Lagoa informa nº14 23 dez 2015

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Quarta-feira, 23.12.2015 | € 1,00

Quinzenário | Ano I | Nº 14 | Diretor: Rui Pires Santos

Estátuas vivas surpreendem e conquistam lagoenses PÁG. 7

tradição Recorde como se comemorava esta época festiva

Francisco Martins

“Tenho muita coisa para fazer fora da política”

Evento Aldeia presépio lotou Feira de Natal de Lagoa

Em entrevista, o presidente da Câmara mostra o seu lado pessoal. Recorda o presente de Natal mais marcante que recebeu aos quatro anos, refere a importância da família, revela qual a sua viagem de sonho e conta o que faria se ganhasse o Euromilhões. PÁG. 5, 6 e 7

Uma noite de Consoada no quartel Saiba como vai ser a noite de Natal de dois bombeiros que estarão de serviço. PÁG. 12

1 de janeiro Ferragudo prepara-se para banho de mar Educação Escolas do concelho a subir no ‘ranking’ nacional Desporto GD Lagoa regressa às vitórias e mantém liderança PUB

Rua Coronel Figueiredo, 8400-306 Lagoa E: geral@lagoabusinesscenter.com | Telf: 282 353 555 | Tlm: 967 239 048 ARRENDAMENTO DE ESCRITÓRIOS | COWORKING | SALA REUNIÕES


NATAL

2015 Quarta-feira, 23.12.2015

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// Página Dois KÁTIA VIOLA

EDITORIAL

Natal com olhos postos em 2016 O ano de 2015 não foi fácil para os lagoenses, tal como os últimos quatro ou cinco. Foi necessário ter muita persistência, capacidade de sacrifício, não desistir, mas isso não impossibilitou que houvesse também momentos de alguma alegria, de solidariedade e de partilha. Acredito que grande parte de nós, cidadãos, sente que as dificuldades vão continuar e que convém estar atentos e preparados. Não serão fáceis os próximos tempos, mas terão de ser e serão melhores do que aqueles que temos vivido, desde que continuemos a lutar, a remar contra as dificuldades e a valorizar as pequenas vitórias ou conquistas do dia-a-dia. O Natal será tempo de pausa, de reflexão e de preparação para o Novo Ano. Nesta época natalícia, mais do que nunca, temos de tentar colocar os problemas, as tristezas e as angústias de parte e vivenciar o que de melhor contamos na nossa existência: a família, a partilha e os momentos de solidariedade que nos enchem a alma. Olhando para alguns tão perto de nós, na nossa rua, na nossa aldeia ou vila que precisam apenas de um bocadinho, todos podemos passar um Bom Natal em família e com a satisfação de que proporcionámos, através de um pequeno gesto, uma Consoada ou um período festivo mais agradável e positivo aos que atravessam uma fase da vida em maior dificuldade. Este período marca também os primeiros seis meses do Lagoa Informa, que apesar das dificuldades fez das suas fraquezas forças, da capacidade de sacrifício uma arma e da inquietação uma virtude. Foram meses duros e desgastantes, mas intensos, com alegrias e tristezas, com vitórias e derrotas, mas em que se cimentou uma ideia, um projeto e um produto que cada vez mais é apreciado pelos leitores. Obrigado pela vossa confiança e por perguntarem cada vez mais pelo Lagoa Informa. É isso que nos motiva, pois não nos envaidecemos com os elogios fáceis e ligeiros, ficamos felizes apenas por ver que somos lidos e comentados por aqueles que nos seguem. Regressaremos a 14 de janeiro com a próxima edição. Votos de um Feliz Natal e de um auspicioso 2016. Rui Pires Santos

Diretor: Rui Pires Santos

A FIGURA BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS Disponíveis e em alerta 24 horas por dia, ao longo de todo o ano, os Bombeiros Voluntários de Lagoa são o mais genuíno exemplo de altruísmo e de total entrega aos outros. Para os ‘soldados da paz’ – mulheres e homens de uma abnegação sem limites – a própria família fica em plano secundário quando se trata de dizer presente à comunidade. Essa faceta torna-se mais evidente na noite de Natal, quando o cidadão comum desfruta da companhia dos seus entes queridos e com eles partilha afetos. Por tudo isso, é de elementar justiça endereçarmos o nosso sincero agradecimento aos bombeiros por toda a sua entrega e dedicação!

ESTÁTUAS VIVAS são PARA REPETIR Constituiu um sucesso em toda a linha a animação protagonizada nos dias 18 e 19 de dezembro por uma dúzia de artistas de rua, que emprestaram outro colorido à zona central da cidade. Muitos e muitas foram os lagoenses e os visitantes que interagiram com as “estátuas vivas”, numa aposta camarária que seguramente será de repetir e de que o comércio local poderá beneficiar.

LIXO nas ruas e FALTA DE CIVISMO O civismo representa um dos pilares das comunidades que se querem progressistas e ambicionam evoluir. Na entrevista concedida ao Lagoa Informa e que publicamos nesta edição, o presidente da Câmara de Lagoa, Francisco Martins, lamenta a falta de civismo de alguns munícipes, apresentando maus exemplos, sobretudo em termos do lixo abandonado de forma displicente nos espaços públicos. O seu alerta deve ser motivo de reflexão para todos nós.

Colaboradores: Len Port, Manuel Cabrita, Marisa Avelino e José Manuel Oliveira Design e Paginação: Rui Machado Fotografia: Eduardo Jacinto e Kátia Viola Redação: Lagoa Business Center Rua Coronel Figueiredo, Loja 12 8400-306 Lagoa Email: lagoainforma@gmail.com Telf: 282 353 555 /96 782 36 48 Nº registo ERC: 126668 Depósito Legal nº: 394540/15 Impressão: FIG - Indústrias Gráficas Tiragem: 4.000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Proprietário e Editor: PressRoma, Edição de Publicações, Lda. NIF. 508 134 595

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João Reis - Professor reformado

O que não pode faltar na noite da Consoada?

Um bom bacalhau. Polvo, também. Ou perú... Porque não?

Qual a prenda que gostaria de receber?

Gostaria de ter como prenda uns chinelos. Porque será...?

Principal desejo para 2016?

Que o mundo ganhe juízo. Mas não vou ver esse desejo satisfeito, pois há anos que venho desejando isso, mas é o que se vê…

NATAL

2015 Quarta-feira, 23.12.2015

Abertura //

3 D.R.

EDUCAÇÃO ‘Ensino BÁSICo E SECUNDÁRIo

Escolas de Lagoa sobem no ‘ranking’ nacional Média positiva de 10,20 valores nos exames nacionais confere ao município um lugar a meio da tabela nacional, com destaque para os resultados da ESPAMOL.

F

oi há dias divulgado o ‘ranking’ de todas as escolas básicas e secundárias do país, entre públicas e privadas, sendo que na ordem apurada após os exames nacionais do 12º ano, o concelho de Lagoa ocupa o 162º posto entre 308 municípios, com a média positiva de 10,20 valores, resultante de 229 provas. Neste nível de ensino, a ESPAMOL Escola Secundária Padre António Martins Oliveira obteve o 463º lugar num total de 625 estabelecimentos escolares equivalentes, com a média de 9,8. No ano passado tinha ficado em 482º posto, o que representa uma variação positiva de 19 subidas. No tocante aos exames nacionais do 9º ano, o município de Lagoa atingiu o 109º lugar, com a média de 2,88 valores num universo de 390 provas. Destaque neste grau de ensino, e entre 1236 estabelecimentos portugueses, para a Escola Internacional do Algarve (privada), que ficou em 122º lugar (319ª em 2014), com uma ascensão de 197 posições e 3,43 valores. Já a EB Rio Arade desceu do 476º lugar para o 590º posto, com 2,85 valores, mas em contraponto a ESPAMOL subiu meteoricamente do 1042º para o 713º lugar, com 2,77 valores. 6º e 4º anos de escolaridade No que concerne aos três estabelecimentos do concelho que ministram o 6º

D.R.

crianças das Escolas

‘Um Conto de Natal’ encanta pequenada

A Escola Secundária de Lagoa subiu alguns lugares na tabela nacional

ano, entre 1176 escolas, não se registaram evoluções favoráveis, uma vez que a EB Rio Arade desceu do 632º para o 785º, com 2,8 valores, a EB Jacinto Correia também decresceu, do 837º para o 912º, com 2,7 valores, enquanto a EB João Cónim baixou do 767º para o 1099º posto, com 2,45 valores. Finalmente, no 4º ano, e entre 4193 escolas, a EB Lagoa subiu exponencialmente do 3043º para o 1546º lugar, com 3,36 valores, embora a EB Ferragudo tenha descido do 2133º para o 2469º lu-

gar, com 3,14 valores. Estes dados valem o que valem, mas é notória a aposta no setor da Educação por parte das entidades responsáveis, nomeadamente Câmara Municipal de Lagoa e agrupamentos escolares ESPAMOL e Rio Arade. As estatísticas detalhadas de todas as escolas do ensino básico e secundário de Lagoa podem ser consultadas no sítio Infoescolas, da responsabilidade do Ministério da Educação e Ciência: http:// infoescolas.mec.pt/

Poupança de juros

Câmara amortiza empréstimo A autarquia de Lagoa procedeu ao pagamento da totalidade dos empréstimos contraídos em 2002 para a construção do Auditório Municipal e das infraestruturas do Bairro de Habitação Social

de Porches. Com uma verba inicial de 680.126,00€ e 605.000,00€ respetivamente, o atual executivo liquidou os dois empréstimos pagando o valor que ainda estava em divida e que rondava

os 480 mil euros. A autarquia justificou este ato de gestão com o facto de “esta decisão, além de libertar os valores dos juros da dívida para outros investimentos, diminuindo o passivo”.

A Câmara de Lagoa ofereceu, a 9 e 10 de dezembro, às crianças do concelho o espetáculo ‘Quebra-Nozes: Um Conto de Natal’, em três sessões realizadas no Centro de Congressos do Arade. Foi um momento especial para os mais pequenos e dedicado aos alunos da educação pré-escolar e do 1º ao 4º ano do ensino básico da rede pública, privada e privada social no concelho, abrangendo um total de 1.720 crianças dos 3 aos 10 anos, além de 166 professores e auxiliares que os acompanharam. À saída, as crianças foram presenteadas com a oferta de um jogo educativo e um lanche natalício com a presença do Pai Natal.

world travel awards 2015

Distinção mundial para Vila Vita Parc O ‘resort’ Vila Vita Parc & Spa, situado nos Alporchinhos, foi distinguido com o prémio ‘World’s Leading Luxury Green Resort 2015’ nos ‘World Travel Awards’, em gala mundial realizada no passado dia 12 de dezembro na cidade marroquina de El Jadida. Recorde-se que há poucos meses esta unidade hoteleira recebeu o título na categoria ‘Portugal’s Leading Green Hotel 2015’. Estes constituem mais alguns exemplos da excelência da hotelaria do concelho de Lagoa, que nos últimos tempos tem merecido outros honrosos galardões.

LAGOA E CARVOEIRO

Festa

Bom s Felizes Ano 2016

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Cabazes entregues a 145 famílias A União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro procedeu à entrega, entre 14 e 23 de dezembro, de 145 cabazes pelas famílias mais carenciadas daquelas duas localidades. Bens essenciais como azeite, óleo, massa e arroz, por exemplo, ou outros alusivos à época natalícia, como o bacalhau, compuseram este cabaz, numa iniciativa de índole social que visa proporcionar uma noite de Consoada mais digna e calorosa a quem mais necessita.


NATAL

2015

Joaquim Cabrita - Advogado

Quarta-feira, 23.12.2015

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// Entrevista

O que não pode faltar na noite da Consoada?

Muito tradicionalmente o bacalhau, sempre cozido e com todos (os ingredientes no prato e a família à volta).

Qual a prenda que gostaria de receber?

As que irei receber, porque o que importa é o gesto (tenho o cuidado de, discretamente, fazer a família saber o que gostaria que me dessem).

Principal desejo para 2016?

Que não seja pior que o anterior. Pessoalmente, e para os meus, que possamos continuar a partilhar momentos, porque é disso que a vida deve ser feita.

exclusivo Francisco Martins conversa com Lagoa Informa em véspera de Natal

“Enquanto presidente continuo a ser a pessoa que era antes” Budista, considera o tempo “mais difícil de gerir que o dinheiro” e revela quais os presentes que vai oferecer aos filhos. Nesta entrevista, em tom descontraído, confessa sentir saudades da sua profissão de enfermeiro e só deseja que após deixar a política se lembrem de si como uma pessoa que não se deixou corromper pela vaidade e arrogância do poder Texto: Rui Pires Santos Fotos: Kátia Viola

O que mudou na sua vida desde que se tornou presidente da Câmara de Lagoa? Mudou, principalmente, o facto de ter menos vida própria. A privacidade acabou, a exposição é permanente e a grande penalização é a parte familiar, embora tivesse consciência disso antes de chegar à Câmara.

Caminhadas sem sucesso

Isso custa-lhe muito? Quando se tem um filho com dois anos, sim. Tenho um com 18 anos, mas esta é outra idade. Custa-me estar, por vezes, quase uma semana sem ver o mais pequeno. O crescimento de um bebé é muito rápido e nestes dois anos fui vendo-o crescer quase à distância. Tem pena de não ter tido mais tempo para ele? Claro que sim. Foi um sacrifício que fiz e uma opção minha. Agora tento compensar com o tempo que estou com ele, para que sejam momentos exclusivos. Uma autarca algarvia disse-me recentemente que não percebia porque os políticos ambicionavam tanto o cargo de presidente de Câmara. Consegue responder a isso? Acho que ambicionam quando têm vontade de fazer alguma coisa. Não somos obrigados a vir, mas também não devemos vir só para ser presidentes de Câmara. Tenho a minha atividade profissional, sei que tenho um bom reconhecimento no desempenho da mesma e isso envaidece-me, pois foi aí que apostei a minha carreira. Vir para presidente de Câmara só por vaidade é muito redutor. No meu caso, há um grande desejo de fazer e uma interiorização de que o consigo. Do que sente mais saudades da sua atividade enquanto enfermeiro? Nos últimos anos era coordenador de uma unidade, tinha responsabilidades de chefia e nunca abdiquei de ser enfermeiro de cabeceira, como se costuma dizer. Sinto falta de prestar cuidados diretos aos doentes, pois foi isso que me fez ir para a profissão.

“Quando saímos (de um cargo na Câmara) deixamos de ver rostos e passamos a ver costas.”

Vai regressar um dia? Sim, claro. Tenho mandato de quatro anos, faltam dois. Na altura própria decidirei se me recandidato e sujeitar-me-ei à decisão dos lagoenses. Se não for daqui a dois, será daqui a seis ou 10 anos que voltarei à minha área profissional.

quem está satisfeito não diz nada, quem não está é quem verbaliza. Portanto, recebemos mais queixas do que elogios. Na nossa sociedade, é mais fácil criticar e mostrar o nosso desagrado do que elogiar. Portanto, avalio pela quantidade de queixas que tenho e não são muitas. Além disso, o reconhecimento que há pelo que se tem feito fora do concelho é grande. Todo esse ‘feed-back’ faz-nos perceber que estamos no caminho certo.

Sente-se reconhecido ou injustiçado pelo seu trabalho enquanto autarca nos últimos dois anos? Nesta atividade temos de ter alguma maturidade pessoal e política nestes cargos. Normalmente

Não receia a crítica? Não, nada. Nunca vou cair no facilitismo de, com medo de uma critica, ir a correr fazer uma obra quando sei que nessa área irei ter de intervir mais tarde. Por

Gosto de ter o contacto com o doente, de conversar e acompanhar a evolução, de estar próximo. Quando entro numa unidade de saúde sinto isso ainda mais.

exemplo, por vezes pedem-me o asfaltamento de uma estrada e dizem-me que já falamos disso há não sei quanto tempo. E eu digolhes que não vou fazer a estrada porque sei que, mais cedo ou mais tarde, vamos ter de colocar lá uma conduta e enquanto não a colocar não vou partir nada. Seria muito mais fácil para mim não ouvir o desagrado, pavimentar para agradar e daqui a um tempo esburacar tudo outra vez para colocar a conduta e assim deitar dinheiro fora. Nós não fazemos assim, não é assim que gosto de trabalhar. Portanto, não me sinto nem injustiçado nem elogiado. Sinto-me bem com o que faço, sei avaliar as críticas e estou mais atento à crítica que ao elogio. Sei

Disse uma vez numa entrevista que as suas caminhadas eram sempre interrompidas por pessoas que lhe queriam dar boleia? Isso ainda acontece? Tive de arranjar percursos alternativos, mais pela natureza, para isso não acontecer. Mas ainda há dias cheguei de uma viagem a Coimbra bastante cansado. Eram 19h00, queria descansar, mas antes senti necessidade de fazer a minha caminhada. E fiz uma de 45 minutos, mas apenas andei talvez uns 400 metros, tantas foram as vezes que fui abordado pelas pessoas. Até que desisti. Fui da minha casa até perto do pavilhão e voltei para trás. Só consigo fazer em percursos no campo.

quando é uma crítica para a comunidade e quando é a chamada critica do ‘umbigo’. Estas são muito comuns, ainda há pouco tempo tive uma um bocado caricata… Pode revelar? Uma pessoa queria fazer um almoço em casa com uns amigos, juntar cerca de 60 convidados na sua propriedade e pediu mesas e cadeiras à Câmara. Eu disse que não, pois a autarquia não faz esse tipo de serviço. O senhor em causa enviou-me uma carta muito ofendido e a colocar em causa uma série de coisas. Seria mais fácil ceder as mesas e cadeiras ao senhor, mas aí abria um precedente e passaríamos a ter uma empresa de cedência de cadeiras e mesas.


NATAL

Águas da Cruz - Presidente da Assembleia Municipal de Lagoa

O que não pode faltar na noite da Consoada?

Qual a prenda que gostaria de receber?

O tradicional bacalhau e as rabanadas.

Uma viagem ao futuro da humanidade.

Principal desejo para 2016?

Paz no mundo e voltar a ver os portugueses a sorrir.

2015 Quarta-feira, 23.12.2015

Entrevista //

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outras, com as quais não lidava anteriormente.

“Como enfermeiro, sinto falta de prestar cuidados diretos aos doentes, pois foi isso que me fez ir para a profissão.”

O que menos gosta no concelho? A falta de civismo de muitas pessoas. Estamos a fazer uma aposta muito grande em termos de limpeza. Isentámos a deposição de verdes na Cerca da Lapa, aumentámos imenso a cobertura do concelho em termos de ilhas ecológicas. Concessionámos recentemente a limpeza das principais localidades a uma empresa para dar esse reforço, porque tínhamos poucas pessoas na rua a fazer esse trabalho. Está a haver um esforço tremendo que nos penaliza a todos em muitos milhares de euros e custa-me ver as pessoas a passear os animais na rua e a deixarem os dejetos no chão, atirarem o lixo ao lado do contentor ou a deixar os ‘verdes’ à beira da estrada.

“… quando fechar a minha atividade política, tenho de começar outras... Aí chegará a altura de me ‘virar para dentro’, depois destes anos de me ‘virar para fora’.”

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO PREOCUPA O que o preocupa mais na sociedade atual, nacional e local? A incerteza que existe em relação à segurança. Estamos numa situação de conflitos latentes, temos uma guerra às portas da Europa e da qual não sabemos qual o desfecho. Acho que ainda estamos muito ausentes quanto à gravidade desta problemática. E a nível local? Em Lagoa temos problemas sociais e isso preocupa-me. Era bom que não os tivéssemos, mas não estamos numa situação de calamidade, nem lá perto. São problemas comuns a todo o lado. Mas estou com muita preocupação com a desinformação que existe e que também sinto em relação à exploração petrolífera das plataformas que estão a ser negociadas muito em segredo. Parece que ninguém sabe o que lá se vai passar.

“Sinto-me bem com o que faço, sei avaliar as críticas e estou mais atento à crítica que ao elogio. Sei quando é para a comunidade e quando é a chamada crítica do ‘umbigo’.” “A única memória que gostava que guardassem de mim é que enquanto fui presidente de Câmara continuei a ser a pessoa que era antes” “A melhor prenda que tive? Aos quatro anos, a minha mãe estava emigrada e chegou na noite do dia 24 e a melhor prenda foi ter vindo passar o Natal comigo. Mas melhor ainda foi o dizer-me que já não regressava à Alemanha.”

Nem imagina, os muitos disparates de pedidos que recebemos. Dê outros exemplos… Destes pedidos temos muitos, de mesas e cadeiras, de coisas para casamentos. Só não nos pedem é a noiva!!! Tornou-se um hábito e uma dependência da Câmara e quem cá esteve antes teve essa tem essa responsabilidade, pois não determinou regras. As pessoas não podem ter medo de perder votos. Um dia, quando deixar de ser presidente de Câmara, qual gostaria que fosse a recordação que as pessoas tivessem de si? A única coisa que gostaria que guardassem de mim é que, enquanto fui presidente de Câmara, continuei a ser a pessoa que era antes. E depois de ser presidente continuei a ser aquilo que sempre fui. Ou seja, que não me deixei cor-

romper pela vaidade e arrogância do poder. Continuo a ir aos sítios onde ia, a falar com quem falava, da mesma maneira, a rir, a brincar. Continuo a ser a mesma pessoa. Já tive a experiência de ser vereador, de estar na Câmara, de sair, e de voltar. Toda essa ‘bebedeira’ de poder, se calhar, já tive antes. Ao sair, vi que o mundo que nos rodeia quando cá estamos é uma mentira. Quando saímos, deixamos de ver rostos e passamos a ver costas. Sente que as pessoas o tratam agora de maneira diferente por ser presidente da Câmara? Não. De início havia certa confusão em algumas pessoas. Aquelas mais queridas, mais genuínas e puras que sempre me trataram por Francisquinho ou senhor enfermeiro, quando me viram como presidente ficaram um pouco envergonhadas na forma de me abordar. Mas logo viram que da minha parte não havia necessidade de alterar o tratamento, nem eu queria, e tudo voltou ao normal. Continuo a ser o Francisquinho para umas, o enfermeiro ou o Francisco para outras, e o presidente para

Está desconfiado? Não sei que garantias me podem dar, eu que sou leigo na matéria, de que não há qualquer risco ambiental com os testes que estão a ser feitos e com a exploração que possa vir a acontecer. Não percebo nada do assunto, mas sei que temos uma falha sísmica aqui perto, não sei até que ponto as perfurações não podem intervir com essa situação. As associações que são contra dizem que há riscos e obviamente que as entidades que estão envolvidas dizem que não há risco nenhum. Não sou alarmista por natureza, mas nesta situação sou desconfiado. PRENDA MARCANTE AOS 4 ANOS Estamos em período de Natal… Sente-se mais sensível nesta altura do ano? Pessoalmente não, pois não sou católico, sou budista de há uns anos a esta parte. Por isso, não sinto muito o Natal do ponto de vista histórico e religioso. Como família também não o valorizo demasiado, pois esse cuidado e sensibilidade acho que devemos ter permanentemente com quem nos rodeia. Até acho que este é um período muito comercial, de excesso de consumismo, do qual se perderam os valores e que muitos apenas os apregoam porque ficam bem na fotografia. Como vai ser a sua noite de Consoada? Como a minha mulher é espanhola e lá têm a tradição dos Reis, será uma noite quase normal Mas temos uma noite de Natal, com a árvore e a troca de presentes. Tenho um jantar muito doméstico, com a mulher e o filhote. Nunca é uma refeição para a família toda, tios, primos e avós... O que vai ter na mesa? Conhecendo a minha mulher como conheço, vai ser uma salada!!! (risos). Ainda não sei, até porque, por uma questão de saúde, tenho de me restringir um bocadinho. Bacalhau adoro, mas é algo que como em qualquer altura. Doces vão haver poucos, pois não posso comer frituras. Talvez uns bombons.


NATAL

2015

Ruben Palma - Psicólogo e secretário da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro

O que não pode faltar na noite da Consoada?

O bacalhau. Quarta-feira, 23.12.2015

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// Entrevista

Qual a prenda que gostaria de receber?

Sinceramente, gosto mais de dar do que receber e no Natal não faço questão que me ofereçam prendas.

Principal desejo para 2016?

A título pessoal, o maior desejo é muita saúde para os meus filhotes. A título profissional, desejo muito que cada um de nós possa promover a mudança.

“Preocupa-me a desinformação que existe em relação à exploração petrolífera das plataformas que estão a ser negociadas muito em segredo. Parece que ninguém sabe o que se vai passar” Que presentes vai dar aos filhos? Já os comprei há bastante tempo. Ao mais pequeno vou dar dois bonecos de uma série do canal Panda, Patrulha Pata e Patrulha Canina, um para o Natal, outro para o Dia de Reis. Ao meu filho mais velho vou oferecer uma coletânea de um cineasta francês, pois ele adora cinema e quer seguir essa carreira. E à sua esposa? Isso é surpresa!

Esposa quer ir ao Bon Bon O restaurante Bon Bon, situado nas Sesmarias, ganhou recentemente uma estrela Michelin. Está a pensar lá ir? Felicitei o proprietário e o chefe de cozinha no dia a seguir ao prémio. Enviámos para ambos uma comunicação por carta. Essa distinção é algo que nos honra imenso. Nunca tive oportunidade de lá ir, mas vou em breve, até porque a minha mulher já me pediu. Ficou a saber da estrela Michelin e disse logo que tínhamos de experimentar. Estamos a ver se arranjamos uma noite sem o pequenino, que fique alguém a cuidar dele, para irmos lá jantar. Qual a praia que prefere no concelho? Temos um concelho riquíssimo nesse aspeto. Neste ano fui três ou quatro vezes à praia. Costumo ir à Praia Grande para poder caminhar e fazer algum exercício e o facto de ter um parque infantil no areal para o meu filho é importante. Vou também à Praia do Pintadinho, até pela amizade que tenho com o concessionário que lá está e às vezes fico descontraído a almoçar. E quando consigo ter essa liberdade, vou à Praia de Albandeira, para estar ali no meu retiro, descansado da vida. São essas as minhas praias de eleição.

Locais secretos para meditar Há algum local especial no concelho onde goste de estar sozinho ou em família? Como qualquer budista, tenho de ter os meus retiros. Existem dois sítios no concelho, na natureza, na nossa falésia, onde costumo ir com muita regularidade. Todas as semanas? Sim, todas as semanas. Mesmo às vezes durante um dia de trabalho, especialmente depois de uma situação mais tensa, de uma reunião mais complicada, pelo menos uns 10 minutos preciso de lá ir. Quando tenho de tomar uma decisão daquelas que não nos agrada, mas que temos de tomar, gosto de ir a um desses sítios ponderá-las. Lá consigo desligar completamente, deixo o telemóvel no carro e são cinco ou dez minutos que me fazem muito bem.

Há algum presente especial que gostasse de receber? Uma coisa que é impossível: tempo. Que o dia tivesse mais horas. Digo que o tempo é mais difícil de gerir que o dinheiro. É o presente impossível que gostaria de receber. Alguma prenda de Natal que tenha recebido e o marcou mais, por exemplo, em criança? Houve um que me marcou, mas que não é material e que me ficou para sempre. Lembro-me muito bem disso… Quando tinha quatro anos, a minha mãe estava emigrada na Alemanha e chegou na noite de 24 de dezembro e a maior prenda foi ela ter vindo passar o Natal comigo. Mas, mais do que isso, foi dizer-me também que já não regressava à Alemanha. Onde vai passar o fim-de-ano? No Centro de Congressos do Arade. No ano passado passei lá. Começámos com esta iniciativa e obviamente quando iniciamos eu dou sempre a cara. Era mais um risco, mas correu bem. Este ano, mal lançámos a iniciativa, passados poucos dias, tínhamos os bilhetes esgotados. Obviamente que quero lá estar e vai ser uma noite muito bem passada. CINISMO E BURRICE IRRITAM Qual foi o momento mais difícil que passou na sua vida? Tenho alguma facilidade em superar os maus momentos, é a minha costela budista. A morte do meu pai e situações drásticas que nos tocam a todos são coisas que marcam, mas que fazem parte da vida. Não me agarro às coisas negativas. Não temos de ser depressivos nem eufóricos, temos de ter um equilíbrio. Nem uma desgraça dura uma vida inteira, nem um momento de grande felicidade é permanente. Encara a vida com alguma descontração… Sim… Ainda recentemente falava com o presidente da Assembleia Municipal, o doutor Águas da Cruz, que me recordava o período de cam-

panha em que ele dizia que eu estava a levar as coisas de uma forma muito descontraída, quase displicente, como se estivesse tudo bem. E eu dizia: está tudo bem, eu ganho sempre. Se ganhar as eleições, vou para a Câmara, farei o trabalho que quero desenvolver e porei de lado outras coisas que queria fazer. Se perder, vou desenvolver as outras coisas que quero fazer e ponho de lado a política. Para si, a vida não tem só um caminho? Não tem só um caminho, de certeza. E muitas vezes não temos de forçar o caminho, temos de nos deixar ir. O que o faz rir? Quando se tem um filho com dois anos, são as gracinhas dele, as palavras, os gestos. E o que o faz sorrir? Sorrio quando vejo um trabalho ou um projeto que implementámos a chegar ao fim e isso provoca-me um sorriso de satisfação. Mas depois o que me faz sorrir bastante são os disparates que às vezes oiço de pessoas que não deviam dizer tantas asneiras, pessoas que sabem que o que estão a dizer está mal, mas dizem-no de uma forma pensada. Isso faz-me sorrir e a boa educação e o querer levar as coisas com alguma diplomacia fazem com que não diga o que tenho para dizer. O que o faz chorar? Quando recordo às vezes situações em que não chorei na altura que devia ter chorado. Isso normalmente traz-me uma lágrima ao olho. O que o irrita? O cinismo e a burrice. São duas coisas que me irritam bastante. Uma coisa é sermos irónicos, termos humor e inteligência para usar a ironia, outra é sermos cínicos. E a burrice, quando oiço determinadas argumentações completamente disparatadas e baseadas num vigésimo da informação disponível. Já fez a sua viagem de sonho? Ainda não. São duas. Uma a São Tomé e Príncipe, nem sei bem porquê, mas sempre tive fascínio por aquelas ‘nossas’ ilhas. E a outra que tenho mesmo de fazer é ir ao Nepal, Himalaias e Índia e a toda essa zona mais espiritual, digamos assim. Quando as fará? Esta última será quando sair da Câmara. Temos de ter vários projetos na vida e acho que quando concluir a minha atividade política, terei de

começar outras, para além da minha profissional, e aí chegará à altura de me ‘virar para dentro’, depois destes anos de me ‘virar para fora’. Quando sair da Câmara, deixará a política de todo? Honestamente é essa a minha intenção. Obviamente que tudo depende da altura em que sair da autarquia. Uma coisa é sair daqui a dois anos e outra é continuar por mais dez. Mas tenho muita coisa boa para fazer fora da política. Se ganhasse o Euromilhões, o que fazia? Deixaria de ser presidente? Não. Tenho esse ‘debate’ muitas vezes, principalmente com o meu vice-presidente na brincadeira, pois até costumamos ir fazer o Euromilhões juntos. Continuava como presidente de certeza absoluta. Resistia aos pedidos das pessoas, como aconteceu com um recente euromilionário, ou fazia disso segredo? Por uma questão de privacidade, obviamente que fazia disso segredo. Não me iria expor, mas com a minha costela humanitária tenho a certeza que faria muito trabalho de apoio social, de forma anónima. MÚSICA E BENFICA Costuma ouvir música? Muito. Na Câmara tenho sempre música como pano de fundo em cds ou no youtube. A minha banda preferida é os Pink Floyd, mas já não oiço há algum tempo. Gosto de música brasileira e portuguesa, de Mariza, Ana Moura e Carminho. Há algum tema que costume ouvir muitas vezes? Hoje estive a ouvir algumas vezes um dos Vaya con Dios, que já não ouvia há muito tempo e de que gosto muito. Há dias entrei numa loja, ouvi e fiquei com a música no ouvido. Hoje lembrei-me disso e quando cheguei ouvi-a várias vezes durante a manhã. Qual é o seu clube? O Benfica. E o Barcelona. Se fosse presidente do clube da Luz, demitiria o Rui Vitória? Não. Da mesma forma que digo que um autarca não pode ser avaliado a meio de um mandato, um treinador não pode ser avaliado a meio da época, a menos que aconteça algo desastroso a nível desportivo. Apesar de tudo, apurou a equipa para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões e tem lançado jovens. Não acho que haja motivos para o despedirem.


Miraldina Diogo - Vice-presidente da direção da Universidade Sénior de Lagoa

O que não pode faltar na noite da Consoada?

Carne de porco com amêijoas e pastéis de batata-doce.

Qual a prenda que gostaria de receber?

Principal desejo para 2016?

Paz e união entre os povos.

NATAL

2015

A família reunida, porque o Natal representa a partilha e união.

Quarta-feira, 23.12.2015

Especial //

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ANIMAÇÃO LARGO 5 DE OUTUBRO E RUA 25 DE ABRIL

Estátuas deram vida à cidade Alguns milhares de pessoas de todas as idades não resistiram ao encanto das “Estátuas Vivas de Natal”, que nos dias 18 e 19 emprestaram um outro colorido ao centro de Lagoa. Texto: Manuel Cabrita Fotos: Kátia Viola

D

urante a tarde da passada sexta-feira e a manhã de sábado (18 e 19 de dezembro), circularam pela zona entre a Rua 25 de Abril e o Largo 5 de Outubro alguns milhares de espetadores espontâneos, muitos deles surpreendidos pela elevada qualidade estética dos 13 artistas participantes, os quais contribuíram para reforçar o espírito de partilha tão característico desta época do ano. A ação, promovida pela Câmara Municipal de Lagoa e produzida pela Ibérica Eventos & Espetáculos, teve como principal propósito dinamizar o comércio local. Visou também divulgar as artes performativas, através de representações de grande rigor técnico e rara beleza plástica, cuja imobilidade expressiva estabeleceu divertidas cumplicidades entre participantes e público. “Teremos gosto em voltar” De entre os intervenientes, destacava-se António Santos, mais conhecido no meio por ‘Staticman’, que iniciou as suas criações de estátuas vivas na rua em Barcelona, no ano de 1987, e que acumula cinco recordes mundiais, figurando durante nove anos no prestigiado ‘Guiness Book of Records’. Ao Lagoa Informa, o artista disse que “a este nível é a primeira vez que viemos a esta cidade, mas eu já cá tinha estado nos finais de 1990 a participar na FATACIL, trabalhando por convite de uma empresa privada. Estamos muito satisfeitos com a forma como fomos recebidos e teremos todo o gosto em voltar sempre que formos convidados.” Sobre as características essenciais para a atividade, António Santos considera ser “fundamental providenciar uma maquilha-

Maria José Comerciante

Quem é quem

As pessoas interagiram com as ‘estátuas vivvas’

“Já me quiseram comprar no Casino Estoril, porque pensavam que era mesmo um boneco, e até ofereceram uma verba bem jeitosa” - Staticman gem convincente e termos grande disciplina física, para estarmos quietinhos, e mental, para nos abstermos de todo o tido de distrações. Além disso, a própria composição dos personagens é importantíssima, pois deveremos saber encarnar as figuras que adotamos.” “Caso o nosso Pai Natal fosse pintado, não teria o mesmo impacto e aprovação junto da criançada. Na ótica dos adultos, ele passava na boa… Agora os miúdos, nesse aspeto, são bastante exigentes e não o aceitariam tão bem: assim, bastam a indumentária, as barbas grandes e uma sineta a chocalhar”, exemplificou à nossa reportagem. Já a nível de

técnicas, é de opinião que “cada um terá a sua, mas basicamente tudo se resume ao controlo respiratório.” Quanto à realidade da profissão que abraçou há quase três décadas, confessa: “No Portugal dos dias que correm, se não sairmos um bocado para o exterior, será muito complicado viver-se desta atividade. No meu caso, sou solicitado para todo o mundo, pois a estátua viva é uma arte que felizmente se está a desenvolver significativamente lá por fora, mas sei de colegas que têm várias ocupações complementares, e mesmo assim…!” Questionado sobre peripécias que o tenham marcado, ‘Stati-

cman’ recorda: “Vou entrar no 29º ano e sou um pioneiro nisto, pelo que não me faltam situações levadas da breca. Já me quiseram comprar no Casino Estoril, quando colaborava num programa televisivo de ‘apanhados’, porque pensavam que era mesmo um boneco, e até ofereceram uma verba jeitosa [risos]. Por outro lado, tive momentos em que o mais sensato foi ficar autenticamente bloqueado de medo, como sucedeu uma vez no País Basco, quando a dada altura me vi no meio de uma manifestação de cariz social e optei – sensatamente – por nem pestanejar, antes que fosse o primeiro a ‘comê-las’...”

O grupo que se apresentou em Lagoa nos passados dias 18 e 19 de dezembro foi liderado por António Santos/’Staticman’ (Cauteleiro), criador do Ken Yoga e de estátuas vivas em levitação e organizador de festivais de artes de rua e ‘workshops’ de quietude expressiva. Presente nos principais festivais, atuou em mais de 50 países e 500 cidades de todos os continentes. Os outros elementos foram: Sérgio Gomes (Pai Natal), Marco Patrocínio (Vendedor de Castanhas), João Saraiva (Anjo), Pedro Gomes (Boneco de Neve), Ana Torrie (Elfa), Vítor Hugo, Carlos Ferreira e Guilherme Ferreira (Reis Magos), Carolina Dias (Virgem Maria), o alemão Torsten Ludwig (São José), o ucraniano Konstyantyn Storozhenko (Carteiro Ciclista), premiado pelo júri na 19ª edição do Festival Internacional de Estátuas Vivas de Espinho, e ainda Susana Bento (Senhora às Compras), companheira de ‘Staticman’ e detentora do prémio feminino do júri em Espinho 2015, o mais antigo evento do género a nível mundial.

“Iniciativa muito bem-vinda”

“Dimensão surpreende”

“Que para o ano haja mais”

“Tenho loja aberta há 51 anos na atual Rua 25 de Abril e cheguei a apanhar o tempo bom do comércio, mas agora é o tempo da desgraça… Conheço as estátuas vivas de Espanha e considero uma iniciativa muito bem-vinda. Admiro a paciência destes artistas e gostaria que a experiência fosse para continuar, pois só assim as pessoas se habituarão a vir a Lagoa pelo Natal”

“Viemos a Lagoa em trabalho e ficámos surpreendidas pela dimensão desta exposição ao ar livre. Sem dúvida que isto é diferente e apelativo, animando o comércio porque atrai as pessoas, ao mesmo tempo que tem um aspeto didático. Respeitamos estes artistas de rua, pois é uma profissão muito complicada e exigente.”

Helena: “Gostei da Virgem Maria e do Pai Natal e ainda dos Reis Magos, que davam passinhos muito devagarinho até chegarem ao presépio. Admiro estes senhores por ficarem tanto tempo parados.” Gabriel: “Adorei o Carteiro e o Pai Natal. Era bem capaz de fazer como eles. Se para o ano houver mais, prometo que venho ver.”

Maria Serpa - Sagres Marisa Pedro - V. do Bispo Promotoras de multimédia

Helena e Gabriel Mendes Gêmeos de Lagoa, com 9 anos


NATAL

2015

Anabela Simão - Vereadora da Câmara Municipal de Lagoa

O que não pode faltar na noite da Consoada?

O tradicional bacalhau, os doces conventuais, as rabanadas e os deliciosos pastéis.

Quarta-feira, 23.12.2015

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// Especial

Qual a prenda que gostaria de receber?

Que todos os munícipes de Lagoa possam ter uma noite feliz, cheia de carinho, alegria e ternura, não lhes faltando os bens essenciais.

Principal desejo para 2016?

Que o nosso país cresça e se desenvolva economicamente, diminuindo os problemas de emprego e, por consequência, grande parte dos constrangimentos sociais.

MEMÓRIAS VIAJANDO NA MÁQUINA DO TEMPO

Como Lagoa festejava o Natal e o Ano Novo em tempos que já lá vão O devoto povo de Lagoa desde sempre celebrou o Natal e o Ano Novo com empenho e entusiasmo. Na voragem dos tempos, talvez seja interessante relembrar como a quadra festiva era assinalada há algumas décadas e comparar se a tradição ainda é o que era. Manuel

D.R.

Cabrita*

P

or muito surpreendente que possa parecer, se recuarmos na máquina do tempo até à Lagoa de outrora, não são assim tantas as alterações que encontraríamos face à forma como na atualidade comemoramos as chamadas Boas Festas, período que vai desde a quadra natalícia até ao Dia de Reis. Na verdade, apesar dos impressionantes avanços tecnológicos que deixariam os nossos tetravôs incrédulos, a essência das celebrações mantém-se quase inalterada e ainda persistem muitos rituais que pautavam as suas vidas nesta época do ano. De facto, sempre foram muito fortes as tradições festivas no concelho, cujos hábitos e costumes possuem aspetos característicos de uma comunidade onde o mar, mas sobretudo a terra, desempenharam um papel importante. A noite da Consoada Desde há séculos, Lagoa comemora com espírito cristão a natividade, sendo marco dessa profunda religiosidade as cerimónias na Paróquia, de que ainda hoje em dia há muitos vestígios. Expoente desse ritual era quando o senhor prior subia ao altar da Igreja Matriz e cingia todos os fregueses, transmitindo mensagens de amor e concórdia, indicando o caminho da salvação. Num templo repleto, onde pontuavam muitas flores, elevavam-se os cânticos de fervor, constituindo a entoação do ‘Gloria in excelsis deo’ o momento mais alegre da celebração, inter-

Era assim Lagoa há cerca de cem anos

pretado por um afinado grupo coral que contava com o som solene do vistoso órgão matricial. Em seguida, da capela-mor até ao núcleo central da Matriz soavam dezenas e dezenas de campainhas e guizos que os fiéis transportavam, anunciando o nascimento do Menino Jesus. A espalhar aos quatro ventos a boa nova, da torre sineira repicavam os sinos, cujas badaladas se repercutia pela povoação na fria noite que já ia alta. Após a santa missa, seguia-se o beijar da imagem do Menino, erguido do presépio pelo prior. PUB

Era o fim das celebrações religiosas e o toque a recolher para as centenas de paroquianos que haviam resgatado dos seus baús fatiotas ‘novas’, apenas arejadas nas grandes ocasiões, pelo que muitas emanavam cheiro a bolor misturado com o odor da naftalina, apresentando diversas marcas de traça, embora - como se dizia então - tivessem custado ‘uma nota’. Mesa farta Os grupos de fiéis dirigiam-se para o conforto relativo dos seus lares, onde já os esperavam – conforme o grau de abastança - iguarias como o lombo de porco frito, acompanhado de amêijoas ou conquilhas, a linguiça e o chouriço assado, o imprescindível bacalhau cozido com batatas e couves, peixe no forno, carne assada com batatas e, sobretudo, a galinha sarjada ou de cabidela. Tudo isto rematado com fatias douradas e laranjas, tangerinas, peras e demais fruta da época. Uma vez que muitos lagoenses possuíam parcelas de terra, onde tinham condições para fazer criação, constituía hábito comum que todas as pertenças do porco fossem de matança recente, as quais eram aproveitadas ao máximo, pois viviam-se tempos de míngua

e tudo devia ser muito bem gerido. As famílias reuniam-se geralmente na casa dos avôs ou dos pais, para o que era feito convite atempado e combinados os pormenores, de forma a que Consoada fosse realmente abençoada e nada faltasse. Sapatinho de manhã Então como agora, a criançada dormitava inquieta ao longo da noite, que parecia não ter fim… até que a manhã – finalmente – nascia e os miúdos eram levados pelos progenitores até junto dos sapatinhos, colocados estrategicamente junto à lareira ou ao fogão, numa ocasião de êxtase infantil, por entre manifestações de alegria… ou de desilusão. Os presentes preferidos dos petizes eram os muitos cobiçados soldadinhos de chumbo, os carrinhos, barcos e aviões em madeira ou folha de estanho, mesmo o pião e os berlindes, enquanto as meninas perdiam-se de enlevo pelas bonecas de porcelana, de pasta de papel e de trapos, sem esquecer os utensílios de cozinha, como tachinhos, pratos e fogareiros, muito embora casacos, camisas, calças, vestidos, saias, lenços, ceroulas, meias e cuecas fossem as lembranças mais co-

muns e bastante mais acessíveis… e úteis. Saudar o Ano Novo Uma semana depois da Consoada, era tempo de despedir o ano velho, nomeadamente o que trouxera de nefasto, e de saudar o novo ano que prometia dias mais auspiciosos. De origens pagãs com inspiração campestre e comunhão com a natureza, as gentes de Lagoa sempre encararam esta data representativa do ciclo anual de agradecimento pela generosidade da mãe terra e de renovada esperança num amanhã risonho. Toda essa afinidade explicava-se pelas raízes agrícolas de muitos moradores da vila, cujos hábitos se misturaram com tradições bem mais cosmopolitas. Grande festividade em Lagoa, das mais alegres que se assinalavam e um costume muito arreigado no povo, também servia de pretexto (como não poderia deixar de ser) para a confraternização, reunindo-se o maior número possível de familiares e tomandose parte ativa nos bailes promovidos em espaços públicos. Outros optavam por cantar as Janeiras em grupos que calcorreavam a localidade de porta em porta. Em tudo semelhante na confeção de comidas e na preocupação pelo visual com o sucedido por ocasião da Natividade, no primeiro dia do novo ano os lagoenses voltavam a vestir as suas melhores peças de roupa e passeavam em família pelas principais artérias da vila, as quais conheciam um movimento inusitado, com destaque para as tabernas, bastante concorridas e onde o vinho local escorria com abundância, ‘empurrando’ petiscos à base de derivados de porco. Cantar as Janeiras Reminiscência rústica da Idade Média, quando os trabalhadores campestres cantavam por cortesia à porta dos seus amos e senhores quadras alusivas às festividades, as Janeiras congregavam largas dezenas de cantantes e tocadores, que se organizavam em diversos grupos e insistiam junto à casa dos mais abastados, até que as entradas fossem franqueadas, os proprietários agradecessem pessoalmente o gesto e fosse servido um ligeiro repasto, onde não podiam faltar os doces, as fi-


Paula Duarte - Empresária

O que não pode faltar na noite da Consoada?

O bacalhau e o bolo-rei.

Qual a prenda que gostaria de receber?

Não tenho nenhuma em especial... Talvez ganhar o Euromilhões.

Principal desejo para 2016?

Em primeiro lugar, saúde. Paz no mundo e que o o primeiro-ministroAntónio Costa cumpra o que prometeu.

NATAL

2015 Quarta-feira, 23.12.2015

Especial //

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KÁTIA VIOLA

Mensagem de Natal e Ano Novo do Presidente da Assembleia Municipal de Lagoa

Na atualidade, dominam as decorações natalícias de néon, com muita luz e cor

lhós, os pastéis de amêndoa e batata-doce e a pinguinha, normalmente aguardente de medronho, mas também uma ou outra produção de vinho caseiro e água-pé. A romaria prolongava-se até altas horas da noite e, apesar de alguns visados não convidarem a entrar em suas casas, pelo menos vinham à umbreira da porta e ofertavam o que tinham disponível, tanto mais que não proceder assim seria considerada uma indelicadeza de todo o tamanho. De referir que a partir das primeiras

décadas do século XX começam a ser formados grupos expressamente para esta ocasião, com ensaios prévios nos quais se criavam quadras de pé quebrado com referências pessoais a determinados lagoenses de proeminência.

* Com base na obra em dois volumes “História do Concelho de Lagoa”, da autoria de Rossel Monteiro dos Santos e publicada pelas Edições Colibri/Câmara Municipal de Lagoa em 2001. PUB

No dia 25 de Dezembro, de acordo com a narrativa cristã, nasceu em Belém, filho da Virgem Maria, Jesus, o Salvador do mundo, dando-se cumprimento às profecias antigas. Por todo o mundo ocidental celebra-se o advento de Jesus e dos novos tempos que o seu nascimento inaugurou com cânticos de amor e alegria, num verdadeiro hino à vida. O nascimento é vida! O Natal é a celebração da vida! Nesta quadra natalícia, quando se celebra a vida, não podemos ignorar que no mundo em que vivemos decorrem trinta e seis conflitos armados, em que morrem diariamente milhares de homens, mulheres e crianças, vítimas de guerras alimentadas pelo ódio, pela intolerância e pela ganância dos homens. Quando nos reunimos em família, no conforto das nossas casas, para celebrar o Natal, não podemos ignorar que milhares de famílias como as nossas têm de deixar para trás as suas terras, as suas casas, os seus empregos, os seus familiares e amigos, para fugir de guerras impiedosas, com o risco da sua própria vida e da dos seus entes queridos. Não podemos ignorar as imagens impressivas que nos entram pela casa adentro de refugiados mortos nas praias da Turquia ou de Itália ou os salvamentos no mar Mediterrâneo, que se tornou num gigantesco cemitério de Homens e ilusões. Também não podemos ficar indiferentes ao erguer de muros e de barreiras de arame farpado nas fronteiras dos países europeus para impedir a entrada de refugiados de guerra, que se deslocam aos milhares, num movimento que faz lembrar o êxodo dos hebreus do Egipto, como relata a Bíblia. Ironia da História: aqueles que são perseguidos nos seus países por loucos sanguinários - que invocam o nome de deus para cometer as mais hediondas atrocidades -, que são empurrados para fora das terras onde nasceram e que procuram asilo na Europa, são confundidos, nos países de acolhimento, com os seus perseguidores, como se de terroristas se tratassem. Triste sina a destes homens, mulheres e crianças que, por ironia do destino, nasceram no lado errado do mundo e viveram os factos mais sombrios da História! Quando celebramos o Natal não podemos ignorar as vítimas inocentes dos ataques terroristas, perpetrados no coração da Europa, o último dos quais em Paris, que matou centenas de pessoas comuns, tal como nós, cujo único pecado conhecido era desfrutar de momentos de lazer num fim de semana, após uma semana de trabalho. Este atentado terrorista, perpetrado por homens e mulheres aparentemente comuns que vivem connosco, ao nosso lado, no meio de nós, como se um de nós se tratasse - representa o mais cobarde e soez ataque contra o nosso modo de vida e os valores da civilização ocidental, que o Natal invoca, e constitui um factor gerador de suspeita e de desconfiança no outro, que mina os alicerces da nossa sociedade, que se pretende inclusiva. Quando celebramos o Natal, no recato do nosso lar, não podemos ignorar os fenómenos extremos da natureza - cada vez mais frequentes e devastadores, que arrastam na sua torrente vidas humanas e bens materiais -, resultantes do aquecimento global do planeta, por negligência de uns e por ganância de muitos outros. Nesta quadra natalícia, em que decorreu a Conferência sobre o Clima, reunindo em Paris os líderes mundiais, para discutir as alterações climáticas e fixar a redução das emissões de gases com efeito de estufa, os egoísmos nacionais falaram mais alto e não permitiram que se fosse mais longe no compromisso assumido para salvar o planeta. Citando o Papa Francisco, na sua Encíclica “Laudato Si”, partilho da sua interrogação: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem nos vai suceder, às crianças que vão crescendo? “ Sem pretensão de responder a esta questão, direi apenas que temos um dever de solidariedade intergeracional para com as gerações futuras de fazer tudo aquilo que estiver ao nosso alcance para deixar aos nossos filhos, aos nossos netos, uma “ casa comum “, onde possam viver uma vida digna, em paz, amor e harmonia, valores que o Natal convoca. Com uma fé inabalável no Homem e na sua capacidade de se reinventar e de construir um mundo melhor – mais justo, mais fraterno, inclusivo e solidário – desejo a todos os munícipes do concelho de Lagoa – aqueles que aqui nasceram e os que aqui escolheram viver ou trabalhar – um Feliz Natal e Um Bom Ano Novo de 2016.

O Presidente da Assembleia Municipal, José Águas da Cruz


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Luis Dias - Presidente do Grupo Desportivo de Lagoa

O que não pode faltar na noite da Consoada?

Um bacalhau com natas, torta de claras e tronco de chocolate.

Qual a prenda que gostaria de receber?

As prendas são todas bemvindas, desde que sejam dadas com amor e carinho.

Principal desejo para 2016?

Desejo para todos muita saúde e que a paz reine entre os homens, independentemente de raça ou credo.

NATAL

2015 Quarta-feira, 23.12.2015

Especial //

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INICIATIVA Feira de Natal de Lagoa entre elogios e apelos

“Faltam mais eventos deste tipo” Cerca de cinco mil pessoas passaram pela Feira Natal de Lagoa, entre 11 e 13 de dezembro. A Aldeia Presépio foi a principal atração, naquela que constituiu a melhor edição das cinco até agora realizadas.

Muitas pessoas fizeram compras de Natal

Opiniões “Esta feira tem um pouco de tudo” A aldeia presépio foi a principal atração do evento Texto: José Manuel Oliveira Fotos: Kátia Viola

A

poucas horas do encerramento da Feira de Natal de Lagoa, no dia 13 de dezembro, Emídio Paias, empresário de eventos e de produtos regionais, mostrava satisfação com a forma como decorreu o evento, embora contasse com mais vendas. “Vêem-se pessoas a circular muito por aqui, mas a comprar pouco. Andam a passear, perguntam pelos nossos produtos, mostram interesse sobretudo pelo moscatel e licor de laranja e as compotas, mas tem sido pouco ao nível de vendas”, disse ao Lagoa Informa o proprietário da empresa From Algarve. “Ainda assim, a feira em si correu bem. A ideia foi positiva ao trazerem os miúdos das escolas a visitar o presépio ao vivo, um espaço cativante, bem como a animação para as crianças. Outra iniciativa que apreciei foi o facto de terem proporcionado aos idosos que estão nos lares da terceira idade a possibilidade de visitar o recinto”, salientou Emídio Paias. “Foi a melhor feira” Já no interior do pavilhão, Piedade Mendes, 53 anos, expositora de produtos de decoração para o lar, bem como roupa de cama, de banho, pijamas e robes, “com preços para todas as carteiras”, como fez questão de referir, não escondia a sua satisfação. Era possível ver no seu ‘stand’ robes por 18 euros e por 47,50 um jogo de cama para casal com quatro peças de marca. “Aproveitámos esta feira, na qual te-

Os mais novos divertiram-se à grande

“Esta feira é a melhor em que participámos. Tem mais gente e é boa em termos de negócio.” mos participado todos os anos, sobretudo para divulgação dos produtos que vendemos nas nossas lojas em Lagoa e Portimão”, afirmou a empresária ao Lagoa Informa. E acrescentou: “Esta feira é a melhor, tendo contado com muitos visitantes. Em termos de negócio também foi, para nós, a melhor. As pessoas compraram, por exemplo, paninhos alusivos ao Natal, pegas para a cozinha, toalhas de mesa, pijamas. Estou satisfeita”. Piedade Mendes aproveitou para deixar um apelo: “Faltam mais eventos deste tipo em Lagoa, pequenas Fatacis, digamos assim. Devia haver uma feira alusiva à Páscoa e outra no Verão para atrair turistas, além da Fatacil”. Fotografias com cobras assustam Num dos expositores que também despertou as atenções, por cinco euros os visitantes podiam fotografar-se, imagine-se, com cobras ou iguanas. João Duarte, de 45 anos, expositor, residente em Lagoa a atualmente desempregado, explicou ao nosso jornal: “O preço de cada foto é cinco euros para ajudar a alimentação de animais exóticos como cobras e iguanas adquiridas a criadores. Essa quantia destina-se igualmente para contribuir para ações educativas no sentido de desmistificar o que fazem estes ani-

mais e criar uma associação. Foram sobretudo famílias quem mais quis fotos com os animais.” Cerca de cinco mil visitantes Na Aldeia Presépio, a principal atração da Feira de Natal, enquanto uma jovem representando ‘Maria’ ia embalando o menino (Jesus) ao lado de ‘São José’, junto à sua carpintaria e de um burrito conhecido por ‘Sebastião’, com muitas pessoas a fotografarem e a filmarem, num dos espaços em anexo quatro cabras animavam o ambiente com «méeee!…méeee!…». Outros figurantes e o público ajudavam ao coro e os animais aproveitavam para comer palha e matar a sede em pequenos bebedores com água ali espalhados para o efeito. “Anda lá ver o que é que o Zé carpinteiro está a fazer”, dizia um homem, acompanhado de um miúdo. Enquanto isso, balões e um palhaço contribuíam para a festa, a par de alguns jogos tradicionais para crianças. Muitas delas, orientadas pelos pais, experimentavam andas, tal como os adultos. Já de noite, em várias áreas do exterior do recinto, houve quem se queixasse sobretudo de pouca iluminação. No total, estiveram presentes cerca de cinco mil pessoas, segundo apurou o Lagoa Informa.

“A feira está muito bem organizada, tem um pouco de tudo, comes e bebes, animação com nível e boa música. Já fiz algumas compras e estou ainda a ver mais coisas. Helena Cabrita, Rececionista Achei muito engraçados os jogos tradicionais na área exterior para adultos e crianças. Experimentei quase todos. E o presépio ao vivo também está muito giro.”

“Faltou um multibanco” “Estou a gostar imenso desta feira. Só gostaria que houvesse no recinto um programa sobre as atividades. Sei, por exemplo, que Ana Gil, vai haver uma representação, mas Professora desconhecemos a que horas. Por outro lado, nota-se a falta de uma caixa multibanco, o que me obrigou a ter de ir a outro lado para levantar dinheiro. O que mais apreciei neste evento foi a Aldeia Presépio, com figuras reais. Está é, na minha opinião, a melhor Feira de Natal, sem dúvida.

“Poderia haver informação a explicar a Aldeia Presépio” “É a primeira vez que venho a esta Feira de Natal em Lagoa e estou a gostar do que vejo. É um conceito Roberto Cabrita, giro e interessante. Já fiz algumas Consultor imobiliário compras. O que mais destaco é o espaço exterior com representações, a Aldeia Presépio. Acho é que quando cá chegamos poderia haver alguma informação com folhetos a explicar a Aldeia Presépio e outros aspetos de diversão. Espero que, no próximo ano, continuem a organizar este evento. Estão de parabéns.”


NATAL

2015

Luis Alberto - Presidente da Junta de Freguesia de Ferragudo

Bacalhau com natas, filhoses e vinho.

Quarta-feira, 23.12.2015

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O que não pode faltar na noite da Consoada?

// Especial

Qual a prenda que gostaria de receber?

A ponte militar em Ferragudo é já uma das prendas. Gostaria, também, de ter uma semana de férias.

Principal desejo para 2016?

A requalificação urbana da baixa da vila de Ferragudo.

FESTA Saiba como é a Consoada dos Bombeiros

“Noite de Natal no quartel é estar em harmonia com os colegas” A poucas horas da Consoada, fique a saber como vão os bombeiros passar a noite de Natal de serviço no quartel. Dois deles, Marta Raposo, subchefe, e Celso Abreu, contam ao Lagoa Informa como será a ceia e recordam situações de outros anos. Texto: José Manuel Oliveira Fotos: Kátia Viola

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arta Raposo, subchefe dos Bombeiros Voluntários de Lagoa, onde se encontra há 21 anos, é um dos 13 elementos desta corporação escalados para ficar de serviço durante a noite de Natal no quartel. Natural de Sintra, tem 48 anos e reside há 28 nesta cidade. “Passar a noite de Natal de serviço no quartel é estar em harmonia com os colegas. É, de resto, o único dia do ano em que também confraternizamos mais de perto uns dos outros. É uma noite diferente. Antes, combinamos o nosso jantar. Se houver possibilidades, trazemos bacalhau, leitão ou camarão, depende. Isto, além de bolo-rei. Só não entram aqui bebidas alcoólicas, apenas sumos e água. Alguns trazem familiares, outros não, consoante a disponibilidade”, conta ao Lagoa Informa Marta Raposo. Tem uma filha, de 26 anos, que vive com sua a neta, e um filho de 13, que está com o pai. À partida, pensa que não virão ao quartel, pois “têm para onde ir”. Não estar na noite de 24 para 25 de dezembro em casa com a família, para um elemento da corporação dos Bombeiros de Lagoa, como é o seu caso, “é uma questão de hábito”. “Já passei aqui várias noites de Natal, não me recordo quantas”, nota. Não sente a falta do ambiente íntimo no seu lar, nesta noite especial do ano, porque “quando sair às 08h00 de serviço estarei presente junto da família e farei a festa ao voltar para casa”. Família no quartel Já para Celso Abreu, de 31 anos e bombeiro da corporação de Lagoa há seis, outro dos operacionais de serviço na noite de Natal, “esta é uma quadra em que sentimos imensa pena de não podermos estar junto da família, mas o nosso trabalho não pode parar”. E acrescenta: “Tentamos levar a noite de Natal para outras noites e compensar a família de outra maneira. Como os meus filhos ainda têm uma idade muito precoce, não têm a noção certa do que se está a passar. Sou bom-

Os dois bombeiros encaram com naturalidade o facto de passarem a noite de Natal no quartel

beiro há alguns anos e a minha família já tem a noção de que os bombeiros não fecham e desta vez calhou-me ficar de serviço”. Natural de Portimão, reside em Silves com a sua companheira e os dois filhos, um de três anos e o outro de quatro. “À semelhança de outros anos, juntamos aqui as famílias para podermos passar um momento mais acolhedor. Cada um traz a sua merenda. Normalmente, trago vários tipos de sobremesas, como arroz doce, mousse de chocolate e ainda um bolo típico de Natal como troncos. E tentarei também trazer um bolo-rei para não fugir à tradição”, conta ao Lagoa Informa Celso Abreu. Além disso, espera deliciar-se na ceia da Consoada com “carnes, lombo de porco, coisas mais simples”. Quando sair de serviço às 08h00 do dia de 25 de dezembro, o bombeiro já tem um plano em mente: “Vou vestir-me de Pai Natal e aparecer em casa junto da minha e dos meus filhos”. Idosos chamam a pedir conforto E como é normalmente a noite de Natal no concelho de Lagoa, tendo em conta experiências de

outros anos? Marta Raposo recorda alguns episódios: “Às vezes, surgem telefonemas daquelas pessoas mais idosas que vivem sozinhas ou nos conhecem de vários serviços, as quais necessitam do nosso conforto para falar. Desejam-nos um bom Natal e depois conversam um pouco. Precisam daquela palavra amiga e nós damos o apoio que podemos. Já outros idosos vêm ao quartel e oferecem-nos bolos. A noite de Natal é geralmente mais calma. As pessoas estão mais sensibilizadas e não se notam excessos nas estradas. Pelo menos, não temos tido esses problemas”. Ambulância para companhia… Também Celso Abreu recorda situações de Natal, em que alguns idosos mostram precisar apenas de companhia: “As saídas que temos durante a noite de Natal são, geralmente, para casas de pessoas idosas que se encontram sozinhas. Chamam uma ambulância para irem para o hospital por qualquer motivo, embora nada de grave, notando-se que o objetivo é poderem ter alguma companhia. Não tenho memória de situações graves que tenham

“Cada um traz a sua merenda. Normalmente, temos vários tipos de sobremesas, como arroz doce, mousse de chocolate e ainda um bolo típico de Natal como troncos. Tentarei também trazer um bolo-rei para não fugir à tradição.”

ocorrido na noite de Natal”. Por outro lado, lembra, “há situações infelizes em que os familiares chamam uma ambulância e tentam ‘despachar’ os seus idosos para o hospital e não terem cuidados, de forma a poderem estar mais à-vontade na noite de Natal. Estas situações, que são de lamentar, no entanto têm vindo a diminuir”. O choque no ano de 2000… Houve um ano em que, porém, não faltaram chamadas telefónicas para o quartel dos Bombeiros Voluntários de Lagoa, recorda Marta Raposo. “Só no ano de 2000, que me lembre, é que foi uma noite um pouco mais atribulada. Dizia-se que ‘a 2000 chegarás, de 2000 não passarás’. E as pessoas mais idosas estavam com receio que o mundo acabasse e telefonavam-nos várias vezes durante o período do dia e da noite, algumas delas até a chorar. Houve quem entrasse um pouco em choque nessa altura”, descreve Marta Raposo. A subchefe dos ‘soldados da paz’ de Lagoa só espera que esta noite de Natal seja calma, sem ocorrências. “Mas é tudo im-

previsível. Num minuto, tudo pode acontecer e nessa altura a consoada pára para prestarmos assistência a quem necessita. Na passagem-de-ano é que costuma haver mais chamadas”, avisa, reconhecendo que “mesmo assim, já foi mais complicado”. Não espera receber presentes no quartel, nem tão pouco um simples frasco de perfume. Marta Raposo até sorri e diz que tal nunca aconteceu. “Se alguém oferecer um frasco de perfume será só para um homem ou para uma mulher. Se for um bolo será para todos os elementos do corpo de bombeiros”, sublinha. Quanto a Celso Abreu, até acharia interessante aparecer uma oferta no quartel dos Bombeiros de Lagoa na noite de Natal, mas, ressalva, “é claro que não vimos trabalhar com esse intuito”. Contudo, refere que esperam dos cidadãos “o obrigado diário, como sinal de reconhecimento do nosso trabalho, e não só no Natal”.


Nuno Diogo - Empresário e proprietário do restaurante Bon Bon

O que não pode faltar na noite da Consoada?

Vou estar a trabalhar nessa noite, mas na minha mesa não pode faltar o bacalhau, o perú recheado e o tronco de Natal.

Qual a prenda que gostaria de receber?

Que o IVA baixe, que haja paz no mundo e que as pessoas sejam mais humildes e compreensivas entre si.

Principal desejo para 2016?

Que Portugal entre numa fase diferente, que aumente o poder de compra e que possamos sorrir mais.

NATAL

2015 Quarta-feira, 23.12.2015

Segurança //

PROTEÇÃO Meios e capacidade de resposta testados

opinião

“Todos os simulacros devem ser surpresa”

Querida Amiga e Colega Alda

Um exercício na Praia da Marinha envolveu uma equipa de salvamento em grande ângulo de resgate nas falésias e outra de mergulho. José

D.R.

Manuel Oliveira

N

a noite de 27 de novembro, pelas 22h.30, um simulacro na Praia da Marinha envolveu uma equipa de salvamento em grande ângulo e outra de mergulhadores, com um total de 15 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Lagoa e seis viaturas. Mas quem foi chamado para uma emergência e compareceu, de imediato, no quartel com o objetivo de acorrer a um cenário, o qual apontava para a queda de dois pescadores lúdicos - um diretamente na água e o outro como tendo ficado ferido num algar com cerca de 25 metros de altura - não sabia que, afinal, não se tratava de uma situação real. Era apenas mais um treino daquelas duas valências específicas dos bombeiros lagoenses. Além do comandante Vítor Rio e do coordenador de operações, o adjunto Nuno Barros, só tinham conhecimento do simulacro a Polícia Marítima que destacou para a Praia da Marinha um veículo com dois operacionais ordenados pelo responsável da capitania do porto de Portimão, comandante Santos Pereira, que superintende aquela zona sob a jurisdição da Autoridade Marítima. “O objetivo foi testar meios e capacidade de resposta, visto que, como todos os corpos de bombeiros, os meios também escasseiam. Há certas alturas em que acabam e temos de recorrer a elementos voluntários. Pretendia-se que numa abordagem inicial sairiam do quartel os meios que estavam ao serviço. Conseguiram sair dois veículos com seis operacionais (bombeiros). Na segunda fase, foi enviado um sistema de mensagens para todos os bombeiros que têm esta formação específica na área de salvamento em grande ângulo e de mergulho”, contou ao Lagoa Informa Nuno Barros. Cenário real Os operacionais convocados dirigiram-se para o quartel, equipa-

Simulacro apanhou de surpresa os bombeiros e testou capacidades

ram-se e seguiram para a Praia da Marinha, desconhecendo, como já referido, o que realmente os esperava. “Todos os simulacros devem ser surpresa para testar a capacidade de meios. Se os avisasse previamente, às 22h00 teria cá todo o grupo. Isso não teria lógica. Os simulacros refletem um cenário real de emergência de diferentes situações, nomeadamente, incêndios, acidentes, terramotos, inundações, entre outros. Acima de tudo, estes exercícios servem para que num cenário real se consiga lidar o melhor possível com as situações envolventes, evitando que os danos provocados nas instalações sejam agravados com danos ou perdas humanas”, sublinhou. “O que nos faz mover é a adrenalina” E, afinal, como reagiram os operacionais no terreno ao depararem com uma situação fictícia? “O que nos faz mover é a nossa adrenalina a chegar ao local e aí ajudar ou colaborar no modo de salvar vidas. Quando chegaram ao ponto de encontro, os operacionais foram informados que entraram num simulacro e pedia-se que tivessem a mesma atitude como se fosse uma situação real. Colaboraram e foram testados todos os meios.

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É nestas situações que se consegue ver os aspetos a melhorar, os que são bons e o que se pode mudar e criar. Há sempre arestas a limar numa costa extensa como a do concelho de Lagoa com algares e arribas com cerca de 50/60 metros de altura, desgastadas pela chuva e pela água do mar”, destacou Nuno Barros. Treino operacional mensal nas falésias Os Bombeiros Voluntários de Lagoa realizam um treino operacional uma vez por mês, de dia ou de noite, em zonas de risco nas falésias, onde pescadores e visitantes arriscam em demasia, por vezes, apesar da sinalização colocada. O comando não receia que numa próxima chamada de emergência para um simulacro possa surgir um sentimento de desconfiança por parte de quem recentemente desconhecia que a situação na Praia da Marinha, afinal, não era real. “Há aspetos a melhorar. É preciso treino, treino e treino, afinal uma equipa não é um grupo de pessoas que trabalham juntas. Uma equipa é um grupo de pessoas que confiam umas nas outras”, conclui Nuno Barros.

Não quis deixar silêncio na hora da tua partida – e disse-o ao teu Joaquim. Deixas saudades a muita gente – família, primeiro, mas também a amigos e colegas, onde me incluo. Sabíamos, todos, a João Reis luta que travavas; como era tua característica, com determinação, gana, coragem. Lembro-te a chegares à nossa Escola C+S, quando te conheci; não me lembro quando – o tempo corre e cavalga a história, como tu tão bem sabes; mas lembro que vinhas plena de vontade, fibra, alegria e juventude. E fui sabendo do teu percurso – professora, estudante, esposa, mãe. Nunca acusaste o peso de tanta responsabilidade; pelo contrário, por cada etapa conquistada, desafiavas outra. Moça destemida! Em cima disso, a escrita e a poesia que me foste dando a ler. Soube da pintura – mas foi o teu Joaquim quem ma mostrou – sem ser entendido, vê-se nela a tua força; a cor, a pincelada possante. A mesma força e a mesma disponibilidade com que deixaste o corpo à ciência – assim como quem diz “tentem ver o que correu mal comigo, para tentarem salvar outros”. Das páginas do caderninho que te ofereci, e que tão simpaticamente me deixaste, escolhi - e pedi licença ao teu Joaquim/marido/ amigo/companheiro ajuda para publicar este poema: “A imagem perdeu-se algures Mas a essência, essa permanece. Somos o que somos, para alguns; Somos nada, para quem nos esquece” Alda, obrigado por teres sido! Recordar-te-emos, fica certa. Repousa em Paz. Beijinho do amigo Reis

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NATAL

2015 Quarta-feira, 23.12.2015

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// Diversos Distrital de Futebol

D.R.

GD Lagoa vence e mantém-se na liderança D.R.

Mais um jogo em casa e mais um triunfo do GD Lagoa, que venceu no passado sábado, 19 de dezembro, o Monchiquense por 3-1, em jogo relativo à 11ª jornada do Campeonato Distrital da 1ª Divisão. Todos os golos da equipa lagoense foram obtidos pelo veterano Filipe Borges, um sério candidato a arrecadar o título de melhor marcador da competição. Após este triunfo, os lagoenses continuam isolados no comando da classificação com 29 pontos, mais dois que o Ferreiras. Depois da pausa natalícia, a próxima jornada está marcada para 9 de janeiro, com o GD Lagoa a deslocar-se ao terreno do 11 Esperanças. Na 2ª Distrital, o Carvoeiro United recebeu no Estádio Municipal de Estômbar, também a 19 de dezembro, o Sambrasense, segundo classificado da geral, tendo empatado a 2-2, pelo que mantém o sétimo lugar da geral com 9 pontos.

Pudim de Mel do Algarve

D.R.

Ingredientes:

Em França

Vera Fernandes foi 61º no Europeu de Corta-Mato A atleta da Associação Académica da Bela Vista, Vera Fernandes, foi 61ª classificada no Campeonato Europeu de Corta-Mato, que decorreu no passado dia 13 de dezembro em Hyeres (França), onde representou, pela primeira vez, a seleção portuguesa. Numa prova difícil, Vera Fernandes competiu com as melhores atletas da Europa e teve uma prestação positiva. Segue-se agora a preparação para outra prova, a Meia-Maratona de Barcelona, que se realiza em fevereiro e onde vai a representar a Associação Académica da Bela Vista. Futebol

12 ovos 500gr de açúcar 2 colheres de sopa de mel 1 colher de sopa de zeite 1 raspa de limão 1 colher de chá de canela Manteiga para untar

Luís Dias foi eleito dirigente do ano 2015 A 11 de dezembro

Escolinha D’ADR comemorou Natal

Preparação

No dia 11 de dezembro, a Escolinha D’ADR voltou a abrir as portas para receber as famílias das suas crianças para a tão aguardada Festa de Natal, que envolveu toda a equipa, pais e crianças. Este ano, assistiu-se à viagem de Maria, José e do Burro até Belém, num percurso em que os três se depararam com divertidas personagens, representadas pelas crianças da Escolinha D’ADR. O Pai Natal não podia deixar de estar presente no nascimento do menino e apareceu de surpresa, vindo da plateia para presentear todas as crianças com a sua magia e prendinhas. Os presentes também foram presenteados com uma coreografia cantada, com a melodia ‘Maria’, dos Xutos & Pontapés, que demonstrou todo o trabalho de equipa e que o espirito natalício está bem presente naquela instituição.

1. Juntar todos os ingredientes numa tigela. 2. Começar por bater os ovos com o açúcar, depois de bem incorporados, juntar os restantes ingredientes. 3. Untar com manteiga uma forma de castelo ou forma redonda, deitar a mistura para dentro. 4. Levar a um forno médio em banhomaria (colocar a forma dentro de uma tigela/tabuleiro de água, isto cria uma cozedura mais suave, ideal para pudins), para cozer por volta de 1 hora.

Farmácias com serviço noturno 20 A 24 DE DEZEMBRO LAGOA (LAGOA)

Dica: Pode-se acompanhar com caramelo ou uma calda de mel. PUB

27 A 31 DE DEZEMBRO OLIVEIRA MARTINS (FERRAGUDO)

NOTA: À data de fecho desta edição do Lagoa Informa ainda não se encontrava disponível o calendário das farmácias de serviço no concelho relativo a 2016, da responsabilidade da Administração Regional de Saúde do Algarve.

O presidente do Grupo Desportivo de Lagoa, Luís Dias, foi eleito pela Associação de Futebol do Algarve ‘Dirigente do Ano de 2015’. “Este prémio não é só meu, pois sozinho nada teria feito. É de todos os que gostam e trabalham diariamente no clube. A distinção vem aumentar a responsabilidade de toda a direção para continuar a trabalhar para que o GD Lagoa continue a crescer e seja cada vez mais forte em toda as suas modalidades e escalões”, afirmou Luís Dias após a conquista deste prémio. Prova juntou clubes algarvios

Canoagem celebra festiva no rio Arade

época

Dez clubes de canoagem e o Município de Lagoa voltaram a celebrar o Natal de uma forma diferente. O rio Arade, junto ao Posto Náutico Municipal, recebeu na manhã de 12 de dezembro um total de 256 atletas de dez clubes do Algarve e Alentejo para esta competição que tem, anualmente, como principais atrativos o convívio e competição saudável. Os atletas do Kayak Castores do Arade estiverem, mais uma vez, em grande destaque ao alcançar um total de 14 pódios nas diversas categorias. Realce para os triunfos em seis escalões: Rúben Luís (Menor), Tomás Vasconcelos (Iniciado), Diogo Filipe (Infantil) Beatriz Reis (Júnior F), Ana Bebiano (Sénior F) e Orlando Silva (Vet-A). A Prova de Natal de Canoagem foi uma organização conjunta do Município de Lagoa e da Associação dos Amigos para o Desenvolvimento da Mexilhoeira da Carregação (AADMC). praticantes federados

ACD de Ferragudo bate recorde no basquetebol A ACD Ferragudo registou até ao dia 10 de dezembro 102 atleta inscritos, segundo dados da Federação Portuguesa de Basquetebol, 102 atletas inscritos, distribuídos por oito equipas federadas, duas delas em competições a nível nacional. A direção da associação conta em breve atingir os 150 praticantes. Entretanto, a atleta Raquel Mendes estagiou nos dias 21, 22 e 23 de dezembro na Cruz Quebrada, com vista à participação no Torneio Internacional de Medina del Campo, em Valladolid, integrado na preparação da seleção nacional que vai disputar o Campeonato da Europa na categoria de Sub-16.


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NATAL

2015

A fechar...

23 de dezembro de 2015 - Quarta-feira

D.R.

2016 Mar recebe banhistas mais corajosos a 1 de janeiro

Todos à água no Pintadinho Banho fresquinho já é tradição no primeiro dia do ano em Ferragudo. D.R.

Dell’Acqua com emoção no Convento A Capela do Convento de S. José, em Lagoa, recebeu a 13 de dezembro um espetáculo de canto do conjunto Dell’Acqua, composto por Carla Pontes (soprano), Grace Borgan (flauta) e Cristiana Silva (piano). Interpretando obras alusivas à quadra natalícia de compositores como Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi, Georg Friedrich Händel, Giulio Caccini, e Adolphe Charles Adam, as Dell’Acqua transmitiram emoção ao público que encheu por completo a capela.

Presépios do mundo em Ferragudo Está patente na Casa do Real Compromisso Marítimo de Ferragudo até 6 de janeiro uma exposição com 33 presépios que poderá ser visitada de segunda a sexta-feira (10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00). Também pelas ruas da vila estão espalhados pequenos presépios no comércio local que podem ser visitados.

Concurso de fatos de banho vai ‘aquecer’ um pouco o ambiente na entrada do novo ano

A

vila de Ferragudo volta a receber no próximo dia 1 de janeiro, às 11h00, mais um ‘Banho de Mar’ que promete juntar perto de centena e meia de banhistas, além de outros tantos curiosos, numa organização da Junta de Freguesia local. O palco natural será de novo a Praia do Pintadinho, onde a água fria não constituirá obstáculo

para os muitos corajosos que fazem já deste ritual uma tradição. Para ajudar os menos audazes, os participantes que se inscreverem até ao dia 30 de dezembro terão direito a um cacau quente e a uma ‘t-shirt’ comemorativa. Outro dos incentivos da organização é o concurso de fatos de banho originais, que tem como prémios para os três primeiros classifica-

dos um fim-de-semana para duas pessoas no empreendimento Vitor’s Village, uma refeição para dois no restaurante Pintadinho e um duplo passe para observação de golfinhos. As inscrições podem ser efetuadas na Junta de Freguesia, no Posto de Correios de Ferragudo ou no local do evento, no próprio dia do banho.

Feira de Natal na vila de entusiasmo e animação para os mais novos. Um globo de neve gigante agradou à pequenada, enquanto os vários espetáculos musicais juntaram cerca de duas mil pessoas ao

A equipa de juvenis masculinos do LAC (Lagoa Académico Clube) mantém-se na senda dos bons resultados e venceu no passado sábado, em Lagoa, o Torrense por 31-19, em jogo da 13ª jornada do Campeonato Nacional de Andebol da 1ª Divisão, zona 4. Com este resultado, os lagoenses mantêm o quinto lugar na classificação, a um ponto do quarto classificado e a dois do terceiro.

Lagoa Informa regressa a 14 de janeiro

Carvoeiro viveu ambiente natalício O Largo da Praia, em Carvoeiro, foi palco de mais uma edição da Feira de Natal que no passado fim-de-semana (de 18 a 20 de dezembro) contou com muito público, tendo constituido o centro

Andebol: Juvenis do LAC derrotam Torrense

longo dos três dias da iniciativa. A feira movimentou dezenas de expositores, que comercializaram diferentes produtos, entre doces típicos e artigos tradicionais.

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Devido ao período festivo que atravessamos, o Lagoa Informa chega um dia mais cedo às mãos dos leitores, quarta-feira, 23 de dezembro. Também por isso, e na sequência de uma breve pausa, regressaremos com a edição nº15 a 14 de janeiro. Até lá, desejamos aos nossos leitores Boas Festas e um ótimo 2016.

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