Proença de Carvalho preside ao Conselho Geral do IPCB
INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO www.ipcb.pt gcii@ipcb.pt
Dezembro 2013
Daniel Proença de Carvalho, advogado e Presidente das empresas Zon e Controlinveste, foi eleito Presidente do Conselho Geral do IPCB, de entre as sete personalidades externas de reconhecido mérito. Natural do concelho do Fundão, Proença de Carvalho foi Ministro da Comunicação Social do IV Governo Constitucional e Presidente do Conselho de Administração da Radiotelevisão Portuguesa. O órgão que agora lidera tomou, entretanto, já posição sobre as “Linhas de Reforma do Ensino Superior” e as eleições para o cargo de Presidente do IPCB. A reorganização da rede de Ensino Superior foi um dos factos que marcaram a cerimónia do 33º aniversário do IPCB, que teve como convidado de honra o atual Presidente da COTEC e ex-ministro da Economia Daniel Bessa. P. 06
IPCB premiado
Diplomado apoia Angola
Cooperação com o Brasil
Qualidade confirmada
O IPCB foi galardoado com o “Prémio de Reconhecimento Mais Centro 2013” por ter sido a “Entidade do Sistema Científico e Tecnológico que apresentou a maior taxa de execução (a 31 de outubro de 2013) de projetos aprovados” pelo Programa Operacional Regional do Centro.
Depois do estágio prático na empresa angolana de telecomunicações Unitel, o diplomado pelo IPCB/EST Wanderson Vigario foi contratado para fazer parte do departamento de Planeamento que tem a seu cargo a parte de projeto/engenharia e desenho da rede de telemóveis.
Em Outubro, foi assinado um protocolo com o Instituto Federal de Brasília que visa, entre outros objetivos, apoiar o “intercâmbio de pesquisadores, professores, técnicos administrativos, de estudantes e de estagiários e o desenvolvimento de missões de ensino e pesquisa.
A APCER renovou a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade do IPCB, de acordo com a norma NP EN ISO 9001:2008. A decisão demonstra que o SGQ do IPCB se encontra consolidado e em conformidade com os padrões internacionais.
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empreender
IPCB recebe prémio pelo programa Mais Centro A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) atribuiu ao Instituto Politécnico de Castelo Branco o “Prémio de Reconhecimento Mais Centro 2013”, pelo facto de ter sido a “Entidade do Sistema Científico e Tecnológico que apresentou a maior taxa de execução (a 31 de outubro de 2013) de projetos aprovados” pelo Programa Operacional Regional do Centro. O galardão, outorgado também a um município, a uma comunidade intermunicipal e a sete empresas, foi entregue numa cerimónia pública que decorreu em Coimbra, no passado dia 6 de dezembro, na qual participou o Vice-Presidente do IPCB, José Carlos Gonçalves. Para a Presidência do IPCB “este prémio vem reconhecer a capacidade do IPCB em implementar projetos de grande importância para o desenvolvimento da sua missão, e só possível graças ao empenho e dedicação de todos os colaboradores que, de uma forma dedicada e empenhada, trabalham na instituição”. A taxa de execução do IPCB foi de 100% e refere-se ao investimento no Centro de Investigação em Zoonoses (CIZ) localizado no campus da Quinta da Senhora de Mércoles onde funciona a Escola Superior Agrária. Trata-se de uma infraestrutura cuja construção teve início em outubro de 2011, que ocorreu dentro dos prazos e das condições previstas e que foi inaugurada pelo Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, no passado dia 21 de maio. O Centro de Investigação em Zoonoses do IPCB representou um investimento de 600 mil euros, comparticipado em 85% pelo Mais Centro. Enquadrado no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o Mais Centro representou, entre 2007-2013, um apoio de 1700 milhões de euros
a 1004 projetos concretizados nos setores da educação, saúde, cultura, ciência e tecnologia, ambiente e desenvolvimento urbano. De salientar que o Sistema Científico e Tecnológico, do qual o IPCB faz parte, é composto por Universidades, Institutos Politécnicos, Centros de Investigação e Desenvolvimento, Laboratórios Associados, Laboratórios de Estado, Instituições privadas sem fins lucrativos que tenham como objeto principal atividades de C&T, empresas desde que inseridas em redes temáticas, em projetos de parcerias internacionais ou de valorização do conhecimento científico e tecnológico ou em projetos liderados por instituições de I&D, instituições públicas e privadas, sem fins lucrativos, que desenvolvam, promovam ou participem em atividades de investigação científica ou de educação e cultura científica e tecnológica.
comunidade
Continuidade nas “Hortas Pedagógicas da ESA”
Biomimetismo
Concerto educativo
O IPCB/ Escola Superior Agrária decidiu manter o projeto “Hortas Pedagógicas da Escola Superior Agrária” com o objetivo principal de dar formação a jovens e familiares na produção e aprendizagem de técnicas de horticultura, assim como fomentar o convívio geracional e comunitário. A terceira edição do projeto Hortas Pedagógicas do IPCB/ESA decorre de 15 de novembro de 2013 a julho de 2014, na Quinta da Sr.ª de Mércules e, ao longo do ano agrícola, vai abranger diversas culturas, nomeadamente hortaliças, tubérculos, leguminosas, entre outras, relativamente às quais, cada jovem acompanhado de um adulto, pode aprender-fazendo, as técnicas produtivas e depois colher os respetivos produtos.
O IPCB/Escola Superior Agrária organizou, no dia 30 de Outubro, a palestra “Biomimetismo - Inovação Inspirada na Natureza”, proferida pela docente Luísa Ferreira Nunes e que visou fazer “uma breve viagem ao mundo fascinante do Biomimetismo e das soluções sustentáveis inspiradas na Natureza”.
O IPCB/ Escola Superior de Artes Aplicadas, em parceria com a Câmara Municipal de Castelo Branco, promoveram, no dia 26 de novembro, um concerto educativo/didático com grupo “Echoes 1.61 Ensemble”, da Universidade Autónoma de Madrid.
As equipas participantes no projeto são constituídas por um jovem, com idade entre os 6 e os 14 anos, e por um adulto que será responsável pelo seu acompanhamento, às quais foi atribuído um talhão de terreno. Tal como tem acontecido nas edições anteriores, o IPCB/ESA disponibiliza, para além do terreno, acompanhamento técnico, água, sementes, plantas, fertilizantes e demais equipamentos. As atividades decorrem ao sábado de manhã e compreendem, ainda, breves sessões de formação teórica sobre as práticas relativas às culturas e sobre as respetivas atividades de manutenção segundo um cronograma de atividades e uma calendarização previamente estabelecida.
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POLINFOR
O objetivo da biomimética é descobrir princípios que regem a organização da estrutura de materiais biológicos e implementá-los na construção de materiais sintéticos ou na estruturação de sistemas de alto desempenho. Os avanços deste ramo científico, que tenta “imitar a vida”, são alcançados tanto em nível académico quanto em aplicações práticas na indústria e design de objetos ou sistemas, envolvendo diversos campos do conhecimento, como engenharia de materiais, robótica, mecânica de fluidos, arquitetura, química e economia. O biomimetismo serve para criar soluções sustentáveis, com base em tecnologia testada e aprovada pela natureza.
O espetáculo realizou-se no auditório do Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco, recentemente inaugurado, e combinou o audiovisual com a música contemporânea. O concerto “juntou a música de vanguarda com as várias línguas atuais, através de instrumentos que misturam a eletrónica e o tradicional”. Como extensão ao concerto existirão oficinas para mostrar a linguagem contemporânea que são elementos chave essenciais para a compreensão da música dos séculos XX e XXI. O “Echoes 1.61 Ensemble” é composto por Alfonso Ortega Lozano (direção, composição e guitarras), Luís Espinar (percussão e eletrónica) José Juarros Monteagudo (flautas) e Luísa Navarro Pascual (voz off)
empreender
IPCB dá-se a conhecer às empresas no “Workshop Regional de Matchmaking”
Integrado no projeto Redes de Inovação e promovido pela Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) realizouse, no dia 3 de dezembro, no IPCB/ Escola Superior Agrária, um workshop onde foi efetuada uma apresentação detalhada do Instituto Politécnico de Castelo Branco e de três das suas Escolas Superiores - Agrária (ESA), de Artes Aplicadas (ESART) de Tecnologia (EST) -, de modo a que empresas participantes tomassem conhecimento das competências, tecnologias e serviços que a instituição disponibiliza. O projeto Redes de Inovação - Informação sobre inovação e desenvolvimento tecnológico para PME (mercados, financiamento e inovação) - tem como objetivo promover a competitividade das Regiões do Centro (com enfoque
na NUTS III Beira Interior Sul) e do Alentejo (com enfoque nas NUTS III Alto Alentejo e Alentejo Central) através da conceção e implementação de um programa integrado de promoção da Inovação. Este projeto prevê o envolvimento das empresas e das entidades do Sistema Científico e Tecnológico (SCT) através de workshops que são realizados em vários pontos do território e promovidos pela AIP-CCI em parceria com associações empresariais, entre as quais a Associação Empresarial NERCAB. Depois deste primeiro workshop, seguiu-se um segundo workshop, no dia 17 de dezembro, o qual consistiu na visita às empresas, por parte dos responsáveis pelo IPCB, cujo objetivo foi o de identificar oportunidades concretas de colaboração.
comunidade
Prémios Sunshine Bookmark Contest 2013 No dia 10 de dezembro, decorreu no auditório do IPCB/Escola Superior de Educação a entrega formal dos prémios do Concurso Internacional - Sunshine Bookmark Contest 2013: “My Most Wonderful Journey”, no qual participaram alunos de duas escolas básicas da cidade de Castelo Branco. Perante um auditório cheio de crianças, a cerimónia realizou-se na sequência do concurso internacional de marcadores de livros promovido pela Biblioteca Pública de Varsóvia, Polónia, e no qual o IPCB/ Escola Superior de Educação esteve envolvido através da docente Maria da Natividade Pires que, no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, promoveu a participação portuguesa. O projeto para o concurso foi desenvolvido pelas alunas do IPCB/ESE Cátia Gaspar e Raquel Teixeira, integrado na “Prática Supervisionada no 1º Ciclo”, sob a orientação da professora Maria da Natividade Pires, tendo as crianças albicastrenses participado na elaboração de marcadores de livros a partir de contos tradicionais e de histórias sujeitas ao tema “Viagem”, de autores contemporâneos de literatura infantil. Tratou-se de um trabalho criativo completamente original desenvolvido pelas turmas do 3º ano de escolaridade da Escola EB1 do Valongo (Agrupamento de Escolas João Roiz de Castelo Branco) e da Escola de São Tiago (Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva). Participaram no concurso 2000 crianças e jovens da Bulgária, Indonésia, Irlanda, Itália, Polónia, Portugal, Roménia e Ucrânia. O concurso tinha várias categorias, por idade e por nacionalidade. As cinco crianças portuguesas premiadas, na categoria dos 8 anos, são Carolina Santos e Antonio Lameiras Mendes, que obtiveram o 2º prémio ex aequo, e Laura Fonseca, Martin Heitor e Tomás Calmeiro, que ficaram no 3º lugar ex aequo, das turmas das professoras cooperantes do IPCB/ Escola Superior de Educação Elisa Correia e Sara Vieira.
Intervenção psicológica
Urânio em debate
O IPCB/Escola Superior de Educação realizou, no dia 6 de novembro, a Conferência “A intervenção psicológica pré-natal e pós-natal e os seus condicionantes: o comportamento fetal, o desenvolvimento da grávida e a díade mãe-bébé”. Com este encontro pretendeuse aprofundar conhecimentos e competências relacionadas com a importância da relação mãe-bébé para o desenvolvimento da criança e sobre o papel da intervenção psicológica pré-natal e pós-natal na promoção de uma comunicação relacional adequada.
O Instituto Politécnico de Castelo Branco organizou, no dia 25 de outubro, um seminário subordinado ao tema “Urânio, ambiente e saúde pública”, que contou com a presença de oradores de diversas instituições nacionais e internacionais. O encontro realizou-se no âmbito do projecto Poctep Águeda – “Caracterización ambiental y análisis de riesgos en cuencas transfronterizas: proyecto piloto en el río Agueda (ref. 0410_AGUEDA_ 3_E)” e teve por objetivo apresentar e discutir vários estudos de caso, abordando a sua importância para o meio ambiente e a saúde pública.
O tema da conferência foi abordado pelo docente da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa João Rosado de Miranda Justo.
A Península Ibérica tem uma vasta experiência na prospeção e exploração de minerais radioativos, na sua maioria relacionados com atividades mineiras. A contaminação significativa, devido à natureza dos elementos químicos associados, bem como, à sua elevada mobilidade implica um elevado risco radioativo, requerendo a formulação e implementação de medidas corretivas apropriadas.
Tratou-se de uma iniciativa realizada no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico do IPCB/ ESE que, considerando a recente alteração do seu plano de estudos, integra, atualmente, uma componente formativa de intervenção pedagógica em creche.
Paralelamente, decorreu uma sessão de posters aberta à comunidade.
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empreender
Inovar para competir
O IPCB realizou, no dia 2 dezembro, na Escola Superior de Tecnologia, o seminário “Inovar para competir – a necessidade de fazer acontecer!”, que teve por objetivo mostrar o crescente espaço de cooperação entre a academia e as empresas. Com a iniciativa pretendeu-se ainda divulgar e partilhar resultados de investigação, experiências e boas práticas, de reconhecido sucesso, quer no plano nacional como internacional. Inovar para competir, empreender para fazer acontecer, foram pois as palavras-chave deste seminário de reflexão, partilha e ação. Este encontro serviu, também, para o lançamento da 11ª Edição do Poliempreende – Projetos de vocação empresarial, concurso que foi lançado pelo IPCB, em 2003, e que posteriormente foi alargado a todos os politécnicos do país. O programa incluiu diversas palestras tendo os dos docentes do IPCB António Fernandes, Marcelo Calvete e Domingos Santos abordado, respetivamente, os temas “Qualidade e Inovação: Fatores Determinantes no Desempenho das Organizações”, “Conceção e Desenvolvimento de Novos Produtos” e “Inovação e competitividade - o papel do IPCB na promoção do empreendedorismo”. João Carvalhinho, vereador da autarquia albicastrense, apresentou o Centro de Empresas Inovadoras de Castelo Branco, seguindo-se depois António Henriques que falou sobre a sua empresa “CH Consulting e a inovação” e d Rui Tocha, Diretor Geral da Associação Pool.Net - Pólo de Competitividade Engineering & Tooling, que abordou “O setor dos moldes em Portugal”. No final houve uma visita à exposição “Engineering and tooling From Portugal”.
Potencial Técnico-Científico No passado dia 27 de novembro, o CEDER realizou a II Jornada do Potencial Técnico e Científico do IPCB. A Jornada, que contou com cerca de 400 participantes, teve como principal objetivo divulgar trabalhos de investigação e desenvolvimento experimental de alunos e docentes das diferentes Unidades Orgânicas do IPCB, por forma a tornar visíveis muitos dos projetos que vão sendo desenvolvidos. Foram apresentadas, em sessões paralelas, 63 comunicações, distribuídas pelos oito painéis da Jornada - Agricultura e silvicultura: produtividade, inovação e otimização de uso dos recursos; Arte, património, território e sustentabilidade; Turismo e desenvolvimento regional; Empreendedorismo e gestão de empresas; Sociedade inclusiva, inovadora e segura; Novas tecnologias, novos materiais e/ou novos processos de produção: inovação para o mercado; Comunicação de empresas, produtos e serviços; Vidas mais longas e mais saudáveis: saúde e bem-estar, alimentação segura, desporto e lazer. A jornada visou reforçar a capacidade de intervenção do IPCB na investigação e promover a oferta de serviços e soluções às empresas e às organizações em geral, contribuindo, naturalmente, para o desenvolvimento regional.
comunidade
Docente do IPCB lança ePub “A rebelião da letra”
Dia Mundial da Diabetes
Soluções “Network”
O livro “A rebelião dos signos. A alma da letra”, escrito pelo docente do IPCB Daniel Raposo, em coautoria com o reputado Doutor Honoris Causa Joan Costa, está à venda, desde 22 de novembro, em versão digital na Amazon, Apple, Cobo e Google Play.
A O IPCB/Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) comemorou, uma vez mais, o Dia Mundial da Diabetes com a realização de exames gratuitos de diagnóstico, entre os dias 12 e 22 de novembro. Todos os dias houve exames diferentes para a população diabética e foram realizados exames de diagnóstico na área da Cardiologia (eletrocardiograma, Holter, Monitorização Ambulatória da Pressão Arterial e Ecocardiograma), Sono (estudos do sono) e Vascular (índice Tornozelo Braço e Eco Doppler dos membros inferiores e superiores),.
O IPCB organizou, dia 15 de novembro, o encontro “InoveNetwork - Inove a sua rede de dados”. A iniciativa teve como público-alvo os gestores de redes e sistemas de informação e por objetivo apresentar tecnologias relacionadas com as redes de dados.
Antes de ser publicada agora em formato ePub, a obra tem estado também disponível em formato papel desde 2008 e deu início a duas coleções de livros de design, comunicação e publicidade, uma na Bolívia (La Crujía, 2008) e outra em Portugal (Dinalivro Edições, 2010). Esta nova versão digital revista, lançada em castelhano, é publicada pela Costa Punto Com / Joan Costa Institut, e pretende dar resposta a novos hábitos de leitura em suportes digitais como smartphones e tablets, estando à venda na Amazon, Apple, Cobo, Google Play, entre outros locais. “A rebelião da letra”, trata a letra desde as perspetivas da tipografia, da caligrafia, do letering, do grafiti, do digital, da arte e do humor. A publicação mostra os processos que deram lugar às infinitas variações formais da letra, desde o pictograma aos sistemas de escrita, à letra na arte e ao humor. De forma muito ilustrada, “A rebelião da letra” descobre a sua rica e apaixonante vida e influência decisiva na arte como recurso de expressão plástica, no design de comunicação enquanto meio de preservação e difusão do conhecimento e da cultura. Trata-se pois de um livro que surpreende e que está também disponível em português no formato papel editado pela Dinalivro Edições. Doutorado em Design, Daniel Raposo é, atualmente, coordenador da Unidade Técnico-Científica do Design, Audiovisuais e Produção dos Media do IPCB/ Escola Superior de Artes Aplicadas e ainda coordenador do Mestrado em Design Gráfico do IPCB/ ESART e da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa.
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POLINFOR
Entre os dias 13 e 20 de novembro, o curso de Análises Clínicas e Saúde Pública desenvolveu a ação de doseamento sanguíneo de glicémia e ficha lipídica. O curso de Enfermagem realizou ações de avaliação da pressão arterial, glicémia capilar, índice de massa corporal, oximetria e índice de cintura/anca entre os dias 14 e 20 de novembro.
O evento contou com a presença de diversas empresas com vasta implementação no mercado nacional e internacional, nomeadamente a Wavecom, a Enterasys, a PaloAlto e a Cisco. Num ambiente que foi de partilha de conhecimento, os fabricantes apresentaram as soluções ideais para os mais diversos ambientes. Durante o encontro foi, também, apresentado o caso de estudo da rede de dados do IPCB. Para consultar as apresentações já disponibilizadas aceda a http:// inovenetwork.ipcb.pt/
empreender
Redes de telemóveis de Angola com toque do IPCB O diplomado pelo IPCB/Escola Superior de Tecnologia Wanderson Vigario vai integrar o departamento de Planeamento da rede móvel da empresa de telecomunicações Unitel, sediada em Luanda. Depois do estágio de três meses na empresa angolana como aluno finalista do IPCB/EST, onde desenvolveu tarefas técnicas de instalação, teste e configuração de equipamentos de rede e antenas de telemóveis na província do Bié, sob a supervisão de quadros técnicos da gigante das telecomunicações Huawei, Wanderson Vigario vai ficar a trabalhar em Luanda como Engenheiro de Planeamento na maior empresa de telecomunicações de Angola, com 9 milhões de clientes e detida em 25% pela Portugal Telecom. O estágio de Wanderson Vigario foi sobretudo um trabalho no terreno, passando agora o diplomado pelo IPCB/EST para o departamento responsável pelo projeto da rede, que define por exemplo os sítios onde serão colocadas as antenas dos telemóveis, calcula a cobertura de cada antena através de modelos de propagação do sinal rádio, determina os parâmetros de configuração das antenas de modo a obedecer a critérios de qualidade (boa cobertura e capacidade-velocidade de acesso à internet). Em suma, depois ter efetuado um trabalho de saber fazer, Wanderson Vigario vai agora passar para a parte de projeto/engenharia e desenho da rede, onde são necessários mais conhecimentos técnicos. Atualmente existe por parte do Governo Angolano uma estratégia de forte investimento na infraestrutura da rede de telecomunicações. Um dos projetos mais emblemáticos é a construção dum cabo de fibra ótica submarino com cerca de 6000 km e que vai ligar Angola ao Brasil em 2014. Outra prioridade é o alargamento da rede de telemóveis e acesso à Internet de banda largar a todas as províncias de Angola. Estes investimentos, associados à abertura do mercado a operadores privados de telecomunicações, estão a fomentar uma forte procura de quadros técnicos na área das telecomunicações.
De referir que o IPCB/ Escola Superior de Tecnologia recebe desde há vários anos alunos angolanos que vêm fazer formação superior na área da Engenharia. O projeto de Wanderson Vigario foi orientado pelos docentes Paulo Marques e Rogério Dioniso.
i&D
Robot@Escola apresentado a 150 alunos do secundário Centena e meia de alunos de escolas secundárias da região de Castelo Branco participaram nas atividades do projeto ROBOT@ESCOLA – “Escola de Robótica” que o IPCB/ Escola Superior de Tecnologia preparou para a Semana de Ciência e Tecnologia, que decorreu de18 a 22 de novembro, para a Semana Europeia de Robótica, realizada entre os dias 25 e 29 de novembro, e ainda para os dias 3 e 4 de dezembro. O projeto ROBOT@ESCOLA é financiado pelo programa Ciência Viva e fomenta a interação entre os ensinos superior e secundário, através da realização de atividades conjuntas entre os alunos do curso de Engenharia Industrial do IPCB/ EST e alunos das escolas secundárias da região. As atividades têm como denominador comum a Robótica, e a construção de robôs. No decorrer das iniciativas levadas a cabo, professores e alunos do curso de Engenharia Industrial do IPCB/ EST receberam os visitantes no laboratório de robótica e promoveram diversas atividades, nomeadamente, como preparar um braço robô para o jogo do galo; - construir um robô em meia hora; efetuar fotografias em 3D; preparar um robô para busca e salvamento e para se desviar de obstáculos. Foram ainda apresentados trabalhos de alunos no domínio da automação industrial, utilizando pneumática e autómatos programáveis. A iniciativa contou com a presença de alunos de turmas de cursos profissionais e tecnológicos do Instituto São Tiago (Sobreira Formosa), da Escola Secundária do Fundão, da Escola Secundária Campos Melo (Covilhã), da Escola Secundária da Sertã e do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão.
Todos os Santos
Concertos de Natal
O IPCB/Escola Superior de Gestão (ESGIN) celebrou, no dia 31 de outubro, a “Noite e Dia de Todos os Santos”. Com a iniciativa, integrada nas unidades curriculares de inglês dos vários cursos da ESGIN, pretendeuse sensibilizar os estudantes para as tradições existentes nos diferentes países, em particular, entre Portugal e os países Anglo-saxónicos.
A Orquestra Sinfónica do IPCB/ Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) executou, nos dias 14 e 15 de dezembro, dois concertos de Natal. O primeiro teve lugar na Sé Concatedral de Castelo Branco e o segundo na Igreja da Misericórdia de Buarcos, na Figueira da Foz.
O programa contemplou a confeção de pão por Deus e a entrega de santoros às instituições da vila de Idanha-a-Nova, pelos estudantes da ESGIN. Foi, ainda, realizado um concurso de bolos de Halloween e uma palestra sobre o tema. Nesse dia a Escola esteve aberta à comunidade local, tendo recebido visitas de crianças de jardins-deinfância e escolas primárias que participaram na “Spooky Halloween Party”.
Nos dois espetáculos foram apresentadas obras de Mussorgsky (“Noite no monte calvo”), Stravinsky (“Sinfonia para sopros”) e Tchaikovsky (“Sinfonia nº 4). A direção da Orquestra Sinfónica da ESART esteve a cargo do Maestro Rui Pinheiro que, recentemente, terminou um contrato de dois anos como Maestro Associado da Orquestra Sinfónica de Bournemouth (Reino Unido) onde dirigiu diversos concertos, nomeadamente o “Hall of Fame” e as celebrações do Jubileu da Rainha Elisabeth II.
Os vários grupos foram recebidos pelos docentes Paulo Gonçalves e Pedro Torres, pelo Técnico Superior José Sequeira, o bolseiro de investigação Fábio Santos e pelos alunos do primeiro ano do Curso de Engenharia Industrial do IPCB/ EST Ricardo Vaz e Rodolfo Farinha.
POLINFOR
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destaque 33.º aniversário
Discurso do Presidente Carlos Maia Em termos orçamentais, as restrições impostas ao financiamento público traduziram-se na diminuição das receitas disponíveis para funcionamento das instituições de ensino superior público, assim como das verbas atribuídas aos serviços de Ação Social. De acordo com o “Estado da Educação 2012”, elaborado pelo Conselho Nacional de Educação, temos assistido a uma diminuição significativa no investimento no setor da educação, que se traduz na redução dos meios financeiros e nos recursos humanos. Entre 2011 e 2012 o orçamento do Ministério de Educação e Ciência baixou 16 pontos percentuais. As dotações do OE para as Instituições de Ensino Superior sofreram fortes reduções, que nos últimos cinco anos atingiram cerca de 40%, para além de terem aumentado de forma bastante considerável as contribuições sociais, nomeadamente para a ADSE e para a Caixa Geral de Aposentações. Sobre esta situação, este ano não me irei alongar em comentários. Por um lado porque certamente o Senhor Presidente do CCISP abordará a questão de forma global, referindo-se ao seu efeito em todo o ensino superior politécnico, e por outro porque não quero que possa ser entendido como justificação para qualquer aspeto menos conseguido do mandato que está a terminar e cuja responsabilidade aqui assumo, perante toda a comunidade do IPCB. Focarei a minha intervenção em perspetivas que, no meu entender, potenciarão o desenvolvimento do ensino superior politécnico que hoje, e perante uma assembleia selecionada, quero partilhar. Temos vindo a assistir a um decréscimo do número de candidatos ao ensino superior. De 2008 a 2013, verificou-se um decréscimo no número de candidatos de 53451 para pouco mais de 40000, ou seja, em 6 anos assistimos a uma redução de cerca de 25% de candidatos ao ensino superior. E esse fenómeno é muito mais importante e preocupante do que os rankings que alguma comunicação social gosta de fazer aquando das colocações, fazendo comparações com aquilo que, na maior parte das vezes, é incomparável. O que deve merecer a nossa reflexão é o facto de cada vez menos portugueses terem acesso à qualificação superior. E a depressão demográfica, que caracteriza o país, não é a única causa e, provavelmente, nem sequer a principal. Dos 159.153 alunos que fizeram exames nacionais no ensino secundário em 2013, quase 100.000 estavam em condições de concorrer ao ensino superior, mas apenas 40.000 o fizeram. Porque é que isto acontece? Será que é pelo facto de os jovens terem deixado de acreditar na vantagem de possuir uma qualificação superior por não haver relação direta com a obtenção de emprego? A aposta na educação e na qualificação, em tempos de crise económica, deve ser a estratégia por excelência para a promoção da coesão social. Sabemos que as taxas de desemprego continuam a ser menores entre os possuidores de um diploma do ensino superior, estando também demonstrado que um diplomado tem acesso a melhor remuneração e maior probabilidade de progressão na carreira. Então porque pensam assim os portugueses? Ou será que o decréscimo de candidatos está relacionado com dificuldades económicas das famílias? Se assim for, qual o papel da Ação Social? São questões para as quais devem ser encontradas respostas. Por outro lado, como é possível que as médias negativas dos exames nacionais, que ano após ano envergonham o país, sejam encaradas como de uma normalidade se tratasse? Este ano de 2013 a média do exame nacional de Matemática A, realizado a 25 de Junho por 47.562 alunos, foi de 8,2 valores (numa escala de 0 a 20), sendo o pior resultado dos últimos sete anos nesta disciplina. A disciplina com pior média voltou a ser Física e Química A com 7,8 valores enquanto a Biologia e Geologia, a média foi de 8,1 valores. Em 16 anos de exames nacionais, isto é, desde 1997 a média mais elevada conseguida na Física e Química A foi em 2011, com 9,9 valores. Em nenhum país do mundo, com um sistema de ensino minimamente organizado, estes resultados podem ser encarados como uma normalidade. Ou o grau de exigência durante o ano letivo não é o adequado ou o grau de dificuldade dos exames não constitui uma boa aferição do desempenho dos alunos ao longo do ensino secundário. É também necessária uma forte intervenção no sentido de reduzir o abandono escolar. No ensino secundário, apesar de Portugal ter conseguido progressos notáveis ao reduzir o abandono escolar de 38,8% em 2005 para 20,8% em 2012, ainda ocupamos os últimos lugares da tabela tendo apenas Espanha e Malta com pior performance. Portugal tem uma taxa de abandono de 20,8%, quando a meta pretendida para 2020 é de 10%. Com estes indicadores, dificilmente Portugal atingirá a meta prevista no Horizonte 2020 que aponta no sentido de que 40% dos cidadãos na faixa etária entre os 30 e os 34 anos deverem ser titulares de um diploma superior. Faltam 7 anos e apenas 27,2% dos cidadãos portugueses cumprem esse requisito.
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POLINFOR
É esperado que as instituições de ensino superior tenham um papel central no desenvolvimento da região onde estão inseridas e os IP´s têm desempenhado esse papel de forma determinante. A criação e a instalação dos Institutos Politécnicos foi dos acontecimentos que mais contribuíram para o desenvolvimento das regiões do interior. Seguramente que as regiões não seriam as mesmas sem a existência dos IP´s. Todo o investimento que desde há 30 anos tem vindo a ser feito tem valorizado enormemente as regiões, principalmente as do interior não só em termos de infraestruturas físicas e equipamentos, mas essencialmente pela qualificação da população, que de outra forma não seria possível em muitos casos. Muitos jovens não teriam tido a possibilidade de frequentar o ensino superior, se não houvesse uma instituição de ensino superior na sua região. Em muitas regiões, a presença de instituições de ensino superior politécnico constitui o único referencial de confiança para as populações, e até talvez o único veículo de esperança, tendo também um forte impacto no desenvolvimento socioeconómico dessas regiões. Isso mesmo nos demonstrou o estudo sobre o impacto económico das IES do interior, nas regiões onde estão inseridas, em que participaram 7 institutos Politécnicos, e que teve como objetivo quantificar o impacto que as atividades dessas instituições têm na comunidade envolvente e no respetivo desenvolvimento económico e cujas conclusões reforçam o papel determinante das instituições de ensino superior. O estudo, coordenado por investigadores da Universidade do Minho e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, demonstrou que o impacto anual total do IPCB na região de Castelo Branco correspondeu, em 2012, a um total de 40 milhões de euros, o que equivale a 5,6% do PIB dos concelhos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova. Por cada euro gasto pelo Estado no financiamento do IPCB foi gerado um nível de atividade económica de aproximadamente 3 euros. Não é conhecido nenhum investimento público na região que tenha igual retorno. E este é apenas o impacto económico direto do IPCB na região. Há toda uma componente técnicocientífica, cultural e social, que não está refletida no estudo. As conclusões objetivas destes estudos, que exigem uma análise séria e rigorosa, e que talvez seja necessário replicar incluindo outras variáveis, devem ser tidas em conta na reorganização da rede de ensino superior, com um objetivo claro: garantir a sustentabilidade do sistema e a coesão de todo o território nacional. Qualquer reorganização, seja da oferta formativa (cursos e vagas) seja da própria rede, ou de ambas, deve abranger os dois subsistemas, universitário e politécnico, e independentemente das instituições se localizarem no litoral ou no interior, de modo a garantir a consolidação e o desenvolvimento harmónico de todas as regiões do país. Não é aceitável que se pense na reorganização da rede com base em suposições ou, mais grave ainda, com base em preconceitos. E é frequente vermos esse tipo de análise. Só para dar um exemplo: das 51461 vagas colocadas a concurso no âmbito do concurso nacional de acesso em 2013, 53% do total dessas vagas estão concentradas em apenas três cidades: Lisboa, Porto e Coimbra, 91% das vagas estão em todo o litoral e apenas 9% no interior, e há analistas que referem que a reorganização da rede de ensino superior deve ser feita através das instituições do interior. O país é muito mais do que a faixa que vai de Setúbal à Galiza. O ensino superior politécnico tem feito a parte que lhe compete no âmbito do desenvolvimento regional, através de uma forte relação com as autarquias e com as organizações regionais, mas exige-se uma maior interação com as empresas, que permita promover a valorização e a transferência do conhecimento científico e tecnológico, entre o meio académico e o tecido empresarial. Consolidar-se-á, desta forma, um modelo formativo de forte orientação profissionalizante, baseado na investigação aplicada, com a finalidade de conseguir novo conhecimento direcionado a um alvo prático específico, reforçando a ligação ao mercado de trabalho. A criação de Centros de Investigação Aplicada em articulação com o tecido empresarial terá uma função catalisadora da atividade económica e da inovação, potenciando-se o desenvolvimento e a coesão regional, para além de poder também constituir-se com uma fonte complementar, local ou regional, de financiamento das instituições de ensino superior. Defendemos, em consonância, a alteração da designação dos Institutos Politécnicos para Universidades de Ciências Aplicadas, à semelhança do que acontece no resto da Europa, instituições que, mantendo a matriz politécnica, asseguram a formação profissionalizante que vai do nível 5 - curso superior de curta duração até ao nível 8 – doutoramento de natureza profissional ou performativa, tal como recomendado recentemente pela European University Association. Esses programas doutorais compreenderão preferencialmente formação em ambiente de trabalho, em ambiente empresarial, e atendem às necessidades socioeconómicas da região em que se localiza a instituição, com
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particular incidência na promoção da inovação regional, sendo por isso diferente dos graus atualmente conferidos pelas Universidades tradicionais (PhD). Garante-se, desta forma, uma oferta formativa em toda a fileira profissionalizante, coerente com a missão das instituições politécnicas e fundamental para a autonomia e a sustentabilidade do subsistema. Que outro nome, para além de preconceito, se poderá dar ao impedimento administrativo dos institutos politécnicos ministrarem doutoramentos profissionalizantes, mesmo quando apresentam centros de investigação de excelência, reconhecidos pela FCT e corpos docentes altamente qualificados reconhecidos pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior? Não se entende que sendo o saber de natureza profissional e a investigação orientada, dois elementos que, na essência, distinguem as instituições politécnicas das instituições universitárias, os docentes do ensino superior politécnico estejam impedidos de efetuar os seus doutoramentos baseados na vertente profissional e na investigação aplicada, e tenham de ir fazer os seus doutoramentos ao subsistema universitário, isto é, tenham de fazer carreira universitária, voltando depois a lecionar no subsistema politécnico, onde se lhes exige que preparem os alunos de licenciatura e de mestrado para a vertente profissional e orientados para o mercado de trabalho. Esta obrigatoriedade tem outro forte handicap para o ensino politécnico, que é o fato de a investigação realizada pelos doutorandos afetos aos centros de investigação das universidades constituir uma limitação ao desenvolvimento da investigação orientada, que deve caraterizar os politécnicos. Além disso evitaríamos situações caricatas, como as verificadas na área da enfermagem e das tecnologias da saúde ou na área das artes performativas, em que os orientadores dos doutoramentos realizados nas universidades são docentes recrutados no ensino superior politécnico, porque é nesse subsistema que existe know-how nessas áreas. A clarificação destes vários aspetos, e a sua assunção pelos responsáveis, tornará evidente a diferente missão das instituições universitárias e politécnicas, assim como ditará qual o caminho a seguir para a reorganização que será necessária no ensino superior português, devendo privilegiar-se, nos casos em que se justifique, a criação de consórcios numa ótica regional, que permita a implementação de projetos conjuntos potenciadores do desenvolvimento da região. Quero deixar um profundo agradecimento a todos os que diariamente dão o seu melhor em prol do Instituto Politécnico de Castelo Branco, pelo empenho e dedicação, que tem permitido o desenvolvimento e consolidação da Instituição. Uma palavra especial de reconhecimento aos docentes, alguns dos quais, estão a assegurar cargas horárias bastante elevadas. Uma saudação aos estudantes Termino deixando uma palavra de incentivo e esperança a toda a comunidade académica. Os momentos difíceis são também momentos de oportunidade. Temos que ter a capacidade de trabalhar melhor e sobretudo de trabalhar em conjunto e em equipa. Estou certo que o saberemos fazer a todos os níveis, a começar pelos dirigentes. Mais do que dividir e procurar problemas, importa encontrar e partilhar ideias, projetos e soluções. Parabéns a todos. Parabéns ao Instituto Politécnico de Castelo Branco Muito obrigado
PERFIL Cristina Maria Santos Estevão, natural do concelho de Lagoa, Algarve (1972), foi, a par de Paulo Marques, um dos docentes que venceu o Prémio de Mérito Científico IPCB/ BES, galardão instituído pela primeira vez em 2013. A honra ficou a dever-se ao trabalho que apresentou ao concurso e que foi, nada mais, nada menos, a sua tese de doutoramento “Competitiveness and Clusters in the Portuguese Tourism Sector”, defendida, em 2011, na Universidade da Beira Interior (UBI). Docente do IPCB/Escola Superior de Gestão desde o ano letivo de 2011-12, Cristina Estevão é, atualmente, Coordenadora da Licenciatura em Gestão Hoteleira naquela Unidade Orgânica e faz ainda parte do Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais da UBI, como investigadora na área do Turismo e Hotelaria. A formação académica superior de Cristina Estevão foi, aliás, toda ela feita na região da Beira Interior. No início dos anos noventa do século passado ingressou no curso de Gestão Informática do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Aí tirou o então bacharelato e de seguida a licenciatura em Gestão (2000). Como sempre teve a “paixão pela escola” e depois de ser mãe pela segunda vez, o passo seguinte foi frequentar e concluir o mestrado em Gestão na UBI (2008), com a investigação “As Estratégias Competitivas dos Estabelecimentos Hoteleiros de Interesse para o Turismo: O Caso da Região de Turismo da Serra da Estrela”. Logo de seguida inscreveu-se em doutoramento, também na UBI, seguindo uma linha de investigação mais abrangente - Turismo e Competitividade. Turismo e hotelaria são, de facto, áreas em que se sente à vontade pois, antes de ingressar na docência, Cristina Estevão trabalhou, durante 10 anos, na Pousada Convento de Belmonte, no departamento de Contabilidade e área Financeira. Como professora, Cristina Estevão teve a sua primeira experiência, em 2009, no Instituto Superior Bissaya Barreto, onde lecionou pós-graduações. Em 2010, enquanto preparava a tese de doutoramento, surgiu-lhe o convite para lecionar no IPG, na Escola de Tecnologia e Gestão e na Escola de Turismo e Hotelaria, de Seia. No último ano de doutoramento deu, também, aulas na UBI, como bolseira.
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Daniel Bessa defende caminho de diferenciação e de excelência para o IPCB Daniel Bessa, ex-ministro da Economia, Indústria, Comércio e Turismo e atualmente diretor-geral da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação, foi a personalidade convidada para fazer a Oração de Sapiência no 33º aniversário do IPCB. Antes de iniciar a sua palestra sobre a “Relação entre o ensino superior e o meio empresarial”, o diretor geral da COETC Portugal começou por expressar a sua admiração pela audiência presente na cerimónia “seja pelo número de pessoas seja pela representatividade institucional, o que demonstra um carinho muito especial à volta do IPCB”. Referindo-se concretamente ao tema da sua palestra, Daniel Bessa começou por dizer que “é uma evidência, e os estudos demonstram-na, que o desenvolvimento de um país ou de uma região anda associado a um ensino superior forte” e que “não há desenvolvimento económico sem ensino superior”. Outra evidência que ninguém contesta é a do “contributo do ensino superior politécnico e universitário para o desenvolvimento e sustentabilidade do interior do país e para o próprio desenvolvimento do país”. O ex-Ministro da Economia disse ainda que “a Europa faz depender muito o seu sucesso do Ensino Superior e que há hoje uma tese maioritária que defende que é o Ensino Superior, a Investigação e a Inovação que nos vai salvar e proporcionar níveis de crescimento e de vida superiores aos da maior parte do mundo”. Embora ache que devemos “jogar esse jogo”, Daniel Bessa, no entanto, não tem a certeza se ele “é suficiente para nos dar a vitória” num mundo cada vez mais competitivo “onde todos os países querem crescer sobretudo à custa das exportações”. O orador crê, que no caso de Portugal e também da Europa, o elo mais fraco do seu desenvolvimento é a economia pelo que não sabe se o Ensino Superior, em particular o Politécnico, é capaz de resolver esse problema. “O Ensino Superior é uma espécie de sistema de transformação duma matéria-prima (alunos) num produto final (diplomados). Nós temos problemas com a absorção do nosso produto final por parte dos empregadores - e eu não sei se os nossos empregadores estão inteiramente satisfeitos com o nosso produto final - e temos alguns problemas no abastecimento de matéria-prima”, referiu. Ainda sobre o papel dos Politécnicos, Daniel Bessa afirmou: “é evidente o vínculo destas instituições (Politécnicos) às regiões e eu não posso estar mais de acordo de que há todo um processo de qualificação das populações ativas com mais idade que têm, evidentemente, de ser qualificadas em casa e portanto aqui. Por isso não tenho a menor dúvida quanto ao papel destas casas (politécnicos) e desta casa (IPCB) na qualificação da população não jovem. Eu penso que todo esse trabalho de formação e qualificação passa por aqui (...) numa lógica de ocupação, de sustentação do território e de convocação das pessoas e das entidades”.
O ex-Ministro da economia declarou ainda a necessidade de se ter um conhecimento profundo, “analítico”, sobre a relação das instituições de Ensino Superior com as famílias e com as empresas que estão à sua volta: - “As instituições têm de saber o que é feito dos seus alunos, dos alunos que formaram. Acho isso fundamental porque esse é um conhecimento indispensável para medir, para introduzir correções. Acho fundamental também que cada instituição saiba quem são os seus campeões nas diversas atividades, o que fizeram ou o que estão a fazer, para os mostrar, porque eles são elementos fundamentais de comunicação. E chamá-los de novo a casa porque eles têm de ajudar e contribuir e mostrar aos outros onde a Escola os levou”. “Considero também que esta instituição, tal como as outras, precisa de ter uma área onde se distinga abertamente e, nesse caminho de diferenciação e de excelência, apostar na internacionalização e fazê-lo apoiado numa marca forte, seja de uma grande Escola nacional ou internacional. Eu penso que cada casa tem de ter uma área de excelência e para essa área de excelência vamos sempre conseguir trazer muitos alunos de todo o mundo, mesmo que seja preciso pagar-lhes”, disse ainda. A terminar, Daniel Bessa referiu-se ainda a outra questão que considera fundamental e que tem a ver com a necessidade das instituições de Ensino Superior possuírem informações precisas e concretas sobre a “indústria” de transferência de conhecimento para a economia. “Como não há nenhuma indústria que se possa apresentar perante terceiros sem que no fundo disponha de um sistema de informação com o mínimo de credibilidade”, o diretor-geral da COTEC Portugal considera essencial o trabalho de recolha e sistematização desse conhecimento, nomeadamente, saber quantas patentes foram registadas? quantas empresas foram criadas para explorar o conhecimento dessas patentes? quanto é que vendem? quanto é que exportam? quantos trabalhadores têm? que salários pagam? quantas empresas foram criadas pelos professores ou alunos da instituição?”.
Presidente do CCISP e autarcas de Castelo Branco e Idanha-a-Nova defendem Politécnico A cerimónia de aniversário 33º aniversário contou com a presença dos recentes eleitos Presidentes da Câmara de Castelo Branco e de Idanha-a-Nova, Luís Correia e Armindo Jacinto, respetivamente, e do Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato, que, nas suas alocuções, foram unânimes em considerar o IPCB e os Institutos Politécnicos como peças fundamentais para a coesão e desenvolvimento das regiões onde estão inseridos e do país. O autarca albicastrense sublinhou que, desde a sua fundação, o IPCB se tem afirmado quer pela credibilidade e qualidade do ensino ministrado quer pelos projetos de investigação e inovação que realiza e pela sua crescente ligação ao mundo empresarial, “requisito indispensável ao seu sucesso presente e futuro”. Luís Correia reafirmou também que a colaboração entre a Câmara, o IPCB e o tecido empresarial será determinante para o desenvolvimento de novos produtos e serviços, para o aumento da qualidade e do valor acrescentado do que já se produz na região, em todos os domínios de atividade, mas particularmente no que se refere às fileiras agroalimentar e Florestal”. Destacou ainda o impacto que a comunidade académica do IPCB tem no comércio local, na economia das famílias, na vida social, na atividade cultural e na animação da cidade e do concelho. Para o presidente da edilidade albicastrense tudo isso deve ser potenciado, “permitindo que os jovens se fixem no concelho, não só aqueles que são de cá, mas também os que são de fora e até mesmo
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do estrangeiro e que aqui estudam ao abrigo do programa Erasmus”. Por sua vez, Armindo Jacinto, presidente do município de Idanha-a-Nova, lembrou que o “IPCB é fundamental para o concelho e para a sua estratégia de futuro”, acrescentando que esta “é uma região de oportunidade para os jovens e o IPCB é importante para ajudar ao desenvolvimento do nosso território”. O Presidente do CCISP, no seu discurso, elencou as principais causas do estrangulamento do Ensino Superior Politécnico e frisou a importância da aposta neste subsistema, sobretudo na valorização económica das regiões. Joaquim Mourato afirmou “que apostar no ensino superior politécnico é um bom investimento. O retorno é grande e rápido”. Para fundamentar a sua afirmação referiu um estudo realizado recentemente em sete Politécnicos sobre o impacto socioeconómico que têm nas respetivas regiões e que “concluiu que o impacto direto destas instituições nas respetivas regiões varia entre os 27 e 171 milhões de euros; o seu peso médio no PIB varia entre os 5% e os 11% da região onde estão inseridas; são responsáveis pelo emprego de mais de 12% da população ativa dos concelhos; cada euro investido pelo Estado no financiamento destas instituições, existe um retorno médio de 4,22 euros, podendo atingir o máximo de 8,07 euros”. Por isso, referiu, “o papel dos Politécnicos deve ser valorizado em tempos de maiores dificuldades como os que vivemos. O país precisa do ensino superior politécnico para se desenvolver, para qualificar os portugueses em todas as regiões do país”.
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Comendador Joaquim Morão homenageado A homenagem ao ex-presidente da Câmara de Castelo Branco, Comendador Joaquim Morão, foi um dos momentos altos da cerimónia do 33º aniversário do IPCB. Nas suas breves palavras, o Comendador Joaquim Morão disse que, como autarca, não fez mais que a sua obrigação em defender a causa pública e a sua terra. Participante ativo desde sempre no desenvolvimento do IPCB, o homenageados colocou-se ainda à disposição da instituição para ajudar no que for preciso e “disponível para ir onde for preciso”.
Entrega e prémios e colaboradores agraciados O programa da comemoração do 33º aniversário do IPCB incluiu, uma vez mais, a entrega das Bolsas e Prémios de Mérito aos melhores alunos, aos quais se associaram diversos parceiros, nomeadamente a Câmara de Castelo Branco (CMCB), a Junta de Freguesia de Castelo Branco (JFCB), Banco Espírito Santo (BES), Ensino Magazine (EM), Delphi e Pedro Agapito Seguros (PAS). Os Prémio de Mérito Escolar IPCB foram entregues aos alunos Telma Tavares (ESACB), Daniel Roca (ESART), Joana Castro (ESECB), Luciana Mariano (ESALD), Inês Garcia (ESGIN) e Paulo Nicolau (ESTCB). Já os Prémios de Mérito Entidades foram entregues aos alunos Luísa Henriques (JFCB), Ana Moutinho (BES), André Tente (EM), Carla Mota (CMCB), Cláudia Reis (BES), Carla Sousa (BES), Tiago Martins (Delphi), Natércia Valentim (EM). As Bolsas de Estudo por Mérito Escolar, atribuídas pela Direção Geral do Ensino Superior, aos alunos com as melhores classificações obtidas no ano letivo de 2010/2011, foram entregues a Hugo Simões (ESACB), Cláudia Santos (ESGIN), Diogo Pires (ESALD), José Valente (ESART), Luís Pereira (ESTCB) João Oliveira (ESALD), Daniel Valente (ESALD), Elisabete Proença (ESECB) e Ludovic Costa (ESTCB). Foram também entregues os prémios do 10º concurso Poliempreende, fase regional, aos três primeiros classificados, respetivamente, os projetos GlobalTour (Bruno Antunes, Marco Ribeiro e Paulo Alves), Fábrica de Artesãos (Teresa Albuquerque, Cristina Calmeiro, António Pinto e Sandrina Oliveira) e Passaporte para a Saúde (Carla Sousa, Mariana Baptista, Cátia Marques, Hélio Silva e João Valente). Foi ainda atribuído o Prémio de Mérito Científico IPCB/BES aos docentes Paulo Marques (EST) e Cristina Estevão (ESG), e, uma vez mais, o Prémio Repositório Científico à docente Ofélia Anjos.
No final foi ainda prestada homenagem aos colaboradores com 25 anos ao serviço do IPCB - Cristina São Pedro, Anabela Caio, Ernesto Martins, Fátima Jorge, Fernando Vilela, Helena Tomás, Joaquim Marques, Joaquim Bonifácio, Graça Diogo, Carmo Mateus, Carmo Maia, Dolores Alveirinho, Fernanda Cruz, Helena Mesquita e Madalena Leitão.
ESACB inaugura Galeria de Honra em dia de aniversário No passado dia 5 de dezembro celebrou-se o trigésimo aniversário do início das atividades letivas no IPCB/Escola Superior Agrária (ESACB), data que corresponde, também, ao início das aulas do Ensino Superior na cidade de Castelo Branco. As comemorações deste ano tiveram como ponto alto a inauguração da Galeria de Honra da Escola, situada na Sala da Direção, com a fotografia de todos ex-dirigentes da ESACB - Vergílio António Pinto de Andrade (Presidente da Comissão Instaladora do IPCB/ESA, de 1981 a 1995), Maria Leopoldina Vieira da Rosa (1986-1997) e António Moitinho Rodrigues (1989-1997), enquanto Vogais da Comissão Instaladora, e como diretores eleitos João Pedro Várzea Rodrigues (1997-2000), José Carlos Dias Duarte Gonçalves (2000-2003), José Sarreira Tomás Monteiro (2003-2006) e António Moitinho Rodrigues (20062010). . Na ocasião, O Presidente do IPCB enfatizou o papel de todos aqueles que na Escola exerceram funções dirigentes salientando o contributo de todos para o desempenho e reputação que a Escola foi construindo e consolidando ao longo do tempo. Já o diretor da ESACB referiu que “esta homenagem singela, que tardava, não podia ocorrer num momento mais oportuno. Perante a encruzilhada com que nos confrontamos, a referência dos que nos antecederam é fundamental na busca de orientações para continuar a construir a história de sucesso da ESACB”. Os discursos dos antigos alunos da ESACB Humberto Marques, Presidente da
Câmara Municipal de Óbidos, de João Paulo Catarino, Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, e de Jorge Pereira, Deputado da Assembleia da República pelos Açores, foram, igualmente, momentos marcantes da cerimónia. Todos eles enfatizaram os bons momentos que passaram na Escola e a excelente preparação técnico-científica e humana que adquiriram durante a sua formação académica na Escola Superior Agrária de Castelo Branco. A cerimónia contou ainda com um momento musical pelo Grupo de Trombones da ESART, com a atuação da tuna Castra Leuca, com o tradicional Porto de Honra e corte do bolo de aniversário e, ainda, com a foto de família.
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Conselho Geral elege Proença de Carvalho para Presidente e toma posição sobre Reforma do Ensino Superior
No dia 7 de Outubro, no Edifício da Presidência e Serviços Centrais, realizouse a cerimónia de tomada de posse das sete personalidades externas eleitas e cooptadas para Conselho Geral do IPCB - António Trigueiros de Aragão, Presidente do NERCAB, António Melo Bernardo, Diretor do Centro Distrital de Segurança Social de Castelo Branco, Adelina Machado Martins, Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Centro e membro da Autoridade de Gestão do PRODER, Armindo Jacinto, Presidente do Conselho de Administração da Naturtejo e Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, José Salas Pires, Diretor de Serviços e Tecnologias de Informação da Portugal Telecom e Membro do Conselho de Administração da PT Sistema de Informação, Daniel Proença de Carvalho, Presidente do Conselho de Administração da CIMPOR, da ZON Multimédia e da Controlinveste e António Vieira Pires, Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. Na primeira reunião do órgão máxima da instituição completo (vinte cinco membros dos quais treze representantes dos professores e investigadores, quatro representantes dos estudantes, um representante do pessoal não docente e sete personalidades externas de reconhecido mérito), que decorreu no dia 29 de outubro de 2013, foi eleito Presidente do Conselho Geral do IPCB Daniel Proença de Carvalho, natural da Soalheira, concelho do Fundão, de entre as sete personalidades externas. Já na reunião de 17 de dezembro de 2013, os conselheiros elegeram como Vicepresidente e Secretário do Conselho Geral do IPCB, respetivamente, António Trigueiros de Aragão e João Ventura, docente na ESALD. Nessa sessão magna foi ainda aprovado o documento final, entretanto enviado à Secretaria de Estado do Ensino Superior, com a posição do IPCB sobre “Linhas de Reforma do Ensino Superior”, e, ainda, o regulamento para eleição do Presidente do IPCB e respetivo calendário eleitoral. Relativamente ao documento enviado ao Ministério da Educação, o Conselho Geral do IPCB considera “que uma reforma desta natureza deve ser estruturante, (...) deverá envolver todos os agentes educativos e stakeholders e basear-se numa reflexão aprofundada e num rigoroso planeamento” e (...) “alerta para a necessidade da reforma não visar exclusivamente a redução dos custos com as Instituições, (...) que em nome da racionalidade financeira, venham a revelar-se bastante gravosas e penalizadoras para o futuro do país”. O Conselho Geral do IPCB considera também que há um conjunto de questões que deveriam ser respondidas previamente por parte da tutela, “o que permitiria o inequívoco posicionamento das IES”, nomeadamente e entre outras, se pretende, ou não, manter o sistema binário (politécnico e universitário)?”; se “o financiamento das instituições de ensino superior continuará a ser feito exclusivamente com base no número de alunos?”; se “estão previstas medidas de discriminação positiva para o interior e para as suas instituições?”. O órgão máximo do IPCB alerta ainda para, entre outras questões a ter em conta, “a forte assimetria verificada entre o interior e o litoral, no que diz
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respeito à distribuição de vagas e consequente procura, decorrente da ausência de políticas capazes de promoção da coesão territorial; (...) a aposta na educação e qualificação deve ser a estratégia, por excelência, para a promoção de maiores níveis de competitividade, da coesão económica e social do país e para os níveis de qualificação da população portuguesa e o compromisso do país com as metas da Estratégia Europeia Horizonte 2020”. Assim, “o Conselho Geral do IPCB, considerando o papel determinante e o impacto económico da Instituição no desenvolvimento da região deliberou que o posicionamento do IPCB na rede de Ensino Superior deve ter em conta as seguintes linhas orientadoras: - Os objetivos estratégicos do IPCB deverão concorrer para a concretização do plano de desenvolvimento da região e do país; O IPCB deve manter a sua oferta formativa orientada para uma matriz profissionalizante, em forte articulação com as entidades empresariais regionais, autarquias, comunidade intermunicipal, entre outras entidades públicas e privadas, procurando dar resposta, com base na investigação aplicada e na prestação de serviços especializados, às necessidades e especificidades da região, através da diferenciação pela especialização; O IPCB deve reforçar as relações de cooperação com as restantes instituições de ensino superior, preferencialmente do mesmo subsistema, no que se refere à oferta formativa, à investigação e à prestação de serviços, numa lógica de associação e de complementaridade, mantendo a identidade própria, a personalidade jurídica e a autonomia, visando ainda a racionalização de recursos; As instituições com as quais o IPCB deve cooperar não devem estar confinadas a áreas geográficas restritas, sendo vantajosa a formação de redes de geometria variável, de acordo com as afinidades científicas e formativas da instituição, possibilitando a criação de redes por áreas técnico-científicas; Reforçar a cooperação internacional, aproveitando a centralidade que as acessibilidades conferem à região, com particular realce para a proximidade com Espanha”. Quanto às eleições para a presidência do IPCB, o Conselho Geral definiu que de 6 a 20 de janeiro de 2014 decorrerá o período de candidaturas, que de 29 a 30 será feita a audição pública aos candidatos e que no dia 30, em reunião será realizada a eleição do Presidente do IPCB. De entre as principais competências do Conselho Geral destacam-se a eleição do Presidente do IPCB e, sob proposta deste, aprovar os planos estratégicos de médio prazo e o plano de ação para o quadriénio do mandato do Presidente; aprovar as linhas gerais de orientação da instituição no plano científico, pedagógico, financeiro e patrimonial; criar, transformar ou extinguir unidades orgânicas, desde que aprovado por dois terços dos membros do Conselho Geral; aprovar os planos anuais de atividades e apreciar o relatório anual das atividades da instituição; aprovar a proposta de orçamento; aprovar as contas anuais consolidadas, acompanhadas do parecer do fiscal único; fixar as propinas devidas pelos estudantes.
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Dois ex-ministros da Educação abordaram “Políticas e Práticas Educativas no séc. XXI O IPCB/ Escola Superior de Educação iniciou, no dia 6 de dezembro, um ciclo de colóquios sob o tema “Políticas e Práticas Educativas no séc. XXI”. O colóquio de abertura contou com David Justino e Maria de Lurdes Rodrigues, dois ex-ministros da Educação. Na sessão de abertura, o Presidente do IPCB, Carlos Maia, referiu que nos devemos congratular com a evolução positiva dos dados revelados pelo relatório PISA 2012, elaborado pela OCDE, e que avalia o estado da literacia dos alunos de 15 anos, em três áreas-chave como a Matemática, Físico-química e Biologia), lançando para o debate as suas preocupações pelo facto de essas melhorias não terem depois tradução na média dos exames nacionais de acesso ao ensino superior e no número de candidatos que querem prosseguir estudos. A intervenção de Maria de Lurdes Rodrigues foi em torno do que considera o grande desafio da política educativa deste século e que é a “concretização da escolaridade obrigatória” por parte dos jovens portugueses. A ex-governante, atualmente Presidente da Fundação Luso-Americana e Professora do ISCTEInstituto Universitário de Lisboa, considera que o problema que as escolas enfrentam é o de aproximar os conceitos de escolaridade e escolarização e que os objetivos passam por conseguir que 90 ou 95 por cento dos jovens entram na escola tenham à saída um diploma que os qualifique no mercado de trabalho. Atualmente Presidente do Conselho Nacional de Educação e Professor da Universidade Nova de Lisboa, David Justino começou por falar sobre os fatores que nos permitiram chegar “de forma sustentada” aos bons resultados revelados pelo PISA 2012 e que de uma forma geral são os de termos “mais escolarização, menos abandono escolar e melhores resultados”. O ex-ministro da Educação defendeu que esses fatores têm a ver com o facto de termos gerações de pais cada vez mais escolarizadas; de haver uma reorientação das Escolas para os resultados o que tem a ver também com as avaliações que são feitas e com os testes internacionais realizados; e também a estabilidade/ continuidade/sequência das políticas estruturantes de qualificação do sistema educativo sobretudo na última década. Quanto aos desafios do futuro para termos “mais Educação e melhor Educação”, David Justino referiu três: primeiro, “ generalizar e consolidar a nova cultura para os resultados”, o que implicará ter organizações ambiciosas que capacitem melhor as novas gerações; segundo, “precisamos de ter melhores professores para termos melhores aprendizagens”; terceiro e “grande desafio que temos pela frente é o de recentrar a formação dos jovens para a Sociedade do Conhecimento em vez de continuarmos a formá-los para uma Sociedade Industrial”. O ex-governante defende que, hoje e no futuro, onde a informação está cada vez mais acessível a todos, devemos ser cada vez mais competitivos na produção de conhecimento.
O ciclo de colóquios “Políticas e Práticas Educativas no séc. XXI” decorrerá até junho de 2014 com diversas conferências e workshops – em fevereiro, será debatido o tema “Desafios das práticas educativas no mundo digital” com José António Cordon, da Universidade de Salamanca; em março, estarão em debate os temas “Projetos em Rede na educação contemporânea”, com a presença de elementos da Agência Nacional PROALV, e “As humanidades e os ideais educativos do nosso tempo”, com o conferencista José Cardoso Bernardes, da Universidade de Coimbra; em abril, será a vez do tema “Espaços multiculturais e Educação Intercultural (sessão múltipla); em maio decorrerá o colóquio “O corpo e a educação na sociedade contemporânea”, e, em junho, Vicente Gimenez, da Universidade da Extremadura, Espanha, falará sobre a “Razão e emoção na educação contemporânea”. A comissão organizadora do ciclo de colóquios “Políticas e Práticas Educativas no séc. XXI” é constituída pelos docentes do IPCB/ESE Valter Lemos (coord.), Eduarda Santos, Fátima Paixão, João Petrica, Madalena Leitão, Margarida Morgado, Maria João Guardado Moreira e Natividade Pires. A participação é aberta a estudantes, professores e público em geral, sendo distribuído certificado de participação a quem o solicitar. A inscrição e frequência de todas as sessões do ciclo, com entrega de relatório final, conferem três créditos ECTS. A participação em cada sessão confere creditação nos termos do Regulamento da ESECB.
Revista “educare/educere” em suporte digital O IPCB/ Escola Superior de Educação acaba de editar o primeiro número da nova série da revista “educare/educere” em suporte digital. Esta edição on-line da revista, cuja publicação em suporte de papel se iniciou em 1995, tem como tema central a “Intervenção em comunidade: perspetivas socioeducativas”. De acordo com a nova diretora da revista, a docente do IPCB/ESE Maria Natividade Pires, “o nº 1 da Nova Série integra artigos com uma abordagem claramente direcionada para a intervenção em comunidade, num conceito lato, e outros que, centrando-se em áreas específicas do conhecimento, apresentam intervenções pedagógicas no seio da escola ou reflexões que se enquadram em perspetivas socioeducativas de foro mais específico, e de impacto concreto menos imediato”. A diretora da “educare/educere” considera ainda que “intervir em, nas e para as comunidades locais é um desafio da contemporaneidade, de qualificar, de tornar mais coesos e sustentáveis os nossos microterritórios feitos de proximidade, vizinhança e afetos, abrindo-as ao mundo”. A revisão científica prévia por pares é uma das exigências para publicação de artigos na revista, o que a coloca também no quadro das exigências atuais do mundo académico. Para Natividade Pires, passados dezoito anos sobre a edição do primeiro número da educare/educere, “a sociedade mudou, a escola mudou, os interesses dos jovens e as ofertas formativas mudaram e essas mudanças têm sido controversas” pelo que espera que revista da Escola Superior de Educação possa “contribuir para a divulgação de reflexões importantes no contexto exigente e desafiador do mundo contemporâneo. Por isso também, esta revista é de acesso aberto ao leitor, com o objetivo principal de partilha de conhecimento”. De referir ainda que a fotografia da capa da revista, “Rainbow Buildings”,
de Miguel Cabrita Matias, recebeu o prémio de “Fotografia de arquitectura”, atribuído em 2011 pela Digital Photographer, e foi gentilmente cedida pelo autor para a capa da revista. Diz ainda a sua diretora que “O papel central da figura humana, parece demonstrar-nos que só aparentemente ela poderá ser vista como dominada pela dimensão material da sociedade – Foi a força dessa presença minúscula mas fulcral que nos inspirou para a escolha desta imagem como capa da revista”.
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IPCB e Instituto Federal de Brasília parceiros... No início do mês de outubro de 2013, foi assinado em Castelo Branco, um protocolo com o Instituto Federal de Brasília que visa apoiar o “intercâmbio de pesquisadores, professores e técnicos administrativos; o intercâmbio de estudantes e de estagiários; o desenvolvimento de missões de ensino e pesquisa; o desenvolvimento de pesquisas de interesse comum; a troca de documentações e de publicações científicas e técnicas”; assim como “organizar colóquios, seminários ou reuniões de caráter científico”. O IFB fez-se representar por Marley Garcia Silva, Coordenador da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação, e por Maria Cristina Madeira da Silva, CoordenadoraGeral de Política de Qualificação, que depois de uma reunião com a Presidência do IPCB, diretores das escolas e coordenador das relações internacionais do IPCB visitaram a instituição de ensino superior albicastrense.
...e alunos brasileiros iniciam projetos de investigação Cinco alunos da região amazónica do Brasil, do Estado do Acre, estiveram no Instituto Politécnico de Castelo Branco, na primeira semana de dezembro, a realizar uma parte prática dos projetos de investigação que submeteram ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (IFAC). Os alunos do IFAC foram acompanhados pelo Pró-Reitor de Inovação do IFAC e desenvolveram parte dos seus projetos de pesquisa nas áreas do ambiente e agricultura coorientados por professores do IPCB/ Escola Superior Agrária. Os projetos que agora iniciaram no IPCB terão a duração de aproximadamente um ano. O estágio dos cinco alunos brasileiros é mais um passo na política de internacionalização do IPCB com vários países, nomeadamente com os países lusófonos, e o resultado do protocolo de cooperação internacional firmado entre o IPCB e o IFAC, que consiste no desenvolvimento de projetos conjuntos de pesquisa/investigação nas especialidades de interesse comum das duas instituições de ensino superior.
Alunos de Augusto e Alexandra Trindade brilham
2013 foi um ano de glória para a classe de violino dos professores Augusto e Alexandra Trindade, docentes do IPCB/ Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que conseguiu colocar quase uma dezena de alunos em diversas orquestras de referência nacional e internacional. No total, oito alunos - Nuno Vasconcelos (2º ano do mestrado em música), Tiago Santos (1º ano do mestrado em ensino de música), Oksana Kurtash (3º ano de licenciatura), Ana Catarina Pinto (1º ano do mestrado em música), Vasken Fermanian (1º ano mestrado em música), Joana Viana (1º ano do mestrado em música), Gisela Santos (2º ano da licenciatura) e Catarina Bastos (1º ano da licenciatura) - conseguiram, durante 2013, ser selecionados para a The World Orchestra, World Youth Orchestra, The European Union Youth Orchestra, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra “Jovem” Gulbenkian e Orquestra de Câmara Portuguesa (está repetido) Logo no início do ano, Nuno Vasconcelos, Tiago Santos, Oksana Kurtash e Ana Catarina Pinto foram selecionados para a The World Orchestra, um projeto
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educacional internacional único em que os seus músicos oriundos de todo o mundo são embaixadores culturais da Fundação para uma Cultura de Paz. Em março, foi a vez de Vasken Fermanian ser eleito para a World Youth Orchestra, fundada em 2001 e nomeada, em 2002, Embaixador da Boa Vontade da UNICEF. Esta formação integra jovens músicos que representam os cinco continentes e é um projeto que visa fortalecer valores culturais e humanos múltiplos através da linguagem universal da música. Ainda em março, Joana Viana foi apurada para a final da The European Union Youth Orchestra, uma das mais prestigiadas orquestras e dinâmicas do mundo, que reúne jovens músicos talentosos de todos os países da União Europeia. Criado para captar os melhores alunos do ensino superior e os mais talentosos do país, o projeto Orquestra “Jovem” Gulbenkian, sob a direção do maestro Paul McCreesh e Joana Carneiro, selecionou Nuno Vasconcelos, Tiago Santos, Ana Catarina Pinto, Vasken Fermanian, Joana Viana, Gisela Santos e Catarina Bastos. Neste estágio, Vasken Fermanian foi eleito para concertino e Catarina Bastos para chefe de naipe dos segundos violinos. Já em novembro, Nuno Vasconcelos foi escolhido para a Orquestra de Câmara Portuguesa, fundada em 2007 por Pedro Carneiro, com o objetivo de criar um ensemble de excelência que funcione como plataforma de lançamento de novos intérpretes e promova a sua integração no mercado de trabalho internacional da música. Para o docente do IPCB/ ESART, Augusto Trindade, a seleção deste naipe de alunos não é mais do que o resultado de um trabalho de muito esforço e exigência, com objetivos pedagógicos bem definidos. Augusto Trindade, após a conclusão do mestrado em artes no Conservatório Estatal de S. Petersburgo, na Rússia, integrou o corpo docente do IPCB em setembro de 2000 e tem realizado inúmeras masterclasses em Portugal e no estrangeiro. É, atualmente, diretor artístico do Festival Internacional de Música de Verão de Paços de Brandão e concertino da Camerata Nov’Arte. Alexandra Trindade, é chefe de naipe da referida Camerata e iniciou o seu trabalho no IPCB em 2006, contando no seu currículo com vários prémios de mérito e alunos premiados de todas as idades. Ambos frequentam o doutoramento na Universidade da Extremadura (Espanha).
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Escola de Educação contesta Prova de Avaliação Atendendo à relevância que o assunto “Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades” tem para a carreira dos Educadores de Infância e dos Professores do Ensino Básico e Secundário, e decorrente da análise aos documentos elaborados e enviados por diversas entidades, tais como o CCISP e Institutos Politécnicos, bem como das notícias que têm saído em diversos meios de comunicação social, a Direção e a Presidente do Conselho Técnico-Científico da Escola Superior de Educação, do IPCB, depois de aprovado por unanimidade pelos membros do Conselho Técnico-Científico, tomou a seguinte posição: - Subescrever a nota de imprensa elaborada pela Direção da Escola Superior de Educação de Portalegre, reforçando a estranheza e profunda indignação pelo facto do processo ter sido implementado sem a auscultação das instituições formadoras, impossibilitando-as de poderem contribuir para a reflexão sobre uma questão sobre a qual estão investidas de competência pelo Ministério da Educação e Ciência; (...) - Enfatizar um facto que é por demais conhecido pelo Ministério da Educação
e Ciência: a oferta formativa das Instituições de Ensino Superior sempre obedeceu aos normativos legais em vigor que têm regulamentado os cursos de formação de educadores e professores. Para além do enquadramento legal, a oferta formativa é, atualmente, aferida pelos critérios de avaliação da qualidade definidos pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, com competências definidas no Decreto-Lei nº 369/2007, de 5 de novembro. (...) - Afirmar, enquanto especialistas na formação de educadores e professores reconhecidos pelo Ministério da Educação e Ciência, que a atividade de um educador e/ou professor e a qualidade da sua docência ultrapassa em muito o domínio dos conhecimentos que a referida Prova pretende avaliar. A atividade docente envolve uma complexa teia de múltiplos conhecimentos, contextos e ações que não é possível avaliar numa prova que se reduz a um exercício de lógica, transversal a qualquer sujeito capaz de operar a um nível de início de construção do pensamento abstrato.
APCER renova certificação da Qualidade O IPCB viu renovada a certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade, de acordo com a norma NP EN ISO 9001:2008. Passados 3 anos sobre a primeira certificação, que constituía um objetivo incluído no plano estratégico do IPCB, a renovação vem demonstrar que o Sistema de Gestão da Qualidade se encontra consolidado e em conformidade com os padrões internacionais, comprovando-se o cumprimento de exigentes requisitos de qualidade nas actividades de “realização dos processos de gestão, de avaliação e melhoria e dos serviços de recursos humanos, académicos e de acção social, e órgãos de apoio à gestão”. A renovação da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com o referencial normativo internacional decorre da avaliação por parte
de um organismo certificador, atestando que a instituição cumpre todos os requisitos da norma NP EN ISO 9001:2008, e que incorpora nas suas actividades princípios de gestão da qualidade relativos à focalização nos clientes, liderança, envolvimento dos colaboradores e melhoria contínua. Para Carlos Maia, Presidente do IPCB, “apesar da renovação da certificação não constituir uma surpresa, o momento é de grande satisfação e de felicitação. O esforço de todos permitiu que fosse garantida a renovação da certificação, o que atesta o reconhecimento, por parte da Associação Portuguesa de Certificação, das boas práticas utilizadas no IPCB, pelo que toda a comunidade está de parabéns. Isto é particularmente relevante numa altura caraterizada por um acréscimo de trabalho tanto para docentes como para não docentes”. O presidente assume ainda que “o objetivo passa por alargar o âmbito da certificação aos restantes processos, designadamente, processo formativo, processo de prestação de serviços e processo de investigação”.
Comunidade
IPCB recolheu Resíduos Elétricos e Eletrónicos Mais de uma tonelada de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) para valorização foi o resultado da ação de recolha promovida pelo IPCB, e que contou com o apoio da Valnor empresa que se dedica à gestão, valorização e tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos. A iniciativa decorreu no âmbito da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos e, atendendo à adesão encontrada junto do meio académico, a Valnor já mostrou disponibilidade para colocar ao longo do ano, em sistema rotativo pelas várias escolas do IPCB, um contentor específico para recolha de REEE. Grande parte do tipo de resíduos agora recolhidos possui substâncias e elementos químicos (nomeadamente mercúrio, cádmio e chumbo) extremamente nocivos para os seres vivos e para a natureza em geral, pelo que o seu destino final adequado é de crucial importância para a preservação do Ambiente. Consideram-se Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos todos os componentes, subconjuntos e consumíveis, que fazem parte integrante dos equipamentos elétricos e eletrónicos (EEE), grande parte dos quais possui diversas substâncias e elementos químicos extremamente nocivos para os seres humanos, animais e ambiente, nomeadamente, mercúrio, cádmio, zinco, manganês, cloreto de amónio, chumbo e pvc. A legislação em vigor estabelece que a responsabilidade da gestão dos REEE cabe a todos os intervenientes no ciclo de vida dos EEE, nomeadamente os utilizadores, para que sejam alcançados os grandes objetivos nela preconizados, designadamente, promover a aplicação de medidas preventivas; promover a reutilização, reciclagem e outras formas de valorização; incentivar a participação dos cidadãos. Encontram-se definidas legalmente diversas categorias de EEE, de entre as quais se destacam: grandes e pequenos eletrodomésticos, equipamentos informáticos e de telecomunicações, equipamentos de iluminação e ferramentas elétricas e eletrónicas.
Jornadas sobre “Pequenos Ruminantes” “Pequenos Ruminantes – que aspetos melhorar” foi o tema do encontro que juntou, no dia 28 de novembro, na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, mais de 250 produtores de ovinos e caprinos, técnicos de campo, dirigentes associativos, estudantes e docentes/investigadores provenientes de várias regiões de Portugal e Espanha. A jornada teve por objetivo debater as novas tecnologias aplicadas à criação de pequenos ruminantes encarando sobretudo os aspetos a melhorar na higiene, reprodução, gestão, alimentação bem como as implicações da nova Politica Agrícola Comum (PAC). A sessão de abertura contou com a presença do Vice-presidente do IPCB, José Carlos Gonçalves, Celestino Almeida, diretor da ESACB, António Santana, diretor comercial da NANTA SA em Portugal, e de Francisco Maia, representante da Associação de Estudantes da ESACB. A Jornada teve as intervenções de Ruben Mendes, da empresa Deosan Farm, sobre “Higiene na exploração leiteira: máquina de ordenha”, de Várzea Rodrigues, docente do IPCB/ESA, sobre a importância dos testes andrológicos para a melhoria da fecundidade e fertilidade dos efetivos ovinos, de José Maria Bello, da NANTA SA, que apresentou o tema “Gestimilk: gestão prática em ovino e caprino de leite”, e ainda de João Mateus, da NANTA SA, que apresentou o tema “Sistema KOMPLET como sistema alimentar alternativo em ovinos e caprinos”. A última palestra -“A nova PAC – que implicações na produção de pequenos ruminantes”- coube aos docentes do IPCB/ESA José Pedro Fragoso de Almeida e Deolinda Fonseca Alberto. Utilizando como exemplo alguns concelhos da Beira Interior e do Norte Alentejano, concluíram que o pagamento médio por hectare irá aumentar relativamente ao atual Regime de Pagamento Único (RPU), o sistema de Pagamentos Diretos aos Produtores (PD) previstos na nova PAC será mais equitativo prevendo-se aumentos para o setor ovino e caprino. A organização do encontro coube à NANTA, DEOSAN FARM, IPCB/ESA e Centro de Estudos de Recursos Naturais Ambiente e Sociedade (CERNAS).
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breves O programa incluiu, ainda, uma experiência piloto do Simulador Homebanking SimBank, no âmbito do projeto Be Fin€ - Educação Financeira e Empreendedorismo na qual participarão duas turmas da escola secundária Amato Lusitano de Castelo Branco
Seminário de música
Dia da Formação Financeira O IPCB/Escola Superior de Gestão (ESGIN) assinalou, no dia 31 de outubro, o Dia da Formação Financeira com a realização do Seminário “A formação financeira está nas escolas. Não fique de fora”. A iniciativa inseriu-se nas comemorações do Dia Mundial da Poupança e visou sensibilizar os jovens para o desenvolvimento de hábitos de poupança; objetivo central do Plano Nacional de Formação Financeira (PNFF). O evento contou com a participação de entidades que integram as Comissões de Acompanhamento do PNFF: Banco de Portugal, DECO e Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC).
No dia 25 de novembro, realizou-se, no auditório do Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco, um seminário de música com o professor e guitarrista José Lopes e Silva. Este evento de caráter pedagógico e performativo foi aberto à comunidade.
Preparação para o Exame de Admissão à Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC). O curso visa atualizar os conhecimentos dos formandos adquiridos ao longo do seu percurso académico e/ou profissional, nas áreas da Contabilidade e Relato Financeiro, da Contabilidade Analítica e de Gestão, da Fiscalidade e da Ética e Deontologia.
Workshop de Cake Design
Admissão à OTOC O IPCB/ Escola Superior de Gestão vai realizar, entre os dias 10 de janeiro e 15 de fevereiro de 2014, uma nova edição do Curso Breve de
O IPCB/ Escola Superior de Gestão promoveu, no dia 30 de novembro, um curso de iniciação à decoração de bolos - “Cake Design”. A iniciativa visou dotar os participantes de conhecimentos sobre os principais métodos de cobertura de bolos e desenvolver a técnica de modelagem com pasta de açúcar.
Sorgo sacarino No dia 9 de Outubro, a Escola Superior Agrária foi palco da conferência “”Alternative energy production in Agriculture - Feasibility of Bioethanol production from Sweet sorghum in Portugal”, proferida pelo docente José Monteiro. Organizada pelo Conselho Técnico-Científico da ESACB, a conferência pretendeu divulgar um estudo sobre a viabilidade do cultivo e transformação do sorgo sacarino na região da Beira Interior de Portugal, nomeadamente para produção de biocombustíveis. O sorgo sacarino (Sorghum bicolor (L.) Moench) é uma das mais versáteis espécies agrícolas disponíveis para produção de biomassa, nomeadamente tendo em conta o seu conteúdo em açúcares e o respetivo potencial de produção de etanol a custo reduzido.
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academia e por isso compromete-se a promover um portal de divulgação de atividades e produtos da região “que vai funcionar todo o ano”.
Raízes - Festival de Música da Beira Interior A música, o artesanato e gastronomia juntaram-se, no dia 12 de dezembro, no Cine Teatro Avenida, de Castelo Branco, para o regresso do Raízes - Festival de Música da Beira Interior. Criada em 2008, a iniciativa estava ausente dos palcos há três anos. O programa da edição de 2013 teve como destaque o apoio à Associação de Apoio à Criança do Distrito de Castelo Branco (AACDCB) a quem foi entregue todo o dinheiro da bilheteira. A Associação Juvenil Castra Leuca, que organizou o festival, fez ainda questão de devolver dois euros metade do preço de venda do bilhete - aos participantes que quiseram fazer uma doação de material à associação, nomeadamente aquecedores, testes de avaliação psicológica, jogos didáticos como puzzles ou leitores de música são algumas nas necessidades. Do programa destacaram-se duas novidades: a estreia da Big Band do Conservatório Regional de Castelo Branco e do Grupo Espontâneo da Beira Interior, que foi criado especialmente para o festival. A estes grupos juntaram-se o duo Tons de Fado, a Orquestra Viola Beiroa, o grupo musical Quintarolas e a Castra Leuca- Tuna Académica Masculina do IPCB. O Raízes 2013 foi apresentado no IPCB, tendo na ocasião o Presidente do IPCB, que apoiou a organização do evento, sublinhado o regresso do festival após vários anos de ausência e o facto de serem os jovens a tomar a iniciativa de ajudar uma associação sedeada na cidade. “Apraz-me muito registar que estes jovens têm estas iniciativas e que apoiam pessoas que necessitam e por isso estou certo que o Raízes vai ser, mais uma vez, um sucesso”, referiu Carlos Maia, Presidente do IPCB. Adelina Benquerença, da AACDCB, disse, também, que o festival é um grande apoio para uma associação que está a renascer e que cuida de “uma população muito carenciada, não só ao nível da deficiência mas também da doença mental”. A Castra Leuca pretende ainda que a marca Raízes continue ativa na internet
Telma Monteiro treina alunos de Desporto A judoca olímpica Telma Monteiro ministrou, no passado dia 18 de dezembro, uma aula aos alunos do 1º ano da licenciatura de Desporto e Atividade Física (DAF) do IPCB/ Escola Superior de Educação. A atividade foi organizada no âmbito da unidade curricular Desporto I – Judo e decorreu durante a visita da judoca internacional a terras beirãs para a abertura do VI Estágio de Natal da Escola de Judo Ana Hormigo. A aula realizou-se no Hotel das Amoras, em Proença-a-Nova, tendo os alunos praticado algumas técnicas específicas da modalidade, e ainda aprendido e treinado algumas das técnicas de competição com a judoca Telma Monteiro. No final da aula, Telma Monteiro respondeu a diversas questões colocadas ficando os alunos do IPCB/ESE a conhecer as rotinas e a carga de treino de uma atleta de Alto Rendimento. Recorde-se que a unidade curricular Desporto I – Judo está a ser lecionada no curso de Desporto e Atividade Física (DAF) do IPCB/ Escola Superior de P.15
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(CERNAS), o IP de Coimbra, o Instituto Pedro Nunes e o Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro. Integrado no programa decorreu um Seminário Reunião In_Agri sobre os Produtos da Colmeia.
sobre a “Qualidade da Água para Consumo Humano”, a dia 29 de outubro, a conferência “Valorização de Resíduos na Construção”, a 12 de novembro, a conferência “Eficiência Energética e Reabilitação de Edifícios” e, finalmente a 26 de novembro, “Segurança Laboral nos Trabalhos de Engenharia Civil”.
Na apresentação das obras, esteve presente Reiner Hildebrandt-Stramann, assim como 6 alunos e 3 professores alemães envolvidos no Projeto Luso-Alemão relacionado com a atividade física (jogo, desporto e movimento) nas escolas a tempo inteiro.
Exposição “dress/code” O antigo edifício dos CTT, em Castelo Branco acolheu, de 4 de dezembro até ao final do ano, a exposição de fotografia e produção de moda “dress/code” dos alunos da IPCB/ Escola Superior de Artes Aplicadas.
Conferências sobre Eng. Civil
Fileira do mel No dia 9 de Dezembro, teve lugar na Escola superior Agrária a 3ª Sessão de Trabalho dedicada à Fileira do Mel do projeto In_Agrin. Este projeto é uma parceria entre o IPCB/ ESA, Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade
O IPCB realizou, nos meses de outubro e novembro, um ciclo de cinco conferências dedicado a diversos temas emergentes no domínio da Engenharia Civil – construções em madeira, qualidade da água, resíduos, eficiência energética e reabilitação urbana. A iniciativa decorreu no âmbito do protocolo celebrado entre o IPCB e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em novembro de 2011. O ciclo de conferências teve início no dia 1 de outubro com o tema “Construção e Manutenção de Estruturas de Madeira”, seguiu-se, a 15 de outubro, a conferência
Educação desde o ano letivo 2012/2013, sendo ministrado pela selecionadora nacional de judo, Ana Hormigo.
Motricidade infantil No dia 12 de novembro, decorreu no auditório do IPCB/ Escola Superior de Educação (ESE) a cerimónia de apresentação dos livros “Um olhar sobre Motricidade Infantil” e “Um retrato de movimento do agrupamento de escolas João Roiz - Movimento Jogo e Desporto na escola de período integral”. O primeiro foi coordenado pelos docentes do IPCB/ ESE João Petrica, João Serrano e António Faustino, enquanto o segundo tem como autores o Prof. Doutor Reiner Hildebrandt-Stramann e António Faustino.
Música, Artes e Design O IPCB/ Escola Superior de Artes Aplicadas promoveu, nos dias 19 e 20 de dezembro, o 3º Encontro de Investigação em Música, Artes e Design (EIMAD). O evento decorreu sob o tema “Investigação aplicada out of the box” e contou com sete sessões nas quais investigadores nacionais e internacionais apresentam palestras nas áreas da música, artes e design.
rança Alimentar), “Determinação de proteína, gordura e fibra em alimentos vegetais e animais” (Lab. de Nutrição e Alimentação Animal), “Identificação de causas de refugo em frutos” (Lab. de Proteção Vegetal), “Observação ao microscópio de microrganismos isolados a partir de alimentos, do ambiente e do corpo humano” (Lab. de Microbiologia) e “Significado e determinação do pH, condutividade elétrica, dureza, cloro e compostos de azoto em águas” (Lab. de Águas). Durante a hora do almoço houve provas e degustação de alimentos confecionados pelos alunos do curso de NHQA. No período da tarde realizaram-se as palestras “A Cereja, da produção ao consumo”, pela docente Lurdes Carvalho, e “+ Saúde por metro quadrado” por Catarina Santos, Licenciada em NHQA.
Latada 2013
Comemoração do Dia Mundial da Alimentação O IPCB/Escola Superior Agrária comemorou, uma vez mais, no dia 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação, através da realização de diversas atividades relacionadas com os alimentos desde a produção, transformação, investigação, experimentação e educação associada ao consumo. A iniciativa compreendeu ainda a divulgação de trabalhos de fim de curso dos alunos do curso de Nutrição Humana e Qualidade Alimentar (NHQA).
A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias foi a grande vencedora da Latada 2013, que andou pelas ruas da cidade de Castelo Branco na sexta-feira, dia 22. De acordo com os resultados publicados pela Facab, a Federação Académica de Castelo Branco, a Esald sagrou-se vencedora dos prémios para carro alegórico, tema, caracterização e organização. A Escola Superior de Artes Aplicadas venceu o prémio para os caloiros mais caloiros e a Escola Superior de Tecnologia o prémio para o hino. A Escola Superior de Educação e a Escola Superior Agrária não obtiveram prémios. Este ano o desfile não contou com a participação da Escola Superior de Gestão, de Idanha-a-Nova.
Da parte da manhã e tendo como público-alvo os alunos do ensino secundário da área das ciências, foram desenvolvidas atividades nos laboratórios, nomeadamente, “À descoberta do sumo de azeitona” (Lab. de Tecnologia e SeguAno 6, n.º 43 | III série | Dezembro de 2013 | Depósito Legal n.º 164771/01 | ISSN: 1645-166X | © Propriedade: Instituto Politécnico de Castelo Branco, Av. Pedro A. Cabral n.º 12, 6000 084 Castelo Branco Director: Carlos Manuel Leitão Maia | Director Executivo: José Carlos Gonçalves | Editores Executivos: António Camões, Rui Monteiro Projecto Gráfico: Daniel Raposo, João Neves | Paginação: Serviços gráficos do IPCB | Periodicidade: trimestral | Edição On-line
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