às capacidades físicas ou à adrenalina das competições. O desporto ensina-nos e trabalha-nos para sermos alguém. Existe entreajuda, compromisso, sacrifício, coisas importantes para a vida. A escola não nos dá esse tipo de competência, nem nos dá esse tipo de amigos ou segunda família”, explica. “Na escola, uma turma divide-se em vários grupos. No desporto não há grupinhos, somos um todo, um grupo único e coeso, com objetivos comuns e só possíveis de atingir se trabalharmos em grupo, em equipa. Temos de saber comunicar e ouvir os outros”, frisa. Momentos marcantes Ao longo do seu percurso desportivo, David Lourenço viveu diferentes períodos e aprendeu com todos. “Aprende-se mais com os erros do que com as vitórias. Uma derrota é muito importante para uma equipa, a união de grupo aumenta. Depois de uma derrota só queremos ganhar e ganhar. Percebemos que não estamos a dar o nosso melhor e que há algo que temos de alterar, de melhorar. Às vezes, o coletivo joga mal e as razões podem ser tão diversas como o modo como correu a semana de treinos ou a viagem, o ambiente no autocarro ou até mesmo a hora a que chegamos ao pavilhão”, refere o atleta.

Em relação ao ensino escolar, diz não gostar dos “métodos de ensino em Portugal”. “Não é um problema da escola, até porque gosto bastante de estudar na ESPAMOL. É um problema do ensino em geral, dos currículos, da forma como está estruturado. Ensinam-nos a ser todos o mesmo, a ser só mais um, um número entre muitos, com conhecimentos muitas vezes mecanizados ou sem qualquer utilidade prática para a vida”, diz. Por isso, no ensino, David mudaria muita coisa. “Estágios, não só para o ensino profissional, mas também para o ensino regular. Um ensino mais profissionalizante, prático e, mais direcionado para a profissão a seguir, mais orientado e focado nas aptidões de cada aluno e nos seus interesses para o futuro, capaz de potenciar essas mesmas capacidades e interesses”, explica. O futuro Apesar de jovem, David já tem o seu percurso profissional bem decidido e acredita na concretização das suas expetativas e planos. “Os meus objetivos são a fisioterapia desde pequeno. A minha preguiça está a afetar-me, não tenho estudado o que deveria. Sinto que a maioria das disciplinas que tenho não me vão ajudar no futuro. Para mim, a parte prática conta muito.

Sempre fui habituado a trabalhar desde pequeno e sei a importância que o ‘fazer’ tem na vida. Mais do que ‘saber’ é preciso ‘fazer’, é o ‘fazer’ que solidifica o ‘saber’. Desde os 12 anos que trabalho como voluntário nas férias, ajudando os meus pais e os meus padrinhos nos seus negócios, nomeadamente como monitor de férias desportivas e como auxiliar de restaurante. Apesar de até aos 16 anos nunca ter sido um trabalho a sério, aprendi, desde muito cedo, a dar valor ao que recebo e ao que gasto, ao trabalho árduo”, salienta. Curso de treinador Embora jogue em dois escalões do Lagoa Académico Clube, juvenis e seniores, e esteja no 12º ano do Curso de Ciências e Tecnologias, David está a tirar o curso de treinador de andebol e a acompanhar a equipa de minis e infantis B masculinos como treinador adjunto. “Fui incentivado pelo treinador e pelo diretor técnico e está a ser uma boa experiência e uma oportunidade de crescimento. Sou treinador adjunto dos minis, mas mais do que isso sou ‘o amigo’ do atleta. Acho que o atleta precisa de alguém da equipa técnica em quem confiar e com quem desabafar. Depois sou também eu próprio atleta, treino todos os dias de terça a sexta e tenho jogos todos os fins

de semana, por vezes com jornadas duplas. E é muito interessante, passar de ‘treinador’ para atleta. Os miúdos torcem por nós e não perdem os nossos jogos. Estou a divertir-me no que faço”, destaca. UAARE é uma mais valia Integrado na Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE) o aluno e atleta só tem elogios para este programa. “A UAARE é uma mais valia, os professores são muito focados em nós e temos apoios centrados nas nossas necessidades. É ótimo e permite-nos poupar tempo em casa, tempo que não temos. As dúvidas que retiramos numa hora de apoio são equivalentes a várias horas de estudo em casa. Um aluno normal sai da escola e tem o resto do dia para estudar e fazer os trabalhos. Nós temos preparação física no ginásio e treinos até às 22h30, de terça a sexta. No fim de semana, um aluno normal tem dois dias para gerir o seu tempo. Nós temos jogos, por vezes, tanto no sábado como no domingo. A maioria dos professores está sensibilizada para a vida do aluno-atleta, fruto do trabalho da UAARE”, sublinha David Lourenço. Prof. Acompanhante e Psicóloga UAARE do Agrupamento ESPAMOL

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LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

DESPORTO // P11 D.R.

MANUEL RODRIGUES CAMPEÃO NACIONAL EM 3000M OBSTÁCULOS

“É um dos melhores momentos da minha carreira desportiva” O agora atleta da Associação Académica da Bela Vista continua a ser um exemplo no escalão de veteranos e apresenta-se em excelente forma. // Rui Pires Santos

anuel Rodrigues sagrou-se campeão nacional nos 3000 metros obstáculos de pista ao ar livre no escalão de veteranos, mais de 40 anos. A prova realizou-se a 19 de junho, em Torres Vedras, e o lagoense voltou a mostrar o seu valor e revalidou um título que já havia conquistado. Em março já tinha sido campeão nacional em pista coberta nos 3000 metros. Esta está a ser uma grande temporada. Em cerca de três meses dois títulos, melhor era difícil? Sim, está a ser um bom ano, pois revalidei dos títulos nacionais conquistados na temporada anterior:

3000 metros, 3000 metros obstáculos de pista ao ar livre e 3000 metros em pista coberta. Como foi esta última prova disputada em Torres Vedras, a 19 de junho? Senti-me bem, encontrei alguns atletas que não conhecia, que não sabia como corriam. Por isso, arrisquei mais cedo do que é habitual, descolei deles e correu bem. Consegui manter uma distância maior e fui gerindo a corrida. No final, consegui ganhar com alguma tranquilidade. Houve alguma preparação especial para esta prova, uma vez que tinha ambição de revalidar o título?

Fiz a minha preparação habitual. A expetativa e ambição era chegar e vencer e concentrei-me naquela que era a minha estratégia, senti-me confiante e fiz a corrida que tinha de fazer. Esta conquista mostra que, aos 42 anos, está a atravessar um excelente momento de forma? Sim, podemos dizer que sim. Acho que é um dos melhores momentos da minha carreira desportiva. Continuo muito motivado, a treinar bem e com vontade de vencer. O que ainda te motiva ou falta para conquistar? Acho que não falta nada. Quero continuar a correr ao mais alto nível e repetir títulos nas especia-

Atleta quer continuar a correr ao mais alto nível e repetir títulos lidades que onde me sinto mais à vontade e tenho condições para ser o melhor. Depois de vários anos no Sporting Lagoense e um curto período a correr sem clube, como está a ser esta fase na AABV? Estou a sentir mais apoio, embora também tivesse tudo no Sporting Clube Lagoense. Mas aqui é um pouco diferente, há melhores con-

dições e sinto-me mais confortável e confiante. Está então a correr bem esta experiência na Bela Vista? Sim, o clube é forte e o presidente apoia bastante. O Paulo Roberto é a base, o pilar da AABV, está sempre presente e perto dos atletas. Estou a gostar muito de aqui estar e espero corresponder com mais títulos à confiança e apoio que me dão. D.R.

Técnico Pedro Guerreiro orgulhoso com desempenho das atletas

Futsal feminino do Parchalense subiu à 2ª divisão nacional e brilhou na ‘Final Four’ D.R.

Esta está a ser uma época de sonho da equipa de futsal feminino da Sociedade Recreativa Boa União Parchalense, que depois de garantir a inédita subida à 2ª divisão nacional, participou no passado fim de semana, dias 25 e 26 junho, e garantiu o terceiro lugar na ‘Final Four’. A equipa deslocou-se à Mealhada para jogar com a Casa Povo Freixo, a disputa do 3° e 4° classificado e venceu por 4-1, com golos de Jóia, Tatiana, Zuca e Nande. Este é um ótimo resultado que faz subir a fasquia da equipa sediada no Parchal e que deixou orgulhoso o treinador da equipa, Pedro Guerreiro. “Foi um ano glorioso e um feito enorme para o Parchal, para Lagoa e até para o Algarve no futsal feminino. Mostrámos que a região tem valor nesta modalidade e provámos isso este fim de semana perante adversários fortes. Defrontámos o Atlético que venceu a competição, batemos o pé a este adversário forte e perdemos 2-1.

Torneio de Verão em Loulé Não tenho dúvidas que éramos a segunda melhor equipa do ‘Final Four'”, salienta o treinador. De ‘outsider’ a surpresa Depois de ter terminado a temporada no primeiro lugar do campeonato distrital de futsal com o melhor ataque e defesa, a equipa feminina do Parchalense venceu ainda a Taça do Algarve. Passou a 1º fase nacional, bem como a 2º, que lhe garantiu a subida à II divisão nacional. Na 'Final Four', a formação voltou a mostrar raça e qualidade, apesar de não estar entre as favoritas.

“Éramos vistos como um ‘outsider’ e acabámos por surpreender. Houve uma evolução muito grande da equipa e foi um orgulho o que fizemos. Abrimos uma janela de oportunidade para outras equipas da região pensarem que podem conseguir este feito. Com muito trabalho as coisas foram acontecendo e o segredo deste sucesso foi o compromisso, o empenho e a competitividade que houve dentro da equipa. Estou muito orgulhoso deste grupo e do que estas atletas fizeram”, sublinha Pedro Guerreiro.

Natação do LAC soma 61 recordes pessoais A equipa de natação do Lagoa Académico Clube (LAC) participou, em junho, no Torneio de Verão, em Loulé, com os escalões de infantis, juvenis, juniores e seniores. Com 24 atletas em competição, foram alcançados 61 recordes pessoais e nove recordes do clube, estes por Constança Azevedo (200L, 100C, 200C infantil B), Maria Luiz (200C júnior), Clara Vicente (100M Infantil A), Margarida Luiz (200E, 200B, 200L juvenil B, sendo que nos 200L também fez mínimos de acesso ao campeonato nacional) e 47 lugares de pódio. Participaram na prova os seguintes nadadores: Rafael Alemão, Horácio Amaral, Gabriel Baião, José Borges, Adrian Brinza, Nestor Kunyk, Vitor Kunyk, Diogo Mateus, Carlos Mota, Santiago Perdigão, João Romão, Miguel Velhinho, Lara Águas, Constança Azevedo, Sara Batista, Rebecca Francis, Margarida Luiz, Maria Luiz, Alana Lyra, Raquel Oliveira, Inês Sá, Mariana Santos, Clara Vicente e Mia Werum.

LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

P12 // OPINIÃO Ao sul …Vou ver o Jogo!

Carlos Gordinho Professor

Assistir a um jogo presencialmente, quer seja de escalões de formação ou escalão sénior, pode tornar-se tenso, quando se devia procurar o contrário. Ou estás preparado ou tens que saber estar, senão… O desporto em si é um mundo de sensações e emoções constante. E cada um de nós vive, vê e sente o espetáculo jogo de forma diferente, embora todos estejamos a ver o mesmo, mas com níveis de racionalidade, inteligência, critério e emocionalmente diferentes. Viver cada minuto, gritar a cada lance, reclamar a cada decisão do árbitro, aplaudir cada golo, defesa ou bola ganha cria uma atmosfera ruidosa que vai evoluindo e fazendo crescer uma agitação quase global nos diversos agentes envolvidos no jogo. Para muitos, este é o momento alto da semana, do dia, o momento de exaltação, de igualdade, de afirmação, ainda que, por vezes, não se esteja atento a nada do que se está a passar, até porque se estava a ver o telemóvel. Mas grita-se na mesma, barafusta-se e reclama-se, mesmo não percebendo ou que não se esteja contextualizado.

Muitos também são os momentos de sabedoria que ressaltam rapidamente, mesmo não se percebendo muito do que se está a assistir. Mas passando à frente, o importante é estar lá. E é aqui que fico um pouco baralhado, se isto é o desporto que pretendemos ou não! Somos capazes de correr o risco de vir pior do que lá chegamos e o que trazemos do jogo é algo pouco positivo. Quem define a filosofia de clube, a atitude, a mentalidade e a identidade do clube são os dirigentes, são os técnicos, são os atletas ou são os espetadores? Penso que, pelo que tenho vindo a assistir e analiso, parece-me haver alguma falta de inteligência emocional e consequentemente competitiva. Isto trabalha-se? Sim. Isto vem de onde? Terá a ver com quem lidera, quem dirige, quem comenta. Porque em jogo estão primeiramente seres humanos, a serem educados e a fazer daqui ‘transferes’ para a sociedade civil. Levar os valores da competição aos extremos, de forma a conduzir à ‘cegueira’ que só o resultado faz sentido e não ter a capacidade de solucionar

em tempo útil como se pode chegar ao resultado que se pretende, correndo o risco de hipotecar esse mesmo resultado com atitudes e decisões pouco benéficas ao jogo, só refletidas no momento seguinte, torna, por vezes, o espetáculo e o jogo pouco apelativos e

numa perspetiva de jogo diferente. Pedagogia talvez também fique um pouco aquém do que se pretende em todos os quadrantes: bancada, banco, retângulo de jogo, estrutura e organização. Desporto amador no

Para muitos, este é o momento alto da semana, do dia, o momento de exaltação, de igualdade, de afirmação… Ensinar a ganhar, habituar a ganhar é bom, contudo, não nos podemos esquecer que o ganhar nos pode esconder muita coisa! o estímulo passado ao espaço do jogo pode tornar-se pouco saudável. De uma forma crítica, conseguimos fazer uma análise global da atmosfera criada em redor do jogo e conseguimos ter a capacidade de abstração de não entrar nessa mesma atmosfera, ter a capacidade de não se deixar influenciar pelo contexto, deparamo-nos com um mundo de informação e entramos

seu melhor! No entanto, podemos e devemos ser mais ‘profissionais’, não na dedicação, não no esforço, não na entrega no tempo em prol de, mas noutros aspetos pedagógicos que fazem muita diferença. Ensinar a ganhar, habituar a ganhar é bom, contudo, não nos podemos esquecer que o ganhar nos pode esconder muita coisa! PUB

LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

OPINIÃO // P13 Recordar é… recordar!

João Reis Professor

E só isso!! Ser ‘VIVER’ é uma metáfora, um ‘paliativo’ simpático, quando lembramos factos agradáveis doutros tempos. Irrepetíveis! Os tempos, as circunstâncias e nós-próprios não permitem repetições; tudo é diferente! Mas é bom mantermo-nos capazes de recorrer à memória, ao longo da vida; é de celebrar. O que recordo hoje, julgava ter acontecido há 20-22 anos. Errado! Tal recordação tem 34 anos – afirmado pelas minhas Filhas, a quem tive de apelar. Foi, pois, em 1988. A exemplo de Verões anteriores, tivemos a companhia de outra ‘equipa familiar’ cujos membros tinham, também, ficado rendidos ao bem-estar que o campismo concede. Desta vez, rumámos ao Litoral Alentejano, à época, pouco concorrido, para lá ficarmos umas duas semanas, no Parque de Campismo da Galé – Melides. Não o conhecíamos, mas as informações recolhidas atribuíam-lhe uma boa qualidade. E, de facto, proporcionou-nos uma fantástica estadia. Estava situado numa vasta área muito arborizada de pinheiros, com clareiras suficientemente apartadas para permitir privacidade aos ‘residentes’ das tendas. No respeitante a balneários, casas de banho, lava-loiças e lava-roupas, o parque era modesto; o pequeno edifício da recepção tinha acoplado um ‘mini-mercado’ que fornecia suficientes produtos básicos. Não havia restaurante. O que nos convidava à aventura de cozinharmos num mini-fogão camping-gás. ‘No problem’!!

Como outros parques que conhecemos e frequentámos, também este estava concebido para oferecer as delícias do campismo – o contacto profundo com a natureza, a sensação intensa de liberdade, o constante recurso ao ‘desenrascanço’ para resolver dificuldades, o sossego, a permanente descoberta de pequenas coisas. Lembramos como aquele ‘quase paraíso’ nos ligava, por suave rampa, à maravilhosa Praia da Galé, não poluída nem por lixos nem por multidões, banhada pelo calmo Atlântico, bem virada para imponentes ocasos mostrando o sol caindo, docemente, atrás do mar. Foi um inesquecível ‘tratamento anti-stresse’; evocá-lo é gratificante, podendo, porém, ser penoso, por nos apercebermos que estamos, implacavelmente, 34 anos mais velhos… É a vida!!! --- xxx --Foi, contudo, mais penoso, verdadeiramente doloroso, o conteúdo desta notícia: “O Parque de Campismo da

Galé foi comprado pelo consórcio norte-americano ‘Discovery Land Company’ à ‘Imobiliária Ilhas Atlânticas’ por 25 milhões de euros , com o objectivo de reforçar a aposta no litoral alentejano”. (Jornal de Negócios, Outubro/21). E o Público: “O espaço vai ser ocupado por um resort só ao alcance de milionários”. São 32 hectares classificados como Reserva Natural, como o é, aliás, todo o Litoral Alentejano (classificação atribuída pela União Europeia – Rede Natura 2000, Directiva 92/43/CEE). O incumprimento desta norma comu-

nitária pode configurar ilegalidade. Pode, também, ‘sugerir’ que Serviços com poderes para conceder as necessárias autorizações àquele empreendimento, hajam ‘prevaricado’ ou (pior) tenham ‘torcido’ regras a troco de uma qualquer ‘caixa de robalos’. Isto sucede ‘na cidade onde o povo é quem mais ordena’. Obviamente, esta ‘caganeira’(1) de ‘empreendimentos turísticos’ não é de agora; virá, talvez, dos anos 60 , quando alguns ‘bem-dotados cérebros’ de gente responsável (???) ‘descobriram’ que o Turismo (massificado, como o que temos) iria ser a ‘salvação da Pátria’. Ainda, hoje, os há convencidos disso; sem notarem, porém, que muitos destes empreendedores são companhias e consórcios que têm outras pátrias, que não a Nossa, e uma ‘super-pátria’ comum – a ‘Dinheiroland’. Em íntima ligação às imobiliárias activas em Portugal (8866 actualmente) (2), muitas delas, transnacionais – bem experimentadas e altamente profissionais – vão ‘desenvolvendo’(?) o Litoral e o Interior, o Norte, o Centro e o Sul, as Cidades e as Aldeias Serranas, não lhes faltando clientela milionária – estrelas de cinema, astros do desporto e, até, Realeza. Sem esquecer os ‘vistos gold’, claro… Concluindo – Será um proveitoso negócio para investidores e para os novos proprietários dos imóveis, arrendando-os para rentabilizá-los; Finanças, Câmaras, Notários , Registos Prediais, etc. farão a cobrança dos devidos impostos, taxas e similares; criará postos de trabalho (dos mais

modestos); disparará o preço da habitação, tornando-a ainda menos acessível a portugueses; das maravilhosas paisagens ficarão as recordações, pois serão substituídas por betão e alcatrão; igualmente, serão recordações as típicas ‘tascas’, a troco de ‘pubs’, e os nossos ‘petiscos’ promovidos a ‘fast-food’; os portões dos aldeamentos impedirão o acesso público a praias e matas; tradições e cultura, ‘pró galheiro’; etc. etc. Vai ser tão bom! E progressista! Será um verdadeiro ‘INATEL’ de milionários, num país de pobrezinhos! E quem tem de ver, prever, precaver e rever tudo o que a isto respeita, parece achar que temos uma economia pujante que nos safará da cauda da Europa, dentro de dias… (1) Perdôe-se-me o impropério! (2) Segundo o Inst. Dos Mercados Públicos, Imobiliário e Construção -o-o-o-oPARABÉNS AO “LAGOA INFORMA”. Se os jornais soprassem velinhas, este sopraria SETE. Ainda há, pois, acontecimentos festejáveis! Desejos de Boa Sorte para o Director Rui, toda a Redacção e, já agora, para os Leitores. Escrito sem a aplicação do novo acordo ortográfico.

Obrigações após a morte de um familiar Perder um familiar é um momento inevitável na vida de qualquer um de nós, pelo que devemos conhecer os deveres e as obrigações que surgem posteriormente. Tetyana Popilevych Solicitadora

Além da dor e da tristeza neste momento, devemos lidar com o processo administrativo, legal e fiscal. Antes de mais, se a pessoa falecida deixou bens, a transmissão destes deve ser comunicada à Autoridade Tributária até ao final do terceiro mês seguinte ao óbito. Por exemplo: se a pessoa faleceu no dia 4 de março, esta comunicação deve ser feita até

ao dia 30 de junho, através do Modelo I do Imposto do Selo (transmissões gratuitas). Neste modelo, deve-se preencher vários campos, tais como a origem do facto tributário (neste caso, óbito); a identificação do cabeça de casal (por norma é o cônjuge do falecido ou o filho mais velho) e a identificação dos beneficiários de transmissão. Deve-se, ainda, indicar todos os bens que fazem parte da herança (bens imóveis, veículos, objetos preciosos, quadros, contas bancárias, planos poupança-reforma, seguros de vida e investimentos). No caso da existência de dívidas, es-

tas também devem ser comunicadas à Autoridade Tributária no mesmo Modelo.

Sempre que existirem bens móveis ou imóveis a transmitir, é indispensável proceder à habilitação de herdeiros.

Com a participação de óbito devem ser apresentados os documentos de identificação, números de contribuinte do falecido e dos herdeiros, certidão de óbito e testamento (se existir).

Muitas pessoas ficam na dúvida do que poderá ser feito no caso do património deixado não ser suficiente para pagar as dívidas da herança. Neste caso, a herança pode ser repudiada, abdicando de todos os direitos sobre a mesma.

A participação de óbito à Autoridade Tributária não tem qualquer custo. Porém, pode ser necessário pagar o Imposto de Selo, ao qual estão isentos, entre outros, os viúvos, filhos, pais e netos.

Para facilitar o processo relacionado com óbito do seu familiar, para esclarecer as suas dúvidas ou para acompanhamento do processo, contacte o Solicitador mais próximo de si.

DIRETOR: Rui Pires Santos • REDAÇÃO: Ana Sofia Varela • COLABORADORES: Hélio Nascimento • PAGINAÇÃO: Vanessa Correia • FOTOGRAFIA: Eduardo Jacinto, Kátia Viola • DEPART. COMERCIAL: Hélder Marques • 914 935 351 • PROPRIEDADE E EDITOR: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. – Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa • CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos • DETENTOR DO CAPITAL 100% Rui Pires Santos • NIF: 508 134 595 • DEPÓSITO LEGAL Nº: 94540/15 SEDE DE REDAÇÃO: Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa EMAIL: lagoainforma@gmail.com • Nº REGISTO ERC: 126688 • TELEFONE: 282 381 546 / 967 823 648 • IMPRESSÃO: LUSOIBÉRIA, Av. da República, nº 6. 1050-191 Lisboa | contacto: 914 605 117, comercial@lusoiberia.eu TIRAGEM: 3.000 exemplares PERIODICIDADE: Quinzenal • ESTATUTO EDITORIAL: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/

LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

P14 // DIVERSOS

AGENDA 30 JUNHO ; QUI ; 18H00 CLUBE DE LEITURA OS MEMORÁVEIS de Lídia Jorge Sala Polivalente Biblioteca Municipal de Lagoa Inscrições: Na Biblioteca Municipal

1, 2 E 3 JULHO ; 19H00 LAGOA JAZZ FEST Sítio das Fontes Preço: 10€ Bilhetes: Bol, Worten, Fnac, Auditório Carlos do Carmo, CTT, Centro Cultural Convento S. José e Balcão Único da Câmara de Lagoa

2 JULHO ; SÁB ; 18H00 ARRAIAL DE VERÃO Carvoeiro - Polidesportivo da Vila Entrada Gratuita

4 JULHO ; SEG ; 18H00 OFICINAS | TANGO, VALSA E MILONGA de Júlio Piscarreta Sala da Biblioteca Municipal de Lagoa Entrada Gratuita Inscrições: Na Biblioteca Municipal

CLASSIFICADOS Junto ao polidesportivo Preço: Diário 2,5€; Com um pires e bebida 5€ e passe três dias 6€

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EMPREGO

Recinto da FATACIL

10 JULHO ; DOM ; 08H00 FEIRA DE VELHARIAS DE FERRAGUDO Ruas de Ferragudo

13 JULHO ; QUA ; 20H30 CAMINHADAS AO LUAR - PORCHES Largo da Igreja da Sra. da Rocha Atividade Gratuita Inscrições: Serviços Desportivos Municipais e Junta de Freguesias de Porches

14, 15, 16 E 17 JULHO ; 19H00 MERCADO DE CULTURAS À LUZ DAS VELAS Zona histórica da cidade de Lagoa Entrada Gratuita

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP.

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LAGOA INFORMA // Quinta-feira, 30.06.2022 // Nº 181

POLÍTICA // P15

ABEL SANTOS | Ex-presidente de Câmara e militante do PS

JOAQUIM CABRITA | Advogado e militante do PSD

Que políticas para os jovens lagoenses

É tempo de apoiar e desafiar ‘os donos do mundo’ a mostrarem-se

Segundo as Nações Unidas, falarmos de Juventude é falar dum grupo etário compreendido entre os 15 e os 24 anos, período de vida em que os jovens começam a compreender os seus direitos e as suas necessidades no quotidiano, sendo que em Portugal a juventude chega aos 40, no caso dos jovens agricultores.

Abordo aqui a política local de juventude, não numa perspetiva do apoio aos jovens a constituírem agregados familiares ou numa perspetiva de primeiro emprego, mas os jovens enquanto sujeitos sociais interventivos e criadores.

Já não aceitam a sigla gasta de que são o ‘Futuro do País ou os Homens do Amanhã’, perante tantos obstáculos e vivências que se lhes apresentam, até que se assumam como realizados para a vida. Os jovens hoje, muito mais preparados, que ao meu tempo, necessitam de um leque de reformas estruturais para que possam ser atendidas as suas reivindicações por direito, perante uma sociedade muito desigual. Exigem o exercício de uma cidadania ativa como elemento crucial num regime democrático, que se deseja defender. Os jovens deixaram de acreditar nos políticos pela sua não participação nas decisões da vida coletiva da sua comunidade. Digo-o com conhecimento de causa, mas pela positiva. Compete ao Estado e às autarquias em particular adotar medidas para que sejam ouvidas e asseguradas as suas pretensões, como prevê o Art. 70º da C.R.P., em todo o seu articulado, tendo o ponto 1, em especial, nas alíneas a) e b), como mais importantes, perante os desafios que enfrentam, com vista ao pleno exercício dos seus direitos e liberdades fundamentais. Lagoa é um concelho de oportunidades, tendo de haver propostas de inovação na transição digital, com a criação de projetos de ocupação de tempos livres e formação qualificada para, durante e após o ensino secundário, se não seguem os estudos, até que adquiram um emprego, de preferência no concelho, nas áreas relacionadas com o turismo e afins, onde a mão de obra qualificada impõe-se. Sabido que o desemprego jovem a nível nacional ronda os 22%, sabendo nós que muito jovens do concelho buscam emprego, tendo como barreira a sua não qualificação,

há que fazer algo. Veja-se, como exemplo, o empreendedorismo dos jovens da ‘Logrise’, sediada no concelho, uma startup na área do marketing digital. Urge uma visão mais concertada entre autarquia, escola, o empresariado local e associações, por meio de protocolos, com estágios integrados que contribuirão para a inclusão e a coesão social, onde a sustentabilidade e desenvolvimento económico devem imperar, com oportunidades iguais para todos. De realçar as atividades desportivas e culturais que envolvem centenas de jovens, onde o desporto escolar, a nível do concelho, são realidade. Destaco a ESPAMOL com o seu projeto de Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE), pela importância que assume, envolvendo dezenas de alunos, de diversas modalidades. Há que realçar o alto papel das associações desportivas e culturais do concelho, que não são vulneráveis às dificuldades, mas com empenho e a resiliência dos jovens têm levado o bom nome de Lagoa a todo o país e além-fronteiras, com presenças e várias subidas ao pódio. Refletindo sobre a problemática da Juventude do concelho, é importante enfrentar problemas chave como: Educação, Emprego/ migração, Saúde/deficiência, Género e Habitação e outros. Muito há a dissertar e a fazer nestes domínios. Perante as contingências inesperadas nos últimos dois anos de pandemia, que veio para ficar, acresce outra preocupação: a invasão da Ucrânia pela Rússia, uma guerra sem fim à vista. Mais um contra para o processo de autonomia da Juventude. Que dizer do custo de vida e da inflação galopante? Como pode a maioria das famílias alimentar seus filhos, pagar rendas, infantários, propinas e todas as despesas inerentes à sua educação. O demasiado insucesso escolar, a universidade só para alguns. Queria deixar uma mensagem de esperança mais positiva e expressar alguns temas, com mais acuidade, para e como deve ser apoiada a Juventude de Lagoa. Retenho-me por falta de espaço. Para quando a implementação, a sério, do Plano Nacional de Juventude? Aguardamos.

A política de apoio às jovens famílias abordei na questão da habitação e obviamente que em relação a elas e à obtenção dum primeiro emprego também o município tem que ter uma ação efetiva e proativa, mas falemos dos jovens enquanto seres em busca dum espaço para se afirmarem. A juventude, de facto, de há muito que tem um espaço próprio no concelho de Lagoa. A política de educação (naquilo, obviamente em que o município pode ter um papel ativo e interventor), bem como a política desportiva e cultural, sempre assumiram em Lagoa um vetor de preocupação com a juventude e se nos lembrarmos da dinâmica das AECS ligadas às ofertas futuras no concelho, se nos lembrarmos de programas como o ‘desporto moç pequeno’ de ligação do desporto escolar com a oferta desportiva de continuidade no concelho e se lembrarmos os constantes apoios a instituições culturais e desportivas do concelho, bem como a rede de infraestruturas associativas, culturais e desportivas existentes, fica bem evidente a preocupação com os jovens e o apoio que estes sempre tiveram neste concelho. No entanto, temos que reconhecer que há lacunas a registar e que, de alguma forma e com a covid-19, nos últimos tempos tem havido alguma dificuldade para os jovens se encontrarem, terem espaço nas associações e conseguirem concretizar as suas dinâmicas. E é muito importante que o façam. O Conselho Municipal de Educação também é um claro insucesso e nunca conseguiu passar duma entidade formal sem um papel ativo e interventor, como era suposto ter. As associações do concelho são bastantes e estão sedimentadas, mas não têm a abertura aos jovens e às suas ideias que lhes permitam agir e liderar projetos (talvez os jovens também não se aventurem e não se atirem às ins-

tituições como há algumas gerações atrás se fez). E isto é absolutamente essencial, porque é o espírito jovem, que sendo, por natureza, ousado e aventureiro, permite desbravar caminhos e avançar em ideias inovadoras, que de outra forma se perderão na racionalidade e na preocupação com consequências de quem já se obriga a pesar causas e efeitos. Um município arrojado pressupõe um espaço para os jovens e para as suas ideias e isto tem que ser feito, quer no aproveitamento e amplificação do que nasce no meio escolar, quer na concretização de projetos associativos ou de ideias para ações e movimentos que podem ter concretização no âmbito associativo, quer ainda no apoio municipal direto, criando espaço e apoiando iniciativas através da publicação de obras literárias ou musicais, ou na divulgação da criação artística e artesanal. O município tem que ter uma dupla intervenção sobre os jovens. Tem que saber atrair para a sua área eventos e iniciativas, de âmbito cultural, social, desportivo, que motivem os jovens e os enriqueçam, mas tem também, e de forma muito ativa e efetiva, apoiar as iniciativas dos jovens locais, dando-lhes espaço, mostrando-as e com isso valorizando-as, para que os jovens cresçam nas ideias, robusteçam a capacidade criadora e ousem. Ousar é a típica atitude da juventude, mas para que os jovens se possam aventurar na concretização dos seus sonhos, possam arriscar apresentar as suas ideias e não temam mostrar-se é preciso que haja espaços físicos, eventos regulares e um conforto que os faça não temer e arriscar, que lhes permita avançar e recuperar do que correu menos bem, pensando sempre, como é típico da juventude, que amanhã sairá melhor. Esta consciência e este efetivo apoio é uma obrigação do município, diretamente e em parceria com as escolas e instituições do concelho. Mas não temos visto muito disto, é verdade que os tempos estranhos vividos explicam e permitem justificar alguma ausência, mas é o tempo de recuperar e ousar também desafiar os jovens a colocarem-se em bicos de pé, como é próprio do tempo em que nos sentimos ‘os donos do mundo’.

A fechar... D.R.

30 de junho de 2022 • Quinta-feira

NO RECINTO DA FATACIL

Concertos são atrativo da Festa da Juventude Evento decorre entre 8 e 10 de julho, com recolha de donativos. D.R.

Ivo Lucas é um dos destaques do cartaz musical

Parque de Feiras e Exposições de Lagoa é o espaço escolhido para a realização da Festa da Juventude, entre 8 e 10 de julho, com animação de rua, concertos, insufláveis e diversas atividades. Na programação destacam-

-se os espetáculos musicais que colocarão em palco, no recinto da FATACIL, no dia 8, às 22h00, Filipe Sambado e Luís Severo, no dia 9, às 21h00, Black Puzzle, e às 22h00, Ivo Lucas, enquanto, no dia 10, às 20h30, atua The Search, e às 21h30, Pedro Mafana.

O recinto estará aberto das 17h00 até às 24h00, contando com animação de rua, pinturas faciais, insufláveis, além de meia centena de expositores, quer de associações do concelho e de entidades de educação, quer de comerciantes locais. O evento é dirigido aos jovens e às famílias, estando ainda previsto o roadshow ‘Movimento S’, com ações de promoção e de prevenção da saúde oral. A iniciativa parte de um desafio da turma 9ºB do Agrupamento ESPAMOL à Câmara Municipal de Lagoa e a todos os jovens do concelho, no âmbito do projeto Academia MY Polis. Outro dos objetivos da organização é promover a solidariedade para com as pessoas mais vulneráveis. Por esta razão, apesar da entrada ser gratuita, há um apelo para donativos de bens alimentares, roupas ou brinquedos.

Foram abertos oito postos de trabalho

Câmara está a contratar assistentes operacionais A autarquia de Lagoa abriu concursos para oito postos de trabalho na categoria de assistente operacional, por tempo indeterminado. Os interessados têm até 7 de julho para apresentar candidatura. Segundo o aviso, a Câmara está a recrutar um cantoneiro, um

condutor de máquinas, um pedreiro, um administrativo para a Divisão de Urbanismo, dois asfaltadores, um calceteiro, um cantoneiro de arruamentos. O aviso N.º 12561/2022 poderá ser consultado em Diário da República, sendo as candida-

turas feitas online, na plataforma de recrutamento do município de Lagoa (https://recrutamento. cm-lagoa.pt/processos-ativos). A Câmara alerta para o facto de não serem admitidas candidaturas em papel, nem por outra via que não seja a plataforma.

5Ex Band atua em Ferragudo A baixa de Ferragudo vai ser palco de um concerto da banda 5Ex Band na próxima segunda-feira, 4 de julho, às 21h00. O grupo formado por músicos do concelho promete uma noite animada e som de grandes ‘hits’ de bandas internacionais. A organização é da Junta de Freguesia de Ferragudo, que tem previsto um conjunto de espetáculos de animação de Verão para animar a vila neste período de maior procura turística.

Ação de informação sobre demências em Porches O núcleo do Algarve da Alzheimer Portugal, com o apoio da Câmara de Lagoa, vai organizar a 28 de julho, às 15h00, uma ação de informação com o tema ‘Doença de Alzheimer e outras Demências’, que terá lugar na Junta de Freguesia de Porches. A iniciativa é destinada à população em geral. As inscrições podem ser feitas através de telefone (965276690) ou por email (geral. algarve@alzheimerportugal.org).

Badminton: Laís Baltazar brilha com Universos dos Mistérios No terceiro torneio nacional dos escalões de sub-11, sub-13 e sub-15, realizado a 18 e 19 de junho, nas Caldas da Rainha, o Universo dos Mistérios alcançou os melhores resultados da temporada, ao garantir um primeiro lugar, dois segundos e um terceiro. O destaque maior foi para Laís Baltazar que, na prova de pares mistos, com o atleta da Che Lagoense Martim Marques, foi primeira classificada. Anna Tura alcançou um segundo lugar em singulares e repetiu a classificação em pares senhoras com Daniela Kostenko. Esta última foi também terceira em pares mistos com o atleta da Che Lagoense Guilherme Negrita.

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