Catálogo de imagens// MOONASI

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Ficha técnica Senac Lapa Scpião

Técnico em Comunicação Visual

Catálogo de ImagensDaehyun Kim MOONASI

Apoio pedagógico

Ana Paula Pires Antonio Carlos Scodiero Fábio Christão Sergio Nicodemo Suely Novaes Tatiane Cornneti Revisão de texto: Bruna Felix

Sabrina Castro Agosto 2017

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Introdução

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DAEHYUN KIM- MOONASI

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OBRAS

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ESTILO

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MÉTODOS

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INSPIRAÇÕES

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PROCESSO CRIATIVO

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DAEHYUN KIM

MOONASI Artista currently A.I.R. at Compeung, Chiang Mai, Thailand (May - July 2017)

O jovem artista, nascido em Seoul em 1980, cursou Artes Plásticas e especializou-se em Pintura e Arte Tradicional do Leste Asiático, mas acabou trilhando carreira no mercado do design. Paralelamente, porém, começou a desenvolver um projeto pessoal em 2008 que tomou um espaço grande demais em sua vida para que ele continuasse com seu emprego. Conforme o tempo passava, sua arte, divulgada por ele mesmo em seu site oficial, foi sendo notada e reconhecida por curadores e especialistas de Nova York, Seoul e Viena. Seis anos depois do início da série, Daehyun Kim –ou melhor, Moonassi- já teve exposições individuais em salões de arte e museus de Nova York e Seoul, participou de exibições coletivas em galerias na Coreia e Estados Unidos, recebeu um convite da marca de câmeras analógicas Lomography para produzir, em Viena, ilustrações para uma série exclusiva de câmeras La Sardina, além de assinar a arte de capas de discos e contribuir com ilustrações periódicas para artigos do The New York Times.

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“Moonaa’ foi um tipo de pseudônimo que adotei desde meus 17 anos. ‘Moo’ significa “nada” ou “vazio”, e “Naa” significa “eu”. Isso pode ser mais ou menos entendido como “ausência de ego” ou “eu sou nada”. Depois que escrevi esse nome no meu primeiro livro de ensaios em 2005, as pessoas começaram a me chamar de Moonassi. Foi como se eu ganhasse uma nova identidade enquanto artista. Desde então estou usando esse nome.”

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OBRAS As obras de Moonasi costumavam ser sobre suas relações entre ele e outros, ou sobre os vários conflitos dentro de si. Agora propõe situacões que remetem sobre o ser, sobre o tempo, a soledade. Então seu trabalho está mudando, está em andamento. No geral, seu trabalho desperta uma ambiguidade em seu sentido, e nos coloca a ponto de não saber qual e a mensagem individual de cada obra. O próprio artista revela que um dia deseja também ver o quadro completo.

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“A simplicidade do seu desenho é o que salta logo à primeira vista, os seus desenhos (predominantemente monocromáticos) remetem-nos para as interacções entre as pessoas, observando as suas angústias ideias ou opiniões sobre algo. De certa maneira cada desenho representada as questões que assombram a vida do ser humano... Mais do que as palavras que o teclado do meu computador junta, são as imagens que compõem este artigo que fazem valer a pena estes minutos. Depois o leitor decidirá se gostou ou não, segundo o ditado os gostos não se discutem...partilham-se. Deixe que sejam as imagens a contar esta história de maneira a que melhor se adapte a cada um de vós.” Vasco Neves

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O artista expressa sua essencia nas obras e brinca na forma na qual é interpretada pelas pessoas, sem adotar o “lado certo ou errado”sobre suas composições. “Por escrito, você precisa descrever tudo para comunicar algo, mas em uma foto você pode torná-lo mais vago e as pessoas podem interpretá-lo como quiserem. Eu acho mais agradável do que escrever porque não preciso dizer "isso é certo" ou "isso é errado". Mas, por outro lado, as pessoas não conhecem minhas intenções, então, se alguém interpretar meu trabalho em certo Então eu posso simplesmente dizer: "Sim, você está certo." Diz Moonasi em entrevista a Emma Juno Sparkes

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ESTILO Moonasi desenvolveu seu estilo a partir das pinturas tradicionais coreanas. Em suas aulas, na Coreia, os professores ensinaram a pensar sobre as pinturas corenas e em como torna-las contemporâneas, mas a pressão exercida para os estudantes em função disso era muito grande. Então Moonasi ignorou o que foi dito e assim desenvolveu seu próprio estilo, carregando a leveza e simplicidade dos traços como herança da pintura classica oriental e da antiga pintura budista. “Eu fui amplamente inspirado por pinturas budistas antigas. O estilo de rosto, o desenho fino, são de pinturas budistas antigas de Goryo e Dinastia Silla. Não quero dizer que seja especificamente a pintura coreana, porém, porque todos os países do Leste asiático compartilham esse estilo de desenho.” 11


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MÉTODOS Normalmente produzidas em pequeno tamanho e utilizando como matéria prima somente papéis em branco, tinta nanquim e canetas pretas, as ilustrações do sul-coreano Daehyun Kim -mais conhecido como Moonassi- vêm atraindo os olhos atentos de amantes das artes do mundo todo. A série de desenhos batizada “Moonassi Drawing” traz a representação de personagens idênticos entre si em variadas situações, que buscam simbolizar com uma sensibilidade extrema diversos sentimentos intrínsecos do ser humano. A solidão, a comunicação interpessoal, os relacionamentos, a fragilidade dos laços humanos, a compreensão existente entre duas pessoas semelhantes: todos são temas bastante caros à obra de Daehyun Kim. Em tempos de modernidade, vida e amores líquidos, até Zygmunt Bauman ficaria impressionado com a densidade desse trabalho. Fernanda Maldonado

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INSPIRAÇÕES Quando lhe falta inspiração, uma das formas na qual ele busca abstração as suas obras, é buscar contato com estranhos. “Eu literalmente não encontro estranhos, mas quando eu estava morando em Viena, havia mais oportunidades de conhecer estranhos do que quando morava em Seul. Eu percebi que é bom conversar com pessoas que realmente não me conhecem porque quando estou com estranhos, não sinto a necessidade de ser o homem que eu era, mas, ao mesmo tempo, tenho que pensar em quem Eu realmente sou.”

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“Quando você está com sua família, por exemplo, eles sabem quem você é. Então às vezes você tem que ser essa pessoa. Mas quando você está com estranhos, você pode ser essa pessoa ou pode ser outra pessoa. Então, essa diferença entre quem eu sou quando estou com aqueles que me conhecem e quem escolho ser quando conheço pessoas novas, desse tipo de momentos, vejo as diferenças entre o que devo fazer e o que eu quero façam. Esses tipos de diferenças me dão muita inspiração.”

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“Quando eu conheço um estranho, não preciso mais ser a pessoa que eu sou ou que era até aquele momento. Então eu observo a mim mesmo como um estranho também. A partir desse “estranho eu”, consigo ver algo novo. Posso dizer que me inspiro em mim mesmo enquanto “um estranho conhecendo outra pessoa estranha”.

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PROCESSO CRIATIVO

Seu processo criativo costuma esboçar o que está na sua mente antes de ir dormir. Após um tempo Moonasi olha para os esboços e, se encontrar algo bom, ele começa a desenhá-lo. Quando desenha, mesmo que tivesse uma idéia específica inicialmente, tem como base desmembra-la e dar ao desenho um significado completamente diferente no final. O próprio admite que tecnicamente, não há nada de especial, que apenas tenta traçar uma linha onde quer desenhar e tentar preencher o espaço com tinta preta sem cometer erros.

O artista relata que durante esse processo ele tem dificuldade para dormir, pois sempre levanta durante a noite para esboçar algo. “Eu acho que esse processo é por que não consigo dormir, no entanto. Eu sempre tenho que me levantar para esboçar. Então, às vezes, quando preciso de inspiração, finjo dormir.”

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“Eles não têm sentimentos. É por isso que eles sempre têm o mesmo rosto.”

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“Quanto mais eu recebia mensagens vindo do mundo todo de pessoas completamente desconhecidas, mais eu sentia que o que eu estava fazendo era realmente importante. Não sei como explicar, mas hoje já é algo que vai além de mim mesmo.”

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