Lagoa Informa_nº60_ 12_10_17

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Quinta-feira, 12.10.2017 | € 1,00

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Quinzenário | Ano III | Nº 60 | Diretor: Rui Pires Santos

SOCIEDADE Plano de mobilidade será implantado por fases PÁG. 6

DESPORTO Patinadores do GD Lagoa brilham em Espanha PÁG. 14

MÚSICA Dell’Acqua em concerto no Auditório PÁG. 16

www.easygo-holidays.pt

CANOAGEM Clubes lagoenses favoritos na subida do Arade PÁG. 14

Rota do Petisco divide Restaurantes aderentes na cidade fazem balanço sobre a edição deste ano, não poupando críticas à organização por falhas informativas no passaporte. PÁG. 3

CÂMARA Tomada de posse marcada para 17 de outubro PÁG. 16 AUTÁRQUICAS

PS alcança vitória expressiva Saiba tudo sobre as eleições do passado dia 1 de outubro em Lagoa: os resultados, as reações dos protagonistas e a listagem de todos os elementos escolhidos pelos cidadãos. PÁG. 8 a 10 PUB

Cantares do Parchal prontos para mais espetáculos Grupo de música tradicional leva cultura local para fora da região, mas aguarda por solicitações para mais atuações no concelho. PÁG. 12 e 13 PUB

Rua Coronel Figueiredo, 8400-306 Lagoa E: geral@lagoabusinesscenter.com | Telf: 282 353 555 | Tlm: 967 239 048 ARRENDAMENTO DE ESCRITÓRIOS | COWORKING | SALA REUNIÕES


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// Página Dois KÁTIA VIOLA

EDITORIAL

Ainda as Autárquicas As eleições autárquicas já lá vão, mas os resultados das mesmas ainda mexem, nomeadamente a nível nacional, criando desconforto tanto na ‘gerigonça’ como no PSD, cuja liderança vai mudar. Estas foram umas Autárquicas históricas no país, mas também em Lagoa. Num concelho com forte tradição ‘laranja’, cor partidária que esteve à frente dos destinos da Câmara Municipal entre 1985 e 2013, algo terá mudado. Não só pela derrota de há quatro anos, como principalmente pelo mau resultado registado há cerca de duas semanas. É certo que a conjuntura nacional – o estado de graça de António Costa e o discurso inalterado e cinzento de Pedro Passos Coelho – complicou a tarefa de José Inácio e companhia, mas períodos houve em que o partido não estava bem, embora em Lagoa o triunfo fosse sempre alcançado. Na minha perspetiva – que não sou analista político, nem tenciono ser, apenas faço uma leitura factual – há três aspetos que contribuíram para este resultado e que já vêm de há vários anos, bem antes de 2013: 1. Com a chegada de Francisco Martins à presidência da Concelhia do PS, em dezembro de 2011, os socialistas passaram a estar mais organizados e a ter uma liderança forte, deixando de viver em divisão e na intriga política. A oposição da altura passou a ser mais forte e a popularidade de Martins fez o resto; 2. O PSD adiou fatalmente a renovação. As rostos sociais-democratas são os mesmos desde há muito e a remodelação nos primeiros lugares das listas nunca aconteceu. Essa mudança talvez devesse ter sido iniciada em 2009, com a entrada de uma ou duas novas figuras nos primeiros lugares das listas à Câmara. Há gente nova no partido, mas sempre nos lugares mais secundários. Certo é que os sociais-democratas nunca prepararam devidamente a chegada aos postos cimeiros de jovens valores, alguns deles ligados à sociedade civil, em que colhem simpatias; 3. Por fim, uma questão que todos parecem ignorar e que, creio, nestas Autárquicas fez a diferença. Muitas pessoas mais idosas faleceram entretanto e/ ou não foram votar (setor do antigo eleitorado do PSD) e mais gente nova marcou presença nas urnas. Esta, que à partida seria simpatizante do Bloco de Esquerda, terá votado PS e com isso deu maior expressividade à vitória. Neste eleitorado, o PSD não entrou. Quanto aos resultados em si, há que atribuir mérito ao triunfo do PS de Francisco Martins, pelo trabalho de quatro anos, pelos projetos que pretende implantar no futuro, pela forma de comunicação acessível e pela excelente campanha realizada em vários domínios. Isto são factos. A vitória foi expressiva, mas aumenta também a responsabilidade dos socialistas. Nem sempre uma maioria tão esmagadora é boa para o exercício do poder, que tende a ser demasiado confiante e, por vezes, arrogante. Por isso, estas eleições não deixam de também ser um importante teste ao atual executivo. Do lado do PSD, as Autárquicas impõem desde logo uma renovação imediata, ainda que com uma reflexão profunda, numa ponte equilibrada entre um ou outro histórico e uma nova vaga que pense no futuro do partido e do concelho, a partir de… agora. Daqui a quatro anos será demasiado tarde.

Diretor: Rui Pires Santos Colaboradores: Fernando M. Vieira, Len Port, Manuel Cabrita, José Manuel Oliveira Paginação: Vanessa Correia

A FIGURA FRANCISCO MARTINS

Fotografia: Eduardo Jacinto e Kátia Viola

Depois de há quatro anos ter ganho a Câmara ao PSD, Francisco Martins somou a 1 de outubro uma vitória histórica do PS em Lagoa. Pela primeira vez o partido elegeu cinco vereadores na Câmara, aumentando também a votação em todos os órgãos autárquicos: Assembleia Municipal e Juntas e Uniões de Freguesias. Um triunfo partidário, com muito do mérito a ser reconhecido ao autarca, pela sua liderança e capacidade de comunicar e de unir os socialistas e os lagoenses. Certo é que agora, com tamanha prova de confiança da população, a responsabilidade aumenta ainda mais.

Propriedade e Editor: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda. Rua Direita, nº13 8400-483 Porches

GRUPO DE CANTARES DO PARCHAL PERSISTE

NIF: 508 134 595

Este conjunto de música tradicional portuguesa persiste no seu caminho de promover a identidade e a cultura, perante a adversidade dos tempos modernos. A falta de eventos locais de cariz popular não permite mais atuações deste tipo de grupos, mas os seus músicos mantêm-se firmes. E assim devem continuar.

ROTA DO PETISCO AQUÉM DAS EXPETATIVAS Se a passagem da Rota do Petisco pela cidade em 2016 fez crescer água na boca, parece que a edição deste ano enferma de algumas falhas organizativas, o que não contribuirá para a já de si pouca adesão dos restaurantes e pastelarias locais. Os empresários ouvidos pelo nosso jornal traçaram um balanço ambíguo, entre benefícios e prejuízos, mas são unânimes nos reparos à organização, que aparenta uma certa dificuldade na gestão do evento. Crise de crescimento, dirá alguém... Certo é que esta iniciativa gastronómica e cultural tem um enorme potencial, ao conciliar a cozinha de cariz tradicional com bons hábitos de confraternização. Caberá, pois, aos responsáveis ponderar sobre capacidades e limitações, de modo a criar condições para que a Rota se cimente em Lagoa.

Composição do Capital: 100% propriedade Rui Pires Santos

Nº registo ERC: 126668 Depósito Legal nº: 394540/15 Redação: Lagoa Business Center Rua Coronel Figueiredo, Loja 12, 8400-306 Lagoa Email: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 353 555 967 823 648 Impressão: FIG - Indústrias Gráficas Rua Adriano Lucas 3020-265 Coimbra Tiragem: 3.500 exemplares Periodicidade: Quinzenal Estatuto editorial: http:// algarvevivo.pt/sobre-nos/

Rui Pires Santos

ESPAÇO DO LEITOR

VALEM TODOS OS MEIOS PARA ATINGIR OS FINS Moro no Edifício Galeão, na Praia do Carvoeiro, mais propriamente no primeiro prédio na entrada da localidade Praia do Carvoeiro. Em Setembro de 2016 foi colocado um projetor de luz na empena lateral desse prédio para iluminar uma pintura na parede da casa ao lado, mas eu pergunto: Quem deu autorização? Tendo em conta que é uma empena privada e que está isolada com

uma tela fibra de vidro para não criar infiltrações, tela essa que foi danificada para colocar o projetor. Comunicamos ao condomínio o que se estava a passar e este contactou os responsáveis, ou seja o Município, que por sua vez a única solução que encontrou foi desligá-lo mas este ficando na parede. No dia 1 de Agosto de 2017, mais uma surpresa. Na mesma empena retiram o projetor e colocam

um candeeiro, mais uns furos, mais um pouco da empena danificada. Volto a perguntar: Quem deu Autorização? Segundo sei, é violação de propriedade privada. Este prédio tem proprietários, que pagam os seus impostos, incluindo IMI e Condomínio. Sou a favor de melhoramentos para mais estacionamentos, passeios, acessos para prática de desporto, para pessoas com dificuldades físicas,

etc…, mas há que ter em conta tudo o que já está feito. No mesmo prédio existe um passeio bastante largo e em bom estado, mas o Município, com as obras de melhoramento resolveu fazer outro paralelo, ao que já existia e usando espaço do estacionamento. Deduzo que quando as obras estiverem terminadas, este estacionamento será alargado para o lado da estrada, compensando o que

foi retirado para passeio. Nós moradores e população que usamos o estacionamento vamos ficar a perder, porque as varandas deste prédio de Verão da sombra e de Inverno protege da chuva. Gostaria que o candeeiro fosse retirado e os danos causados na empena reparados. Sandra Branco Carvoeiro (Leitora identificada)


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Abertura //

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GASTRONOMIA EMPRESÁRIOS DE LAGOA DIVIDIDOS

Antigo provedor da Misericórdia de Estômbar

Rota do Petisco agridoce

Faleceu José Bentes Camarinha D.R.

Não é consensual o balanço feito por proprietários de restaurantes da cidade sobre o evento. Organização não se livra de críticas. FOTOS: LAGOA INFORMA

José Bentes Camarinha, que exerceu o cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Estômbar durante cerca de 20 anos, morreu no passado dia 4 de outubro, vítima de doença oncológica. José Camarinha tinha 64 anos e era o atual secretário da mesa administrativa daquela instituição benemérita, apesar de se encontrar doente há algum anos. À família enlutada, Lagoa Informa envia sentidas condolências.

Com produtores da região algarvia Glória Batista, proprietária da Cafetaria Semente Fernando

T

Manuel Vieira

ermina neste domingo, 15 de outubro, a Rota do Petisco - Terras do Arade, que pelo segundo ano consecutivo inclui restaurantes e pastelarias da cidade de Lagoa, em menor quantidade do que em 2016. Entre os depoimentos recolhidos por Lagoa Informa junto dos empresários locais, as opiniões dividem-se, havendo os que garantem participar na próxima edição e aqueles que assumem não repetir a experiência. Como denominador comum, são unânimes as críticas à organização, a cargo da associação Teia d’Impulsos. A escassos dias do final do evento, o proprietário do restaurante Barca Velha afirma que a estreia foi “espetacular, pois tivemos boa adesão e um excelente ‘feedback’, traduzidos em cerca de mil petiscos”. Segundo Virgílio Sequeira, “o lombo de porco na banha saiu muito bem, mas o filete com molho de camarão, uma espécie de alternativa, teve um sucesso surpreendente.” “Notei que em Lagoa o espírito da Rota é muito fraco, com pouca adesão de estabelecimentos. Pior que isso, dos que participaram houve quem não se mostrasse empenhado. Ouvi várias queixas de gente que veio de fora e encontrou portas fechadas, enquanto outros me disseram ter sido mal atendidos. Quem se mete nisto tem de estar de coração aberto e assumir o compromisso”, defende o empresário. Para Virgílio Sequeira, que as-

Filipa Silva, responsável pela Açordas & Companhia

segura voltar a participar no próximo ano, “a organização deve repensar processos, fazer uma avaliação e tirar ilações, porque Lagoa não se pode ficar por meia dúzia de petiscos.” Carlos Gorgulho, responsável pela Taberna 31, faz um balanço “bastante positivo” desta segunda participação: “Apesar de encerrarmos às quartas-feiras e domingos e de só aceitarmos clientes da Rota à noite, vendemos perto de 700 petiscos, número melhor que no ano passado.” “Muitos petiscadores fizeram das nossas barrigas de atum grelhadas um aperitivo para o jantar. Tivemos aqui pessoas de todas as idades, que depois traziam amigos e familiares, porque o passa-palavra é a melhor das promoções”, considera o empresário, que reconhece ter receado menor afluência devido às datas em que a iniciativa se realizou este ano. “Enganeime redondamente”, confessa, ao mesmo tempo que lamenta a fraca participação dos estabelecimentos de restauração e afins de Lagoa: “Para se gerar alguma dinâmica, seria ótimo haver mais propostas e menos informações erradas no Passaporte da Rota.”

Passaporte com falhas Glória Batista, da Cafetaria Semente, traça um cenário “negativo” desta segunda participação, “pois as pessoas só têm dois ou três sítios que lhes interessam”. Também critica o facto de o Passaporte estar “cheio de imprecisões, principalmente nos horários.” “No ano passado ultrapassei

as 550 rotas em quatro semanas, mas agora mal devo chegar aos 300 petiscos de bacalhau dourado com magusto… em cinco semanas. Não estou interessada em continuar, porque fico com a impressão que os organizadores apenas se preocupam em receber os 150 euros da inscrição. Não prestam apoio, não nos acompanham e sentimonos algo desamparados”, lamenta Glória Batista, para quem o facto de Lagoa coincidir com as datas de Portimão “foi algo muito mal pensado, uma vez que as pessoas preferem ter muitas opções.” Para Filipa Silva, dona da Açordas & Companhia, “como primeira experiência funcionou muito mal, a começar pelo grave erro de tradução no Passaporte da Rota, o que nos causou diversos transtornos, pois o nosso petisco é açorda de cogumelos e não de camarão, como surge erradamente.” “Esperava um qualquer tipo de compensação pelo inconveniente causado, mas da Teia d‘Impulsos só nos ligam a perguntar pelos números de rotas saídas. Outra falha tem a ver com o fornecedor da cerveja Sagres, marca patrocinadora do evento, que nunca por cá apareceu.” Filipa Silva considera “pouco provável” participar em 2018, deixando um conselho aos organizadores: “Para benefício de todos, façam o favor de prestar mais cuidado ao próximo Passaporte, pois no deste ano há demasiados erros. Penso que seria boa ideia proporcionarem aos participantes a possibilidade de reverem os conteúdos, para salvaguardar lapsos.”

Jantar vínico na Barca Velha O restaurante Barca Velha vai promover amanhã, 13 de outubro, a partir das 20h00, um jantar vínico com produtores do Algarve. MDS – Monte dos Salicos, Casa Santos Lima, Única – Adega Cooperativa do Algarve e Agrolares serão os produtores com diversas referências em prova durante o repasto. Este é o primeiro de vários eventos do género a ser promovido pela Barca Velha. “Nos próximos meses, vamos realizar jantares semelhantes com um ou mais produtores de vinho, para que todos possam degustar os melhores néctares da região a acompanhar a nossa gastronomia tradicional”, refere Virgílio Sequeira, proprietário do restaurante, ao Lagoa Informa.

Presença de conceituado especialista

Palestra no Auditório sobre alergias O Auditório Municipal de Lagoa vai receber no próximo sábado, 14 de outubro (15h30), a palestra ‘O meu filho tem alergia, e agora?’. A sessão, aberta ao público, contará com a participação de Pedro Morais Silva, imunoalergologista do Centro Hospitalar Universitário do Algarve. O especialista esclarecerá dúvidas de pais e cuidadores de crianças com alergias e desmistificará algumas crenças em torno do tema. Segundo dados disponíveis, estas doenças estão a aumentar em todo o mundo e manifestam-se com formas cada vez mais complexas e graves, estimando-se que entre 20 e 30 por cento da população portuguesa possa ser afetada por um ou mais problemas alérgicos, como asma, rinite, eczema, urticária e outros. PUB

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// Sociedade

DANÇA PROVA INTERNACIONAL REALIZOU-SE NO PARCHAL

A 31 de outubro

Jovens bailarinas da CAB dominaram pódio

‘Workshop’ de terapia assistida com animais

Algarve Dance Open juntou participantes de vários países. D.R.

A Classical Academy of Ballet continua a destacar-se

A

CAB - Classical Academy of Ballet, a funcionar em Lagoa, alcançou resultados de realce no Algarve Dance Open, realizado a 7 de outubro no Centro de Congressos do Arade, no Par-

chal. Participaram na competição escolas britânicas, irlandesas, espanholas e portuguesas, tendo a CAB sido a mais premiada pelo painel de jurados, composto por

Richard D’Alton (National Ballet of Cuba), Tania Matos (New York City Ballet) e Elaine Holland (Royal Academy of Dance). Todas as danças que a escola lagoense levou a concurso ganharam, obtendo um total de 19 medalhas individuais e coletivas, assim repartidas: ouro - Catarina Freitas; Lara Leal; Samanta Rusu e Beatriz Dias; prata - Ariana Rocha; Lara Leal; Ariana Rocha; Vicky Barea; Ariana Rocha; grupo contemporânea; trio clássico; dueto clássico e dueto contemporâneo; bronze - Leonor Santos; Joana Sousa; Beatriz Dias; Leonor Santos; dueto carácter e trio clássico. Três jovens bailarinas da CAB também receberam bolsas de estudo, a saber: Catarina Freitas, Samanta Rusu e Lara Leal.

A Unidade de Ação Social e Saúde da Câmara de Lagoa vai promover, a 31 de outubro (das 9h30 às 17h00), na sala polivalente do Auditório Municipal, um ‘workshop’ sobre a importância e intervenção das terapias assistidas com animais com a pessoa idosa. O objetivo da iniciativa é perceber quais os intervenientes neste tipo de terapia, objetivos e benefícios e procedimentos, assim como conhecer projetos inovadores que têm aplicado o processo a pessoas idosas. É propósito dos promotores que este ‘workshop’ seja uma mais-valia no trabalho desenvolvido junto dos seniores, atendendo a que irá permitir a aquisição ou nova integração de conceitos e procedimentos. As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas pelo email gis.lagoa@cm-lagoa.pt

Ao abrigo de protocolo com Câmara

Misericórdia de Estômbar tem nova viatura No âmbito do protocolo estabelecido entre a Câmara de Lagoa e a Santa Casa da Misericórdia de Estômbar para o ano em curso, a autarquia adquiriu recentemente uma viatura para o serviço da instituição. O veículo foi entregue numa cerimónia em que o provedor daquela Santa Casa, Vítor Santos, agradeceu todo o apoio camarário, destacando que a partir deste momento será possível uma melhor funcionalidade dos serviços na assistência permanente aos mais necessitados, em prol do combate à exclusão e à pobreza social. A viatura agora adquirida, no valor de 20 mil euros, destina-se ao transporte de pessoas em deslocações rápidas e de serviços, sendo a segunda recebida nesta fase, pois em setembro de 2014 já tinha sido entregue – também no seguimento de protocolo – um veículo comercial destinado ao transporte de mercadorias e utilizado para o apoio domiciliário que é protagonizado pela Santa Casa estombarense. PUB


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Uma nova geração de cuidados de saúde mais perto de si A new generation of health care near you ESPECIALIDADES Cardiologia Dr. Alberto Felizardo Dermatologia Dr.ª Manuela Loureiro Fisiatria e Medicina de Reabilitação Dr. Carlos Machado | Dr. Miguel Costa Dr. Rui Sales Terapia da Fala Dr.ª Tânia Francisco Psiquiatria Dr.ª Maria José Varanda Endocrinologia Dr. Jorge Portugal Medicina Dentária Dr.ª Sara Mendes Medicina Geral e Familiar Dr. João Gomes | Dr. Luis Neves Sena Dr. Nelson Santos | Dr. Ponces de Carvalho Dr.ª Maria Jesus Barradas Medicina Interna Dr. António Cabral | Dr. Vanessa Machado

Urologia Dr. Miguel Rodrigues Nutrição Dr.ª Cristina Garrocho Nutrição Desportiva Dr. Marco Pereira Oftalmologia Dr. Carlos Gião Ortopedia Dr. Rui de Sousa Otorrinolaringologia Dr. Vitor Rebelo Pediatria Dr.ª Regina Moreira Psicologia Dr.ª Sandra Diogo Imunoalergologia Dr.ª Filipa Ribeiro Psicoterapia Dr.ª Jacqueline Blanquine

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// Sociedade

ESTRATÉGIA LAGOA QUER CONJUGAR TRÂNSITO RODOVIÁRIO E CIRCULAÇÃO PEDONAL

“Plano de mobilidade é do que melhor se faz na Europa” As bicicletas vão ganhar terreno e as pessoas serão estimuladas a andar a pé, num território com enorme potencial turístico. BREVES Carros predominam Segundo os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística, Lagoa segue a tendência geral e, ao contrário do recomendado, tem aumentado a predominância do carro (de 55% em 2001 subiu para 70% em 2011) sobre o peão (de 20% em 2001 desceu para 18% em 2011) e, sobretudo, relativamente aos transportes públicos (de 18% em 2001 desceram para 10% em 2011). Tudo ao pé O estudo elaborado pela MPT sublinha que os principais serviços públicos existentes na cidade de Lagoa estão relativamente próximos entre si, podendo ser percorridos a pé entre 5 e 10 minutos. Plano envolvente O PMUS, a concretizar de forma articulada, não abrange apenas a cidade de Lagoa, mas também outros aglomerados urbanos do concelho, como Ferragudo, Alporchinhos, Estômbar, Parchal, Porches ou Carvoeiro.

Lagoa pretende conciliar a circulação pedonal com o tráfego rodoviário Texto e foto: Fernando Manuel Vieira

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oram já iniciadas várias ações decorrentes do PMUS – Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, o qual permitirá à Câmara Municipal de Lagoa delinear nos próximos anos um território pensado com liberdade de caminhar e circular em bicicleta. Isso garantirá que o serviço de transporte público sirva localidades com mais de 40 pessoas, considerando pelo menos uma ligação diária à sede de concelho. O PMUS representa, em termos de mobilidade urbana, um instrumento de trabalho maleável e bastante avançado, congregando às mais recentes ideias de planeamento em termos europeus. As propostas incluídas terão uma hierarquia de intervenção ao longo dos próximos anos, com o objetivo de criar um território que, com uma componente turística tão relevante, seja um palco de pessoas e de sociabilidade, com cada vez menos barreiras arquitetónicas. A estratégia adotada por Lagoa, e a levar a cabo na próxima década, foi recentemente divulgada pela

arquiteta Paula Teles, fundadora da MPT, empresa de planeamento e gestão da mobilidade numa perspetiva contemporânea, a quem a Câmara local encomendou o estudo. A engenheira urbanista defende o conceito de que “uma cidade só pode ser atrativa se conseguir mesclar as necessidades dos automobilistas com as necessidades de circulação pedonal e ciclística, de modo a assegurar a qualidade de vida dos seus cidadãos”. Na ocasião, identificou três problemas que se colocam a quem conduz um carro pelo concelho de Lagoa: dificuldade na circulação nas zonas centrais dos diversos aglomerados populacionais; embaraço no estacionamento em zonas marcadamente turísticas; proliferação de informação publicitária, a qual estorva não só a circulação como também a legibilidade das próprias informações contantes das centenas de placas existentes. “Por seu turno, quem pretende circular a pé dentro dos núcleos urbanos depara-se com uma realidade que se pode caracterizar por exiguidade, ocupação por viaturas estacionadas ou inexistência de passeios que permitam a circula-

ção pedonal nos locais próprios para o efeito, inclusivamente de cadeiras de rodas, carros de crianças ou simplesmente de idosos”, frisou. Também assinalou os passeios construídos “na sua esmagadora maioria em calçada portuguesa e ‘pavê’, cuja qualidade de construção em nada torna este tipo de material amigo do cidadão.” “É nossa intenção desenvolver uma política integrada de mobilidade tendo em vista harmonizar a sã convivência entre peões, automobilistas e ciclistas, ao nível do melhor que já se faz na Europa. Assim, o PMUS deverá atuar em quatro níveis: elaboração de um plano rodoviário que permita fazer a gestão do tráfego, monitorizar o estacionamento e definir a toponímica adequada à circulação existente; privilégio às vias de circulação pedonal através do seu alargamento e construção de novas vias com recurso a novos materiais; criação de corredores de segurança de acesso às escolas; execução da ligação entre todo o concelho através de vias ciciáveis”, defende a especialista como estratégia a adotar no futuro próximo para o município de Lagoa.

Disciplinar automóveis Algumas das medidas a implantar passam por acabar com a circulação rodoviária nos dois sentidos em ruas apertadas, nas quais serão instituídas vias pedonais, bem como impedir o estacionamento em cima de passeios. 10km/hora Um dos eixos prioritários será a imposição de uma velocidade automóvel máxima de 10km/hora nos centros habitacionais, ao mesmo tempo que serão descriminados positivamente os residentes, beneficiando o acesso a garagens e a passagem dos veículos de emergência. Também se defende o desenvolvimento de parques de estacionamento arborizados. Prioridade às bicicletas Será criada uma rede ciclável, através de percursos considerados estruturantes entre localidades e que possam entroncar na Ecovia do Algarve, estando igualmente prevista a expansão da atual rede de bicicletas públicas partilhadas. Obras em infraestruturas Este plano não vinculativo consagra a melhoria das infraestruturas ferroviárias de apoio nas estações/apeadeiros de Estômbar e Ferragudo-Parchal, cujo estado de degradação é muito acentuado, assim como do terminal rodoviário de Lagoa. Zonas de coexistência Depois da intervenção de fundo na Rua Coronel Figueiredo, outros espaços públicos serão requalificados, em nome da coexistência humanizada entre pessoas e transportes individuais. Sensibilização geral Para que os lagoenses melhor interiorizem os projetos previstos para o futuro próximo, serão levadas a cabo diversas campanhas de sensibilização, sobretudo junto da comunidade escolar, reforçadas com a edição de mapas e roteiros temáticos.


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// Reportagem

AUTÁRQUICAS 2017 TRIUNFO EM TODOS OS ÓRGÃOS DE PODER LOCAL

PS alcança vitória histórica KÁTIA VIOLA

CÂMARA MUNICIPAL PS: 61% (5655 votos) 5 vereadores

PSD: 23,45% (2174 votos) 2 vereadores

BLOCO DE ESQUERDA: 4,96% (460 votos)

CDU: 4,08% (378 votos) AMAR LAGOA (CDS-PP/PPM/MPT):

2,56% (237 votos) • ABSTENÇÃO: 50,67% • VOTOS NULOS: 153 (1,65%) • VOTOS EM BRANCO: 213 (2,30%)

Socialistas elegem pela primeira vez na sua história cinco vereadores na Câmara. Apenas o PSD de Jacinto Correia tinha conseguido esse feito. O Lagoa Informa mostra-lhe as reações dos candidatos, não tendo sido possível ouvir, em tempo útil, o cabeça-de-lista da CDU. Rui

Pires Santos

F

oi com alguma surpresa que o PS Lagoa alcançou uma vitória esmagadora no sufrágio do passado dia 1 de outubro, com Francisco Martins a somar 61 por cento dos votos na eleição à Câmara. Uma maioria absoluta expressiva, que aumenta a força dos socialistas no concelho. Além do triunfo na ‘corrida’ à autarquia, o PS reforçou a votação na Assembleia Municipal e nas Uniões e Juntas de Freguesia, onde se manteve no poder.

Feitas as contas, o partido venceu em todas as freguesias e arrecadou um total de 5.655 votos (61%). O PSD não foi além dos 2.174 votos (23,45%), enquanto o Bloco de Esquerda somou 460 votos (4,96%), passando para terceira força política do concelho, ao ultrapassar a CDU, que obteve 378 votos (4,08%). Na última posição ficou a coligação Amar Lagoa (CDS/PPM/MPT), com 237 votos (2,56%). A abstenção ultrapassou os 50 por cento. Do universo eleitoral de 18.793 pessoas, foram vo-

tar 9.270 (49,33%).

Cinco vereadores Nesta eleição, o PS e Francisco Martins fizeram história. Pela primeira vez o partido elegeu cinco vereadores, o que desde o 25 de abril apenas tinha acontecido uma vez, quando Jacinto Correia, na década de 90 pelo PSD, alcançou também uma vitória retumbante.

era na ‘corrida’ à União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro. Rui Correia, histórico do PSD e exvice presidente da Câmara, era aposta forte dos sociais-democratas para bater o PS. Contudo, mesmo nesta eleição, o socialista Joaquim João venceu com grande margem, somando 60,72% dos votos, contra 25,09% de Rui Correia.

BE sobe UF Lagoa/Carvoeiro ‘rosa’ Um dos órgãos autárquicos onde se previa uma luta mais renhida

O Bloco de Esquerda tinha algumas expetativas para este sufrágio e a eleição de um vereador era um

dos objetivos. Este desejo não se concretizou, mas ainda assim os bloquistas subiram a votação em relação às últimas Autárquicas e passaram a terceira força política do concelho, ultrapassando a CDU. A coligação PCP/Os Verdes foi penalizada pela tendência nacional e viu baixar o número de votos. Por fim, a coligação CDS-PP, MPT e PPM (‘Vamos Amar Lagoa’) não conseguiu chegar aos resultados desejados, mas manteve-se na casa dos 230 votos, números habituais dos centristas noutras eleições.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

UNIÃO DAS FREGUESIAS DE LAGOA E CARVOEIRO

UNIÃO DAS FREGUESIAS DE ESTÔMBAR E PARCHAL

JUNTA DE FREGUESIA DE FERRAGUDO

JUNTA DE FREGUESIA DE PORCHES

PS: 57,86% (5.364 votos)

PS: 60,72% (2.422 votos)

PS: 59,27% (2.132 votos)

PS: 67,64% (625 votos)

PS: 62,63% (476 votos)

PSD: 24,05% (2.229 votos)

PSD: 25,09% (1.033 votos)

PSD: 22,55% (811 votos)

PSD: 14,83% (137 votos)

PSD: 25,39% (193 votos)

BLOCO ESQUERDA:

CDU: 3,46% (138 votos)

BLOCO ESQUERDA:

BLOCO ESQUERDA:

CDU: 2,76% (21 votos)

7,01% (252 votos)

6,06% (56 votos)

CDU: 4,92% (177 votos)

CDU: 4,55% (42 votos)

6,44% (597 votos)

CDU: 4,98% (462 votos)

BLOCO ESQUERDA: 3,33% (133 votos)

AMAR LAGOA (CDS-PP/PPM/MPT): 2,63% (20 votos)

AMAR LAGOA (CDS-PP/PPM/MPT):

AMAR LAGOA (CDS-PP/PPM/MPT):

AMAR LAGOA (CDS-PP/PPM/MPT):

AMAR LAGOA (CDS-PP/PPM/MPT):

BLOCO ESQUERDA:

2,78% (258 votos)

2,91% (116 votos)

2,36% (85 votos)

1,73% (16 votos)

2,50% (19 votos)


QUINTA-FEIRA, 12.10.2017

Reportagem //

9 KÁTIA VIOLA

FRANCISCO MARTINS SATISFEITO COM REELEIÇÃO

“É a maior vitória de sempre” Na noite eleitoral, muito cedo se começou a vislumbrar a vitória ‘rosa’. Logo pelas 20h00, o ambiente de confiança na sede do PS deu lugar à alegria. A contagem das primeiras mesas de voto indiciava uma vantagem significativa dos socialistas. Estavam presentes já algumas dezenas de pessoas, enquanto Francisco Martins se encontrava noutro local, com os seus elementos mais próximos à espera de resultados concretos. A chegada à sede foi em alta e a alegria grande. Muitos sorrisos e cumprimentos. A vitória era inédita. Nunca o PS tinha conquistado em Lagoa uma vitória tão expressiva, nem elegido cinco vereadores. Pelas 22h30, a festa passou para

a ‘Rua do Mercado? e com muita música e animação fez-se a festa. No meio da euforia, Francisco Martins subiu a um banco e fez um breve discurso. “Lagoa disse que não queria a maledicência, que quer uma Lagoa moderna. Hoje é uma noite de festa, pois estivemos mais perto de eleger o sexto vereador do que o PSD de conseguir o terceiro. Os lagoenses deram-me uma grande alegria, mas também uma grande responsabilidade. É um enorme voto de confiança e espero ser digno desse voto”, referiu. Já depois de ter cumprimentado todos os presentes, o autarca falou ao Lagoa Informa e analisou os resultados. “Foi uma vitória esmagadora! Já na apresentação da

candidatura tinha dito que queria uma vitória expressiva, pois necessitava de saber se o rumo que estávamos a dar ao concelho era aquele que os lagoenses queriam. E eles disseram que sim. A vaidade do resultado passou na primeira meia hora e com este resultado analisado mais a frio, a nossa responsabilidade aumenta.” “Ganhámos em todas as frentes, foi a maior vitória de sempre de um partido em Lagoa, foi a primeira vez que o PS colocou um quinto vereador na Câmara, enquanto na Assembleia Municipal elegemos 14 deputados diretos, mais as quatro juntas de freguesias: 18 num total de 25. É um resultado fantástico”, congratulou-se.

A festa da noite eleitoral foi grande junto ao Mercado Municipal Sobre o futuro, Francisco Martins referiu que vai dar continuidade ao projeto de mudança que iniciou em 2013 e concretizar os projetos que já estão feitos e os que foram apresentados e passarão para a prática, prometendo estar mais vezes no terreno. “Senti nestes

quatro anos que fazia falta eu estar na rua, mas tinha muito trabalho de preparação de projetos e planeamento. Isso está praticamente tudo feito e vou estar mais na rua, a ver com os meus olhos, contactando com as pessoas”, garantiu. – Rui Pires Santos

JOSÉ INÁCIO DESAPONTADO COM RESULTADOS ELEITORAIS

“A nossa capacidade de intervenção fica muito reduzida” EDUARDO JACINTO

O desalento era o sentimento entre os sociais-democratas Entre semblantes carregados em plena noite eleitoral na sede de campanha do PSD. José Inácio Marques, candidato à presidência da Câmara Municipal, deixou entender que poderá não cumprir a totalidade do novo mandato como vereador da oposição para o qual foi eleito.

“O Partido Socialista ganhou para todos os órgãos autárquicos do concelho de Lagoa por uma vitória bastante expressiva. Esperava que o resultado fosse mais equilibrado, mas não é, as coisas são como são e não vale a pena desdizer isto ou aquilo. As pessoas decidiram e respeitamos. A nossa capacidade de

intervenção nos órgãos municipais e nas freguesias é extremamente reduzida”, lamentou à nossa reportagem José Inácio. Sobre o reflexo da atuação do líder ‘laranja’, Passos Coelho, na derrota do partido nas autarquias do país, José Inácio reconheceu que tal “demonstra que ao eleitorado não agrada o discurso do PSD em termos nacionais”. Mas, apressou-se a sublinhar: “Não vale a pena desculpar-nos com isso. Isto revela que em Lagoa o eleitorado também não aceitou o nosso programa, que é muito claro. Espero até que muitas das coisas que defendemos o PS execute, porque foram maduramente pensadas.” Sobre o seu futuro político, José Inácio limitou-se a garantir que vai “assumir o mandato”. “Se irei até ao fim, não sei. Não me considero um cavalo de corrida. Não posso

dizer se cumprirei os quatro anos. O nosso espaço é muito reduzido. Já não conseguíamos influenciar políticas na Câmara Municipal de Lagoa e agora com esta expressão ainda menos, pelo que as pessoas não poderão esperar muito de nós porque não nos deram força. É frustrante, depois de o PSD ter deixado obra feita no concelho”, acrescentou.

Rui Correia deixa Concelhia No exterior da sede de campanha, Rui Correia felicitou, pelas 21h20 por telemóvel, Joaquim João (PS), presidente reeleito da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro. Pouco depois, reagiu aos resultados. “Democraticamente tenho de aceitar. À primeira vista, o povo está satisfeito, ou muito satisfeito, com o desempenho que tem tido este executivo do PS.”

A derrota na União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, onde até existia alguma expectativa devido ao facto de ser filho do malogrado presidente da Câmara Municipal, Jacinto Correia, acabou por “acompanhar o mesmo resultado da Câmara e da Assembleia Municipal. O Rui Correia é o Rui Correia”, notou, referindo ter sido apresentado “um bom projeto à população”. “Vou com certeza cumprir o meu mandato, nunca virarei as costas à minha freguesia”, assegurou. Já sobre a sua eventual demissão como presidente da Concelhia do PSD, Rui Correia acabou por reconhecer: “É evidente que, com este resultado, só tenho de perceber que o desempenho da Concelhia provavelmente não foi o mais correto. E o mais provável é que tenha de apresentar a minha demissão.” – José Manuel Oliveira PUB


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// Reportagem

JORGE RAMOS CONTAVA COM MAIOR VOTAÇÃO

OS ELEITOS

“Esperava melhor resultado” O candidato do Bloco de Esquerda (BE), Jorge Ramos, mostrou-se algo desapontado com o resultado da noite eleitoral. “Confesso que estou desiludido, pois esperava um melhor resultado, mantendo no mínimo os eleitos em 2013. Sobre a vitória estrondosa do PS nas Câmara e nas Freguesias, talvez se fique a dever às obras feitas neste último ano de mandato. Quem sai grandemente derrotado é o PSD.

Da nossa parte, fizemos o que estava ao nosso alcance com os recursos humanos disponíveis. Agradeço a quem depositou confiança nesta equipa e no nosso programa para o desenvolvimento do concelho, que estava muito baseado na vertente social e na reabilitação urbana, defendendo um projeto de recuperação de casas devolutas, para que a autarquia as alugue a custos reduzidos”, afirmou.

“Vamos continuar a trabalhar nesta, como noutras ideias, e não baixaremos os braços nem abandonaremos as nossas linhas programáticas. Aproveito a ocasião para dar os parabéns aos vencedores e cá estaremos para acompanhar com toda a atenção a vida autárquica, nomeadamente na Câmara, Assembleia Municipal e nas Juntas e Uniões de Freguesia”, concluiu o político. – Fernando Manuel Vieira

ONDINA SANTOS FAZ BALANÇO POSITIVO

“Sinto-me uma ganhadora” Ondina Santos, que liderou a coligação Amar Lagoa (CDS-PP, MPT e PPM), afirmou-se satisfeita, apesar dos modestos resultados obtidos. “Faço um balanço muito positivo desta minha experiência. Para quem julgava que só tinha ideias sonhadoras, todas as pessoas que se juntaram de corpo e alma a este projeto fizeram-me sentir que, afinal, esses planos são muito vá-

lidos.” No fim de todo este processo sinto-me uma ganhadora. As pessoas continuam desmotivadas e desencantadas com a política, mas acredito que há uma perspetiva diferente de fazer as coisas. Não quero prometer nada a ninguém, mas sim levar os munícipes a pensar no que deverão fazer para serem mais felizes”, referiu.

“Acredito profundamente que esta coligação tem tudo para continuar e há gente com vontade. Só existe uma forma de as pessoas acreditarem neste movimento - é sermos exemplos. Quanto aos resultados destas Autárquicas, o PSD não trabalhou à altura dos seus pergaminhos nem soube reconquistar a confiança dos eleitores”, finalizou. – Fernando Manuel Vieira

CÂMARA DE LAGOA PS (5): Francisco Martins, Luís Encarnação, Anabela Simão, Nuno Amorim e Jorge Pardal; PSD (2): José Inácio e Mário Vieira. ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LAGOA PS (14): Águas da Cruz, Alves Pinto, Fátima Lopes, Pedro Lobato, Luís Alberto, Licínia Lourenço, Carlos Ramos, Joaquim Adão, Elsa Mendes, Vítor Sobral, Luís Ribeiro, Sofia Espada, Carlos Alvo e António Nobre; PSD (5): Joaquim Cabrita, Ana Rita Jesus, Luís Vieira Dias, João Rocha e Telma Viana; BLOCO DE ESQUERDA (1): Andreia Pais; CDU (1): Victor Carapinha. ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE LAGOA/CARVOEIRO PS (9): Joaquim João, Ruben Palma, Aline Contente, Sílvia Sequeira, Carlos Gordinho, Tânia Neto, José Fernandes, João Nunes e Lina Cabrita; PSD (4): Rui Correia, Álvaro Henrique, Ana Rita Marreiros

e José Ilídio. ASSEMBLEIA DA UNIÃO DE FREGUESIAS DE ESTÔMBAR E PARCHAL PS (9): Joaquim Varela, Maria de Fátima Lopes, Mário Jorge Ferreira, José Rego, Paula Leandro, Joaquim Adão, Daniel Caetano, Júlia Monteiro e Carlos Alberto Lopes; PSD (3): Susana Miguel, Carlos Lopes e José Armando; BLOCO DE ESQUERDA (1): José Teixeira Antunes. ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE FERRAGUDO PS (8): Luís Veríssimo, Carlos Alvo, Sónia Silva, Nélson Cintra, Susana Fachadas, Miguel Oliveira, Cácia Freitas e Jorge Reis; PSD (1): Ana Almeida. ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE PORCHES PS (7): Luís Bentes, Casimiro Gabriel, Maria Inês Correia, Mário Lopes, Elsa Mendes, João Reis e Maria Reis; PSD (2): João Santos e Anabela Nogueira.

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Economia //

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NEGÓCIOS EMPRESA DE LAGOA VAI EXPANDIR-SE PARA ÉVORA

Magilarmes planeia reforçar presença no Baixo Alentejo Com sede no Calvário e uma carteira de quatro mil clientes, criação de sucursal alentejana é o próximo passo. Texto

e foto: Fernando Manuel Vieira

A

empresa Magilarmes foi criada em 2008 no Calvário, especializando-se na segurança contra incêndios em edifícios, nomeadamente com a manutenção de extintores, revisões, recargas, equipamentos de primeira intervenção e de deteção e alerta. Com uma carteira de clientes que se aproxima das quatro mil fichas, tanto de todo o Algarve como de parte do Baixo Alentejo, prepara-se para abrir uma delegação em Évora. Segundo o fundador e administrador, Diamantino Varela, “felizmente temos tido um crescimento seguro e constante, ao ponto de aumentarmos este ano o capital social para 30 mil euros”. As uni-

“A Magilarmes gera economia local, cria postos de trabalho e é aqui que paga os impostos.” dades hoteleiras, as empresas de condomínio, os estabelecimentos de restauração e as oficinas constituem uma importante fatia da clientela, assim como os estrageiros residentes na zona. “Somos solicitados regularmente por várias autarquias da região, salvo a Câmara de Lagoa, que prefere recorrer aos serviços e equipamentos de uma empresa nortenha, embora existam no concelho a Magilarmes e outra firma. Estamos devidamente acreditados nos organismos máximos que regem esta atividade, como são a ANPC - Autoridade Nacional de Proteção Civil, onde temos o certificado nº 9, e o SIGSP - Sistema Integrado de Gestão de Segurança Privada, com a certidão nº 176”,

Equipa coesa A designação Magilarmes nasceu do nome dos dois filhos do mentor da empresa, Martim e Guilherme Varela, este último atual diretor técnico de uma equipa composta por Fernando Nunes e Jorge João. Diamantino Varela é gerente e técnico responsável, sendo secretariado por Isadora Neves, diretora financeira e administrativa.

As atuais instalações da Magilarmes ficam localizadas no Calvário observa o empresário.

Disciplina e dedicação “A Magilarmes gera economia local, cria postos de trabalho para pessoas da terra, é aqui que paga os seus impostos e vem cimentando a sua posição com base na disciplina, no rigor, na transparência, na dedicação e no espírito de sacrifício”, realça Diamantino Varela, nascido e criado na vila de Ferragudo e cuja experiência profissional na área da segurança remonta a 2000. Como reflexo da boa aceitação no mercado, a empresa pretende em breve mudar a sede social para o concelho vizinho de Portimão,

mantendo as instalações no Calvárío como oficina e armazém. Ambicioso, Diamantino Varela prevê abrir em 2018 uma delegação em Évora, visando o Baixo Alentejo, para o que estima contratar mais quatro profissionais. ”É graças a uma pequena mas coesa equipa que o projeto vem singrando, lenta mas seguramente. Sem estes colaboradores não teria sido possível chegarmos até aqui e por isso não quero deixar de endereçar uma palavra de gratidão a todos eles, especialmente ao economista Luís Saraiva, cuja ajuda graciosa tem sido muito útil”, destaca o responsável.

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Patrocínio desportivo Durante a época desportiva que agora começou, a Magilarmes patrocina a equipa sénior da Associação Recreativa, Desportiva e Cultural Mentes do Desporto, a militar no Campeonato Distrital da 2ª Divisão da Associação de Futebol do Algarve, que vai ostentar nas suas camisas o logótipo da empresa. Para o efeito foram oferecidas à jovem coletividade, sediada no Parchal, três dezenas de equipamentos completos.

LAGOA Rua Francisco Sá Carneiro, lt. E, lj. A (Junto à Hellydoce)


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// Cultura

TRADIÇÃO GRUPO DE CANTARES DO PARCHAL ENSAIA ÀS TERÇAS-FEIRAS

“Música tradicional portuguesa voltará a estar na moda como o fado” Banda leva cultura popular a vários pontos do país e ao estrangeiro. Atualmente faltam espetáculos para poder atuar mais vezes. Intérpretes atribuem situação ao facto de não terem empresário. FOTOS: EDUARDO JACINTO

Segundo disco

São sete os atuais elementos que integram o grupo

José Manuel Oliveira

O

Grupo de Cantares do Parchal surgiu como associação do concelho de Lagoa em 1994, sete anos depois de três dezenas de pessoas começarem a cantar as janeiras de porta em porta e mais tarde nas sedes das coletividades. Hoje, após o recente falecimento de Alberto Boto, um dos seus fundadores, o grupo é constituído por sete elementos, cada um com a sua atividade profissional: José Cereja Águas, professor de música, que toca guitarra clássica, viola e cavaquinho; Daniel Duarte,

(ferrinhos, acordeão e cavaquinho), vendedor numa empresa comercial; Aniceto Nunes, arquiteto (acordeão e harmónica); Artur Conceição, (acordeão), motorista; Bruno Mateus, (viola baixo e viola), diretor informático numa empresa de turismo; Lourenço Silva, (viola), taxista; e João da Glória, (‘reformado’) (flauta transversal), músico numa banda de jazz, tendo já integrado a Filarmónica Lacobrigense 1º. de Maio. “Somos um grupo de amigos, cada um com conhecimentos musicais diversos que ao longo de muitos anos se junta uma vez por semana para ensaiar. Temos en-

Assistência satisfeita “Público a vibrar é o que não falta nas atuações”, segundo elementos do Grupo de Cantares do Parchal. José Cereja Águas dá exemplos: “Participámos num espetáculo à noite em Loulé junto ao Tribunal, onde estariam mais de quatro mil pessoas a assistir. Fizemos três ‘encores’ no final. Três! Cinco estrelas. Fomos o único grupo que tocou nessa noite. Fabuloso. Recentemente, nas festas do Parchal atuámos no exterior do Centro de Congressos do Arade, e também estava repleto de gente a ver e a cantar os refrões das músicas.”

“Não é o dinheiro que nos faz ir à FATACIL ou tocar para a autarquia, pois quando precisa estamos presentes.” saios à noite, quem puder vir, vem, quem não puder, não vem”, começa por referir ao nosso jornal José Cereja Águas, na sede situada na cave do edifício da Junta de Freguesia do Parchal, em instalações cedidas pela Câmara Municipal de Lagoa. “Ao longo dos anos, o Grupo de Cantares do Parchal tem sido convidado pela autarquia para diversas atuações em vários locais do concelho, o caso da FATACIL, que é uma montra de várias culturas e espetáculos. Foi diferente nos últimos quatro anos, pois não temos tocado na feira, porque acabaram com o palco que se situava na área da restauração por onde passavam os grupos lagoenses ligados à cultura, música, dança, canto, entre outras atividades. Como o palco desapareceu, os grupos deste con-

celho não aparecem lá para atuar. Quem tem aparecido ultimamente nesta feira são ranchos folclóricos e grupos de animação para desfiles no recinto. Não nos sentimos rejeitados, a política é que passou a ser outra”, refere. Apesar das críticas, entende que “a música tradicional não é rejeitada, depende, isso sim, das oportunidades e da forma como se apresentam as coisas. Agora, voltou a estar em moda o fado e toda a gente toca e canta fado. Se amanhã estiver novamente em moda a música tradicional portuguesa, toda a gente a tocará e cantará. Acredito que isso acontecerá. As pessoas começam a ir às raízes e a ver as coisas de outra forma e chegarão lá”, salienta. E o que é necessário para tal? “As rádios têm de passar mais mú-

A gravação do segundo disco é um dos principais projetos do Grupo de Cantares do Parchal, o que até poderá acontecer durante o ano de 2018. “Foi uma ideia que começámos a falar para ir pensando e amadurecendo. Já temos um disco gravado desde 2005 e as coisas de então para cá estão diferentes, há outras músicas. O próximo disco não ficará muito longe deste ao nível do número de músicas, com um total de quinze. Contudo, ainda nada existe em concreto. Gostaríamos de tê-lo em 2018”, diz ao Lagoa Informa Daniel Duarte. A ajuda financeira para concretizar este projeto provavelmente demorará mais tempo a conseguir do que termos as músicas em ação.” José Cereja Águas reforça: “Para o novo disco necessitamos de apoio económico, tal como aconteceu no primeiro. Com distribuição própria poderá custar dois, três mil euros, sem contar com a produção em estúdio.”

sica portuguesa. Depende dos programas, dos seus promotores e de uma série de fatores”, considera. Por outro lado, José Cereja Águas lembra a existência de um protocolo com a Câmara Municipal, “em que não é propriamente a questão financeira que está em causa”, nota. “Não, não é o dinheiro que nos faz ir à FATACIL ou tocar para a autarquia, pois quando esta precisa de nós, estamos presentes”, garante, prosseguindo: “Perguntame se os empresários dominam os espetáculos, essa é outra história. Como não temos empresário, talvez seja por isso que andamos assim...”. “Para a música tradicional portuguesa voltar a estar na moda como o fado, depende da cabeça pessoas e não propriamente da ação de um empresário. Hoje é


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Cultura //

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Ensino de música

Músicos apontam o dedo a empresários que dominam os espetáculos uma coisa, amanhã outra. Há anos, o acordeão estava quase parado, mas depois surgiu, outra vez, uma renovação com conjuntos a tocá-los nos bailes”, afirma Aniceto Duarte. O reportório do Grupo de Cantares do Parchal é constituído por recolhas efetuadas ao longo dos tempos e algumas composi-

portuguesa, embora também admire o jazz. “Estou neste grupo há cerca de cinco anos e é com orgulho que visto a camisola. Já me conheciam e convidaram-me num espírito de camaradagem e convívio, dizendo: ‘Vem cá, pá, come-se aqui um petisco, faz-se um ensaio, vais ver e

A missão do grupo “é promover a música tradicional e o bom espírito entre os colegas. Estamos sempre recetivos a elementos que aparecem.” ções próprias. E, afinal, os grupos musicais do concelho de Lagoa são bem ou mal aproveitados? “Há uns que, se calhar, tiram mais proveito de determinadas situações, ao contrário do que sucede com o nosso. Porquê? Depende sempre da disponibilidade de cada elemento do grupo. Se formos convidados para um espetáculo ao qual possamos ir todos, nós vamos. Caso contrário, não podemos ir com o grupo ‘partido’ porque a atuação não presta. Basta-nos faltar dois elementos para isso acontecer. Não faz sentido”, reconhece José Cereja Águas.

Atuações no estrangeiro Entre as atuações da banda do Parchal, destacam-se algumas no norte de Portugal, no sul de Espanha e na Bélgica, neste caso a convite do então eurodeputado Joaquim Piscarreta, antigo presidente da Câmara de Lagoa. Aniceto Nunes começou “desde pequeno” a tocar acordeão nos grupos etnográficos e confessa o seu gosto pela música tradicional

gostar.’ Como há algum tempo estava parado, é claro que para mim foi extraordinário. Das histórias que se conhecem de outras bandas e conflitos pessoais, aqui raramente se ouve falar numa situação desse tipo”, observa. A missão do grupo “é promover a música tradicional e o bom espírito entre os colegas. Estamos sempre recetivos a elementos que aparecem, veem e experimentam.” Nos espetáculos, o público é variado, dependendo do local. “Quando vamos animar um centro de apoio a idosos, é claro que são pessoas com idade mais avançada. De resto, é conforme a atuação. Sinto que desde o mais novinho até ao mais idoso, pelo menos no Parchal toda a gente conhece o nosso grupo e os elementos que o compõem, embora uns residam mais longe e outros mais perto. A faixa etária é grande e também o interesse pela música tradicional portuguesa tem crescido. Já não é considerado algo velho, ultrapassado no tempo.” “As condições da sede, onde

Sobre o ensino da música nas escolas, José Cereja Águas entende que o sucesso “depende dos alunos e dos professores”. “Se um aluno tiver motivação para estudar, mas o professor não tiver motivação para dar aulas, as coisas irão correr muito mal. Caso contrário, poderá haver qualidade”, comenta. E aproveita para lançar avisos: “o problema é os preços, aquilo que se paga para estudar música. Depois, é o tempo. Nada se consegue em segundos. É preciso muito tempo para aprender a tocar um instrumento. Não é um ‘click’. Toco música desde os 24 anos e acho que nunca vou saber tudo, a música é como a vida, é uma aprendizagem constante.

decorrem os ensaios, “são boas até de renovação do ar e de salubridade”, assegura Aniceto Nunes. “E como estamos isolados à noite neste edifício, temos a liberdade para ‘fazer o nosso barulho’. Não necessitamos de mais área do que esta porque também somos poucos. Honramos a nossa ligação à Câmara Municipal de Lagoa que nos oferece estas condições”, conta. Acerca da possibilidade de atrair mais músicos, José Cereja Águas considera que “isso é relativo”, pois “se já não há espetáculos para os sete elementos deste grupo, então mais difícil será para dez ou doze.” E depois, insiste, “depende da disponibilidade de cada um para os espetáculos, uma vez que todos têm as suas profissões. A parte monetária não importa aqui muito.” E continua: “Conta só porque precisamos de material de som e outras coisas. Os instrumentos são pessoais, cada um tem os seus e investe neles, tentando adaptar-se ao que toca o grupo. É assim que isto funciona.” Os custos das deslocações, segundo Daniel Duarte, “são muitas vezes suportados pelos elementos da banda”. “Nas deslocações mais longe, utilizámos as nossas viaturas e pagámos o combustível. Nas saídas para zonas mais distantes do país faz sentido pedirmos ajuda à autarquia”, nota. José Cereja Águas defende que “não faz sentido ter uma viatura em nome do grupo à porta da sede, a pagar seguro, selo e outros encargos, para circular nela de vez em quando. Justifica-se, sim, é ter os apoios na hora certa.”

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// Desporto

CANOAGEM PROVA DE 12 QUILÓMETROS NO DOMINGO

20 anos a subir o Arade Kayak Clube Castores do Arade e Associação dos Amigos da Mexilhoeira da Carregação representam Lagoa.

João Reis . Professor

OPINIÃO

TURISMO E ALGARVE (II) D.R.

A abordagem à matéria em título é, simultaneamente, fácil e complexa - fácil, porque tem muitas vias por onde escolher; complexa, porque não se sabe, facilmente, qual dessas vias deverá ser a prioritária ou quais os critérios que devem prevalecer na opção. Vou, assim, tentar a via que tem a ver com o “social e o património”, convidando o Leitor a acompanhar-me neste pequeno exercício de imaginação (não de ficção, mas quase de História). “Fins dos anos sessenta! O Francisco Qualquer-Coisa vivia na sua quinta, a uns 3 Km duma praia. Como ele, os seus dois irmãos, também haviam herdado, cada um, meia-dúzia de hectares do que, em conjunto, tinha sido a grande propriedade de seus pais. Aquelas hortas, com capoeiras, coelheiras e pocilgas eram a sua subsistência, que era acompanhada da venda de alguns dos seus produtos no mercado local. Dinheiro, muito pouco; interesses, também não; em ambições, nem pensavam. Um dia, apareceu na horta do irmão mais novo, o José, um senhor “de fora” interessado em comprar-lhe a quinta.

São esperadas largas dezenas de canoístas

É

já no próximo domingo, 15 de outubro, que se realiza a 20ª Subida Internacional do Rio Arade em canoagem, a qual contará com a participação do Kayak Clube Castores do Arade e da Associação dos Amigos para o Desenvolvimento da Mexilhoeira da Carregação, os dois clubes mais medalhados do Algarve na modalidade, ambos sediados no concelho de Lagoa. Alguns canoístas espanhóis,

sobretudo da vizinha Andaluzia, são esperados na prova, como vem sendo tradição. O tiro de partida para os participantes na vertente de turismo náutico terá lugar por volta das 10h00 junto ao Clube Naval de Portimão, seguindo-se às 11h30 o arranque da competição destinada a clubes e associações, num trajeto de 12 km que terminará na cidade de Silves. Seguir-se-á a cerimónia oficial da entrega de prémios aos

três primeiros classificados de cada categoria, aos cinco primeiros clubes e à coletividade com maior número de atletas em presença. Esta importante prova do calendário ibérico representa uma parceria entre o Clube Naval de Portimão e as Câmaras Municipais de Lagoa, Portimão e Silves, com os apoioa da Federação Portuguesa de Canoagem e da Associação Regional de Canoagem do Algarve, entre outras entidades.

No torneio de Arganda del Rey

Patinadores do GD Lagoa entre os melhores Os patinadores de velocidade do Grupo Desportivo de Lagoa obtiveram várias medalhas e um conjunto de excelentes classificações do Torneio International de Arganda del Rey (Espanha), realizado no penúltimo fim-de-semana de setembro, onde oito patinadores competiram com atletas de mais de duas dezenas de clubes de toda a Espanha, num universo de 450 participantes. Destaque para Manuel Martins

(15 anos, cadetes), que conquistou a medalha de bronze no torneio, após um excelente 2° lugar na prova de 2000m pontos, 3° nos 5000m pontos e 4° lugar nos 2000m linha. Um pódio na prova coletiva de Estafeta Americana (3000m) conseguiu João Simões (21, sénior), em conjunto com dois atletas do clube espanhol Ciudad del Turia, tendo finalizado em 3° lugar. Leonardo Bonelli (17 anos, júnior) acabou o torneio em 7° lugar, e

no conjunto dos atletas femininos Beatriz Santos (14, cadete) registou um 11° lugar e Carolina de Lagos (15, cadete) foi 14ª classificada. No escalão com mais participantes, e contra 58 patinadoras, a iniciada Bibiana Silva (12 anos) terminou em 19° lugar e Maria Martins (13) foi 39ª. O clube lagoense vai agora participar no Campeonato Nacional Individual de Estrada, neste fim-de-semana na Marinha Grande.

Entre a Praia Grande e a Sr.ª da Rocha

Nacional de Canoagem de Mar no concelho Terá início às 15h00 deste sábado, 14 de outubro, a etapa do Campeonato Nacional de Canoagem de Mar 2017 que ligará a Praia Grande, em Ferragudo, à Sr.ª da Rocha, na dis-

tância de 14 Km. A prova integra o calendário desportivo Praias de Lagoa Downwind – Algarve e conta com organização da Câmara Municipal de Lagoa, em conjunto com

a Associação Regional e Canoagem do Algarve e Kayak Clube Castores do Arade, entre outros, sob a égide da Federação Portuguesa de Canoagem.

A primeira resposta foi um “redondo não”; aquilo era a sua vida, a sua casa, a sua família, a sua lembrança dos pais. O dilema que lhe surgiu levou-o a aconselhar-se com o mano mais velho. Não entendendo destes negócios, a ajuda não foi grande; mas o dinheiro oferecido era, de facto, tentador. Negociações feitas, discutido um melhor preço, o José vendeu. E, tal como este, os outros irmãos também foram sendo assediados e, com os argumentos que o dinheiro sempre traz, também acabaram vendendo. Aliás, como outros vizinhos, naqueles arredores. Todos acharam que tinham feito bons negócios e, agora, já não eram camponeses… Cerca de um ano depois, a saudade, a vontade de rever “as suas terras” e a curiosidade levou-os lá; em vez das suas quintas, depararam com lindas vivendas com jardins e piscinas, algumas com campos de ténis, bem ligadas por bons arruamentos, e, lá mais para o lado das praias, um enorme hotel, de vários pisos, com luxuoso aspecto. Também, ao longe, bem junto à praia, dava para avistar altos prédios, que seriam de apartamentos. Tão diferente… Outros terrenos, que ainda restavam por aquelas bandas, e que antes tinham produzido vinha, figos, hortícolas, amêndoas e algum gado, produziam, agora, placas que, em várias línguas, anunciavam VENDE-SE. Gentes de modesta instrução, não lhes ocorreu que aqueles terrenos, com nítida aptidão agrícola, poderiam, modernizando processos, tornar-se mais produtivos, mais rentáveis e mais duradoiros. Mas não houve um qualquer Departamento ou Serviço oficial que, com Técnicos Agrícolas, aconselhasse aqueles pequenos proprietários nesse sentido, ou nas possíveis vantagens do emparcelamento, por exemplo. Em resumo – NÃO HOUVE, nem antes, nem depois do “25”, qualquer POLÍTICA (central, regional ou local) que perspectivasse e planeasse o Algarve, como região de várias e aproveitáveis potencialidades, capaz de distinguir os terrenos com aptidão agrícola dos que, pelas suas características, fossem passíveis de ser urbanizados respondendo - aí sim - à demanda do sector turístico que, à época, começava a afirmar-se com pujança.

(Continua na próxima edição)

Este artigo está escrito de acordo com a antiga grafia.


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Diversos //

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Marque na sua agenda…

D.R.

13 OUTUBRO – 21H30 Orquestra de Jazz do Algarve & Viktorija Pilatovic Auditório Municipal de Lagoa 14 OUTUBRO – 15H00 Campeonato Nacional de Canoagem de Mar Praia Grande – Sra. da Rocha

Raia de alhada (Receita para quatro pessoas) INGREDIENTES • 600 gr de raia • 5 dentes de alho • 3 colheres de azeite • 1 colher de vinagre • 4 batatas • sal (grosso) • salsa ou coentros

15 OUTUBRO – 17H00 Festival de Guitarra de Lagoa Manuel Toucinho | Ricardo Silva Auditório Municipal de Lagoa 20 OUTUBRO – 21H30 Concerto Dell’Aquca Auditório Municipal de Lagoa

PREPARAÇÃO 1. Lave muito bem a raia em água corrente e deixe ficar de sal durante pelo menos duas horas. 2. Ponha um tacho com água ao lume com a raia e as batatas, Quando abrir fervura, deixe ficar por 5 minutos. 3. Prepare o molho à parte num recipiente com alhos esmagados ou cortados em bocados, azeite, vinagre, salsa ou coentros (depende do gosto). Junte 3 colheres de água quente da cozedura. 4. Quando passar os 5 minutos de fervura, escorra a água do tacho e adicione o molho que preparou. 5. Leve novamente ao lume por mais 5 minutos. 6. Deve ser servido logo de seguida, para não arrefecer.

21 OUTUBRO – 20H30 Fado Vadio Isa Brito e Inês Graça Sala Carlos Paredes - ACD Ferragudo 22 OUTUBRO – 17H00 Festival de Guitarra de Lagoa G Plus Ensemble | Ximo Tebar Quartet Auditório Municipal de Lagoa

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12 de outubro de 2017 - Quinta-feira

MÚSICA ESPETÁCULO ‘PAISAGENS SONORAS’

Tomada de posse a 17 de outubro

Uma viagem pelo fado com Dell’Acqua Versatilidade musical do grupo vai ser posta à prova. D.R.

O

conjunto Dell’Acqua vai subir ao palco do Auditório Municipal de Lagoa, a 20 de outubro (21h30), para apresentar o espetáculo ‘Paisagens Sonoras - Uma viagem do clássico ao fado’. Carla Pontes (soprano), Grace Borgan (flauta transversal) e Cristiana Silva (piano) irão interpretar obras de Alain Oulman, Ariel Ramírez, Dulce Pontes, Ernesto Leite, Heitor Villa-Lobos e Javier Cedrón, entre outros. No concerto, o trio tirará partido da versatilidade vocal da soprano Carla Pontes, combinando o habitual estilo clássico do piano e da flauta,

Judo para crianças em Ferragudo Existe uma sala na Nave Desportiva de Ferragudo preparada para receber os jovens que desejem experimentar a prática do judo gratuitamente, durante uma semana. As inscrições estão abertas para crianças a partir dos 4 anos e devem ser feitas através de contacto para o telemóvel 963 079 662. Esta iniciativa de captação de novos valores é da responsabilidade da Associação Cultural e Desportiva de Ferragudo.

com repertório português de fado. Os bilhetes custam 8 euros e podem ser adquiridos na Ticketline, nas bilheteiras do Auditório Municipal

de Lagoa e do Convento de S. José. Está disponível um desconto de 20 por cento para portadores do Passaporte Cultural de Lagoa.

No Auditório Municipal de Lagoa

Orquestra de Jazz junta-se a Viktoria Pilatovic D.R.

A Orquestra de Jazz do Algarve (OJA) apresenta, amanhã, 13 de outubro (21h30), no Auditório Municipal de Lagoa, um concerto com a cantora lituana

Está agendada para a próxima terça-feira, 17 de outubro, a tomada de posse dos novos eleitos autárquicos (2017/2021) da Câmara e Assembleia Municipal de Lagoa. A cerimónia terá lugar no Auditório Municipal, a partir das 18h00. Tomarão também posse os restantes membros da Assembleia Municipal e da Câmara, a que se seguirá a primeira reunião da Assembleia para a eleição da mesa e respetivo presidente. Quanto às freguesias, a tomada de posse ocorrerá um dia antes, 16 de outubro: da parte da manhã em Ferragudo (Casa do Real Compromisso Marítimo) e Estômbar/Parchal (sede da UF de Estômbar e Parchal); à tarde, será a vez dos eleitos em Lagoa e em Porches.

Viktorija Pilatovic. O espetáculo comemora o 13º aniversário da OJA e representa a estreia da artista em palcos portugueses. Senhora de uma voz grave e sen-

sual, Viktorija Pilatovic tem já uma notável carreira internacional, sendo presença em grandes eventos como o Festival de Jazz de Montreaux - o maior eventodo género no mundo. Neste concerto, o maestro Hugo Alves regressa aos grandes ‘standards’ norte-americanos na tradição das orquestras de swing e fiel aos estilos de Count Basie ou Duke Ellington. Os bilhetes estão à venda na Ticketline e locais habituais e têm o custo único de 8 euros (com 20% de desconto aos portadores do Passaporte Cultural de Lagoa). PUB

Jornadas debatem reinserção A Unidade de Ação Social e Saúde da Câmara Municipal de Lagoa, em parceria com a Associação O Companheiro, realizou no passado dia 4 de outubro, no Auditório Municipal de Lagoa, as 7as. Jornadas d’O Companheiro, intituladas ‘Percursos em Liberdade: Princípio da Felicidade’. O objetivo foi fortalecer o diálogo e o conhecimento sobre a (re)inserção de reclusos, ex-reclusos e das suas famílias, reunindo técnicos de várias áreas de especialidade da Justiça e de diferentes instituições.

Noite de fados na ACD Terá lugar a partir das 20h30 de 21 de outubro a 15ª edição da Noite de Fados da ACD Ferragudo, levada a efeito pela popular coletividade com o intuito de divulgar a chamada ‘canção nacional’. O espetáculo irá ocorrer na Sala Carlos Paredes, dividindo-se em duas partes: a primeira terá início às 20h30 e será consagrada ao fado vadio, com a participação de fadistas espontâneos; a partir das 21h30, começa a Noite de Fados, com a interpretação das fadistas Isa de Brito e Inês Graça, acompanhadas pelos músicos Vítor do Carmo, Duarte Costa e Tó Correia. Os bilhetes podem ser adquiridos nas instalações da ACD. Reservas através de 282 460 340 e 968 555 854.

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