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Mário Vieira mantém-se como líder e diz que “é preciso proximidade às pessoas”
NOVA COMISSÃO POLÍTICA DO PSD LAGOA LIDERADA POR MÁRIO VIEIRA TOMOU POSSE “É preciso proximidade às pessoas e recuperar o tempo perdido”
Encontro contou com a participação dos deputados algarvios do PSD Ofélia Ramos e Rui Cristina.
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LAGOA INFORMA
Mário Vieira cumprirá mais um mandato de dois anos na liderança do partido
// José Manuel Oliveira
Cerca de 30 pessoas marcaram presença na tomada de posse dos dirigentes da Comissão Política e da Mesa da Assembleia da Secção Concelhia de Lagoa do PSD, que teve lugar a 23 de setembro, na sala polivalente do Auditório Municipal Carlos do Carmo.
O novo presidente da Mesa da Assembleia de Secção de Lagoa social-democrata, Paulo Serra, falou sobre a questão da saúde, do trânsito e da falta de água neste concelho. “Estamos abandonados há décadas”, lamentou, considerando ser esta uma “boa oportunidade para o PSD preparar-se como alternativa” no município de Lagoa. Há que “evitar erros do passado” e ser “mais pró-ativo” para uma “oposição clara”, frisou, como recado interno ao seu partido.
‘Vítimas do nosso sucesso”
Mário Vieira, vereador da Câmara Municipal de Lagoa, que vai cumprir o segundo mandato como presidente da Comissão Política da Secção de local do PSD, transmitiu no seu discurso um sentimento de unidade interna. “Estamos todos juntos. Lagoa precisa de alternativa e o PSD é essa alternativa”, salientou, considerando que este é “um concelho que há nove anos está constantemente adiado”.
“Hoje somos um bocadinho vítimas do nosso sucesso autárquico, porque entregámos as infraestruturas feitas aos socialistas que detêm o poder no concelho”, acrescentou.
Já em declarações ao Lagoa Informa, Mário Vieira avançou como será a atuação da comissão política que agora tomou posse. “Além daquilo que temos feito através das redes sociais, que é um dos mecanismos para chegar às pessoas – não é o suficiente, porque há muita gente que não tem acesso às mesmas –, a nossa ideia é começar a ir de porta a porta. Ou seja, em vez de começarmos a fazer aquela campanha, em que quando chegam as eleições só vamos para a rua nos últimos meses, vamos começar já. Temos de ir para a rua falar com as pessoas, dar-nos a conhecer, explicar as nossas ideias e dizer quais são as nossas diferenças em relação a este executivo do PS”, explicou.
“Não concordamos com uma grande parte daquilo que o PS está a realizar e o caminho que o concelho de Lagoa está a ter. O PSD vai apresentar problemas como a água e o trânsito, e colocar a nu aquilo com que não concorda. E também vai dizer qual é o seu programa e quais são os objetivos para um próximo mandato”, revela o líder dos social-democratas lagoenses.
Pouca obra socialista
“Se fizermos uma análise do que o PS fez em nove anos, é muito pouco para aquilo que está a ser feito. Digam-me uma obra que o PS tenha começado? Apresentou o projeto da Escola da Mexilhoeira da Carregação e ainda nem sequer está em concurso. Já houve dois concursos e ambos caíram. O picadeiro, que votámos contra e que o PS apresentou como bandeira, deixou cair. O famoso Parque Urbano da Cidade, previsto para junto da zona onde se realiza a FATACIL, também já não se fará lá, como foi assumido pelo novo presidente da Câmara Municipal de Lagoa. Concordamos que o parque urbano tem de estar dentro da cidade, mas tem de estar ligado a vários locais, pequenos pulmões da cidade”, refere.
Líder disponível para a Câmara de Lagoa, Junta de Freguesia ou Assembleia Municipal
Os dirigentes do PSD de Lagoa até 2024
O presidente da comissão política concelhia de Lagoa dos social-democratas apontou para “autonomia financeira para a campanha”, nas eleições autárquicas em 2025, com “condições para uma campanha digna”. “Temos os nossos projetos e não abdicamos dos nossos valores”, afirmou. Dizendo estar num espírito de missão, mostrou-se disponível para, em 2025, uma candidatura tanto à “Câmara, como a uma Junta de Freguesia, ou à Assembleia Municipal”, conforme o partido assim o entender.
Por sua vez, Rui Cristina, deputado e vice-presidente da Comissão Política Distrital do PSD/Algarve, após evocar o antigo presidente do partido, Sá Carneiro, no apoio ao poder local, disse que, em 2022, perante um Governo com maioria absoluta, “o PSD em todas as distritais e concelhias tem de demonstrar uma oposição consistente”. A propósito, Rui Cristina perguntou onde estão as “medidas inovadoras” do executivo de António Costa para enfrentar a seca, numa altura que até à barragem da Bravura está numa situação deficitária para abastecimento de água. Considerou, por outro lado, que devido à falta de médicos e enfermeiros, no Algarve “a saúde está pior do que no resto do país”, destacando a falta de habitação a preços acessíveis para poder fixar profissionais de saúde nesta região. Rui Cristina lembrou que, no Algarve, “alguns autarcas, em especial do PS, não se poderão recandidatar às próximas eleições autárquicas, em 2025”, por estarem a cumprir o terceiro mandato consecutivo. “Será uma oportunidade única” para conquistar o poder autárquico no Algarve”, acrescentou.
Presidida, de novo, por Mário Vieira, a Comissão Política da Secção Concelhia de Lagoa do PSD para o mandato de 2022 a 2024, é composta também pelos seguintes elementos: Luís Tito, Rita Marreiros, Cesário Belém, Telma Viana, Francisco Domingos, João Rocha, José Matos, Filomena Maceiras, André Marcos, Cristina Mosteias, Rui Andrade, Nuno Baselli e José Águas. Por seu turno, a Mesa da Assembleia tem, agora, como presidente Paulo Serra (substitui, no cargo, o histórico do partido, José Inácio Marques) e conta, ainda, com José Ilídio, Alexandra Marçalo e José Milheiro.